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tividade domiciliar - 1º Bimestre

Disciplina: Gestão Social II - 3º ano – Serviço Social

Data de entrega: 30/04/2020

Docente: Bruna Aline Stoél 

Discente: Thais Magalhães Rael dos Santos

Fichamento : NOGUEIRA, Marco Aurélio .“ Um Estado para a sociedade civil”.


Capitulo I: “Do fracasso à
reforma da reforma do Estado”. P 41-80.

O texto esclarece a ideia de que a reforma se tornou necessária na opinião publica,


com o argumento de que seria necessário preparar o país e ajustar sua economia
para a nova competitividade internacional, recuperando o tempo perdido nas
décadas anteriores, em que se vivia sob as asas de um Estado gigantesco,
ineficiente e desperdiçador.

O desenvolvimento politico e social facilitou para que se ganhasse maior consciência


de um dos lados mais cruel da herança politica e administrativo herdado pelo
processo nacional da revolução burguesa, que seguiu um caminho principalmente
“passivo” e conservador, estruturado por um Estado juntamente provedor,
empreendedor, autoritário e “irresponsável”.

Nos anos de 1990, o Brasil estabeleceu e organizou institucionalmente seu


compromisso com o regime democrático. A democracia permaneceu mais formal do
que substantiva, separado pela ineficiência, necessitado de vínculos sociais e de
instituições socialmente consolidadas. Conforme o reformismo predominante, o
sistema politico evoluiu como uma democracia sem sociedade e Estado.

Porem, o que teve de positivo não foi suficiente para dar uma dimensão vitoriosa ao
reformismo.

No item 1. “Reforma adaptativa e perda do Estado” p.44, o reformismo bem-


sucedido dos anos de 1990 teve um conteúdo predominante: de dar equilíbrio às
economias nacionais, as sociedades e o aparelho estatal com uma globalização
econômica enxergada como já estabelecida e impossível de ser criticamente
apropriada ou enfrentada.

Visto isso, se tratou de um reformismo de tipo passivo, mais adaptativo que criativo.

O Estado foi forçado a agir num ambiente desteritorializado, bastante ativo e


competitivo, cheio de riscos e turbulências. Com a opção de apenas se converter a
si próprio para ter condições de auxiliar o desenvolvimento econômico e proteger os
cidadãos da ira das desigualdades. Sua crise seria tripla: alcançaria o plano fiscal
provocando aos poucos uma perda de credito do Estado, o plano do modelo de
intervenção, com o declínio da estratégia estatizante de intervenção do Estado, e o
plano do modelo organizacional.

Nisto, os fatos impostos pela crise determinou o caminho da reforma.

A reforma nasceu para aumentar significativamente o desempenho estatal diante da


introdução de formas inovadoras de gestão e de iniciativas dispostas a quebrar com
as “amarras do modelo burocrático”, afastando os controles gerenciais, a tornar
flexíveis normas, estruturas e procedimentos.

Além de trabalhar em beneficio a uma redução do tamanho do Estado, diante das


politicas de privatização, terceirização e parceria publico-privado, com o objetivo de
alcançar um Estado mais ágil, menor e mais barato.

As sociedades latino-americanas foram apresentadas ao mundo, a competição


capitalista e a financeirização.

Ao permitir a desconstrução do Estado existente, o processo desorganizou o


aparelho estatal e diminuiu a força e a organicidade dos sistemas de
desenvolvimento. Ficando sem um projeto cheio de desenvolvimento, como também
sem um forte sistema de ciência e tecnologia, claramente estratégico para os novos
tempos.

Sinceramente, nenhuma reforma do aparelho do Estado feita sob o capitalismo tem


com se concretizar contra a burocracia, em nome da superação de algum “defeito
estrutural” que esse modelo conteria.
Não tinham, e nem tem hoje, qualquer motivo exato para que a reforma do aparelho
do Estado seja “orientada pelo mercado” em vez de se concentrar na recuperação e
na atualização das capacidades burocráticas.

Entre burocracia e democracia há muito mais atritos e tensões, do que sintonia e


interação. A democracia beneficia a autonomia e a liberdade, quanto à burocracia é
movida pela ordem e obediência.

O reformismo fundamental não conseguiu se equilibrar de modo claro nesses dois


planos – o de compreensão de certas indicações do mercado e da junção de
praticas democráticas.

Consequentemente, refletiu negativamente no interior dos sistemas administrativos


entusiasmados pela burocracia.

O processo reformador ficou impossibilitado de efetuar bases efetivas de apoio para


o “novo” Estado e de se autolegitimar enquanto projeto, ou seja, não teve como
ganhar apoios e lealdades decisivas na sociedade e de dentro do aparelho estatal.

