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Arlindo Mucavel
Avelino Macheque
Bernância Nhabinde
Constância Simbine
Emerson Mondlane
Marta Chambale
Minélio Chemane
Reforma Religiosa
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
Alocha Langa
Arlindo Mucavel
Avelino Macheque
Bernância Nhabinde
Constância Simbine
Emerson Mondlane
Marta Chambale
Minélio Chemane
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
Índice
1. Introdução.........................................................................................................................4
1.1. Objectivos......................................................................................................................4
1.1.3. Metodologia...........................................................................................................4
2. A pré-reforma....................................................................................................................5
3. A REVOLUÇÃO PROTESTANTE.................................................................................5
5. Os grandes reformadores................................................................................................10
5.1. Vida..........................................................................................................................10
5.4. Vida..........................................................................................................................13
5.5. Doutrina...................................................................................................................13
8. Conclusão........................................................................................................................17
9. Bibliografia.....................................................................................................................18
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Analisar os factores que podem ser considerados os indicadores da existência da reforma
protestante.
1.1.2. Objectivos Específicos
Identificar os precursores da Reforma Protestante.
Descrever as causas que tenham contribuído para a Reforma.
Mencionar as principais Igrejas que tenham surgido devido a Reforma Protestante.
1.1.3. Metodologia
1
Paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação
que contradiz a intuição comum. Ou pode ser o oposto do que alguém pensa ser a verdade.
2. A pré-reforma
Antes da reforma protestante existiu uma pré-reforma que tem seus precursores bem antes da
grande reforma que foi levado acabo por Lutero e Calvino. Antes destes dois existiram autores
como Mestre Eckhart, Henrique Suso e João Tauler, que viveram todos no século XIV esses que
foram considerados primeiros reformadores. (Burns Edward, 1948, p. 562)
Por mais de dois séculos antes de Lutero, tinha sido o misticismo 2 uma das mais populares
formas de expressão religiosa na Europa setentrional. Não é por mera casualidade que a grande
maioria dos místicos foram alemães ou naturais dos Países-Baixos. A fé e uma profunda piedade
conseguiriam maiores maravilhas em reconciliar o pecador com Deus do que todas as missas do
calendário da igreja. A par dos místicos, certo número de reformadores pré-reforma exerceram
considerável influência no preparo do terreno para a Revolta Protestante. No fim do século XIV,
um professor de Oxford chamado João Wyclif lançou contra o sistema católico um ataque que
antecipou em grande parte as fulminações de Lutero e Calvino. Denunciou a imoralidade do
clero, condenou as indulgências e o poder temporal da igreja, recomendou o matrimónio dos
sacerdotes, insistiu na autoridade suprema das Escrituras como fonte de fé e negou a
transubstanciação, embora admitisse, como Lutero mais tarde, que Cristo está de facto presente
no pão e no vinho. (Idem)
3. A REVOLUÇÃO PROTESTANTE
Segundo Burns Edward (1948, p. 555) afirma que A Revolução Protestante precedeu de
múltiplas causas, grande número das quais relacionadas com as condições políticas e económicas
da época. Nada menos exacto do que julgar a revolta contra Roma um movimento
exclusivamente religioso. Se não fossem as mudanças políticas essenciais ocorridas na Europa
setentrional e o desenvolvimento de novos interesses económicos, possivelmente o catolicismo
romano não teria sofrido mais do que uma evolução gradual, talvez de acordo com os
ensinamentos da Renascença cristã3. Não obstante, sendo as causas religiosas as mais evidentes,
cumpre tratar delas em primeiro lugar.
2
É a busca da comunhão com uma verdade espiritual que é realizada por meio de experiência directa ou
intuição.
3
Foi um movimento quase completamente independente da Revolução Protestante, que será discutida no próximo
capítulo. Os chefes da Renascença cristã eram, em geral, humanistas e não protestantes. Alguns deles nunca
desertaram a fé católica; seu objectivo era purificar essa fé no que ela tinha de mais essencial, e não destruí-la.
