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PARECER/MP/CONJUR/GAN/Nºº 0423-3.13/2008
3. Desta feita, às fls. 21, o servidor pede revisão daquele entendimento da SRH na parte
referente ao “... benefício de adicional por tempo de serviço (anuênio) ...”, com base em
documentação que apresenta, nela incluída cópia da NOTA/DAJI/CGU/AGU Nº 218/2007 – ASN,
aprovada pelo Exmo. Sr. Advogado-Geral da União substituto (fls. 24/32).
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4. A respeito do novo pleito, a SRH informa que não modificou seu anterior
entendimento sobre a negativa de concessão de anuênios a servidores que passaram a ser regidos
pelo Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais, após a extinção desse benefício (fls. 59 – item 16).
6. É o relatório.
7. O art. 100 da Lei nº 8.112/90 dispõe que “É contado para todos os efeitos o tempo
de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas”.
10. Por via oblíqua, essa assertiva observa os termos de precedente do Superior Tribunal
de Justiça, segundo o qual “(...) As vantagens de ordem pessoal, consideradas como tal os
adicionais por tempo de serviço, as gratificações concedidas em razão da natureza ou do local de
trabalho, uma vez incorporadas ao patrimônio do servidor, tornam-se insusceptíveis de extinção.
(...)” - in RMS 9936/RS – Relator Ministro HAMILTON CARVALHIDO - DJ 04.08.2003, p. 422
– destaque acrescentado.
11. Há, portanto, que se constituir um direito pessoal, na forma da lei, para ser
incorporado ao patrimônio jurídico do servidor e, por conseqüência, não mais ser susceptível de lhe
ser retirado.
12. No caso dos autos, não se constituiu esse direito pessoal (ou personalíssimo)
para ser incorporado ao patrimônio jurídico do servidor. Houve descontinuidade entre o término do
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serviço militar não obrigatório e a sua investidura em cargo efetivo, sendo que, nesse interregno, o
Adicional por Tempo de Serviço, então previsto no art. 67 da Lei nº 8.112/1990, foi extinto. Dessa
forma, por óbvio, não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico anterior.
13. Nesse sentido, traz-se à colação o seguinte julgado, que, embora tratando de
situação diversa, demonstra a linha jurisprudencial daquela egrégia Corte:
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15. A respeito de tanto, temos, respeitando eventual entendimento mais autorizado, que
melhor se adequariam às situações da espécie as conclusões1 do Parecer AGU/GM – 013/2000, com
as indispensáveis cautelas na sua interpretação, uma vez que também cuidou de tema diverso do que
ora se analisa.
16. Posto isso, do ponto de vista estritamente jurídico, opina-se no sentido de que o
entendimento da Secretaria de Recursos Humanos – SRH/MP sobre a negativa de concessão de
anuênios a servidores que passaram a ser regidos pelo Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, após a extinção desse benefício,
manifestado nos termos da Nota Técnica nº 26/2008/COGES/DENOP/SRH, de 19 de março de
2008 (fls. 56/59), está em conformidade com a legislação de regência.
1
Entre suas conclusões, releva destacar a que considera que “Na hipótese de tratar-se de posse e conseqüente vacância
de cargo pertencente à União, são preservados os direitos personalíssimos incorporados ao patrimônio jurídico do
servidor, mesmo se, na data em que este for empossado, os preceptivos de que advieram os direitos não mais
integrarem a ordem estatutária, pois subsistirá a relação jurídica e nenhuma interrupção ocorrerá na condição de
servidor da entidade empregadora.”
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