Sei sulla pagina 1di 12

DOI: 10.5433/1679-0367.

2015v36n2p45

Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o


significado do tratamento fisioterapêutico
Urinary incontinence: the impact on the lives of affected women and
the significance of physiotherapy treatment

Daniela Fernanda Henkes1; Andréia Fiori2; João Augusto Miranda Carvalho3; Keila
Okuda Tavares4; Juliana Cristina Frare5

Resumo
Objetivo: Verificar o impacto da Incontinência Urinária na vida de mulheres acometidas; por que
procuraram tratamento fisioterapêutico de forma tardia; e qual o significado do tratamento fisioterapêutico
em relação à doença.
Materiais e Métodos: Estudo qualitativo descritivo-exploratório, cuja coleta de dados se deu por meio
de entrevista semiestruturada baseada em perguntas orientadoras, realizada no período de maio a julho
de 2013 com mulheres encaminhadas para tratamento fisioterapêutico em uma Clínica-Escola com
diagnóstico de Incontinência Urinária, estabelecido por médico especialista na área. As entrevistas
foram gravadas, transcritas na íntegra e analisadas com o método da Análise do Conteúdo de Bardin.
Resultados: A maioria das entrevistadas demonstrou desconhecer o tratamento fisioterapêutico.
Além disso, demoraram a ir ao médico por entenderem ser algo “normal”, associado ao processo de
envelhecimento. Constrangimento e desconforto são sentimentos vivenciados pelas mulheres afetadas
pelo fato de perderem urina, levando-as a realizar os mais diversos mecanismos para se adaptarem à
perda urinária, incluindo o isolamento social. O programa de exercícios terapêuticos reduziu a perda de
urina auxiliando-as na melhora deste sintoma e bem-estar geral.
Conclusão: A Incontinência Urinária causa impacto negativo na vida das mulheres acometidas
modificando seus comportamentos diários, impondo-lhe restrições e comprometendo até mesmo o
convívio social; convivem durante muito tempo com o problema por considerarem a Incontinência
Urinária um fator associado ao envelhecimento e pelo desconhecimento das possibilidades terapêuticas,
como a fisioterapia.
Palavras-chave: Incontinência urinária. Terapêutica. Fisioterapia.

1
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail:
danihenkes@hotmail.com
2
Graduanda do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Cascavel, Paraná, Brasil.
E-mail: andreia_fiori@hotmail.com
3
Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Cascavel, Paraná, Brasil.
E-mail: mirandajoaoaugusto@hotmail.com
4
Mestre em Ciências da Saúde. Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail: kotavares@outlook.com
5
Doutor em Estomatopatologia. Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
Cascavel, Paraná, Brasil. E-mail: jcfrare@yahoo.com.br

45
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Henkes, D. F. et. al

Abstract
Objective: To verify the urinary incontinence impact on the lives of the affected women; the reason why
they seek for late physiotherapeutic treatment, and what the meaning of physiotherapy is concerning
the disease.
Materials and Methods: Descriptive-exploratory qualitative study, whose data collection occurred
through semi-structured interviews based on guiding questions, conducted over the period of May to
July 2013 with women diagnosed with urinary incontinence, established by medical expert and then
referred to physiotherapeutic treatment in a School Clinic. The interviews were recorded, transcribed
and analyzed with the Bardin-content analysis method.
Results: Most of the interviewees demonstrated being unaware of physical therapy treatment; they
also took time to see a doctor as they considered it was something “normal”, associated with the aging
process. Embarrassment and discomfort are feelings described by the women affected by urine loss.
Adequate therapeutic exercising program reduced the loss of urine, which led to an improvement of this
symptom and enhanced their overall well-being.
Conclusion: Urinary incontinence has a negative impact on the lives of affected women, modifying
daily behavior by imposing restrictions, compromising even their social lives. They live for a long time
with the problem by considering Urinary Incontinence to be a factor associated with the aging process
and the lack of knowledge of therapeutic options such as physical therapy.
Keywods: Urinary incontinence. Therapeutics. Physical therapy.

Introdução (SOUSA et al., 2011). Supõem-se várias razões para


a demora ou não da procura por tratamento, dentre
A Incontinência Urinária (IU) é definida
elas pode-se citar o fato da IU ser considerada como
pela Sociedade Internacional de Continência
algo associado ao processo de envelhecimento,
(International Continence Society - ICS) como
a falta de conhecimento sobre seus sintomas,
a queixa de qualquer perda involuntária de urina
vergonha, hesitação e medo de consultar os
(ABRAMS et al., 2002). É considerada uma das
profissionais de saúde, entre outros fatores (SILVA;
novas “epidemias” do século XXI (BOTELHO;
LOPES, 2009).
SILVA; CRUZ, 2007) e, embora possa ocorrer em
todas as faixas etárias, a incidência da IU aumenta A IU é classificada em três tipos principais:
com o decorrer da idade. Calcula-se que entre 8% (1) a Incontinência Urinária de Esforço (IUE),
a 34% das pessoas acima de 65 anos possuam quando ocorre perda de urina durante algum
algum grau de IU, sendo mais prevalente no sexo esforço que aumente a pressão intra-abdominal,
feminino. Aproximadamente 10,7% das brasileiras como tosse, espirro ou exercícios físicos; (2) a
procuram atendimento ginecológico queixando-se urge-incontinência ou Incontinência Urinária de
de perda urinária (OLIVEIRA; GARCIA, 2011). Urgência (IUU), caracterizada pela perda de urina
O Brasil tem hoje uma população de cerca de 190 acompanhada por forte sensação de urgência para
milhões de habitantes, dos quais aproximadamente urinar; e a Incontinência Urinária Mista (IUM),
56% são mulheres, e cerca de um terço da população quando há queixa de perda associada à urgência e
feminina é acometida pela IU (VIANA et al., 2012). também a esforços (MELO et al., 2012).
Alguns fatores de risco podem estar associados Além do comprometimento físico, a IU pode
ao aparecimento dos sintomas, entre eles, o próprio acarretar alterações psicossociais importantes que
envelhecimento natural das fibras musculares, a afetam significativamente a qualidade de vida
redução da função ovariana após a menopausa, da mulher acometida, limitando sua autonomia e
obesidade, gravidez e múltiplos partos vaginais reduzindo sua autoestima. Os efeitos psicossociais
46
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico

