Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Atualmente, as algas estão incluídas em três reinos: As algas azuis ou Cianophytas são organismos uni-
Monera, Protista, Metaphyta ou Plantae. celulares e procariontes e, portanto, pertencem ao reino
monera, juntamente com as bactérias. Estas algas po-
dem viver isoladas ou em colônias.
No Reino Monera
As algas azuis são encontradas nos mares, água do-
Estão as algas azuis ou Cianofíceas, ou mais atual- ce e em ambiente terrestre úmido e podem juntamente
mente chamadas cianobactérias. com os fungos, formar os líquens.
Além da clorofila e xantofila, as cianofíceas têm pig-
No Reino Protista mentos próprios que, em conjunto, são denominados fi-
As algas Euglenófitas, as Crisófitas e as Pirrófitas. cobilinas. Um desses pigmentos é a ficocianina (azul) e
o outro é a ficoeritrina (vermelho). Não ocorrem plastos.
No Reino Metaphyta (ou Plantae) Nas cianofíceas coloniais filamentosas existem célu-
As algas verdes ou Clorofíceas, as algas pardas ou las especiais modificadas, com paredes celulares mais
Feofíceas e as algas vermelhas ou Rodofíceas. espessas, chamadas heterocistos e que admite-se se-
rem responsáveis pela fixação do nitrogênio atmosfé-
rico.
Classificação
Locomoção: por deslizamento, não apresentando
A classificação das algas depende do tipo de pig-
cílios, flagelos ou pseudópodos.
mento que possuem, das substâncias de reserva e
da constituição da parede celular. Reprodução: É sempre assexuada. As algas unice-
lulares realizam a bipartição (cissiparidade).
1
Reserva: amido.
Reprodução: por cissiparidade.
Algumas apresentam bioluminescência e em deter-
minadas épocas podem se proliferar exageradamente
nos mares, sendo responsáveis pela MARÉ VERME-
LHA, fenômeno esporádico onde o aceano parece estar
“pegando fogo”. Além disso são extremamente tóxi-
cas. Exemplo: Gymnodinium, Peridinium etc.
Chrysophyta - (Diatomáceas):
Dois dinoflagelados:
Em cima, o Pridinium sp.; embaixo, o Ceratium sp. Staurastrum brasiliense.
2
Estão entre as mais desenvolvidas, sendo pluricelu-
lares e marinhas em sua maioria. Vivem em profundi-
dades de até 170 m.
Pigmento: clorofila, caroteno e a ficoeritrina (pig-
mento vermelho).
Reserva: amido das florídeas.
Reprodução: sexuada ou por alternância de gera-
ções (metagênese).
Reserva: amido.
Pigmento: clorofila e carotenóides (caroteno, xanto-
fila). Exemplo: alface-do-mar.
3
Algumas feofíceas possuem vesículas cheias de ar de bactérias. Uso em
para a flutuação. laxantes.
Em algumas regiões são muito abundantes, como no
Mar de Sargaço, onde são responsáveis pela cor mar-
rom das águas. TESTES
01. São algas que pertencem ao Reino Protista:
a) Diatomáceas e Cianofíceas;
b) Clorofíceas e Rodofíceas;
c) Crisofíceas e Dinoflageladas;
d) Cianofíceas e Bactérias;
e) Feofíceas e Dinoflageladas.
4
04) Na isogamia, os gametas são idênticos; Os fungos são organismos uni ou pluricelulares,
08) Pode haver produção de esporos; aclorofilados e, portanto, heterótrofos. são popularmen-
16) Os gametas masculinos podem ser denominados antero- te conhecidos por bolores, mofos, cogumelos, trufas e
zóides. orelhas de pau.
08. Massas de algas filamentosas, depois de vários dias cla-
ros, são encontradas flutuando na superfície de charcos. As
A maioria dos fungos apresenta parede celular de
mesmas massas de algas, após alguns dias nublados, ficam QUITINA (um polissacarídeo). O material de reserva é o
submersas. Qual a explicação para o fenômeno? GLICOGÊNIO, como nos animais.
