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2014
DNPM nº 13.845/1967
LOCAL:
CÓRREGO FUNDO
MUNICÍPIO DE ITATIAIUÇU- MG
JANEIRO - 2014
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 1
1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2
12 – BIBLIOGRAFIA................................................................................................................. 236
FIGURAS
QUADROS
Quadro 1 - Equipe técnica responsável pelo EIA/RIMA PCA.
Quadro 2 - Classificação do empreendimento segundo a DN 74/2004.
Quadro 3 - Áreas protegidas na região do empreendimento.
Quadro 4 - Direitos minerários da Arcelormittal com portaria de lavra e Licença de Operação.
Quadro 5 - Unidades de Planejamento da Bacia do Rio São Francisco.
Quadro 6 - Caracterização fundiária do município de Itatiaiuçu - 1996.
Quadro 7 - Principais Indústrias. Itatiaiuçu, 2009.
Quadro 8 - Principais Empresas Prestadoras de Serviço Ligadas à Mineração e a Siderurgia.
Quadro 9 - Estrutura Principal do Setor de Saúde de Itatiaiuçu, 2009.
Quadro 10 - Parâmetros utilizados na classificação dos impactos ambientais.
TABELAS
Tabela 1 - Distâncias médias da mina aos perímetros urbanos vizinhos.
Tabela 2 - Características da barragem a ser lavrada.
Tabela 3 - UPGRH da Bacia do Rio São Francisco em Minas Gerais com a identificação da posição
do empreendimento.
Tabela 4 - Características morfométricas da bacia do Córrego Mota.
Tabela 5 - Uso e ocupação do solo na bacia do Córrego Mota.
Tabela 6 - Características morfométricas da bacia do Rio Veloso
Tabela 7 - Análise estatística para obtenção a vazão Q7,10 no Córrego Mota e no Rio Veloso
Tabela 8 - Distâncias entre Itatiaiuçu e capitais brasileiras
Tabela 9 - População Residente 1970 - 2007
Tabela 10 - Taxa de Crescimento Populacional.
Tabela 11 - Densidade Demográfica de Itatiaiuçu e Minas Gerais.
Tabela 12 - Média de Moradores por Domicílio.
Tabela 13 - Taxas de Natalidade e Mortalidade em Itatiaiuçu.
Tabela 14 - Estrutura Fundiária Relacionada à Condição do Produtor e da Área das
Propriedades.
Tabela 15 - Distribuição do PIB Per Capta e Concentração Bruta. Unidades Territoriais - 2006.
Tabela 16 - Distribuição do PIB por Setor de Atividade Econômica. Itatiaiuçu, 2002-2006.
Tabela 17 - Arrecadação Municipal de Impostos. Itatiaiuçu, 2002-2008.
Tabela 18 - Arrecadação Municipal de Impostos dos Municípios de Itatiaiuçu, Itaúna e Itaguara - 2008.
Tabela 19 - Principais Rebanhos Criados.
Tabela 20 - Número de Empresas, Pessoal Ocupado e Salários, 2007.
Tabela 21 - Distribuição da produção agropecuária.
Tabela 22 - Principais Produtos Cultivados, 2007.
Tabela 23 - Principais Rebanhos Criados.
Tabela 24 - Produção Agropecuária, 2007.
Tabela 25 - Números de Habitantes por Anos de Estudo.
Tabela 26 - Faixa de valores para classificação dos impactos.
ANEXOS
Elaboração Empreendedor
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1 - INTRODUÇÃO
1.1 - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O presente Estudo de Impacto Ambiental – EIA, respectivo Relatório
de Impacto Ambiental - RIMA e Plano de Controle Ambiental – PCA, referem-se
ao propósito da ArcelorMittal Mineração Serra Azul S/A de promover o
licenciamento ambiental da retomada ou lavra de finos de sua barragem de
antigos rejeitos, visando o seu reprocessamento.
Trata-se de uma barragem operada de maneira ininterrupta desde o
ano de 1988, portanto, por aproximadamente 25 anos, ocupando uma área de 19
hectares e volume armazenado de finos da ordem de 5.300.000 m³, equivalente à
aproximadamente 9.540.000 t. A escala de produção será de no máximo
1.500.000 t/ano. O último lançamento de rejeitos, caracterizando o final da vida
útil deste dispositivo, ocorreu em outubro de 2012.
As vantagens ou conveniências de se retomar os finos desta barragem
são de natureza econômica e ambiental.
Economicamente, o aumento no valor unitário do minério de ferro
experimentado nos últimos anos viabiliza o reaproveitamento desta massa de
material antes descartada como rejeito.
Ambientalmente, haverá a liberação da área hoje ocupada com estes
finos para outras finalidades necessárias a esta mineração, economizando na
utilização de outras áreas preservadas. Há também inegáveis vantagens
ambientais e de segurança na eliminação de uma barragem de rejeito.
A atividade principal desse empreendimento como um todo é a lavra a
céu aberto de minério de ferro, no local denominado Córrego Fundo, Município de
Itatiaiuçu - MG. Trata-se de uma mineração relativamente antiga de pequeno
porte que, nos últimos anos, graças à aquisição dos seus ativos por uma empresa
de maior porte, vem experimentando sucessivas melhorias no aproveitamento do
minério e aumento na escala de produção.
Na atualidade, o fluxograma básico das operações desta mineração
pode ser visualizado a seguir.
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Sinter Feed
Concentrado
Planta de Concentração
Planta de Concentração
Pilha de rejeito
de Pellet Feed
desaguado
Pellet Feed
Concentrado
Em fa s e de planejamento
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1.4 - METODOLOGIA
Para a elaboração do presente trabalho foram produzidos os seguintes
estudos temáticos:
Meio Físico
- Geologia;
- Geomorfologia;
- Clima e condições meteorológicas;
- Hidrologia;
- Hidrogeologia conceitual;
- Uso e ocupação dos solos;
- Qualidade da água.
Meio Biótico
- Fauna;
- Flora.
Meio Antrópico
- Socioeconomia.
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Vista geral da nova pilha de rejeito, sendo formada onde antes existia a pilha de pseudo sinter
feed. Disposição controlada de rejeito fino, em baias formadas com o rejeito grosso.
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Barragem desativada, com o pacote de sedimentos constituindo mais propriamente uma pilha de
rejeitos. O patamar superior de contorno constituiu o último alteamento, onde estavam instalados
os mangotes de espigotamento do rejeito.
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investigação científica.
O empreendimento minerário em questão está localizado em
Itatiaiuçu/MG, Mina Córrego Fundo, e para tal pretende-se o licenciamento da
remoção de finos de barragem.
Figura 63 - Mapa das Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade em Minas Gerais.
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a) Invertebrados
O atlas cita que há evidências de que seja muito alto o número de
espécies de invertebrados em Minas Gerais e ressalta que a diversidade deste
grupo é o reflexo da ocorrência dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e da Caatinga
no Estado. Porém estes animais são pouco estudados, o que reflete nas poucas
informações existentes sobre a taxonomia deste grupo e em sua pequena
representação nas listas nacionais e estaduais de espécies ameaçadas de
extinção.
O presente grupo temático indicou 56 áreas prioritárias para
conservação de invertebrados no Estado de Minas Gerais.
De acordo com o atlas, o empreendimento não se localiza em área
prioritária para conservação de Invertebrados conforme pode ser visualizado no
mapa:
12 – Serra do Espinhaço;
30 – Área Cárstica do Circuito
das Grutas;
31 – Parque Nacional da Serra
do Cipó;
37 – EPDA Peti;
38 – Gruta do Centenário;
39 – Região do Caraça / Caeté;
40 – Faixa Sul de Belo
Horizonte;
41 – Região de Itabirito;
42 – Estação Ecológica do
Tripuí;
43 – Região de Piranga;
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Répteis e Anfíbios
O atlas da Biodiversidade em Minas Gerais relata que o Estado de
Minas Gerais pode ser considerado um dos mais privilegiados na composição de
seus recursos naturais, devidos aos biomas encontrados no Estado. Sua
heterogeneidade é expressa em diferentes formações vegetais, rochosas e
sistemas hídricos que, em conjunto, favorecem a ocorrência de uma grande
diversidade de anfíbios e répteis.
Para a conservação da herpetofauna Estadual a avaliação do atlas
indicou um total de 29 áreas prioritárias.
De acordo com o atlas, o empreendimento não se localiza em área
prioritária para conservação de Répteis e Anfíbios:
12 – Espinhaço Central;
15 – Alto Rio São Francisco;
16 – Espinhaço Sul;
b) Aves
Minas Gerais abriga uma fauna de aves bastante rica e diversificada
devido aos biomas que o engloba. Porém, apesar da grande riqueza que o Estado
apresenta grande, número de espécies encontra-se sob algum tipo de ameaça de
extinção em Minas Gerais.
De acordo com o atlas, esse grupo temático indicou 111 áreas
prioritárias para a conservação da avifauna. E cabe ressaltar que o
empreendimento não se localiza em área prioritária para conservação de Aves
como apresentado no mapa a seguir:
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c) Mamíferos
Estes animais são de difícil visualização, o que se deve,
principalmente, ao fato de terem hábitos discretos, principalmente se
influenciados por pressões antrópicas, sendo seus hábitos, em sua maioria,
crepusculares e noturnos.
A perda e a fragmentação de habitat, resultantes de atividades
humanas, constituem as maiores ameaças aos mamíferos terrestres no Brasil. No
total o atlas indicou 50 áreas prioritárias para a conservação de espécies deste
grupo em Minas Gerais.
De acordo com o atlas, o empreendimento insere-se em área prioritária
para a conservação de mamíferos, conforme pode ser verificado no mapa abaixo:
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28 – Serra do Cipó;
36 - Complexo Caraça / EPDA
Peti;
36.1 – RPPN Caraça;
36.2 – EPDA Peti;
38 – Complexo do Itacolomi /
Andorinhas;
39 – Serra do Rola Moça;
40 – Serra Azul / Rio Manso;
41 – Região do Carste de Lagoa
Santa;
41.1 – APA Carste de Lagoa
Santa.
d) Peixes
Minas Gerais abriga as bacias hidrográficas do rio São Francisco,
Grande, Paranaíba, Doce e Jequitinhonha. Estas bacias drenam cerca de 90% da
área do Estado, o que lhe conferi um enorme potencial hídrico.
Para este grupo o atlas considerou 33 áreas prioritárias para a
conservação da biodiversidade de peixes no Estado.
E de acordo com o atlas, o empreendimento localiza-se próximo à uma
região considerada área prioritária para conservação de Peixes conforme
verificado no mapa abaixo:
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19 - Rio Paraopeba.
e) Flora
As diferentes formas de relevo em Minas Gerais propiciam paisagens
variadas, recobertas por vegetações características, adaptadas aos biomas que
ocorrem no Estado. O atlas frisa que como resultado desta variedade tem-se um
riqueza extraordinária da flora apresentada em diferentes tipologias que ocupam
grandes espaços territoriais, como as florestas estacionais semideciduais
montana e submontana, a floresta estacional decidual, a caatinga, o cerrado com
sua diferentes fisionomias e o campo rupestre. O atlas indicou 95 áreas
prioritárias para a conservação da flora no Estado de Minas Gerais.
