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Cuiabá, 2018
Educação do Popular e a Boniteza das Trocas Vivenciadas no
acampamento “Padre Ten Cate” e no assentamento “Egídio Brunetto”
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM “EDUCAÇÃO AMBIENTAL CAMPENSINA”
Resumo:
Os diálogos entre a educação ambiental e a educação popular tem se constituido em um campo fertil de
possibilidades pedagógicas na medida em que valoriazam os saberes e as práticas (habitos) dos povos e das
populações (habitantes) sobre a natureza (habitat), estimulando a continuidade de seus modos de vida e
pensando junto com esses grupos táticas para fazer emergir com mais força as pedagogias insurgentes e
decoloniais que brotam da terra e dos territórios. O objetivo deste artigo é relatar a experiencia vivenciada
durante as visitas (intercâmbio cultural) no acampamento “Padre Ten Cate” e no assentamento “Egídio
Brunetto”, realizadas durante o curso de especializalção latu sensu em Educação Ambiental Campesina.
1 Introdução
O grande mestre Paulo Freire escreveu que educação é um ato revolucionário e que é
em comunhão e no diálogo que os homens e as mulheres se libertam (1987). Com esse
horizonte, compreendendo a grandeza da Educação Popular e dos Círculos de Cultura o
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST) em parceria com Grupo
Pesquisador em Educação Ambiental Comunicação e Artes (GPEA) da Universidade Federal
de Mato Grosso (UFMT) idealizaram, planejaram e executaram o curso de Especialização em
Educação Ambiental Campesina (EAC), realizado pelo viés da Pedagogia da Alternância,
iniciado em 2016 e finalizado em 2018.
Vale reassaltar que tanto o tempo-escola quanto o tempo-comunidade foram planejados
na perceptiva da Educação Popular (FREIRE1987, FREIRE; NOGUEIRA, 1993;
BRANDÃO, 2006), pensada como esforço de capacitação, de mobilização e de organização
das populações camponesas, passando pela compreensão da ordem vigente desigual,
assentada na disparidade de classe, aonde escola se é um braço forte do sistema e que
qualquer mudança nessa ordem passa necessariamente por uma mudança no sistema de
ensino, sendo urgente fazer uma escola de outro jeito (FREIRE; NOGUEIRA, 1993).
Nessa tessitura a Educação Ambiental que tem como principio a luta por justiça
socioambiental e busca no diálogo dos saberes construir possibilidades de outros mundos e de
sociedades sustentáveis (SATO, 2013; SATO, 2008) vem agregar sentido a educação popular
(FREIRE; NOGUEIRA, 1993) e floresce com o conceito de Educação Ambiental Popular e
Campesina
O objetivo deste artigo é relatar a experiência vivencia no intercâmbio cultural, que é parte
integrante do Tempo-escola, do curso de Especialização lato sensu em Educação Ambiental
Campesina, UFMT.
2 Desenvolvimento
Figura 01- Turma Tereza de Benguela, Especialização em Educação Ambiental Campesina, 2017.
O acampamento Padre Jose Tem Kate surge com trabalho de base, onde trabalhadores e
trabalhadoras ocuparam uma fazenda chamada NSP de propriedade do Senhor Blairo Maggi
no Municipio de Jaciara; No inicio da luta pela terra a ocupação chegou a ter 900 familias;
contudo após 60 dias na área as familias foram despejadas para uma área da Prefeitura
municipal de Jaciara. atualmente 380 famílias estão na área. Essa ocupação aconteceu na data
de 12/07/2015.
O acampamento Padre Jose Tem Cate tem três de organização da produção, todas as
famílias tem os quintais produtivos, lavouras individuais, e também cultivam lavouras
coletivas.
No acampamento padre Temcat, do MST fomos recebidos com muita alegria pelos/as
acampados/as, ficamos alojados em suas casas, fizemos todas as refeições em coletivo. Neste
espaço é evidente como a organização é indispensável para a luta e pela terra e pressão pela
reforma agrária.
1
Trecho extraído da musica “Não vou sair do campo”. Link para baixar a musica:
http://www.mst.org.br/2015/06/22/cantares-da-educac-a-o-do-campo.html
sociais.” (BOGO, 2012, p.475). Depois das apresentações teve um baile para melhor
interargirmos, o baile foi até umas duas horas da manhã.
A luta por conquistas básicas tais como, luz, água, moradia, educação, lazer, que são o
básico para sobrevivermos. Os sonhos deles e delas são muitos, e essa convivência nos
ensinou a lutar por nossos objetivos, pois eles e elas, mesmo com tantas dificuldades
continuam firmes na luta de uma sociedade melhor.
3 CONCLUSÃO
Todos os lugares que visitamos e que vimos, veio de encontro com o que estávamos vendo na
especialização, as questões agraria, do meio ambiente, as dificuldades das famílias em
produzir de forma orgânica, as dificuldades em conseguir o básico para sobreviver.
Foi um processo enriquecedor não somente para o nosso estudo mas também para nossas
vidas.
A especialização significa para mim mais uma oportunidade, para meu crescimento
profissional e acima de tudo pessoal, me possibilitou conhecer novos lugares e novas
experiências, novos conhecimentos, novas amizades.
Vivenciei um crescimento enquanto pessoa e ser humano, me fez rever meus conceitos
em relação a minha vida e a sociedade onde estou inserida, me fazendo pensar no meu papel
enquanto sujeito de uma sociedade capitalista onde o que esta sempre a frente é o lucro. E
reafirmou a certeza de que educar é um ato revoluciuonário!
4 REFERÊNCIAS
BOGO, A. Mística. In: CALDART, S. R.;et al. Org. Dicionário da Educação do Campo.
Expressão Popular, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. São Paulo, Rio de
Janeiro. 2012.
FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer: teoria e prática em educação popular.
Petrópolis, 1993.