O corpo de um fungo pode apresentar dois sistemas:
a) Em dias nublados, a taxa de respiração aumenta e for- o vegetativo, responsável pela obtenção de nutrientes
mam-se bolhas de CO2;
b) Em dias nublados, a planta não consegue luz e por isso
do substrato, e o reprodutivo, que em alguns cogume-
submerge; los é denominado também corpo de frutificação.
c) Em dias nublados, a planta submerge para evitar perda de O corpo dos fungos é denominado MICÉLIO, que é
água; um conjunto de filamentos denominados HIFAS. Já se
d) Em dias claros, a taxa de fotossíntese aumenta e formam- calculou que um cogumelo pode ter alguns quilômetros
se bolhas de O2; de hifas no substrato em que vive, qualquer local úmido
e) Em dias claros, a planta perde mais água e fica mais leve. com matéria orgânica abundante. Os fungos podem
crescer em madeira, papel, frutos, couro e até partes
09. Quanto à reprodução das algas, podemos afirmar o se- dos corpos de seres vivos (é o que ocorre quando um
guinte: animal tem micose ou quando uma planta é atacada pe-
a) Constituem os únicos vegetais incapazes da formação de la “ferrugem”). Assim, os fungos são heterótrofos, po-
esporos; dendo atuar como PARASITAS ou como SAPRÓFA-
b) São vegetais que apresentam somente reprodução sexua- GOS. Quando o fungo se desenvolve bastante, uma
da; parte cresce para fora do alimento, formando às vezes
c) Na reprodução desses vegetais, encontramos apenas iso- bonitas figuras: é o corpo de frutificação, onde são pro-
gamia; duzidos e dispersados os esporos, células capazes de
d) São vegetais que apresentam tanto reprodução assexuada formar novos indivíduos.
como sexuada;
e) Entre as algas é comum a formação de zigotos haplóides. Lembre-se: Conjunto de Hifas: Micélio
O micélio não pode ser considerado um tecido ver-
REINO FUNGI dadeiro. Mesmo quando são pluricelulares, apenas
apresentam um amontoado desordenado de filamentos.
HETERÓTROFOS
EUCARIONTES Tipos de Hifas
FUNGOS PRODUZEM ESPOROS
NÃO TÊM TECIDOS ORGANIZADOS a) HIFAS CENOCÍTICAS (Não septadas)
São hifas que não apresentam septos de separação
entre uma célula e outra.
Nutrição
O principal modo de nutrição dos fungos se dá por
saprofitismo, isto é, obtém seus alimentos decompon-
do a matéria orgânica. Outros fungos são parasitas e,
dessa forma, nutrem-se retirando substâncias importan-
tes de hospedeiros, prejudicando-os. Ocorre também
aqueles que formam associações mutualísticas com
Existem cogumelos venenosos e até mortais, como o amanita,
outros organismos: líquens (neste caso de algas e fun-
e cogumelos comestíveis, como o champignon. Nem sempre
é fácil distinguir os comestíveis dos tóxicos.
gos) e micorrizas (associação de fungos com raízes de
algumas plantas).
5
Respiração res que os aplanósporos. Ocorrem nos fungos Penicil-
lium e Aspergillus.
A respiração dos fungos é geralmente aeróbica, mas
muitos são anaeróbios e realizam a fermentação, como
é o caso dos fermentos biológicos.
Reprodução
Os fungos podem se reproduzir tanto sexuada como
assexuadamente, sendo que o principal meio reprodu-
tivo é pela formação de esporos. Estas são células ge-
ralmente formadas em estruturas denominadas espo-
rângios.
a) Brotamento ou Gemiparidade: é muito comum Ascóporos: são esporos produzidos em esporângio
nas leveduras, consistindo na formação de uma expan- que apresenta forma de saco e recebe o nome de asco.
são lateral, semelhante ao organismo paterno, porém São geralmente em número de oito por asco.
de menor tamanho; esta estrutura pode se destacar e
originar um descendente que mantém ainda a mesma Basidiósporos: São esporos formados na extremi-
carga genética. É um caso de reprodução assexuada. dade de um esporângio em forma de clava, denominado
basídio. São geralmente em número de quatro.
6
assim podem se reproduzir pela formação de zôosporos
Obs.: As algas que constituem os líquens são algas
ou de aplanósporos. Apresentam também reprodução
azuis (cianofíceas) ou algas verdes (clorofíceas).
sexuada. Um dos exemplos mais conhecido é o Rhizo-
pus sp (bolor preto do pão), Saprolegnia (figura).
MICORRIZAS
Já as micorrizas, representam uma associação mu-
tualística envolvendo fungos e raízes de plantas: o fun-
go utiliza matéria orgânica da raiz, retribuindo com um
aumento da absorção de água e sais minerais, o que
permite um maior desenvolvimento da planta.
Alimento
RAIZ FUNGO
Absorção de água e sais
2) ASCOMICETOS
São fungos formados por hifas septadas monocarió-
ticas e dotados de esporângio em forma de saco (asco)
no qual são produzidos, geralmente, oito ascosporos. A
grande maioria dos fungos desse grupo é decomposi-
tora.