Porém, o empreendimento não se localiza em área prioritária para
conservação de Flora como demonstrado no mapa:
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Área do empreendimento
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Área do empreendimento
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Área do empreendimento
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Lei nº 523 de
APA Municipal Rio Manso Rio Manso 7.331
15/12/1998
Belo Horizonte,
Decreto nº 35624
Brumadinho, Caeté,
de 08/06/1994 e
APA Estadual SUL RMBH Ibirité, Itabirito, Nova 163.251
Decreto nº 37812
Lima, Raposos, Rio
de 08/03/1996
Acima e Santa Bárbara.
Mateus Leme, Igarapé e Decreto nº 20792
Protegida
Bonfim, Brumadinho,
Decreto nº 27928
APE Estadual Rio Manso Crucilândia, Itatiaiuçu, 65.778
de 15/03/1988
Rio Manso
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APA IGARAPÉ
A Área de Proteção Ambiental Igarapé, localizada no município de
Igarapé, foi criada através da Lei nº 1036 no ano de 2003, com o objetivo de
proteger e conservar os recursos naturais e ambientais da região, dos quais se
pode citar a proteção da paisagem e dos cursos d’água. Também visa incentivar o
uso racional dos recursos naturais, estimular o desenvolvimento regional e a
preservação da fauna e flora.
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"Art. 23 .......................................................
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2 - DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2.1 - LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
A área desta mineração compreende um trecho da “Serra Azul”,
localmente denominado Córrego Fundo, Município de Itatiaiuçu, Estado de Minas
Gerais.
Localiza-se a nordeste da cidade de Itatiaiuçu, da qual sua parte
central dista, aproximadamente, 8 km em linha reta.
O acesso à mineração pode ser feito partindo-se de Belo Horizonte
pela rodovia BR-381 (Fernão Dias), em direção a São Paulo. Após um percurso
de aproximadamente 63 km, algo em torno de 3 km após a passagem pela ponte
sobre o Rio Veloso, toma-se uma estrada secundária, também pavimentada, de
uso das três minerações que trabalham neste trecho da serra (Minerita,
ArcelorMittal e USIMINAS).
Seguindo as placas indicativas, atinge-se as instalações da
ArcelorMittal Mineração Serra Azul após um percurso final de apenas 5 km.
A barragem a ser lavrada situa-se na porção centro-sul da Mina do
Córrego Fundo, como pode ser visualizado na Figura 21.
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Obs.: O processo DNPM 812593/1973 está ainda em vias de receber titulo de lavra, para a sua integração ao
projeto de lavra geral da empresa na região.
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Figura 86 - Vista em planta da barragem de rejeitos desativada e que será objeto de lavra.
Vista panorâmica da barragem de rejeitos da Mina do Córrego Fundo antes de outubro de 2012,
quando foram interrompidos definitivamente os lançamentos de rejeitos.
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Do outro lado do vale, a esquerda, no local assinalado, barragem de rejeitos desativada que se
pretende lavrar.
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Figura 88 - Seção esquemática ilustrando o método a ser empregado na lavra da barragem, iniciando-se com a escavação da vala de drenagem, junto da
encosta de montante, possibilitando a secagem da fatia a ser lavrada. Para viabilizar a abertura do canal, previamente, será aberta uma estrada paralela a
esta estrutura drenante.
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TUBULAÇÃO DE
ENTRADA DO
REJEITO TOTAL
SAÍDA DO
REJEITO
UNDERFLOW
SAÍDA DO
REJEITO
OVERFLOW
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Rejeito fino, oriundo das baias de secagem, sendo lançado nos berços preparados da pilha.
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POSTO DE COMBUSTÍVEL
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GALPÃO DO LAVADOR
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2.6.5 - ESCRITÓRIOS
Na entrada da área de apoio estão localizadas as edificações onde
estão instalados os escritórios administrativos. As instalações sanitárias contidas
nestas edificações estão conectadas ao sistema fossa séptica / filtro anaeróbio
responsável pelo tratamento dos efluentes líquidos sanitários gerados.
2.6.6 - REFEITÓRIO
A Mineração fornece alimentação aos seus funcionários, utilizando uma
cozinha e um refeitório que estão instalados em área isolada das demais
estruturas de apoio. Nesta edificação são gerados efluentes sanitários que são
direcionados ao sistema fossa-filtro. Também resíduos sólidos orgânicos são
gerados sendo acondicionados temporariamente e destinados corretamente.
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4 - OBJETO DO LICENCIAMENTO
Conforme anteriormente apresentado, o objeto do presente
licenciamento será a retomada ou lavra de uma antiga barragem de rejeito, com
as características mostradas anteriormente.
UTM
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5 - ÁREAS DE INFLUÊNCIA
As áreas de influência representam os espaços a serem afetados pelos
impactos decorrentes das intervenções ambientais do empreendimento
pretendido, em todas as suas fases. De acordo com a Resolução CONAMA
01/1986, tais áreas deverão contemplar a bacia hidrográfica na qual a atividade
está localizada.
Por sua vez, o Termo de Referência da FEAM explicita que a Área de
Influência deverá conter as áreas de incidência dos impactos, abrangendo os
distintos contornos para as diversas variáveis enfocadas, sendo necessária a
justificativa da definição das áreas de influência e incidência dos impactos,
acompanhada de mapeamento, em escala adequada.
Considerando estas diretrizes, procurou-se definir as áreas de
influência de acordo com as bacias hidrográficas, especialmente com relação aos
meio físico e biótico. Para a variável socioeconômica foram considerados os
limites municipais, que melhor representam as identidades culturais e econômicas
da região.
As áreas de influência foram divididas em Área Diretamente Afetada
(ADA), Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII).
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Meio Físico
Na definição da AID considerou-se o talvegue que desemboca no
Córrego Mota, vulnerável ao assoreamento provocado pelas atividades de
retomada da pilha e da modificação do regime de escoamento das águas
superficiais e subterrâneas (decorrentes principalmente da modificação na
topografia e na bacia de contenção de águas).
Meio Biótico
A movimentação de pessoas e máquinas terá como consequência o
afugentamento da fauna, levando-a se deslocar para outros locais, gerando um
aumento na competição por alimentos, por áreas de reprodução, refúgio, dentre
outros, o que ocasiona uma alteração ecológica.
Meio Socioeconômico
A Área de Influência Direta compreende toda a área do município de
Itatiaiuçu, onde o empreendimento será desenvolvido. A inclusão de toda a área
do município como área de influência direta é justificada pelo fato de que o
empreendimento tem potencial para gerar impactos socioeconômicos diretos
sobre esse município como um todo, incluindo sua sede urbana.
Dentre as comunidades existentes no município de Itatiaiuçu, aquela
que está sujeita aos impactos diretos com maior intensidade é a comunidade
Pinheiros, situada a jusante desta retomada de finos da barragem, no entorno
imediato do empreendimento.
Também são consideradas de maneira especial as propriedades
lindeiras ao empreendimento, que se apresentam com baixa densidade
ocupacional.
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LIMITES
DA ADA
LIMITES
DA AID
PINHEIROS
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Meio Físico
A AII sobre Meio Físico foi delimitada em função dos impactos indiretos
do assoreamento e contaminação das águas, bem como em função das possíveis
modificações dos regimes de escoamento da bacia. Compreende a totalidade da
bacia hidrográfica do Córrego Mota.
Meio Biótico
Do ponto de vista biótico, considera-se Área de Influência Indireta (AII)
toda a bacia do Córrego Mota, que terá sua ictiofauna potencialmente afetada
pelas eventuais modificações nos níveis de qualidade das águas, incluindo-se
também as matas vizinhas que receberão a fauna afugentada em razão das
atividades relacionadas ao empreendimento.
Na bacia do Córrego Mota, a modificação nos níveis de qualidade da
água pode levar a uma redução da quantidade de alimentos disponíveis,
podendo, também, repercutir nos ciclos de vida dos peixes, sensíveis às
alterações ocorridas na água.
O deslocamento de animais para áreas florestadas existentes nas AII
em busca de abrigo e alimentos, ocasionados pela movimentação de homens e
máquinas na ADA, pode provocar o aumento na competição nesses locais de
refúgio e diminuir a capacidade regenerativa da flora local.
Meio Socioeconômico
No âmbito antrópico, a Área de Influência Indireta desse
empreendimento compreende o município de Itatiaiuçu, em primeiro plano, além
dos municípios de Itaúna, Sarzedo, Brumadinho, Igarapé, Betim e Belo Horizonte.
Estes municípios estão sujeitos a alguns impactos indiretos decorrentes do
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6 - DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
6.1 - MEIO FÍSICO
6.1.1 - CLIMA
6.1.1.1 - Metodologia
Para um melhor entendimento da dinâmica atmosférica sobre uma
determinada área, inicia-se uma observação mais global desta circulação, na qual
a localidade de interesse esteja inserida. No caso presente, serão visualizadas as
características sinóticas e dinâmicas dominantes sobre o Brasil, com enfoque
principalmente para o Estado de Minas Gerais, a fim de entender melhor o tempo
e o clima onde se propõem a instalação do referido empreendimento.
No diagnóstico climático ora apresentado foi feita uma análise
detalhada dos principais parâmetros meteorológicos disponíveis, com destaque
para a variável direção e velocidade dos ventos. Outros parâmetros como
precipitação, temperatura, umidade relativa, déficit e superávit hídrico e dias de
chuva também serão considerados.
Para se obter os dados climatológicos de uma região, são analisados e
aferidos diariamente todos os parâmetros meteorológicos durante um período de
trinta anos. Essas aferições são registradas em banco de dados específico para
posterior tratamento. Os dados utilizados neste diagnóstico fazem parte das
Normais Climatológicas de Serra Azul (1961-1990) obtidas junto ao Instituto
Nacional de Meteorologia (INMET). Após determinar quais as climatologias mais
apropriadas, as informações foram inseridas no documento final no formato de
gráficos e outros recursos visuais, propiciando o enriquecimento das análises.
Em relação às variáveis direção predominante e velocidade dos ventos,
além da informação climatológica optou-se pela utilização de um ano de
informações (2008) oriundas das estações automáticas INMET localizadas em
Florestal e Ibirité. Essa análise permitiu a confirmação do comportamento dos
ventos na região de interesse em relação à climatologia local. Apesar do
parâmetro “vento” possuir variações locais e ser influenciado por fatores
topográficos, as características geográficas e a distância permite tal análise e
comparação, sendo metodologicamente aplicável.
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Figura 92 - Sumarização da atuação dos sistemas frontais no qual são acompanhados por
anticiclones de origem polar em escala sinótica na região de Itatiaiuçu.
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Figura 93 - A atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) em escala sinótica e em escala regional
para a região de Itatiaiuçu.
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Figura 103 - Direção predominante dos ventos na região de Itatiaiuçu (média anual 2008).
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Figura 104 - Velocidade média mensal dos ventos – variação por períodos: chuvoso (A) e seco
(B).
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6.1.2 - HIDROGRAFIA
6.1.2.1 - Rede de Drenagem
O empreendimento em tela está inserido na bacia do córrego Mota
(Área de Influência Direta do empreendimento), afluente da margem esquerda do
Rio Veloso que deságua na barragem do Rio Manso, operada pela COPASA no
rio homônimo. Estas drenagens são pertencentes à bacia Estadual do Rio
Paraopeba, bacia federal do Rio São Francisco.
A bacia hidrográfica do Rio Veloso está localizada entre as
coordenadas 20º 07’ e 20º 16’ latitude sul e 44º 18’ e 44º 28’ longitude oeste,
abrangendo áreas principalmente no município de Itatiaiuçu e, secundariamente,
dos municípios de Brumadinho e Rio Manso. Está situado na região denominada
médio Paraopeba.