Os resultados mais relevantes do reformismo nos anos de 1990 foram à


desvalorização do Estado aos olhos do cidadão e a desorganização de seu aparelho
técnico e administrativo.

Ocorreu varias determinações materiais no rompimento do processo reformador. O


Estado já existente necessitava ser de fato reformado, pois tinha chegado ao final do
século XX em situação de miséria fiscal, se inchado de atribuições e confuso numa
teia de interesses privados.

Continha muita “irresponsabilidade” e contribuía pouco demais para a promoção


social.

Aconteceu também o problema da inflação, que para analise e resolução a reforma


teria que dar uma contribuição, na redução de gastos e equilíbrio fiscal.

A reforma especificamente destinava desconstruir o Estado com intuito de encontrar


outra maneira de determinar em face ao mercado e a sociedade, que mudava
rapidamente por causa da globalização.
Sendo assim, o reformismo buscou ajustar cortes e incentivos, ajuste fiscal e criação
institucional, desconstrução e reconfiguração, que por seu sincretismo e seu
equivoco, proibiria o sucesso operacional das reformas e estimularia seu
desligamento.

Assim sendo, o reformismo resultou numa grave “perda” do Estado. Ajudou a ter
uma visão negativa do Estado, na opinião publica, na vida econômica e social.

Pode-se dizer que o reformismo não se deu conta do movimento por ele feito para
descontruir e esvaziar de valor o Estado.

Esse reformismo da década de 1990 caracterizou se por um movimento de reparo


do que por reconstrução dos pais.

Por se destacar mais por ter “destruído” do que “construído”, ele se tem boa
responsabilidade pela perda de substancias da ideia de reforma, que se desfez ao
ponto de se transformar numa espécie de cataplasma universal.

A reforma não se preocupou em vincular sua dinâmica racional legal com uma
dinâmica emancipatória, aberta para a democracia politica, a promoção social e a
cidadania. Essa seria a maior razão de seu fracasso.

No item 2 “Descentralização, participação, sociedade civil”, p.59, recebendo o


estimulo do processo de democratização, o reformismo introduziu quatro ideias ao
discurso democrático em geral e ao radicalismo democrático em particular:
descentralização, participação, cidadania e sociedade civil.

A descentralização foi a que mais e aproximou da ideia de democratização, de ate


ser confundida com ela. Fixou-se nessa ideia, uma causalidade um pouco rigorosa:
só seriam democráticos os entes e espaços descentralizados, ou seja, que se tenha
a capacidade de assumir encargos antes desenvolvidos centralmente, assim,
neutralizando o “excesso” do Estado.

Se convertendo assim, em autoritário democrático e em um caminho mais adequado


para a resolução dos problemas sociais e o aumento do desempenho gerencial do
setor publico.
A descentralização funcionaria como fator de fortalecimento, por seu fortalecimento
dinâmico solidário e não predatório, que seria posto em percurso.

Para se conseguir concordância, essa ideia de descentralização trouxe uma


especifica recuperação da ideia de participação, cidadania e sociedade civil.

O discurso era, na pratica, de aproximar as imagens de associação e indivíduos


mais cooperativos do que conflituosos, que colaborassem, empreendesse e
realizassem.

A sociedade civil passaria a ser o ambiente mais adequado para uma participação
originada em movimento de maximização de interesse ou de colaboração
governamental.

A participação e a sociedade civil não seriam mais vistos como expressão e veiculo
da predisposição coletiva para organizar novas formas de Estado e de comunidade
politica, de hegemonia e de distribuição de poder, mas como a tradução concreta da
consciência distinta dos cidadãos, dos grupos organizados, das empresas e das
associações.

No item 3 “Reformar o discurso sobre a reforma”, p 64, a repetição dessa visão


teórico-politico não seria vantajosa para o povo latino-americano, nem favorece a
retomada em novo nível da reforma do Estado.

Retornar a valorizar a politica, nas condições da América-latina e do Brasil em


especifico, significava avançar numa direção a uma espécie de impregnação social e
de seis princípios.

O primeiro, esta o reconhecimento de que a dinâmica institucional, normativa e


procedimental própria dos sistemas políticos é tão importante quanto à dinâmica
mais autônoma e “espontânea” do social.

O segundo tem que se aceitar que o Estado é um aparelho de dominação, condensa


as relações sócias e age em aceitação com as classes que dominam a economia e
que sustenta um projeto de hegemonia. Porem, também é essencialmente um
campo de disputas, no qual a relação de forças, a movimentação social e a
organização politica dos interesses tem papel decisivo.
O terceiro se admite que a “classe politica”, os partidos políticos, as rotinas
parlamentares, a oportunidade politica são necessárias tanto para a configuração de
uma sociedade integrada e democrática, em que o conflito, a diferença e a
contradição possam se explicar sem riscos de destruição, quanto para o
estabelecimento de articulações entre Estado, a economia, a sociedade e a cultura.

