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DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL MECÂNICA
LUANDA - 2018
ACADEMIA NAVAL
DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL MECÂNICA
Trabalho final para obtenção do grau académico de Licenciado em Ciências Militares Navais
na especialidade de Engenharia Naval Mecânica
LUANDA - 2018
GUARDA-MARINHA - DELSON RAIMUNDO GANGA GONÇALVES
BANCA EXAMINADORA:
Presidente
1º Vogal (Arguente)
Graduação, Nome, Instituição
2º Vogal (Orientador)
Graduação, Nome, Instituição
Vogal
Vogal
DEDICATÓRIA
À Albertina Baptista Ganga Gonçalves, Rainha e Mãe, pelo amor, educação, carinho e
atenção incondicionais.
III
AGRADECIMENTOS
Ao EN-MEC, Justo Orlando Cabral Nascimento Pina, que ajudou com a ideia inicial
do tema, vai o sinal especial de respeito e gratidão.
IV
EPÍGRAFE
V
RESUMO
VI
ABSTRACT
The present Work of End of Course sought to adopt strategies for the improvement of
the level of organization and management of the Naval Shipyard (NS) to ensure the
optimization of the maintenance of ships of the Angolan Navy (AN) with low costs. The
research is explanatory, with qualitative and quantitative procedures, having been used the
hypothetical-deductive method. Three interview scripts were used in the Naval Shipyard of
the AN and in the Direction of Armament and Technique of the AN. A statistical source was
used for the navigation hours of eight AN Naval Units from the years 2015, 2016 and 2017,
for the calculation of the indicators of technical and productive readiness of Naval Shipyard
of the AN. The research problem was to identify the strategies to improve the level of
organization and management of the NS to guarantee the optimization of the maintenance of
the AN ships. To do so, it was necessary to understand the factors that influenced or
determined the degradation of the technical and productive capacity of the NS and its current
state in ensuring the maintenance of the means of arms and technique of the AN. The results
indicate that these factors are the lack of macro investment in material resources, financial and
human, motivated by the civil war that devastated the country. However, the adoption of the
Balanced Strategic Management Panel, also used by Apple, General Electric, Petrobras, and
the Brazilian Ministry of Health, together with the requalification of material, financial and
human resources, will guarantee the organization and management of the Shipyard to
optimize the maintenance of the AN ships with greater speed and costs much lower than the
maintenance done by external entities.
VII
LISTA DE FIGURAS
VIII
LISTA DE GRÁFICOS
IX
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Evolução construtiva do navio por construção integrada e por blocos. .................. 11
Tabela 2 - Penalizações aplicáveis aos indicadores geridos por iniciativas. ............................ 26
Tabela 3 - Coeficiente intensivo de exploração das Unidades Navais da MGA. ..................... 39
Tabela 4 - Coeficiente de prontidão técnica das Unidades Navais da MGA. .......................... 41
Tabela 5 - Período entre reparações. ........................................................................................ 42
Tabela 6 - Viabilidade da manutenção terceirizada para as Unidades Navais da MGA .......... 53
X
LISTA DE QUADROS
XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
XII
LISTA DE SÍMBOLOS
XIII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. IV
EPÍGRAFE ................................................................................................................................ V
RESUMO ................................................................................................................................. VI
ABSTRACT ........................................................................................................................... VII
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... VIII
LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................ IX
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. X
LISTA DE QUADROS ............................................................................................................ XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................................ XII
LISTA DE SÍMBOLOS ........................................................................................................ XIII
ÍNDICE .................................................................................................................................. XIV
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
1.1 Enquadramento do Tema ..................................................................................................... 1
1.2 Problemática ........................................................................................................................ 1
1.3 Hipóteses ............................................................................................................................. 2
1.4 Objectivos ............................................................................................................................ 2
1.4.1 Objectivo Geral................................................................................................................. 2
1.4.2 Objectivos Específicos ..................................................................................................... 2
1.5 Justificativa .......................................................................................................................... 3
1.6 Metodologia ......................................................................................................................... 3
1.7 Organização do Trabalho de Fim de Curso ......................................................................... 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................... 5
2.1 Modelos Organizacionais .................................................................................................... 5
2.2 Manutenção ......................................................................................................................... 5
2.2.1 Origem e Definição .......................................................................................................... 5
2.2.2 Objectivos da Manutenção ............................................................................................... 5
2.2.3 Tipos de Manutenção........................................................................................................ 6
2.2.3.1 Manutenção Planeada .................................................................................................... 6
2.2.3.2 Manutenção Preventiva ................................................................................................. 7
2.2.3.3 Manutenção não Planeada ............................................................................................. 7
2.2.4 Escalões da Manutenção ................................................................................................... 7
XIV
2.3 Estaleiro Naval .................................................................................................................... 8
2.3.1 Estaleiros Navais em Angola ............................................................................................ 8
2.4 Estado da Arte da Construção e Reparação Naval .............................................................. 8
2.4.1 Processos Tecnológicos da Construção Estrutural de Navios Metálicos ......................... 8
2.4.2 Evolução dos Processos em Construção Naval .............................................................. 10
2.4.3 Elementos a Incluir num Estaleiro de Construção de Embarcações .............................. 11
