Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Os diversos posicionamentos lingüísticos existentes são reflexos das correntes ou linhas teóricas da Lingüística Moderna, que surgiu no início do
século XX com o surgimento do Estruturalismo Linguístico, estudos científicos relacionados aos aspectos formais da língua, desenvolvidos pelo
linguista Ferdinand Saussure. Posteriormente diversos linguistas também desenvolveram pesquisas voltadas para os diversos fenômenos
funcionais e formais da língua/linguagem e passaram assim a influenciar a concepção de língua tida por gramáticos, educadores e falantes de
modo geral.
I. Quadro sinóptico da Literatura Luso-Brasileira do Renascimento ao
Modernismo.
País Corrente Contexto Características Géneros Autores Obras
Literária sociopolítico literárias literários
Portugal Trovadorismo O Trovadorismo pode ser definido como Lírico e satírico. Fernão Lopes; Gil Revista
um estilo literário herdeiro da lírica grega. Vicente; João de Orpheu; Os
Isso porque o estilo medieval manteve Almeida Garrett; Lusíadas
características da arte clássica, tais quais a Fernando Pessoa,
presença Luís de Camões
de canto e acompanhamento musical.
Além disso, a idealização amorosa,
presente nas cantigas “de amor” e “de
amigo”, era uma marca também presente
na literatura da Grécia Antiga.
Para além das heranças gregas,
o culto ao catolicismo era presente e
notável em algumas trovas. Além disso, é
perceptível a reprodução de estruturas
feudais metaforizadas por meio das
relações amorosas presentes nas cantigas
de amor. Exemplos dessas estruturas são
a vassalagem e o reconhecimento
do senhor feudal como autoridade máxim
a da sociedade.
Brasil
No soneto A um Poeta possui rimas ricas (ABBA/BAAB/CDC/DCD), como por exemplo: “rua/sua”, “construa/nua”, “emprego/grego”. É um
soneto decassílabo, objectivo, claro, sem exageros românticos.
Temos aí a metalinguagem quando o poeta utiliza-se de um poema para falar sobre o poema, ou seja, este soneto é um poema sobre o poema. Já
no primeiro quarteto o poeta fala do exímio oficio de tecer o poema. O local ideal onde as ideias fluem, embora com dor e teimosia. Este é lugar
é comparado ao claustro beneditino: “longe do estéril turbilhão da rua/ beneditino, escreve! No aconchego/ do claustro, na paciência e no
sossego, trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua”!
No segundo quarteto apresentam-se os cuidados que se precisa ter para a criação do poema, onde o poeta admite uma forma para o poema onde
não transpareça o trabalho exigido pela criação: “mas que na forma se disfarce o emprego/ do esforço; e a trama viva se construa/ de tal modo,
que a imagem fique nua,/ rica, mas sóbria, como um templo grego”.
O poeta chega ao primeiro terceto dando mostras do resultado do trabalho feito, destacando principalmente a beleza o que se identifica com os
princípios clássicos: riqueza e sobriedade: “não se mostre na fábrica o suplício/ do mestre. E natural, o objecto agrade,/ sem lembrar os
andaimes do edifício:”
O fechamento do soneto é complemento do primeiro terceto. O poeta compara a arte como uma beleza pura, onde não deve haver artificialidade, pois é na
simplicidade que ela se torna bela: “Porque a Beleza, gémea da verdade,/ arte pura, inimiga do artifício/ é a força e a graça na simplicidade”.
Texto 2
No poema, verifica-se formalmente a estética realista na forma de soneto, com versos decassílabos e esquemas de rimas em ABBA, nos
quartetos; CCD, EED, nos tercetos subsequentes. Em relação à temática, o eu lírico anuncia uma nova estética literária, o Realismo, como
vemos nos versos do segundo terceto / Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno /, / Afugentou as larvas tumulares... / Para surgir do seio desses
mares /, / Um mundo novo espera só um aceno /.
Como também, nos tercetos temos uma manifestação do eu lírico que confunde-se com o sentimento real do poeta Antero de Quental, ou seja,
um ardente desejo próprio dos revolucionários, um desejo de combate, de uma mudança imediata, caracterizando o imediatismo e a
contemporaneidade, baseado nas ideias iluministas que influenciaram estes novos escritores portugueses do século XVIIII, o século das luzes,
da ciência e da razão (Racionalismo), principalmente, em Portugal, através das influências da revolução intelectual (Científica, Filosófica e
Política ), especialmente, desenvolvida na França.