Sei sulla pagina 1di 3

Edição 26 | Novembro 2019

Manejo nutricional
para a cultura do algodão
Por Armando Morisada Fujimura
Líder de Nutrição Vegetal

INTRODUÇÃO

O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) está entre as mais importantes culturas radicular ativo; redução da atividade radicular
de fibras no mundo. Na safra 2017/2018, uma área de quase 33 milhões de hec- provocada pela compactação do solo, acidez ou
tares de algodoeiro foi semeada no mundo (USDA, 2019), com produção estimada nematoides; falta temporária de umidade no
em aproximadamente 45 milhões de toneladas de pluma. A cultura do algodoeiro solo, que limita a difusão de nutrientes; doenças
no Brasil produziu mais de 2,06 milhões de toneladas de pluma, 3,07 milhões de e atividade radicular reduzida no enchimento dos
toneladas de caroço em uma área de 1,18 milhão de hectares na safra 2017/2018, capulhos (SNYDER, 1998). Existem vários traba-
colocando o país como quinto maior produtor de algodão do mundo (CONAB, 2019). lhos de pesquisa demonstrando as vantagens do
O sistema de produção de algodão no Brasil é bastante diverso. Em boa par- uso da adubação foliar em complemento à adu-
te do Mato Grosso, o algodoeiro está sendo cultivado como uma segunda cultura bação mineral realizada no sulco de semeadura
após a soja, o que indica que a planta cresce durante o período de redução no regi- (SABINO et al., 1993; SABINO et al., 1994; SNY-
me pluviométrico, o qual favorece a qualidade da fibra pela ausência de chuvas na DER, 1998; CARVALHO et al., 2001).
colheita, porém a torna mais suscetível a falhas nas práticas de manejo do solo. Já Dentre os micronutrientes, para a cultura do
na Bahia, e algumas regiões do Mato Grosso, os produtores de algodão semeiam algodão, a deficiência de boro é a mais comum.
suas lavouras durante o verão, devido à concentração de chuvas nesse período. Porém, em solos arenosos, pobres em matéria or-
Essas situações geram uso de diferentes doses e fontes de nutrientes, que deno- gânica, que recebem calagem e são bem aduba-
tam grande variação nas taxas de aplicação de fertilizantes nessas regiões (FRAN- dos com macronutrientes, existe a possibilidade
CISCO & HOOGERHEIDE, 2013). de ocorrência de deficiência de zinco (ROSOLEN,
A maioria dos produtores de algodão reconhece a necessidade de um correto 2005). Não se espera a ocorrência de deficiência
programa de manejo de nutrientes aplicados ao solo, a fim da obtenção de altas de Mo em lavouras de algodão que receberam
produtividades. Entretanto, em determinadas condições o emprego de fertilizan- calagem, devido ao aumento da disponibilida-
tes foliares pode complementar a fertilização via solo, buscando o aumento na efi- de nesse micronutriente com a elevação do pH.
ciência de uso dos nutrientes, e a obtenção de altas produtividades e de maiores Entretanto, tem sido recomendada, por algumas
lucros. empresas, a aplicação de Mo, via foliar, ao algo-
A adubação mineral e o manejo cultural corretos são processos chaves na ob- doeiro (ROSOLEM et al., 2014). Dessa forma, para
tenção de altas produtividades e rentabilidade no algodoeiro. Segundo Ferreira a obtenção das altas produtividades, as plantas
et al. (2004), o algodoeiro tem alta resposta de produtividade e crescimento ao de algodão exigem certos cuidados durante todo
aumento de doses conjuntas de NPK adicionadas ao solo, embora tal resposta seja o ciclo cultural, dentre estes o manejo adequado
diferenciada de acordo com a sensibilidade de resposta da cultivar. de nutrição, primando o equilíbrio metabólico da
A eficiência da adubação mineral é dependente de fatores como a grande car- planta.
ga de capulhos em rápido desenvolvimento e concomitante declínio do sistema

1
| Informativo Técnico Nortox

NUTRIÇÃO VEGETAL DO ALGODOEIRO Gráfico 1 - apresenta o Resultado Médio de 3 Áreas de Biobase Leg na Cultura do
Algodão na Safra 2019 em @ Algodão Caroço.

