Sei sulla pagina 1di 82

Tecnologia de Máquinas Agrícolas

Brasília-DF.
Elaboração

Felippe Eduardo Lima do Nascimento

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 6

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8

UNIDADE I
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS........................................................... 9

CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA............................................................................. 10

UNIDADE II
FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO................................................................................... 15

CAPÍTULO 1
CRITÉRIOS BÁSICOS AO DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA DE PRECISÃO........................... 16

UNIDADE III
TECNOLOGIA NA AGRICULTURA........................................................................................................... 20

CAPÍTULO 1
AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA AGRICULTURA......................................................................... 21

UNIDADE IV
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS.......................................................................... 23

CAPÍTULO 1
TECNOLOGIA E FERRAMENTAS DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS...................................................... 24

UNIDADE V
ELABORAÇÃO DE PLANOS DE MANUTENÇÃO....................................................................................... 56

CAPÍTULO 1
PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO......................................................................................... 57

UNIDADE VI
MÁQUINAS AGRÍCOLAS: TECNOLOGIAS DE PRECISÃO......................................................................... 61

CAPÍTULO 1
EQUIPAMENTOS DE PRECISÃO E CONTROLE............................................................................ 62

UNIDADE VII
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS................................................................................................................... 68
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS SOBRE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS.................................................................. 69

CAPÍTULO 2
SEGURANÇA E HIGIENE NAS ATIVIDADES AGRÍCOLAS.............................................................. 71

UNIDADE VIII
DIRECIONAMENTO DAS OPERAÇÕES GESTÃO DO AGRONEGÓCIO..................................................... 74

CAPÍTULO 1
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO AGRONEGÓCIO.................................................................. 75

UNIDADE IX
AVANÇOS TECNOLÓGICOS RECENTES................................................................................................. 77

CAPÍTULO 1
NOVAS TECNOLOGIAS............................................................................................................ 78

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 81
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos


conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da
área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que
busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica
impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

6
Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

7
Introdução
Caro aluno, o presente caderno vem apresentar de uma maneira geral os principais
assuntos que estão ligados de maneira direta ou indireta a temas que fazem parte da
nossa matéria em questão “Tecnologia de Máquinas Agrícolas”.

Nesse sentido vamos abordar inicialmente a evolução histórica de máquinas agrícola,


em seguida na unidade II os fundamentos da agricultura de precisão.

A proposta da apresentação era a diversificação dos assuntos de abrangência teórica e


geral, alternando com os assuntos que tratam de maneira mais específica de máquinas,
equipamentos e tecnologia, com uma proposta didática e menos cansativa possível.

Dando continuidade aos próximos temas: tecnologia na agricultura e tecnologia


mecânica de máquinas agrícolas, estão baseadas em assuntos específicos sobre as
formas de aplicação, principais ferramentas, algumas tecnologias embarcadas. Com
essas informações podemos então compreender alguns detalhes específicos sobre os
equipamentos agrícolas.

Posteriormente, temos exemplos sobre a elaboração e planejamento das manutenções


preventivas visando sempre à continuidade das atividades, minimizando falhas dos
equipamentos.

A agricultura de precisão precisa ter alguns equipamentos específicos para o controle do


processo que estão enumerados na unidade VI, e de uma forma bem simples e objetiva
estão os implementos agrícolas que atualmente trazem embarcados em seu processo de
fabricação tecnologia de controle e monitoramento do processo.

Outro tema importante é sobre a segurança e saúde das atividades agrícolas, na unidade
VII, temos elencado de forma sucinta a Norma NR 31. E por fim as duas últimas
unidades VIII e IX, respectivamente abordam temas como a importância da gestão
do agronegócio e os avanços tecnológicos no processo de cultivo, monitoramento e
controle da agricultura.

Objetivos
»» Compreender as principais tecnologias que são utilizadas na agricultura
de precisão.

»» Atentar às normas de segurança, saúde e higiene das atividades agrícolas.


8
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA INDÚSTRIA DE UNIDADE I
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Introdução
As primeiras informações e como foi possível desenvolver, projetar e fabricar os
equipamentos e implementos agrícolas aumentando consideravelmente a produtividade.
Com a redução da mão de obra e a valorização das commodities agrícolas, exigindo ainda
mais o aumento de produção sem abrir mão da preocupação com o disperdício, meio
ambiente, determinando em nosso país um novo conceito: a Agricultura de Precisão.

Temos a necessidade atual de conhecer novas tecnologias, novos equipamentos, novas


formas de agregar à agricultura o manejo sustentável para viabilizar e atender às
necessidades da população seja ela baseada ao fornecimento regional ou mundial,
as máquinas agrícolas somadas ao desenvolvimento tecnológico mostram resultados
expressivos na produção, qualidade, comércio e principalmente ao meio ambiente.

Esta unidade vem nos mostrar como surgiram as máquinas agrícolas, quais foram os
passos de sua evolução um dos pioneiros e principais equipamentos a sofrerem mudanças
foram os tratores e a importância da padronização da indústria de máquinas agrícolas.

9
CAPÍTULO 1
Evolução da mecanização agrícola

A mecanização da agricultura no início do século XIX, as máquinas consideradas por


alguns mera curiosidade, para outros luxo e por muitos uma calamidade social. Devido
às “necessidades dos tempos modernos” e após a II Guerra Mundial o desenvolvimento
da agricultura era um requisito básico em diversos países inclusive no Brasil.

As semeadeiras iniciaram o processo de mecanização chegando para esta forma de


plantio economiza-se 54,5 litros de sementes elevando assim a produtividade de sua
colheita em 10,5 hectolitros por hectares.

Para as colheitadeiras, inventadas na Inglaterra e Estados Unidos nos meados de 1780,


usadas após meio século depois. A Europa e Inglaterra deixam de ser o principal centro
técnico da agricultura entre os anos 1850 e 1870.

Considerada uma inovação, a máquina de descaroçar o algodão foi um dos principais


avanços no período que foi Eli Whitney. Outro grande momento em destaque está entre
os anos 1830 e 1860 com a criação das ceifadeiras e segadeiras, para feno, garantindo o
desenvolvimento de vários equipamentos de colheitas. Até esse momento o sucesso das
máquinas desenvolvidas dependiam apenas de tração animal para o seu funcionamento,
abrindo espaço para novas inovações, a Guerra Civil norte-americana impulsionou
uma grande mudança agrícola para conversão de tração humana e tração animal para
força mecânica.

Os tratores foram utilizados nos Estados Unidos, gerando o pioneirismo na aplicação de


máquinas, grandes trilhadoras, as colheitadeiras com capacidade de colher 12 hectares
de trigo e realizar todas as operações necessárias, todas elas movidas a vapor.

A mecanização não ficou limitada às grandes fazendas monoculturas, firmando-se no


começo do século de 1900 as vendas anuais nos Estados Unidos, incluindo exportações
chegando a 101 milhões de dólares, alcançados há 50 anos.

Evolução tecnológica dos tratores no


século XX
Foi em 1869 pela J.I. Case and Company data da criação do primeiro trator chamado
de Old no 1 e a partir deste momento a evolução continuou de forma cosntante até os
dias de hoje.

10
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE I

Figura 1. Evolução tecnológica das máquinas agrícolas no Brasil.

Fonte: Ricardo Malfitano.

O principal objetivo de um trator é fornecer potência para tracionar, empurrar, acionar e


transportar máquinas e implementos agrícolas de arrastos ou montados. Assemelha-se
às máquinas movidas a vapor, charrua, usada na agricultura, atigindo o seu auge em
1913, quando dez mil tratores foram fabricados.

Do primeiro trator à gasolina em 1892, manufatura de Froelich, Estados Unidos,


serviu como base para seus tratores no início do século. Em 1895, um novo projeto de
automóvel movido à gasolina projetado por Selden.

Figura 2. Trator Froelich movido à gasolina.

Fonte: <http://www.campsilos.org/excursions/grout/two/froelich_tractor_lg.ipg>

Até a Primeira Guerra Mundial, os tratores movidos à gasolina ou diesel eram muito
lentos, os fazendeiros norte-americanos, com apoio do governo, foram encorajados a
realizar uma forma de transição (mecanização), estimulando a produção evitando a
escassez de mão de obra e elevação dos preços dos produtos agrícolas.

O processo de montagem dos tratores até 1913 era completamente contínuo. Nesse mesmo
ano tentou-se implantar o primeiro processo de tratores em série. Com o desenvolvimento
de um sistema de acionamento de força foi desenvolvido, no qual os testes foram
bem-sucedidos em 1918, gerando potência na transmissão de força para diversos
implementos.
11
UNIDADE I │ EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

O primeiro grande trator com sucesso montado pela Ford foi lançado em 1917. O grande
destaque sobre a história desse trator estava na sua linha de produção, onde pela
primeira veze foi aplicado o modelo em série, objetivando a redução de custos.

Figura 3. Modelo Fordson.

Fonte:<http://www.sober.org.br/palestra/15/1208.pdf>

Mediante a vários esforços tecnológicos durante 10 anos aproximadamente, foi


desenvolvido um trator de uso geral, por volta de 1925. O Farmhall da International
Harvester, um trator adaptado a uma série de operações agrícolas.

Figura 4. Modelo Farmhall.

Fonte:<http://www.sober.org.br/palestra/15/1208.pdf>

A Jonh Deere, criou um trator “Modelo D”, entre os anos 1920 e 1924, com custos
menor em relação ao Fordson, sustentando-se até aos anos 1960.

Figura 5. Modelo D da John Deere.

Fonte: <http://www.sober.org.br/palestra/15/1208.pdf>

12
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE I

Nesse perído no modelo Lanz Bulldog, as rodas de ferro foram substituidas pela
pneumática de borracha, sua marca destacou-se em 1938. Com essa mudança os tratores
ganham mais equilíbrio e estabilidade, facilitando ainda mais sua operação em campo.

Este trator passou ser considerado como padrão máximo, o seu projeto básico original
manteve-se praticamente inalterado.

Figura 6. Modelo Lanz Bulldog.

Fonte: <http://www.sober.org.br/palestra/15/1208.pdf>

Em 1947, os tratores receberam uma nova inovação tecnológica com sistemas de “três
pontos” e do controle hidráulico remoto na operação com implementos.

Por meio de uma série de aperfeiçoamento e controles hidráulicos, os tratores conquistaram


uma melhoria significativa, essa evolução proporcionou melhores condições de trabalho,
o conjunto trator e implementos, chegando a ser considerado uma “revolução”.

Este sistema hidráulico, patentiado pela Feurguson em 1926, oferecendo adaptações aos
tratores do Estados Unidos em 1939, trazendo um novo conceito, o chamado montagem
integral, devido à valorização do conjunto de trator e implementos, o mecanismo de
engate e controle dos implementos trouxeram inovações importantes ao sistema.

A potência média dos tratores passou de 27 HP para 70 HP, e isso ocorreu entre os anos
de 1948 à 1968, o investimento no desenvolvimento de máquinas com potência ocorreu
devido ao crescimento do mercado europeu principalmente no período pós-guerra.