podem ser mais devastadores que as consequências Fisioterapia Urogineco-Funcional foi reconhecida
sobre a saúde física, podendo influenciar atividades como especialidade no ano de 2009 (CONSELHO
diárias, interação social e a autopercepção do estado FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA
de saúde. Problemas de ordem social, ocupacional, OCUPACIONAL, 2004), podendo atuar junto
doméstica e sexual podem ser observados em à população feminina de idades variadas, desde
mulheres com IU, sendo causas significativas mulheres adolescentes até idosas; e em situações
de morbidade, estresse e debilidade (MELO et específicas como: gestação, parto e pós-parto;
al., 2012). Apesar do impacto na qualidade de problemas urinários, fecais, sexuais ou de prolapso
vida, as taxas de procura por tratamento entre as genital; mulheres que tiveram câncer ginecológico
incontinentes variam consideravelmente (SILVA; ou de mama (RETT et al, 2007).
LOPES, 2009).
O tratamento conservador fisioterapêutico
O tratamento multidisciplinar é relevante, para a IU é voltado para o trabalho dos músculos
tendo em vista que cada profissional de saúde - pélvicos nas incontinências de esforço, de urgência
médico, psicólogo e fisioterapeuta deverá realizar e mistas. A fisioterapia se apresenta como um
sua abordagem de forma integrada com os demais recurso terapêutico eficiente, sem incômodo
(TORREALBA; CARLO; OLIVEIRA, 2010). A ou risco, compatível com outros recursos de
ICS recomenda que o tratamento conservador seja tratamento. Envolve um trabalho específico de
considerado como primeira opção de intervenção, treino de percepção corporal e de normalização do
tendo como objetivo o aumento da força e a correta tônus dos músculos pélvicos (VIANA et al., 2012).
ativação da musculatura do assoalho pélvico Podem ser utilizados exercícios ativos associados,
(PEREIRA; ESCOBAR; DRIUSSO, 2012). ou não, ao uso de cones vaginais, biofeedback
e eletroestimulação direta por corrente elétrica
A primeira instituição no país a oferecer
(BOTELHO; SILVA; CRUZ, 2007).
em caráter regular um curso de graduação em
fisioterapia foi a Escola de Reabilitação do Rio Diante das alterações físicas, sociais, pessoais
de Janeiro, criada pela Associação Brasileira e emocionais frente à perda urinária, é importante
Beneficente de Reabilitação (ABBR) na década de avaliar o seu impacto na vida de mulheres
50 (BARROS, 2008). Contudo, somente em 13 de incontinentes e o significado do tratamento
outubro de 1969, com o decreto-lei 938, a fisioterapia fisioterapêutico para o o problema, valorizando suas
se legitimou como profissão de nível superior opiniões em relação às próprias condições de saúde.
(MARQUES; SANCHES, 1994). A primeira área Os resultados obtidos permitirão aos fisioterapeutas
de atuação reconhecida foi a Fisioterapia Traumato- e demais profissionais da saúde envolvidos
Ortopédica, pois, historicamente, a profissão surgiu com o tratamento da IU lidar melhor com esta
em um período pós-guerra, primeiramente com o situação, podendo complementar seus objetivos e
objetivo de reabilitar vítimas com sequelas motoras condutas. Por meio dessas informações, a equipe
que precisavam ser reinseridas na sociedade de saúde envolvida poderá ofertar tratamento mais
(ALMEIDA; GUIMARÃES, 2010). humanizado, considerando não somente os aspectos
fisiológicos da doença, mas também todo o contexto
Por ser uma profissão considerada jovem,
biopsicossocial envolvido, que tem forte influência
algumas de suas áreas de atuação não são muito
na adesão ao tratamento.
conhecidas pela população, como é o caso da
fisioterapia aplicada à saúde da mulher. Segundo Nesse sentido, o objetivo deste estudo é verificar
a regulamentação do Conselho Regional de o impacto da IU na vida de mulheres acometidas
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito), a por tal problema; por qual motivo elas procuraram o
47
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Henkes, D. F. et. al

tratamento fisioterapêutico depois de muitos meses As perguntas orientadoras foram as seguintes:


ou até anos convivendo com esse problema; e qual (1) por que você não buscou tratamento
o significado do tratamento fisioterapêutico em fisioterapêutico para IU nos primeiros sintomas?;
relação à doença. (2) para você, como a IU afetou a sua vida?; (3)
para você, o tratamento fisioterapêutico ajudou
a melhorar sua IU? Em caso de resposta positiva
Materiais e Métodos (sim), foi feita a seguinte pergunta: “Fale-me
Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter mais como o tratamento fisioterapêutico a ajudou
descritivo-exploratório, realizado na Clínica de a melhorar sua IU”. Em caso de resposta negativa
Fisioterapia/Centro de Reabilitação Física (CRF) (não), foi feita a seguinte pergunta: “Fale-me
da Universidade Estadual do Oeste do Paraná mais como o tratamento fisioterapêutico não a
(UNIOESTE), campus do município de Cascavel- ajudou a melhorar sua IU”. Para caracterizar as
PR. Foram realizadas entrevistas no período de maio entrevistadas, foi aplicado um questionário com
a julho de 2013 com mulheres encaminhadas para perguntas fechadas e abertas.
tratamento fisioterapêutico nesta Clínica Escola
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
com diagnóstico de IU estabelecido por médico
em Pesquisa (CEP) da UNIOESTE de acordo
especialista na área.
com o Parecer 088/2013.
Os critérios de inclusão adotados foram: sexo
feminino, idade igual ou maior a 18 anos, ter
sido submetida a pelo menos 15 atendimentos de Resultados
fisioterapia para IU na Clínica Escola (quando já Durante o período de coleta de dados 11
podem ser verificados resultados com o tratamento), pacientes mulheres estavam sendo atendidas na
ter iniciado o tratamento fisioterapêutico, no Clínica de Fisioterapia/CRF da UNIOESTE com
mínimo 12 meses, após o início dos sintomas (busca diagnóstico médico de IU. Destas 11 mulheres,
tardia pelo tratamento) e concordar em participar do nove (81,82%) concordaram em participar do
estudo. O critério de exclusão foi ter sido submetida estudo. As entrevistadas tinham idade média de
a tratamento fisioterapêutico prévio para IU. 45,67 (±10,85) anos. Em relação ao tipo de IU
Foi realizada uma entrevista semiestruturada diagnosticada por médico especialista na área,
utilizando perguntas orientadoras que abordaram seis (66,66%) apresentavam IUE, uma (11,11%)
questões relativas à experiência da perda urinária. IUU e duas (22,22%) apresentavam IUM. As
As entrevistas foram gravadas (por meio de participantes do estudo conviveram em média
gravador digital), transcritas na íntegra para 36 (±34,33) meses com os sintomas da IU antes
posteriormente serem analisadas com o método da de terem seu diagnóstico médico estabelecido.
Análise do Conteúdo, obedecendo algumas etapas: Estavam sendo submetidas, em média, a 14
(1) a pré-análise, (2) a exploração do material (±3,86) meses de tratamento fisioterapêutico
e (3) a organização dos resultados, inferência e na Clínica Escola quando a coleta de dados foi
interpretação (BARDIN, 2009). As entrevistas realizada (tabela 01). A seguir são apresentados
foram identificadas pela letra “E” de entrevistada, os resultados obtidos por meio da análise das
seguidas por números, obedecendo a ordem da falas transcritas em relação a cada uma das três
realização das entrevistas. perguntas orientadoras.

48
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico

Tabela 1 - Variáveis de caracterização das participantes do estudo


Presença de sintomas de
Tempo de atendimento
Participante Idade (anos) IU antes do diagnóstico Tipo de IU
fisioterapêutico (meses)
(meses)
E01 47 13 24 IUE
E02 44 12 120 IUE
E03 32 13 24 IUM
E04 50 15 12 IUE
E05 43 18 60 IUE
E06 28 13 25 IUE
E07 48 12 18 IUE
E08 56 13 24 IUM
E09 63 17 18 IUU
Fonte: Autor.
E: entrevista; IU: infecção urinária; IUE: incontinência urinária de esforço; IUM: incontinência urinária mista; IUU:
incontinência urinária de urgência;

Motivos que levaram as entrevistadas a não normal porque eu tive parto normal, por causa da
força que foi feita, mas que voltaria ao normal, mas
buscar tratamento fisioterapêutico para a IU como não voltou eu procurei um recurso, fui atrás. E
no aparecimento dos primeiros sintomas eu comecei a fisioterapia porque eu já sabia que tinha
(E6).

A maioria das entrevistadas demonstrou Muitas mulheres demoraram para ir ao médico


desconhecer o tratamento fisioterapêutico, por entenderem que a IU era algo “normal”, por isso
entendiam que a fisioterapia era destinada apenas ao não se preocuparam em buscar tratamento.
tratamento de problemas ortopédicos e acreditavam
que somente o procedimento cirúrgico resolveria
Porque na verdade eu não achava que era um
seus sintomas. Somente uma paciente demonstrou problema assim, eu achava que talvez fosse normal
conhecer previamente o tratamento fisioterapêutico porque eu sempre bebi, usei de bastante líquido,
então, eu não achei que fosse uma coisa, que fosse
para IU. uma incontinência urinária. Daí na verdade eu nem
procurei tratamento para isso (E8).