2.4.4 Processos Tecnológicos Específicos da Reparação Naval ............................................. 12
2.4.4.1 Alagem do Navio ......................................................................................................... 12
2.4.4.2 Processos de Aprestamento ......................................................................................... 12
2.4.5 Fases da Actividade do Estaleiro de Construção Naval ................................................. 13
2.4.6 Especialidades Profissionais em Construção e Reparação Naval .................................. 13
2.5 Painel Equilibrado de Gestão Estratégica (PEGE) ............................................................ 14
2.5.1 Generalidades ................................................................................................................. 14
2.5.2 Perspectivas do Painel Equilibrado de Gestão Estratégica ............................................. 15
2.5.3 Processos de Formulação e Implementação da Estratégia ............................................. 16
2.5.3.1 Processo Cima-Baixo de Formulação da Estratégia .................................................... 17
2.5.3.2 Processo Baixo-Cima de Implementação da Estratégia .............................................. 18
2.5.3.3 Mapa de Orientação Estratégica .................................................................................. 18
2.5.4 A implementação do Painel Equilibrado de Gestão Estratégica .................................... 19
2.5.4.1 Processo de Implementação do PEGE ........................................................................ 19
2.5.4.1.1 Cronograma dos Passos Essenciais .......................................................................... 19
2.5.4.1.2 Selecção da Unidade Estratégica de Negócio Piloto ................................................ 20
2.5.4.1.3 Identificação das Relações da Unidade Piloto .......................................................... 20
2.5.4.1.4 Realização das Entrevistas Iniciais ........................................................................... 21
2.5.4.1.5 Reunião de Síntese.................................................................................................... 21
2.5.4.1.6 Primeiro Workshop .................................................................................................. 22
2.5.4.1.7 Reuniões com Subgrupos ......................................................................................... 22
2.5.4.1.8 Segundo Workshop .................................................................................................. 22
2.5.4.1.9 Plano de Implementação ........................................................................................... 23
2.5.4.1.10 Terceiro Workshop ................................................................................................. 23
2.5.4.1.11 Finalização do Plano de Implementação ................................................................ 24
2.5.4.2 Vantagens da Adopção do PEGE como Sistema de Gestão Estratégica ..................... 24
2.5.4.3 Recomendações Relativas à Implementação do PEGE ............................................... 24
2.5.4.4 Aplicação informática de apoio ao PEGE ................................................................... 25
XV
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................................. 28
3.1 Actualidade do Estaleiro Naval no Asseguramento da Manutenção dos Navios da MGA .. 28
3.1.1 O Estaleiro Naval como Componente do Sistema de Manutenção Técnica da MGA ... 28
3.1.2 Histórico do Estaleiro Naval da MGA ........................................................................... 30
3.1.2.1 História da Assessoria Técnica do Estaleiro Naval da MGA ...................................... 32
3.1.3 Localização ..................................................................................................................... 32
3.1.4 Organização Funcional ................................................................................................... 33
3.1.5 Equipamentos e Meios Principais................................................................................... 34
3.1.5.1 Plano Inclinado ............................................................................................................ 36
3.1.6 Manutenção de Navios ................................................................................................... 37
3.2 Indicadores da Prontidão Técnica e Produtiva do Estaleiro Naval da MGA .................... 38
3.3 Perspectivas do Melhoramento da Organização e Gestão do Estaleiro Naval da MGA ... 43
3.3.1 Adaptação do Método PEGE ao Estaleiro Naval da MGA ............................................ 43
3.3.2 Formulação Simulada do PEGE para o Estaleiro Naval da MGA ................................. 46
3.3.3 Actividades Optimizadoras da Organização e Gestão do Estaleiro Naval da MGA ...... 49
3.3.4 Metódica Optimizadora da Organização e Gestão do Estaleiro Naval da MGA ........... 51
3.3.4.1 Ordenamento das Actividades ..................................................................................... 51
3.3.4.2 Gestão e Implicações Financeiras da sua Execução .................................................... 52
3.3.4.3 Tempo e Dificuldades para a sua Materialização ........................................................ 52
3.3.5 Razões da Requalificação do Estaleiro Naval da MGA ................................................. 52
4 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 54
4.1 Respostas à questão de partida .......................................................................................... 54
4.2 Limitações ......................................................................................................................... 55
4.3 Recomendações ................................................................................................................. 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 56
Apêndice A - Primeiro Roteiro de Entrevista sobre o Estaleiro Naval da MGA ..................... 57
Apêndice B - Segundo Roteiro de Entrevista sobre o Estaleiro Naval da MGA ..................... 58
Apêndice C - Terceiro Roteiro de Entrevista sobre o Estaleiro Naval da MGA ...................... 59
Anexo A - Quadro Complementar da Organização Funcional do EN/MGA ........................... 60
Anexo B - Visualização do PEGE em árvore e em histograma no BSC Quidgest .................. 62
Anexo C - Visualização do PEGE em lista e em painel no BSC Quidgest .............................. 63
XVI
1 INTRODUÇÃO
1.2 Problemática
1
As necessidades acima descritas levaram ao levantamento da seguinte pergunta de
partida:
1.3 Hipóteses
1.4 Objectivos
2
1.5 Justificativa
Angola é um país com cerca de 1650 milhas náuticas de extensão marítima, repleta de
potencialidades económicas não negligenciáveis, e possui uma Marinha de Guerra que deverá
estar à altura dos novos e emergentes desafios que a defesa do rico Mar Angolano impõe. Um
grande esforço, tem sido feito a vários níveis, no sentido de fortalecer a MGA, através da
formação de quadros, construção e requalificação de instalações, aquisição de navios, etc. No
que se refere aos navios, é inequívoca a necessidade de preparar um Estaleiro Naval que os
possa assegurar e manter; um Estaleiro Naval que proporcione à sua Direcção, condições de
trabalho que permitam responder às solicitações de manutenção dos navios com maior
rapidez, qualidade, segurança e baixos custos operacionais. Portanto, a optimização da
organização e gestão do Estaleiro Naval promoverá a sua prontidão técnica e produtiva, que
constinuem a base para a garantia da manutenção dos navios da MGA.