O quarto só se há ganhado se aceitar que a cidadania ativa é uma condição


essencial para a politica.

O quinto se deve entender que toda comunidade é uma ordem politica, e todo
individuo um ser que vive para a sociedade. Sem a politica socialmente valorizada e
sem um bom sistema politico, a sociedade fica indiferente das condições de
entender o futuro como uma experiência a ser vivida em coletivo.

E por ultimo, o sexto, é necessário que se compreenda que a politica implica uma
disposição de sair de si e pensar no outro: tanto nos indivíduos quanto nos grupos,
nos conjuntos de interesse, na correlação de forças, no governo, na dominação, nas
necessidades e nas possibilidades.

No item 4 “Uma agenda para o futuro”, p 72, na agenda da reforma do Estado é


coincidentemente uma agenda da reforma politica. Não há como ser implantado sem
uma negociação, um embate, um acordo ou uma concessão.

O conteúdo e os problemas pertencentes nessa agenda necessitam seguir a ser


sistematicamente observados. Certos pontos poder ser. destacados, com o intuito
de demarcar um mapa tentativo para um retorno teórico e politico ao tema.

1. Completar a critica aos limites e contradições do discurso “monetarista” e


“mercadológico”, sobre a reforma do Estado, como também a sua tradução
principal, o gerencial ismo.
2. Recuperar, atualizar e elaborar teoricamente a ideia de que o Estado é um
instrumento de governo, de organização e de intervenção, como um lugar
ético, politico e institucional essencial para o contrato social.
3. Aprofundar a compreensão dos impactos da globalização econômica e da
reestruturação sócio produtiva sobre o Estado: as novas bases da soberania,
a questão do território, as possibilidades de regulação, as novas funções e
responsabilidades estatais.
4. O Estado é o principal criador da cidadania e seu fiador. É um fator que
regula também, direciona e pode impor limites nos espaços da cidadania. Ele
necessita ser ativo e ao mesmo tempo “passivo”, ou seja, estar socialmente
fundamentado e controlado.
5. É necessário modernizar o aparelho administrativo do Estado. Porem à
inclusão de novas tecnologias de gestão, a redução de gastos, a modificação
da dimensão organizacional e a drenagem administrativa não pode ser
perseguido como se fossem hierarquicamente superiores a novos parâmetros
de atuação, de novas responsabilidades e de novos compromissos públicos e
estatais.
6. Uma gestão publica clara, responsável, eficaz e eficiente é uma das principais
metas da reforma democrática do Estado. Por isso, se deve criar um servidor
pra si.
7. Flexibilidade, inovação, simplificação, busca de resultados e descentralização
são recursos poderosos e é irresponsável rejeita-lo.
8. Os cidadãos devem se encarregar do governo, por intermédio de seus
representantes livremente eleitos e mediante a criação de formas organizadas
de participação e pressão.
9. A tarefa dos gestores públicos é servir os interesses públicos. Podendo
incentivar parceria com entidades privadas, porem, não podendo alimentar
reservas de mercado e “anéis burocráticos”, entregar as decisões aos
particulares ou sobrepor normas informais as regras da Constituição e as leis.
O controle social necessita ser reiteradamente valorizado e incentivado.
10. Um tempo acelerado requer uma decisões rápidas, porem não podendo
tomar como valor em si, distante de considerações normativas, pressupostos
éticas e diretrizes politicas.
11. A descentralização politica e administrativa tem capacidades essenciais.
Porem uma coisa é cria-la como delegação de poder do centro pra a periferia,
das cúpulas para as bases, ou do nacional para o subnacional, outra é
traduzi-la em termos de transferência de encargos e responsabilidades.
12. A reforma democrática do Estado acolhe a participação em seu próprio centro
constitutivo. Porem o incentivo a participação não é nela concebida como
expediente para estimular os particularismos ou aprofundar a fragmentação
das classes sociais e dos interesses.
No item 5 “Conclusão”, p 70, estamos numa proposta reformadora evidentemente
estabelecida. Ainda se concentrando no econômico, na estabilidade e no controle do
gasto publico. A presenta-se claramente de uma necessidade dos tempos, porem
também da demonstração de quanto a nossa cultura governamental avançou rumo a
um novo patamar, no qual a responsabilidade fiscal ocupa um lugar de destaque.

Portanto a reforma do Estado é a democrática e social, pois se destina a reformular


as relações entre o Estado e a sociedade civil.

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