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EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA MORTA (MULCHING) NO

RENDIMENTO DA CULTURA DE ALFACE (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-


659 EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICAS DO MUNICÍPIO DE ULÓNGUÈ-
ANGÓNIA

JOSÉ CARLOS TIVANE

2018
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
LICENCEATURA EM ENGENHARIA AGROPECUÁRIA
PRODUÇÃO VEGETAL

Titulo:

EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA MORTA (MULCHING) NO


RENDIMENTO DA CULTURA DE ALFACE (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-
659 EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICAS DO MUNICÍPIO DE ULÓNGUÈ-
ANGÓNIA

Autor: José Carlos Tivane

Ulónguè, Setembro de 2018

ii
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
LICENCEATURA EM ENGENHARIA AGROPECUÁRIA
PRODUÇÃO VEGETAL

Titulo:

EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA MORTA (MULCHING) NO


RENDIMENTO DA CULTURA DE ALFACE (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-
659 EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICAS DO MUNICÍPIO DE ULÓNGUÈ-
ANGÓNIA

Autor: José Carlos Tivane

Orientador: MSc Zoio J. Bonomar

Monografia Submetida à Faculdade de Ciências


Agrárias, Universidade Zambeze, em cumprimento
dos requisitos para a obtenção do Grau de
Licenciado em Engenharia Agro-pecuária,
especialização em Produção Vegetal.

Ulónguè Setembro de 2018

iii
DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Eu, José Carlos Tivane, declaro por minha honra que esta monografia é resultado do
meu próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de licenciatura na
Faculdade de Ciências Agrária de Ulónguè da Universidade Zambeze.

Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em
nenhuma outra Universidade.

_________________________________

(José Carlos Tivane)

________________/_______/Setembro/___________

iv
O meu pai Carlos José Tivane e
minha mãe Celeste Noé

Dedico!

v
AGRADECIMENTO

Agradeço a JEOVÁ-NISSI, pelo dom da vida e pela protecção que tem-me


proporcionado dias pós dias, na qual deposito a minha confiança.

Aos meus Pais Carlos José Tivane e Celeste Noé agradeço por me trazem ao mundo,
pela confiança e o investimento que fizeram para me, a minhas irmãs Felicidade C.
Tivane, Cármen Celeste Tivane, Osvalda e a Sandra pelo apoio e conselhos que me dão.

Aos meus tios Agostinho, Pascoal, Zacarias. Os meus primos e sobrinhos e a todos da
família Tivane vão os meus agradecimentos.

Aos meus cunhados Timóteo Capece, Capece Júnior.

Aos meus amigos de infância Inocêncio Diogo Faduco Matsinhe e ao Augusto Mateus
(Massada) in memorry, que juntos começaram a dar o primeiro passo da vida.

A UNIZAMBEZE, em particular a Faculdade de Ciências Agraria, vai o meu


agradecimento, pela oportunidade que deram me de me formar.
Os meus amigos e colegas do ensino geral José Tauzene, Bonifácio, Constantino
Madadisse, Zolda Horácio, Ana Tome, Neide, Orlando Guta, e todos da turma B01,
2013. Aos meus colegas da batalha René Geraldo, Cliton Victor, Rofino Clemente,
Fábio, Virgínia Rafael, Stela Tome, Helena Rimao, Domingos Galeno, Verónica
Maunde, Anamelca e a todos da geração de 2014 na qual juntos lutamos e
compartilhamos momentos bons e maus quanto estudantes,

A Aida Seninho Cesar Viegas e a Sílvia Banda, pela força que me deram em momentos
que precisava.

Os meus irmãos na fé José Sande, mãe Gilda, pastor Licolene, Florinda Faqueiro,
Fatima Conjane, Elizefa Fazenda e todos da igreja visão crista em Angónia e igreja
GOSPEL-BUZI. A família Chipiringo, família Zunguza,

Ao meu orientador MsC Zoio Joaquim Bonomar,

E a todos que directa ou indirectamente contribuíram para que este sonho de ser
engenheiro se realizasse, o meu muito obrigado a todos!

vi
EPIGRAFE

Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O
sucesso é só consequência.
Albert Einsten

Porque melhor é a sabedoria do que as jóias; e de tudo o que deseja nada se pode
comparar com ela.

