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ALGAS Algas Azuis (ou Cianofíceas)

Alga é um termo abrangente, que engloba vegetais


relativamente simples, mas são bastante diversificados
quanto às formas, pigmentos e tipos de reprodução.
As algas são organismos unicelulares ou pluricelu-
lares com coloração variável.
As algas não formam tecidos verdadeiros, são for-
madas por um aglomerado de células não diferencia-
das, por isso, são considerados como Talófitas (obs.:
está em desuso). As algas podem ser filamentosas ou
formarem colônias globosas e ainda unicelulares.
A grande maioria das algas apresenta habitat aquá-
Uma “bola” gelatinosa de NOSTOC commune.
tico, principalmente marinho. Podem ser encontradas
em meio terrestre úmido e até sobre cascas de árvores,
na superfície de rochas, em madeiras úmidas, bem co-
mo em associações com fungos (liquens).
As algas são vegetais clorofilados, autótrofos, fotos-
sintetizantes. A maior parte do oxigênio atmosférico é
produzida por fotossíntese das algas.
As algas, principalmente unicelulares, encontradas
na superfície de rios e mares constituem o
fitoplâncton. Essas algas são organismos
produtores constituindo a base da cadeia alimentar
do meio aquático.
Além da clorofila possuem outros pigmentos como:
Fucoxantina algas pardas
Ficoeritrina algas vermelhas
Os filamentos de Anabaena.
Xantofilas e carotenos outras algas

Atualmente, as algas estão incluídas em três reinos: As algas azuis ou Cianophytas são organismos uni-
Monera, Protista, Metaphyta ou Plantae. celulares e procariontes e, portanto, pertencem ao reino
monera, juntamente com as bactérias. Estas algas po-
dem viver isoladas ou em colônias.
No Reino Monera
As algas azuis são encontradas nos mares, água do-
Estão as algas azuis ou Cianofíceas, ou mais atual- ce e em ambiente terrestre úmido e podem juntamente
mente chamadas cianobactérias. com os fungos, formar os líquens.
Além da clorofila e xantofila, as cianofíceas têm pig-
No Reino Protista mentos próprios que, em conjunto, são denominados fi-
As algas Euglenófitas, as Crisófitas e as Pirrófitas. cobilinas. Um desses pigmentos é a ficocianina (azul) e
o outro é a ficoeritrina (vermelho). Não ocorrem plastos.
No Reino Metaphyta (ou Plantae) Nas cianofíceas coloniais filamentosas existem célu-
As algas verdes ou Clorofíceas, as algas pardas ou las especiais modificadas, com paredes celulares mais
Feofíceas e as algas vermelhas ou Rodofíceas. espessas, chamadas heterocistos e que admite-se se-
rem responsáveis pela fixação do nitrogênio atmosfé-
rico.
Classificação
Locomoção: por deslizamento, não apresentando
A classificação das algas depende do tipo de pig-
cílios, flagelos ou pseudópodos.
mento que possuem, das substâncias de reserva e
da constituição da parede celular. Reprodução: É sempre assexuada. As algas unice-
lulares realizam a bipartição (cissiparidade).

As espécies filamentosas se fragmentam em vários


pontos, fazendo surgir fragmentos menores, as hormo-
gônias, que por sua vez originam novos filamentos (re-
produção por HORMOGONIA).
Em outras há esporos que se destacam e germinam
dando origem a novos “fios”.
Euglenophytas: na maioria, unicelulares flageladas
de água doce.

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Reserva: amido.
Reprodução: por cissiparidade.
Algumas apresentam bioluminescência e em deter-
minadas épocas podem se proliferar exageradamente
nos mares, sendo responsáveis pela MARÉ VERME-
LHA, fenômeno esporádico onde o aceano parece estar
“pegando fogo”. Além disso são extremamente tóxi-
cas. Exemplo: Gymnodinium, Peridinium etc.

Chrysophyta - (Diatomáceas):

Euglena, um euglenóide (microscópico)

Possuem clorofila em cloroplastos.


Não possuem parede celular. Apresentam vacúolo
pulsátil e estigma (orientam-se em direção à luz). Emiliania huxleyi. - Elétron-micrografias de uma das valvas de
Na luz, realizam fotossíntese e na sua ausência são Entogonia.
heterótrofos (nutrição mixotrófica). Reprodução por cis-
siparidade longitudinal. São algas unicelulares douradas, devido à predomi-
nância de caroteno (alaranjado) e xantofilas (amarelo),
Pigmento: clorofila; componentes do fitoplâncton marinho e de água doce.
Apresentam suas paredes celulares impregnadas de
Reserva: paramilo; sílica o que leva à formação das rochas sedimentares
Reprodução: cissiparidade e longitudinal. quando mortas, formando um mineral, o Diatomito.
As diatomáceas devido à ação refratária da sílica
Exemplo: Euglena sp. são muito usadas na fabricação de azulejos, porcela-
nas, filtros de líquidos corrosivos, ingrediente de certas
Pirrófitas - (Dinoflagelados): São algas unicelulares, tintas, em dentifrícios e polidores de prata.
biflageladas, marinhas ou de água doce, com clorofila e
xantofila. Pigmentos: clorofila e fucoxantina.
Reserva de carboidratos: crisolaminarina.
A parede celular está impregnada por silício, forman-
do a frústula (epiteca e hipoteca).
Reprodução: por cissiparidade e por conjugação.
Acumulam-se, formando o diatomito.
Primula, uma diatomácea (microscópica)

Chlorophytas: (Algas Verdes):

Dois dinoflagelados:
Em cima, o Pridinium sp.; embaixo, o Ceratium sp. Staurastrum brasiliense.

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Estão entre as mais desenvolvidas, sendo pluricelu-
lares e marinhas em sua maioria. Vivem em profundi-
dades de até 170 m.
Pigmento: clorofila, caroteno e a ficoeritrina (pig-
mento vermelho).
Reserva: amido das florídeas.
Reprodução: sexuada ou por alternância de gera-
ções (metagênese).

Euastrum armatum. A partir das rodófitas, pode-se obter o ágar, subs-


tância gelatinosa, um polissacarídeo que reveste o talo
Podem ser unicelulares, filamentosas, laminares, ou dessas algas, muito usado na indústria farmacêutica no
formando massas irregulares. A substância de reserva é preparo de laxantes, mas também empregado na fa-
o amido e a parede celular é de celulose. bricação de colas ou de meio de cultura para bactérias.
Representam o tipo mais disseminado de algas nos Apresentam também a carragenina, gelatina muito usa-
ambientes terrestres e aquáticos. Realizam intensa fo- da com finalidade alimentícia, principalmente na indús-
tossíntese e, principalmente as de habitat marinho, são tria de sorvetes.
responsáveis pela maior parte do oxigênio atmosférico. Obs.: Muitas rodofíceas são chamadas algas calcá-
Reprodução: assexuada por cissiparidade, frag- reas, pois apresentam impregnação de cálcio em sua
mentação ou esporulação e sexuada (iso, hetero ou parede celular. Exemplo: Delesseria.
oogamia). Nas algas unicelulares a reprodução é predo-
minantemente assexuada. Phaeophytas (algas pardas):

Reserva: amido.
Pigmento: clorofila e carotenóides (caroteno, xanto-
fila). Exemplo: alface-do-mar.

Rockweed (Fucus vesiculosus).


Ulva, uma alga verde, folhosa (macroscópica)
São algas macroscópicas pluricelulares e marinhas
Rodophytas (algas vermelhas): (a maioria). São muito desenvolvidas, mas ainda não
possuem estruturas de tecidos. Chegam a medir mais
de 10 m de comprimento.
Pigmento: clorofila e fucoxantina (pigmento de cor
parda).
Reserva: Laminarina e manitol. Parede celular com
celulose e ácido algínico.
Reprodução: assexuada por meio de esporos, ou
sexuada, através de gametas, que são produzidos em
estruturas na extremidade livre de seu talo.
Certas algas pardas produzem muita algina, subs-
tância hidrocolóide (embebem água) muita usada em
cosméticos.
Porphyra (encontrada no litoral do Brasil).