[...] porque eu não sabia que tinha esse tratamento Eu não procurei porque eu não sabia que eu tinha, eu
assim, sem ser cirurgia, senão teria buscado com achava que era normal a urgência em ir ao banheiro,
certeza (E3). em sentir dores. Eu achava que era normal, por isso
que eu não procurei antes, só procurei quando eu
[...] eu nem sabia que tinha fisioterapia. Porque passei estava com uma forte infecção e não dava mais para
pelo ginecologista, o ginecologista encaminhou segurar (E7).
para o HU e lá do HU eles me encaminharam para a
fisioterapia (E4).
O impacto da IU na vida das entrevistadas
Então, não houve interesse meu porque eu não As participantes do estudo relataram
tinha noção, eu imaginava que fisioterapia era para
recuperar-se de uma cirurgia, um acidente, alguma constrangimento e desconforto pelo fato de
coisa assim. Eu não tinha noção de outro benefício, e perderem urina aos esforços como, por exemplo,
o outro é muito bom (E5).
durante o ato de tossir e espirrar, ao realizar
Porque quando eu fui fazer a consulta depois que
atividades físicas como a caminhada e a corrida,
ganhei o meu bebê, eu já estava, e ela falou que era ao dar risada e erguer/carregar peso. Foi possível
49
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Henkes, D. F. et. al

observar que o fato de molhar a roupa pela perda saía fazer caminhada antes de começar a fisioterapia
eu não levava água junto, eu só tomava o líquido em
de urina fez com que elas passassem a ter o hábito casa, procurava ir no banheiro e depois já não tomava
de sempre usar absorvente para evitarem situações [...](E8).
constrangedoras.
As entrevistadas relataram seguir as orientações
Porque se caso eu dou uma risada, nossa! Vaza e eu fisioterapêuticas em casa demonstrando a
passo vergonha. Aí eu tenho que estar sempre com
absorvente (E4). conscientização sobre o seu problema, e a
importância da participação ativa da pessoa
Eu me sentia um pouco desconfortável, que às vezes acometida na melhora do seu problema de saúde.
eu saía fazer caminhada. Ou às vezes conforme uma
risada, uma piada, alguma coisa, uma risada mais
extensa ocorria o escape, aí e me sentia um pouco
assim (E8). A gente já tem um problema, porque que vai segurar a
bexiga cheia? Não tem necessidade. A gente aprende
a se educar também com isso (E1).
É difícil porque você vai espirrar, vai fazer uma força
ou tosse, aí que tem essa perca de urina (E9).
Então como eu sei que se estiver com a bexiga
cheia, vou espirrar e coisa, e eu tenho problema, não
Muito desconforto, Deus me livre! Se eu estivesse deixo encher a bexiga, e já melhorou bastante. Raro
sem absorvente, qualquer tossir ou esforço já molhava acontecer agora, que nem antes quase toda semana
tudo, é muito desconforto, Deus me livre. [...] a gente acontecia de perder urina, agora não, eu procuro
fica triste, poxa vida! Porque é uma coisa muito chata, cuidar, não deixar a bexiga cheia e coisa. Melhorou
você sair e acontecer essas coisas, às vezes perto de (E5).
gente, fica feio (E3).

Discussão
Aí eu tenho que usar absorvente, sempre ter absorvente
em casa e tomar banho antes de sair (E4). No presente estudo as mulheres entrevistadas
tinham em média 45 anos e conviveram cerca de
O significado da fisioterapia para mulheres com IU 36 meses com os sintomas da IU até procurarem
A maioria das entrevistadas relatou que o serviço médico especializado e terem seu
programa de exercícios terapêuticos reduziu a perda diagnóstico estabelecido. Por meio de suas falas
de urina auxiliando-as na melhora deste sintoma. demonstraram considerar a perda urinária como
Antes do tratamento elas se preocupavam mais algo normal, mesmo apresentando constrangimento
quando tinham que sair de casa, agora elas afirmam e desconforto causados pelos sintomas e suas
estar mais tranquilas e seguras, preocupando-se consequências, o que por sua vez, contribuiu para a
menos, pelo fato do quadro ter sido controlado. demora em se estabelecer o diagnóstico. A maioria
Com o tratamento foi possível realizar atividades não conhecia o tratamento fisioterapêutico para esse
que antes provocavam a perda da urina. problema de saúde, e quando as entrevistadas foram
submetidas aos protocolos cinesioterapêuticos,
vivenciaram resultados positivos como a redução
Ajudou porque a incontinência que era bastante,
diminuiu muito (E3). da perda urinária, mais tranquilidade e segurança
para realizar suas atividades cotidianas e sociais,
Ajudou. [...] que nem eu aprendi a fazer os exercícios, maior conscientização em relação ao seu problema
faço em casa, estou usando aqueles pesinhos. É errado
dizer que perde, não perco mais, que nem eu trabalho,
de saúde.
a gente tira leite lá onde eu moro, eu e meu esposo,
então as vezes se precisar levantar mais peso, no Resultados que evidenciam a mesma realidade
começo eu perdia, agora também não perco mais. Eu foram obtidos em uma pesquisa quantitativa
lembro de fazer o exercício, na hora de erguer o peso
se concentrar e segurar, aí não perde mais (E6). realizada em um serviço médico da cidade
Muito, muito. Agora eu já posso sair fazer caminhada
de Campinas-SP, onde das 213 mulheres que
tranquila, levo a minha garrafinha de água, porque eu fizeram parte da população do estudo, 35 (16,4%)
50
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico

mencionaram perda urinária, sendo posteriormente algum tempo nos casos de perda urinária, sendo
diagnosticadas com IU. A amostra entrevistada pouco divulgados entre os profissionais da saúde
apresentava idade média de 44,3 anos e a maioria e a população feminina. Os primeiros protocolos
delas, (65,7%) não conhecia os tratamentos para de exercícios para o tratamento da IU datam da
esse sintoma. Dentre as que conheciam alguma década de 50. Um deles, proposto por Arthur
modalidade de intervenção, destacou-se em primeiro Kegel, ginecologista americano, preconizava
lugar o procedimento cirúrgico (17,1%) e em último uma rotina regular e progressiva de exercícios
lugar o tratamento fisioterapêutico (2,9%). Quando funcionais de contração dos músculos pélvicos
questionadas sobre os motivos que as levaram a não que consistia em até 500 contrações do assoalho
procurar ajuda para tratar os sintomas, relataram pélvico por dia, com regime de exercícios variando
o fato de entender ser normal perder urina, de não de uma semana até seis meses. Para mensurar a
considerar o problema importante e o fato de o força produzida pelos músculos pélvicos antes e
médico dizer que não seria necessário procurar por depois do protocolo de intervenção, foi utilizada
ajuda (SILVA; LOPES, 2009). a perineometria, observando melhora em 75% dos
casos (GAMEIRO et al., 2012; HARVEY, 2003;
Muitas mulheres possuem ideias pré-concebidas
PRICE; DAWOOD; JACKSON, 2010).
em relação à IU, geralmente associando-a a um
problema da velhice que ocorre pela fraqueza Muitas vezes, entre os profissionais da saúde
muscular corporal que se instala à medida que a não é comum a indicação da prática do tratamento
pessoa envelhece (PITANGUI; SILVA; ARAÚJO, fisioterapêutico para a IU pela falta de conhecimento
2012). Frequentemente, as mulheres que apresentam sobre os resultados desse tipo de abordagem. Sendo
IU também possuem outras morbidades consideradas assim, é necessária maior divulgação tanto para os
mais graves e urgentes como a hipertensão profissionais da área da saúde da mulher, como
arterial, subestimando o sintoma da perda urinária, para a população em geral, para que mais pessoas
acreditando ser este um problema que não precisa ser acometidas sejam beneficiadas e para se tentar
evitar procedimentos cirúrgicos desnecessários
levado ao conhecimento de um profissional da saúde.
(GUARISI et al., 2001).
Em outros casos há o constrangimento por parte
da mulher em compartilhar este tipo de problema A fisioterapia no tratamento da IU devolve
com os profissionais da saúde, principalmente os do a percepção e funcionalidade dos músculos do
gênero masculino (VOLKMER et al., 2012). assoalho pélvico, fazendo com que a mulher adquira
novamente a continência urinária, para melhorar
Os dados apresentados apontam a necessidade
significativamente sua qualidade de vida (RETT
de reflexão sobre a importância da implementação
et al., 2007). A literatura relacionada ao tema
de novas estratégias em saúde, especialmente
demonstra que os protocolos de exercícios podem
no campo de atenção primária, principalmente
ser aplicados em grupos de mulheres de idades
voltado para a prevenção e detecção precoce da IU
variadas, inclusive as idosas. O impacto positivo
(MORALES et al., 2003), pois essa é uma doença
da intervenção fisioterapêutica nesse grupo foi
que causa grande impacto e cujo quadro clínico
constatado em uma pesquisa que tinha por objetivo
precisa ser valorizado nas consultas individuais,
avaliar a força muscular do assoalho pélvico e a
principalmente pelo sistema de saúde (RETT et al.,
qualidade de vida de mulheres com idade média de
2007).
65 anos que apresentavam queixa de IU. A melhora
Os protocolos de exercícios para o assoalho significativa da força muscular foi observada
pélvico apresentam um desfecho positivo em após o tratamento (p< 0,001), melhora do pico de
relação à função perineal e já são empregados há pressão e do tempo de contração mensurado pelo
51
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Henkes, D. F. et. al

perineômetro (p < 0,001) e melhora na qualidade de menos preocupadas com eventuais episódios de