Localmente, a bacia do Rio Veloso (AII) pode ser dividida em seus
principais formadores: Ribeirão Itatiaia e os córregos Vermelho, Mota,
Samambaia, Estiva, Vieiras e Quéias.
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Figura 108 - Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Bacia do São
Francisco.
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Tabela 29- UPGRH da Bacia do Rio São Francisco em Minas Gerais com a identificação da
posição do empreendimento.
Área de drenagem Nº de municípios
UPGRH da Bacia do Rio São Francisco
(Km²) com sede na Bacia
SF1 - Afluentes do Alto São Francisco 14.203 20
SF2 - Rio Pará 12.262 27
SF3 - Rio Paraopeba 12.091 35
SF4 - Entorno da Represa de Três Marias 18.714 15
SF5 - Rio das Velhas 28.091 44
SF6 - Rios Jequitaí e Pacuí 25.129 19
SF7 - Sub-Bacia Mineira do Rio Paracatu 41.512 12
SF8 - Rio Urucuia 25.135 08
SF9 - Afluentes Mineiros do Médio São Francisco 31.258 17
SF10 - Afluentes Mineiros do rio Verde Grande 27.043 24
TOTAL 235.438 221
Fonte: Relatório de Qualidade das Águas Superficiais no Estado de Minas Gerais em 2007.
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- Forças:
Grande quantidade de água;
Disponibilidade de água em quantidade e qualidade para o
estabelecimento de novas indústrias;
Fiscalização excessiva dos órgãos ambientais.
- Fraquezas:
Baixa qualidade ambiental para nutrientes, produtos químicos,
sedimentos e lixívia de resíduos sólidos urbanos;
Falta de fiscalização para pequenos poluidores;
Carreamento de sedimentos da extração de minério;
Contaminação por óleos e graxas;
Falta de conhecimento da bacia, especialmente de dados sobre os
rios, usos, usuários, lançamento de poluentes, outorgas e
licenciamentos;
Desmatamento desordenado;
Falta da vegetação ciliar;
Falta de proteção às nascentes e áreas de recarga;
Ocupação de áreas de preservação permanente.
- Oportunidades:
Auto-conhecimento de usuários, poder público e sociedade para
gestão das águas;
Plano Diretor das Águas do Paraopeba;
- Ameaças:
Desmatamento de nascentes ao longo do rio;
Mineração, indústrias e cidades poluindo o rio;
Perspectivas de desenvolvimento do setor de mineração;
Indefinição de regras e valores de cobrança da água;
Mineração;
Expansão da mineração;
Incógnita das estratégias empresariais na mineração;
Falta de educação ambiental na população em geral;
Previsão de grande avanço da mineração;
Falta de conhecimento ambiental na sociedade.
Verifica-se, portanto, que existe uma grande preocupação quanto à
atuação da mineração no rio Paraopeba, o que exige a condução de projetos com
todos os cuidados ambientais e de preservação da qualidade das águas.
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_________________________________________________________________________
Vista do córrego mota em posição intermediária da bacia. Verifica-se tratar de canal pouco
profundo, localmente encachoeirado, com a presença de fragmentos de material provenientes das
formações rochosas superiores, em parte resultado das atividades pretéritas de mineração na
região.
Detalhe do canal com pequena profundidade, bem encaixado e com fragmentos de rochas pouco
roladas em seu leito.
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Canal retificado pelos trabalhos de recomposição realizados pelas empresas Minas Itatiaiuçu e J.
Mendes. Verifica-se característica retilínea da drenagem.
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Característica Valor
Área de Drenagem (km²) 15,10
Comprimento total dos cursos de drenagem (km) 37,8
Densidade de drenagem (km/km²) 2,50
Comprimento do Talvegue Principal (km) 7,2
Perímetro da Bacia (km) 17,5
Coeficiente de Compacidade (Kc) 1,26
Fator forma (Kf) 0,29
Desnível total do curso principal (m) 310
Declividade Simples (m/m) 0,043
Declividade Racional (m/m) 0,038
Índice de Sinuosidade 1,30
100
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Característica Valor
Área de Drenagem (km²) 179,97
Comprimento total dos cursos de drenagem (km) 376,932
Densidade de drenagem (km/km²) 2,09
Comprimento do Talvegue Principal (km) 22,708
Perímetro da Bacia (km) 63,027
Coeficiente de Compacidade (Kc) 1,32
Fator forma (Kf) 0,35
Desnível total do curso principal (m) 390
Declividade Simples (m/m) 0,017
Declividade Racional (m/m) 0,006
Índice de Sinuosidade 1,46
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_________________________________________________________________________
103
_________________________________________________________________________
Tabela 33 - Análise estatística para obtenção a vazão Q7,10 no Córrego Mota e no Rio Veloso
Q7,10
Estação Fluviométrica Código ANA Área de Drenagem (km²)
(m³/s) (m³/h)
Fazenda Laranjeira 40.810.350 10,2 0,023 82,8
São Brás do Suaçuí 40.549.998 488 1,40 5.040
Alberto Flores 40.740.000 4.111 13,1 47.196
Ponte Nova do Paraopeba 40.800.001 5.679 18,4 66.060
1,0572
Vazão mínima Q7,10 Nascente da Pilha = 7,1474 (0,60) = 4,2 m³/h
1,0572
Vazão mínima Q7,10 córrego Mota = 7,1474 (15,1) = 126,1 m³/h
1,0572
Vazão mínima Q7,10 rio Veloso = 7,1474 (179,97) = 1.731,2 m³/h
Gráfico 1 - Probabilidades das vazões mínimas.
6.1.3 - GEOMORFOLOGIA
A área do empreendimento em questão está localizada no município de
Itatiaiuçu, mais propriamente na Serra Azul, que faz parte da Unidade
Geomorfológica do Quadrilátero Ferrífero.
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Figura 115 - Perfil topográfico e esboço geológico mostrando a Serra de Igarapé ou Serra Azul, a
depressão marginal do Rio Paraopeba e o Sinclinal Moeda.
111
_________________________________________________________________________
Vista parcial da serra azul com minerações explorando minério de ferro, ao longo de quase toda
sua extensão.
112
_________________________________________________________________________
113
_________________________________________________________________________
6.1.4 - GEOLOGIA
6.1.4.1 - Geologia Regional
A área em questão está inserida no Quadrilátero Ferrífero, mapeado
através do convênio entre o U.S. Geological Survey (EUA) e o DNPM entre os
anos de 1943 e 1963 sob a supervisão do geólogo J. V. N. DORR, dando origem
a diversas publicações, entre elas DORR (1965), DORR (1969), HERZ (1978);
das quais provêm os principais conceitos sobre a geologia da região.
Quanto ao seu posicionamento geotectônico, o Quadrilátero Ferrífero
situa-se no extremo sul do Cráton do São Francisco, segundo ALMEIDA et all
(1977). Quanto a sua caracterização tectônica corresponde a uma estrutura
orogênica cuja evolução se deu em ciclos distintos. No Ciclo Jequié (2,8 Ga)
desenvolveu-se a deformação das rochas arqueanas do Complexo Granito-
Gnáissico e Supergrupo Rio das Velhas. Após a Sedimentação do Supergrupo
Minas (2,0 Ga) desenvolveu-se o Evento Transamazônico responsável por
intensa deformação em todas as unidades do QF. O último grande evento
tectônico que afetou a região corresponde ao Ciclo Brasiliano (0,6 Ga). Este ciclo
afetou principalmente as rochas da porção leste do QF.
A estratigrafia então proposta é utilizada como referência na bibliografia
geológica da região, apesar de que, detalhamentos e reinterpretações foram
propostos, como em LADEIRA et all (1984), LADEIRA (1.980) e VILLAÇA (1981),
SCHORSCHER (1978, 1979), ROSIERE (1983), dentre outros.
Estratigraficamente, o Quadrilátero Ferrífero se constitui pelo
Supergrupo Rio das Velhas, atribuído ao Arqueano; pelo Supergrupo Minas,
atribuído ao Paleoproterozóico; pelo Grupo Itacolomi, provavelmente do
Mesoproterozóico, além de gnaisses graníticos e rochas intrusivas máficas e
114
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116
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Figura 117 - Coluna Estratigráfica do Quadrilátero Ferrífero (Segundo Alkmin &Marshak, 1998).
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Itatiaiuçu (USGS-DNPM).
O Supergrupo Minas está representado na serra e suas encostas pelos
seus Grupos Caraça, Itabira e Piracicaba, que se encontram estratigraficamente
invertidos, orientando-se a sequência metassedimentar em direção aproximada
ENE-WSW, com mergulhos variáveis de 20-45º para sudoeste.
O topo da serra é sustentado pelo pacote de formações ferríferas
itabiríticas pertencentes à Formação Itabirito Cauê, do Grupo Itabira, as quais se
integram por uma rocha caracterizada pela alternância de bandas hematíticas e
de sílica, que apresentam graus variáveis de intemperismo e, conseqüentemente
compacidade. Os itabiritos se encontram frequentemente enriquecidos pela ação
de processos supergênicos, que promoveram a lixiviação parcial da sílica e
resultaram na formação de minérios com teores econômicos.
Na encosta norte da serra, os itabiritos encontram-se sotopostos pelas
litologias da Formação Cercadinho, predominantemente filitos e quartzitos
ferruginosos, e estes por sua vez pelos filitos sericíticos ou dolomíticos da
Formação Fecho do Funil. A sequência finaliza com os quartzitos finos da
Formação Taboões, sendo todas as formações integrantes do Grupo Piracicaba.
Na encosta sul, as formações ferríferas estão sobrepostas por
quartzitos e filitos integrantes do Grupo Caraça Indiviso.
Nas encostas mais baixas ao sul, os terrenos são constituídos por
rochas xistosas, geralmente bastante intemperizadas, do Grupo Nova Lima, do
Supergrupo Rio das Velhas.
A obra objeto deste licenciamento ambiental ( lavra da barragem de
rejeitos) está posicionada sobre as litologias do grupo Caraça Indiviso, composta
por quartzitos e filitos intercalados, sucedendo camadas de xistos diversos
pertencentes ao Grupo Nova Lima, que ocorrem na porção sul da área da Mina
do Córrego Fundo. Estas unidades encontram-se recobertas exatamente pelos
materiais constituintes do barramento e dos finos dispostos na bacia da barragem.
Estes materiais apresentam boa capacidade de suporte e
permeabilidade normalmente elevada, haja vista que suportou bem toda a
formação da barragem. Tudo levar a crer que suportarão com folga os trabalhos
de retomada do pacote de sedimentos ali armazenados.
119
_________________________________________________________________________
6.1.5 - HIDROGEOLOGIA
De acordo com o trabalho efetuado por Carmo e Delgado (2008), o
sistema hidrogeológico da área da Mina do Córrego Fundo apresenta um
comportamento hidrodinâmico relativamente complexo, onde as unidades
aquíferas e aquífugas interagem diferencialmente com o sistema hidrogeológico
local.
O modelo hidrogeológico conceitual proposto para a área foi
desenvolvido a partir da integração de dados geológicos, geotectônicos,
climatológicos e hidrodinâmicos tomando como partida as águas de chuva que se
infiltram diretamente nas coberturas do pacote de rochas metamórficas. A recarga
ocorre predominantemente nas áreas topograficamente mais elevadas, na
cabeceira dos córregos. Essa morfologia é representada por superfícies
côncavas, de vertentes íngremes e vales encaixados e com média densidade de
drenagem superficial, o que é um indicativo da boa taxa de infiltração. Nos perfis
dos itabiritos, a densidade de ravinamento é elevada, indicando menor taxa de
infiltração, localmente controlada pela maior declividade do terreno.