Provérbios 8:11

vii
ÍNDICE
RESUMO ........................................................................................................................ xi

ABSTRACT ................................................................................................................... xii

LISTAS DE FIGURA ................................................................................................... xiii

LISTA DE TABELAS .................................................................................................. xiv

LISTA DE SÍMBOLOS ................................................................................................. xv

ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................................... xvi

1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................ 1

1.1 Generalidade da cultura ..................................................................................... 1

1.2. Problema de estudo ................................................................................................ 3

1.3. Justificativa ............................................................................................................ 3

1.4. Hipóteses ................................................................................................................ 4

1.5. Objectivos .............................................................................................................. 4

1.5.1. Geral ................................................................................................................ 4

1.5.2 Específicos ....................................................................................................... 4

2. CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFIA ........................................................... 5

2.1. Aspectos gerais da cultura de alface ...................................................................... 5

2.2. Valor nutricional e Importância económica de alface ....................................... 6

2.4. Ciclo vegetativo ................................................................................................. 6

2.6.2. Luminosidade ............................................................................................. 8

2.6.3. Humidade ................................................................................................... 8

2.7. Exigências nutricionais da planta ...................................................................... 8

2.7.1. Adubação de cobertura .................................................................................... 9

2.7.2. Nitrogénio (N) ............................................................................................ 9

2.8. Utilização de cobertura do solo na alface ........................................................ 10

2.8.1. Influência da cobertura morta sobre a germinação das infestantes ............... 11

2.8.2. Instalação da cobertura (mulching) ............................................................... 11

viii
2.8.3. Vantagem da Cobertura Morta ...................................................................... 12

2.9. Tractos Culturais .............................................................................................. 12

2.9.1. Sacha ............................................................................................................. 12

2.9.2. Irrigação em alface ................................................................................... 12

2.10. Pragas e doenças........................................................................................... 13

2.11. Colheita ........................................................................................................ 13

CAPITULO III: METODOLOGIA ................................................................................ 15

3. MATERIAS E METODOS..................................................................................... 15

3.1. Localização .......................................................................................................... 15

3.3. Dados meteorológicos do município de Ulónguè durante o ciclo da cultura ...... 16

3.4. Área experimental ................................................................................................ 16

3.5. Descrição dos tratamentos ................................................................................... 17

3.6. Escolha e discrição da variedade ..................................................................... 18

3.7. Instalação do viveiro ........................................................................................ 18

3.8. Preparação do solo ........................................................................................... 18

3.9. Transplante........................................................................................................... 18

3.10. Rega ................................................................................................................... 19

3.11. Cobertura do solo ............................................................................................... 19

3.12. Controle de infestante ........................................................................................ 19

3.13.Adubação ............................................................................................................ 19

3.14. Controlo de pragas e doenças ............................................................................ 20

3.15. Colheita .............................................................................................................. 20

3.16. PARÂMETROS AVALIADOS ........................................................................ 20

3.16.1. Parâmetros de crescimento .......................................................................... 20

3.16.2. Parâmetros produtivos ................................................................................. 20

3.17. Pacote estatístico ................................................................................................ 21

CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................ 22

ix
4.1. Altura da Planta ................................................................................................... 22

4.2. Número de Folhas por Planta............................................................................... 23

4.3. Diâmetro da Cabeça ............................................................................................. 24

4.4. Peso da cabeça ..................................................................................................... 25

4.5. Produtividades ..................................................................................................... 26

5. RECOMENDAÇOES................................................................................................. 29

6. REFERENCIAS BILIOGRAFICAS .......................................................................... 30

7. ANEXOS .................................................................................................................... 37

x
RESUMO
Conduziu-se este estudo com objectivo de Avaliar o efeito de diferentes tipos de
cobertura morta (mulching) no rendimento da cultura de alface (Lactuca sativa L.) var,
Great Lakes-659 em condições edafo-climáticas do município de Ulónguè-Angónia. O
delineamento utilizado neste experimento foi de blocos completamente causalizados
(DBCC), com três tratamentos (T1 solo descoberto, T2 cobertura com serradura e T3
com plástico de polietileno; e três repetições totalizando 9 parcelas. A distribuição
normal dos dados em cada variável foi submetida a análise de variância pelo pacote
estatístico Statistical Packagefor Social Science (SPSS versão 23.0 de 2015 para
Windows). para observar a existência ou não de diferenças entre as médias das variáveis
analisadas. A análise mostrou que não houve nenhuma interacção significativa para
todas variável estudadas neste trabalho, mas também nota-se que apesar de não ter
nenhuma diferença estatística o tratamento de serradura ele apresenta um bom
desempenho para quase todas as variáveis. Observou-se que todos os materiais
empregados como cobertura, controlaram a infestação de plantas invasoras.
Quanto a produtividade, o tratamento T2 apresentou se com maior valor com uma
média de 5.546.
Palavra-chaves: Lactuca sativa L., mulching (cobertura morta), Rendimento

xi
ABSTRACT
He objective of this study was to evaluate the effect of different types of mulching on
the yield of lettuce (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-659 under edaphic climatic
conditions of the municipality of Ulônguè-Angónia. The experimental design was
completely causalized (DBCC), with three treatments (uncovered T1, T2 with sawdust
and T3 with polyethylene plastic, with three replications totaling 9 plots.) The normal
distribution of the data in each variable was submitted the analysis of variance by the
statistical package Statistical Package for Social Science (SPSS version 23.0 of 2015 for
Windows) to observe the existence or not of differences between the means analyzed
variables.The analysis showed that there was no significant interaction for all variables
studied in this work , but also note that although it does not have any statistical
difference the treatment of sawdust it presents a good performance for almost all the
variables. It was verified that all the materials used as cover, controlled the infestation
of invasive plants. In terms of productivity, the T2 treatment presented a higher value
with an average of 5,546.