vida (SOUSA et al., 2011). incontinência, demonstram também menos restrições
Em uma pesquisa randomizada que envolveu nas realizações de suas atividades cotidianas,
mulheres em tratamento da IU com cinesioterapia ocupacionais e físicas, especialmente aquelas que
perineal por três meses consecutivos, notou-se que, têm um estilo de vida mais ativo. Assim, quando a
ao término do tratamento, o grupo intervenção mulher passa a perder urina em menor quantidade, ela
(idade média de 56 anos) teve melhores resultados fica menos preocupada em relação à ingestão líquida,
em relação ao diário miccional e o questionário de utiliza menos proteção, preocupa-se menos em exalar
qualidade de vida quando comparado ao grupo o odor de urina ou ficar molhada e consequentemente
controle (idade média de 54 anos) (ZANETTI et al., melhora toda a sua condição clínica (RETT et al.,
2007). 2007). Essas afirmações justificam as falas das
entrevistadas deste estudo que manifestaram mais
Essas mesmas mulheres foram avaliadas
segurança para realizar suas atividades do dia a dia
subjetivamente, sendo que 23,8% das pacientes
por apresentarem diminuição dos sintomas e por
do grupo controle expressaram satisfação com o
aprenderem a lidar melhor com eles após terem sido
tratamento. Já no grupo com acompanhamento
submetidas às técnicas fisioterapêuticas.
fisioterapêutico, 66,8% revelaram que não desejavam
outro tratamento. Ou seja, o acompanhamento Em um estudo transversal, realizado com 77
fisioterapêutico proporcionou melhores resultados mulheres, constatou-se que 42,9% dos casos de perda
subjetivos e objetivos no tratamento da IU com de urina ocorrem durante a prática do exercício físico
cinesioterapia do assoalho pélvico (ZANETTI ou durante a execução de algum tipo de esforço.
et al., 2007). Tais resultados confirmam o que Dentre as participantes, 20,8% afirmaram que a
foi evidenciado em relação às participantes do perda de urina ocorria sem nenhum motivo aparente,
presente estudo, demonstrando que a fisioterapia caracterizando uma perda espontânea e 5,2% citaram
é um tratamento eficaz e com boa aceitação por a tosse ou espirro como motivo da perda (KIGA;
parte das mulheres que apresentam perda urinária, KIGO, 2013).
independentemente da idade. A IU possui conotações de maus hábitos de
O tratamento da IU é eficiente para a diminuição higiene e provoca mal-estar, pelo fato de molhar a
da perda urinária e contribui para que as mulheres roupa e pelo odor da urina (HONÓRIO; SANTOS,
se conscientizem em relação ao problema ao 2009). Sendo assim, a experiência de conviver
participar mais ativamente do processo de tratamento com a IU leva a mulher a realizar os mais diversos
que resulta no seu bem-estar físico e psicológico mecanismos de modificações comportamentais
(PEREIRA; ESCOBAR; DRIUSSO, 2012; SOUSA para se adaptar às inconveniências da perda urinária
et al., 2011). Por meio dos discursos analisados foi como: uso frequente de perfumes de odor forte;
possível observar essa conscientização, que por utilização de roupas escuras; diminuição da ingestão
sua vez reflete na continuidade do tratamento no hídrica; suspensão por conta própria de fármacos que
domicílio e na adesão à cinesioterapia proposta. estimulem a eliminação urinária; uso de absorventes
ou protetores para controle da perda urinária; procura
Os protocolos de exercícios do assoalho pélvico
imediata pelo banheiro em locais públicos, além
são considerados um método efetivo, seguro e de
de evitarem o convívio social (BORBA; LELIS;
baixo custo, além de ampliarem as possibilidades
BRÊTAS, 2008).
terapêuticas desta enfermidade (OLIVEIRA;
GARCIA, 2011), uma vez que as mulheres Trocar inúmeras vezes de roupa, ficar sempre
passam a ter mais controle urinário e sentem-se próximas a banheiros e chegar até mesmo ao ponto
52
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico

de se excluir do convívio social são atitudes comuns, o ato, é fator de grande impacto na vida das mulheres
pois as mulheres sentem-se inseguras perante o acometidas pela IU, levando-as a sentirem desgaste
problema. Os significados das implicações da tanto físico quanto emocional. A incapacidade de
experiência com a IU vão muito além dos impactos obter satisfação sexual leva à negação desta região
provocados no bem-estar emocional, psicológico e do corpo, diminuindo o contato com o cônjuge ou
social. A perda urinária significa algo proibido, com parceiro. A diminuição do autoconceito feminino,
sentimento de exposição semelhante à obscenidade, leva ao isolamento social, níveis elevados de
gerando temor quanto a opiniões negativas de quem estresse e à depressão (FREIRE, 2012).
está a sua volta, o que reduz a sua interação com Em uma pesquisa com o objetivo de avaliar o
outras pessoas (HIGA et al., 2010). efeito do treinamento dos músculos do assoalho
Em uma pesquisa realizada com mulheres pélvico sobre as disfunções sexuais femininas
incontinentes, 33,5% das entrevistadas relataram (transtorno de desejo sexual, de excitação, orgástico
que sua vida social também foi afetada, pois tiveram e/ou dispareunia) evidenciou-se melhora da força
que diminuir os passeios por medo de sair de casa e muscular do assoalho pélvico e das amplitudes de
não encontrar banheiro próximo quando necessário; contração do períneo avaliadas pela eletromiografia,
medo de perder urina em público e de cheirarem mal. com consequente melhora na função sexual, o
Também deixaram de ir a festas, frequentar igreja, que indica que essa abordagem terapêutica pode
praticar atividades físicas. Das entrevistadas, 18,9% ser utilizada com sucesso no tratamento dessas
relataram que precisaram diminuir os trabalhos disfunções (PIASSAROLLI et al., 2010).
domésticos, pois muitas vezes durante atividades que Em um estudo realizado com 164 mulheres com
exigiam maior esforço acabavam perdendo urina, e idades entre 25 e 85 anos, internadas em clínicas
necessitavam interromper a mesma atividade muitas de ginecologia e urologia, observou-se que a IU
vezes para ir ao banheiro. Outro fator importante foi interfere na vida sexual, sendo esta queixa relatada
o prejuízo financeiro (1,2%), justificado pelo fato de por 40,9% da população abordada. Essa restrição é
faltarem ao trabalho por conta de consultas médicas causada por vários fatores como, por exemplo, a dor
e algumas relataram terem sido demitidas ou terem durante a relação e a perda da urina, por não sentirem
pedido demissão por conta da IU (LOPES; HIGA, vontade de praticar ou então não sentirem prazer
2006). durante o ato sexual e também pelo constrangimento
de ter que interromper o ato por necessidade de ir ao
No presente estudo, a maioria das mulheres
banheiro (LOPES; HIGA, 2006).
apresentou perda de urina relacionada ao esforço e
limitou de alguma forma suas atividades sociais pelo
medo do constrangimento em público, utilizando Conclusão
como estratégia de enfrentamento os absorventes
Com o presente estudo conclui-se que a IU causa
para evitar situações constrangedoras. No entanto, em
impacto negativo na vida das mulheres acometidas
relação às falas analisadas não foram evidenciadas
modificando seu comportamento diário, impondo-
modificações na vida sexual, fato abordado em
lhes restrições e comprometendo até mesmo seu
outros estudos com temática semelhante. De
convívio social. No entanto, observou-se que apesar
acordo com a literatura, nesses casos, a abordagem
deste impacto, mulheres afetadas pela incontinência
fisioterapêutica também pode beneficiar a vida sexual
urinária convivem durante meses e até anos com
das incontinentes.
o problema, por motivos que compreendem o
A diminuição da função sexual causada pela fato de considerarem a IU um fator normalmente
incerteza de conseguir manter a continência durante associado ao processo de envelhecimento, até o
53
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Henkes, D. F. et. al

desconhecimento das possibilidades terapêuticas CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E


como a fisioterapia. O que também explica o fato de a TERAPIA OCUPACIONAL - CREFITO. 2004.
Disponível em: <www.crefito8.org.br>. Acesso em
maioria delas não procurar tratamento fisioterapêutico 21 set. 2014.
de forma espontânea, e procurar a fisioterapia apenas
após encaminhamento médico. FREIRE, S. F. R. Percepção do bem-estar sexual
Por meio dos relatos das participantes, foi e qualidade de vida da mulher com incontinência
urinária. 2012. Dissertação (Mestrado) - Enfermagem
possível observar que programas cinesioterapêuticos de Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia. Escola
específicos para o tratamento da IU são eficazes Superior de Saúde de Viseu, Portugal, 2012.
para redução das perdas urinárias e também para a
conscientização das mesmas sobre sua condição, GAMEIRO, M, O.; MOREIRA, E. C.; FERRARI,
fazendo com que elas consigam lidar melhor com a R. S.; KAWANO, C. R. P.; PADOVANI, C. R.;
AMARO, J. L. A análise comparativa da força
situação. muscular do assoalho pélvico em mulheres com
estresse e incontinência urinária. Revista Brasileira
de Urologia, Rio de Janeiro, v. 38, n. 5, p. 661-666,
Referências 2012.

ABRAMS, P.; CARDOZO, L.; FALL, M.; GUARISI L., PINTO-NETO A. M., OSIS M. J.,
GRIFFITHS, D.; ROSIER, P.; ULMSTEN, U.; VAN ORCESI A. Procura de serviço médico por mulheres
KERREBROECK, P.; VICTOR, A.; WEIN, A. The com incontinência urinária. Revista Brasileira de
standardisation of terminology of lower urinary Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 23, n. 7,
tract function: report from the Standardisation Sub- p. 439-443, 2001.
committee of the International Continence Society.
Neurology and Urodynamics, United Kingdom, v. HARVEY, A. H. Pelvic floor exercises during and
21, n. 2, p. 167-178, 2002. after pregnancy: A systematic review of their role
in preventing pelvin floor dysfunction. Journal of
Obstetrics and Gynecology Canada, Montreal, v. 25,
ALMEIDA, A. L. J.; GUIMARAES, R. B. O lugar
n. 6, p. 487-498, 2003.
social do fisioterapeuta brasileiro. Fisioterapia e
Pesquisa, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 82-88, 2010.
HIGA, R.; RIVORÊDO, C. R. S. F.; CAMPOS, L.
K.; LOPES, M. H. M.; TURATO, E. R. Vivências
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora de mulheres brasileiras com incontinência urinária.
70, 2009. Texto Contexto Enfermagem, Santa Catarina, v. 19,
p. 4, p. 627-35, 2010.
BARROS, F. B. M. Poliomielite, filantropia
e Fisioterapia: o nascimento da profissão de HONÓRIO, M. O.; SANTOS, S. M. A. Incontinência
fisioterapeuta no Rio de Janeiro dos anos 1950. urinária e envelhecimento: impacto no cotidiano e na
Ciência & Saúde, Rio Grande do Sul, v. 13, n. 2, p. qualidade de vida. Revista Brasileira de Enfermagem,
941-943, 2008. Brasília, v. 62, n. 1, p. 51-56, 2009.