Para a maioria dos primeiros adeptos de Lutero, o movimento por ele desencadeado valia
principalmente como uma rebelião contra os abusos da igreja católica. (Ibid., p.556)
Por exemplo, muitos dos clérigos4 romanos eram incrivelmente ignorantes. Alguns, tendo
obtido a posição por meios irregulares, eram incapazes de entender o latim da missa que deviam
celebrar. (Burns Edward, 1948, p. 556)
Havia até casos de padres que não sabiam recitar o pai-nosso em língua alguma. Além disso,
grande número de clérigos levava vida escandalosa. Ao passo que alguns papas e bispos viviam
numa magnificência principesca, os padres humildes procuravam aumentar as rendas das suas
paróquias montando e mantendo tabernas, casas de jogos ou outros estabelecimentos lucrativos.
Foram os papas da Renascença, com a sua insaciável cupidez, os primeiros a iniciar a venda
de indulgências5 como negócio lucrativo; e os métodos que empregavam não eram nada
escrupulosos. O comércio de "perdões" passava muitas vezes para as mãos de banqueiros que os
negociavam à base de comissão. Como exemplo, podemos citar os Fuggers, de Augsburgo, que
se encarregava de vender indulgências para Leão X, com a permissão de embolsar um terço da
receita. O único objectivo do negócio era, naturalmente, angariar tanto dinheiro quanto fosse
possível. Em consequência, os agentes dos banqueiros iludiam os ignorantes fazendo-lhes crer
que as indulgências eram passaportes para o céu. (Idem)
Durante séculos, antes da Reforma, a veneração de relíquias sagradas 6 tinha sido um
elemento importante do culto católico. Acreditava-se que os objectos usados por Cristo, pela
Virgem e pelos santos possuíssem uma milagrosa virtude curativa ou protectora para qualquer
pessoa que os tocasse ou lhes chegasse perto. Era inevitável, porém, que tal crença desse ensejo a
inúmeras fraudes. Tornava-se fácil convencer camponeses supersticiosos de que qualquer lasca
de madeira velha era um fragmento da verdadeira cruz. (Burns Edward, 1948, p. 558)
É convicção dos autores modernos, no entanto, que os abusos da igreja católica não foram as
causas primárias da Revolução Protestante. Essas condições tinham mesmo começado a
melhorar pouco antes do início da revolta. Muitos católicos piedosos haviam espontaneamente
iniciado a agitação em prol de uma reforma que, com o tempo, viria por certo eliminar a maioria
dos males notórios do sistema. Mas, como amiúde acontece em se tratando de revoluções, o
4
Sujeito que faz parte da classe eclesiástica; cristão que exerce o sacerdócio.
5
Qualidade que uma pessoa que tem facilidade em perdoar os erros cometidos por outros indivíduos.
6
É parte do corpo de um santo ou objectos que estiveram ou foram usados por estes, aos quais os católicos,
prestam veneração ou reverência.
remédio viera muito tarde. Outras forças de índole mais irresistível haviam, aos poucos, tomado
impulso. (Idem)
Entre essas forças de natureza religiosa avultava a reacção crescente contra a filosofia do fim
da Idade Média, com a sua sutil teoria dos sacramentos, a sua crença na necessidade das boas
obras para suplementar a fé e a sua teoria da autoridade divina delegada aos padres. (Idem)
Burns Edward (1948, p. 560) afirma que A Revolução Protestante foi, em larga medida, uma
rebelião contra o segundo desses sistemas de teologia. Ainda que as doutrinas de Pedro
Lombardo e S. Tomás de Aquino se tivessem incorporado à teologia oficial da igreja, nunca
foram universalmente aceitas. Aos cristãos educados sob a influência agostiniana, davam a
impressão de diminuir a soberania de Deus e contradizer os claros ensinamentos de Paulo,
segundo os quais a vontade do homem é escrava e a sua natureza, indescritivelmente vil. Pior
ainda, na opinião desses críticos, era o facto de que a nova teologia fortalecia muitíssimo a
autoridade do clero. Em suma, o que os reformadores queriam era a volta a um cristianismo mais
primitivo do que aquele que predominava desde o século XIII. Inclinavam-se fortemente a
rejeitar qualquer doutrina ou prática que não fosse expressamente sancionada pelas Escrituras,
em especial pelas Epístolas Paulinas, ou que não fossem reconhecidas pelos Padres da Igreja. Por
esse motivo, condenavam não apenas a teoria do sacerdócio e o sistema sacramental da igreja,
mas também certos aditamentos medievais à fé, tais como o culto da Virgem, a crença no
purgatório, a invocação dos santos, a veneração das relíquias e a regra de celibato do clero.
