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CURSO DE EXTENSÃO
1. Apresentação:
No bojo de tais relações, o universo do Direito não pode ser compreendido senão
em interação com essas categorias, como processos permanentemente em
construção, em razão das tensões e conflitos entre os diferentes grupos formadores
da estrutura social e dos interesses que esses grupos demandam. O processo de
construção do Direito configura, sob essa ótica, uma relação de poder, cujo objeto é
a obtenção da tutela jurídica do Estado para diversos interesses dos grupos sociais
em conflito. O exercício da jurisdição passa a ser, então, compreendido como um
poder-dever, cuja compreensão não pode ser descolada do contexto das relações,
de um campo de respostas, reações, efeitos, invenções (FOUCAULT, 1984; 1999;
CRENSHAW, 1989; SCOTT, 1995; BOURDIEU, 2010).
Rua Celeste Gobbato, 229 - Bairro Praia de BelasCEP: 90110-160 Porto Alegre/RS - Brasil
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Neste sentido, o Estado também é objeto de crítica ao exercer o poder de designar
critérios absolutos para determinar as fronteiras da legalidade, reconhecendo que a
lei e os ilegalismos podem ter correlações mais tênues entre si. A lei seria a tentativa
do Estado, exercendo seu poder, compilar, diferenciar e formalizar os ilegalismos.
Assim, o Direito compreenderia o gerenciamento e a normalização de ilegalismos
(FOUCAULT, 1999).
Nesse campo, estar sob o manto protetivo do ordenamento significa ter vencido uma
disputa. Dessa forma, a tutela jurídica do Estado Democrático de Direito demanda
negociações, preponderantemente entre atores sociais cuja participação não tem a
mesma relevância na formulação de normas e leis, dada a assimetria no exercíco de
poder e na representação de seus interesses (HABERMAS, 1997). Possuir
determinados atributos e/ou pertencer a dados grupos resulta, a priori, em desfrutar
de condições de exercício de poder, possibilitando aos atores vencer as disputas
que os colocam sob a proteção do Estado, concretizada pela tutela jurídica.
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O direito como instrumento de dominação fundamenta-se no interesse de
manutenção do status quo dos segmentos hegemônicos da sociedade:
ricos, brancos, homens, heterossexuais e outros. A tutela de uma hipotética
sociedade composta por indivíduos formalmente iguais em direitos é a base
do conceito de segurança jurídica. Em benefício da ordem social são
mantidas as desigualdades materiais que legitimam o exercício do poder
opressor de alguns membros da sociedade sobre outros (VIANNA, 2008, p.
120).
Ante o patamar esboçado, o presente curso tem por escopo ofertar instrumental
teórico-metodológico dos estudos das relações de gênero e poder e das teorias
feministas, contribuindo para ampliação e consolidação do conhecimento sobre o
gênero e a interseccionalidade com outras categorias estruturantes das relações
sociais.
2. Objetivo do curso:
4. Metodologia
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6. Dias da semana e horário
A definir.
7. Estimativa de valor
8. Local de realização
9. Público-alvo
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11. Material didático a ser encaminhado aos participantes:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
12. Referências
FOUCAULT, Michel. Deux essais sur le sujet et le pouvoir. In: DREYFUS, Hubert;
RABINOW, Paul. Michel Foucault: un parcours philosophiquec. Paris: Gallimard,
1984, p. 208-226.