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Algumas feofíceas possuem vesículas cheias de ar de bactérias. Uso em
para a flutuação. laxantes.
Em algumas regiões são muito abundantes, como no
Mar de Sargaço, onde são responsáveis pela cor mar-
rom das águas. TESTES
01. São algas que pertencem ao Reino Protista:
a) Diatomáceas e Cianofíceas;
b) Clorofíceas e Rodofíceas;
c) Crisofíceas e Dinoflageladas;
d) Cianofíceas e Bactérias;
e) Feofíceas e Dinoflageladas.

02. As marés vermelhas, fenômenos que podem trazer sérios


problemas para os organismos marinhos e mesmo para o ho-
mem, são devidas:
a) à grande concentração de rodofíceas bentônicas na zona
das marés;
b) ao vazamento de petróleo, o qual estimula a proliferação
de diatomáceas marinhas;
c) à presença de poluentes químicos provenientes de esgo-
tos industriais;
d) à reação de certos poluentes com o oxigênio produzido
pelas algas marinhas;
Alga parda Sargassum. e) à proliferação excessiva de certas algas planctônicas –
que liberam toxinas na água.

RESUMO - CLASSIFICAÇÃO 03. Assinale as relações corretas:

CLOROFÍCEAS - Algas verdes 01) Clorofíceas – algas pardas;


FEOFÍCEAS - Algas pardas 02) Feofíceas – algas verdes;
04) Rodofíceas – algas vermelhas;
CRISOFÍCEAS - Algas douradas, onde estão 08) Crisofíceas – diatomáceas;
- incluídas as DIATOMÁCEAS 16) Dinoflageladas – algas azuis.
RODOFÍCEAS - Algas vermelhas
PIRROFÍCEAS - Algas cor de fogo (os principais
04. Sobre a importância das algas, assinale as alternativas
- representantes são os corretas:
- DINOFLAGELADOS)
EUGLENOFÍCEAS - Algas euglenóides. 01) São a grande fonte de oxigênio na atmosfera;
02) Constituem a base da cadeia alimentar dos oceanos;
04) As algas vermelhas fornecem o agar-agar;
Note as seguintes relações: 08) Algumas são comestíveis e muito apreciadas;
16) Suas folhas e raízes apresentam alto teor protéico.
Crisofíceas Pirrofícias
05. (OSEC) Algas quase todas marinhas, pluricelulares, apre-
sentando além de clorofila, a fucoxantina como pigmento fo-
Diatomáceas Dinoflagelados tossintetizante, são as:
a) Rodofíceas;
b) Feofíceas;
As algas fornecem matérias-primas amplamente utili- c) Crisofíceas;
d) Cianofíceas;
zadas na indústria, como se vê na tabela abaixo:
e) Clorofíceas.

MATERIAL ORIGEM UTILIZAÇÃO


06. Sobre as algas é correto afirmar:
Filtros, fabricação de 01) Podem ser uni ou pluricelulares;
Carapaças de explosivos, polidores 02) São todas pertencentes ao Reino Plantae;
Diatomito
Diatomáceas (inclusive em cremes 04) São encontradas exclusivamente no mar;
dentais). 08) Podem ser saprófitas;
Material empregado na 16) São todas clorofiladas.
fabricação de produtos
Algina Feofíceas
cremosos: cosméticos, 07. Sobre a reprodução nas algas, é correto afirmar:
sorvetes, etc...
01) Ocorre somente reprodução assexuada;
Ágar-ágar Rodofíceas Formação de meios de 02) As rodófitas apresentam flores como elemento reprodu-
cultura para crescimento tor;

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04) Na isogamia, os gametas são idênticos; Os fungos são organismos uni ou pluricelulares,
08) Pode haver produção de esporos; aclorofilados e, portanto, heterótrofos. são popularmen-
16) Os gametas masculinos podem ser denominados antero- te conhecidos por bolores, mofos, cogumelos, trufas e
zóides. orelhas de pau.
08. Massas de algas filamentosas, depois de vários dias cla-
ros, são encontradas flutuando na superfície de charcos. As
A maioria dos fungos apresenta parede celular de
mesmas massas de algas, após alguns dias nublados, ficam QUITINA (um polissacarídeo). O material de reserva é o
submersas. Qual a explicação para o fenômeno? GLICOGÊNIO, como nos animais.
O corpo de um fungo pode apresentar dois sistemas:
a) Em dias nublados, a taxa de respiração aumenta e for- o vegetativo, responsável pela obtenção de nutrientes
mam-se bolhas de CO2;
b) Em dias nublados, a planta não consegue luz e por isso
do substrato, e o reprodutivo, que em alguns cogume-
submerge; los é denominado também corpo de frutificação.
c) Em dias nublados, a planta submerge para evitar perda de O corpo dos fungos é denominado MICÉLIO, que é
água; um conjunto de filamentos denominados HIFAS. Já se
d) Em dias claros, a taxa de fotossíntese aumenta e formam- calculou que um cogumelo pode ter alguns quilômetros
se bolhas de O2; de hifas no substrato em que vive, qualquer local úmido
e) Em dias claros, a planta perde mais água e fica mais leve. com matéria orgânica abundante. Os fungos podem
crescer em madeira, papel, frutos, couro e até partes
09. Quanto à reprodução das algas, podemos afirmar o se- dos corpos de seres vivos (é o que ocorre quando um
guinte: animal tem micose ou quando uma planta é atacada pe-
a) Constituem os únicos vegetais incapazes da formação de la “ferrugem”). Assim, os fungos são heterótrofos, po-
esporos; dendo atuar como PARASITAS ou como SAPRÓFA-
b) São vegetais que apresentam somente reprodução sexua- GOS. Quando o fungo se desenvolve bastante, uma
da; parte cresce para fora do alimento, formando às vezes
c) Na reprodução desses vegetais, encontramos apenas iso- bonitas figuras: é o corpo de frutificação, onde são pro-
gamia; duzidos e dispersados os esporos, células capazes de
d) São vegetais que apresentam tanto reprodução assexuada formar novos indivíduos.
como sexuada;
e) Entre as algas é comum a formação de zigotos haplóides. Lembre-se: Conjunto de Hifas: Micélio
O micélio não pode ser considerado um tecido ver-
REINO FUNGI dadeiro. Mesmo quando são pluricelulares, apenas
apresentam um amontoado desordenado de filamentos.
HETERÓTROFOS
EUCARIONTES Tipos de Hifas
FUNGOS PRODUZEM ESPOROS
NÃO TÊM TECIDOS ORGANIZADOS a) HIFAS CENOCÍTICAS (Não septadas)
São hifas que não apresentam septos de separação
entre uma célula e outra.

b) HIFAS SEPTADAS MONOCARIÓTICAS


Apresentam septos de separação entre as células,
que apresentam um único núcleo.

c) HIFAS SEPTADAS DICARIÓTICAS


Apresentam septos de separação entre células que
apresentam dois núcleos.
Cada septo das hifas septadas apresenta um orifício
Cogumelos que se desenvolvem sobre a madeira, conhecidos central através do qual ocorre passagem do citoplasma
como orelhas-de-pau (Grifola sulphureia). de uma célula para outra. Na maior parte dos fungos, as
hifas são formadas por núcleos haplóides (n).

Nutrição
O principal modo de nutrição dos fungos se dá por
saprofitismo, isto é, obtém seus alimentos decompon-
do a matéria orgânica. Outros fungos são parasitas e,
dessa forma, nutrem-se retirando substâncias importan-
tes de hospedeiros, prejudicando-os. Ocorre também
aqueles que formam associações mutualísticas com
Existem cogumelos venenosos e até mortais, como o amanita,
outros organismos: líquens (neste caso de algas e fun-
e cogumelos comestíveis, como o champignon. Nem sempre
é fácil distinguir os comestíveis dos tóxicos.
gos) e micorrizas (associação de fungos com raízes de
algumas plantas).

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Respiração res que os aplanósporos. Ocorrem nos fungos Penicil-
lium e Aspergillus.
A respiração dos fungos é geralmente aeróbica, mas
muitos são anaeróbios e realizam a fermentação, como
é o caso dos fermentos biológicos.

