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EDUCAÇÃO POPULAR

Introdução

O conceito de educação de adultos vai se movendo


na direção ao de educação popular na medida em que a
realidade começa a fazer algumas exigências à sensibilidade e
a competência cientifica dos educadores e educadoras. Uma
destas exigências tem a ver com a compreensão crítica dos
educadores do que vem ocorrendo na cotidianidade do meio
popular. (GADOTTI, 2003).

Um saber da comunidade torna-se o saber das frações


(classes, grupos, povos, tribos) subalternas da sociedade
desigual. Em um primeiro longínquo sentido, as formas –
imersas ou não em outras práticas sociais, através das quais o
saber das classes populares ou das comunidades sem classes
é transferido entre grupos ou pessoas, são a sua educação
popular. (BRANDÃO, 1986, p. 26)

A separação entre o conhecimento dito erudito e o


dito popular leva à marginalização dos oprimidos, das classes
subalternas da sociedade desigual. É para contrariar isso que
surge a Educação Popular.

Desenvolvimento

Segundo Brandão (1984) a educação popular teve


duas divisões temporais: a primeira antes da divisão social do
saber e da criação de escolas, e a segunda na luta pela
democratização do ensino, a partir do séc. XIX.

No século XX escolas formais foram se


concretizando na América Latina e procuravam afirmar os
princípios liberais de igualdade e justiça. Com isso, começaram
os movimentos de trabalhadores, educadores, intelectuais e
outros agentes envolvidos no processo pedagógico, para
obrigar o Estado a se responsabilizar pela educação formal e
para todos, com o apoio e interesse de empresários, os quais
viam uma grande margem de lucro em trabalhadores bem
formados.
Um dos precursores em favor da alfabetização de
jovens e adultos foi Paulo Freire que sempre lutou pelo fim da
educação elitista, Freire tinha como objetivo uma educação
democrática e libertadora, ele parte da realidade, da vivência
dos educandos, segundo Aranha (1996, p.209):

Paulo Freire traz uma nova forma de ver a


educação em “Prática cultural para a liberdade” que apresenta
uma nova responsabilidade em relação à educação, não só
popular, mas que se preocupe com o bem estar dos indivíduos.

A educação popular exprime um conteúdo que se


origina na realidade, adquirindo diferenciadas modalidades de
trabalho pedagógico, pois ele está dirigido e dirigindo para os
moradores de periferias de cidades, aos camponeses e a todas
as outras categorias de pequenos produtores rurais de trabalho
direto, incluindo a educação indígena, não-seriada. A sua
avaliação exige pensar que tudo está em movimento, inclusive,
o ato pedagógico.

Segundo Freire, educação deveria, primeiramente,


transformar sistemas tradicionais de ensino e construir uma
proposta de reescrever a prática pedagógica, repensando o
sentido político da educação. Mas esse processo de
transformação deve se dar no coletivo, pois pessoa nenhuma
transforma a sociedade sozinha.

Pela primeira vez constrói-se uma perspectiva em


que realmente há possibilidade e transformação a partir da
base de onde nasce essa educação. Com a possibilidade de
educação do povo, o saber popular se fortalece e resulta em
uma tentativa de transformar.

A educação é popular quando, enfrentando a distribuição


desigual de saberes, incorpora um saber como ferramenta de
libertação nas mãos do povo. O fato é que se a educação
popular pode ser entendida como uma atividade específica
(não é toda ação assistencial, de trabalho social ou de
política educativa) ela, por outro lado, não requer ser realizada
no interior do sistema educativo formal, separada do conjunto
de práticas sociais dos indivíduos. Muito ao contrário, a
educação popular vem sendo desenvolvida no interior de
práticas sociais e políticas e é aí precisamente onde podem
residir a sua força e a sua incidência. (APUD BRANDÃO,
2006).
É possível perceber os percursos e as trajetórias da
Educação de Jovens e Adultos nas políticas e nas suas
manifestações, que foram influenciadas internamente por uma
discussão que emergiu no âmbito mundial, e que, a partir dos
anos 1990, a EJA recebeu enorme importância na realização
da educação básica.

Conclusão

Pensar em Educação Popular é necessário,


portanto, repensar a educação. A educação, quando se fala no
panorama social, é a condição da permanente recriação da
própria cultura sendo, por isso, a razão da dominação da
cultura entre outros. Já no panorama individual, a educação é a
condição de criação do indivíduo, é a relação de saber das
trocas entre pessoas.

A Educação de Jovens e Adultos apresenta-se


como questão ampla e complexa, que não será resolvida
apenas em nível de decisões governamentais, mas, exige
engajamento de todas as pessoas que acreditam no potencial
humanizador e transformador da educação, oportunizando a
inserção crítica e participativa de seus usuários nos destinos da
sociedade.

Referências:
Conceito de educação
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_popular> acesso em 8/6/2014
Trajetória da escolarização de jovens e adultos
<http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867.pdf>acesso em 8/06/2014
EJA: breve análise e história.
<www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/28e93eb53881513e5...>aces
so em 8/06/2014
Educação de jovens e adultos diálogos com pedagogia social e popular
<http://www.redalyc.org/pdf/715/71521708002.pdf >acesso em 8/06/2014

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