Micorriza e a nutrição da planta. Plântulas com nove meses de Os ascos estão localizados nos corpos de frutifica-
idade de white pine (Pinus strobus) cresceram por dois meses ção denominados ascocarpos que podem se apresentar
em solução nutritiva esterelizada e foram transplantadas para como cavidades abertas (apotécios) ou fechadas (peri-
solo de pradaria. As plântulas da esquerda foram transplan- técios).
tadas diretamente. As plântulas da direita cresceram por duas Nesta classe, os exemplos mais conhecidos são os
semanas em solo de floresta contendo fungo, antes de serem fungos dos gêneros Saccharomyces, Neurospora, Peni-
transplantadas para o solo de pradaria.
cillium, Aspergillus e Claviceps.
Classificação 3) BASIDIOMICETOS
O Reino Fungi pode ser dividido em dois grupos: Os basidiomicetos são os conhecidos cogumelos de
chapéu. São formados por hifas septadas geralmente
Mixomicetos dicarióticas. A característica básica desse grupo é a
presença de esporângio em forma de clava (basídio)
São fungos mais simples, de corpo gelatinoso, típi- onde são formados esporos externos (basidiósporos). O
cos de ambientes sombrios. Possuem pequeno número corpo de frutificação onde se localizam os basídios é o
de espécies. denominado basidiocarpo.
Eumicetos
Fungos verdadeiros, com grande número de espé-
cies. Se dividem em quatro classes principais.
1. FICOMICETOS
2. ASCOMICETOS
3. BASIDIOMICETOS
4. DEUTEROMICETOS
1) FICOMICETOS
“Fungos semelhantes a algas”
Os ficomicetos são fungos dotados de hifas ceno-
cíticas. São encontrados tanto na água, como na terra, Organização de um cogumelo.
7
Os exemplos mais conhecidos são as orelhas-de- Importância dos Fungos
pau, champignons e os fungos alucinógenos e veneno-
sos como a Psilocybe mexicana e o Amanita muscaria, A grande maioria dos fungos é decompositora e
respectivamente. assim promove a reciclagem da matéria orgânica do
A reprodução sexuada nos basidiomicetos envolve ecossistema. Apesar desse aspecto, a característica de-
fusão de hifas, sem a presença de gametas ou game- compositora de muitos fungos promove o apodreci-
tângios (estruturas produtoras de gametas). mento de alimentos, madeiras de construção e até
tecidos, causando grandes prejuízos econômicos.
4) DEUTEROMICETOS Muitos fungos são parasitas e assim podem provo-
car doenças em plantas e animais. Muitas doenças cau-
Antes denominados “fungos imperfeitos”, são aque-
sadas por fungos são denominados micoses.
les em que não se conhece o processo de reprodução
As micoses mais comuns no homem surgem na pe-
sexuada. São fungos encontrados em ambientes distin-
le, principalmente no couro cabeludo e barba, unhas e
tos. Muitos são saprófitos, presentes geralmente no solo
entre os dedos dos pés (pé de atleta). Muito grave é a
e água, e outros são parasitas de plantas e animais.
micose conhecida como histoplasmose, que afeta os
Dentre os parasitas, destaca-se a espécie Cândida
pulmões.
albicans, causadora do sapinho nas mucosas do corpo
Na alimentação são importantes os fungos comes-
humano.
tíveis do gênero Agaricus (champignon). Outros são
Observação: ASCO é um esporângio com o aspec- ainda utilizados na indústria de bebidas, como o vinho e
to de bolsa, contendo um número variável de esporos a cerveja, e na preparação do pão. Nesses processos é
chamados ascóporos, produzidos por meiose. Observe importante a atividade do fungo Saccharomyces cere-
no esquema abaixo o bolor róseo do pão, um Ascomi- visae, capaz de transformar o açúcar em álcool etílico e
ceto. CO2. Os fungos Penicillium roquefort e Penicilium ca-
memberti são utilizados na fabricação de queijos.
Na medicina, podem ser utilizados na fabricação de
medicamentos, principalmente antibióticos. Nesse ca-
so, é importante lembrar do Penicilium notatum do
qual se extrai a penicilina.
Existem espécies de fungos que são muito veneno-
sos, podendo causar a morte em caso de ingestão. Um
caso é o da Amanita muscaria encontrado em reflores-
tamentos de pinus. Outros causam alucinações como o
gênero Psilocybe. Com essa característica é importante
citar o caso do fungo Claviceps purpurea, o esporão do
centeio, do qual se extrai a ergotamina, matéria prima
na produção do LSD.