Reprodução
Os fungos podem se reproduzir tanto sexuada como
assexuadamente, sendo que o principal meio reprodu-
tivo é pela formação de esporos. Estas são células ge-
ralmente formadas em estruturas denominadas espo-
rângios.
a) Brotamento ou Gemiparidade: é muito comum Ascóporos: são esporos produzidos em esporângio
nas leveduras, consistindo na formação de uma expan- que apresenta forma de saco e recebe o nome de asco.
são lateral, semelhante ao organismo paterno, porém São geralmente em número de oito por asco.
de menor tamanho; esta estrutura pode se destacar e
originar um descendente que mantém ainda a mesma Basidiósporos: São esporos formados na extremi-
carga genética. É um caso de reprodução assexuada. dade de um esporângio em forma de clava, denominado
basídio. São geralmente em número de quatro.

b) Fecundação: corresponde ao encontro de game-


tas. Gametas são células reprodutivas haplóides que se
fundem, dando origem a um zigoto, que por sua vez é
capaz de formar um novo ser. LÍQUENS
c) Esporos: são células reprodutoras que sozinhas
formam um novo ser. Normalmente os esporos são pro- Representam uma associação mutualística entre
duzidos no interior de estruturas chamadas esporân- fungos e algas, onde as algas realizam fotossíntese,
gios. produzem alimento, utilizados por elas próprias e pelos
fungos associados; estes por sua vez protegem a alga e
absorvem água e sais minerais para ela.
Tipos de esporos
Zoósporos: são esporos flagelados móveis e que
ocorrem em fungos aquáticos.

Aplanósporos: esporos sem mobilidade própria e


que são transportados pelo vento.

Uma secção transversal do líquen Lobaria verrucosa. As célu-


las das algas são chamadas gonídias.

A reprodução dos líquens se faz por meio de SORÉ-


DIOS, minúsculas estruturas arredondadas, contendo
algumas hifas e algumas gonídias, que são transporta-
das pelo vento.
Exemplos: Barba de velho (Usnea barbata) que cres-
Conidiósporos: São esporos sem motilidade pró- ce pendente nos galhos de certas árvores, Cora pavo-
pria, não sendo produzidos em esporângios. São meno- nia.

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assim podem se reproduzir pela formação de zôosporos
Obs.: As algas que constituem os líquens são algas
ou de aplanósporos. Apresentam também reprodução
azuis (cianofíceas) ou algas verdes (clorofíceas).
sexuada. Um dos exemplos mais conhecido é o Rhizo-
pus sp (bolor preto do pão), Saprolegnia (figura).
MICORRIZAS
Já as micorrizas, representam uma associação mu-
tualística envolvendo fungos e raízes de plantas: o fun-
go utiliza matéria orgânica da raiz, retribuindo com um
aumento da absorção de água e sais minerais, o que
permite um maior desenvolvimento da planta.

Alimento

RAIZ FUNGO
Absorção de água e sais

A reprodução com formação de esporângios em ficomicetos


ou zigomicetos.

2) ASCOMICETOS
São fungos formados por hifas septadas monocarió-
ticas e dotados de esporângio em forma de saco (asco)
no qual são produzidos, geralmente, oito ascosporos. A
grande maioria dos fungos desse grupo é decomposi-
tora.
Micorriza e a nutrição da planta. Plântulas com nove meses de Os ascos estão localizados nos corpos de frutifica-
idade de white pine (Pinus strobus) cresceram por dois meses ção denominados ascocarpos que podem se apresentar
em solução nutritiva esterelizada e foram transplantadas para como cavidades abertas (apotécios) ou fechadas (peri-
solo de pradaria. As plântulas da esquerda foram transplan- técios).
tadas diretamente. As plântulas da direita cresceram por duas Nesta classe, os exemplos mais conhecidos são os
semanas em solo de floresta contendo fungo, antes de serem fungos dos gêneros Saccharomyces, Neurospora, Peni-
transplantadas para o solo de pradaria.
cillium, Aspergillus e Claviceps.

Classificação 3) BASIDIOMICETOS

O Reino Fungi pode ser dividido em dois grupos: Os basidiomicetos são os conhecidos cogumelos de
chapéu. São formados por hifas septadas geralmente
Mixomicetos dicarióticas. A característica básica desse grupo é a
presença de esporângio em forma de clava (basídio)
São fungos mais simples, de corpo gelatinoso, típi- onde são formados esporos externos (basidiósporos). O
cos de ambientes sombrios. Possuem pequeno número corpo de frutificação onde se localizam os basídios é o
de espécies. denominado basidiocarpo.
Eumicetos
Fungos verdadeiros, com grande número de espé-
cies. Se dividem em quatro classes principais.

1. FICOMICETOS
2. ASCOMICETOS
3. BASIDIOMICETOS
4. DEUTEROMICETOS

1) FICOMICETOS
“Fungos semelhantes a algas”
Os ficomicetos são fungos dotados de hifas ceno-
cíticas. São encontrados tanto na água, como na terra, Organização de um cogumelo.

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Os exemplos mais conhecidos são as orelhas-de- Importância dos Fungos
pau, champignons e os fungos alucinógenos e veneno-
sos como a Psilocybe mexicana e o Amanita muscaria, A grande maioria dos fungos é decompositora e
respectivamente. assim promove a reciclagem da matéria orgânica do
A reprodução sexuada nos basidiomicetos envolve ecossistema. Apesar desse aspecto, a característica de-
fusão de hifas, sem a presença de gametas ou game- compositora de muitos fungos promove o apodreci-
tângios (estruturas produtoras de gametas). mento de alimentos, madeiras de construção e até
tecidos, causando grandes prejuízos econômicos.
4) DEUTEROMICETOS Muitos fungos são parasitas e assim podem provo-
car doenças em plantas e animais. Muitas doenças cau-
Antes denominados “fungos imperfeitos”, são aque-
sadas por fungos são denominados micoses.
les em que não se conhece o processo de reprodução
As micoses mais comuns no homem surgem na pe-
sexuada. São fungos encontrados em ambientes distin-
le, principalmente no couro cabeludo e barba, unhas e
tos. Muitos são saprófitos, presentes geralmente no solo
entre os dedos dos pés (pé de atleta). Muito grave é a
e água, e outros são parasitas de plantas e animais.
micose conhecida como histoplasmose, que afeta os
Dentre os parasitas, destaca-se a espécie Cândida
pulmões.
albicans, causadora do sapinho nas mucosas do corpo
Na alimentação são importantes os fungos comes-
humano.
tíveis do gênero Agaricus (champignon). Outros são
Observação: ASCO é um esporângio com o aspec- ainda utilizados na indústria de bebidas, como o vinho e
to de bolsa, contendo um número variável de esporos a cerveja, e na preparação do pão. Nesses processos é
chamados ascóporos, produzidos por meiose. Observe importante a atividade do fungo Saccharomyces cere-
no esquema abaixo o bolor róseo do pão, um Ascomi- visae, capaz de transformar o açúcar em álcool etílico e
ceto. CO2. Os fungos Penicillium roquefort e Penicilium ca-
memberti são utilizados na fabricação de queijos.
Na medicina, podem ser utilizados na fabricação de
medicamentos, principalmente antibióticos. Nesse ca-
so, é importante lembrar do Penicilium notatum do
qual se extrai a penicilina.
Existem espécies de fungos que são muito veneno-
sos, podendo causar a morte em caso de ingestão. Um
caso é o da Amanita muscaria encontrado em reflores-
tamentos de pinus. Outros causam alucinações como o
gênero Psilocybe. Com essa característica é importante
citar o caso do fungo Claviceps purpurea, o esporão do
centeio, do qual se extrai a ergotamina, matéria prima
na produção do LSD.

O bolor ou mofo do pão é formado por fungos aparentemente


QUADRO RESUMO
inofensivos, mas que podem causar as mucormicoses, afec-
ções tipicamente oportunistas.
Características
Classes Exemplos de Reprodução
BASÍDIO é um tipo de esporângio com o aspecto de
pedestal, sobre o qual se prendem quatro esporos cha-
mados basidiósporos, formados por meiose. É típico
dos cogumelos em geral. Ficomicetos Saprolegnia Fecundação

Bolor rosado de
Ascomicetos Ascóporos
pão, leveduras

Cogumelo,
Basidiomicetos Basidiósporos
Orelha-de-pau

Esporos
Deuteromicetos
Candida
meióticos
albicans
desconhecidos

O corpo frutífero de um cogumelo basidiomiceto.

