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HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E
DA FÍSICA
UNIDADE I
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G
RU Reitor
Prof. Me. Stefano Barra Gazzola
Pós-Graduação a Distância
Profa. Ma. Letícia Veiga Vasques
Arte
Isabella de Menezes
Diagramação
Elias Márcio Tavares
PROFESSORA MA.
NÍDIA
MIRIAN ROCHA FÉLIX
Esta disciplina que ora se inicia tem como propósito discutir a evolução
científica nas áreas consideradas exatas, reconhecendo que o processo de
construção da Física se baseia na estrutura organizativa do conhecimento físico, e
que este pode ser mutável e inesperado. Assim sendo, é um grande prazer
compartilhar com vocês as ideias relacionadas à história da Matemática e Física e
a formação necessária para a condução docente em sala de aula, pois estudar a
evolução do pensamento, das leis aliadas às práticas do campo da
educação/formação das áreas cientificas significa compreender e analisar um
campo mais instigante das conquistas humanas. Nesse sentido, a disciplina que
apresentamos nesse contexto de formação possui como proposta a inserção de
discussões sobre uma sequência de procedimentos, podemos dizer didáticos, que
dará sustentabilidade para a formação docente concernente ao processo de
compreensão sobre o desenvolvimento da História da Matemática e Física, com
aporte de revisão das principais passagens evolucionárias destas áreas de
conhecimento.
É importante que você reconheça que as áreas de conhecimento aqui
problematizadas – Matemática e Física - são ciências que se constituíram ao longo
da história da humanidade, e ainda permanecem em processo de transformação.
É importante, também, reconhecer que identificar a história dessas ciências, traz
discussões que podemos evidenciar como sendo descobertas que ocorreram em
variados espaços geográficos, assim você irá identificar que tanto a história da
matemática, quanto a da física, foram constituídas paralelas à evolução da
humanidade, sofrendo-se assim, influências de cada momento social.
UNIDADE I
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1 1 | Unidade I
Um trajeto sobre o processo histórico: a evolução
científica
2 1 | Unidade II
Reflexões sobre a importância das conduções
metodológicas da História da Matemática
28 | Unidade III
Reflexões sobre a importância das conduções
metodológicas da história da Física
34 | Unidade IV
Uma trajetória de constituição da história da
Matemática e Física
38 | ...................4.1. Antiguidade
38 | .....................4.1.1. Herança do Egito e Babilônia
40 | .....................4.1.2. Idade Helênica
41 | .....................4.1.3. Os jônicos
44 | .....................4.1.4. Os pitagóricos
47 | .....................4.1.5. Os eleáticos
48 | .....................4.1.6. A hipótese atômica
50 | .....................4.1.7. A tríplice coroa
50 | .....................4.1.8. Sócrates
51 | .....................4.1.9. Platão
52 | .....................4.1.10. Aristóteles
53 | .....................4.1.11. Idade Helenística ou Alexandrina
57 | ...................4.2. Idade Média
59 | .....................4.2.1. Escolástica
63 | ...................4.3. Idade Moderna
63 | .....................4.3.1. Matemática
67 | .....................4.3.2. Astronomia
69 | .....................4.3.3. Galileo Galilei
71 | .....................4.3.4. Sobre o discurso
73 | .....................4.3.5. Newton, Leibniz e o Cálculo
UNIDADE I
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UNIDADE I
Um trajeto sobre o processo histórico: a
evolução científica
Figura 1
Disponível em: http://soporhoje2.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html.
A astronomia; a matemática...
A física; a química...
Zoologia,...
Microbiologia;...
O conhecimento...
visão de mundo...
cultura e a sociedade.
UNIDADE I
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O que é ciência?
Primeiro...
o conceito de ciência é um tanto complicado de ser definido, pois
na definição dada há pouco, necessariamente não se incluem as
UNIDADE I
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Segundo...
o termo ciência, que hoje usamos para referirmo-nos a vários tipos
de conhecimentos, sejam das áreas exatas, da natureza, médicas,
humanas, sociais, jurídicas, etc., no período moderno, não possuía
toda essa abrangência, e em geral era pouco utilizado, a não ser
com raras exceções, como fora o caso de Galileu, o qual disse que
estava redefinindo a "ciência do movimento".
1
(Do grego ἀνά "contra" e χρόνος "tempo") é um erro em cronologia, expressada na falta de
alinhamento, consonância ou correspondência com uma época.