Bolor rosado de
Ascomicetos Ascóporos
pão, leveduras
Cogumelo,
Basidiomicetos Basidiósporos
Orelha-de-pau
Esporos
Deuteromicetos
Candida
meióticos
albicans
desconhecidos
8
LEITURA: MIXOMICETOS 17. Sobre os líquens, assinale as opções verdadeiras:
Trata-se de um grupo com poucas espécies, cujos 01) As gonídias são algas azuis, verdes e pardas.
representantes atualmente estão incluídos no REINO 02) Na reprodução predomina a produção de sorédios.
PROTISTA, pois alguns lembram grandes amebas mul- 04) Existe uma associação comensal entre a alga e o fungo.
tinucleadas. Geralmente crescem sobre material orgâ- 08) Todos os fungos podem tomar parte da estrutura de um
nico abundante e umedecido, reproduzindo-se também líquen.
16) São encontrados em quase todos os ambientes.
por meio de esporos. 32) Sorédios são células sexuais dos líquens.
9
BRIÓFITAS PTERIDÓFITAS
Características Gerais Características Gerais
As Briófitas compreendem os musgos, as hepáti- As pteridófitas são plantas criptógamas vasculares,
cas e as antocerotas. São vegetais clorofilados e des- com raiz, caule e folhas bem desenvolvidos, daí seu
providos de vasos condutores (avasculares). Assim, aparelho vegetativo ser denominado colmo. Apresen-
seu corpo é um talo, não tendo raízes, caule e folhas tam alternância de gerações, sendo a geração esporofí-
verdadeiros. Nos musgos encontramos um eixo cha- tica a fase dominante, mais desenvolvida. São conside-
mado CAULÓIDE de onde saem os FILÓIDES, lâminas radas as primeiras plantas que conquistaram definitiva-
responsáveis pela fotossíntese, e os RIZÓIDES, fila- mente o meio terrestre.
mentos de fixação que também absorvem água e sais Os exemplos mais comuns incluem a samambaia, o
minerais. As hepáticas possuem apenas uma lâmina xaxim, a avenca, o samambaiaçu, etc.
sob a qual se formam os rizóides.
Como não têm vasos condutores, as Briófitas são de Reprodução
pequeno porte, não ultrapassando alguns centímetros.
Vivem restritas a ambientes terrestres úmidos ou em Como as briófitas, também as pteridófitas apresen-
água doce. Não há Briófitas marinhas. tam alternância de gerações, uma sexuada, gametofíti-
ca, n, e outra assexuada, esporofítica, 2n.
Reprodução Devemos, entretanto, salientar que nas pteridófitas a
geração esporofítica é a mais desenvolvida, sendo a fa-
É feita alternadamente com ciclos sexuados (com se duradoura.
gametófitos) e assexuados (esporófitos). Assim, uma planta de samambaia representa o es-
Os gametófitos são de sexos separados, tendo ga- porófito. Este consta de raiz, caule, folhas e forma espo-
metângios nos seus ápices. Os gametângios masculi- ros. O gametófito, chamado protalo, tem vida indepen-
nos são denominados anterídios, responsáveis pela dente, pode ser uni ou bissexuado, é reduzido, e repre-
formação dos anterozóides, os gametas masculinos. senta a fase transitória.
Os gametângios femininos são os arquegônios, que De acordo com a natureza dos esporos existem dois
formam apenas um gameta feminino em seu interior – tipos de ciclos alternantes:
a oosfera.
A transferência de anterozóides da planta masculina 1. Ciclo das isosporadas.
para a feminina depende da água de chuva ou orvalho. 2. Ciclo das heterosporadas.
Assim, os anterozóides nadam em direção às oosferas
fecundando-as.
Forma-se então um zigoto, que origina um embrião.
Este embrião se desenvolverá, formando um espo-
rofito com cápsulas que por meiose originarão novos
esporos.
10
1. As isosporadas produzem esporos, todos iguais, a) As folhas velhas, o gametófito e o conjunto de esporân-
que, quando germinam, originam um gametófito, isto é, gios.
um protalo hermafrodita. b) As folhas novas, o gametófito e o conjunto de esporângios.
c) O esporófito, o gametófito e as folhas novas enroladas.