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LEITURA: MIXOMICETOS 17. Sobre os líquens, assinale as opções verdadeiras:
Trata-se de um grupo com poucas espécies, cujos 01) As gonídias são algas azuis, verdes e pardas.
representantes atualmente estão incluídos no REINO 02) Na reprodução predomina a produção de sorédios.
PROTISTA, pois alguns lembram grandes amebas mul- 04) Existe uma associação comensal entre a alga e o fungo.
tinucleadas. Geralmente crescem sobre material orgâ- 08) Todos os fungos podem tomar parte da estrutura de um
nico abundante e umedecido, reproduzindo-se também líquen.
16) São encontrados em quase todos os ambientes.
por meio de esporos. 32) Sorédios são células sexuais dos líquens.

18. Os líquens resultam da associação entre:


TESTES
a) Um vírus e um fungo.
10. (FEMPAR) A penicilina, antibiótico muito conhecido, é ex- b) Uma alga e um protozoário.
traído de um fungo pertencente ao gênero Penicillium, da clas- c) Um fungo e uma alga.
se dos: d) Uma alga e uma bactéria.
a) Ficomicetos. e) Um cogumelo e uma bactéria.
b) Ascomicetos.
c) Basidiomicetos.
d) Oomicetos. REINO PLANTAE
e) Deuteromicetos.
Cerca de 325 mil espécies descritas.
11. (FUVEST) A parte comestível do cogumelo (“cham-
pignon”) corresponde ao: Criptógamas avasculares
(plantas sem sementes e sem sistema condutor).
a) micélio monocariótico do Ascomiceto.
b) Corpo de frutificação do Ascomiceto. Divisão Bryophyta (briófitas, hepáticas e antócoros:
c) Micélio monocaritótico do Basidiomiceto. cerca de 23.500 espécies descritas)
d) Corpo de frutificação do Basidiomiceto.
e) Sorédio do fungo. Criptógamas vasculares
(plantas sem sementes e com sistema condutor)
12. (PUC-SP) Os ascos são formações encontradas:
Divisão Pterophyta (pteridófitas ou filicíneas; cerca
a) Nas algas e têm função de nutrição da colônia. de 12 mil espécies descritas)
b) Nas algas e têm função na reprodução assexuada.
c) Nos fungos eumicetos e contêm, em geral, 8 esporos. Divisão Lycophyta (licopódios e selaginelas; cerca
d) Nos fungos sifomicetos e contêm centenas de esporos. de mil espécies descritas)
e) Nas algas sifonales e fungos sifomicetos e servem como Divisão Artrophita (cavilinhas; cerca de 40 espécies
células de sustentação dos oogônios. descritas)
Divisão Psilophyta (psilófitas; oito espécies descri-
13. (UFSC) Assinale a questão que só se refere a fungos: tas)
a) Xilema, hifa, micélio, deuteromiceto.
b) Parasitismo, semente, micélio, bolor. Fanerógamas ou espermatófitas
c) Procarionte, hifa, esporors, Penicillium. (plantas com sistema condutor e com sementes)
d) Ascomiceto, micélio, clorofila, corpo de frutificação.
e) Hifa, saprofitismo, parede celular com quitina. Gimnospermas (plantas sem frutos)
Divisão Conyferophyta (coníferas; cerca de 550 es-
14. Sobre os fungos, assinale os itens corretos: pécies descritas)
01) São desprovidos de clorofila. Divisão Cicadophyta (cicas; cerca de cem espécies
02) Corpo vegetativo está constituído por filamentos, as hifas. descritas)
04) O conjunto de hifas entrelaçadas é denominado micélio.
Divisão Gnetophyta (gnetófitas; cerca de 70 espé-
08) Podem ser parasitas.
16) São todos pluricelulares. cies descritas)
Divisão Ginkgophyta (gincófitas; oito espécies des-
15. Sobre os fungos é correto afirmar: critas)
01) Reproduzem-se somente assexuadamente. Angiospermas (plantas com frutos)
02) Ascóporos são esporos de origem externa.
04) Basídios são encontrados entre ficomicetos. Divisão Anthophyta (angiospermas)
08) Basidiósporos são esporos móveis. Classe Dicotyledoneae (dicotiledôneas; cerca de
16) São heterótrofos. 236.500 espécies escritas)
Classe Monocotyledoneae (monocotiledôneas; cer-
16. Sobre os líquens é correto afirmar: ca de 48.500 espécies descritas)
01) São formados pela associação entre dois organismos.
02) Apresentam o sorédio como estrutura de reprodução. Divisão é uma categoria do Reino Plantae corres-
04) Trata-se de um ser composto e clorofilado. pondente ao filo, atualmente usada apenas para o Rei-
08) Algumas formas são saprófitas. no Plantae.

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BRIÓFITAS PTERIDÓFITAS
Características Gerais Características Gerais
As Briófitas compreendem os musgos, as hepáti- As pteridófitas são plantas criptógamas vasculares,
cas e as antocerotas. São vegetais clorofilados e des- com raiz, caule e folhas bem desenvolvidos, daí seu
providos de vasos condutores (avasculares). Assim, aparelho vegetativo ser denominado colmo. Apresen-
seu corpo é um talo, não tendo raízes, caule e folhas tam alternância de gerações, sendo a geração esporofí-
verdadeiros. Nos musgos encontramos um eixo cha- tica a fase dominante, mais desenvolvida. São conside-
mado CAULÓIDE de onde saem os FILÓIDES, lâminas radas as primeiras plantas que conquistaram definitiva-
responsáveis pela fotossíntese, e os RIZÓIDES, fila- mente o meio terrestre.
mentos de fixação que também absorvem água e sais Os exemplos mais comuns incluem a samambaia, o
minerais. As hepáticas possuem apenas uma lâmina xaxim, a avenca, o samambaiaçu, etc.
sob a qual se formam os rizóides.
Como não têm vasos condutores, as Briófitas são de Reprodução
pequeno porte, não ultrapassando alguns centímetros.
Vivem restritas a ambientes terrestres úmidos ou em Como as briófitas, também as pteridófitas apresen-
água doce. Não há Briófitas marinhas. tam alternância de gerações, uma sexuada, gametofíti-
ca, n, e outra assexuada, esporofítica, 2n.
Reprodução Devemos, entretanto, salientar que nas pteridófitas a
geração esporofítica é a mais desenvolvida, sendo a fa-
É feita alternadamente com ciclos sexuados (com se duradoura.
gametófitos) e assexuados (esporófitos). Assim, uma planta de samambaia representa o es-
Os gametófitos são de sexos separados, tendo ga- porófito. Este consta de raiz, caule, folhas e forma espo-
metângios nos seus ápices. Os gametângios masculi- ros. O gametófito, chamado protalo, tem vida indepen-
nos são denominados anterídios, responsáveis pela dente, pode ser uni ou bissexuado, é reduzido, e repre-
formação dos anterozóides, os gametas masculinos. senta a fase transitória.
Os gametângios femininos são os arquegônios, que De acordo com a natureza dos esporos existem dois
formam apenas um gameta feminino em seu interior – tipos de ciclos alternantes:
a oosfera.
A transferência de anterozóides da planta masculina 1. Ciclo das isosporadas.
para a feminina depende da água de chuva ou orvalho. 2. Ciclo das heterosporadas.
Assim, os anterozóides nadam em direção às oosferas
fecundando-as.
Forma-se então um zigoto, que origina um embrião.
Este embrião se desenvolverá, formando um espo-
rofito com cápsulas que por meiose originarão novos
esporos.

Ciclo de vida das briófitas.

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1. As isosporadas produzem esporos, todos iguais, a) As folhas velhas, o gametófito e o conjunto de esporân-
que, quando germinam, originam um gametófito, isto é, gios.
um protalo hermafrodita. b) As folhas novas, o gametófito e o conjunto de esporângios.
c) O esporófito, o gametófito e as folhas novas enroladas.
2. As heterosporadas produzem esporos de dois ti- d) O esporófito, as folhas velhas e o gametófito.
pos: masculinos e femininos. Após germinação, cada e) As folhas novas e enroladas, o conjunto de esporângios e
esporo origina um protalo de sexo diferente. o gametófito.