Key words: Lactuca sativa L., mulching, yield

xii
LISTAS DE FIGURA
Figura 1: Mapa do Distrito de Angónia .......................................................................... 15
Figura 2: Precipitação durante o ciclo da cultura ........................................................... 16
Figura 3: Dados de temperatura durante o ciclo da cultura ............................................ 16
Figura 4: Croquis experimental ...................................................................................... 17
Figura 5: Fase inicial da cultura no campo definitivo (7 dias apos o transplante). ........ 42
Figura 6: 32 DAT. .......................................................................................................... 43
Figura 7: Coleta de Dados (altura da planta), Peso da Cabeça. ...................................... 43
Figura 8: Lesões Fúngicas na Raiz. ................................................................................ 44
Figura 9: Capo de ensaio, apos ser feita a colecta dos dados. ........................................ 44

xiii
LISTA DE TABELAS

Tabela 1:Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface (kg


por hectare) ....................................................................................................................... 9
Tabela 2:Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface ............................ 9
Tabela 3:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface .......................................... 13
Tabela 4: Ilustração dos tratamentos do experimento. ................................................... 17
Tabela 5: Valores médios de AP .................................................................................... 22
Tabela 6:Valores médios de NFP ................................................................................... 23
Tabela 7:Valores médios de DC ..................................................................................... 24
Tabela 8:Valores médios de PC ..................................................................................... 25
Tabela 9:Valores médios Prod. (t/ha) ............................................................................. 26
Tabela 10: ANEXO. Resumo AP ................................................................................... 37
Tabela 11: ANEXO. DBC AP ........................................................................................ 37
Tabela 12:ANEXO. Anova de AP .................................................................................. 37
Tabela 13: ANEXO. Resumo de DC .............................................................................. 38
Tabela 14: ANEXO. DBC DC ....................................................................................... 38
Tabela 15: ANEXO. Anova DC ..................................................................................... 38
Tabela 16: ANEXO. Resumo NFPP .............................................................................. 39
Tabela 17: ANEXO. DBC NFPP ................................................................................... 39
Tabela 18: ANEXO. Anova NFPP ................................................................................. 39
Tabela 19: ANEXO. Resumo PC ................................................................................... 40
Tabela 20: ANEXO.DBC PC ......................................................................................... 40
Tabela 21: ANEXO. Anova PC...................................................................................... 40
Tabela 22: ANEXO. Resumo Prod. ............................................................................... 41
Tabela 23: ANEXO. DBC Prod. .................................................................................... 41
Tabela 24: ANEXO. Anova Prod. .................................................................................. 41
Tabela 25: ANEXO. Significado do Coeficiente de Variação (CV) .............................. 42

xiv
LISTA DE SÍMBOLOS
Ca- Cálcio

Fe- Fero

N- Nitrogénio

NPK- Nitrogénio, Fósforo, Potássio

P- fósforo

S- Enxofre

xv
ABREVIATURAS E SIGLAS
%- Percentagens

AP- Altura da Planta

Cm- Centímetros

DAT- Dias após transplante

DBCC- Delineamento de blocos completamente Causalizados

DC- Diâmetro da Cabeça

EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária

g- gramas

Ha- Hectar

Kg- Quilogramas

m2- metros quadrado

MAE- ministério de administração estatal

Min- Mínimo

Max- Máximo

NFPP- Numero de folhas por planta

ºC- Graus Celsius

PMC- Peso Médio da cabeça

PRD- Produtividade

SD- Sem data

SDAE- Serviço distrital de actividades económicas. angónia 2018

SEBRAE – serviço brasileiro de apoio as micro e pequenas empresas

SPSS- Statistical Packagefor Social Science

xvi
t/ha- Toneladas por hequitares

VAR- variedades

xvii
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1 Generalidade da cultura