Embora seja certo que Lutero ridicularizou a veneração das relíquias como uma forma de
superstição, no fundo os primeiros protestantes encaravam a razão com mais desconfiança ainda
do que os próprios católicos. Seu ideal religioso repousava nos dogmas agostinianos do pecado
original, da depravação total do homem, da predestinação e da escravidão da vontade – dogmas
que eram certamente mais difíceis de justificar com base na razão do que os ensinamentos
liberais de S. Tomás. (Ibid., p. 561)
Politicamente Burns Edward (1948, p. 562) deixa claro que a Revolta Protestante resultou
principalmente de duas causas:
Primeiro, a formação de uma consciência nacional no norte da Europa; e,
O aparecimento de governos despóticos7.
Por exemplo em 1438, uma lei decretada pelo rei da França. A lei francesa, conhecida como
a Pragmática Sanção de Bourges, abolia praticamente toda autoridade papal no país, inclusive o
poder de fazer nomeações e o direito de cobrar tributos. Transferiu-se aos magistrados civis o
poder de regular os assuntos religiosos nos seus distritos. Um decreto posterior estabeleceu a
pena de morte para qualquer agente do papa que introduzisse no país uma bula em contradição
com a Pragmática Sanção. (Ibid., p. 563)
3.3. Causas económicas
8
Aborrecidos.
9
Os que distanciam-se do conforto.
Em primeiro lugar, temos o facto de se encontrar a Alemanha numa situação de certo
atraso em relação à maioria dos demais países da Europa ocidental. Tinha sido tocada
apenas de leve pela Renascença e era ainda muito forte ali a herança da Idade das Trevas.
Em segundo lugar, a Alemanha era, em maior escala do que outras regiões, vítima dos
abusos católicos.
4. Consequências da Reforma Protestante
5.1. Vida
Segundo Tourault Philippe (1996, p. 203), Lutero, nascido na Turingia, em Eisleben, era
filho de um menor. A 2 de Julho de 1505, quando percorria sozinho a estrada de Erfurt, eclodiu
uma violenta tempestade. O raio caiu próximo dele. Fez então um voto a Santa Ana de ir para
monge se saísse dali ileso. Julgou ver no raio um chamado de Deus.
Em 1517, publicou noventa e cinco (95) teses em latim para manifestar a sua posição a
indulgencia promulgada em 1515 por Leão X, para a construção da basílica de São Pedro em
Roma. Lutero atacou o Papa usurário. Denunciou sobretudo a ameaça que a decisão pontifical
fazia pairar sobre a importância do Evangelho, verdadeira “palavra de Deus”. (Idem)
As suas teses foram enviadas a Roma pelo Arcebispo de Moguncia. Em 1518, o monge
Agostinho enviou as justificações dos seus escritos do ano anterior acompanhadas de uma carta
do Leão X. Lutero sabia que podia contar com a protecção de um homem poderoso, o eleito da
Saxónia, Frederico, o Sábio. (Idem)
Roma não foi a única a condenar o Agostinho. O imperador Carlos V convocou a Dieta em
Worms, em 1521 para obter a sua retratação, mas Lutero recusou desdizer-se. A 26 de Maio, o
Edito de Worms declarou a sua explosão do império. A partir de agora, poderia ser aprisionado e
entregou ao imperador. Mas a partir de 4 de Maio, os enviados de Frederico, o Sábio,
conduziram Lutero ao Castelo de Wartburg, propriedade do eleitor. Não voltara a ser
incomodado ate a sua morte. (Idem)
Para Lutero, o homem é, depois do pecado original, basicamente um pecador. Na sua busca
desfeada, Lutero faz uma descoberta capital para ele “o homem é justificado pela fé”. A leitura
dos escritos de Agostinho reforçou a sua crença na justificação pela fé, que é para si um princípio
fundamental: ela e só ela nos pode tornar justos e assegurar a nossa salvação. (Idem)
A fé pressupõe a omnipotência de Deus, uma vez que é a Obra de Deus e não do Homem. O
Erasmo, quem, tinha uma filosofia optimista sobre o homem e que, em 1524, defendia o livre