23. (CESGRANRIO-RJ) As samambaias, devido a certas par-


ticularidades do seu ciclo reprodutivo, proliferam mais facil-
mente:
a) Nas caatingas.
b) Nos solos secos.
c) Nas águas oceânicas.
d) Nos manguezais.
e) Nos solos úmidos.

24. (PUC-PR) Havendo condições adequadas, a propagação


de uma samambaia comum depende do (da):
a) Transporte dos esporos pelos pássaros.
b) Dispersão dos grãos de pólen pelo vento.
c) Dispersão dos esporos pelos insetos.
d) Fusão dos gametas no protonema.
e) Saída dos esporos dos esporângios.

25. Nas Briófitas, o que são anterídeos e arquegônios, e o que


produzem?

__________________________________________________
Ciclo de vida das pteridófitas.
__________________________________________________

TESTES __________________________________________________

19. Como conseqüência do fato de não possuírem vasos con- __________________________________________________


dutores, as Briófitas:
26. As Briófitas compreendem 3 grupos:
a) Atingem um tamanho pequeno.
b) Apresentam uma acentuada metagênese. __________________________________________________
c) Vivem preferencialmente em locais úmidos.
d) São menos evoluídas que as Pteridófitas. __________________________________________________

20. Assinale a(s) incorreta(s) sobre as Briófitas: __________________________________________________

a) A reprodução sexuada envolve um gameta feminino, gran- __________________________________________________


de e imóvel, e um gameta masculino pequeno e móvel.
b) Indivíduos das espécies denominadas dióicas apresentam, 27. Qual o primeiro grupo de traqueófitas na escala evolutiva
distintamente, órgãos sexuais masculinos ou femininos. vegetal e que se adaptou ao meio terrestre?
c) A metagênese significa alternância da reprodução sexua-
da e assexuada no ciclo vital. __________________________________________________
d) O esporo é uma célula protegida por envoltório resistente
e, em determinadas condições, é capaz de se desenvol- __________________________________________________
ver, dando novo indivíduo.
e) A reprodução assexuada é restrita aos protozoários e pro- __________________________________________________
tófitas.
__________________________________________________

21. Quando vemos num solo úmido uma quantidade de mus-


gos bem verdes e desenvolvidos, estamos em presença de 28. No que diferem as espécies isosporadas e heterosporadas
um vegetal representando a sua geração: das Pteridófitas?

a) Gametofítica e 2n __________________________________________________
b) Gametofítica e n
c) Esporofítcia e 2n __________________________________________________
d) Esporofítica e n
__________________________________________________
e) Fase do protalo
__________________________________________________
22. Nas samambaias, o báculo, o protalo e os soros são, res-
pectivamente:

11
OS VEGETAIS SUPERIORES
Características Gerais
Os vegetais têm sido chamados pelos botânicos por
vários nomes: fanerógamos, espermatófitos ou em-
briófitas sifonógamas. Todos esses nomes se justifi-
cam pelas características gerais das plantas que inte-
gram esse grande grupo:
Nos megasporófilos há megasporângios
Presença de flores – phaneros = visível; gamos = que são os óvulos das plantas.
casamento.
Produção de sementes – sperma = semente; phy-
ton = vegetal.
Produção independente da água, por meio do tu-
bo polínico que age como um sifão, conduzindo o
gameta masculino.
Esse grupo de plantas se divide em gimnospermas
e angiospermas, os primeiros sem frutos, os segundos
já dotados deles.

Gimnospermas - plantas sem frutos


O prefixo da palavra vem do grego gymnos (=nu).
De fato, as sementes (esperma) não se encontram
dentro dos frutos. Não existem, portanto, ovários. Quan-
do fecundados, os óvulos originam sementes que ficam
descobertas. Assim, cada pinhão é uma semente madu-
ra em fruto para envolvê-la. Ciclo de vida das gimnospermas.
As flores das gimnospermas são feias e brutas,
constituídas por estróbilos ou cones (daí o nome coífe-
ras). As gimnospermas mais conhecidas são os pinhei- Angiospermas - Plantas com Frutos
ros, os ciprestes, o cedro e as sequóias. As angiospermas (do grego aggeion, „vaso‟, „urna‟ e
esperma = semente) constituem a última divisão, e a
mais evoluída, entre os vegetais superiores. Possuem
Ciclo Reprodutor raízes, caules, folhas, flores e frutos. De acordo com o
Na reprodução em gimnospermas os grãos de pólen número de cotilédones encontrado nas sementes, as
(micrósporos) são transportados pelo vento e chegam angiospermas são divididas em duas grandes classes:
ao óvulo que possui 2 arquegônios que são fecundados, monocotiledôneas e dicotiledôneas.
porém, somente um vai se desenvolver para formar o As monocotiledôneas (apenas um cotilédone na
embrião e a semente. Esta semente plantada germina semente) são representadas pelas gramíneas (arroz, tri-
para formar nova planta (esporófito). go, capim), as palmeiras, a carnaubeira, a bananeira,
Observa-se desse modo que é uma reprodução es- etc. As dicotiledôneas (dois cotilédones na semente)
sencialmente sexuada. têm como exemplos as leguminosas (feijão, vagem, er-
Neste grupo de plantas, o endosperma que nutre o vilha, soja), o carvalho-brasileiro, o algodoeiro, o toma-
embrião na semente, não se forma pela fecundação, ele teiro, o cafeeiro, o tabaco ou fumo e muitos outros.
se origina por várias divisões celulares, sendo haplóide O embrião resulta da fecundação da oosfera pelo
(n), fecundado mas se desenvolve assim mesmo, per- primeiro núcleo espermático do grão de pólen, e o en-
manecendo haplóide. dosperma (formado de células triplóides) resulta da
união do segundo núcleo espermático do grão de pólen
com os dois núcleos polares do óvulo. Após essa dupla
fecundação, o óvulo cresce e se transforma em se-
mente, ao tempo em que o ovário se hipertrofia, consti-
tuindo-se em fruto. Nas plantas monocotiledôneas, o
endosperma (também chamado albúmen) desenvolve-
se bastante e servirá à nutrição do embrião quando a
semente germinar.
Já nas dicotiledôneas, o endosperma não se desen-
volve, sendo a nutrição do embrião realizada, neste ca-
Nos microsporófilos há microsesporângios, no interior dos so, pelas reservas alimentares dos cotilédones, cujos
quais se formam os micrósporos haplóides. volumes se mostram muito aumentados.

12
FISIOLOGIA VEGETAL
Absorção de Água nas Plantas
Em plantas avasculares aquáticas, como é o caso de
numerosas algas, as células periféricas absorvem a
água do meio por osmose. As células não-periféricas re-
cebem, também por osmose, água das células adjacen-
tes estabelecendo-se uma corrente osmótica entre elas.
Esse mecanismo osmótico de condução célula a ce-
lula é extremamente lento; constitui, no entanto, o me-
canismo verificado em plantas avasculares, como as al-
gas e as briófitas. A lentidão desse processo torna via-
vel a vida dessas plantas apenas em ambiente aquático
ou muito úmido. As algas têm sua existência pratica-
mente limitada à vida aquática.
Ciclo de vida de uma angiosperma. As briófitas, embora representadas no ambiente ter-
restre, são na maioria plantas de lugares úmidos e som-
Principais diferenças entre plantas breados. São sempre de pequena altura, com apenas
monocotiledônias e dicotiledônias alguns centímetros, e extremamente sensíveis à desse-
cação. Ocorrendo nelas transpiração intensa, não con-
seguem repor água em tempo hábil, em virtude da len-
tidão do processo osmótico célula a célula, próprio das
plantas avasculares.
Nas plantas vasculares, a absorção da água ocorre
principalmente na zona dos pêlos absorventes das Raí-
zes. Nas regiões mais velhas do sistema radicular, ela é
reduzida, devido ao processo de suberização.
A figura a seguir mostra um esquema de corte trans-
versal da raiz, na região dos pêlos absorventes, e indi-
ca, através de setas, os caminhos que a água e os sais
minerais presentes no solo podem fazer para chegar até
o interior do xilema.

Esquema do corte de raíz indicando o caminho da água do


solo para o interior do xilema.

