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Goiânia
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Goiânia
2013
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RESUMO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADO E DISCUSSÃO
Lipoabdominoplastia
O contorno corporal submete-se a um padrão estético e funcional que varia a cada época
e é muito relevante em nossos dias. Deformidades e disfunções deste contorno causam limi-
tações nos relacionamentos afetivos e sociais das pessoas. Assim, a cirurgia do contorno
corporal visa devolver-lhes a auto-estima decorrente de uma imagem corporal positiva relata
Leão6.
Horta de Almeida, Mafra e Marques de Araújo7 expõe que o tecido subcutâneo é
dividido em camada areolar, superficial e camada lamelar ou reticular, profunda. A camada
lamelar é mais susceptível ao aumento de sua espessura nos casos de acúmulo de adiposidade.
O número de células adiposas presentes na camada lamelar é o principal responsável pela
hipertrofia e aumento da espessura do panículo adiposo, podendo uma célula adiposa vir a ter
até cem vezes o seu volume inicial.
Leão6 relata que vários autores contribuiram para estabelecer os princípios básicos da
abdominoplastia realizada nos dias de hoje. Em 1899, Kelly descreveu uma ressecção elíptica
horizontal do abdome. Babcok fez ressecções transversas e verticais. Pontes em 1965,
demonstrou a ressecção em bloco de todo o retalho hipogástrico em forma de elipse e Callia,
em 1965, a incisão hipogástrica sobre o púbis, com prolongamento laterais. Em 1967,
Pitanguy relatou a execução de incisão baixa com extremidades para fora e para baixo e
Sinder demonstrou a retirada do retalho inferior após o posicionamento do retalho superior do
abdome, determinando a posição exata da cicatriz.
A remoção cirúrgica de gordura subcutânea, por meio de cânulas submetidas a uma
pressão negativa e introduzidas por pequenas incisões na pele denomina- se lipoaspiração ou
lipossucção conforme Martins11. A lipoaspiração passou a complementar as abdominoplastias,
melhorando o contorno corporal conforme Leão6.
Bins-Ely et al8 relata que em 2001, foi publicado por Saldanha o primeiro trabalho
sobre lipoaspiração completa do abdome associada à abdominoplastia clássica, com
descolamento seletivo do retalho abdominal e transposição do umbigo, sendo a partir daí, a
padronização da forma segura de associação das duas técnicas denominada
lipoabdominoplastia.
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Segundo Brandt de Macedo & Mara de Oliveira11 o ato cirúrgico mesmo sendo bem
direcionado não deixa de ser uma agressão tecidual que altera a funcionabilidade dos tecidos.
Embora pareça desnecessário para alguns cirurgiões, a assistência fisioterapêutica no pós-
operatório de cirurgia plástica é de extrema importância na reabilitação do paciente operado,
pois podem surgir complicações tardias à cirurgia, que serão tratadas pelo fisioterapeuta.
Brandt de Macedo & Mara de Oliveira11 relata que pacientes que são submetidos à
cirurgia plástica e não são encaminhados para a realização de tratamentos pós-operatórios
com fisioterapeutas, podem ter resultados poucos satisfatórios. E cabe ao fisioterapeuta atuar
com todos os recursos disponíveis para minimizar essas alterações funcionais. A
aplicabilidade da fisioterapia no pós-operatório nos permite tratar edemas, drenando e
descongestionando os tecidos, promovendo uma cicatrização mais rápida e de melhor
qualidade.
Para a Associação Norte Americana de Fisioterapia, a responsabilidade do
fisioterapeuta está não somente em manter e promover a ótima função física, mas também o
bem estar e a qualidade de vida afirmam Farah, João e Milani12.
De acordo com Coutinho et al1 a Fisioterapia Dermato Funcional tem sido um
importante requisito recomendado pelos cirurgiões plásticos como forma de procedimento de
tratamento para as cirurgias plásticas, especialmente nos casos de abdominoplastias
associadas à lipoaspiração possibilitando a melhora significativa na textura da pele, ausência
de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, redução do edema, diminuição de possíveis
aderências teciduais, bem como recuperação rápida das áreas com hipoestesias, ou seja, não
só possibilita uma redução das prováveis complicações, como também retorna o paciente mais
rapidamente ao exercício das suas atividades de vida diária.
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Balbino, Pereira e Curi13 relata ainda que danos tissulares de qualquer natureza
desencadeiam de imediato uma série de eventos que se traduzem como rubor, tumor, calor e
dor. Estes sinais resultam da ativação de células nervosas, vasculares e circulatórias por
estímulos físicos ou por sinalização química feita por estruturas das células rompidas,
fragmentos dos elementos inertes dos tecidos (colágenos, elastinas, fibronectinas, e outros),
proteínas séricas que extravasam dos vasos rompidos e por ação de mediadores inflamatórios
pré-formados (liberados principalmente dos grânulos das plaquetas, mastócitos e terminações
nervosas periféricas.
Esse reparo é divido em três fases de acordo com Balbino, Pereira e Curi13: inflamação,
formação de tecido de granulação com deposição de matriz extracelular e remodelação.
Guirro e Guirro14 afirma que a fase inflamatória aguda tem como início a formação de
fibrina; as plaquetas são responsáveis pela formação do coágulo e pelo aumento da
permeabilidade vascular , o que resulta em edema. Já a fase de ploriferação, também
denominada de fibroplasia, sobrepõe-se ao final da fase inflamatória, é iniciada com 3 dias
após a lesão, onde os fibroblastos e as células endoteliais formam o tecido de granulação. A
última fase denominada remodelamento consiste em uma cicatrização composta de
fibroblastos inativos.