Na área, os sistemas aqüíferos podem ser separados em dois grupos:
o aqüífero superior poroso e o aquífero inferior fraturado. O aqüífero fraturado
associado ao Grupo Caraça tem como característica a intercalação de lentes de
filitos, que se comportam como aquitardo.
O sistema aquífero superior é composto pelas litologias recentes como
as coberturas de solos coluvionares e residuais, aluviões e manto de
decomposição das rochas. Devido à sua expressão na área da mina, as pilhas de
minério e de rejeito também são consideradas neste sistema.
As coberturas mostram uma granulometria bem heterogênea e grande
variação no nível da superfície piezométrica ao longo do ano hidrológico, o que
caracteriza um aquífero livre com menor tempo de residência das águas. A
descarga neste sistema ocorre na alimentação do aquífero fissurado subjacente,
nos contatos impermeáveis e quebra acentuada de relevo, formando nascentes
de meia encosta.
Os aquíferos profundos são desenvolvidos ao longo das
descontinuidades estruturais associadas à evolução estrutural da crosta na borda
120
_________________________________________________________________________
6.1.6 - SOLOS
A Serra Azul ou do Itatiaiuçu está inserida no complexo do Quadrilátero
Ferrífero, que apresenta uma alternância de rochas metassedimentares, tais
como os filitos, itabiritos, quartzitos e dolomitos, das quais evoluíram diversos
121
_________________________________________________________________________
tipos de solos. Sobre estas rochas estão presentes solos pouco desenvolvidos
como os Cambissolos e Solos Litólicos de pouca espessura, que ocorrem nos
topos e muitas vezes nas encostas. No fundo dos vales, os solos mostram-se
mais espessos, formando-se por material desagregado oriundo das partes mais
elevadas, constituindo-se por solos do tipo Latossólico, B textural e Podzólico.
Na área diretamente afetada do empreendimento os solos foram
totalmente removidos para o assentamento da barragem.
122
_________________________________________________________________________
B) METODOLOGIA
O estudo das formações vegetacionais encontradas nos terrenos
inseridos no direito minerário foram desenvolvidos em duas etapas. Na primeira,
foram realizados os levantamentos em campo e na segunda, realizada em
escritório, os dados coletados foram confrontados com informações bibliográficas,
levantamentos florísticos já realizados na região e consultas a herbários oficiais.
Na etapa de campo todas as tipologias foram percorridas
primeiramente de carro até onde havia acesso e, a pé, foram percorridas trilhas
dentro das matas e por todas as áreas características do cerrado, principalmente
aquelas consideradas de refúgios vegetacionais (relíquias), identificando as
espécies de importância ecológica, aquelas capazes de colonizar ambientes
degradados e aquelas ameaçadas de extinção e/ou susceptíveis ao
desaparecimento na área. As espécies que não puderam ser identificadas no
local foram coletadas e herbarizadas para posterior identificação, quando foram
utilizadas chaves dicotômicas e consulta a herbários oficiais.
Na etapa de escritório foi utilizada a consulta à bibliografia
especializada, bem como aos mapas do IBGE e CETEC, na escala 1: 100.000; e
ainda a consulta aos trabalhos técnicos já realizados nas proximidades da área
foco deste estudo. Foram utilizadas de imagem de satélite IKONOS na construção
do mapa de uso e ocupação do solo.
Outra ferramenta de trabalho utilizada foi o acervo fotográfico
produzido durante todo o trabalho de campo.
123
_________________________________________________________________________
Vista geral de uma formação campestre (campo rupestre e campo limpo) encontradas na área de
influência indireta do empreendimento (topo da serra).
124
_________________________________________________________________________
CAMPO LIMPO
De um modo geral, como expõe Lindman (ib.), Loefgren (ib.), Warming
(1982), Campo Limpo é considerado qualquer campo central ou austral destituído
de árvores (ou com arvoretas tão esparsas que pouco se fazem notar na
fisionomia). Seu substrato acha-se revestido de gramíneas, subarbustos e ervas.
O campo limpo era uma fisionomia comum nas áreas de concessão de
lavra objeto deste licenciamento, mas em função das intervenções minerárias
pretéritas, atualmente não são mais encontrados na área de influência direta,
estando portando seus remanescentes presentes neste bioma, mas somente na
área de influência indireta.
Nos trechos onde ocorre esta formação, na área de influência direta, a
vegetação é uniformidade quebrada por pequenos agrupamentos de arbustos e
de árvores, que aparecem distribuídas, aleatoriamente, por toda a área; em
síntese a vegetação local é xerófila porque nela ocorre uma tensão d’água com
redução das dimensões e das funções no período desfavorável.
Nesses campos altimontanos sobressai o estrato graminoso-herbáceo,
geralmente sobre solos pedregosos e cascalhentos do tipo Cambissolo. As
espécies mais frequentes são os capins finos dos gêneros Andropogon, Aristida,
Axonopus, o capim flexinha (Echinolaena inflexa) e algumas Cyperaceae. As
herbáceas distribuem-se pela área, como o carobinha (Jacaranda paucifoliata),
lixeirinha (Dillenia elíptica), bate-caixa (Palicourea rigida), flor-do-sol (Gomphrena
macrocephala), carqueja (Baccharis trimera), Eremanthus incanus., Kielmeyera
coreacea, o cajuzinho (Anacardium humile) e diversas outras.
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Vista geral da tipologia florestal de mata estacional comum nos encaixes da topografia no sopé da
serra. Foto da encosta norte da serra azul
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B) Amostragem Seletiva
Constituiu em deslocamentos no campo (caminhamentos), em áreas de
interesse biológico, os quais possam abrigar espécies e conter informações
pertinentes e/ou significativas para o presente estudo através de estabelecimento
de parcelas. A metodologia de parcelas geralmente se constitui em estabelecer
em campo ou laboratório pequenas unidades amostrais de tamanho conhecido
que podem possuir as mais variadas formas como retângulo, quadrados ou
círculos. A alocação das várias unidades permite a repetição da metodologia em
uma grande comunidade, possibilitando uma representação adequada da
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_________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________
torna-se mais difícil a sua observação, havendo uma queda gradativa da função
de detecção. Calculadas as funções de detecção e a área inventariada, então, é
possível estimar a densidade (Cullen Jr. & Rudran 2.004). Técnica utilizada nos
seguintes locais:
03.A: por vias de acessos da área a ser utilizada, em um percurso de
aproximadamente 3.000 metros, e
03.B: por sobre vegetação campestre (área a ser utilizada, campo graminoso, e
samambaial), em um percurso de aproximadamente 4.000 metros.
D) Zoofonia
Técnica de possível utilização em determinados casos onde a
vocalização é bastante distinta, sendo para este método utilizado gravadores. Em
determinados pontos, foram instalados mini computadores portáteis e portable
compact disc system (microsysten), com a reprodução de Cantos de Aves do
Brasil, e Guia Sonoro das Aves do Brasil (CDs 1 e 2, Jacques Vielliard,
UNICAMP, 1.995), dentre outros, visando à atração de aves silvestres. A voz atrai
uma ave que não se vê ou que não se consegue ver suficientemente bem, na
densa vegetação, no vôo, na hora do crepúsculo ou à noite. A pesquisa das vozes
tem a extraordinária vantagem de possibilitar um experimento real com a ave,
reproduzindo-se uma gravação em fita magnética ou compact disc na frente de
um pássaro pode-se verificar se este reconhece ou não a voz em questão como
sendo de sua espécie (standardized playback of sound recording – Lanyon,
1969). Pode ser provado desta maneira que a respectiva voz gravada num outro
local sob outras condições (que talvez sugerisse tratar-se de outra ave), pertence
à mesma espécie. As aves pouco ou nenhum interesse têm pelas vozes de outras
espécies; elas são psicologicamente isoladas. Apenas os gritos de alarme ou de
desespero, são inteligíveis num âmbito maior. Associa-se a isto, o fato que
muitas aves são territorialistas, não permitindo a presença de outros da mesma
espécie no mesmo habitat / nicho.
E) Armadilhas / Iscas
O uso de armadilhas fotográficas e o desenvolvimento de
levantamentos etnozoológicos são outras ferramentas que auxiliam o
131
_________________________________________________________________________
132
_________________________________________________________________________
6.2.2.4.1 - O Ambiente
Para melhor delimitar o objeto do presente estudo, os ambientes nos
quais se deu a pesquisa de campo foi particularizado, apesar de tais subdivisões
estarem inseridas no mesmo domínio biogeográfico.
Isso se faz necessário, pois a ocorrência da diversidade biológica da
fauna estabelece-se em função destes ambientes, mais precisamente da
associação destes com a flora local, presença ou ausência de coleções de águas
e os nichos e sinúsias os mais diversos que foram verificados, em função destas
inter-relações. As áreas estudadas, no âmbito do empreendimento, foram:
A) Área a ser utilizada para retomada do rejeito;
B) Áreas de entorno.
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Local, a jusante da barragem, onde foram encontrados três exemplares de caudisona durissa
(cascavel).
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certamente, faz com que seus elementos procurem por habitats em porções mais
internas da área, ou seja, faz com que a fauna evite transitar e, principalmente,
habitar nas áreas da borda da referida mata.
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Parte da borda do talude da barragem coberta com gramíneas, em solo pobre. Em sua maior
parte o substrato é o oriundo da movimentação de terra para construção do talude.
Remanescente florestal montano, situado na lateral da barragem, com elementos arbóreos tanto
do complexo fisionômico do cerrado e domínio tropical atlântico.
137
_________________________________________________________________________
Resultados e discussão
Os insetos são importantes pelo seu papel no funcionamento dos
ecossistemas naturais, atuando como predadores, parasitas, fitófagos,
saprófagos, decompositores da serrapilheira, polinizadores, servindo como
alimento para a fauna, entre outros. Como, em geral, os artrópodes respondem
rapidamente às mudanças ambientais e apresentam alta diversidade, são
considerados um grupo importante nos estudos sobre biodiversidade.
O levantamento efetuou-se por meio de registros oportunistas e
ordenados, oriundos de procuras ativas na área de estudo. Com a utilização das
técnicas de amostragem utilizadas no levantamento, foi possível a observação e
identificação de artrópodes que abrigam o local do empreendimento, que assim
foram classificados segundo a sua ordem, família e espécie.
138
_________________________________________________________________________
Classe ARACHNIDA
Aranhas, Escorpiões, Carrapatos.
ORDEM / FAMILIA / ESPÉCIE
Ordem SCORPIONIDA
Escorpiões.
Família BUTHIIDAE
OD ED OI BE
► NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR OU VERNÁCULO ◄ ▼ ▲
Tityus serrulatus Escorpião-amarelo ◄ ▲
Ordem ARANEAE
(ARANEIDA)
Aranhas, Aranhões e Aranhiços. Carbonífero a Recente.
Família SICORIIDAE
► Loxosceles sp. Aranha-marrom ◄ ▲
Família THERAPHOSIDAE
► Grammostola sp. Aranha-caranguejeira ◄ ▲
► Phoneutria nigriventer Aranha-armadeira ◄ ▲
Superclasse ACARI
Ordem IXODIDA
Carrapatos.