Através da via A, a água se move por osmose, atra-


vessando o protoplasma das células epidérmicas, corti-
cais e endodérmicas até atingir o xilema. Neste caso, os
sais minerais movimentam-se por transporte ativo atra-
vés das células.
Ao longo da via B, a água flui livremente, por entre
as paredes celulares das células epidérmicas e corti-
cais, até atingir a endoderme.
Os sais minerais fluem com a água ou se movimen-
tam por difusão até a endoderme.
Tanto pela via A como pela via B, a água e os sais
têm de passar pelo protoplasma das células da endo-

13
derme para atingir o xilema. Isto porque a presença e a em direção ao pote pelo processo de evaporação. En-
disposição ordenada das estrias de Caspary nas células quanto a água evapora, o mercúrio ascende pelo tubo
endodérmicas orientam a passagem desses elementos. de vidro, substituindo-a.
Nessas células, ocorrem mecanismos ativos de seleção Processo semelhante ocorre com o ramo de folhas
dos íons que serão encaminhados ao xilema; a água colocado na extremidade do tubo de vidro com água: a
passa para o xilema por osmose. Chegando ao xilema, perda de água por transpiração das folhas cria uma
a água e os sais minerais são conduzidos para as força suficiente para “puxar“ a água do tubo de vidro,
demais regiões do planeta. que é substituída pelo mercúrio.
A perda de água por transpiração nas folhas faz com
que suas células fiquem com força de sucção aumen-
Os Nutrientes Minerais tada. Com isso, tendem a absorver, por osmose, água
do xilema, onde a concentração é menor. A água passa
As plantas necessitam de quantidades relativamen-
então do xilema para as células do clorênquima das
te grandes de determinados elementos químicos, como
folhas.
o nitrogênio (N), o potássio (K), o cálcio (Ca), o fósforo
Como as moléculas de água ficam muito coesas,
(P), o enxofre (S) e o magnésio (Mg). Por isso esses
elas permanecem unidas entre si e são puxadas sob
elementos são chamados macronutrientes ou macroele-
tensão. Forma-se, assim, uma coluna contínua de água
mentos (do grego makrós, grande). Já elementos quí-
no interior do xilema, desde as raízes até as folhas.
micos como o cloro (Cl), o boro (B), o manganês (Mn), o
zinco (Zn), o cobre (Cu), o molibdênio (Mo) e o ferro
(Fe) são necessários em pequena quantidade, e por is-
so recebem o nome de micro-nutrientes ou microele-
mentos.
A falta de algum desses nutrientes causa sintomas
específicos nas plantas. Por exemplo, se faltar magné-
sio, as folhas ficarão amareladas.

Condução da Seiva Bruta nas Plantas


Vasculares
A teoria mais aceita atualmente para explicar a con-
dução da seiva bruta é a da coesão-tensão, na qual a
perda de água por transpiração atuaria como uma força
de sucção de água.
Uma experimentação simples que pode ser montada
para demonstrar e explicar essa teoria está esquema-
tizada na figura a seguir.

Caminho da água na planta.

Sob essas condições, a água é absorvida do solo ra-


pidamente, mesmo por raízes mortas, ou até mesmo
sem a presença da raiz. Se cortarmos transversalmente
o caule de uma planta e o mergulharmos em água, esta
subirá até as folhas.
É o que acontece quando colocamos ramos de flo-
res em vasos com água. Segundo essa teoria da coe-
são-tensão, portanto, a absorção e a condução de água
Nesta experimentação, pode-se comparar o compor-
estão relacionadas com a transpiração.
tamento de um sistema físico com o de um biológico.
À medida que evapora, a água do pote de argila vai
O gráfico seguinte mostra a relação entre a absorção
sendo substituída pela do tubo de vidro, que é “puxada”
e a transpiração.

14
(concentração alta) até um local onde é consumida
(concentração baixa).
A hipótese do fluxo em massa pode ser demonstra-
da através de um modelo físico simples. Acoplam-se
dois balões (denominados A e B) feitos com membra-
nas semipermeáveis a um tubo de vidro em “U”. No
balão A coloca-se uma solução concentrada de açúcar
e no B, água destilada.
Esses balões, assim montados, são mergulhados
em um recipiente contendo água destilada.

Condução da Seiva Elaborada


A seiva elaborada é conduzida das folhas para as
diversas partes da planta através dos elementos criva-
dos do floema ou líber.
Nas dicotiledôneas e gimnospermas, os vasos libe-
rianos localizam-se na casca do caule, enquanto os va-
sos lenhosos, que conduzem a seiva bruta, localizam-se
mais internamente. A seiva elaborada circula, portanto,
pela casca do caule. Verifica-se que a água do recipiente penetra por os-
Retirando-se um anel completo da casca de um tron- mose no balão A, onde a pressão osmótica é maior. A
co (anel de Malphighi), podemos notar, após algumas entrada de água em A determina o deslocamento da
semanas, que a casca logo acima do corte fica intumes- solução de açúcar através de tubo em “U” em direção
cida por acúmulo de seiva elaborada. ao balão B, onde a pressão osmótica é inicialmente nu-
la.
Nesse exemplo, o balão A representa a folha pro-
dutora de açúcar, o tubo em “U”, o floema, e o balão B,
a raiz, que consome o açúcar. A diferença de pressão
osmótica entre esses dois balões determinou o desloca-
mento da solução de açúcar desde o local onde é mais
concentrada (balão A) até onde é menos concentrada
(balão B). No modelo físico, esse transporte continua
até que as concentrações dos dois balões se igualem;
nas plantas, esse transporte se mantém, pois as folhas
estão produzindo açúcar através da fotossíntese.

Transpiração
A transpiração corresponde à perda de água sob a
forma de vapor. É o principal mecanismo através do
As folhas continuam a receber a seiva bruta, mas as
qual a água absorvida pela planta é perdida para o meio
raízes e demais partes abaixo do corte deixarão de
ambiente. Apenas como exemplo, o milho é uma planta
receber a seiva elaborada. Dessa forma, por falta de
que perde, por transpiração, mais de 98% da água que
nutrição das raízes, a planta terminará por sucumbir.
absorve.
A seiva elaborada transporta não só o açúcar produ-
zido nas folhas, como também aminoácidos, hormônios
e outras substâncias dissolvidas em água. A condução
da seiva elaborada é denominada translocação.
A explicação mais aceita para a translocação foi pro-
posta por Munch, em 1927, e é denominada hipótese do
fluxo em massa ou hipótese do fluxo por pressão.
Segundo essa hipótese, a seiva elaborada move-se Retida Metabolizada Transpirada
através do floema, ao longo de um gradiente decres-
Quantidades relativas entre a água transpirada, retida e meta-
cente de concentração, desde o local onde é produzida
bolizada no milho.

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A transpiração pode ocorrer em pequena porcenta- chegar a um ponto em que a folha praticamente não
gem através das lenticelas do caule, mas o principal perde mais peso. A partir daí, a transpiração estomática
órgão da planta responsável por essa função é a folha, não mais ocorre, pois os estômatos se fecharam.
e será nela que deteremos nossa atenção. A folha perderá peso somente através da transpira-
Na folha, a transpiração pode ocorrer através da cu- ção cuticular, que é pouco intensa e não depende do
tícula que reveste a epiderme, recebendo o nome de controle da planta.
transpiração cuticular, ou através dos estômatos, sendo
então denominada transpiração estomática. A transpira-
ção cuticular é pouco intensa, e independe do controle Gutação
do organismo. A transpiração estomática é o principal
A planta pode também perder água sob forma líqui-
mecanismo de perda de água pela planta, e ela depen-
da: é a gutação.
de do controle do organismo.
A gutação não é observada em todas as plantas,
A abertura e o fechamento dos estômatos são con-
mas muitas delas apresentam formações, denominadas
trolados por diversos fatores, sendo o principal deles a
hidatódios, através das quais o processo ocorre.
água. Se as plantas estiverem com suprimento adequa-
A gutação ocorre quando a folha está saturada de
do de água, as células estomáticas permanecerão túrgi-
água e a atmosfera que a envolve apresenta umidade
das, mantendo o poro aberto; com suprimento insufici-
relativa muito alta. É o que acontece, por exemplo, em
ente, as células perdem água e conseqüentemente o
folhas de morangueiro nas madrugadas frias e úmidas.
turgor, e fecham o poro.
As gotas que brotam das folhas por gutação não se
constituem de água pura: contêm sais minerais dissol-
A B vidos.
A gutação não pode ser confundida com o orvalho,
que decorre da condensação de vapores de água da at-
mosfera sobre a superfície folhear. Esses dois proces-
sos têm exigências comuns: alta umidade relativa e bai-
xa temperatura.