-arbítrio, respondeu o reformador como o “servo - arbítrio” no ano seguinte: não existe
efectivamente liberdade para o homem. Esta posição pessimista será retomada mais tarde por
Calvino e radicalizada. (Tourault Philippe, 1996, p. 206)
Existe um princípio na doutrina Luterana. Os Cristãos são iguais pelo baptismo e, portanto,
são todos padres, fazendo efectivamente parte do estado eclesiástico. O reformador professa,
assim, o sacerdócio Universal de todos os crentes, sem, no entanto, negar qualquer hierarquia. A
autoridade da Bíblia única bíblia – constituía uma terceira parte do “credo” Luterano. Lutero
refuta a autoridade espiritual do Papa e da igreja. (Idem)
Segundo Tourault Philippe, (1996, p. 207) O êxito dos princípios Luteranos foi muito rápido
na Alemanha. Para os padres a adesão a Reforma significava uma vida menos austera e mais
fácil, uma vez que podiam casar-se. Lutero encontrou inúmero adeptos entre os Burgueses das
cidades que, mais cultos do que a população rural, estavam mais receptivos a nova religião. Em
1530, Carlos V recusou todas as propostas não católicas, entre as quais as apresentadas pelo
humanista Filipe Melancton, grande discípulo de Lutero, com a concordância deste.
Deste modo, em 1555, a Alemanha estava dividida oficialmente em duas religiões, o que
Carlos V teria pretendido evitar. Dois terços tinham se aliado ao protestantismo. (Idem)
5.4. Vida
Segundo Tourault Philippe, (1996, p. 209) João Calvino, nascido em Noyon, na Picardia,
provinha de uma família de burguesia recente. Quando estudou em Paris, Orleães e Burges,
adquiriu fortes conhecimentos nas letras clássicas. Teve, sobretudo, ocasião de entrar em
contacto com o luteranismo.
Dirigiu-se a Genebra e por lá ficou de 1536 a 1538. Ali, arrogou-se poderes civis e religiosos
que o tornaram odioso aos olhos da população. Em Abril de 1538, os Conselhos genebrinos
expulsaram-no. Após uma permanência em Estrasburgo de 1538 a 1541 foi chamado novamente
a Genebra. (Idem)
5.5. Doutrina
Segundo Tourault Philippe, (1996, p. 210) Calvino criou quatro tipos de ministros:
Carpentier e Lebrun (2002, p. 222) afirmam que em 1534, o rei da Inglaterra, Henrique VIII
(1509-1547), rompeu com o papado que se recusara a reconhecer-lhe o divórcio e proclamou-se
chefe supremo da igreja de Inglaterra. O reino inclinou-se para o calvinismo; em contrapartida, a
meia-irmã deste, Maria católica fervorosa, reconciliou a Inglaterra com Roma em 1554 e casou
com Filipe, futuro rei de Espanha. Em 1558, morta Maria, o trono de Inglaterra passou para sua
meia-irmã Isabel. O longo reinado desta (1558-1603) ficou assinado pela instalação do
anglicanismo e pelo desenvolvimento económico do reino.
10
O termo no sentido exposto significa amaldiçoar.
Artigos. A liturgia e a hierarquia mantinham-se próximas de catolicismo, mas o dogma era
nitidamente calvinista: justificação pela fé, autoridade exclusiva da bíblia e rejeição dos
sacramentos com excepção de dois, o baptismo e a ceia. Excomungada pelo papa em 1570, a
rainha decidiu-se a ratificar a declaração dos trinta e nove artigos e a iniciar as perseguições aos
seus opositores - os calvinistas dito puritanos e, principalmente, os católicos. A partir de 1570,
os papistas foram considerados traidores potenciais. A política anti-inglesa de Filipe II e as
conjuras tecidas em redor de Maria Stuart contribuíram para alimentar na opinião corrente a
obsessão de uma conspiração romana. A rainha da Escócia, Maria Stuart, católica, fora expulsa
do seu reino pelos súbditos, convertidos ao protestantismo, e refugiara-se em 1568 junto de sua
prima Isabel; mas esta acabou por mandar prende-la e fê-la depois condenar a morte e executar,
por alta traição, em 1587. Os irlandeses opunham-se à introdução do anglicanismo na sua ilha.