2. As heterosporadas produzem esporos de dois ti- d) O esporófito, as folhas velhas e o gametófito.
pos: masculinos e femininos. Após germinação, cada e) As folhas novas e enroladas, o conjunto de esporângios e
esporo origina um protalo de sexo diferente. o gametófito.
__________________________________________________
Ciclo de vida das pteridófitas.
__________________________________________________
TESTES __________________________________________________
a) Gametofítica e 2n __________________________________________________
b) Gametofítica e n
c) Esporofítcia e 2n __________________________________________________
d) Esporofítica e n
__________________________________________________
e) Fase do protalo
__________________________________________________
22. Nas samambaias, o báculo, o protalo e os soros são, res-
pectivamente:
11
OS VEGETAIS SUPERIORES
Características Gerais
Os vegetais têm sido chamados pelos botânicos por
vários nomes: fanerógamos, espermatófitos ou em-
briófitas sifonógamas. Todos esses nomes se justifi-
cam pelas características gerais das plantas que inte-
gram esse grande grupo:
Nos megasporófilos há megasporângios
Presença de flores – phaneros = visível; gamos = que são os óvulos das plantas.
casamento.
Produção de sementes – sperma = semente; phy-
ton = vegetal.
Produção independente da água, por meio do tu-
bo polínico que age como um sifão, conduzindo o
gameta masculino.
Esse grupo de plantas se divide em gimnospermas
e angiospermas, os primeiros sem frutos, os segundos
já dotados deles.
12
FISIOLOGIA VEGETAL
Absorção de Água nas Plantas
Em plantas avasculares aquáticas, como é o caso de
numerosas algas, as células periféricas absorvem a
água do meio por osmose. As células não-periféricas re-
cebem, também por osmose, água das células adjacen-
tes estabelecendo-se uma corrente osmótica entre elas.
Esse mecanismo osmótico de condução célula a ce-
lula é extremamente lento; constitui, no entanto, o me-
canismo verificado em plantas avasculares, como as al-
gas e as briófitas. A lentidão desse processo torna via-
vel a vida dessas plantas apenas em ambiente aquático
ou muito úmido. As algas têm sua existência pratica-
mente limitada à vida aquática.
Ciclo de vida de uma angiosperma. As briófitas, embora representadas no ambiente ter-
restre, são na maioria plantas de lugares úmidos e som-
Principais diferenças entre plantas breados. São sempre de pequena altura, com apenas
monocotiledônias e dicotiledônias alguns centímetros, e extremamente sensíveis à desse-
cação. Ocorrendo nelas transpiração intensa, não con-
seguem repor água em tempo hábil, em virtude da len-
tidão do processo osmótico célula a célula, próprio das
plantas avasculares.
Nas plantas vasculares, a absorção da água ocorre
principalmente na zona dos pêlos absorventes das Raí-
zes. Nas regiões mais velhas do sistema radicular, ela é
reduzida, devido ao processo de suberização.
A figura a seguir mostra um esquema de corte trans-
versal da raiz, na região dos pêlos absorventes, e indi-
ca, através de setas, os caminhos que a água e os sais
minerais presentes no solo podem fazer para chegar até
o interior do xilema.
13
derme para atingir o xilema. Isto porque a presença e a em direção ao pote pelo processo de evaporação. En-
disposição ordenada das estrias de Caspary nas células quanto a água evapora, o mercúrio ascende pelo tubo
endodérmicas orientam a passagem desses elementos. de vidro, substituindo-a.
Nessas células, ocorrem mecanismos ativos de seleção Processo semelhante ocorre com o ramo de folhas
dos íons que serão encaminhados ao xilema; a água colocado na extremidade do tubo de vidro com água: a
passa para o xilema por osmose. Chegando ao xilema, perda de água por transpiração das folhas cria uma
a água e os sais minerais são conduzidos para as força suficiente para “puxar“ a água do tubo de vidro,
demais regiões do planeta. que é substituída pelo mercúrio.
A perda de água por transpiração nas folhas faz com
que suas células fiquem com força de sucção aumen-
Os Nutrientes Minerais tada. Com isso, tendem a absorver, por osmose, água
do xilema, onde a concentração é menor. A água passa
As plantas necessitam de quantidades relativamen-
então do xilema para as células do clorênquima das
te grandes de determinados elementos químicos, como
folhas.
o nitrogênio (N), o potássio (K), o cálcio (Ca), o fósforo
Como as moléculas de água ficam muito coesas,
(P), o enxofre (S) e o magnésio (Mg). Por isso esses
elas permanecem unidas entre si e são puxadas sob
elementos são chamados macronutrientes ou macroele-
tensão. Forma-se, assim, uma coluna contínua de água
mentos (do grego makrós, grande). Já elementos quí-
no interior do xilema, desde as raízes até as folhas.
micos como o cloro (Cl), o boro (B), o manganês (Mn), o
zinco (Zn), o cobre (Cu), o molibdênio (Mo) e o ferro
(Fe) são necessários em pequena quantidade, e por is-
so recebem o nome de micro-nutrientes ou microele-
mentos.