Fotomicrografias eletrônicas de varredura: A estômatos na su-


perfície inferior da epiderme de folha de dicotiledônia. B vista
Fotossíntese x Respiração
ampliada de um estômato aberto. A planta sintetiza seu próprio alimento através da
fotossíntese. Esse alimento é utilizado pela própria plan-
ta para a execução das diferentes funções vitais. A
energia armazenada nesse alimento é liberada através
de um processo inverso à fotossíntese: a respiração.

Durante o dia, as plantas respiram e fazem fotossín-


Esquema de vista Esquema de corte tese e, durante a noite, apenas respiram.
frontal de folha, transversal de folha Do equilíbrio entre esses dois processos dependem,
mostrando o estômato. na região do estômato. em grande parte, a nutrição e o desenvolvimento da
planta.
Pode-se demonstrar a redução da transpiração atra- Quando a fotossíntese é mais intensa do que a res-
vés do fechamento estomático em condições de restri- piração, a planta desenvolve-se bem e acumula material
ção de água, mediante uma experimentação relativa- de reserva. Não se deve nunca esquecer que esse ma-
mente simples. Retira-se uma folha de uma planta em terial de reserva precisa ser suficiente para garantir a
condições ideais de suprimento hídrico. Pesa-se essa vida da planta durante o dia e durante a noite, pois seu
folha de imediato e, depois, outras vezes, a intervalos consumo é constante. Plantas que consomem mais do
regulares. que produzem tendem a definhar.
A remoção da folha da planta interrompe seu forneci- Até certo ponto, aumentando a intensidade de luz,
mento de água e, com isso, seus estômatos tenderão a há aumento na intensidade da fotossíntese. Já a res-
se fechar. piração é um processo que independe da intensidade
O resultado das pesagens sucessivas vai nos mos- luminosa; esta pode aumentar sem que haja aumento
trar que, após os primeiros minutos, a perda de peso ou da taxa respiratória.
de água é grande, pois os estômatos estavam abertos. Colocando-se em um gráfico a velocidades desses
Em seguida, ela diminui, evidenciando que os estoma- dois processos em função da intensidade luminosa, ob-
tos estão se fechando. Essa diminuição acontece até temos:

16
redução não só da fotossíntese como também na maio-
ria das reações vitais. Isso acontece porque as enzimas
são desnaturadas em temperaturas elevadas.
Em condições ideais de temperatura e concentração
de gás carbônico, a taxa de fotossíntese eleva-se pro-
gressivamente em função do aumento de luminosidade.
O valor de intensidade luminosa a partir do qual a taxa
de fotossíntese deixa de aumentar é chamado ponto de
saturação luminosa (PSL).
Luzes de cores distintas, ou seja, com diferentes
comprimentos de onda, influenciam de modo variado no
processo fotossintético. A clorofila absorve mais eficien-
temente os comprimentos de onda correspondentes ao
A intensidade luminosa na qual a taxa de fotossínte- azul, ao violeta e ao vermelho e quase não absorve a
se se iguala à da respiração é denominada ponto de luz verde.
compensação fótica, ou simplesmente ponto de com-
pensação (P.C). Nessa intensidade de luz, todo o açú-
car e O2 produzidos pela fotossíntese são consumidos
Hormônios Vegetais
pela respiração, e todo CO2 produzido na respiração é Os principais hormônios vegetais (ou fitormônios)
utilizado pela fotossíntese, não havendo saldo energé- que atuam sobre o crescimento e o desenvolvimento
tico. Diz-se que a planta está em equilíbrio energético. das plantas são: as auxinas, as giberelinas, as citocini-
Abaixo do ponto de compensação, a taxa de fotos- nas, o etileno e o ácido abscísico.
síntese é menor que a de respiração e, portanto, a plan-
ta está consumindo mais do que produz. As plantas não
podem permanecer por períodos prolongados abaixo do Auxinas
ponto de compensação nem exatamente nele, pois não
As auxinas foram o primeiro grupo de substâncias
teriam reservas para o período em que apenas respi-
identificadas como fitormônios. Seu descobrimento
ram. Acima do P.C. elas têm condições de armazenar
ocorreu em função de experimentações que visavam
reservas, que são importantes para sua sobrevivência.
estudar o fototropismo do caule.
O valor do P.C. varia dependendo da espécie. Al- As diversas pesquisas realizadas indicaram o ápice
gumas estão adaptadas a viver em locais expostos ao como a estrutura de maior importância nesse movimen-
sol, necessitando de altas intensidades de luz para a to. Darwin, em 1880, demonstrou que, ao se cobrir com
realização eficiente da fotossíntese. Estas plantas pos- papel opaco o ápice de coleóptilos de alpiste, submeti-
suem um alto P.C. e são chamadas de plantas de sol ou dos a iluminação unilateral, não ocorria o fototropismo;
heliófitas. Outras, ao contrário, estão adaptadas a viver no entanto, coleóptilos cujos ápices não estavam enco-
em locais mais protegidos da luz, realizando fotossínte- bertos apresentavam fototropismo positivo.
se de modo eficiente mesmo em intensidade luminosa
baixa. Estas plantas possuem baixo P.C. e são cha-
madas plantas de sombra ou umbrófitas.

Fatores que Afetam a Fotossíntese


A fotossíntese é afetada por diversos fatores, entre
os quais se destaca a concentração de CO2 na atmos-
fera, a temperatura e a intensidade luminosa.
Em condições ideais de luminosidade e de tempera-
tura, a taxa de fotossíntese eleva-se progressivamente
em função do aumento na concentração de CO2 no ar,
até atingir cerca de 0,3%. A partir daí, o aumento da
concentração correlato na taxa de fotossíntese.
No ambiente natural, em condições ideais de lumino-
sidade e de temperatura, a planta só não realiza a taxa
máxima de fotossíntese porque não há gás carbônico
suficiente na atmosfera. Diz-se, então, que o CO2 está
atuando como fator limitante do processo de fotossín-
tese.
Plantas mantidas em condições ideais de lumino-
sidade e concentração de gás carbônico aumentam sua Posteriormente, verificou-se que coleóptilos, cujos
taxa de fotossíntese à medida que se eleva a tempera- ápices foram retirados não apresentavam fototropismo,
tura ambiental. Isso ocorre, porém, apenas até cerca de nem crescimento. Entretanto, recolocando os ápices,
45°C. Temperatura acima desse limite provoca drástica esses processos voltavam a ocorrer.

17
Essa diferença de atuação da auxina, em função de
suas concentrações no caule e na raiz, permite explicar
o fototropismo negativo da raiz, quando a planta é sub-
metida a uma mesma intensidade de luz, dirigida unila-
teralmente.
No caule, a concentração de auxina do lado não ilu-
minado determina estimulação do crescimento, enquan-
to na raiz determina inibição do crescimento. Ocorre,
então, curvatura do caule no sentido da luz e curvatura
da raiz no sentido oposto.

Assim, pôde-se admitir a existência de uma substân-


cia que, produzida no ápice, migra para as partes infe-
riores da planta, induzindo o crescimento e interferindo
nos movimentos fototrópicos.
Os experimentos que mais contribuíram para o es-
clarecimento desses mecanismos e para a demonstra-
ção e a identificação dessa substância foram realizados
em 1928 por Fritz Went, fisiologista holandês. As experi-
mentações de Went permitiram chegar ao isolamento e
à identificação da substância que, produzida no ápice
das plantas, migra para suas partes inferiores, estimu-
lando o crescimento e interferindo no fototropismo: tra- Colocando-se uma planta em posição horizontal, a
ta-se do ácido indolil-acético ou AIA, uma auxina. concentração de auxina, em função da força de gravi-
As plantas produzem outras auxinas, mas o AIA é a dade, aumenta do lado mais próximo do solo. Nos cau-
mais comum. les, esse aumento de concentração estimula o cresci-
O AIA, além de ser produzido nos meristemas api- mento das células desse lado, determinando a curva-
cais do caule, é produzido também no ápice da raiz, em tura para cima (geotropismo negativo). Nas raízes, o
folhas jovens e em sementes. O AIA produzido nos ápi- crescimento nesse lado é inibido, determinando a cur-
ces dos coleóptilos é conduzido uniformemente para as vatura para baixo (geotropismo positivo).
demais partes da planta, vindo a atuar na zona de elon-
gação ou de crescimento do caule, situada logo abaixo
do ápice caulinar; nessa região, o AIA estimula a disten-
são ou alongamento das células, determinando, assim,
o crescimento.