1.6 Metodologia
3
navegação de oito Unidades Navais da MGA relativas aos anos 2015, 2016 e 2017, adquiridas
na Esquadra Naval Operacional.
Quanto à natureza, a presente pesquisa é aplicada, porque procurou produzir novos
conhecimentos e adoptar estratégias que visam resolver o problema de carácter prático da
decadência do Estaleiro Naval da MGA.
Quanto aos objectivos, a pesquisa é explicativa, uma vez que avaliou, analisou e
explicou as causas que influenciaram e determinaram a degradação das capacidades técnica e
produtiva do EN, através do estudo do seu estado actual e dos indicadores da sua prantidão
técnica e produtiva. No final, procurou-se adaptar o PEGE ao EN, como um dos factores
fundamentais para o melhoramento do seu nível de organização e gestão para a garantia da
optimização da manutenção dos meios de armamento e técnica da MGA.
Os dados para presente pesquisa foram colectados por meio das técnicas de
observações, entrevistas e análise de documentos. As entrevistas realizaram-se com alguns
membros das direcções do Estaleiro Naval e da Direcção de Armamento e Técnica. Os
roteiros das entrevistas feitas constam dos Apêndices A, B e C.
O presente Trabalho de Fim de Curso (TFC) está constituído por quatro capítulos, isto
é, a introdução, a fundamentação teórica, a análise e discussão dos resultados e a conclusão. A
introdução integra o enquadramento do tema, a problemática, as hipóteses, os objectivos, a
justificativa, a metodologia e a organização do TFC. A fundamentação teórica compreende os
modelos organizacionais, a manutenção, o estaleiro naval, o estado da arte da construção e
reparação naval e o painel equilibrado de gestão estratégica. A análise e discussão dos
resultados apresenta a actualidade do Estaleiro Naval no asseguramento da manutenção dos
navios da MGA, os indicadores da prontidão técnica e produtiva do Estaleiro Naval da MGA
e as perspectivas do melhoramento da organização e gestão do Estaleiro Naval da MGA. A
conclusão apresenta as respostas à questão de partida, as limitações e recomendações.
4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Pina (2017), os três modelos organizacionais são definidos como se segue:
2.2 Manutenção
5
Optimizar a qualidade dos produtos, os rendimentos e as condições de saúde das
pessoas;
Minimizar os custos da reparação e dos produtos.
Manutenção
Melhorativa Condicionada
6
2.2.3.2 Manutenção Preventiva
7
estaleiro semelhante ao do fabricante.
Quadro 1.
Processos tecnológicos de construção de navios metálicos.
8
Fase Processos tecnológicos
9
2.4.2 Evolução dos Processos em Construção Naval
Os processos de construção naval têm evoluído muito com o tempo e, de acordo com
Brito e Gordo (2006), os principais processos resultantes desta evolução são a construção por
sistemas, a construção por blocos, o pré-aprestamento, o aprestamento por zonas e a
construção integrada, como se apresenta a seguir:
10
Tabela 1.
Evolução construtiva do navio por construção integrada e por blocos.
Nave industrial para fabrico do molde do casco e para laminagem (com muito espaço,
equipamentos de elevação, sistema de extração de vapores tóxicos, área de gestão e
coordenação);
Oficinas de aprestamento (possuem máquinas ferramentas e acessórios de mecánica,
electricidade, serralharia, caldeiraria de tubos, pintura, carpintaria e outros);
Gabinete técnico de Engenharia (projectos assistidos por computador, planeamento
operativo, análises do trabalho, controlo e qualidade);
Sector administrativo (administração, aquisições, pessoal, contabilidade, e outros);
Armazéns de materiais diversos;
Armazém de reagentes químicos inflamáveis;
Meios de elevação (guindastes e gruas móveis);
Meios de movimentação de materiais empilhadores (rodadas ou zorras);
Infra-estrutura de alagem (doca seca, doca flutuante, plataforma elevatória, plano
inclinado de alagem);
Cais de atracação (que permita atracação simultânea de dois navios);
Redes de energia, fluídos e de efluentes (energia eléctrica, ar comprimido, água,
drenagem de esgotos e drenagem de esgotos industriais independente);
Instalações de apoio aos trabalhadores (vestiário, balneário, cantina ou refeitório).
Acessos e caminhos diversos.
11
2.4.4 Processos Tecnológicos Específicos da Reparação Naval
12
Equipamentos das áreas habitacionais, isto é, acomodações, alimentação,
instalações sanitárias, e outras;
Equipamentos do convés e de carga;
Outro equipamento específico, que esteja ligado aos objectivos do navio.
Segundo os autores, é fundamental que quem executa a instalação dos vários órgãos e
equipamentos seja especialista e domine as suas implicações funcionais, caso não domine,
será essencial que ele tenha e domine as instruções de montagem ou seja acompanhado por
um especialista com domínio de todas as implicações funcionais do trabalho a realizar.
Celebração do contrato;
Projecto de produção;
Planeamento, selecção da estratégia construtiva e programação da construção;
Escolha e encomenda dos materiais;
Execução dos moldes, incluido casco, superestrutura e acessórios;
Construção estrutural (laminagem) do casco, superestrutura e outros componentes de
grande dimensão;
Aprestamento ou instalação de todos os equipamentos e acessórios necessários ao
funcionamento do navio;
Aprontamento ou colocação em funcionamento pela primeira vez e execução de
ajustamentos ao próprio funcionamento;
Provas de entrega a cais e no mar;
Entrega;
Garantia.