A alface (Lactuca sativa L.) é uma planta da família Asteraceae, originária da
região de clima temperado, entre o sul da Europa e a Ásia Ocidental. É uma planta
herbácea que possui um pequeno caule a partir do qual as folhas tenras crescem ao
redor. Essas folhas são a parte comestível da planta e podem ter coloração verde
(variando de claro a escuro) ou roxa, assim como podem ser lisas ou crespas e formar
ou não cabeça, (MALIA 2015).
Nas últimas décadas, diversas técnicas foram incorporadas ao cultivo de
hortaliças. Dessas técnicas, destaca-se a cobertura morta ou mulching que é a prática
pela qual se aplica, ao solo, material orgânico ou inorgânico como cobertura de
superfície (SOUZA & RESENDE, 2003). Dentre os materiais orgânicos utilizados
como cobertura morta, pode-se citar palha de café, palha de arroz, bem como serragem
e capim, sendo a utilização desses materiais uma prática de baixo custo e de fácil
execução (DEUBERT, 1997). Também é observada a aplicação de plásticos de
polietileno em cobertura, como os de polietileno de diversas cores, sendo o mulching
preto o mais utilizado por ser de baixo custo e proporcionar a produção de um produto
de maior qualidade, uma vez que evita seu contacto directo com o solo.
Esta prática cultural, conhecida por cobertura morta do solo traz inúmeros
benefícios aos sistemas de produção, em especial quando é utilizada em produção de
horticultas (OLIVEIRA et al., 2008). Segundo Machado et al. (2008) a cobertura do
solo, tanto com a utilização de cobertura plástica como com restos de vegetais, tem sido
estudada e vem sendo comprovada muitas vantagens, como: reduz a evapotranspiração
da água na superfície do solo; controla plantas invasoras; diminui as oscilações de
temperatura do solo; obtém maior precocidade da colheita e o rendimento da cultura
pode ser maior.
A utilização da cobertura morta do solo no cultivo da alface tem-se mostrado
uma prática determinante, quando se busca um aumento na produção e na qualidade do
produto. Porém, para que esta técnica seja viável ao produtor é necessário buscar outros
tipos de cobertura, priorizando aquelas que estejam disponíveis na região de cultivo
(SANTOS, 2011).
Em campo, a alface pode ser cultivada directamente nos canteiros ou com
mulching, técnicas de cobertura de solo. As aplicações de mulching com coberturas de

1
solo reduz-se à luz solar com diferentes refletâncias (preto, branco) visam, entre outros
aspectos, diminuir a competição com plantas invasoras, propiciar um microclima mais
favorável ao desenvolvimento da cultura e evitar o contacto directo das folhas com o
solo. Dentre as forma frequentemente utilizadas de mulching estão as coberturas com
plástico preto e com cobertura morta ou palhada. As amplitudes térmicas tendem a ser
menores sob solo nu, enquanto as temperaturas médias para as plantas podem ser em
média maiores ou menores dependendo das propriedades físicas do mulching.
O presente trabalho objectivou-se em Avaliar o efeito de diferentes tipos de
cobertura morta (mulching) no rendimento da cultura de alface (Lactuca sativa L.) em
condições edafo-climáticas do município de Ulónguè-Angónia.

2
1.2. Problema de estudo
Nos últimos anos tem-se verificado no mundo em geral e Moçambique em
particular, um aumento constante da produção das hortícolas. Este aumento deve se à
maior procura das mesmas para o consumo a fresco, em produtos industriais e outras
(RIBEIRO e RULKENS, 1999).

O distrito de Angónia é um dos potencias na produção agrícola, principalmente


em hortícolas. Entretanto, devido a fraca na adopção de práticas culturais adequadas
(cobertura morta); para alem as adversidades das condições climáticas, predominantes
nestes últimos anos, a produtividade/rendimento desta cultura tende a baixar. Neste
contexto, surge a seguinte questão:

Que impacto em termo de eficiência tem a cobertura morta no solo no


rendimento da cultura de alface em condições edafo-climáticas de Angónia-Ulónguè?

1.3. Justificativa
Segundo (MULLER 1991; REPKE et al. 2009) Apud NETO et al (2014), O
sistema produtivo da alface é afectado por vários factores ambientais. Dentre esses,
destacam-se o fotoperíodo longo, a alta incidência luminosa e, principalmente, as altas
temperaturas, A acção conjunta desses factores pode causar danos fisiológicos às
plantas, além de aumentar a evaporação da água do solo e a diminuição da actividade
radicular, causando, consequentemente, perdas na produção. Em Moçambique, esses
factores ambientais são característicos durante grande parte do ano, podendo, com isso,
limitar a produção de alface. No entanto, vários são os mecanismos utilizados que
buscam minimizar seus efeitos.
O número de pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e equilibrada
aumenta a cada dia. É crescente a demanda por produtos mais saudáveis e
ecologicamente correctos, e portanto o consumo de alimentos orgânicos. Diante dessa
necessidade de mercado e do aumento de produtores inseridos nesse método de cultivo,
verifica-se a importância do desenvolvimento de pesquisas voltadas à implementação de
novas tecnologias de produção nesse sistema.
Entre esses, destacam-se o cultivo em ambiente protegido e o uso de coberturas
de solo com plásticos e com restos vegetais, visando manter as características
agronómicas desejáveis à planta (ARAÚJO et al. 2001; TOSTA et al. 2010; VIANA et
al. 2013). O seu cultivo apresenta limitações, principalmente em virtude de sua

3
sensibilidade às condições adversas de temperatura, humidade e chuva (GOMES et al,
2005).