Auxinas e tropismos
As auxinas, apesar de serem hormônios de cresci-
mento, podem atuar também como inibidores desse
processo, dependendo da concentração em que ocor-
rem. É verdade que o aumento da concentração de au-
xina aumenta a porcentagem de estimulação, porém,
isso ocorre até uma determinada concentração, denomi-
nada “ótimo”. A partir daí, o aumento na concentração
de auxina provoca inibição do crescimento. Além disso,
diferentes órgãos da planta respondem de diferentes
modos a uma mesma concentração de auxina. As Raí- A poda e a Dominância Apical
zes, por exemplo, são mais sensíveis que os caules em As auxinas, produzidas principalmente pelo meris-
relação a esses hormônios. Concentrações de auxinas tema apical do caule, inibem a atividade das gemas
que estimulam o crescimento do caule provocam inibi- axilares. Assim, ao se retirar a gema apical, verifica-se
ção do crescimento da raiz, como mostra o gráfico: que as gemas axilares saem do estado de dormência,
dando origem a ramos laterais, folhas e flores.
Com base nesse princípio é que se efetua a poda
das plantas, pois ao se podar a gema apical, a planta
desenvolve vários ramos laterais.

Auxinas e Formação de Frutos


Após a fecundação, os óvulos dão origem às semen-
tes, que, durante seu desenvolvimento, produzem muita

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auxina. Das sementes, esse hormônio passa para a pa- Etileno
rede do ovário, estimulando a distensão das células
desse órgão e contribuindo para a formação do fruto. O etileno é um gás produzido pelas próprias plantas
Pode-se induzir artificialmente a produção de frutos, e que atua como hormônio. O etileno de outra origem,
sem que ocorra a fecundação, adicionando-se AIA no que não das plantas, também exerce efeito hormonal
pistilo da flor. Nesse caso, o ovário se desenvolverá, sobre elas.
dando origem a frutos que não apresentarão sementes, Identificou-se a presença de etileno em todos os ór-
pois estas se formam pelo desenvolvimento dos óvulos gãos dos vegetais, com exceção das sementes.
fecundados. Um dos efeitos do etileno é estimular o amadure-
cimento de frutos. Frutos bem maduros ou então podres
liberam etileno. Este provocará o amadurecimento mais
rápido de frutos verdes ou o apodrecimento mais rápido
de frutos já maduros. Por esse motivo é que se diz que
um só fruto podre perto de outros frutos sadios provoca
o apodrecimento de todos.
Visando retardar o apodrecimento de frutos estoca-
dos, deve-se mantê-los em baixas temperaturas e em
recipientes com elevadas taxas de CO2, pois esses dois
fatores inibem a produção de etileno.

Ácido abscísico
O ácido abscísico (ABA) é considerado um hormônio
inibidor do crescimento e do desenvolvimento.
Seus principais efeitos são:
Na natureza existem plantas que originam frutos indução da dormência de gemas e de sementes;
sem que tenha ocorrido a fecundação. Nesse caso, os
indução da abscisão (corte e queda) de folhas, flo-
ovários possuem elevada concentração de auxina, sufi-
res e frutos;
ciente para estimular a formação de frutos, não havendo
necessidade de auxina produzida pelas sementes. Es- indução da senescência (amadurecimento e enve-
ses frutos são denominados partenocárpicos e não pos- lhecimento) da folhas, flores e frutos.
suem sementes. É o caso da banana (Musa paradi-
siaca) e da laranja-baiana (Citrus aurantium).
TESTES
Giberelinas 29. (FUVEST-SP) Quando se quer tingir flores brancas, o pro-
cedimento mais indicado é colocar:
Atualmente já foram identificadas várias giberelinas
produzidas pelas plantas, sendo a mais comum a gibe- a) hastes cortadas em solução colorida, em ambiente satu-
relina A3 ou ácido giberélico ou ainda GA3. As gibere- rado de umidade.
b) hastes cortadas em solução colorida, em ambiente seco.
linas são produzidas em meristemas, sementes imatu-
c) plantas intactas em solução colorida, em ambiente satu-
ras e frutos. rado de umidade.
São capazes de induzir a partenocarpia em alguns d) plantas intactas em solução colorida, em ambiente seco.
casos e têm a propriedade de promover grande alonga- e) planta intacta em solo regado com solução colorida.
mento caulinar.
Outro efeito das giberelinas é a quebra da dormência 30. (UFMG) Para matar árvores, algumas pessoas descascam
de sementes. Em alguns casos, a aplicação de gibere- seu tronco. Nesse caso, a morte é ocasionada principalmente
linas em sementes dormentes faz com que inicie logo a por interferência no processo de:
germinação.
a) acúmulo de sais.
b) fotossíntese.
Citocininas c) produção de hormônio.
d) respiração.
As citocininas correspondem a um grupo de substân- e) transporte.
cias que atuam nas plantas de modo a promover princi-
palmente a divisão celular. Além disso, promovem tam- 31. (UNIP-SP) As plantas terrestres desenvolveram durante a
bém a distensão celular e induzem a quebra de dormên- evolução mecanismos eficientes de proteção contra a perda
cia de gemas e de sementes. de água, adquirindo a cutícula impermeável à água e os estô-
matos. Estes, através de um mecanismo rápido de fechamen-
As citocininas atuam também de modo a retardar o
to, também são capazes de economizar água. Mas uma plan-
envelhecimento das folhas. Em função dessa proprie- ta não pode ficar com seus estômatos permanentemente fe-
dade, elas podem ser aplicadas sobre verduras, visando chados. Todas as razões abaixo procuram explicar por que
retardar a senilidade. uma planta deve abrir seus estômatos, exceto:

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a) facilitar a transpiração.
b) permitir o fluxo de água no xilema.
c) facilitar a absorção de dióxido de carbono.
d) facilitar a absorção e eliminação de oxigênio.
e) permitir a eliminação de água no estado líquido.

32. (FUVEST-SP) Nas plantas, a respiração ocorre:


a) somente nos tecidos em crescimento.
b) somente em células que não estão realizando fotossín-
tese.
c) somente nas células das folhas.
d) em todas as células vivas, apenas durante a noite.
e) em todas as células vivas, dia e noite.

33. (FUVEST-SP) O ponto vegetativo apical de um grupo de


plantas foi retirado e substituído por uma pasta de lanolina
misturada com um hormônio. Para verificar se é esse hormô-
nio que inibe o desenvolvimento das gemas laterais, o pro-
cedimento adequado é usar um outro grupo de plantas como
controle e nesse grupo, após o corte:
a) colocar uma pasta de ágar misturada com o hormônio.
b) aspergir uma solução nutritiva na região cortada.
c) colocar apenas lanolina na região cortada.
d) retirar também as gemas laterais.
e) colocar a mesma pasta utilizada no grupo experimental,
mantendo as plantas no escuro.

34. (UFBA) A ocorrência de frutos que contêm apenas semen-


tes rudimentares, como a banana, pode ser explicada a partir
de flores que:
a) eram unissexuadas masculinas.
b) sofreram uma autopolinização.
c) apresentavam apenas o perianto.
d) foram fecundadas por pólen de outra flor.
e) desenvolveram o ovário sem serem fecundadas.

35. (PUC-SP) Uma planta atinge o seu ponto de compen-


sação fótico quando:
a) a taxa de respiração e a de fotossíntese se igualam.
b) o volume de O2 produzido pela fotossíntese independe da
intensidade luminosa.
c) todo o CO2 produzido pela respiração é perdido através
dos estômatos abertos.
d) todos os seus estômatos estão abertos.
e) todos os seus estômatos estão fechados.

GABARITO

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