Família IXODIDAE
► Amblyomma sp. Micuim ◄ ▲
139
_________________________________________________________________________
Classe INSECTA
Insetos
Ordem ORTHOPTERA
Esperanças, Gafanhotos, Grilos e afins.
Superfamília GRYLLOIDEA
► Sp. 1 – a determinar Grilo-marrom-pequeno ◄ ▲
► Sp. 2 – a determinar Grilo-verde-pequeno ◄ ▲
► Eneoptera surinamensis Grilo ◄ ▲
► Gryllus assimilis Grilo-caseiro ◄ ▲
Ordem ODONATA
Libélulas.
► Sp.1 – a determinar Libélula-amarela ▲
► Sp.2 – a determinar Libélula-azul ▲
► Sp.3 – a determinar Libélula-cinza ▲
► Sp.4 – a determinar Libélula-transparente ▲
► Sp.5 – a determinar Libélula-verde ▲
► Sp.6 – a determinar Libélula-vermelha ▲
Ordem ISOPTERA
Aleluias, Cupins, Siriri, Termitas e afins.
Família TERMITIDAE
► Cornitermes sp. Cupim-de-monte ◄ ▲
Ordem HEMIPTERA
Baratas d’água, Barbeiros, Percevejos e afins.
Família COREIDAE
► Phthia sp. Percevejo-do-tomateiro ▲
140
_________________________________________________________________________
Ordem HOMOPTERA
Cigarras, Cochonilhas, Jaquitiranaboia, Pulgões e afins.
Superfamília CICADOIDEA
Família CICACIDAE
► Fidicina pullata Cigarra-cinza ◄ ▲
Ordem LEPIDOPTERA
Borboletas e Mariposas.
Família ITHOMIIDAE
► Mechanitis polymnia José-maria ▲
► Mechanitis lysimnia José-maria ▲
Família MORPHIDAE
► Morpho a. achillaena Capitão-do-mato ▲
Família DANAIDAE
► Anosia sp. Borboleta-laranjada ▲
Família PIERIDAE
► Phoebis sennae Borboleta-gema ▲
Família NYMPHALIDAE
► Heliconius e. phyllis José-maria ▲
Ordem COLEOPTERA
Besouros, Serra-paus, Joaninhas, Gorgulhos, etc.
Família PASSALIDAE
► Passalus sp. Besouro-de-tronco-podre ▲
Família SCARABACIDAE
► Dichotomius sp. Rola-bosta ▲
Ordem DIPTERA
Moscas, Mosquitos, Pernilongos e afins.
Família SIMULLIDAE
141
_________________________________________________________________________
Ordem HYMENOPTERA
Abelhas, Formigas e Vespas.
Família FORMICIDAE
► Acromymex sp. Quem-quem ◄ ▲
► Atta sp. Sauva ◄ ▲
► Solenopsis saevissima Lava-pés ◄ ▲
Superfamília APOIDEA
Família APIDAE
Subfamília APINAE
► Apis sp. Abelha-europa-hibrida ◄ ▲
Subfamília MELIPONINAE
► Trigona apinipes Irapuá ◄ ▲
Superfamília VESPOIDEA
Família VESPIDAE
► Polybia sp. Marimbondo-marrom ◄ ▲
► Polybia sp. Marimbondo-preto ◄ ▲
Símbolos LEGENDA Consultar e / ou Onde Encontrar Referência
OD ► Observação Direta no Campo Memento Técnico de Referência
ED ◄ Informações Colhidas Entrevistas Diretivas-Participantes
OI ▼ Observações Indiretas Memento Técnico de Referência
BE ▲ Bibliografia Especializada Síntese Metodológica e Bibliografia
- O quadro dos invertebrados não apresenta nenhuma espécie incluída na Lista da Fauna Ameaçada de
Extinção de Minas Gerais, 2008 –
Obs.: As imagens utilizadas são apenas ilustrativas.
142
_________________________________________________________________________
Resultados e discussão
Durante os levantamentos realizados na área de influência do
empreendimento foram poucos os registros de anfíbios (sapos, rãs e pererecas).
Neste caso, algumas considerações são pertinentes: o estudo da ecologia de
anfíbios requer a realização de excursões frequentes, por períodos prolongados,
preferivelmente com a utilização de dispositivos de captura, como abrigos
artificiais e armadilhas de intercepção e queda, para a obtenção de dados mais
precisos.
Os anfíbios são animais que exigem uma grande especificidade de
ambientes para sua sobrevivência. Um fator que dificulta a observação direta dos
anfíbios em campo é a infinidade de elementos crípticos que a Classe Amphibia
abrange. Foram coletadas e reunidas informações sobre 3 espécies de anfíbios.
Reino ANIMALIA - Filo CHORDATA
Classe AMPHIBIA
Pererecas, Rãs, Salamandras e Sapos.
ORDEM / FAMILIA / ESPÉCIE
Ordem ANURA
Sapos e Rãs.
Família BUFONIDAE
Sapos.
OD ED OI BE
► NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR OU VERNÁCULO ◄ ▼ ▲
► Rhinella marina Sapo-cururu ▲
► Rhinella schneideri Sapo-boi ▲
Família HYLIDAE
Pererecas.
► Hypsiboas faber Ferreiro ◄ ▲
Símbolos LEGENDA Consultar e / ou Onde Encontrar Referência
OD ► Observação Direta no Campo Memento Técnico de Referência
ED ◄ Informações Colhidas Entrevistas Diretivas-Participantes
OI ▼ Observações Indiretas Memento Técnico de Referência
BE ▲ Bibliografia Especializada Síntese Metodológica e Bibliografia
- O quadro da anurofauna não apresenta nenhuma espécie incluída na Lista da Fauna Ameaçada de
Extinção de Minas Gerais, 2008 -
Obs.: As imagens utilizadas são apenas ilustrativas.
143
_________________________________________________________________________
Classe REPTILIA
Répteis.
ORDEM/FAMILIA/ESPÉCIE
Ordem SQUAMATA
Cobras e Lagartos.
Subordem SAURIA
Lagartos
Família GEKKONIDAE
OD ED OI BE
► NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR OU VERNÁCULO ◄ ▼ ▲
► Hemidactylus mabouia Lagartixa ◄ ▲
Família TEIIDAE
► Ameiva ameiva Calango-verde ◄ ▲
► Cnemidophorus sp. Calanguinho ◄ ▲
► Tupinambis teguixin Teiu ◄ ▲
Subordem OPHIDIA
Serpentes.
Família VIPERIDAE
► Caudisona durissa Cascavel ◄ ▲
Bothrops sp. Jararaca / Jararacussu ◄ ▲
Família COLUBRIDAE
► Chironius carinatus Cobra-cipó ◄ ▲
Família DIPSADIDAE
► Philodryas olfersii Cobra-verde ◄ ▲
Símbolos LEGENDA Consultar e/ou Onde Encontrar Referência
OD ► Observação Direta no Campo Memento Técnico de Referência
ED ◄ Informações Colhidas Entrevistas Diretivas-Participantes
OI ▼ Observações Indiretas Memento Técnico de Referência
BE ▲ Bibliografia Especializada Síntese Metodológica e Bibliografia
- O quadro da herpetofauna não apresenta nenhuma espécie incluída na Lista da Fauna Ameaçada de
Extinção de Minas Gerais / 2008 –
Obs.: As imagens utilizadas são apenas ilustrativas.
144
_________________________________________________________________________
Classe Aves
Aves
ORDEM/FAMILIA/ESPÉCIE
Ordem TINAMIFORMES
Codorna, Inhambú, Macuco e Perdizes.
OD ED OI BE
► NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR OU VERNÁCULO ◄ ▼ ▲
Família TINAMIDAE
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Ordem CATHARTIFORMES
Urubus.
Família CATHARTIDAE
► Coragypes atratus Urubu ▲
Ordem FALCONIFORMES
Falcões e Gaviões.
Família FALCONIDAE
► Milvago chimachima Pinhé ◄ ▲
► Caracara plancus Caracará ◄ ▲
Falco sparverius Quiri-quiri ◄ ▲
Ordem GRUIFORMES
Carquejas, Frangos d’água, Saracuras e Seriemas.
Família CARIAMIDAE
► Cariama cristata Seriema ◄ ▲
Ordem CHARADRIIFORMES
Família CHARADRIIDAE
► Vanellus chilensis Quero-quero ◄ ▲
Ordem COLUMBIFORMES
Juritis, Pombas, Rolinhas e Afins.
Família COLUMBIDAE
► Patagioenas speciosa Trocal ◄ ▲
► Columbina talpacoti Rolinha-caldo-de-feijão ◄ ▲
► Leptotila verreauxi Juriti ◄ ▲
► Columbina squammata Fogo-pagou ◄ ▲
146
_________________________________________________________________________
Ordem PSITTACIFORMES
Araras, Papagaios, Maritacas e Periquitos.
Família PSITTACIDAE
► Aratinga leucophthalma Maracanã ◄ ▲
Ordem CUCULIFORMES
Alma-de-gato, Anus e afins.
Família CUCULIDAE
► Piaya cayana Alma-de-gato ◄ ▲
► Crotophaga ani Anu-preto ◄ ▲
► Guira guira Anu-branco ◄ ▲
Ordem STRIGIFORMES
Caburé e Corujas.
Família STRIGIDAE
► Otus choliba Corujinha-do-mato ◄ ▲
► Athene cunicularia Coruja-buraqueira ◄ ▲
Ordem APODIFORMES
Andorinhões e Beija-flores.
FamíliaTROCHILIDAE
► Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul ▲
► Chlorostilbon lucidus Besourinho-de-bico-vermelho ▲
► Eupetonema macroura Beija-flor-tesoura ▲
► Phaethornis pretrei Rabo-branco-de-sobre-amarelo ▲
Ordem GALBULIFORMES
João-bobo
Família BUCCONIDAE
147
_________________________________________________________________________
Ordem PICIFORMES
Pica-paus, Tucanos e afins.
Família PICIDAE
► Colaptes campestris Pica-pau-do-campo ◄ ▲
► Picumnus cirratus Pica-pau-anão-barrado ◄ ▲
Ordem PASSERIFORMES
João-de-barro, Bem-te-vis, sabiás, andorinhas, e outros.
Família FURNARIIDAE
► Furnarius rufus João-de-barro ◄ ▲
► Synallaxis spixi João-teneném ◄ ▲
Família TYRANNIDAE
► Knipolegus lophotes Maria-preta-de-penacho ◄ ▲
► Tyrannus savana Tesourinha ◄ ▲
► Pitangus sulphuratus Bem-te-vi ◄ ▲
► Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno ◄ ▲
► Tyrannus melancholicus Suiriri ◄ ▲
Família HIRUNDINIDAE
► Notiochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa ◄ ▲
► Progne tapera Andorinha-do-campo ◄ ▲
► Progne chalybea Andorinha-doméstica-grande ◄ ▲
Família MIMIDAE
► Mimus saturninus Sabia-do-campo ◄ ▲
Família TURDIDAE
► Turdus leucomelas Sabiá-barranqueiro ◄ ▲
► Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira ◄ ▲
Família COEREBIDAE
► Coereba flaveola Cambacica ◄ ▲
Família ICTERIDAE
► Gnorimopsar chopi Graúna ◄ ▲
Família THRAUPIDAE
► Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento ◄ ▲
► Saltator similis Trinca-ferro-verdadeiro ◄ ▲
Família EMBERIZIDAE
► Sporophila caerulescens Coleiro ◄ ▲
► Sporophila nigricollis Papa-capim ◄ ▲
► Volatinia jacarina Tiziu ◄ ▲
► Zonotrichia capensis Tico-tico ◄ ▲
148
_________________________________________________________________________
Resultados e discussão
De modo geral, os mamíferos silvestres dificilmente são vistos na
natureza, o que se deve, principalmente, ao fato destes animais terem hábitos
discretos, largamente crepusculares, noturnos e com identificação, às vezes,
dificultada pela brevidade da visualização.
Ressalta-se que com o trabalho foi possível a identificação de 9
espécies deste grupo.
Reino ANIMALIA - Filo CHORDATA
Classe MAMMALIA
Mamíferos.
ORDEM / FAMILIA / ESPÉCIE
Ordem DIDELPHIMORPHIA
Gambás.
OD ED OI BE
► NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR OU VERNÁCULO ◄ ▼ ▲
149
_________________________________________________________________________
Família DIDELPHIDAE
Didelphis sp. Gambá ◄ ▼ ▲
Ordem XENARTHRA
Tamanduás, Preguiças e Tatus.
Família DASYPODIDAE
Cabassous sp. Tatu ◄ ▼ ▲
Ordem CHIROPTERA
Morcegos
Família PHYLLOSTOMIDAE
Glossophaga sp. Morcego-beija-flor ◄ ▲
Família MOLOSSIDAE
Tadarida brasiliensis Morceguinho-das-casas ◄ ▲
Ordem PRIMATES
Macacos
Família CEBIDAE
► Callithrix penicillata Mico-estrela ◄ ▲
Ordem LAGOMORPHA
Lebres e Coelhos.
Família LEPORIDAE
Sylvilagus brasiliensis Tapiti ◄ ▲
Ordem RODENTIA
Roedores.
Família ERETHIZONTIDAE
Coendou prehensilis. Ouriço-cacheiro ◄ ▼ ▲
150
_________________________________________________________________________
Família CAVIIDAE
Cavia aparea Preá ◄ ▼ ▲
Família CRICETIDAE
► Oryzomys sp. Camundongo-do-mato ◄ ▼ ▲
Símbolos LEGENDA Consultar e/ou Onde Encontrar Referência
OD ► Observação Direta no Campo Memento Técnico de Referência
ED ◄ Informações Colhidas Entrevistas Diretivas-Participantes
OI ▼ Observações Indiretas Memento Técnico de Referência
BE ▲ Bibliografia Especializada Síntese Metodológica e Bibliografia
- O quadro da mastofauna apresenta três espécie incluídas na Lista da Fauna Ameaçada de Extinção
de Minas Gerais / 2008 e no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (Biodiversitas,
2008).
Obs.: As imagens utilizadas são apenas ilustrativas.
152
_________________________________________________________________________
Figura 120 - Manifestação popular na Igreja Matriz de São Sebastião antes da construção da
torre.
153
_________________________________________________________________________
Figura 121 - Foto aérea que abrange boa parte da área da sede urbana de Itatiaiuçu.
DISTÂNCIAS RODOVIÁRIAS
Fonte: DER-MG
154
_________________________________________________________________________
155
_________________________________________________________________________
distritos são definidas a partir dos perímetros urbanos dos povoados (parágrafo
único, artigo 24 da Lei 1.009).
Após análise de dados fornecidos pelo Instituto de Geociências
Aplicadas (IGA), verifica-se que o relevo do município é caracterizado como
ondulado (80%), montanhoso (15%) e plano (5%). A maior altitude (1.434 m) está
representada pelo Pico do Itatiaiuçu e a menor altitude (993 m) está situada na
represa do Benfica. No ponto central da cidade a altitude atinge 880 metros.
As principais redes hidrográficas que drenam o município de Itatiaiuçu
são o Rio Veloso, o Rio São João e o Ribeirão Itatiaia que pertencem todos à
Bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, afluente direto do Rio São Francisco.
A temperatura média anual é de 20,5ºC, tendo média máxima anual de
27,8ºC e mínima de 14,2ºC. O índice médio pluviométrico anual equivale a 1.480
mm.
156
_________________________________________________________________________
157
_________________________________________________________________________
158
_________________________________________________________________________
159
_________________________________________________________________________
160
_________________________________________________________________________
161
_________________________________________________________________________
N° de
Grupos de Área Total Condição Legal das Terras
Propriedades
162
_________________________________________________________________________
N° de
Grupos de Área Total Condição Legal das Terras
Propriedades
Terras arrendadas 1
Terras em parceria -
Terras ocupadas -
Terras próprias 6
Terras arrendadas -
200 a menos de 500 ha
Terras em parceria -
Terras ocupadas -
Terras próprias 2
Terras arrendadas -
500 a menos de 1.000 ha
Terras em parceria -
Terras ocupadas -
163
_________________________________________________________________________
164
_________________________________________________________________________
165
_________________________________________________________________________
166
_________________________________________________________________________
25.000,000
Minas Gerais
19.214,120
20.000,000
Região Metropolitana de
14.906,900 Belo Horizonte
15.000,000
12.735,010 Itaguara
11.027,750
10.000,000
7.539,440 Itauna
5.000,000 Itatiaiuçu
0,000
PIB per capta
167
_________________________________________________________________________
Tabela 41 - Distribuição do PIB Per Capta e Concentração Bruta. Unidades Territoriais – 2006.
168
_________________________________________________________________________
6%
33%
61%
169
_________________________________________________________________________
Outros
Ano ICMS Total
impostos
170
_________________________________________________________________________
Arrecadação da CFEM
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) a
Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) é devida aos Estados,
ao Distrito Federal, aos Municípios, e aos órgãos da administração da União,
como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus
respectivos territórios.
A Compensação Financeira é devida por quem exerce atividade de
mineração em decorrência da exploração ou extração de recursos minerais e
cabe 65% de sua arrecadação ao município, 23% ao Estado e 12% para a União.
Os recursos originados da CFEM não podem ser aplicados em
pagamento de dívida ou no quadro permanente de pessoal da União, dos
Estados, Distrito Federal e dos Municípios. As receitas deverão ser aplicadas em
projetos, que direta ou indiretamente revertam em prol da comunidade local, na
171
_________________________________________________________________________
26%
Agropecuário, extração
vegetal e pesca
37%
Industrial
Comércio de
Mercadorias
Serviços
8% 29%
172
_________________________________________________________________________
Pessoal Pessoal
Número de Salário médio
Ano ocupado ocupado
Unidades Mensal
Total Assalariado
2,7 salários
2007 197 1.984 1.777
mínimos
Fonte: IBGE 2007, Cidades - Sinopse.
173
_________________________________________________________________________
174
_________________________________________________________________________
Asininos 40
Bovinos 7.758
Bubalinos 35
Caprinos 140
Equinos 550
Galinaceos 31.852
Muares 85
Ovinos 110
Suinos 2.615
Fonte: INDI, Censo Agropecuário 2007, IBGE.
175
_________________________________________________________________________
176
_________________________________________________________________________
177
_________________________________________________________________________
178
_________________________________________________________________________
179
_________________________________________________________________________
180
_________________________________________________________________________
6.3.1.8.3 - Esgoto
A Prefeitura Municipal de Itatiaiuçu é responsável pela coleta e
tratamento do esgoto no município (INDI, 2008) e nos últimos anos foi
responsável pela construção em vários pontos da cidade de cerca de 10 mil
metros de rede de esgoto.
A política de saneamento sanitário procura viabilizar a implantação de
estações de tratamento de esgoto, dando prioridade ao Rio Veloso e ao Córrego
Capão Comprido (Inciso III, Artigo 40 da Lei 1.009).
A Prefeitura incentiva o uso de tanques sépticos para tratamento de
rejeitos domésticos e o uso de poços de monitoramento para o controle de
contaminação do lençol freático nas áreas desprovidas de redes sanitárias em
que são utilizadas fossas sépticas.
6.3.1.8.4 - Lixo
O estudo de 2004 do DataGerais (Fundação João Pinheiro) assinala
que 87,03% das pessoas vivem em domicílios urbanos com coleta de lixo.
A Prefeitura Municipal de Itatiaiuçu afirmou em janeiro de 2008, ter
eliminado o lixão e transformado a área em aterro sanitário de acordo com as
normas do licenciamento ambiental. Todo lixo coletado no município é destinado
para o aterro sanitário controlado.
Os catadores que frequentavam o antigo lixão foram selecionados para
o serviço de limpeza urbana e de serviços gerais para a Prefeitura. Desta forma, a
coleta de lixo foi ampliada para melhorar as condições sanitárias do município.
6.3.1.8.5 - Educação
O ensino educacional, segundo IBGE, é oferecido por 8 escolas, sendo
uma escola estadual, seis municipais e uma escola privada.
Destas uma escola estadual oferece ensino fundamental e médio; seis
escolas municipais oferecem ensino fundamental e pré-escolar e uma escola
privada oferece ensino fundamental e pré-escolar. Registra-se também, o ensino
profissionalizante de Magistério de 1º grau.
181
_________________________________________________________________________
Número de
Relação anos de estudo
habitantes
Sem instrução ou menos de um
668
ano
01 a 03 anos de estudo 2.252
04 a 07 anos de estudo 2.638
06 a 10 anos de estudo 664
11 a 14 anos de estudo 501
15 anos ou mais de estudo 80
Fonte: IBGE, 2000.
182
_________________________________________________________________________
alfabetização.
O levantamento de 2004 no DataGerais descreve que 17,373% dos
alunos do ensino fundamental são orientados com laboratório de informática e
internet e os alunos do ensino médio não recebem essa orientação.
O Censo Ensino 2007 do IBGE registrou que no primeiro semestre
desse ano houve 1.859 matrículas para o ensino fundamental, sendo 598
matrículas na escola pública estadual, 1.217 na escola pública municipal e 44 na
escola privada.
Foram 416 matrículas para o ensino médio, 254 para o ensino pré-
escolar, 112 para o ensino fundamental. Esses dados e os dados da relação anos
de estudo (Censo 2000) não identificam que há um impulso educacional quanto
ao desenvolvimento social do município, mas a existência das escolas é indicativa
de qualidade de vida.
Entre outras diretrizes da política educacional estão: o incentivo a
participação da comunidade na gestão educacional democratizando o ensino
público; impulso na qualidade do ensino criando permanência dos alunos no
sistema escolar; valorização dos profissionais de educação e atualizá-los no
trabalho para alcançar qualidade do ensino; criação de creches para crianças (0 a
3 anos) e elevação da qualidade de nutrição e saúde; desenvolvimento do
programa de educação ambiental; viabilização de quadras esportivas das escolas
públicas pela comunidade (incisos VI a VIII, XV a XVII, artigo 56 da Lei 1.009).
6.3.1.8.6 - Saúde
O sistema de saúde do município de Itatiaiuçu conta ao todo com uma
policlínica localizada na região central da sede urbana e outros 5 postos de saúde
distribuídos nos dois distritos e em algum dos povoados.
183
_________________________________________________________________________
184
_________________________________________________________________________
185
_________________________________________________________________________
microônibus que atende a TFD em Belo Horizonte, dois Fiat Uno que servem os
Postos de Saúde Familiar (PSF), um Fiat Uno (Administração) e um veículo
locado que atende o PSF.
186
_________________________________________________________________________
187
_________________________________________________________________________
PICO DA PEDRA GRANDE. PONTO MAIS ALTO CACHOEIRA DOS CHAVES. RIO SÃO JOÃO.