Adubação Foliar é o fornecimento de nutrientes para a as


plantas na forma de pulverização, aproveitando a capacidade
de absorção pelas folhas. Entre os principais benefícios desta
aplicação estão relacionadas a baixa disponibilidade de micro-
nutrientes em pH elevados, perdas por lixiviação e adsorção,
rápida absorção e sinergismo com adubação via solo. Por isso,
a recomendação de nutrientes fundamentada no sistema de
rotação de culturas com integração do conhecimento dos resul-
tados da análise de solo, dos padrões de extração e exportação
Gráfico 2 - apresenta o Resultado Médio de 3 Áreas de Biobase Leg na Cultura do
de nutrientes, do potencial de retorno das culturas e o entendi-
Algodão na Safra 2019 em @ Algodão Pluma.
mento da dinâmica dos restos culturais, dos fatores de eficiência
de aproveitamento de nutrientes, e da evolução da fertilidade
do solo passam a ser fundamento para se atingir os objetivos
estabelecidos.

Tabela 1 – Exigência Nutricional de Macronutrientes - Extração e Exportação (kg/Ton)


NUTRIENTES N P2O5 K2O Ca Mg S
Extração 57 21 33 31 24 16
Exportação 43 15 10 8 11 7

Pode-se observar que o Manejo Nortox com os Produtos


Tabela 2 – Exigência Nutricional de Micronutrientes - Extração e Exportação (g/Ton)
BioBase Leg, na dose de 40 kg ha-1, Mol Air 0,2 L ha-1, Nitro Bor +
NUTRIENTES B Fe Mn Cu Zn Mo Potássio Full 1 kg e 2 kg ha-1, Solução Nitrogenada + Potássio Full
Extração 48 56 76 44 336 0,9 4 L ha-1 e 2 kg ha-1, + Potássio Full 2 kg ha-1 aos 10, 20, 80, 100 e
Exportação 10 14 70,6 38,8 205,8 0,8 120 dias após a semeadura foi o tratamento que mais agregou em
produtividade na cultura do algodão, acrescentando um resultado
de 41,9 @ Caroço e 21,4 @ de pluma a acima da testemunha,
demonstrando a viabilidade das complementações nutricionais.
RESULTADOS DE PRODUTIVIDADE O segundo trabalho foi desenvolvido com foco na Linha
Biobase SB, além da complementação nutricional, comparando os
tratamentos com o Padrão da Fazenda e a Testemunha conforme
as informações abaixo:
Os dois trabalhos abaixo foram desenvolvidos na KASUYA
CONSULTORIA, em Luís Eduardo Magalhães – BA e na CERES Dose L.ha-1 ou Época de
Nº PRODUTO
Kg ha-1 Aplicação
CONSULTORIA, em Primavera do Leste – MT, ambas com forte
T1 Biobase SB 40 kg Lanço - 10 DAS
atuação na cultura do algodão. Foram desenvolvidos quatro
Biobase SB 40 kg Lanço - 10 DAS
tratamentos que podem ser verificados a seguir.
Mol Air 0,2 L 20 DAS
O primeiro trabalho foi desenvolvido com foco na Linha
T2 Nitrobor +Potássio Full 1 kg + 2 kg 80 DAS
Biobase Leg, além da complementação nutricional, comparando
Solução Nitrogenada + Potássio Full 4 L + 2 kg 100 DAS
os tratamentos com o Padrão da Fazenda e a Testemunha
Potássio Full 2 kg 120 DAS
conforme as informações abaixo: T3 Padrão Consultor/Padrão Fazenda

Dose L.ha-1 ou Época de T4 Testemunha


Nº PRODUTO
Kg ha-1 Aplicação
T1 Biobase Leg 40 kg Lanço - 10 DAS Gráfico 3 - apresenta o Resultado Médio de 3 Áreas de Biobase SB na Cultura do
Biobase Leg 40 kg Lanço - 10 DAS Algodão na Safra 2019 em @ Algodão Caroço.
Mol Air 0,2 L 20 DAS
T2 Nitrobor +Potássio Full 1 kg + 2 kg 80 DAS
Solução Nitrogenada + Potássio Full 4 L + 2 kg 100 DAS
Potássio Full 2 kg 120 DAS
T3 Padrão Consultor/Padrão Fazenda
T4 Testemunha

2
| Informativo Técnico Nortox

Gráfico 4 - apresenta o Resultado Médio de 3 Áreas de Biobase SB na Cultura do


Algodão na Safra 2019 em @ Algodão Pluma.