Padronização da indústria de
máquinas agrícolas
Quando se estabelece um padrão ajuda na contribuição para se evitar que se compre
“gato por lebre”, como se conhece popularmente. O padrão oferece um referencial que
possibilita o entendimento e a transação comercial entre os agentes envolvidos.

As máquinas agrícolas em meados dos anos de 1950 se deparam envolvidos em um


processo de convergências. O design do trator Ferguson, se mostrou importante e foi
adotado como padrão para outros fabricantes.

13
UNIDADE I │ EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Com a padronização e ampliação da gama dos produtos vendidos pelos fabricantes de


tratores, esse fenômeno permitiu maior integração da indústria no mundo, facilitando
o intercâmbio de componentes a nível mundial. Comitês e associações encarregados
de sugerir especificações formais para produtos como, por exemplo, dimensões,
componentes, sistemas de engate e posicionamento de peças.

Com a tendência de padronização dos tratores teve grande influência na estrutura do


mercado de máquinas agrícolas. A tendência não foi tão forte para as colheitadeiras, sendo
que para este produto a própria determinação da cultura a ser trabalhada determinava
a tecnologia a ser empregada, possibilitando diferentes tipos de colheitadeiras, criando
componentes e implementos específicos não organizados e padronizados, como ocorria
com tratores.

14
FUNDAMENTOS DA
AGRICULTURA DE UNIDADE II
PRECISÃO
Introdução
Em uma economia globalizada o aumento da eficiência de vários setores gera para o
mercado interno e externo um elevado grau de competividade onde o setor agropecuário
faz parte desse contexto.

Com a aplicação da informática, equipamentos que possibilitam o geoprocessamento,


sistema de posicionamento global e inúmeras outras formas de controle nas atividades
agrícolas, o produtor rural passar a ser conhecido como empresário rural, por poder
controlar ainda mais sua linha de produção.

Esta unidade traz como conceito literário os fundamentos, planejamento, gerenciamento


e recursos tecnológicos que estão inseridos na agricultura de precisão, pois quando
falamos em tecnologia de máquinas agrícolas logo pensamos de que forma podemos
utilizá-las e como agregar resultados à aplicação de um determinado equipamento.

15
CAPÍTULO 1
Critérios básicos ao desenvolvimento
da agricultura de precisão

Variações espaciais e temporais dos fatores que influenciam e afetam a produção das
culturas, aliadas ao conhecimento e aperfeiçoamento tecnológico são características
que somadas podemos chamar de agricultura de precisão.

Atualmente são inúmeras as vantagens da agricultura de precisão, como por exemplo,


a consideração da variabilidade espacial, área total considerada heterogênea a
recomendação é específica para cada atividade e a aplicação de insumos também é
realizada localizadamente.

Dentre as principais ferramentas aplicadas no processo, o georreferenciamento consiste


em demarcar um imóvel rural através do seu vértice e seu perímetro utilizando como
referência para isso o Sistema Geodésico Brasileiro, o qual define sua área e sua posição
no sistema geográfico.

A aplicação de técnicas matemáticas e computacionais para geração de informação


geográfica é chamado de Geoprocessamento. Com essas informações são capazes de
demonstrar as variabilidades de culturas, lavouras, manchas em um dado talhão e
identificação de produtividade de uma determinada cultura existente nesta área.

Agricultura de precisão possibilita o administrador possa compreender melhor como


está sua produtividade.

Planejamento e gerenciamento de todos os


processos de produção
Hodiernamente o manejo das culturas precisar ser extremamente integrado às
informações tecnológicas, possibilitando um gerenciamento mais detalhado do sistema
de produção agrícola. Os principais objetivos do gerenciamento do processo é planejar,
avaliar, decidir e controlar as variáveis externas e internas de uma produtividade.

As variações externas podem ser controladas por um gestor na sua maioria o próprio
produtor ajuda nas tomadas de decisões visando à maximização dos resultados. Outro
ponto considerável a ser observado pelo gestor é a administração de custo (capital de
giro), posição junto ao mercado, ao produto e todos os seus potenciais consumidores.

Os produtos com base nos custos fixos e variáveis possibilitam o desenvolvimento


de sua atividade com a aquisição de novas tecnologias de produção, podendo definir

16
FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO │ UNIDADE II

melhor em qual fase de produção pode ser aplicado novos equipamentos, controle de
pragas e formas de proteção ao meio ambiente.

A unidade produtiva agrícola precisa de eficiência, eficácia e domínio total da tecnologia,


conhecimentos dos resultados, gastos com insumos e serviços em cada fase produtiva
da lavoura. Sem os controles efetivos dos custos de cada produto o (gestor) pode ter
problemas com a sustentabilidade e rentabilidade.

Atualização dos meios de gerenciamento nas empresas rurais é fundamental para os


projetos de curto e médio prazos alcançar resultados de produção e produtividade
garantindo o sucesso do empreendimento. Precisamos ter muita atenção quanto ao
questionamento referente aos lucros, pois deixaram de ser atributos de receitas. Lucros e
custos são padrões de resultados inversamente proporcionais “O lucro será máximo se
o custo for mínimo”.

O entendimento e internalização, pelo próprio produtor, de uma visão de custos


obedecendo a uma ótica de um sistema de informações gerenciais estratégico. Abreu
(1999, p. 32) define sistemas de informações estratégicos.

São aqueles que mudam os objetivos, produtos, serviços ou relações


ambientais de uma empresa. Os sistemas que têm este efeito sobre uma
organização literalmente mudam a maneira pela qual a empresa faz
negócios. Neste nível, a tecnologia da informação leva a organização
a novos padrões de comportamento, ao invés de simplesmente dar
suporte à sustentação à estrutura existente, aos produtos existentes
e/ou aos procedimentos de negócios existentes.

O agricultor precisa ter o conhecimento do valor agregado que cada produto contribui
para cobrir os custos de produção, custos fixos, variáveis e apontar a rentabilidade
da atividade. Por esses e vários outros motivos o planejamento serve como alerta
ao agricultor quanto às mudanças na economia, hábitos dos consumidores, avanços
tecnológicos etc. Observa-se ainda que boa parte dos produtores rurais adota decisões
baseadas em suas experiências, tradições, potencial da região e à disponibilidade de
recursos financeiros e de mão de obra.

Evolução gerenciamento, recursos


tecnológicos e agregação de valores
Acompanhando a evolução do agronegócio, a gestão e controles de estoques se tornam mais
complexos. Essa complexidade pode ser reduzida com emprego de técnicas gerenciais que
garantam sua competitividade em longo prazo.

17
UNIDADE II │ FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO

Os conhecimentos técnicos da produção/criação, embora fundamentais não são suficientes


para o controle de todo o processo, por esse motivo a importância da administração e
planejamento em suas atividades.

Alguns questionamentos são essenciais para o produtor traçando os rumos de


produtividade, apoiado ao suporte técnico no gerenciamento de suas atividades tem por
exemplo que saber os seguinte questionamentos: o que produzir? Qual o produto? Em
que quantidade visando os recursos tecnológicos e o retorno desejado? Outro exemplo,
precisamos ter atenção é o questionamento de “Quanto temos que produzir?”. Temos
como base a definição do mínimo economicamente aceitável, área disponível, podendo
ser o máximo possível e a demanda ou restrições para o atendimento ao mercado
(quantidade recomendável ou contratada).

E por fim, “para quando produzir?” os produtos primários em tempos atrás, possuíam
demanda superior à oferta com a certeza de que comercializar era só uma questão de
meios para transportar e atingir os mercados. Devido ao processamento industrial as
empresas foram pressionadas a fornecer seus produtos com frequência evitando ao
máximo estoque e perdas desnecessárias.

Um modelo visa compreender recursos socioeconômicos e políticos dos principais


objetivos do agricultor podendo seguir os passos descritos na figura a seguir:

Figura 7. Etapas da modelagem de processos.

Fonte: Adaptado de Ragsdale (2009).

Os principais componentes que devem englobar a construção de um modelo para o


planejamento rural:

»» Um conjunto de várias decisões que descrevem as atividades agrícolas e


do estado do sistema.

»» Objetivo que descreve o comportamento do agricultor em particular


sobre o risco.

»» Agregando de restrições físicas, financeiras, técnicas, econômicas e


agronômicas, representando as especificações de funcionamento do sistema.

»» Agregado de políticas e medidas ambientais (preço e mercado), cota e


obrigações, restrições à condicionalidade.
18
FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO │ UNIDADE II

Então, atrelado a todos os recursos disponíveis, o planejamento ajuda na definição do


curso de ação, política ou procedimento.

Estabelecer metas, identificar a quantidade e a qualidade dos recursos disponíveis


devem ser alocados entre as várias utilizações concorrentes (terra, água, máquinas,
animais, capital e trabalho).

Uma vez definido um plano ele deve ser implantado. As informações recolhidas
durante o processo de controle mostram resultados preliminares nos quais não sendo
satisfatórios, ajustes precisam ser feitos como afinação na tecnologia que está sendo
utilizada ou pode exigir mudanças mais profundas nas empresas.

Os gestores precisam ainda ter uma avaliação profunda e honesta dos recursos (físicos,
humanos e financeiros) para escolher estratégias realistas para alcançar os objetivos
do negócio.

19
TECNOLOGIA NA UNIDADE III
AGRICULTURA

Introdução
A Unidade III vem nos abordar a importância da utilização de novas tecnologias disponíveis
no mercado atualmente, (microcomputadores, sensores e sistemas de rastreamento
terrestre ou via satélite), contribuindo com a sustentabilidade da agricultura.

De uma forma geral a agricultura hoje se utiliza de técnicas que permitem o gerenciamento
localizado de culturas permitindo ao produtor melhor eficácia ao processo trazendo
inúmeros benefícios ao meio ambiente, produtos e à sociedade de uma forma geral que
atua diretamente ou indiretamente nos resultados obtidos.

Em meados de 1970, a agricultura teve início ao processo de expansão e a tecnologia


surgiu como incremento para o aumento da produtividade, culturalmente chamado de
“Modernização da Agricultura”.

A agricultura tem como desafios além de alimentar o mundo, precisa se preocupar com
a questão ambiental e segurança alimentar, pois as tecnologias disponíveis hoje são
capazes de assegurar um processo eficiente e ecologicamente sustentável.

20
CAPÍTULO 1
Avanços tecnológicos na agricultura

A tecnologia está sendo empregada em sua maioria por jovens produtores, de acordo
com um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
esses novos produtores buscam o mapeamento do solo, tirar o melhor proveito da terra
na hora de plantar.

A aplicação de tecnologia propicia melhoras significativas das despesas na produção


entretanto, com maquinários e monitoramento os custos e investimentos são ainda
muito elevados nem todos os produtores têm oportunidade de sua aplicação.

Com esse sistema é possível calcular, por exemplo, a quantidade exata de produtos
necessários em uma plantação e de acordo com a necessidade de cada hectare de terra,
abertura de covas com profundidade adequada, saber se o trabalhador está parado.

Hoje os equipamentos por sua vez acompanham o avanço tecnológico, os produtores


estão interessados em pilotos automáticos devido ao fato do monitoramento completo
da máquina, do processo etc.