DA SERRA AZUL.
188
_________________________________________________________________________
6.3.1.8.10 - Comunicação
Como meio de comunicação, o município dispõe do serviço da
concessionária de telefonia fixa OI. Não há jornais impressos, segundo dados de
2006, apresentados pelo INDI.
Segundo a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do
Ministério das Comunicações, Itatiaiuçu possui desde 2003, o Decreto Legislativo
790 que autoriza a Associação Cultural Comunitária a executar o serviço de
radiodifusão comunitária (emissora de rádio).
189
_________________________________________________________________________
e evitar riscos geológicos (inciso I, artigo 10, capítulo III, título II da Lei 1.009).
O meio ambiente é conceituado no Plano Diretor como o conjunto de
condições naturais, artificiais e influências culturais que propiciem o
desenvolvimento do equilíbrio de vida em todas as suas formas (artigo 34 da Lei
1.009).
Entre as diretrizes relativas ao subsolo estão a execução de obras no
subsolo (mediante licença prévia e autorização para instalação de equipamentos
urbanos e exploração de atividades comerciais) e a promoção de ações que
visem preservar e descontaminar os lençóis freáticos (incisos IV, VI, artigo 53 da
Lei 1.009).
Para assegurar o equilíbrio da vida, o município deve proteger,
preservar, conservar e recuperar o meio ambiente. Para isso, são indispensáveis
as seguintes diretrizes, entre outras (artigo 34 da Lei 1.009):
Utilizar adequadamente os recursos naturais (inciso I);
Mapear os recursos hídricos, mananciais, vertentes, espaços verdes e áreas
de preservação permanente (inciso II);
Preservar a diversidade biológica e promover estudos da flora e fauna (inciso
I);
Delimitar espaços para criação de área de proteção ambiental, parque e
praças (inciso III);
Arborizar os logradouros públicos e áreas carentes (inciso IV);
Preservar lagos, represas, lagoas em áreas particulares ou públicas,
recompondo a flora (inciso VI);
Controlar descapeamento e movimento do solo, evitando assoreamento de
represas, córregos, barragens e lagoas (inciso X);
Garantir maiores índices de permeabilidade do solo na zona urbana (inciso
VIII);
Criar programa de educação ambiental em parceria com empresas e
entidades na área de ensino e setor rural (inciso XIII);
Articular com os municípios vizinhos para criar programas de proteção,
preservação, conservação e recuperação ambiental, principalmente quanto às
sub-bacias hidrográficas (inciso XVII);
190
_________________________________________________________________________
191
_________________________________________________________________________
para captação de água (inciso IV, artigo 40, subseção XII, seção II, capítulo III da
Lei 1.009).
A Lei do Uso e Ocupação do Solo caracteriza a deficiência da infra-
estrutura de esgotamento sanitário pela falta de interceptor e de estação de
tratamento de efluentes (parágrafo 2º, inciso III, artigo 10, capítulo III, título II da
Lei 1.009). Por esse motivo, a política de saneamento sanitário procura viabilizar
a implantação de estações de tratamento de esgoto, dando prioridade ao rio
Veloso e ao Córrego Capão Cumprido (inciso III, artigo 40, subseção XII, seção II,
capítulo III da Lei 1.009).
Para efetuação da limpeza urbana é imposta a criação de condições
urbanísticas para a implantação do sistema de coleta, tratamento e destinação
seletiva dos resíduos sólidos, a partir de plano de gerenciamento, instalado e
implementado na Usina de Reciclagem de Lixo e de Entulhos, em Itatiaiuçu
(inciso III, artigo 42, subseção XII, seção II, capítulo III da Lei 1.009).
A criação de associações e cooperativas para execução dos serviços
de limpeza, coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos
recicláveis é essencial para efetivação da limpeza urbana (inciso IV, artigo 42,
subseção XII, seção II, capítulo III da Lei 1.009).
Entre as diretrizes para a limpeza urbana, destaca-se o incentivo de
estudos e pesquisas para buscar alternativas tecnológicas e metodológicas para
coleta, transporte e deposição final dos resíduos sólidos e prolongar a vida útil
dos aterros. Tem-se ainda, o incentivo para o controle de contaminação do lençol
freático nas áreas de aterro de resíduos industriais e sanitários (incisos V, VIII,
artigo 42, subseção XII, seção II, capítulo III da Lei 1.009).
192
_________________________________________________________________________
193
_________________________________________________________________________
194
_________________________________________________________________________
195
_________________________________________________________________________
7.2 - PROGNÓSTICO
São apresentadas, a seguir, as premissas que orientaram a análise
frente aos dois cenários básicos: “com o empreendimento” e “sem a retomada dos
finos da barragem”.
O estabelecimento de cenários, visando prognosticar as relações entre
a atividade minerária e os aspectos ambientais, estão condicionados às seguintes
premissas:
196
_________________________________________________________________________
197
_________________________________________________________________________
V
A Aproveitamento de um material antes descartado.
C
O N
T Aumento na recuperação do minério já extraído da mina no passado.
M
A
G Liberação de espaços já antropizados para outras utilizações.
O
E
Maior rendimento econômico para o empreendimento.
E N
M S Maior geração de empregos, serviços e tributos para o poder público.
P
R D
E E Aumento no trânsito interno de caminhões.
E S
N V
D Perda da vegetação plantada (taludes da barragem vegetados).
A
I N
M T Afugentamento da fauna.
E A
N G Aumento do nível de ruídos / poeiras.
T E
O N
Aumento na geração de esgotos sanitários.
S
198
_________________________________________________________________________
199
_________________________________________________________________________
200
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
201
_________________________________________________________________________
202
_________________________________________________________________________
limpeza/supressão.
Ressalta-se que o processo de redução dos habitats pode implicar na
limitação da circulação de elementos da fauna pelo local, tornando-os mais
vulneráveis, uma vez que a intervenção provocará uma redução na conectividade
entre as áreas de mata da região.
Trata-se de um impacto negativo, de pequena magnitude, que se
manifestará de forma constante, ao longo de toda a implantação e operação da
lavra da barragem, cessando com o término das obras e a reabilitação da área,
com incidência local e áreas de entorno, e avaliado como de média importância,
por interferir em uma área que está totalmente alterada de suas condições
naturais, com pouquíssima presença de flora e fauna.
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
203
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
204
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
205
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Efeito
Constante AID - Efeito
permanece Efeito de
Manifestação restrito a área
2 Média 3 1 3 após o fim da 2 média
contínua do de lavra da
vida útil da importância
efeito barragem
lavra
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Efeito
Constante AID - Efeito
permanece Efeito de
Manifestação se estende
2 Média 3 2 3 após o fim da 1 pequena
contínua do pelas áreas de
vida útil da importância
efeito entorno
lavra
206
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
207
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Efeito
Constante AID - Efeito
permanece Efeito de
Manifestação se estende
2 Média 3 2 3 após o fim da 3 grande
contínua do pelas áreas de
vida útil da importância
efeito entorno
lavra
208
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
209
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
210
_________________________________________________________________________
sucatas, filtros usados, além daqueles usuais, tais como embalagens plásticas ou
metálicas de óleos lubrificantes, além de papel, papelão e outros.
Como os serviços de manutenção serão efetuados na oficina central da
mina, com capacidade para absorver esta demanda adicional, este tipo de
impacto praticamente não existirá especificamente para esta obra. O impacto será
apenas ligeiramente aumentado junto da oficina mecânica existente.
Este impacto é considerado como um direto, adverso, reversível e de
pequena magnitude e importância.
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
212
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Efeito
Constante AID - Efeito
permanece Efeito de
Manifestação se estende
2 Média 3 2 3 após o fim da 3 grande
contínua do pelas áreas de
vida útil da importância
efeito entorno
lavra
213
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
214
_________________________________________________________________________
215
_________________________________________________________________________
Magnitude (M) Frequência (F) Abrangência (A) Duração (D) Importância (I)
Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição Peso Descrição
216
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217
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218
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219
_________________________________________________________________________
220
_________________________________________________________________________
Deve-se atentar para que logo na fase inicial de retomada dos finos
seja exercido um controle de drenagem específico para evitar fugas indesejáveis
relacionadas às primeiras movimentações de terra, evitando a possibilidade de
ocorrência de contaminações episódicas dos cursos hídricos mais próximos, pelo
carreamento de sólidos.
Conforme antes descrito, o dispositivo básico de drenagem será a
abertura de uma vala do lado de dentro da bacia de finos, criando um vazio para
onde serão drenadas as águas do próprio pacote sobrejacente e encaminhadas
as águas pluviais incidentes na superfície da bacia da barragem.
A vala será afundada a cada nova fatia a ser lavrada, de modo a deixar
sempre o desnível projetado.
O vertedouro da barragem, sob a forma de canal superficial construído
na ombreira esquerda da estrutura, será rebaixado a cada posição da vala, de
modo a permitir o transbordo das águas de maneira eficiente, ou seja, em fluxos
moderados e praticamente isentos de sólidos em suspensão.
221
_________________________________________________________________________
222
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230
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231
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232
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10 - DESCOMISSIONAMENTO
A empresa já conta com um plano de descomissionamento que
contempla a solução de desativação criteriosa de toda a Mina do Córrego Fundo,
envolvendo áreas de lavra, planta de beneficiamento, pilhas de estéril, barragem
de rejeitos, instalações de apoio, bem como todas as suas áreas impactadas.
Vale ressaltar que a empresa programa atualizar este plano de
descomissionamento a cada quatro (4) anos, devido à dinâmica própria da
atividade minerária, notadamente de minério de ferro. Esta frequência foi
programada em virtude do tempo de validade de sua licença de operação, que
tem de ser submetida ao processo de revalidação a cada quatro (4) anos.
Entende-se que estes momentos serão propícios para reavaliação do programa
de descomissionamento da mina.
233
_________________________________________________________________________
11 - CONCLUSÃO
Conforme pôde ser verificado na avaliação de impactos, o
empreendimento tem pequeno potencial de modificação do meio, em termos
negativos, embora os impactos positivos, decorrentes do aproveitamento de
grande massa de material que antes foi descartada, sejam muito interessantes.
Mesmo no caso dos impactos ambientais negativos, estes são
decorrentes principalmente das operações das máquinas, podendo ser
perfeitamente controlados e minimizados.
A iniciativa em si, após o término da obra, representa um apelo
fortemente positivo em termos ambientais. Trata-se simplesmente da eliminação
de uma barragem com grande massa de rejeitos finos acumulados por décadas,
com água incorporada, representando sempre um risco de rompimento, o qual
traria consequências ambientais altamente negativas sobre a drenagem, flora e
fauna da bacia de jusante.
A superfície deixada com esta barragem, após o fim de sua operação,
coberta por finos de minério, não suporta uma vegetação de maior porte,
deixando sempre um vazio na vegetação deste local.
A substituição futura desta barragem por uma pilha de estéril/rejeito
implica em ganhos nos aspectos de segurança e de recuperação do meio
ambiente, devido aos seguintes aspectos:
- A pilha é sempre mais segura (estável) que a barragem, por sua
geometria e quantidade reduzida de água;
- A pilha permite uma melhor drenagem do substrato do terreno
ocupado;
- Os taludes e, principalmente, superfícies das bermas e patamar final
da pilha comportam uma maior camada de solo e, consequentemente, melhores
condições de vegetação, incluindo espécies arbóreas, podendo até mesmo
chegar próximo à vegetação do entorno, para maior integração paisagística
futura.