1.4. Hipóteses
 H0 (hipótese nula): Os diferentes tipos de cobertura morta em todos tratamentos
não têm nenhum efeito significativo no rendimento da cultura de alface.
 H1 (hipótese alternativa): Os diferentes tipos de cobertura morta tem um efeito
significativo em pelo menos um dos tratamento no rendimento da cultura de
alface.

1.5. Objectivos
1.5.1. Geral

 Avaliar o efeito de diferentes tipos de cobertura morta (mulching) no rendimento


da cultura de alface (Latuca sativa L.) var, Great Lakes-659 em condições
edafo-climáticos do município de Ulónguè-Angónia.

1.5.2 Específicos

 Medir as variáveis de crescimento assim como produtivas, em diferentes coberturas


do solo.
 Identificar a cobertura morta que mais influencia no rendimento da cultura de
alface.

4
2. CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFIA
2.1. Aspectos gerais da cultura de alface

A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça folhosa mais consumida e é uma das
hortaliças mais cultivadas em todo mundo, pertence à família Asteracea e é originária de
clima temperado. No caule se prendem as folhas que geralmente são grandes, lisas ou
crespas, fechando-se ou não na forma de uma “cabeça”. Sua coloração varia de verde-
amarelado ao verde-escuro, sendo que algumas variedades apresentam as margens
arroxeadas (FILGUEIRA, 2000). Originou-se de espécies silvestres, ainda actualmente
encontradas em regiões de clima temperado, no sul da Europa e na Ásia Ocidental,
conforme (FILGUEIRAS 2002) apud (SILVA 2005).
Segundo Maluf (2011), a alface e classificada em cincos grupos distintos, de
acordo com o aspecto das folhas e o facto de as mesmas reunirem-se ou não para a
formação de uma cabeça repolhuda, conforme a seguir:
 TIPO ROMANA: apresentam folhas, alongadas, duras, com nervuras claras e
protuberantes, não formando cabeças imbricadas, mas fofas. Ex.: Romana
Branca de Paris, Romana Balão e Gallega de Inverno.
 ALFACE DE FOLHAS LISAS: as folhas são lisas, mais ou menos delicadas,
não formando cabeça repolhuda, mas uma roseta de folhas. Ex.: Baba de verao,
Monalisa AG-819, Regina 2000 e Lidia
 ALFACE DE FOLHAS CRESPA: as folhas são crespas, soltas, consistentes,
não formando cabeça repolhuda, mas com uma roseta de folhas. Ex.: Grand
Rapids, Slow Bolting, Verónica, vera, Vanessa, Brisa e Marisa AG-216 e
Mariane;
 VARIEDADE LISA OU REPOLHUDA MANTEIGA: apresenta cabeça com
folhas tenrra, lisas de cor verde clara e com aspecto oleoso. Ex.. White Boston,
Brasil 48, Brasil 303, Carolina AG-576, Elisa, Aurélia, Floresta, Gloria e Vivi;
 REPOLHUDA CRESPA OU ALFACE AMERICANA (Crisphead lettuce):
apresenta cabeça com folhas crespa, folhas com nervura salientes e imbricadas,
semelhantes ao repolho. Ex.: Great Lakes, Mesa 659, Salina Taina, Iara,
Medona AG-605, Lucy Brown, Lorca, Legacy, Laurel, Raider e Seminis, e
apresenta um ciclo de 75 dias a partir da sementeira, sendo 48 a 58 dias a partir
do transplante. O tamanho da planta e médio e grande, com massa media
variando entre 700 a 1200 g. As folhas são duras e de coloração verde clara.