13
Quadro 2.
Especialidades profissionais em construção e reparação naval.
2.5.1 Generalidades
O Painel Equilibrado de Gestão Estratégica (PEGE) é um método de gestão
estratégica que permite às organizações criar, avaliar, controlar e comunicar a sua estratégia e
também implementá-la no terreno. O PEGE foi criado com o nome original de Balanced
Scorecard (BSC) em 1992 pelos Professores da Universidade de Harvard, David Norton e
Robert Kaplan, cujo objectivo inicial era avaliar a performance das organizações e garantir
previsões de crescimento no futuro (Santos, 2008).
14
Desde a sua criação, o PEGE tem revolucionado a gestão e a organização de várias
empresas pelo mundo, é o caso da Apple Computer, American Standard, Electronic Data
Systems, General Electric, Petrobras, Unibanco, Instituto de Gestão Financeira da Segurança
Social (IGFSS) Português, Ministério da Saúde do Brasil, Governo do Estado de Minas
Gerais, Frefeitura de Porto Alegre, entre outras, que fazem dele o parceiro ideal para conduzir
a organização em segurança rumo à melhoria contínua (Santos, 2008; Micaelo, 2009).
Perspectiva dos processos internos - está relacionada com a ordem dos processos e
da execução das tarefas da organização. Esta perspectiva apresenta variáveis-chave como a
organização, a racionalização das tarefas, a qualidade dos produtos e serviços e o
desempenho.
15
A Figura 2 apresenta as perspectivas e questões-chave do Modelo do PEGE.
Indicadores
Objectivos
Iniciativas
"Como é que
Metas
nos devemos
apresentar aos
nossos
accionistas?"
Indicadores
Objectivos
Objectivos
Iniciativas
Iniciativas
"Em que
"Como é que Vis ão e processos de
Metas
Metas
nos devemos Es traté gia negócio
apresentar
devemos
aos nossos
atingir a
clientes?"
excelência?"
Pe rspe ctiva de
Apre ndizage m e
De se nvolvime nto
Indicadores
"Como é que
Objectivos
Iniciativas
devemos
Metas
sustentar a
nossa
capacidade de
mudar e
melhorar?"
16
2.5.3.1 Processo Cima-Baixo de Formulação da Estratégia
Linhas Estratégicas ...Que grandes temas norteiam a sua estratégia nos próximos anos?...
Metas ...Que metas deve alcançar para cada indicador e em que prazo?...
17
2.5.3.2 Processo Baixo-Cima de Implementação da Estratégia
O PEGE é uma ferramenta de gestão estratégica que formula a sua estratégia numa
lógica de cima para baixo, no entanto, este promove a implementação desta estratégia numa
lógica de baixo para cima (Santos, 2008).
Alcance da Visão
18
A Figura 5 representa gráficamente o modelo simplificado de um mapa de
orientação estratégica.
Clientes Clientes
Satisfação (índice de satisfação)
Processos Processos
internos Prazos de entrega (nº dias) internos
de negócio de negócio
Aprendizagem e Aprendizagem e
Tecnologia
desenvolvimento Formação desenvolvimento
(nº postos
(nº horas / trabalhador)
informatizados)
1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª 9.ª 10.ª 11.ª 12.ª 13.ª 14.ª 15.ª 16.ª
Tempo (semanas)
Neste passo, seleciona-se uma unidade piloto com estratégia plenamente definida,
adequadamente alinhada com a estratégia geral da organização, que tenha orçamento
independente para garantir o cumprimento dos seus objectivos e missão. Inicía-se com a
unidade piloto seleccionada, privilegiando a interação e a participação de todos os membros,
misturando, inicialmente, as sequências cima-baixo e baixo-cima, para posteriormente, fazer-
se as revisões, generalizar a sua utilização e ampliar a sua aplicação gradual às restantes
unidades (departamentos, repartições e serviços), numa sequência ideal de formulação cima-
baixo, mas com uma execução de lógica baixo-cima (Santos, 2008).
20
2.5.4.1.4 Realização das Entrevistas Iniciais
21
2.5.4.1.6 Primeiro Workshop
Depois disso, faz-se a descrição e análise dos objectivos e indicadores para cada
perspectiva em sequência, começando pela perspectiva financeira, e de seguida faz-se a
escolha e descrição sumária de três ou quatro objectivos-chave para cada perspectiva. De
seguida, a equipa do PEGE convida os gestores de topo para proporem os indicadores mais
convenientes para medir cada um dos objectivos e para sugerirem a divisão dos gestores de
topo em quatro subgrupos (com respectivos líderes principais, intermédios e funcionais), cada
um respondendo por uma perspectiva (Santos, 2008).
Num período de cerca de sete semanas, a equipa do PEGE reunir-se-á com cada
um dos quatro subgrupos formados no primeiro workshop, separadamente. No fim destas
reuniões, os quatro subgrupos terão de produzir uma relação de objectivos com a sua
descrição pormenorizada, uma relação de indicadores com a sua descrição minuciosa, um
exemplo claro dos procedimentos de cálculo e apresentação dos indicadores (identificando e
validando as suas fontes de informações), um gráfico (que clarifique a interligação entre os
objectivos e indicadores de uma perspectiva e entre os objectivos e indicadores desta
perspectiva com os das restantes) (Santos, 2008).