O manejo com a BioBase SB na dose de 40 kg ha-1, Mol Air 0,2 L


ha-1, Nitro Bor + Potássio Full 1 kg e 2 kg ha-1, Solução Nitrogenada
+ Potássio Full 4 L ha-1 e 2 kg ha-1, + Potássio Full 2 kg ha-1 aos 10,
20, 80, 100 e 120 dias após a semeadura foi o tratamento que
mais agregou em produtividade na cultura do algodão acrescen-
tando 14,6 @ de pluma por hectare.
Dessa forma, podemos concluir que o conhecimento da ferti-
lidade do solo, aliada ao Manejo Nutricional de forma adequada,
respeitando os níveis de Suficiência de Nutrientes, pode propor-
cionar aumentos de produtividade.

PORTFÓLIO NORTOX

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANTERI, M. G., ALTHAUS, R. A., VIRGENS FILHO, J. S., GIGLIOTI, E. A., GODOY, C. V. SASM - Agri:
Sistema para análise e separação de médias em experimentos agrícolas pelos métodos
Scott - Knott, Tukey e Duncan. Revista Brasileira de Agrocomputação, v.1, n.2, p.18-24.
2001.

CARVALHO, M. A. C.; PAULINO, H. B.; FURLANI JÚNIOR, E.; BUZETTI, S.; SÁ, M. E.; ATHAYDE, M.
L. F. Uso da adubação foliar nitrogenada e potássica no algodoeiro. Bragantia, v. 60, n. 3, p.
239-244, 2001.

CARVALHO, L. H. Efeitos da calagem e da adubação boratada sobre o algodoeiro (G. h


irsutum L.) cultivado em Latossolo vermelho -Amarelo fase arenosa. 1980. 64 p. Dissertação
(Mestrado em agronomia). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira -


grãos - safra 2018/19 - nono levantamento - junho/2019. Disponível em: <http://www.
conab.gov.br>

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Cultura do Algodão no cerrado.


Sistema de Produção, n. 2, 2017. Disponível em:< https://www.spo.cnptia.embrapa.br/
conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemasdeproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_
lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_
col_count=1&p_r_p_-76293187_sistemaProducaoId=7718&p_r_p_996514994_
topicoId=7985>. Acesso em: 18/03/2019.

FERREIRA, G. B.; SEVERINO, L. S.; SILVA FILHO, J. L.; PEDROSA, M. B.; SANTOS, J. B.; OLIVEIRA,
W. P.; ALENCAR, A. R.; TAVARES, J. A. Aperfeiçoamento da tecnologia de manejo e adubação
do algodoeiro no Oeste da Bahia. In: EMBRAPA-CNPA. Algodão: Resultados de pesquisa
com a cultura do algodão no Oeste e Sudoeste da Bahia Safra 2003/2004. EMBRAPA
CNPA:Campina Grande, 2004. (Documentos, 133).

FRANCISCO, E. & HOOGERHEIDE, H. C. Manejo de nutrientes para o algodoeiro de alta


produtividade. Informações Agronômicas nº 141 - Março/2013. p. 14-18.

MARUR, C.J. & RUANO, O. A reference system for determination of developmental stages of
upland cotton. Revista de Oleaginosas e Fibrosas, 5(2): 313-317, 2001.

ROSOLEN, C. Micronutrientes em algodão. In: V Congresso Brasileiro do Algodão, 2005,


Salvador. Algodão, uma fibra natural: Anais. Campina Grande: Embrapa - CNPA, 2005.

ROSOLEM, C. A.; BOGIANI, J. C. Nutrição e estresses nutricionais em algodoeiro. O algodoeiro


e os estresses abióticos: temperatura, luz, água e nutrientes. Cuiabá: IMAmt/AMPA, p.
103-21, 2014.

SABINO, J. C.; SILVA, N. M.; CARVALHO, L. H.; A.; SABINO, N. P.; KONDO, J. I.; NEPTUNE, A.M. I.
Efeitos da aplicação de ureia em pulverização na cultura do algodoeiro. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 17, n. 1, p. 61-66, 1993.

SABINO, J. C.; SILVA, N. M.; CARVALHO, L. H.; PETTI-NELLI-JÚNIOR, A.; SABINO, N. P.; KONDO, J.
I. Aplicação de ureia em cobertura e via foliar na cultura do algodoeiro. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 18, n. 2, p. 447-482, 1994.

SNYDER, C. S. Adubação foliar nitrogenada e potássica em algodão. Informações


Agronômicas, n. 83, p. 1-4, 1998.

USDA – United States Department Of Agriculture. World Agricultural Production. 2019.


Disponível em: <https://apps.fas.usda.gov/psdonline/circulars/production.pdf>. Acesso
em: 15/03/2019.

Potrebbero piacerti anche