A falta de algum desses nutrientes causa sintomas
específicos nas plantas. Por exemplo, se faltar magné-
sio, as folhas ficarão amareladas.
14
(concentração alta) até um local onde é consumida
(concentração baixa).
A hipótese do fluxo em massa pode ser demonstra-
da através de um modelo físico simples. Acoplam-se
dois balões (denominados A e B) feitos com membra-
nas semipermeáveis a um tubo de vidro em “U”. No
balão A coloca-se uma solução concentrada de açúcar
e no B, água destilada.
Esses balões, assim montados, são mergulhados
em um recipiente contendo água destilada.
Transpiração
A transpiração corresponde à perda de água sob a
forma de vapor. É o principal mecanismo através do
As folhas continuam a receber a seiva bruta, mas as
qual a água absorvida pela planta é perdida para o meio
raízes e demais partes abaixo do corte deixarão de
ambiente. Apenas como exemplo, o milho é uma planta
receber a seiva elaborada. Dessa forma, por falta de
que perde, por transpiração, mais de 98% da água que
nutrição das raízes, a planta terminará por sucumbir.
absorve.
A seiva elaborada transporta não só o açúcar produ-
zido nas folhas, como também aminoácidos, hormônios
e outras substâncias dissolvidas em água. A condução
da seiva elaborada é denominada translocação.
A explicação mais aceita para a translocação foi pro-
posta por Munch, em 1927, e é denominada hipótese do
fluxo em massa ou hipótese do fluxo por pressão.
Segundo essa hipótese, a seiva elaborada move-se Retida Metabolizada Transpirada
através do floema, ao longo de um gradiente decres-
Quantidades relativas entre a água transpirada, retida e meta-
cente de concentração, desde o local onde é produzida
bolizada no milho.
15
A transpiração pode ocorrer em pequena porcenta- chegar a um ponto em que a folha praticamente não
gem através das lenticelas do caule, mas o principal perde mais peso. A partir daí, a transpiração estomática
órgão da planta responsável por essa função é a folha, não mais ocorre, pois os estômatos se fecharam.
e será nela que deteremos nossa atenção. A folha perderá peso somente através da transpira-
Na folha, a transpiração pode ocorrer através da cu- ção cuticular, que é pouco intensa e não depende do
tícula que reveste a epiderme, recebendo o nome de controle da planta.
transpiração cuticular, ou através dos estômatos, sendo
então denominada transpiração estomática. A transpira-
ção cuticular é pouco intensa, e independe do controle Gutação
do organismo. A transpiração estomática é o principal
A planta pode também perder água sob forma líqui-
mecanismo de perda de água pela planta, e ela depen-
da: é a gutação.
de do controle do organismo.
A gutação não é observada em todas as plantas,
A abertura e o fechamento dos estômatos são con-
mas muitas delas apresentam formações, denominadas
trolados por diversos fatores, sendo o principal deles a
hidatódios, através das quais o processo ocorre.
água. Se as plantas estiverem com suprimento adequa-
A gutação ocorre quando a folha está saturada de
do de água, as células estomáticas permanecerão túrgi-
água e a atmosfera que a envolve apresenta umidade
das, mantendo o poro aberto; com suprimento insufici-
relativa muito alta. É o que acontece, por exemplo, em
ente, as células perdem água e conseqüentemente o
folhas de morangueiro nas madrugadas frias e úmidas.
turgor, e fecham o poro.
As gotas que brotam das folhas por gutação não se
constituem de água pura: contêm sais minerais dissol-
A B vidos.
A gutação não pode ser confundida com o orvalho,
que decorre da condensação de vapores de água da at-
mosfera sobre a superfície folhear. Esses dois proces-
sos têm exigências comuns: alta umidade relativa e bai-
xa temperatura.
16
redução não só da fotossíntese como também na maio-
ria das reações vitais. Isso acontece porque as enzimas
são desnaturadas em temperaturas elevadas.
Em condições ideais de temperatura e concentração
de gás carbônico, a taxa de fotossíntese eleva-se pro-
gressivamente em função do aumento de luminosidade.