22
intermédios e funcionais. Os líderes de cada subgrupo, por perspectivas, expõem os resultados
do seu trabalho e aclaram o seu envolvimento e sua aplicação no processo de implementação
do PEGE na organização. Neste workshop, obtem-se como resultado prático, a validação dos
objectivos e indicadores de cada perspectiva, o gráfico do Mapa de Orientação Estratégica da
unidade piloto em causa, o estabelecimento de metas precisas para cada indicador para os
próximos três a cinco anos, a preparação da apresentação do PEGE a todos os integrantes da
organização, e o começo da evolução do plano de implementação do PEGE (Santos, 2008).
23
2.5.4.1.11 Finalização do Plano de Implementação
De acordo com Santos (2008), o facto do PEGE ser uma ferramenta flexível e
adaptável às necessidades próprias de cada organização, permite entender que não existe uma
maneira mais acertada de implementa-lo. Porém, existem recomendações muito úteis para a
24
garantia do sucesso da implementação do PEGE, das quais se pode destacar:
25
relacionados com os dados da performance reunidos a partir do começo do ano até um mês
antes da sua publicação (Santos, 2008).
Tabela 2.
Penalizações aplicáveis aos indicadores geridos por iniciativas.
Fonte: Adaptado pelo Autor, da extração do IGFSS (2007:46) feita por Santos (2008, p. 510).
26
Para Santos (2008), as penalizações ou bonificações dos trabalhadores podem ser
relevadas, em função da importância e do impacto da falha ou do alcance de determinados
indicadores, através de três níveis de ponderação:
27
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O EN/MGA tem como objectivo construir, reparar e converter navios, lanchas e outros
meios do Ramo. No entanto, para além do trabalho com os meios navais, o EN/MGA também
realiza manutenções da técnica auto.
28
para elevação de carga e material sobressalente);
Meios de manutenção técnica (docas, cais, planos de alagem, oficinas de reparação,
área de fabrico e apoio técnico);
Documentação técnica (instruções, esquemas, quadros e regras de procedimentos
técnicos);
Especialistas e utilizadores.
ENO SAT
ENL SE DAT
NAVIOS
29
A manutenção do 2º escalão é executada pela guarnição dos navios com a intervenção
de técnica e/ou material externos. A comunicação da manutenção flui como se apresenta na
Figura 9.
ENL
(NAVIOS) EN
ENO
(SAT)
ENL EN DAT
(Navios)
EMPRESAS
(Repnav / Lobinav /
Auto-Sueco /
Raidmar...)
30
As ONL são uma herança da Marinha Colonial Portuguesa (MCP), que na altura
estavam devidamente equipadas com maquinaria em óptimo estado operacional, materiais
variados e possuíam uma equipa coesa de operários especializados e muito experientes que
conseguia superar qualquer avaria que houvesse. Os Armazens Gerais possuíam alto nível de
organização e estavam completos de peças e materiais sobressalentes para a manutenção dos
artefactos navais, tais como, navios, lanchas e botes pneumáticos (Brig. J. M. C. Barros,
comunicado em palestra, 28 de Junho, 2012).
De 1975 até finais dos anos 1980, as ONL funcionaram perfeitamente e asseguraram a
manutenção dos artefactos navais do Ramo, fruto da forte combinação das potencialidades em
meios humanos e materiais, no entanto, a guerra civil que assolou o país por cerca de três
décadas tornou a situação quase insustentável. A partir de 1990 as capacidades técnico-
profissionais, material e infra-estrutural das ONL começaram a decair em direcção à
obsolescência em razão da inexistência de macro investimento no Ramo (Pedro, 2010).
31
3.1.2.1 História da Assessoria Técnica do Estaleiro Naval da MGA
O Estaleiro Naval, ao longo dos anos de sua existência pós independência, tem tido
assistência técnica de países que apoiam a técnica em uso na MGA. O primeiro país a prestar
assessoria à MGA foi a Republica de Cuba, que formou os primeiros especialistas (1976 a
1980). Com a aquisição de unidades navais de fabrico Soviético na década de 1980, começou
a cooperação com a ex-URSS, através da assessoria por especialidade dos trabalhos realizados
pelos técnicos Angolanos.
3.1.3 Localização
O Estaleiro Naval da MGA encontra-se localizado à Noroeste da Base Naval de
Luanda (BNL), no sector Lello do Bairro Ilha do Cabo, no distrito das Ingombotas, no
município e na província de Luanda. A localização do EN/MGA é geográficamente
privilegiada, uma vez que está virado para a Baía de Luanda, não sofre directamente com as
grandes agitações e ondulações do oceano Atlântico. No entanto, o facto do EN/MGA
encontrar-se numa área potencialmente turística e habitacional é desfavorável, pois ele pode
desenvolver actividades poluentes do meio ambiente, exigindo maior atenção e
reponsabilidade ecológicas. Por outro lado, a área em que ele se encontra pode vir a ser
confirmada para futuros projectos hoteleiros e habitacionais de interesse e conveniência do
32
Estado.
33
A Figura 13 apresenta a organização funcional do Estaleiro Naval da MGA
Director
Geral Gabinete de Gabinete de Gabinete de
Planeamento Estudos e Controlo de
e Informática Projectos Qualidade
Director Adjunto
Director Geral
para Educação
Adjunto
Patriótica
Oficina de Serviços de
Reparação de Serralharia e
Armamento Precisão
Oficina de Serviços de
Reparação de Carpintaria e
Técnica Auto Marcenaria
34
No Quadro 3, pode-se confirmar os principais equipamentos e meios existentes no
EN/MGA e o seu estado técnico actual.
Quadro 3.
Mapa dos principais equipamentos e meios do Estaleiro Naval da MGA.