A importância da tecnologia para a


agricultura
A aplicação da tecnologia na agricultura busca sempre trazer mais eficiência no campo,
diminuindo as perdas por meio da execução dos trabalhos da melhor forma adequada
possível.

Nesse contexto o operador passa a ter uma função muito mais de inteligência no
processo. Procura analisar as condições de produção e em otimizar o processo como
um todo.

Para o plantio o operador utiliza um sistema avançado de mapeamento, conjunto de


sensores e satélites, a máquina ajusta automaticamente a quantidade de fertilizante e
de sementes para tornar esse pedaço tão funcional quanto os outros.

Para o futuro as máquinas estarão todas conectadas a uma central, carregando informações
que serão empacotadas e disponibilizadas aos clientes. O Brasil tem investido muito em
tecnologia na agricultura agora é possível encontrar carros agrícolas com ar condicionado,
GPS, câmbio robotizado, piloto automático etc.

21
UNIDADE III │ TECNOLOGIA NA AGRICULTURA

Figura 8. Agronegócio.

Fonte: <http://www.cidademarketing.com.br/2009/n/12398/agronegcio-brasileiro-representa-mais-de-22-do-produto-interno-bruto.html>

Para incentivar a modernização, o crédito rural, surge como uma forma de investimento,
tratando-se de um empréstimo feito aos agricultores para que eles possam adquirir
novas máquinas, aumentar produtividade e ampliar negócios.

Além do crédito rural, os produtores podem recorrer a diversos outros programas de


incentivo (Pronaf) e outros que incentivam o cultivo orgânico e a prática da agricultura
de precisão.

A agricultura orgânica destaca-se atualmente devido ao fato de aplicar o cultivo mecânico


atrelado e adaptados às novas e modernas tecnologias de produção, objetivando
produzir mais e melhor.

22
TECNOLOGIA MECÂNICA
DE MÁQUINAS UNIDADE IV
AGRÍCOLAS
Introdução
Chegamos agora na unidade IV, na qual podemos compreender um pouco mais os
detalhes de funcionalidade de máquinas e implementos agrícolas, alguns casos pontuais
de dimensionamento de aplicações.

Com a industrialização houve o surgimento de máquinas a vapor e novas fontes de


energia gerando mais potência nas máquinas. Já temos conhecimento que a energia
mecânica (motor a vapor), surgiu em 1858, décadas posteriores e com elevado
desenvolvimento técnico os tratores saiam de fábrica com transmissões hidrostáticas,
controles automatizados de tração velocidade etc.

Nesse sentido passaremos conhecer alguns equipamentos que assumem papéis importantes
nas atividades agrícolas, alguns modelos exemplares e suas principais funções.

23
CAPÍTULO 1
Tecnologia e ferramentas de
máquinas agrícolas

A agricultura moderna, de acordo com IICA (1989), está profundamente ligada na


ciência e no desenvolvimento tecnológico, toda essa tecnologia está relacionada ao
meio ambiente partindo dos agricultores até os consumidores.

Atualmente e devido à padronização dos materiais e peças, a tecnologia pode ser


transferida de um país para outro. A busca incessante do homem nas melhores
condições de vida saindo do campo e indo para as cidades, fez que houvesse a necessidade
de mecanização e automação das atividades no campo substituindo a mão de obra
por máquinas.

A partir da globalização da economia, a agricultura brasileira tem modernizado suas


lavouras de vários tipos de implementos, máquinas, insumos e novos tratores colocando-
se à disposição no mercado.

No Brasil a mecanização antes de 1960 era na obtenção de máquinas a partir de sua


importação, onde nesse mesmo ano dava-se início a produção de máquinas em nosso
país. A decisão de produzir tratores agrícolas nacionais foi do governo federal criando
o Decreto no 47.473 de 22 de Dezembro de 1959, proibindo a importação de tratores.

Os principais argumentos para a fabricação de máquinas eram a possibilidade de


amplo mercado nacional, possibilidade de fornecimento de peças e acessórios, pois a
indústria automotiva já estava instalada e o custo elevado para aquisição de máquinas
em outros países.

Para compreendermos o uso de equipamentos mecânicos e aplicação no cultivo de


várias culturas, o conceito mecânica, no ramo da física, “são fenômenos relacionados
com movimentos dos corpos”. Atrelado ao desenvolvimento técnico e conhecimento
mais aprimorado na aplicação prática temos a “mecânica aplicada”, que por sua vez
estabelece fórmulas e coeficientes com base nos princípios da mecânica teórica.

A principal forma de potência atrelada aos veículos é o motor. Essa potência lhe dará
movimentação e lhe permite o transporte de cargas (pessoas ou materiais).

24
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 9. Motor.

Fonte: <https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1600&bih=887&q=motor&oq
=motor&gs_l=img.3..0l10.749.1279.0.3065.5.4.0.1.1.0.248.794.0j3j1.4.0....0...1ac.1.64.img..0.5.809.IR9-6iCEnLg>

O motor apresenta algumas características importantes. Para se estabelecer a potência


de um motor precisamos saber alguns conceitos teóricos como por exemplo:

Potência = Quantidade de trabalho por unidade de tempo:

T F.d
P= = = F.v
t t

A potência em sua unidade é definida em W. Podemos então concluir que a potência de


uma máquina que produz trabalho de 1 joule em 1 segundo:

1 W = 1 J/s = 1Nm/s

Que por sua vez a potência também pode ser conhecida como uma máquina que produz
trabalho de 1kgfm em 1 segundo:

1 kgfm/s = 1kgfm / 1s

Os motores trazem como forma de unidade e dimensionamento cavalo vapor CV,


também chamado de unidade prática. Potência de uma máquina que produz trabalho
de 75 kgfm em 1 segundo:

1 cv = 75 kgfm/s

1 cv ~
= 735,7 W

25
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Houser Power (HP), também conhecida como unidade prática de potência nos traz
uma máquina que produz trabalho de 33.000 libras-pé (ft.lb) em 1 minuto.

1 hp = 33.000 ft.lb/1 min

1 hp ~
= 76,0 kgfm/s
1 hp ~
= 745,7 W
1 cv = 1,013 hp

E para identificarmos as várias aplicações de máquinas em um processo de cultivo,


colheita, etc. baseando-se na norma ABNT – NB – 66, podemos classificar as máquinas
agrícolas de acordo com suas aplicações.

»» Preparo inicial do solo:

›› destacadores, serras, lâminas empurradoras, lâminas niveladoras,


escavadeiras e perfuradoras.

»» Movimentação e preparo periódico:

›› Arados de aivecas, arados de disco, subsoladores, sulcadores, enxadas


rotativas, etc.

»» Semeadura, plantio e transplante:

›› Semeadoras, plantadoras e transplantadoras.

»» Aplicação, carregamento e transporte de adubos e corretivos:

›› Adubadoras e carretas.

»» Cultivo, desbaste e poda:

›› Cultivadores de enxadas rotativas, ceifadeiras e roçadoras.

»» Aplicadoras de defensivos:

›› Pulverizadores, polvilhadoras, microatomizadoras, atomizadoras e


fumigadores.

»» Colheita:

›› Colheitadoras e ou colheitadeiras.

»» Transporte, elevação e manuseio:

›› Carroças, carretas e caminhões.

26
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

»» Processamento:

›› Beneficiadoras de café, milho, arroz, algodão e cana.

›› Máquinas para tratamento e polimento:

›› Secadoras, classificadoras e polidoras.

»» Conservação do solo, água e irrigação e drenagem:

›› Irrigação: motobombas e aspersores.

›› Drenagem: Retroescavadeiras e valetadeiras.

»» Máquinas especiais:

›› Reflorestamento: tratores florestais e filer bush (processador de madeira).

»» Motoras e tratoras:

›› Tratores agrícolas, tratores industriais e tratores florestais.

Equipamentos e ferramentas

Equipamentos para preparo inicial do solo

Criar condições de implantação de culturas, em áreas não utilizadas anteriormente


com essa finalidade. A principal operação que se caracteriza em tal processo é a de
desmatamento. Esta inicia-se com a eliminação da vegetação, seguida de uma limpeza
do solo visando à erradicação de pequenas raízes ou ramos.

Figura 10. Buldozer (lâmina).

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

27
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Figura 11. Lâmina angulável.

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

Figura 12. Lâmina inclinável.

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

Figura 13. Correntão.

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

28
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 14. Destocadores.

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

Figura 15. Tração por cabo.

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

Figura 16. Enleiramento.

Fonte: <http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

Equipamentos para o preparo periódico


do solo
Após o preparo inicial, precisa-se erradicação de plantas daninhas.
29
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Arado de aiveca

Figura 17. Arado de aiveca: 1) Aiveca; 2) Relha; 3) Rasto; 4) Suporte; 5) Coluna.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Podemos identificar o arado de Aiveca aplicando a seguinte classificação:

»» Forma de acionamento:

›› tração animal;

›› tração mecânica.

»» Forma de acoplamento à fonte de potência:

›› de arrasto;

›› montado;

›› semimontado.

»» Forma de movimento do órgão ativo:

›› fixo;

›› reversível.

»» Número de órgãos ativos:

›› monocorpo;

›› corpos múltiplos.

30
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Arados de disco

Originalmente os arados de disco foram fabricados para substituir os arados de aivecas,


baseando-se em grade de discos.

Figura 18. Arado de disco.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Figura 19. Arado de disco: 1) Chassi; 2) Coluna; 3) Mancal; 4) Disco; 5) Roda guia.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Para determinada característica de aplicação temos duas opções de disco:

»» Disco liso

›› A definição de penetração ao solo é sua curvatura, espaçamento e número


de discos, peso, velocidade de trabalho e inclinação vertical e horizontal.
Sua formação básica é o aço 1045, com as bordas temperadas.

Figura 20. Disco liso.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

31
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

»» Disco recortado

›› Os recortes são feitos para melhorar a capacidade de corte, existem


ângulos de afinamentos na parte interna e externa sua constituição
também é de aço 1045.

Figura 21. Disco liso.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Temos como por exemplo de aplicação a forma correta de como demonstrar o ângulo
de trabalho, vertical e horizontal.

Figura 22. Ângulo de trabalho.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Por fim, o dimensionamento dos discos corretos também está relacionado à concavidade.

»» Solos duros e compactos: f/d = 0,12

»» Solos médios: f/d = 0,15

»» Solos leves: f/d = 0,20

32
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 23. Ângulo de trabalho.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Subsoladores
Ferramentas projetadas com objetivo de quebrar as camadas compactas.

Figura 24. Constituição de um subsolador: 1) Barra de ferramentas; 2) Haste; 3) Ponta; 4) Rodas de controle de
profundidade.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

Quanto ao formato das hastes temos como exemplo:

Figura 25. Formato das hastes de um subsolador: a) reta, b) curva e c) parabólica.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

33
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Equipamentos para semeadura, plantio


e transplantes
Semeaduras são responsáveis em depositar órgãos vegetativos no solo. Estes órgãos
podem ser sementes finas e grossas (arroz, milho, feijão, soja, trigo etc.).

As semeaduras também estão classificadas de duas formas:

»» forma de distribuição;

»» forma de acionamento;

»» mecanismo dosador de sementes;

»» material dosado.