(idem)
Martinho Lutero, (1483-1546), que tinha estudado direito, juntou-se a ordem dos
Agostinhos em 1505 e foi ordenado em 1507. A sua ordem enviou-o para a Universidade de
Vitemberga para ensinar filosofia moral, onde em 1511 já era Doutor em Teologia e professor de
Estudos Bíblicos. 7 anos mais tarde em 1517, Lutero afixou na porta da igreja do castelo as suas
95 teses que atacavam a venda de indulgências, a procuração da igreja com as possessões
materiais e contrastando essas pertenças matérias com a sua verdadeira riqueza, o Evangelho.
Lutero acusou a igreja de Pelagianismo 11 de que o indivíduo era capaz de entrar em contacto com
Deus pelos seus leitos e ser aceite por Ele com base nesses. Lutero acreditava que uma vez que
era necessária uma relação directa entre Deus e cada indivíduo, não havia necessidade de
intermediários, tais como a Nossa Senhora Virgem Maria como mediadora, os Santos como
intercessores ou os sacerdotes como Padres (Idem).
Lutero com as suas teses arriscou-se a morte, contudo ele viveu mais 20 anos. Uma
pergunta pode emergir, porque não Lutero teria queimado como muitos outros hereges 12 antes
dele? E porque a ameaça de excomunhão ter caído? As respostas encontram-se na situação
política de então. O Papa com a morte do Imperador Romano Maximiliano I, não querendo que o
seu sucessor fosse Carlos, o Rei da Espanha, procurou apoio de príncipes alemães, ao mesmo
tempo Carlos procurou o apoio dos mesmos príncipes também. Contudo estes já estavam
insatisfeitos com a estrutura do Império e os seus papéis nela, nomeadamente o humanista e o
eleitor da saxónia Frederico, o sábio. Queixava-se nomeadamente, do falhanço no
aproveitamento das instituições Impérias e demonstrou esse descontentamento apoiando Lutero.
Foram vários os príncipes que ignoraram a proscrição de Carlos em relação a Lutero depois
daquele ter-se tornado Imperador. Frederico, deu-lhe Guarida no seu castelo de Vaterburgo
(Ibid., 148).
8. Conclusão
11
Foi um conceito teológico que negava o pecado original
12
Nome que se dá ao individuo que professa uma heresia, ou seja, que questiona certas crenças estabelecidas
por uma determinada religião.
Com a presente pesquisa chegou-se a conclusão que a reforma protestante foi a grande
transformação religiosa da época moderna, pois rompeu a unidade do Cristianismo no Ocidente,
no século XVI a igreja católica teve seu poder político e espiritual contestado. Num momento em
que várias mudanças sociais, económicas e culturais ocorriam na Europa, o poder da Igreja já
não representava os anseios, principalmente, da nobreza e da emergente burguesia. Membros da
própria igreja como Martinho Lutero propuseram uma ampla reforma religiosa, que deu origem
as religiões protestantes. Também não se pode deixar de lado a influência do renascimento
cultural, no sentido de romper com o monopólio cultural exercido pela Igreja Católica na idade
média. O renascimento teve efeito de possibilitar a aceitação de conceitos e de visões de mundo
diferentes daqueles impostos pela igreja católica, ao quebrar o quase monopólio intelectual que a
igreja exercia na idade média.
Num certo aspecto, as reformas protestantes são filhas do renascimento e representaram,
como este uma adequação de valores e de concepções espirituais as transformações pelas quais a
Europa passava-nos campos económicos, social e cultural.
9. Bibliografia
ALCOCK, Antony, História Concisa da Europa Dos Gregos e Romanos à Actualidade, 4ª
Edição, Publicações Europa-America, LDA 2005.
TOURAULT, Philippe. História Concisa da Europa, Portugal, Publicações Europa – América,
1996.
CARPENTIER, Jean. Lebrun François. História da Europa, 3ª edição, Lisboa: Editora Estampa,
Lda, 2002.
BURNS, Edward McNALL. História da Civilização Ocidental, Volume I, 2ª Edição, São Paulo,
Editora Globo, 1948.
MIRANDA, Hermínio C. Candeias na noite escura, 5ª edição, São Paulo: Editora Atlas S.A.
2011.