1 - SECÇÃO DE TORNOS
1 Torno nº 1 Operacional
2 Torno nº 2 Operacional Caixa com carretos
3 Torno nº 3 Operacional
4 Torno nº 4 Operacional
5 Torno nº 5 Inoperacional Faltam correias
6 Torno nº 6 Inoperacional Falta motor eléctrico
7 Esmerilador Operacional
8 Serrote electromecânico Operacional
9 Prensa hidráulica Operacional
2 - SECÇÃO DE SERRALHARIA DE PRECISÃO
10 2 Engenhos de furar Operacionais
11 Limador Inoperacional Motor eléctrico queimado
12 Máquina rectificadora de cambota Operacional
13 Fresadora Inoperacional Motor eléctrico queimado
3 - SECCÇÃO DE MARCENARIA E CARPINTARIA
Motor eléctrico com veio
14 Serrote eléctrico Inoperacional
empenado
15 Máquina de tópia Operacional
16 Desengrossadora Deficiente Em reparação
17 Plaina eléctrica Operacional
18 Torno eléctrico para madeira Operacional
4 - PLANO INCLINADO
19 Compressor Operacional
20 Guincho Inoperacional Degradado
21 Linha de Alagem nº 1 Inoperacional Inexistente
22 Linha de Alagem nº 2 Deficiente Degradada
23 Carro de Alagem nº 1 Inoperacional Degradado
35
5 - SERRALHARIA
24 Tesoura eléctrica para corte de chapa Inoperacional Motor eléctrico queimado
25 Esmerilador eléctrico Operacional
26 Máquina de soldar por pontos Operacional
27 2 máquinas de soldar Operacionais
6 - TÉCNICA AUTO
Carrinha Mitsubishi Canter (Unidade de
28
Apoio/MGA) LD-83-70-BJ
Camião Unimog (CROC Capulo) FAA- Falta de válvula e bateria
29 Inoperacional
36-95-MGA descarregada
30 Camião Ural FAA-03-48-MGA Inoperacional Em reparação
31 Camião Ural FAA-19-26-MGA Operacional
7 - TÉCNICA ESPECIAL
Ural Pronto-Socorro FAA-17-44-MGA
32 Operacional
(Marlif)
33 Empilhadora MO-0052 Operacional
34 Grua nova BQ-TADANO MGA-001G Operacional
8 - ARMAZEM
Motor soldador e motor Diesel de HP 7
35 Operacional
cavalos
36 Máquina de soldar Operacional
37 Máquina de soldar portátil Operacional
38 Carregador de bateria Operacional
39 Máquina de soldar Operacional
40 Berbequim Operacional
41 Rebarbadora Operacional
42 Prensa Art P30/5AP Operacional
43 Macaco com o peso acima de 1500/Kg Operacional
Fonte: Análise e constatação do Autor, de CMG A. Paulo (comunicação pessoal, 11 de Julho de 2017).
36
As últimas alagens feitas no Plano Inclinado do EN/MGA foram registadas no ano
de 2005, quando as quatro Lanchas Patrulha (LP) do Projecto Mandume, que tinham sido
construídas no Estaleiro Naval BAZAN (Espanha) entre 1992 e 1993, sofreram substitução
das suas máquinas principais e auxiliares PAXMAN por máquinas principais MTU e
máquinas auxiliares CATERPILLAR pela empresa Norte Coreana Green Pine Associated
(GPA) por questões técnicas, à luz de um contrato estabelecido entre a empresa (GPA) e a
empresa Angolana Simportex (Valm. C. Neto, comunicação pessoal, 23 de Março de 2017).
37
Após a identificação da avaria, avalia-se a possibilidade de realizar a reparação no
próprio artefacto naval, caso contrário, move-se o órgão ou componente avariado para
reparação no EN/MGA. Quando a avaria exigir maior capacidade técnica, como docagem ou
alagem do artefacto naval, faz-se, geralmente, a terceirização da manutenção, comprando
serviços à outras empresas, como LOBINAV, REPNAV, SONAMET, PAENAL, entre
outras.
Onde:
𝐾𝑖.𝑒 - Coeficiente intensivo de exploração;
𝑇𝑛𝑎𝑣𝑒𝑔 - Tempo de navegação;
𝑇𝑎𝑡𝑟𝑎𝑞 - Tempo de atraque.
38
Patrulhas (NP), quatro Lanchas Patrulhas (LP) e duas Vedetas. Pode-se compreender melhor
o estado técnico das UN e do EN/MGA, sabendo que o 𝐾𝑖.𝑒 varia de 0 a 1.
Tabela 3.
Coeficiente intensivo de exploração das Unidades Navais da MGA.
39
O Gráfico 1 dá uma visão mais esclarecedora do coeficiente de exploração das
Unidades Navais da MGA (UN/MGA) apresentado na Tabela 3.
Kie 0,4000
0,3500
0,3000 NP Ngola Kiluange
0,2500 NP Nzinga Mbandi
0,2000 LP Mandume
0,1500 LP Polar
0,1000 LP Atlântico
0,0500 LP Golfinho
0,0000 Vedeta “Marte”
2015 Vedeta “Vénus”
2016
2017
Ano
Onde:
𝐾𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡.𝑡é𝑐 - Coeficiente de prontidão técnica;
𝑛𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡.𝑡é𝑐 - Quantidade de navios, lanchas ou outros meios em estado de prontidão técnica;
n - Quantidade de navios, lanchas ou outros meios de que o Ramo dispõe.
40
Tabela 4.
Coeficiente de prontidão técnica das Unidades Navais da MGA.