O valor de intensidade luminosa a partir do qual a taxa
de fotossíntese deixa de aumentar é chamado ponto de
saturação luminosa (PSL).
Luzes de cores distintas, ou seja, com diferentes
comprimentos de onda, influenciam de modo variado no
processo fotossintético. A clorofila absorve mais eficien-
temente os comprimentos de onda correspondentes ao
A intensidade luminosa na qual a taxa de fotossínte- azul, ao violeta e ao vermelho e quase não absorve a
se se iguala à da respiração é denominada ponto de luz verde.
compensação fótica, ou simplesmente ponto de com-
pensação (P.C). Nessa intensidade de luz, todo o açú-
car e O2 produzidos pela fotossíntese são consumidos
Hormônios Vegetais
pela respiração, e todo CO2 produzido na respiração é Os principais hormônios vegetais (ou fitormônios)
utilizado pela fotossíntese, não havendo saldo energé- que atuam sobre o crescimento e o desenvolvimento
tico. Diz-se que a planta está em equilíbrio energético. das plantas são: as auxinas, as giberelinas, as citocini-
Abaixo do ponto de compensação, a taxa de fotos- nas, o etileno e o ácido abscísico.
síntese é menor que a de respiração e, portanto, a plan-
ta está consumindo mais do que produz. As plantas não
podem permanecer por períodos prolongados abaixo do Auxinas
ponto de compensação nem exatamente nele, pois não
As auxinas foram o primeiro grupo de substâncias
teriam reservas para o período em que apenas respi-
identificadas como fitormônios. Seu descobrimento
ram. Acima do P.C. elas têm condições de armazenar
ocorreu em função de experimentações que visavam
reservas, que são importantes para sua sobrevivência.
estudar o fototropismo do caule.
O valor do P.C. varia dependendo da espécie. Al- As diversas pesquisas realizadas indicaram o ápice
gumas estão adaptadas a viver em locais expostos ao como a estrutura de maior importância nesse movimen-
sol, necessitando de altas intensidades de luz para a to. Darwin, em 1880, demonstrou que, ao se cobrir com
realização eficiente da fotossíntese. Estas plantas pos- papel opaco o ápice de coleóptilos de alpiste, submeti-
suem um alto P.C. e são chamadas de plantas de sol ou dos a iluminação unilateral, não ocorria o fototropismo;
heliófitas. Outras, ao contrário, estão adaptadas a viver no entanto, coleóptilos cujos ápices não estavam enco-
em locais mais protegidos da luz, realizando fotossínte- bertos apresentavam fototropismo positivo.
se de modo eficiente mesmo em intensidade luminosa
baixa. Estas plantas possuem baixo P.C. e são cha-
madas plantas de sombra ou umbrófitas.
17
Essa diferença de atuação da auxina, em função de
suas concentrações no caule e na raiz, permite explicar
o fototropismo negativo da raiz, quando a planta é sub-
metida a uma mesma intensidade de luz, dirigida unila-
teralmente.
No caule, a concentração de auxina do lado não ilu-
minado determina estimulação do crescimento, enquan-
to na raiz determina inibição do crescimento. Ocorre,
então, curvatura do caule no sentido da luz e curvatura
da raiz no sentido oposto.
Auxinas e tropismos
As auxinas, apesar de serem hormônios de cresci-
mento, podem atuar também como inibidores desse
processo, dependendo da concentração em que ocor-
rem. É verdade que o aumento da concentração de au-
xina aumenta a porcentagem de estimulação, porém,
isso ocorre até uma determinada concentração, denomi-
nada “ótimo”. A partir daí, o aumento na concentração
de auxina provoca inibição do crescimento. Além disso,
diferentes órgãos da planta respondem de diferentes
modos a uma mesma concentração de auxina. As Raí- A poda e a Dominância Apical
zes, por exemplo, são mais sensíveis que os caules em As auxinas, produzidas principalmente pelo meris-
relação a esses hormônios. Concentrações de auxinas tema apical do caule, inibem a atividade das gemas
que estimulam o crescimento do caule provocam inibi- axilares. Assim, ao se retirar a gema apical, verifica-se
ção do crescimento da raiz, como mostra o gráfico: que as gemas axilares saem do estado de dormência,
dando origem a ramos laterais, folhas e flores.
Com base nesse princípio é que se efetua a poda
das plantas, pois ao se podar a gema apical, a planta
desenvolve vários ramos laterais.