UNIDADE I
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Levaram os filósofos
naturais a
compreenderem não
As órbitas dos só seus movimentos,
planetas, a mas suas estruturas,
propagação da luz, do algo que ficou bem
Veja que os fatos som e o movimento marcante nos estudos
naturais como: dos seres vivos... da botânica, zoologia,
fisiologia, anatomia e
da própria física e
astronomia. Daí,
alguns dizerem que
estudavam "filosofia
mecânica".
UNIDADE II
Reflexões sobre a importância das conduções
metodológicas da História da Matemática
Estudaremos nessa unidade, como o professor que ensina
matemática e física pode auxiliar, por intermédio da história dessas
ciências, a concepção do fato de que são ciências em construção,
lembrando que a Física tem seus aspectos fundamentados na
explicação das fenomenologias do mundo natural, e descobertas sobre
a sua estrutura. Este assunto será explorado na próxima unidade, assim
veja primeiro como são os efeitos ideais da condução do processo
metodológico da matemática e a sua funcionalidade, em muito nos
interessará como suporte para a prática docente.
Assim, muito mais do que uma mera ferramenta de quantificação
e linguagem de expressão científica, a Matemática e Física são hoje
ciências que dão sustentabilidade para a origem das diversas áreas de
pesquisa, o desenvolvimento e aplicações cotidianas estão ligadas aos
primórdios de origem dessas ciências.
Em particular a Matemática, em variados aspectos das práticas
cotidianas sustenta as primeiras noções que o homem possui a respeito
das coisas que permeiam sua existência, ou seja, os aspectos acerca de
tamanho, forma, ordem, contagem, conjunto e número. De fato, com o
passar dos séculos, a Matemática se faz cada vez mais presente na vida
de cada um de nós, seja num simples troco no supermercado ou ônibus,
na sua aplicação em setores econômicos das empresas, na engenharia
e em teorias físicas, por exemplo.
Concentremo-nos no que tange às origens da Matemática, pois ao
longo do tempo e em diferentes espaços geométricos, a sociedade e a
cultura humana sofreram transformações, adaptando-se a um mundo
que está sempre em transição. Dessa forma, a cultura do ser humano
torna-se resultado de mudanças, fazendo com que a história não seja
definida e estática.
UNIDADE II
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Assim, convidamos
você a refletir sobre um
movimento na nossa
história, veja:
Refletiu?
Pensou em quantas diferenças existem entre eles?
Veja que essas diferenças são resultadas de um longo período de
mudanças que transformaram a história da humanidade, sua cultura,
política, economia e sociedade!
Enfim, uma das maneiras de se pensar sobre a cultura humana em
seus diferentes aspectos é incluindo aqui o processo de EDUCAÇÃO –
e fazer um exercício de observá-la por seus registros históricos, assim
aliando os nossos objetivos de estudo com aquilo que já comentamos a
respeito das mudanças ocorridas ao longo da história da humanidade.
Convidamos você a compreender que a ideia de que a educação bem
como o estudo da evolução dos conhecimentos das ciências
matemáticas e Físicas faz parte dos movimentos de transformação da
sociedade ao longo do tempo, e é exatamente aqui que a Educação
entra, pois fomos educados, de certa maneira, por meio das ações
evolucionárias ocorridas na sistematização reflexiva do mundo que nos
cerca.
Vamos a partir de agora, fazer algumas considerações mais
voltadas para a formação dos conceitos matemáticos e a sua
importância de condução, por meio dos conhecimentos da história
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http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/22007
/MariadasDoresCostaBrito.pdf
SOBRE A http://www.scielo.org.ve/scielo.php?pid=S1
HISTÓRIA DA 011-
MATEMÁTICA 22512005000200003&script=sci_arttext
http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/p
dfs/Tema2/0204.pdf
Conduções
didáticas no PCN de matemática
Brasil
UNIDADE III
Reflexões sobre a importância das conduções
metodológicas da história da Física
A fisica Deparamo-nos
como Hoje é comum, com as
ciência em em nossos questões que
construção estudos e tratam da
Para melhor
leituras a
iniciarmos abordagem de
respeito do certos
vamos
processo de conteúdos em
refletir? uma
aproximação sala de aula e
construção com a
da ciência da aproximação
ciência... dos alunos com
humana
a ciência.
voltada
para a
natureza
UNIDADE III
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Capaz de
transformar
as vidas dos
Em
alunos, e ao
conhecimento
mesmo tempo
didático...
prepará-los
para a
Como compreensão
tranformar o científica?
conhecimento
físico, natural...