Kpront.téc 1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50 2015
0,40 2016
0,30 2017
0,20
0,10
0,00
2015 2016 2017
Ano
41
Onde:
𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒.𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟 - Período entre reparações;
𝑛𝑝𝑟𝑜𝑛𝑡.𝑡é𝑐 - quantidade de navios, lanchas ou outros meios em estado de prontidão técnica;
𝑡𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟 - Tempo de reparação;
n - Quantidade de navios, lanchas ou outros meios de que o Ramo dispõe.
A Tabela 5 apresenta o período entre reparações das Unidades Navais da MGA para
os anos 2015, 2016 e 2017, tendo como referência as 8 Unidades Navais apresentadas na
Tabela 3.
Tabela 5.
Período entre reparações.
25000
20000
2015
15000
2016
10000
2017
5000
0
2015 2016 2017
Ano
42
privadas, mas essa prática tem implicado custos avultados e inviáveis para a MGA. Por isso,
os indicadores de prontidão técnica e produtiva gerados nas Tabelas 3, 4 e 5 e nos gráficos 2,
3 e 4 representam o que o SMT/MGA tem alcançado com as insuficiências actuais.
O factor guerra que assolou o país por divergências políticas internas criou declínios
na área económica, tendo influenciado o maior investimento pelo estado Angolano que
pudesse permitir certa capacidade produtiva para que o Estaleiro Naval da MGA pudesse
corresponder com o objecto pelo qual está vocacionado (estudar, conceber e executar
projectos de construção de unidades navais de pequeno porte), para além da manutenção. A
actualidade do EN/MGA recai somente no cumprimento da realização de manutenções do 2º
escalão, porém pela incapacidade tecnológica e também insuficiência em aptidão profissional
dos vários quadros existentes naquele órgão.
43
As ciências dão-nos muitas alternativas metódicas que se têm mostrado funcionais,
eficientes, eficazes e seguras, e dentro desta variedade metódica, o autor do presente trabalho
propõe o Painel Equilibrado de Gestão Estratégica (PEGE), como a ferramenta que aplicada
convenientemente ao Estaleiro Naval, revolucionará a sua realidade organizativa e de gestão
aos níveis necessários para dar resposta pontual à optimização da manutenção dos meios de
armamento e técnica da MGA, a custo mais baixo, fundamentalmente se associada à
requalificação técnica, financeira e humana do EN/MGA.
O facto do EN/MGA ser uma organização sem fins lucrativos, mas que tem
incorporados em si fins lucrativos (secundários), e também o facto de ser uma Unidade
Orgânica afecta às FAA, torna o modelo original do PEGE apresentado no ponto 2.5 carente
de revisão e recombinação para que se adapte melhor às especificidades do EN/MGA.
A formulação da estratégia com base ao PEGE para o EN/MGA seguirá os mesmos
processos apresentados no ponto 2.5.3.1 e consolidados posteriormente no ponto 3.3.2, ou
seja, a formulação da estratégia será feita num processo de cima para baixo, seguindo a
hierarquia do Estaleiro Naval da MGA, começando pela Direcção e terminando na base.
44
posteriormente adaptadas por Santos (2008).
Alcance da Missão
Alcance da Alcance da
Perspectiva do Perspectiva dos
Alcance da Perspectiva do Valor Criado
Custo dos Financiadores/
Serviços Doadores
Relevância da
eficiência Avaliação da
Identificação e quantificação financeira ou não
operacional e dos satisfação dos
financeira dos benefícios dos cidadãos na actuação
custos sociais do financiadores/
do Estaleiro Naval da MGA.
cumprimento da doadores.
missão.
45
pessoal do EN/MGA, mas tendo em conta a inclusão dos Gabinetes, Departamentos,
Repartições e Serviços. A implementação do PEGE ao EN/MGA deverá ser feita inicialmente
à um único departamento ou repartição, podendo ser feita à uma das suas subdivisões, isto é,
oficina, serviço ou secção, tendo por preferência a área que apresente a melhor organização,
mas nunca deverá ser implementado directamente à todo o EN/MGA.
Deverá ser criado um PEGE geral para o EN/MGA, um PEGE para cada Gabinete,
Departamento, Repartição, Oficina, Serviço, Secção e um para cada trabalhador. Deverá
também ser criado um mapa de orientação estratégica (MOE) geral para o EN/MGA, onde
estarão espelhadas as acções concretas da estratégia formulada, que explicitará os objectivos,
indicadores, metas, iniciativas e relações, todos articulados, coerentes e com objectivos
interligados.
padrões de alto rigor moral e legal, imparcialidade em tudo e com todos, alta
eficiência, bom desempenho, busca contínua pela inovação e práticas
irrepreensíveis que preservam o bom nome da Organização.
46
PASSOS FORMULAÇÃO DO PEGE PARA O ESTALEIRO NAVAL DA MGA
Pontos Fortes
O número elevado de pessoal, a existência de espaço suficiente para o
desenvolvimento das actividades, a execução de trabalhos de técnica naval e
técnica auto.
Pontos Fracos
A fraca qualificação técnica do pessoal; a inexistência de condições médico-
sanitárias; a inexistência de um Departamento ou Secção de Higiene, Saúde e
4. Análise Estratégica
Ameaças
47
PASSOS FORMULAÇÃO DO PEGE PARA O ESTALEIRO NAVAL DA MGA
6. Objectivos das Linhas
7. Indicadores 8. Metas
Estratégicas
Reduzir o custo das Taxa de redução dos custos
Custo dos
15%.
Serviços
Criado
Valor
Medir o desempenho do
Nº de serviços prestados. 70 Serviços/Mês.
Estaleiro Naval da MGA.
externos.
externos.