Figura 26. Esboço do funcionamento do equipamento.

Fonte: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/658/TCC%20Rodrigo%20E%20H%20Schulz.
pdf?sequence=1>

Como é possível verificar nas figuras a seguir, a semeadura adubadora foi dividida em
05 módulos:

34
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 27. Módulo de dosagem de adubo.

Fonte:<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/658/TCC%20Rodrigo%20E%20H%20Schulz.pdf
?sequence=1>

Figura 28. Módulo de dosagem de semente.

Fonte:<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/658/TCC%20Rodrigo%20E%20H%20Schulz.pdf
?sequence=1>

Figura 29. Módulo de Interação com solo.

Fonte:<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/658/TCC%20Rodrigo%20E%20H%20Schulz.
pdf?sequence=1>

Figura 30. Módulo de transmissão de potência.

Fonte: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/658/TCC%20Rodrigo%20E%20H%20Schulz.pdf ?sequence=1>

Figura 31. Módulo estrutural e de articulação.

Fonte: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/658/TCC%20Rodrigo%20E%20H%20Schulz.pdf?sequence=1>

35
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Para o controle do processo é necessário determinar a forma de dosagem do adubo e das


sementes. Essa afirmação pode ser obtida aplicando-se o uso de tabelas que utilizam
como referência engrenagens intercambiáveis com variações nos números de dentes
que vão do número 15 a 25.

A unidade definida para adubos é Kg/linha em 100 metros, já a unidade da dosagem de


sementes é grãos/metros.

Outra forma de dimensionamento é por meio de cálculos como por exemplo:

Determinação da quantidade de sementes necessárias por unidade de área

No de plantas recomendados /área


No sementes/área =
%germinação.%sobrevivência.%pureza

Vazão prevista

Qp = v.L.P.E
6000.000.vt

Onde:

Qp = vazão prevista, (g/min);


v = velocidade operacional no campo, (Km/h);
L = lotação ou população, (plantas/ha);
P = peso de 100 sementes, (g);
E = espaço entre linhas de cultura, (m);
vt = vitalidade das sementes no solo, (%).

Peso das sementes

Temos exemplo a seguinte situação: Como 5 km/h = 83,33 m/min e Qp = 156 g/min, então:

Peso = 156
83,33

Peso = 1,87 g/m

Número de sementes

Temos como exemplo: o peso de 100 sementes é de 28g, tem-se que o peso de 1 semente
é de 0,28g. Se o peso das sementes é de 1,87g/m, então:

N = 1,87
0,28

36
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

N = 6 sementes/m

Podemos considerar que 1 ha possui 100 linhas espaçadas de 1 m e cada linha com 100
m de comprimento. Portanto, a distância percorrida por cada máquina será de 10.000
m. O peso de sementes/ha é de:

Peso/ha = 10.000. 1,87


Peso/ha = 18,7 kg

Para uma área a ser utilizada de 10 ha temos: 187Kg.

Número de reabastecimento

Podemos também considerar que o peso volumétrico é de 830g/litro e de um reservatório


de 20 litros, tem-se que o peso das sementes estocadas no reservatório é de:

P = 830.20
P = 16,6Kg

Para o número certo de reabastecimento considerando o peso real anterior é:

N = 187
16,6

N = 11,26 (de 11 a 12 reabastecimento)

Equipamentos para aplicar defensivos


Para minimizar os problemas relacionados a pragas, os agricultores fazem uso de
defensivos agrícolas. De fácil aplicação e resultado imediato, entretanto a aplicação
contínua e errônea na maioria das vezes causa impactos negativos ao meio ambiente,
aos animais e ao homem.

Seguindo todas as normas de uso e cuidados que são de extrema importância, os


defensivos agrícolas se tornam aliados ao controle de pragas.

A pulverização consiste em reduzir um corpo em pequenos fragmentos, borrifar em


gotas. O equipamento capaz de produzir gotas, em função de uma determinada pressão
exercida sobre a calda é o pulverizador.

Para citar como exemplo de aplicação e como identificar as características de um


pulverizador agrícola utilizaremos o equipamento Advance AM-18. Possui barras
totalmente hidráulicas, movimentos de abertura, fechamento e regulagem da altura
das barras, os comandos estão disponíveis ao alcance das mãos dos operadores.
37
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Figura 32. Advance 2000 AM 18.

Fonte: <www.tratormaster.com.br/?pg=produtos&marca_id=57&pagina=1>

O equipamento apresenta características bem específicas e muito funcionais como


podemos destacar:

»» Tanque de defensivo

›› Capacidade de 2000 litros, de polietileno de alta resistência com


protetor contra raios ultravioleta.

»» Filtro de defensivo

›› Filtro com registro de válvula (fecho rápido).

»» Comando masterflow

›› Mantém o volume de pulverização constante, mesmo com variações de


velocidade do trator na mesma marcha.

»» Barras

›› São de 18 metros, possibilitando 18,5 metros de aplicação, regulagem


do ângulo de pulverização, válvula antigotejo e estabilidade.

»» Pintura duplex

›› Toda a parte metálica recebe tratamento especial, cada peça recebe


um banho para limpeza e eliminação de resíduos em seguida é zincada
e só depois recebe a pintura definitiva, que é eletrostática.

»» Bitola

›› Dependendo do espaçamento entre linhas da cultura, a bitola pode ser


ajustada, o sistema também permite regulagens contínuas entre 1,80 a
2,40 m. Essa informação ajuda na estabilidade do equipamento

38
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

»» Segurança

›› São equipados com incorporador de defensivos e lavador de embalagens.


Possui dois compartimentos para abrigar conjuntos de Equipamentos
de Proteção Individual (EPI) e escada de segurança embutida, facilita o
acesso ao tanque.

»» Circuito defensivo

›› Componentes: Depósito, filtro principal, comando de defensivo,


bomba de defensivo, flexível, retorno e bicos de pulverização.

Figura 33. Circuito defensivo.

Fonte:<http://www.jacto.com.br/adm/arquivos/Manual%20de%20Treinamento%20%20-%20Manual%20%20T%E9cnico%20
de%20Orienta%E7%E3o%20de%20Pulveriza%E7%E3o%20-.pdf>

»» Regulagem dos pulverizadores através de fórmulas

Ex.: Q = 600 x q
Vxf

Q = 600 x 1
6 x 0,5

Q = 600
3
Q = 200 L/ha

39
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

q=QxVxF
600
q = 200 x 6 x 0,5
600
q = 600
600
q = 1 litro/min

Onde:

Q = volume de pulverização
q = Vazão (L/min)
V = velocidade do trator (Km/h)
F = Faixa de pulverização (metro)
600 = Fator de conversão de unidades

Quantidade de produto a colocar no tanque

Pr = Ct x D Pr = 2000 x 2 Pr = 20 litros/tanque
Q 200

Onde:

Pr = quantidade de produto (Kg ou litro)


Ct = capacidade do tanque (litros)
Q = Volume de pulverização
D = Dosagem do defensivo (Kg ou litro)

Equipamentos para tração e aplicação


de força
Os tratores agrícolas surgiram para aumentar a produtividade, melhorando a eficiência
das atividades. Dentre as principais funções podemos destacar os seguintes exemplos:

»» Movimentar e tracionar máquinas através da barra de tração ou do


engate de três pontos e da árvore de tomada de potência, colheitadoras,
pulverizadores.

»» Pode ser utilizado no acionamento de máquinas estacionárias, bombas


de recalque d’água, através de polia e correia ou mesmo aplicando árvore
de tomada de potência.

40
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

»» Tracionar implementos de arrastos, arados, grades, adubadoras e


carretas, utilizando a barra de tração.

Os tratores são constituídos das principais peças que estão sendo exemplificadas logo
a seguir:

Motor
Transformação de energia potencial do combustível em energia mecânica.

Figura 34. Motor convencional e motor eletrônico.

Fonte: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/varella/Downloads/IT154_motores_e_tratores/apresenta/evolucao%20
tecnologica%20das%20maquinas%20agricolas.ppt>.

Observação:

As principais diferenças estão elencadas na performance (economia de combustível,


controle de emissão de poluentes, integração com o sistema de transmissão e
autodiagnóstico).

Engrenagem e caixa de mudanças marchas

As engrenagens são dispositivos que recebem a potência do motor e responsável pela


transmissão à caixa de mudança de marchas.

Já a caixa de mudança de marchas, dispositivo mecânico que transforma movimento


para o sistema de roda dos motores, esse movimento está relacionado e é perceptível
no torque e na velocidade angular do motor e pode ser comandada pela alavanca de
mudança de marchas.

41
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Figura 35. Motor convencional e motor eletrônico.

Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/varella/Downloads/IT154_motores_e_tratores/apresenta/evolucao%20tecnologica%20
das%20maquinas%20agricolas.ppt>.

Sistema hidráulico inteligente


Em algumas unidades o sistema hidráulico possui pistões (PFC) de alta vazão acoplados
a válvulas remotas controladas eletronicamente.

Figura 36. Sistema hidráulico inteligente.

Fonte: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/varella/Downloads/IT154_motores_e_tratores/apresenta/evolucao%20
tecnologica%20das%20maquinas%20agricolas.ppt>.

Os tratores podem ser classificados da seguinte forma:

Tratores de rodas
Possuem como meio de propulsão, rodas pneumáticas e sua aplicação é de uso
exclusivamente agrícola, e pode ser subdividido da seguinte forma:

»» Duas rodas: o operador caminha atrás do conjunto.

Figura 37. Trator de duas rodas.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

42
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

»» Triciclos: as rodas traseiras são motrizes e são aplicados nos trabalhos de


jardinagem e ceifadores.

Figura 38. Trator triciclo.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

»» Quatro Rodas: duas rodas traseiras e duas rodas dianteiras com diâmetro
diferentes entre elas. Existem modelos 4x4 (tração nas quatros rodas), e
4x2 (tração em duas rodas).

Figura 39. Trator quatro rodas.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

»» Tratores de semiesteiras: são tratores de quatro rodas, adaptadas com o


emprego de uma esteira sobre as rodas traseiras motrizes.

Figura 40. Trator semiesteira.

Fonte: <http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

43
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Tratores de esteira: basicamente é constituído por duas rodas motoras dentada, duas
rodas guias e duas correntes sem fim.

Figura 41. Trator de esteira.

Fonte:< http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

»» Eletrônica embarcada no trator:

Figura 42. Automação de comandos da cabine.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

» Sistemas de direção automática:

›› Trabalham com auxílio.

›› GPS (Global Positioning System) – EUA.

›› GLONASS (GLObal’naya NAvigatsionnaya Sputnikovaya Sistema) –


Russia.
44
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Em desenvolvimento:

›› Galileo (União Europeia).

›› BeiDou Satellite Navigation System (BDS) (Compass) – China.

Figura 43. Sistemas de direção automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 44. Sistemas de direção automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

45
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

»» Sistemas para pilotagem automática

Figura 45. Sistemas de pilotagem automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 46. Sistemas de pilotagem automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 47. Sistemas de pilotagem automática.