O ultra som esta veiculado diretamente ao processo de reparo, sendo mais efetivo
quando utilizado imediatamente após a lesão, ou seja durante a fase inflamatória, pois
aprimora a síntese de colágeno, melhora a circulação sanguínea e linfática atenuando o edema
conforme explicita Guirro e Guirro14.
Sant’Ana15 define o aparelho de ultra som como um gerador que produz uma corrente
alternada de alta freqüência em que transdutores piezelétricos são utilizados e consistem em
um disco de um material natural, como o quartzo, ou uma cerâmica sintética. Esse elemento
piezelétrico transforma energia acústica em energia elétrica e seu reverso, A corrente
alternada que alimenta o elemento piezelétrico pode ser modulada criando diferentes
modalidades de insonação: contínua ou pulsada onde a intensidade dependente do tempo.
Para fins terapêuticos, utilizam-se mais comumente as freqüências de 1 ou 3 MHz.
Sua aplicação, entretanto , leva a inúmeros bioefeitos, que podem ser classificados em
térmicos e não- térmicos afirma Sant’Ana 15. De acordo com Ferreira et al16 o ultra-som pode
ser produzido na forma de ondas contínuas ou pulsadas. O modo contínuo produz efeitos
biofísicos e térmicos, enquanto que no modo pulsado, reduz o efeito térmico devido à
interrupção cíclica da emissão de energia, ao mesmo tempo em que mantém o efeito
biológico. É sugerido também que os efeitos não térmicos do ultra-som, incluindo a cavitação
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e a micro-massagem acústica, são mais importantes no tratamento de lesões dos tecidos moles
do que os efeitos térmicos, sendo o pulsado o mais usado. Doses inadequadas do ultra-som
nos dois modos podem ser lesivas, sendo necessário que os equipamentos sejam calibrados e
testados periodicamente, para que os padrões de segurança sejam atendidos.
Dentre os agentes de acoplamento Corrêa17 afirma que os líquidos, especialmente a
água, são bons transmissores de onda ultra-sônica, sendo os sólidos ainda melhores, pois suas
moléculas estão mais próximas umas das outras e, dessa forma, repassam a energia mais
facilmente. Portanto de acordo com alguns estudos, observa-se que o gel é o meio que mlhor
transmite a onda ultra-sônica, sendo o agente de acoplamento de US mais indicado.
Corrêa17 descreve ainda que os tecidos com elevado conteúdo protéico absorvem com
mais facilidade a onda ultra sônica do que os com maior conteúdo de gordura.
As correntes acústicas podem estimular a atividade celular, alterar a permeabilidade da
membrana promovendo aumento: da síntese protéica, da secreção dos mastócitos, da absorção
de cálcio, da produção dos fatores de crescimento pelos macrófagos e, alterações na
mobilidade dos fibroblastos. E que, possivelmente esses efeitos explicam a aceleração do
processo de reparo após a terapia por US conforme relata Corrêa17.
Guirro e Guirro14 destacam também a neovascularização como efeito, gerando aumento
da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, e melhora das
propriedades mecânicas do tecido.
Corrêa17 ainda descreve os principais fatores consideráveis na aplicação do Ultra Som, e
alguns parâmetros a ser seguidos: freqüência: quanto mais elevada a freqüência, mais
superficial a profundidade de penetração, intensidade: a intensidade selecionada para cada
tratamento depende do estado do tecido, tipo e profundidade do mesmo, modo de emissão e a
freqüência do US. E que quanto mais energia de US o tecido absorve, menor a intensidade
que o tratamento requer, tempo de aplicação: a duração do tratamento depende da área a ser
tratada, sendo que pelo menos 1 minuto seja dispendido no tratamento de uma área de 1cm²,
técnica de aplicação: existem diversas técnicas de aplicação, sendo que a mais comumente
utilizada no tratamento pós operatório de cirurgia plástica é o método por acoplamento direto
ou de deslizamento com uso de géis.
Segundo Guirro e Guirro14 as contra-indicações do Ultra Som são:
- sobre o útero gravídico, em virtude da possibilidade de cavitação no líquido amniótico e da
ocorrência de malformações no feto;
- diretamente sobre o coração, pela modificação no potencial de ação e de suas propriedades
contráteis;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao se optar por realizar uma cirurgia plástica, é necessário que a pessoa tenha
consciência dos cuidados que devem ser tomados no pós-operatório e de possíveis
complicações que podem ocorrer nesse período, as quais serão necessárias intervenções de
tratamento o quanto antes melhor. E que se faz importante à realização da Fisioterapia
Dermato-Funcional nos casos de pós-operatórios de abdominoplastias associadas à
lipoaspiração por constituir uma terapia potencializadora de um resultado final ainda mais
satisfatório.
Concluímos diante do exposto, que após esplanar todos os possíveis benefícios dos
efeitos do Ultra Som, é necessário uma investigação científica com a população específica,
pois não foi encontrado artigos do uso do US no pós operatório de Lipoabdominoplastia.
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REFERENCIAS
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Universidade do Sul de Santa Catarina; 2005.
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ABSTRACT
Pesquisadores: