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O documento discute o romance "Safra" (1937) de Abguar Bastos, um dos principais modernistas paraenses. O romance retrata a exploração de pequenos extrativistas por latifundiários na região de Coari durante o ciclo da castanha. Embora não se foque especificamente na infância, o narrador é sensível à condição das crianças na vila, que vivem uma infância miserável devido ao desamparo social na região. Assim, o documento argumenta que "Safra" também é paradigmático na representação da inf
O documento discute o romance "Safra" (1937) de Abguar Bastos, um dos principais modernistas paraenses. O romance retrata a exploração de pequenos extrativistas por latifundiários na região de Coari durante o ciclo da castanha. Embora não se foque especificamente na infância, o narrador é sensível à condição das crianças na vila, que vivem uma infância miserável devido ao desamparo social na região. Assim, o documento argumenta que "Safra" também é paradigmático na representação da inf
O documento discute o romance "Safra" (1937) de Abguar Bastos, um dos principais modernistas paraenses. O romance retrata a exploração de pequenos extrativistas por latifundiários na região de Coari durante o ciclo da castanha. Embora não se foque especificamente na infância, o narrador é sensível à condição das crianças na vila, que vivem uma infância miserável devido ao desamparo social na região. Assim, o documento argumenta que "Safra" também é paradigmático na representação da inf
Os comedores de terra: A figuração da infância em Safra (1937) de Abguar Bastos
RESUMO: Abguar Bastos, poeta, romancista e intelectual paraense, é um dos principais
articuladores do Modernismo no Pará, movimento que respondia aos ecos de renovação da literatura brasileira já divulgados na Semana de Arte Moderna ocorrida em São Paulo, em 1922. Colaborador da revista Belém Nova (1923-1929), periódico que veiculava as ideias inovadoras daquele momento, publicou o Manifesto aos intelectuais paraenses, mais conhecido como Manifesto FLAMI-N’-ASSÚ (Flaminassu), uma resposta ao Manifesto Pau-Brasil de Oswald de Andrade. Nessa comunicação, destacamos Safra (1937) seu último romance, de uma fase mais amadurecida, que se circunscreve como uma narrativa precursora da quebra da tradição no retrato tradicional da Amazônia brasileira (Furtado, 2014). Safra (1937) que se alinha a prosa renovadora da década de 30, focaliza a exploração dos pequenos extrativistas pelos grandes latifundiários na região de Coari, rio Solimões, durante o ciclo da castanha. Nesse contexto ficcional, interessa-nos demonstrar que embora a narrativa em si não tematize especificamente a infância, o romance traz um narrador sensível a condição infantil e cenas com imagens férteis quanto a situação em que se encontram os meninos da vila: uma infância miserável, consequência do desamparo social vivenciado na região. Nesse sentido, consideramos que o romance Safra (1937) também se torna paradigmático para figuração da infância e das crianças na literatura da Amazônia.