5
Possuem cabeça de tamanho médio a grande, com óptima compacidade, peso e
uma boa tolerância ao pendoamento precoce

2.2. Valor nutricional e Importância económica de alface

SEGUNDO RESENDE et al. (2007); SALA & COSTA (2012) apud Neto et al
(2014), o seu largo consumo se dá principalmente in natura, em saladas, em função de
suas características nutricionais, pois é rica em vitaminas A, B1, B2 e C, além de
apresentar boas concentrações de Fe, Ca e P; e ter o preço de compra reduzido ao
consumidor.
É uma das hortaliças de maior importância comercial e maior consumo em todo
o mundo. Devido à alta procura por esta hortaliça, ocorre o estímulo para o
desenvolvimento de novas técnicas de cultivo, aumento da produtividade e redução no
custo de produção, bem como produto de maior qualidade e menor preço (SILVA
2015).
2.3. Características botânicas
A planta é herbácea, delicada, com caule diminuto, ao qual se prendem as folhas.
Estas são amplas e crescem em roseta, em volta do caule, podendo ser lisas ou crespas,
formando ou não uma cabeça, com coloração em vários tons de verde, ou roxa,
conforme a variedade, (LIMA 2007).
A raiz é pivotante e quando cultivada a campo pode atingir até 60 cm, e
infiltrando-se de 15 a 20 cm no perfil do solo (GOTO; TIVELLI, 1998) apud
(CAVALHEIRO et al 2015).
Segundo FILGUEIRA (2000) apud CARVALHO (2013), diz que as raízes
podem atingir 0,60 m de profundidade quando em semeadura directa, porém,
apresentam ramificações delicadas, finas e curtas, explorando apenas os primeiros 0,25
m de solo.

2.4. Ciclo vegetativo

BORREGO (1995), Do ponto de vista agronómico, no ciclo de cultivo de maior


parte das alfaces se distinguem as seguintes fases:
 Fase de formação de uma roseta de folhas,
 Fase de formação de cabeça e a
 Fase de reprodução de emissão de um pendão floral
A planta é anual florescendo sob dias longos e temperaturas elevadas. Dias
curtos e temperaturas amenas ou baixas favorecem a etapa vegetativa do ciclo,

6
constatando-se que todas as variedades produzem melhor sob tais condições
(FILGUEIRA, 2002).
Quando apresenta estádio vegetativo avançado, a cabeça ou as folhas centrais se
abrem e surge um talo cilíndrico e ramificado com folhas e flores amarelas em cachos,
(CARVALHO 2013)

2.5. Produção de Mudas

No cultivo da alface é importante que se faça a produção das mudas para


posterior plantio em canteiro definitivo. As mudas podem ser produzidas em
sementeiras ou em bandejas.
2.5.1. Sementeira
O canteiro (sementeira) para a produção de mudas é constituído de 1 parte de
terra de barranco e 1 parte de composto orgânico. A sementeira é feita na profundidade
de, no máximo, 0,5 cm. Posteriormente ao plantio, é feita a cobertura com capim seco,
para o solo não ficar compactado com a irrigação e atrapalhar a germinação das
sementes. Depois de 5 a 7 dias, tempo necessário para a germinação, a cobertura de
capim é retirada. As mudas estão prontas para o transplante quando tiverem com 4 a 6
folhas definitivas, (CARVALHOA 2011).
Para o plantio de hortas caseiras este sistema de produção de mudas pode ser
utilizado. Mas, no caso de sistemas de cultivo comercial, recomenda-se que as mudas
sejam produzidas em bandejas.
2.5.2. Bandejas
Neste método as mudas são produzidas em bandejas de isopor com o uso de
substrato próprio. Neste tipo de produção, é necessária a utilização de uma estufa (casa
de vegetação), onde as bandejas são colocadas, (CARVALHOA 2011).
2.6. Exigências edafo-climáticas da cultura de alface
2.6.1 Temperatura
Alface é bastante sensível a condições adversas de temperatura, produzindo
melhor nas épocas mais frias do ano (OLIVEIRA et al 2004). A faixa ideal de
temperatura para o crescimento da alface deve ser de 18 a 23ºC, com humidade relativa
do ar entre 60 e 75% (GOTO; TIVELLI, 1998) apud (Cavalheiro 2015)
Conforme WHITAKER & RYDER (1974) apud RESENDE (2008), diz que a
temperatura é o factor ambiental que mais influencia na formação da cabeça pois está
relacionada com o florescimento. De acordo com SANDERS (1999), a alface americana

7
se adaptada às condições de temperatura amena, tendo como óptima a faixa entre 15,5 e
18,3ºC. Entre 21,1 e 26,6ºC, a planta floresce e produz sementes. No entanto, pode
tolerar alguns dias com temperaturas de 26,6 a 29,4ºC, desde que as temperaturas
nocturnas sejam baixas.

2.6.2. Luminosidade
Alface precisa de boa luminosidade, preferencialmente com luz solar directa,
mas é tolerante a sombra parcial. Assim em regiões de clima quente a alface pode se
beneficiar-se plantada de forma a receber sombra parcial durante as horas mais quentes
do dia. Quando se conduz a cultura dentro de uma variação óptica de luminosidade com
outros factores favoráveis, a fotossíntese é levada, a respiração e normal e a quantidade
de matéria seca acumulada é alta (KLEEMANN, 2004)

2.6.3. Humidade
A humidade relativa mais adequada ao bom desenvolvimento da alface vária de
60 a 80%, mas em determinadas fases do seu ciclo apresenta melhor desempenho com
valores inferiores a 60%. Humidade muito elevada favorece a ocorrência de doenças,
facto que constitui um dos problemas da cultura produzida em estufa plástica (RAIDIN
et al 2004)

2.6.4. Solo

O local de transplante deve ter solo leve, bem arejado e bem drenado. Fazer um
bom prepara do terreno para facilitar a construção de canteiros bem destorroados. A
incorporação dos fertilizantes deve ser feita com pouca profundidade, pois o sistema
radicular da alface é superficial e ramificado. Da mesma forma, não há necessidade de
aração profunda. Em terrenos com declividade superior a 5%, adoptar práticas de
conservação do solo, principalmente a construção de canteiros, seguindo as curvas em
nível, (CARVALHO et al 2011).