Fonte: http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf

46
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 48. Sistemas de pilotagem automática

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 49. Sistemas de pilotagem automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores>.pdf

Figura 50. Sistemas de direção automática.

Fonte: adaptado de <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

47
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Figura 51. Sistemas de direção automática.

Fonte: http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf

Figura 52. Sistemas de pilotagem automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 53. Sistemas de direção automática.

Fonte: http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf

48
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 54. Sistemas de pilotagem automática.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Comunicação entre trator e máquina


Figura 55.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

49
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Figura 56.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

O desenvolvimento da tecnologia ISOBUS surge como projeto inovador nas atividades


agrícolas pois proporciona uma solução para o problema de má compatibilidade. Esta
técnica também pode ser chamada de protocolo apropriado para a comunicação entre
dispositivos e tratores, bem como computadores.

ISOBUS cria compatibilidade substituindo muitos terminais e anexos específicos por


apenas um plug “plug and play”, para todas as combinações, e também controla a
documentação dos passos de trabalho no campo gerenciando a troca com computadores.

Figura 57. Protocolo ISOBUS plug.

Fonte: <http://agritotal.com.br/isobus/>

Esse sistema é composto de vários componentes fechando a comunicação entre trator,


terminal e o implemento. Este sistema também garante as funções de forma separada e
conjunta e para maior transparência para o usuário a Agricultural Industry Electronics
Foundation (AEF), definiu funcionalidades ISOBUS AEF que serve como base de
certificação dos produtos ISOBUS.

50
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 58. Exemplos de aplicação Norma ISOBUS.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 59.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Comunicação trator/máquina, sistema gestor


e relatórios
Figura 60. Comunicação integrada.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

51
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Figura 61. Sistema AGCOMMAND – Monitoramento de dados via sinal celular GPRS.

Fonte: adaptado de <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

Figura 62. Gerenciamento de relatórios.

Fonte: <http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf>

52
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 63. Geoformas e alarmes.

Fonte: http://www.ler.esalq.usp.br/disciplinas/Molin/leb332/Automacao_em_Tratores/Automacao_em_tratores.pdf

Equipamentos para colheita


Por fim, as máquinas de colheita, as formas de colheita aplicadas na agricultura eram
realizadas manualmente, causando uma baixa produtividade na qual sua renda estava
agregada apenas em pequenas propriedades.

Com o número de pessoas empregadas na agricultura cada vez menor e o aumento da


população, os agricultores tiveram a necessidade de mecanizar o processo de colheita.
Em 1836 no estado de Michigan EUA, foi construída a primeira colheitadora de cereais,
o processo de produção em escala comercial de colheitadoras iniciou-se em 1880.

As colheitadoras podem ser classificadas da seguinte forma:

Automotrizes (combinadas)

Um dos equipamentos mais modernos da agricultura possui maior potência agregada


aliada ao sistema de transmissão de potência, elétrica e hidráulica e com sistemas
integrados de agricultura de precisão.

Resumidamente podemos observar as seguintes funções de uma colheitadora:

»» Corte: a cultura após ser cortada é direcionada para os mecanismos de trilha.

»» Trilha: onde são separados os grãos de suas envolturas e de partes de


suporte na planta.
53
UNIDADE IV │ TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

»» Separação dos grãos e palha.

»» Limpeza do material.

»» Transporte e armazenamento.

Figura 64. Corte esquemático de uma colheitadeira automotriz.

Fonte: <http://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct06/02uso.html>

Colhedoras montadas

São dependentes de um trator agrícola para a realização das funções.

Figura 65. Exemplo de uma colheitadora montada.

<https://portuguese.alibaba.com/product-detail-img/trator-montado-colheitadeira-de-promo-o-trigo-e-arroz-ceifeiro-para-
venda-1444923919.html>

Colhedora de arrasto

São constituídas de um motor auxiliar independente e acopladas por uma barra de


tração do trator gerando potência ao conjunto.

54
TECNOLOGIA MECÂNICA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS │ UNIDADE IV

Figura 66. Exemplo de uma colheitadora montada.

<https://portuguese.alibaba.com/product-detail-img/trator-montado-colheitadeira-de-promo-o-trigo-e-arroz-ceifeiro-para-
venda-1444923919.html>

55
ELABORAÇÃO DE PLANOS UNIDADE V
DE MANUTENÇÃO

Introdução
Caso o produtor necessite de intervalos menores entre as safras, os cuidados com
os equipamentos precisam ser elevados para a continuidade efetiva das atividades,
garantindo condições de segurança e confiabilidade.

Nesse sentido a unidade V nos mostrará a importância das manutenções preventivas e


corretivas, seguindo o envolvimento dos profissionais habilitados a prestarem serviços,
ajudando com o planejamento para elaboração de planos de manutenções adequados
ao seu processo de produção.

As ações de controle podem permanecer de acordo com uma condição específica (ABNT,
1971), com isso podemos evitar o acúmulo de pequenos defeitos ou problemas gerando
danos maiores para os equipamentos.

Fatores como ajustes corretos, armazenamento adequado, manutenções adequadas,


garante que os equipamentos trabalhem de maneira correta com o mínimo custo e
evitando ocorrências durante o seu uso.

56
CAPÍTULO 1
Planejamento da manutenção

A aplicação de máquinas e equipamentos dentro de uma propriedade rural visa à realização


de tarefas e atividades produtivas mais rápidas e eficientes. As máquinas necessitam de
certos cuidados principalmente em sua manutenção e conservação.

A falta de manutenção pode acarretar vários problemas de performance no processo de


produção, gerando custos elevados de reparos e muita hora/dia perdida. E isso pode
ser evitado com os procedimentos corretos de ações como por exemplo a Elaboração do
Plano de Manutenção.

Podemos definir manutenção como ações necessárias para um ou vários itens (máquinas,
equipamentos, prédios etc.), para a sua conservação e restauração dentro dos padrões
estabelecidos pela norma ABNT (1971), que está dividida em manutenção corretiva e
manutenção preventiva baseando-se em equipamentos agrícolas.

Manutenção corretiva são as ações necessárias quando uma máquina ou equipamento


para de funcionar em seu processo natural de atividade diária. Está parada pode ser devido
a falhas de peças, desgastes de mecanismos ou por falta de manutenção preventiva.

A manutenção preventiva serve em determinados períodos para realização de reparos,


substituição de peças, lubrificação, atendendo no caso de máquinas agrícolas as
observações atribuídas e apresentadas no manual do operador onde cada máquina e
equipamentos de fabricantes diferentes precisam ser respeitados.

E para ambos os serviços de manutenção é determinado uma equipe técnica que deverá
realizar os ajustes necessários.

Também pode ocorrer que um determinado equipamento não tenha as informações


necessárias para o controle e elaboração do plano de manutenção, cabendo o proprietário ou
responsável técnico buscar informações sobre as suas peculiaridades, mesmo assim na falta
extrema de informações os mesmos devem seguir orientações de máquinas semelhantes.

A manutenção adequada é um fator importante para permitir que máquinas e


implementos agrícolas sejam utilizados de forma correta e por um grande período de
tempo, gerando o mínimo de gastos e evitando falhas durante o processo.

Alguns agricultores dispensam os cuidados com relação à manutenção de suas máquinas


e equipamentos, onde podemos encontrar em algumas propriedades rurais máquinas
enferrujadas, peças ativas gastas ou danificadas. Esses equipamentos precisam de

57
UNIDADE V │ ELABORAÇÃO DE PLANOS DE MANUTENÇÃO

cuidados especiais, pois seus mecanismos são expostos às situações muito degradantes
e aplicação de força.

A seguir, algumas informações básicas para manutenção de máquinas e implementos


agrícolas. Observando que certos equipamentos devido às suas especialidades, poderão
apresentar características diferentes que pode não estar abordado nessas informações
e por esse motivo é de suma importância o proprietário e o responsável técnico estarem
a par do manual do fabricante.

Como desenvolvimento inicial é termos os procedimentos escritos para desencadear os


serviços de manutenção que poderão ser executados em tempos determinados.

»» Itens a serem verificados 50 horas:

Tabela 1. Itens de manutenção 50 horas.

Filtro de Ar verificar e limpar

Radiador e aletas dos resfriador e condensador verificar e limpar

Óleo do motor verificar e completar

Líquido de arrefecimento do motor verificar e completar

Óleo da transmissão verificar e completar

Fluido de freio verificar e completar

Eixo dianteiro verificar e completar

Sistemas de três pontos verificar, limpar e lubrificar

Aperto de porcas e parafusos críticos verificar e reapertar

Suspiros da transmissão e eixos verificar e limpar

Pneus e lastros verificar e calibrar

Fonte: <http://www.portalmaquinasagricolas.com.br/fazer-manutencao-preventiva-e-muito-mais-eficiente-e-economico-que-
intervencao-para-corrigir-falhas/>

Para entendermos alguns nomes e peças para um plano de manutenção preventiva:

1. Fluidos: todos os fluidos líquidos e gasosos de uma máquina requerem


revisões sistemáticas, principalmente em climas úmidos e com variações
elevadas de temperatura e pressão, pois se contaminam facilmente
em tais condições. Então, devemos incluir na verificação: lubrificantes
de todos os conjuntos mecânicos (desde o motor até a transmissão e
redutores finais), líquidos de arrefecimento, fluidos hidráulicos, fluidos
pneumáticos (o ar) e combustível.

2. Filtros: todos os fluidos requerem filtros para se manterem o mais limpos


possível. Muita limpeza e substituição a fazer.

58
ELABORAÇÃO DE PLANOS DE MANUTENÇÃO │ UNIDADE V

3. Vedações: elementos de vedação são destinados a proteger máquinas ou


equipamentos contra a saída de líquidos e gases, e a entrada de sujeira ou
pó. São genericamente conhecidas como juntas, retentores, selos, gaxetas
e guarnições.

4. As partes a serem vedadas podem estar em repouso ou movimento. Em função


da solicitação, as vedações são feitas em diversos formatos e diferentes
materiais.

5. Dispositivos de fixação: parafusos, porcas e arruelas são peças metálicas de


vital importância como elementos de fixação dos mais diversos dispositivos
de uma máquina. São empregados para unir e manter juntas as peças da
máquina. E haja chave e torquímetro para efetuar a verificação.

Os itens acima especificados poderão ser encontrados no site: <http://www.


portalmaquinasagricolas.com.br/fazer-manutencao-preventiva-e-muito-mais-
eficiente-e-economico-que-intervencao-para-corrigir-falhas/>

»» Itens a serem verificados 250 horas:

Tabela 2. Itens de manutenção 250 horas

Vazamentos do motor e transmissão verificar e estanqueidade


Óleo do diferencial e redutores verificar e completar
Bateria, cabos e conexões verificar e limpar
Filtro do óleo hidráulico substituir
Filtro de combustível substituir
Articulações do eixo dianteiro verificar e limpar
Pedais e acionamento de freio e embreagem verificar e lubrificar
Correias e tensionadores verificar e lubrificar
Itens de 50h não contemplados executar

Fonte: <http://www.portalmaquinasagricolas.com.br/fazer-manutencao-preventiva-e-muito-mais-eficiente-e-economico-que-
intervencao-para-corrigir-falhas/>

»» Itens a serem verificados 500 horas:

Tabela 3. Itens de manutenção 500 horas.