18
auxina. Das sementes, esse hormônio passa para a pa- Etileno
rede do ovário, estimulando a distensão das células
desse órgão e contribuindo para a formação do fruto. O etileno é um gás produzido pelas próprias plantas
Pode-se induzir artificialmente a produção de frutos, e que atua como hormônio. O etileno de outra origem,
sem que ocorra a fecundação, adicionando-se AIA no que não das plantas, também exerce efeito hormonal
pistilo da flor. Nesse caso, o ovário se desenvolverá, sobre elas.
dando origem a frutos que não apresentarão sementes, Identificou-se a presença de etileno em todos os ór-
pois estas se formam pelo desenvolvimento dos óvulos gãos dos vegetais, com exceção das sementes.
fecundados. Um dos efeitos do etileno é estimular o amadure-
cimento de frutos. Frutos bem maduros ou então podres
liberam etileno. Este provocará o amadurecimento mais
rápido de frutos verdes ou o apodrecimento mais rápido
de frutos já maduros. Por esse motivo é que se diz que
um só fruto podre perto de outros frutos sadios provoca
o apodrecimento de todos.
Visando retardar o apodrecimento de frutos estoca-
dos, deve-se mantê-los em baixas temperaturas e em
recipientes com elevadas taxas de CO2, pois esses dois
fatores inibem a produção de etileno.
Ácido abscísico
O ácido abscísico (ABA) é considerado um hormônio
inibidor do crescimento e do desenvolvimento.
Seus principais efeitos são:
Na natureza existem plantas que originam frutos indução da dormência de gemas e de sementes;
sem que tenha ocorrido a fecundação. Nesse caso, os
indução da abscisão (corte e queda) de folhas, flo-
ovários possuem elevada concentração de auxina, sufi-
res e frutos;
ciente para estimular a formação de frutos, não havendo
necessidade de auxina produzida pelas sementes. Es- indução da senescência (amadurecimento e enve-
ses frutos são denominados partenocárpicos e não pos- lhecimento) da folhas, flores e frutos.
suem sementes. É o caso da banana (Musa paradi-
siaca) e da laranja-baiana (Citrus aurantium).
TESTES
Giberelinas 29. (FUVEST-SP) Quando se quer tingir flores brancas, o pro-
cedimento mais indicado é colocar:
Atualmente já foram identificadas várias giberelinas
produzidas pelas plantas, sendo a mais comum a gibe- a) hastes cortadas em solução colorida, em ambiente satu-
relina A3 ou ácido giberélico ou ainda GA3. As gibere- rado de umidade.
b) hastes cortadas em solução colorida, em ambiente seco.
linas são produzidas em meristemas, sementes imatu-
c) plantas intactas em solução colorida, em ambiente satu-
ras e frutos. rado de umidade.
São capazes de induzir a partenocarpia em alguns d) plantas intactas em solução colorida, em ambiente seco.
casos e têm a propriedade de promover grande alonga- e) planta intacta em solo regado com solução colorida.
mento caulinar.
Outro efeito das giberelinas é a quebra da dormência 30. (UFMG) Para matar árvores, algumas pessoas descascam
de sementes. Em alguns casos, a aplicação de gibere- seu tronco. Nesse caso, a morte é ocasionada principalmente
linas em sementes dormentes faz com que inicie logo a por interferência no processo de:
germinação.
a) acúmulo de sais.
b) fotossíntese.
Citocininas c) produção de hormônio.
d) respiração.
As citocininas correspondem a um grupo de substân- e) transporte.
cias que atuam nas plantas de modo a promover princi-
palmente a divisão celular. Além disso, promovem tam- 31. (UNIP-SP) As plantas terrestres desenvolveram durante a
bém a distensão celular e induzem a quebra de dormên- evolução mecanismos eficientes de proteção contra a perda
cia de gemas e de sementes. de água, adquirindo a cutícula impermeável à água e os estô-
matos. Estes, através de um mecanismo rápido de fechamen-
As citocininas atuam também de modo a retardar o
to, também são capazes de economizar água. Mas uma plan-
envelhecimento das folhas. Em função dessa proprie- ta não pode ficar com seus estômatos permanentemente fe-
dade, elas podem ser aplicadas sobre verduras, visando chados. Todas as razões abaixo procuram explicar por que
retardar a senilidade. uma planta deve abrir seus estômatos, exceto:
19
a) facilitar a transpiração.
b) permitir o fluxo de água no xilema.
c) facilitar a absorção de dióxido de carbono.
d) facilitar a absorção e eliminação de oxigênio.
e) permitir a eliminação de água no estado líquido.
GABARITO
20