2.7. Exigências nutricionais da planta


A expressão exigências nutricionais, refere-se as quantidades de macro e
micronutriente que a planta tira do solo, do adubo e dor ar (caso de fixação biológica do
N), para atender as necessidades, crescer e produzir adequadamente. A extracção pelas
plantas dos nutrientes no solo, não se faz nas mesmas quantidades durante seus vários
estágios de crescimento, tanto nas culturas anuais quanto perenes, (FAQUIM e
ANDRADE 2004).

8
A alface, embora apresente um ciclo relativamente curto (2 a 3 meses), consome
uma grande quantidade de adubo. E é extremamente crítico cumprir o requerimento
nutricional da planta em período tão curto de tempo. Assim sendo, é importante que se
tome a decisão da quantidade e do tipo de adubo a ser utilizado, amparado numa análise
de solo. As plantas de alface têm sistema radicular muito sensível e superficial, que
requer adequada adubação de solo, para a obtenção de alta produtividade, (YURI 2016).

Tabela 1:Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface


(kg por hectare)

Kg/ha
P20 K20 N
50-350 50 -100 50
Fonte: SABRAE 2011

Tabela 2:Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface


Macronutrientes
Micronutrientes
Kg/ha
Kg/há
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
Alface 45 10 97 15 5 2 82 19 646 336 424
Fonte: (CASTELLANE, 1994).

2.7.1. Adubação de cobertura


Na adubação em cobertura, os fertilizantes mais utilizados para as hortaliças
folhosas são os nitrogenados (SOBREIRA FILHO, 2012). Normalmente, a adubação de
cobertura na cultura da alface é realizada em três aplicações. A primeira aplicação é
feita logo após o pegamento das mudas; a segunda, na fase de formação de novas
folhas; e a terceira, no início de formação das cabeças (ou no máximo do
desenvolvimento vegetativo, próximo da fase de colheita (CARVALHO; SILVEIRA,
2011).

2.7.2. Nitrogénio (N)


O nitrogénio é o nutriente exigido em maior quantidade pela maioria das
culturas, e os solos necessitam de adições regulares desse elemento, por apresentar
acentuado dinamismo no solo havendo diversas transformações químicas e biológicas
(MALAVOLTA, 1980; LANGE, 2002).

9
Devido à cultura ser composta basicamente de folhas, a mesma responde bem ao
fornecimento de N, nutriente que requer um manejo especial quanto à adubação, por ser
de fácil lixiviação e pelo fato de a planta absorver maior quantidade na fase final do
ciclo. Sendo que sua deficiência retarda o crescimento da planta e induz a má- -
formação da cabeça da alface, (ALMEIDA et al., 2011).

2.8. Utilização de cobertura do solo na alface


A cobertura do solo é uma prática agrícola que visa principalmente controlar as
ervas daninhas, diminuir as perdas de água por evaporação do solo, e facilitar a colheita
e a comercialização, uma vez que o produto é mais limpo e sadio. Porém ao se cobrir o
solo também são alterados parâmetros importantes do microclima, como a temperatura
do solo, cujas amplitudes variam com a absortividade e condutividade térmica do
material utilizado na cobertura. Alguns processos afectados directamente pela
temperatura do solo são a germinação das sementes, o crescimento das raízes, a
absorção de água e nutrientes, a actividade metabólica das plantas e o armazenamento
de carbohidratos, (GONÇALVES 2002).
As coberturas mais tradicionais são de materiais orgânicos vegetais, que
contém carbono derivado de material vivo: capim, palha, bagaço, casca e outros que
estejam disponíveis. Existem também materiais inertes, inorgânicos, como pedra,
cascalho, carvão, papel tratado e etc. (FILGUEIRA, 2005) apud (CAVALCANTE
2008).
Os cuidados culturais são factores relevantes para o êxito da cultura e neste
contexto, a cobertura de solo vem se destacando, principalmente, depois do surgimento
dos filmes plásticos, que têm encontrado aceitação cada vez maior, devido a sua
praticidade de aplicação e sobretudo pelas evidentes vantagens que trazem aos cultivos.
Tanto cobertura com plástico, como com restos vegetais têm sido exploradas com vários
objectivos, entre os quais, reduzir as oscilações térmicas e a evaporação de água na
superfície do solo, permitir melhor controlo de plantas invasoras, diminuir a incidência
de pragas e doenças, obter maior precocidade de colheita, minimizar a lixiviação dos
nutrientes e possibilitar menor compactação do solo (ARAÚJO et al., 1993;
CASTELLANE, 1991; SGANZERLA, 1995).
Dentro das várias técnicas utilizadas no cultivo da alface, ressalta-se a utilização
de cobertura morta, é utilizada com finalidade de proteger a cultura e o próprio solo
contra a acção de intempéries, pois forma uma camada protectora sobre a superfície,