Óleo dos redutores finais substituir


Filtro de ar substituir
Bateria testar
Sistema elétrico revisar e testar
E mais os itens de 250h executar

Fonte: <http://www.portalmaquinasagricolas.com.br/fazer-manutencao-preventiva-e-muito-mais-eficiente-e-economico-que-
intervencao-para-corrigir-falhas/>

59
UNIDADE V │ ELABORAÇÃO DE PLANOS DE MANUTENÇÃO

»» Itens a serem verificados 1000 horas:

Tabela 4. Itens de manutenção 1000 horas

Fluido do freio substituir


Óleo hidráulico e filtro substituir
Sistema hidráulico teste de pressão e vazão
Óleo do diferencial substituir
Correias do motor revisar ou substituir
Líquido de arrefecimento revisar ou substituir
Mangueira do sistema de arrefecimento revisar ou substituir
Respiro do cárter do motor verificar e limpar
E mais os itens de 250h executar

Fonte: <http://www.portalmaquinasagricolas.com.br/fazer-manutencao-preventiva-e-muito-mais-eficiente-e-economico-que-
intervencao-para-corrigir-falhas/>

É importante lembrar que para os serviços realizados com manutenção o proprietário


necessita de profissionais qualificados e treinados, com auxílio de ferramentas adequadas,
um espaço amplo e agradável para acondicionar a todos em perfeitas condições.

60
MÁQUINAS AGRÍCOLAS:
TECNOLOGIAS DE UNIDADE VI
PRECISÃO
Introdução
Inicialmente as dificuldades do produtor em lidar com a interpretação de um determinado
volume de dados, custo elevado dos equipamentos, adaptação das tecnologias de diferentes
lugares e fabricantes, necessitaram de uma evolução considerável dos equipamentos do
setor agropecuário para se tornar uma ferramenta ao alcance de todos.

Essas novas tecnologias associadas aos equipamentos é a base do assunto abordado


nesta unidade, da qual poderemos compreender quais as principais ferramentas que
são aplicadas, capazes de fornecer inúmeras informações, benefícios e rendas ao
produtor rural.

Como por exemplo a realização de ações pertinentes a uma determinada área devem levar
em consideração, práticas em um ponto e momento oportuno, onde as respostas devem
aparecer como maior potencial produtivo e com menor impacto ao meio ambiente.

61
CAPÍTULO 1
Equipamentos de precisão e controle

As máquinas e implementos agrícolas realizam um complexo conjunto de tarefas


predefinidas, seguindo informações e padrões que são adicionados a complexos e
estruturados programas que possibilitam o funcionamento contínuo e automático dos
equipamentos aos quais foram fabricados.

Inicialmente foram os processadores inseridos em hardwares (chip). Com essa fusão


surgiram os microcontroladores em que são atribuídas boa parte das funções de
equipamento.

As principais formas de execução e armazenamentos estão situadas na unidade de


processamento, memória e periférico, conforme o exemplo a seguir:

Figura 67. Modelo de subdivisão de um sistema Embarcado.

Memória

Interface Sistema de
usuário Alimentação
(display, botões) (fonte, bateria)
Unidade
Conversor Conversor
de
Analógico/Digital (Digital/Analógico)
Processamento
Rede Diagnóstico /
(Ethernet, bluetooth) Debug do SE

Sensores Atuadores
(temperatura (motores,
pressão) ventiladores)

Periféricos

Fonte: Guia do Hardware Net, 2013, <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgiMEAJ/tecnologia-embarcada-maquinas-agricolas>

Para ficar um pouco mais claro, a unidade de processamento realiza cálculos, gerenciamento
e tomadas de decisões, onde sua estrutura elementar é muito semelhante a um processador
de computador comum.

Já em outro dispositivo importante, a memória, é onde podemos armazenar os dados e


instruções que estão atribuídos às funções operacionais da unidade de processamento,
podendo estar na mesma memória ou divididas.
62
MÁQUINAS AGRÍCOLAS: TECNOLOGIAS DE PRECISÃO │ UNIDADE VI

Temos em sua maioria os dispositivos periféricos que interligados à unidade de


processamento fazem a interface (comunicação com o que ocorre no ambiente externo)
enviando e recebendo informações, dessa forma o equipamento consegue ser controlado
e monitorado ajudando assim na resolução de problemas.

Não podemos esquecer dos olhos das máquinas, os sensores, que atuam de forma efetiva
e nos fornece informações sobre o processo, segurança e agilidade ao equipamento.

Os dispositivos que realizam ações, interferindo diretamente no processo e controle por


meio do envio de informações são chamados de atuadores.

Atrelado a todos esses dispositivos podemos destacar a aplicação da tecnologia


Georreferenciamento (GPS) onde é possível ter informações confiáveis sobre o
posicionamento correto dos equipamentos, da propriedade e até mesmo da atividade
em tempo real.

A disseminação da tecnologia embarcada tem exigido um grande esforço de vários


setores para o desenvolvimento da agricultura de precisão aumentando assim a
competividade internacional. Vários equipamentos e máquinas foram equipados com
sensores e dispositivos específicos, permitindo a máquina trabalhar autonomamente e
reduzindo o tempo de trabalho.

Junto com a automação os avanços em programas computacionais e dispositivos


eletrônicos agregados aos equipamentos surgiram protocolos abertos de comunicação
digital, padronizando assim a linguagem entre os equipamentos podendo ser até de
diferentes marcas.

Sensoriamento remoto
Este recurso é aplicado para a obtenção de imagens e dados da superfície terrestre,
captando e registrando a energia refletida ou emitida pela superfície, e como não temos
contato físico entre o sensor e a superfície a ser estudada leva o nome de remoto.

De forma técnica temos a seguinte informação; sensores ópticos – eletrônicos –


funcionam como uma câmera fotográfica (registra a radiação da luz emitida/refletida
pelo objeto). Captando bandas em infravermelho, que é muito importante para o estudo
de vegetações, as imagens serão analisadas, transformadas em mapas ou constituirão
um banco de dados chamados de geoprocessamento.

63
UNIDADE VI │ MÁQUINAS AGRÍCOLAS: TECNOLOGIAS DE PRECISÃO

Para que tudo isso ocorra é necessário gerarmos a captura de imagens em que é utilizado
o satélite, pois pode passar anos em órbita da terra. Para a coleta de informações
verificamos a seguinte ilustração:

Figura 68. Coleta de informações.

Fonte: <http://www.inpe.br/crs/crectealc/pdf/ronald_ceos.pdf>

A interação entre a Radiação Eletromagnética (REM) e o alvo, gerando as informações


relevantes, esse processo é composto por sete elementos principais:

(A) Fonte de energia ou iluminação.


(B) Radiação eletromagnética e atmosfera.
(C) Interação com o alvo.
(D) Registro da energia do sensor.
(E) Transmissão, recepção e processamento dos dados.
(F) Interpretação e análise.
(G) Aplicações.

A energia pode também ser emitida pelo alvo e nem todos os sistemas de
sensoriamento remoto produzem imagens.

Telemetria
Uma tecnologia que permite medição e comunicação de informações de interesse do
operador ou desenvolvedor de sistemas. A origem da palavra vem da cultura grega em
que tele = remoto e metron = medida.

Na prática temos um sistema de comunicação automatizado, as medições são feitas


e outros dados também são coletados em pontos remotos, pois existem lugares que
impossibilitam a utilização de cabeamento, e depois os dados são encaminhados

64
MÁQUINAS AGRÍCOLAS: TECNOLOGIAS DE PRECISÃO │ UNIDADE VI

ou transmitidos para equipamentos de recepção e processamento para o devido


monitoramento.

Em culturas saudáveis com garantia de bons resultados dependem de informações


atempadas de tempo e dados do solo. As estações de tempo são de grande importância
para o levantamento de informações como por exemplo, prevenção de doenças e de
irrigação de precisão.

Os parâmetros estabelecidos pelos equipamentos são utilizados para as tomadas de


decisões: temperatura do ar, umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar etc.,
os dados são transmitidos em microclimas e isso pode gerar erros devido à variação e
precisam vir de dentro da cultura.

Atualmente os equipamentos que utilizam essa tecnologia utilizam a transmissão de


rádio terrestre, podendo também ser utilizados satélites gerando custo elevado em sua
implantação, o monitoramento por SMS se torna uma opção mais barata.

Figura 69. Modelo exemplar estação de tempo.

Fonte: <climaeambiente.wordpress.com/2013/02/25/estacoes-meteorologicas-portateis/>

Controle de tráfego

Para que as raízes de uma determinada cultura não sejam afetadas pelo elevado tráfego
de máquinas realizado de forma desordenada, precisamos adotar procedimentos de
concentração de rodados.

Em uma situação de tráfego controlado é possível realizar a pulverização em momento


adequado, pois reduz prejuízos ao sistema de produção. Essa prática vem sendo utilizada

65
UNIDADE VI │ MÁQUINAS AGRÍCOLAS: TECNOLOGIAS DE PRECISÃO

em países como Austrália, aplicando um sistema elevado de tecnologia, podendo ter


auxílio do GPS – Sistema de posicionamento global em conjunto com piloto automático,
tendo como vantagens a potencialização da eficiência de campo dos equipamentos
durante os trabalhos agrícolas.

Durante os trabalhos com tráfego controlado pode ocorrer durante o deslocamento de


máquinas em mesmo local uma sobreposição das rodas de uma ou diversas operações,
esse fato causa a elevação da densidade do solo e redução do diâmetro dos agregados,
diminuindo a capacidade do solo em armazenar água.

Por esse motivo é importante planejar-se corretamente os locais para serem exclusivos
para o deslocamento de rodados das máquinas, a demarcação desses pontos ajuda o
agricultor a não cultivar em áreas já trafegadas por máquinas, pois o solo já estaria
comprometido com péssimas condições físicas para o plantio.

Resumindo o tráfego controlado pode e deve minimizar os prejuízos de produção,


controle da área e sustentabilidade do sistema de produção, gerando o aumento da
produtividade devido ao maior aproveitamento da água e do solo.

Esta ferramenta de cultivo vem sendo utilizada em grandes propriedades, permitindo a


redução de sementes em linhas que seriam destruídas pela operação de máquinas, com
isso elevando o lucro do produtor. Também é possível trabalhar com várias máquinas
executando a mesma operação no terreno, considerando a “distância entre os tiros”
calculados por pilotos automáticos facilitando manobras e aumentando o rendimento
operacional.

Evolução e novos sistemas globais de


navegação por satélites
As informações em um mundo globalizado estão em nossa disposição em segundos,
no entanto para que isso ocorra o sistema de navegação por satélite contribui com
informações primordiais principalmente para o posicionamento global, geração de
imagens e telecomunicações.

Historicamente, os seres humanos sempre se interessaram em saber qual a sua


real localização, onde surgiram as técnicas de orientação e utilizavam os astros.
Atualmente existem vários posicionamentos por satélite, o mais utilizado é o Sistema
de Posicionamento Global – GPS, desenvolvido na década de 1980, onde temos um
conjunto de 24 satélites que determinam a localização geográfica quase exata.