BORBA, A. M. C.; LELIS, M. A. S.; BRÊTAS, A. KIGA, N. N. L; KIGO, A. S. M. Prevalencia de


C. P. Significado de ter incontinência urinária e ser la incontinencia urinaria en mujeres embarazadas
incontinente na visão das mulheres. Texto Contexto en el Centro de Salud Familiar El Roble. Revista
Enfermagem, Santa Catarina, v. 17, n. 3, p. 527-535, Kinesiologia, Santiago, v. 32, n. 1, p. 17-25, 2013.
2008.
LOPES, M. H. B. M.; HIGA, R. Restrições causadas
BOTELHO, F.; SILVA, C.; CRUZ, F. Incontinência pela incontinência urinária à vida da mulher. Revista
urinária feminina. Revista da Associação Portuguesa da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 40,
de Urologia, Lisboa, v. 24, n. 1, p. 79-82, 2007. n. 1, p. 34-41, 2006.
54
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico

MARQUES A. P; SANCHES E. S. Origem RETT, M. T.; SIMÕES, A. J.; HERRMANN, V.;


e evolução da Fisioterapia: aspectos GURGEL, M. S. C.; MORAIS, S. S. Qualidade de
históricos e legais. Revista  de  Fisioterapia  da vida em mulheres após tratamento da incontinência
Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 1, n. 1,
p. 5-10, 1994. urinária de esforço com fisioterapia. Revista
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de
MELO, B. E. S.; FREITAS, B. C. R.; OLIVEIRA, Janeiro, v. 29, n. 3, p. 134-140, 2007.
V. R. C.; MENEZES, R. L. Correlação entre sinais
e sintomas de incontinência urinária e autoestima SILVA, L.; LOPES, M. H. B. M. Incontinência
em mulheres. Revista Brasileira de Geriatria e urinária em mulheres: razões da não procura por
Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 41-
50, 2012. tratamento. Revista da Escola de Enfermagem da
USP, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 72-78, 2009.
MORALES, A. F.; CORRAL, G. M.; COY, J.
A.; BELENGUER, M. J. P.; COSTOSO, A. I. T. SOUSA, J. G.; FERREIRA, V. R.; OLIVEIRA, R.
Estudio cualitativo sobre el proceso de búsqueda J.; CESTARI, C. E. Avaliação da força muscular
de la salud de la incontinencia urinaria en la mujer.
do assoalho pélvico em idosas com incontinência
Revista Iberoamericana Fisioterapia Kinesologia,
Espanha, v. 6, n. 2, p. 74-80, 2003. urinária. Revista Fisioterapia em Movimento,
Curitiba, v. 24, n. 1, p. 39-46, 2011.
OLIVEIRA, J. R.; GARCIA, R. R. Cinesioterapia
no tratamento de incontinência urinária em TORREALBA, F. C. M.; CARLO, F.; OLIVEIRA,
mulheres idosas. Revista Brasileira de Geriatria e R. Incontinência urinária na população feminina
Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 343-
de idosas. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas,
351, 2011.
Agrárias e da Saúde, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 159-
175, 2010.
PEREIRA, V. S.; ESCOBAR, A. C.; DRIUSSO,
P. Efeitos do tratamento fisioterapêutico em
mulheres idosas com incontinência urinária: VIANA, S. B. P.; VOLKMER, C.; KLEIN, J.
uma revisão sistemática. Revista Brasileira de A.; PINCEGHER, D. Incontinência urinária e
Fisioterapia, São Carlos, v. 16, n. 6, p. 463-468,
sexualidade no cotidiano de mulheres em tratamento
2012.
fisioterápico: uma abordagem qualitativa. Saúde e
Transformação Social, Florianópolis, v. 3, n. 4, p.
PIASSAROLLI, V. P.; HARDY, E.; ANDRADE
N. F.; FERREIRA, N. O.; OSIS, M. J. D. 62-70, 2012.
Treinamento dos músculos do assoalho pélvico
nas disfunções sexuais femininas. Revista VOLKMER, C.; MONTICELLI, M.; REIBNITZ,
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de
K. S.; BRÜGGEMANN, O. M.; SPERANDIO, F. F.
Janeiro, v. 5, n. 32, p. 234-240, 2010.
Incontinência urinária feminina: revisão sistemática
PITANGUI, A. C. R.; SILVA, R. G.; ARAÚJO, R. de estudos qualitativos. Ciência & Saúde Coletiva,
C. Prevalência e impacto da incontinência urinária Rio de Janeiro, v. 17, n. 10, p. 2703-2715, 2012.
na qualidade de vida de idosas institucionalizadas.
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ZANETTI, M. R. D.; CASTRO, R. A.; ROTTA, A.
Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, p. 619-626, 2012.
L.; SANTOS, P. D.; SARTORI, M.; GIRÃO, M. J.
B. C. Impact of supervised physiotherapeutic pelvic
PRICE, N.; DAWOOD R.; JACKSON, S. R.
Pelvic floor exercise for urinary incontinence: a floor exercises for treating female stress urinary
systematic literature review. Maturitas, Oxford, incontinence. Sao Paulo Medical Journal, São
v. 67. n. 4 p. 309-315, 2010. Paulo, v. 125, n. 5, p. 265-269, 2007.
55
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015
Henkes, D. F. et. al

Recebido em: 20 mai. 2015


Aceito em: 06 out. 2015

56
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 2, p. 45-56, jul./dez. 2015

Potrebbero piacerti anche