Transformar
uma ciência
de
fórmulas...
O que implica em não
só trabalhar com os
processos visíveis da
fisica, pois isso não é
suficiente para
proporcinar aos alunos
uam adequada visão
da construção do
conhecimento.
Em
apredizado
dos
fenômenos
naturais...
Conduções
didáticas no PCN de Física
Brasil
UMA TRAJETÓRIA DE
CONSTITUIÇÃO DA HISTÓRIA DA
MATEMÁTICA E FÍSICA
UNIDADE IV
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UNIDADE IV
Uma trajetória de constituição da história
da Matemática e Física
4.1. Antiguidade
Figura 2 - Pirâmides do Egito, as quais foram construídas entre 2551 e 2495 a.C.
Figura 3 - Rios Nilo, Tigre, Eufrates e mar Mediterrâneo. Mudança do berço cultural.
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http://www.brasilescola.com/mitologia/mitologia-
grega.htm
4.1.3. Os jônicos
A cidade de Mileto faz parte da Jônia, e lá nasceu Tales, conhecido
como Tales de Mileto. Ele foi o primeiro filósofo jônico e dele partiram
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4.1.4. Os pitagóricos
Nascido em Samos, Pitágoras transferiu a linha de pensamento
jônica, a qual se concentrava na realidade do mundo físico, para
questionamentos acerca do sentido da verdade. Entretanto,
apresentavam muitos traços convergentes, visto que ambos tiveram
contato com a Astronomia e a Matemática egípcia e babilônica.
Pitágoras, também, foi contemporâneo de Buda e Lao-Tsé, os quais
foram primordiais para o desenvolvimento e estruturação da religião.
4.1.5. Os eleáticos
Paralelamente, houve outro movimento filosófico, o qual foi
liderado por Parmênides. A escola eleática divergia radicalmente na
maneira de pensar o mundo e as coisas. Para Parmênides, as mudanças
eram impossíveis de acontecer, pois tudo sempre existiu e somente era
possível perceber a existência das coisas através do raciocínio, pois, do
contrário, tudo seria uma enganação dos próprios sentidos. Portanto,
enquanto a escola pitagórica defendia a transformação e os números
como ente primordial de toda existência, os eleáticos acreditavam na
continuidade e permanência das coisas e do ser.
Dicotomia;
Aquiles;
Flecha;
Estádio.
4.1.8. Sócrates
“Só sei que nada sei”. Esta talvez seja sua frase mais famosa. E é
em torno dela que sua obra gira. Seu trabalho concentrou-se na ética e
não na ciência em si, tal que toda a sabedoria que alguém pudesse ter
seria limitada pela sua própria ignorância e os erros desta pessoa são
consequências inevitáveis da ignorância.
Adotando a dialética de Zenão, Sócrates definiu a arte da
argumentação. Em suma, ele não se propôs a resolver problemas, mas
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Figura 15 - Sócrates.
4.1.9. Platão
Platão foi discípulo de Sócrates e viveu entre 427 a. C. e 348 a. C.
Ele fundou a Academia, primeiro centro considerado como instituto de
pesquisa científica – bem diferente, por exemplo, da escola pitagórica,
cuja visão do número era bastante mística e vaga.
Ele trata do dualismo entre os mundos real e aparente, o racional
e o empírico. Vivemos no mundo dos sentidos e das aparências, o qual
nada mais é do que uma cópia, digamos, imperfeita, da realidade
subjacente. Ele focou sua atenção em conhecer as verdades subjacentes
que determinam a realidade observada. Neste sentido, tentou conciliar
o imutável (razão) do mutável (sentidos) em sua sistemática. Assim, o
que é real, observado, é simplesmente uma cópia imperfeita do mundo
das ideias.
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Figura 16 - Platão.
4.1.10. Aristóteles
Aristóteles (384 a.C. – 322 a. C.) foi discípulo de Platão. Sua obra
é notória e fundamental para o desenvolvimento da Matemática, Física,
Biologia, Política, Ética, etc. Ele foi um ícone da história da ciência e sua
morte, junto com a de Alexandre, o Grande, marcam o fim da Idade
Helênica.