66
MÁQUINAS AGRÍCOLAS: TECNOLOGIAS DE PRECISÃO │ UNIDADE VI

Figura 70. Coleta de informações.

Fonte: <http://www.dw.com/pt/a-revolu%C3%A7%C3%A3o-dos-sistemas-de-navega%C3%A7%C3%A3o-via-
sat%C3%A9lite/a-16294675>

Para aplicação de novos sistemas a União Europeia vem contribuindo com novo
sistema de navegação, o Galileo. Tem uma concepção diferente na sua comercialização
e tecnologia, pois admite um maior número de satélites.

Alguns equipamentos conseguem juntar várias informações de diversos satélites que pode
ser conhecido como GNSS (Global Navigation Satellite System). Isso pode ocorrer em
setores mais complexos que precisam de mais precisão no manuseio dos equipamentos.

Figura 71. Coleta de informações.

Fonte: <http://www.dw.com/pt/a-revolu%C3%A7%C3%A3o-dos-sistemas-de-navega%C3%A7%C3%A3o-via-
sat%C3%A9lite/a-16294675>

Por exemplo uma propriedade rural que utiliza mecanismos em suas lavouras para
espalhar sementes com mais precisão, renderam uma economia de até 100 reais por
hectares de terra plantado.

67
IMPLEMENTOS UNIDADE VII
AGRÍCOLAS

Introdução
Outro ponto importante para se tratar de Máquinas Agrícolas são os implementos,
desempenhando um papel fundamental na economia, gerando reflexos em diversas
cadeias produtivas.

Os avanços tecnológicos também acompanham esses equipamentos gerando competividade


de seus produtos e conquistas de novos mercados. A unidade VII nos mostrará onde
os implementos são aplicados e qual tecnologia é mais utilizada para o conjunto trator
e implemento.

68
CAPÍTULO 1
Fundamentos sobre implementos
agrícolas

Equipamento mecânico que, acoplado a um trator ou a um animal desempenha funções


na agricultura.

Esses equipamentos e máquinas são aplicados principalmente na preparação do solo,


melhoram as condições de cultivo, propiciam um ambiente favorável à germinação e
crescimento da produção, assim são realizados manejos adequados aos preparos do
solo, controlando ervas daninhas.

O preparo do solo pode ser dividido em duas etapas:

»» Preparo primário: Com o objetivo de melhorias químicas e físicas do


crescimento e desenvolvimento das plantas. Os implementos aplicados a
esse processo são arados, escarificadores etc.

»» Preparo secundário: Com finalidade para facilitar a semeadura


referindo-se ao nivelamento da camada do solo que já sofrera o preparo
primário, os equipamentos que são aplicados nessa fase são grades
niveladoras, rolos destorroadores, etc.

Os implementos agrícolas podem ser classificados da seguinte forma:

»» Fonte de potência: Tração animal, tração mecânica etc.

»» Engate à fonte de potência: De arrasto, semimontados etc.

»» Quanto à aplicação: Preparo primário e preparo secundário.

Tecnologias embarcadas aos


implementos agrícolas
Os tratores utilizando o padrão de comunicação ISOBUS, norma internacional de
comunicação eletrônica entre tratores e implementos. Uma forma de estabelecer uma
base de compatibilidade para os equipamentos eletrônicos embarcados utilizando
recursos disponíveis pela informática e da automação no setor agrícola e com isso
trazendo grandes vantagens na agricultura de precisão.

69
UNIDADE VII │ IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

Figura 72. Exemplo de comunicação eletrônica embarcada.

Fonte: <http://www.usp.br/portalbiossistemas/?p=4823>

Segurança do trabalho na agricultura


Não podemos esquecer de quem trabalha na agricultura também merece ter uma vida
com qualidade e segurança.

Para isso, é necessária a melhoria contínua nos diversos aspectos da atividade agrícola,
nesse caso a segurança e saúde no trabalho. Ressaltando que ainda são registrados
acidentes de trabalho no setor, sem contar doenças causadas por atividades profissionais.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), destaca quatro pontos importantes


que geram riscos numa exploração agrícola:

»» Riscos na utilização de tratores, máquinas e ferramentas agrícolas


(esmagamento, quedas, amputações, cortes e outros).

»» Utilização de substâncias químicas/pesticidas (intoxicações, alergias).

»» Movimentação de cargas e posturas incorretas (lesões na coluna, lesões


musculares).

»» Riscos biológicos (doenças infecciosas, alergias, dermatites).

Os ambientes saudáveis e a proteção ao homem garantem benefícios como aumento de


produtividade e menores custos, tornando a gestão em saúde uma estratégia competitiva.

70
CAPÍTULO 2
Segurança e higiene nas
atividades agrícolas

Por meio da mudança progressiva do trabalho manual para as atividades mecanizadas,


modernizando a agricultura brasileira gerando consequência positivas e negativas. Com
isso os acidentes de trabalho no meio rural aconteciam sem grandes consequências aos
trabalhadores que estavam diretamente envolvidos.

Os trabalhadores rurais de uma maneira geral, estavam sujeitos à manipulação de


produtos agrotóxicos, quedas, utilização de ferramentas de trabalho e com aplicação de
máquinas agrícolas os riscos de acidentes aumentaram.

Considerando então que o acidente de trabalho é todo acontecimento que não esteja
programado e que interrompa, por pouco ou muito tempo, a realização de um serviço,
provocando perda de tempo, danos materiais ou lesão corporal.

Pesquisas apontam que dentre os acidentes que ocorrem no meio rural, os mais graves
e que merecem nossa atenção estão relacionados com tratores. Os acidentes geram
prejuízos nos setores econômicos e sociais, causam danos fiscos ao operador, mais de
60% das mortes ocorridas em acidentes de trabalho são decorrentes da mecanização
agrícola. Os acidentes com tratores difere-se dos outros tipos de equipamentos por
ocorrências de capotamentos, quedas a distinto nível, atropelamentos entre outros,
tornando-se fatais na maioria das vezes.

As atitudes para minimizar essas ocorrências estão apoiadas em duas grandes vertentes
nas atitudes inseguras e condições inseguras. A primeira refere-se diretamente a falhas
humanas, enquanto a segunda engloba as limitações inerentes à máquina.

Síntese da Norma NR 31 – Segurança e


saúde no Trabalho na agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aquicultura
A seguir, as principais atribuições regidas pela Norma NR – 31:

»» Garantir a realização do exame médico admissional, antes que o trabalhador


assuma suas atividades; exame médico periódico anual; exame médico
de retorno ao trabalho, que deve ser feito no primeiro dia do retorno à
atividade do trabalhador ausente por período superior a trinta dias devido

71
UNIDADE VII │ IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

a qualquer doença ou acidente; exame médico de mudança de função e


exame médico demissional até a data da homologação, desde que o último
exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de noventa dias.

»» Todo estabelecimento rural deverá estar equipado com material necessário


à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da
atividade desenvolvida. Sempre que no estabelecimento rural houver dez
ou mais empregados o material de primeiros socorros deverá ficar aos
cuidados da pessoa treinada para esse fim.

»» Em caso de acidente, o empregador deve garantir a remoção gratuita do


empregado até o centro de saúde mais próximo.

»» O empregador rural ou equiparado que mantenha vinte ou mais


empregados contratados por prazo indeterminado fica obrigado a
manter em funcionamento, por estabelecimento, uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (CIPATR).

»» É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos e produtos afins por


menores de 18 (dezoito) anos, maiores de 60 (sessenta) anos e por gestantes.

»» Para as atividades que forem realizadas necessariamente em pé, devem


ser garantidas pausas para descanso.

»» O empregador deve disponibilizar, gratuitamente, ferramentas adequadas


ao trabalho e às características físicas do trabalhador, substituindo-as
sempre que necessário.

»» Empregador deve fornecer e exigir que os trabalhadores utilizem os


Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

»» Devem ser disponibilizadas aos empregados instalações sanitárias fixas


ou móveis compostas de vasos sanitários e lavatórios, na proporção de
um conjunto para cada 40 empregados ou fração separados por sexo.

»» Caso os empregados realizem suas refeições nas frentes de trabalho,


deverá ser disponibilizado abrigo fixo ou móvel para alimentação e
proteção contra intempéries.

»» Obriga-se o empregador a disponibilizar ao empregado água potável e


fresca em quantidade suficiente.

»» O veículo de transporte coletivo dos empregados deve possuir autorização


emitida pela autoridade de trânsito, transportar todos os passageiros

72
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS │ UNIDADE VII

sentados, ser conduzido por motorista habilitado e devidamente


identificado e possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das
ferramentas e materiais separado dos passageiros.

A Norma Regulamentadora tem como principais objetivos o planejamento e


desenvolvimento das atividades, criar condições de segurança, saúde no meio ambiente,
explicar regras referentes à solidária, que juntas desenvolvem tarefas (cooperativas,
parceiros de produção).

A saúde dos colaboradores também acompanha a evolução das relações de trabalho


sem esquecer-se das melhorias de trabalho no campo.

73
DIRECIONAMENTO DAS
OPERAÇÕES GESTÃO UNIDADE VIII
DO AGRONEGÓCIO

Introdução
Esta unidade está baseada nas informações que envolvem o direcioamento das atividades
e gestão do agronegócio, os produtores rurais em um mercado competitivo necessitam
de profissionais que tenham recursos técnicos e gestão em desenvolvimento constante.

Nesse sentido, acredito ser importante o conhecimento na área de gestão mesmo se


for da forma básica, o produtor necessite de mudanças onde todos os profissionais
precisam estar envolvidos.

Direcionando as operações, o produtor consegue alcançar máxima eficiência, reduzindo


custos com semeadura, pulverizações, utilizando recursos de posicionamento já citados
(GPS).

O gestor baseando-se em tecnologias que ofereçam informações para reduzir as imprecisões


do manejo, identificando de maneira mais específica as zonas, realizando ajustes espaciais
para proceder à aplicação localizada de maneira apropriada. As informações a serem
controladas são, um sistema para identificar, quantificar, mapear e criar a prescrição correta
para diferentes zonas.

Atualmente o gestor precisa estar muito bem envolvido em diversas informações, novas
tecnologias e avaliar o controle do processo.

74
CAPÍTULO 1
A importância da gestão
do agronegócio

Precisamos atualmente entender que o controle das atividades rurais facilita os


produtores em suas tomadas de decisões com a finalidade de obter o melhor resultado
econômico e dar continuidade em sua produção.

Para que isso ocorra de forma correta é necessário também controlar as ações de
decidir o quê, quanto e como produzir, andamento do trabalho e avaliar os resultados
alcançados. Não é tão simples assim quando pensamos e falamos sobre a administração
rural e direcionamento das operações, pois o setor agropecuário consiste em múltiplas
atividades, operações financeiras (venda, compra, contratação de serviços, produção
etc.), e temos exemplos de alguns casos em que as propriedades ainda não conseguiram
atingir este nível desejado de estruturação e isso demanda tempo, mais o principal é ter
uma boa equipe com profissionais extremamente qualificados com foco em resultados.