Doadores
Melhorar a organização da
Perspectiva dos
Nº de novas ideias
Promover continuamente a aproveitadas; nº de novos 10 Ideias/Ano &
Perspectiva da Aprendizagem e
Percentagem de trabalhadores
Melhorar a coordenação. com objectivos alinhados com 93%.
o Estaleiro Naval da MGA.
48
PASSOS FORMULAÇÃO DO PEGE PARA O ESTALEIRO NAVAL DA MGA
6. Objectivos das Linhas
7. Indicadores 8. Metas
Estratégicas
à clientes particulares.
5.600.000
Retornar o investimento. Taxa geral de lucros.
Kzs/Mês.
Reduzir os custos. Taxa de redução dos custos. 15%.
9. Iniciativas
49
Será necessário realizar um esforço muito grande à todos os níveis, para se elevar o
Estaleiro Naval à dimensão das necessidades técnicas da MGA, o qual dependerá da gestão de
topo do Ministério da Defesa Nacional, das Forças Armadas Angolanas, da Marinha de
Guerra Angolana, da Direcção de Armamento e Técnica da MGA e, por fim, do próprio
Estaleiro Naval da MGA, seus Departamentos, Repartições, Oficinas, Serviços, Secções e
Pessoal.
50
Implementar o PEGE ao Estaleiro Naval da MGA em duas fases, sendo que a primeira
deverá ser aplicada à um Departamento, Repartição ou Serviço que tenha a melhor
gestão e organização, para testar o PEGE formulado. Depois de testar e aprovar
adequadamente o PEGE, aplicar-se-á o mesmo aos demais Departamentos,
Repartições e Serviços;
Utilizar o aplicativo BSC Quidgest para avaliar e monitorizar a performance e a
aprendizagem dos trabalhadores e aplicar-lhes sanções ou prémios conforme os
resultados dos seus desempenhos.
51
3.3.4.2 Gestão e Implicações Financeiras da sua Execução
Entenda-se, por exemplo, que tomando como referência os valores de facturas pró-
formas de alguns trabalhos solicitados ou realizados ao longo dos tempos, a manutenção da
Lancha Patrulha (LP) "Mandume" por uma empresa privada em Angola pode custar
actualmente cerca de 400 mil dólares. Tomando como base a manutenção planeada preventiva
geral aconselhada pelo fabricante, a LP "Mandume" terá que efectuar este tipo de manutenção
a cada 4000 horas de funcionamento. Isto quer dizer que a cada 4000 horas de funcionamento
a MGA terá um gasto de 1,6 milhões de dólares para as quatro LP's (Mandume, Polar,
Atlântico e Golfinho), uma vez que apresentam as mesmas características.
Fazendo a mesma análise para os custos dos dois Navios Patrulhas (Ngola
Kiluange e Nzinga Mbandi [1,2 milhões de dólares cada]), para as duas Vedetas (Venus e
Marte [100 mil dólares cada]) e para as outras Unidades Navais da MGA, o custo total da
manutenção planeada preventiva geral dos navios da MGA será de cerca de (cinco) milhões
de dólares.
No entanto, um trabalho de requalificação integral do Estaleiro Naval da MGA, que
inclua dragagem e aumento da capacidade do seu plano inclinado para suportar navios de
52
tonelagem superior à do NP Nzinga Mbandi pode custar actualmente à MGA, cerca de 10
(dez) milhões de dólares, ou seja o valor de duas manutenções planeadas preventivas gerais
dos navios da MGA.
Tabela 6.
Viabilidade da manutenção terceirizada para as Unidades Navais da MGA
A realização das manutenções dos navios com custos baixos e em menos tempo;
A criação de fonte de receitas para impulsionar a actividade do EN/MGA e promover
a sua auto-sustentação;
A melhoria da eficiência e eficácia do Sistema de Manutenção Técnica da MGA para
promover a prontidão técnica, operativa e combativa da MGA, e garantir a defesa das
águas nacionais.
53
4 CONCLUSÃO
54
e gestão do EN para optimizar a manutenção dos navios da MGA com maior rapidez e custos
muito mais baixos do que os da compra de trabalhos de manutenção à outras empresas.
4.2 Limitações
O estudo avaliativo do BSC quidgest foi completamente teórico, pois não se conseguiu
ter acesso ao aplicativo para teste prático efectivo para que se tivesse uma visão mais sólida
do mesmo.
4.3 Recomendações
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
56
Apêndice A - Primeiro Roteiro de Entrevista sobre o Estaleiro Naval da MGA
ACADEMIA NAVAL
DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL MECÂNICA
57
Apêndice B - Segundo Roteiro de Entrevista sobre o Estaleiro Naval da MGA
ACADEMIA NAVAL
DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL MECÂNICA
58
Apêndice C - Terceiro Roteiro de Entrevista sobre o Estaleiro Naval da MGA
ACADEMIA NAVAL
DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL MECÂNICA
59
Anexo A - Quadro Complementar da Organização Funcional do EN/MGA
Engenheiro Mecânico ou
Director Adjunto Oficial Superior
Construtor NavaL
Engenheiro Mecânico ou
Chefe do Gabinete de Estudos e Projectos Oficial Superior
de Construção Naval
60
DENOMINAÇÃO DO CARGO POSTO ESPECIALIDADE
Contabilidade e
Chefe da Repartição de Administração e
Oficial Superior Finanças ou
Finanças
Administração
61
Anexo B - Visualização do PEGE em Árvore e em Histograma no BSC Quidgest
62
Anexo C - Visualização do PEGE em Lista e em Painel no BSC Quidgest
63