Para ele, a Filosofia deveria ser construída a partir das
experiências sensoriais, de tal forma que as regras gerais aplicáveis ao
mundo partiriam destes dados. Portanto, nada pode ser conhecido se
não pela experiência.
O raciocínio dedutivo foi empregado pela primeira vez por
Aristóteles. Dadas duas preposições, a terceira segue imediatamente:
1. todos os homens são mortais;
2. Sócrates é um homem;
3. portanto, Sócrates é mortal.
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.
Figura 17 - Aristóteles.
Figura 19 - Arquimedes.
por Hiparco. Muitos físicos não dão crédito a Ptolomeu porque sua
teoria estava errada, visto que tal modelo era geocêntrico.
Figura 21 - Ptolomeu.
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4. Império Bizantino
5. Império Romano
4.2.1. Escolástica
Até o séc. XIX, a evolução foi muito lenta. E foi, justamente ao
retomar o conteúdo das obras de Aristóteles que o sabor das mudanças
começaram a aparecer novamente. Como você bem sabe, Aristóteles
foi o primeiro a tentar dar uma explicação racional para o Universo.
Entretanto, suas respostas, muitas vezes, não eram coerentes com o que
a doutrina cristã apontava como verdade, sendo, em certa época, até
proibido de ser ensinado nas universidades, conforme afirma Martins
(2001). Em contrapartida, como o “pensamento pagão” ia ganhando
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4.3.1. Matemática
Ao contrário das outras áreas do conhecimento, que tiveram o
desenvolvimento, em sua maioria, a partir da recuperação das obras
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Figura 26 - Regiomontanus.
2
Não se sabe ao certo suas datas de nascimento e morte; algo entre 1445 e 1498.
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4.3.2. Astronomia
Muitos acreditam que Copérnico (1473 – 1543) foi um astrônomo
que revolucionou tudo o que já tinha sido feito nesta área. Entretanto,
isto não é uma verdade. O modelo geocêntrico de Ptolomeu e
Aristóteles, apesar de não ser unânime, foi praticamente inalterado.
Ptolomeu usou um epiciclo lunar num círculo excêntrico móvel, o que
gerou erros de paralaxes que ele não explicou. Copérnico resolveu o
problema substituindo o círculo excêntrico móvel por um epiciclo duplo.
Em sua obra, a qual acompanhava a de Ptolomeu, dedicou parte à
trigonometria, algo essencial para o entendimento do cosmo. No que
tange à Física, Copérnico acreditava que a gravidade era uma tendência
natural implementada por um “artesão universal”. Apesar de acreditar
que a Terra, a Lua e o Sol possuíam a gravidade, ele não chegou a
afirmar que eles se uniam por meio desta.
mas sim trajetórias elípticas, sendo esta sua primeira lei. Vejamos as três
leis:
Figura 34 - Heliocentrismo.
Figura 39 - Leibniz.
Todos sabiam que Newton não era tão bom comunicador quanto
cientista. Neste ponto, Leibniz se destacava. Tinha discípulos dedicados,
dentre os quais estavam os irmãos Jacques e Jean I Bernoulli. Nenhuma
família na História da Matemática teve tantos matemáticos. Amigo dos
irmãos Nicolaus e Daniel, Leonhard Euler (1707-1783) foi o mais
importante matemático suíço de todos os tempos.
Não nos prolongaremos aqui nos trabalhos destes brilhantes
matemáticos. Fica sugerida a leitura da referência Boyer (1996).
Figura 40 - Euler.
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Figura 41 - Gauss.
Figura 42 - Cauchy.
Figura 45 - Carnot.
4.4.2. Einstein
Você sabe que a Física Clássica estuda o movimento das
partículas cujas velocidades são pequenas quando comparadas com a
velocidade da luz. Assim sendo, ao considerarmos o movimento de
elétrons no interior dos átomos, não podemos utilizar tal descrição.
Você sabe que todas as leis dinâmicas derivam do princípio da
conservação da quantidade de movimento e do conceito de força e que,
segundo o princípio clássico da relatividade de Galileu, as leis da
dinâmica devem ser as mesmas para quaisquer observadores inerciais
que se movem com velocidade relativa constante.
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Figura 54 - Sputnik 1.
Considerações Finais