Um bom admirador por exemplo, deve ser responsável pelas atividades e do


planejamento (produção e finanças), direção de seus subalternos diretos, controlar a
(produção, administração, e finanças), quais são os resultados obtidos como melhorar
as receitas e reduzir as despesas.

Aliados a essas informações o administrador com conhecimentos técnicos, competência


e sensibilidade propiciam ao produtor ferramentas para a competividade no mercado
e sucesso para sua atividade.

Por consequência, a necessidade de uma atualização dos meios de gerenciamento


nas empresas rurais é uma realidade para alcançar resultados de produtividade para
garantir o sucesso no empreendimento. Também é preciso estar atentos às tomadas
rápidas de decisões, adequando-se assim às mudanças da política e economia do país.

Dois pontos importantes que o administrador precisa ter como referência:

»» Planejamento:

Controlar o andamento das atividades, avaliar o desempenho desmembrando


as finanças, (contas bancárias particulares e das contas da empresa),
direcionar as atividades a serem executadas, cumprimento das programações
anuais da mesma forma procurar aprimorá-las, detectar possíveis problemas
operacionais.

75
UNIDADE VIII │ DIRECIONAMENTO DAS OPERAÇÕES GESTÃO DO AGRONEGÓCIO

»» Controle da produção:

Essa medida permite avaliar os resultados obtidos ao longo das atividades,


e com isso medir o desempenho.

Todas essas operações e transações que estão envolvidas no processo de fabricação,


operações, processamento e distribuição e consumo servem como base para a definição
para o agronegócio.

As funções do agronegócio são:

»» Suprimento à produção agropecuária.

»» Produção agropecuária propriamente dita.

»» Transformação, acondicionamento, armazenamento, distribuição, consumo


etc.

De uma forma mais abrangente o tratamento conjunto das informações o negócio


agrícola tem grande benefício para um desenvolvimento sustentável da sociedade
brasileira, gerando o agronegócio atributos de maior valor em termos mundiais para o
segmento econômico.

Em busca de competividade os empreendimentos rurais buscam novos modelos para


padrões operacionais e gerenciais onde o consumidor define os padrões de qualidade,
redução de custos e busca de faturamento fazem parte desse novo modelo.

As estratégias que determinam o sucesso das atividades dependem do porte do


empreendimento, pois possibilitam novas inserções de uma cadeia produtiva chamada
escala de produção. Para os de pequeno porte, as atividades devem ser direcionadas
para a diferenciação dos produtos, associando qualidade e preço competitivo.

Os empreendimentos de grande porte conseguem avaliar o potencial do mercado, a


melhor estratégia e qual o melhor momento de vendas, mais independente do porte as
expectativas de consumo indicam boas perspectivas para a produção rural.

76
AVANÇOS
TECNOLÓGICOS UNIDADE IX
RECENTES

Introdução
Nesta unidade vamos observar alguns equipamentos que fazem parte da evolução
recente dos dispositivos aplicados na agricultura.

Temos como exemplos drones e tratores automáticos que não utilizam operadores
para execução de tarefas. Lembramos que as tecnologias embarcadas no segmento
(eletrônico, robótica, hidráulica, pneumático e mecânica aplicada) estão em constante
evolução, todos os anos surgem mais e mais novas formas e técnicas de manejo.

Vamos então adentrar sobre esse assunto tratando como ponto inicial as inúmeras
formas de se compreender, estudar, aplicar as tecnologias que estão disponíveis no
mercado atualmente.

77
CAPÍTULO 1
Novas tecnologias

As formas de plantio e colheita no Brasil transformadas radicalmente com a aplicação de


novas tecnologias que atualmente chamamos de agricultura de precisão, geram dados
específicos, permitindo melhor uso da terra, aplicação de pesticidas de controlada e com
maiores resultados, redução da mão de obra, menos intervenções e com isso menos custos.

Alguns exemplos de máquinas e equipamentos que juntamente com as máquinas


discriminadas nos capítulos anteriores são de grande importância na agricultura de
precisão.

Drones e aviões controlados a distância por


meios eletrônicos e computacionais – UAVs
Esses equipamentos fazem uma varredura aérea podendo alcançar toda a extensão das
propriedades, fornecendo informações (uso da terra, número de plantas etc.), conseguindo
com isso acompanhamento completo do ambiente.

Por meio de imagens, os drones conseguem identificar pragas, em estágios assintomáticos


que não poderiam ser vistas a olho nu, permitindo o isolamento da área para aplicação
de pesticidas sem correr o risco de perder a colheita.

Figuras 73 e 74 . Drones.

Fonte: Por IT Forum 365/Hewlett Packard Enterprise/ <http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/ce-seminario-apresenta-


uso-de-drones-para-agricultura-127399>

Atualmente o uso de drones para coleta de informações utilizadas no georreferenciamento


de propriedades agrícolas representa uma economia e avanços na agricultura. Como por
exemplo, um levantamento ou mapeamento que demoraria um mês para ser executado
manualmente, com os drones pode ser realizado em um dia de serviço.

78
AVANÇOS TECNOLÓGICOS RECENTES │ UNIDADE IX

Veículos autônomos
Os principais fabricantes do mundo já estão disponibilizando tecnologias para que os
equipamentos permaneçam em funcionamento sem a presença do homem.

Para que isso ocorra, a aplicação de alguns equipamentos são primordiais como a
utilização do GPS onde em alguns casos ele ajuda o operador a levar a máquina pelo
caminho certo, em outras situações ele pode fazer o veículo mover-se sozinho.

Figura 75. GPS.

Fonte: <http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/85603-tecnologia-agricultura-campo-avancado-voce-imagina.htm>

Com esse recurso o operador não guia a máquina apenas, mas se preocupa em analisar
as condições de produção e otimizar o processo como um todo.

Outro equipamento importante é o sistema avançado de mapeamento da colheita,


sensores, satélites, conseguem gerar mapas do terreno permitindo realizar o serviço
de forma mais eficiente, distribuindo zonas de produção com base nas informações
históricas.

A indústria automotiva vem trabalhando bastante no desenvolvimento dessas máquinas


autônomas com expectativas de que nos próximos 10 anos teremos esses carros em
circulação. Existe um protótipo de um trator do futuro autônomo desenvolvido pela
CHN Industrial.
Figura 76. Trator do futuro.

Fonte: <http://autovideos.com.br/trator-futuro-sem-motorista-video-revela-novidade-inacreditavel-425cv/>

79
UNIDADE IX │ AVANÇOS TECNOLÓGICOS RECENTES

Com objetivo de aumentar a produtividade permitindo inclusive operação 24 horas, as


tecnologias embarcadas envolvem câmeras de múltiplas funções e GPS e usa o sistema
LIDAR (Light Detection And Ranging), tecnologia óptica de detecção remota que mede
propriedades da luz refletida a fim de obter a distância em relação a um determinado
objeto distante.

Pode ser programado com mapas e controlado por drones, a sua comunicação obedece
ao protocolo V2V, pode identificar obstáculos e outros veículos no caminho, parando
até receber novos caminhos. O seu motor tem uma potência de 425cv.

Controle de defensivos

Para o controle de defensivos as novas máquinas precisam ser bem eficientes, manter
os custos de produção e principalmente não prejudicar o meio ambiente. As suas
aplicações variam deste o desligamento automático de seções até o controle de aplicação
e somadas ao mapeamento da prescrição permite que áreas não cultivadas não sejam
contaminadas.

Finalizando

Com aplicação da IoT (Internet of Things), o campo se autogerencia, equipamentos


como por exemplo colheitadeiras inteligentes que em suas funções gerencia o melhor
caminho, estações de irrigações controladas por sensores meteorológicos (controle de
umidade da terra) e sobre falta de nutrientes específicos para uma cultura.

E para o futuro as máquinas estarão conectadas a uma central, gerando informações


que serão empacotadas e disponibilizadas aos clientes, agrônomos, vendedores etc.

80
Referências

Sites
<http://www.sober.org.br/palestra/15/1208.pdf>

<http://www.senar.org.br/sites/default/files/158_-_maquinas_ap_a5.pdf>

<http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Pesquisa-e-Tecnologia/
noticia/2015/04/6-maquinas-agricolas-imperdiveis-da-agrishow.html>

<http://monografias.brasilescola.uol.com.br/agricultura-pecuaria/as-inovacoes-
tecnologicas-no-campo.htm>

<h t t p :/ /w w w .car tacapi t al .com.br/ec onomia/o-p ap el-d a-tec nologia- n a -


agricultura-4573.html>

<http://rafaelcamachoagro.blogspot.com.br/2012/03/importancia-da-tecnologia-
para.html>

<http://coralx.ufsm.br/laserg/admin/arquivos/0306091404_EGR_1018_TEC_
AGRIC_AGRONOMIA__PPS.pdf>

<http://agrimec.com.br/produtos/>

<http://acesso.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4295EFDF0143067D95BD746A/
NR-31%20(atualizada%202013).pdf>

<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgiMEAJ/tecnologia-embarcada-
maquinas-agricolas>

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Telemetria>

<www.comatreleco.com.br/telemetria-sistema-telemetria/>

<http://www.revistaplantar.com.br/agricultura-de-precisao-trafego-controlado-
edicao-68/>

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Implemento_agr%C3%ADcola

<http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/12-15-18-disciplinainfra
estruturaapostila.pdf>

81
REFERÊNCIAS

<http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/177/Dissertacao.pdf

<http://www.unigeo.com.br/unigeo/agricultura-de-precisao/>

<http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/85603-tecnologia-agricultura-campo-
avancado-voce-imagina.htm>

<http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/85603-tecnologia-agricultura-campo-
avancado-voce-imagina.htm>

<http://www.unigeo.com.br/unigeo/destaques/a-importancia-da-tecnologia-na-
agricultura-de-precisao/>

<http://wwwp.feb.unesp.br/abilio/maqagri.pdf>

<ftp://www.ufv.br/Dea/Disciplinas/Haroldo/ENG338/APOSTILA%20DE%20ENG-
338%20PARTE%201.pdf>

<http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/engenhariarural/
CARLOSEDUARDOANGELIFURLANI/arados.pdf>

<http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p295070d7689/material4.pdf>

<https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/
CultivodaMangueira_2ed/defensivos.htm>

<http://www.jacto.com.br/adm/arquivos/Manual%20de%20Treinamento%20
%20-%20Manual%20%20T%E9cnico%20de%20Orienta%E7%E3o%20de%20
Pulveriza%E7%E3o%20-.pdf>

<http://www.portalmaquinasagricolas.com.br/fazer-manutencao-preventiva-e-
muito-mais-eficiente-e-economico-que-intervencao-para-corrigir-falhas/>

<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgiMEAJ/tecnologia-embarcada-
maquinas-agricolas>

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Telemetria>

<https://www.agrolink.com.br/georreferenciamento/AgriculturaPrecisao.aspx>

<http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/sj_agricultura.html>

<http://www.scielo.br/pdf/%0D/cr/v32n6/12742.pdf>

<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr31.htm>

82

Potrebbero piacerti anche