234
_________________________________________________________________________
Considerando-se que:
Os impactos ambientais associados ao empreendimento são
plenamente mitigáveis pela adoção de medidas simples, que em
grande parte já constam do dia a dia do empreendimento;
A área a ser trabalhada encontra-se totalmente antropizada pela
formação da barragem;
A eliminação de uma estrutura com grande potencial de riscos
ambientais futuros;
A grande relevância dos impactos positivos, associados a
garantia de continuidade operacional do empreendimento,
contribuindo para o desenvolvimento do município de Itatiaiuçu;
Trata-se de um empreendimento fundamental para a
continuidade dos trabalhos de lavra/beneficiamento do minério
desta mina, que, tem pouca disponibilidade de espaços para
dispor seus estéreis e rejeitos.
___________________________________
Geomil – Serviços de Mineração Ltda
235
_________________________________________________________________________
12 - BIBLIOGRAFIA
AMORIM FILHO, O. B. - 1996 - Topofilia, topofobia e topocídio em Minas Gerais. In: DEL
RIO, Vicente.; OLIVEIRA, Lívia (Org.). Percepção ambiental: a experiência brasileira,
São Carlos: UFSCar, p. 139-154.
DRUMMOND, G. M,et al. 2005 - Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua
conservacão/ 2. ed - Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas, 222 p.
236
_________________________________________________________________________
IBGE - (Rio de Janeiro, RJ). Carta do Brasil. Folhas de Igarapé e Brumadinho – MG. Rio
de Janeiro, 1977. Mapa topográfico. Escala 1: 50.000.
JOLY, AILTON B. - 1978 - “Botânica: Introdução à Taxonomia Vegetal”. São Paulo: Ed.
Nacional.
RUSCHI, A . - 1986 - Aves do Brasil- Chaves Artificiais e Analíticas. -VOL. II. São Paulo:
Ed. Nacional.
237
_________________________________________________________________________
238
46º 45º 44º
N
B rasília
19º 19º
20º
20º
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA
1
2
12
3
5
4
11
MESORREGIÕES
1 - NORTE DE MINAS 7 ZONA DA MATA
21º 21º
1 6
2 2- JEQUITINHONHA 8 OESTE DE MINAS
8
3 3 - VALE DO MUCURI 9 SUDOESTE DE MINAS
7
4 4 - VALE DO RIO DOCE 10 CAMPO DAS VERTENTES 10
9
5 5 - CENTRAL MINEIRA 11 TRIÂNGULO MINEIRO
12 NOROESTE DE MINAS
6 6 - METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
RODOVIAS AERÓDOMOS
494 FEDERAL HOMOLOGADO PELO DAC
Titular: Projeto:
260 ESTADUAL SÍMBOLOS DE CIDADES ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
EM DUPLICAÇÃO Acima de 100.000 habitantes RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
PAVIMENTADA Até 100.000 habitantes
Título:
ESTRADA MUNICIPAL Distrito
FERROVIA Povoado
MAPA DE LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
33
DISTÂNCIA EM Km
0 15.000 30.000 45.000 60.000(m) Substância: Local: MINA DO CÓRREGO FUNDO
MINÉRIO DE FERRO Município / UF:
ITATIAIUÇU / MG
46º 45º 44º Escala: RT:
Fonte: Mapa Rodoviário do Estado de Minas Gerais - Esc. 1:1.500.000 - DER/2010 1: 1:500.000 Márcio Célio Rodrigues da Silva
Géologo - CREA/MG 43.136/D
560000 562000 564000 566000
7778000
7778000
7776000
7776000
830316/1979
7774000
7774000
13845/1967
BARRAGEM DE REJEITOS
OBJETO DE LAVRA
7772000
7772000
7770000
7770000
µ
PLANTA DE SITUAÇÃO
TÍTULO:
7773800
7773800
7773600
7773600
µ
BARRAGEM DE REJEITOS
OBJETO DE LAVRA
7773400
7773400
0 50 100 200 300
Metros
7773200
7773000
7773000
7772800
7772800
Titular: PROJETO:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
7772600
7772600 TÍTULO:
BARRAGEM DE REJEITOS EM IMAGEM DE SATÉLITE
SUBSTÂNCIA: LOCAL: MINA DO CÓRREGO FUNDO
MINÉRIO DE FERRO MUNICÍPIO/UF: ITATIAIUÇU / MG
ESCALA: RT:
562800 563000 563200 563400 563600 563800 1:5.000 Márcio Célio Rodrigues da Silva
Géologo - CREA/MG 43.136/D
557000 560000 563000 566000 569000 572000
830316/1979
MINERITA
COMISA
MMX
µ
7774000
7774000
13845/1967
ARCELLORMITAL
BARRAGEM DE REJEITOS
USIMINAS OBJETO DE LAVRA
Legenda
LIMITE DA BACIA DO CÓRREGO MOTA
LIMITE BACIA RIO VELOSO
SEDE MUNICIPAL
USIMINAS !
.
7771000
7771000
" DISTRITO
BR 381
Processos DNPM
830316/1979
7768000
7768000
SOUSA
"
81
ITATIAIUÇU
3
BR
!
. 13845/1967
7765000
7765000
SANTA TERESINHA DE MINAS
"
7762000
7762000
0 500 1.000 2.000 3.000 4.000
Metros
TITULAR: PROJETO:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
RIO MANSO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
7759000
7759000
TÍTULO:
!
. BACIA DO RIO VELOSO EM IMAGEM DE SATÉLITE
SUBSTÂNCIA: LOCAL: MINA DO CÓRREGO FUNDO
MINÉRIO DE FERRO MUNICÍPIO/UF: ITATIAIUÇU / MG
ESCALA: RT:
557000 560000 563000 566000 569000 572000 1:50.000 Márcio Célio Rodrigues da Silva
Géologo - CREA/MG 43.136/D
560500 561000 561500 562000 562500 563000 563500 564000 564500 565000
7775000
7775000
830316/1979
7774500
7774500
7774000
7774000
13845/1967
7773500
7773500
BARRAGEM DE REJEITOS
Legenda
OBJETO DE LAVRA
DRENAGENS MOTA
BACIA MOTA
7773000
7773000
Processos DNPM
830316/1979
7772500
7772500
13845/1967
7772000
7772000
7771500
7771500
7771000
7771000
0 250 500 1.000 1.500 2.000
Metros
7770500
TITULAR: PROJETO:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
TÍTULO:
7770000
7770000
BACIA DO CÓRREGO MOTA EM IMAGEM DE SATÉLITE
SUBSTÂNCIA: LOCAL: MINA DO CÓRREGO FUNDO
MINÉRIO DE FERRO MUNICÍPIO/UF: ITATIAIUÇU / MG
ESCALA: RT:
560500 561000 561500 562000 562500 563000 563500 564000 564500 565000 1:15.000 Márcio Célio Rodrigues da Silva
Géologo - CREA/MG 43.136/D
562000 562500 563000 563500 564000 564500 565000
P P CU CU P
PS
P
µ
CE
CE
FESD
P
PS
SF CE P
7775000
7775000
FESD
PS FESD
CE
MN
CE
CE
7774500
7774500
CR Legenda
Processos DNPM da ArcelorMittal Mineração Serra Azul S.A.
CE
Uso e Ocupação e Tipologias Vegetais
FESD - Floresta Estacional Semidecidual
MN - Áreas de Extração Mineral
SF - Sítios e Fazendas
7774000
7774000
P - Pasto
CE PS - Pasto Sujo
MN CACE
CE - Cerrado
CR - Campo Rupestre
CE
CE
CE MN
Processos DNPM
FESD
CACE
7773500
7773500
830.316/1979
13.845/1967
MN
PS
7773000
7773000
P CE
FESD
BARRAGEM DE REJEITOS
OBJETO DE LAVRA
CE
CE
FESD
7772500
P FESD Projeção: Universal Transversa de Mercator -UTM, Fuso:23K,
Datum: South American Datum 1969 -SAD69,
Meridiano Central 45º W.Gr.
PS
P
PS
TITULAR: PROJETO:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
P
7772000
7772000
CE RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA
CE TÍTULO:
MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
FESD
CE PS SUBSTÂNCIA: LOCAL: MINA DO CÓRREGO FUNDO
P P
FESD
MINÉRIO DE FERRO MUNICÍPIO/UF: ITATIAIUÇU / MG
P P ESCALA: RT:
562000 562500 563000 563500 564000 564500 565000 1:10.000 Pablo Luiz Braga
Eng. Florestal CREA MG 79.320/D
MATRIZ DAS AÇÕES X IMPACTOS AMBIENTAIS
(SEGUNDO MODELO DE LEOPOLD, 1971)
Manutenção do Nível de Empregos; Incremento no Programa de Absorção e Capacitação de Mão de Obra Local; Programa de
Positivo 2 3 3 2 3 108 Muito Alto
setor de serviços. Gestão de Apoio à Infraestrutura Municipal
TRANSPORTE DE MATERIAL
Medidas de Proteção à Fauna; Controle Ambiental do Canteiro de obras ;
Aumento no Trânsito Interno; Alteração da Qualidade do Manutenção uma Boa Qualidade na Estrada Barragem / ITM; Programa de
Afugentamento da Fauna Negativo 2 3 3 2 3 108 Mutio Alto
Ar; Geração de Ruídos e Vibrações. Manutenção Veicular; Controle das emissões atmosféricas; Programa de
Prevenção de Acidentes.
Manutenção do Nível de Empregos; Incremento no Programa de Absorção e Capacitação de Mão de Obra Local; Programa de
Positivo 3 3 2 2 3 108 Muito Alto
setor de serviços; Aproveitamento mineral. Gestão de Apoio à Infraestrutura Municipal
Programa de Monitoramento Hídrico; Programa de Monitoramento/Controle
OPERAÇÃO DA ITM Alterações sobre a Topografia ; Alteração da Qualidade de de Efluentes; Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar; Medidas de
Afugentamento da Fauna; Aumento da Atividade Águas; Aumento no Trânsito Interno; Alteração da Proteção à Fauna; Implantação de Sistema de Drenagem; Programa de
Alterações e Perdas de Qualidade Ambiental Negativo 2 3 2 2 3 72 Alto
Predatória; Qualidade do Ar; Geração de Ruídos e Vibrações; Gerenciamento de Resíduos Sólidos; Controle das emissões atmosféricas;
Geração de Resíduos Sólidos. Programa de Prevenção de Acidentes; Programa de Educação Ambiental
voltado para o Relacionamento com as Comunidades .
Manutenção do Nível de Empregos; Incremento no
Programa de Absorção e Capacitação de Mão de Obra Local; Programa de
setor de serviços; Manutenção / incremento na Positivo 3 3 3 2 3 162 Muito Alto
Gestão de Apoio à Infraestrutura Municipal
UTILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA Arrecadação Pública.
Programa de Monitoramento Hídrico; Programa de Monitoramento/Controle
Alteração da Qualidade de Águas Negativo 2 3 2 2 3 72 Alto
de Efluentes.
Manutenção do Nível de Empregos / incremento na Programa de Absorção e Capacitação de Mão de Obra Local; Programa de
Positivo 3 3 3 2 3 162 Muito Alto
Arrecadação Pública Gestão de Apoio à Infraestrutura Municipal
COMERCIALIZAÇÃO OU TRANSFERÊNCIA DO
MINÉRIO DE FERRO
Negativo 0