10
evitando a perda demasiada de água, aumentando sua actividade biológica e,
consequentemente, a liberação de nutrientes (Muller, 1991). A matéria orgânica e os
nutrientes presentes nesses resíduos podem incrementar a produção agrícola, além de
constituir um meio de utilizá-los na propriedade (SANTOS et al., 1998) apud (LIMA
2007).
Outra importante vantagem da utilização da cobertura morta consiste no controle
da infestação de plantas daninhas, as quais prejudicam a cultura mediante o
estabelecimento de competição por luz solar, água e nutrientes, podendo, dificultar a
colheita e comprometer a qualidade da produção (STAL & DUSKY, 2003), além de ser
hospedeira de pragas e doenças.

2.8.1. Influência da cobertura morta sobre a germinação das infestantes


Segundo (BUZATTI, 1999) apud CARVALHO et al (2005), diz que a cobertura
morta exerce forte influência sobre a germinação das plantas daninhas. Essas influências
vão ser de três ordens:
 Física: através da temperatura próxima a superfície do solo, que normalmente é
menor. Isto dificulta ou até mesmo inibe a germinação das sementes foto-
plásticas positiva, mediante a redução da radiação solar principalmente, através
do próprio;
 Química: trata da liberação de substâncias químicas denominadas alelo-
químicos, que são liberados pelos tecidos e órgãos das plantas mortas. Esses
alelo-químicos vão actuar sobre o banco de sementes de algumas plantas
daninhas impedindo sua germinação;
 Biológico: presença de microorganismos, fungos e bactérias, podem actuar de
forma e inviabilizar a germinação de algumas plantas daninhas.

2.8.2. Instalação da cobertura (mulching)


A cobertura de plástico sobre o solo, conhecida como “mulching”, é colocada
sobre o canteiro após a instalação e teste da irrigação. Geralmente usa-se o plástico de
160 cm para canteiros que terão uma largura útil de 0,9 a 1,0 m. Inicialmente é feita
uma pequena vala de 10 a 15 cm de profundidade, ao longo das duas margens do
canteiro. Desenrola-se o filme de plástico a cada 10 m, para ser esticado no sentido do
comprimento e da lateral, e acrescenta-se terra sobre as bordas com auxílio de enxadas.
Em seguida, faz-se a compactação com os pés para evitar que o plástico se solte com o
vento. Deve-se usar plástico de boa qualidade. Fazer a instalação do plástico nos

11
canteiros nas horas mais quentes do dia, para que o mesmo fique bem esticado, tomando
o cuidado de fixá-lo bem, (SEBRAE 2011).

2.8.3. Vantagem da Cobertura Morta


 Aumenta a produtividade;
 Melhora a qualidade;
 Reduz a evaporação da água do solo;
 Diminui a oscilação de temperaturas do solo;
 Permite o controlo de ervas daninhas;
 Maior precocidade da colheita;
 Maior infiltração da água;
 Reduz impactos da erosão;
 Menor lixiviação de nutrientes e compactação do solo.

2.9. Tractos Culturais

2.9.1. Sacha
SEGUNDO CARVALHO et al (2011), Durante o desenvolvimento das plantas,
faz-se uma ou duas sachas. Se o solo do canteiro estiver endurecido, realizar o
afofamento ou a escarificação. O uso de cobertura morta nos canteiros com bagaço de
cana-de-açúcar ou o uso de filmes plásticos é uma prática recomendável, porque, além
de evitar as capinas, conserva a humidade do solo e melhora a qualidade da alface.

2.9.2. Irrigação em alface


A principal finalidade da irrigação, isto é, da aplicação de água no solo, é
proporcionar humidade adequada para o crescimento e desenvolvimento de plantas
visando aumentar a produtividade e superar os efeitos de estiagens (GHEYI et al.,
1999). A cultura é altamente exigente em água, portanto, as irrigações devem ser
frequentes e abundantes, devido a ampla área foliar e à evapotranspiração intensiva,
bem como ao sistema radicular delicado e superficial e à elevada capacidade de
produção (FILGUEIRA, 2002). As regas devem ser diárias, porém sem excesso de água
(SEDIYAMA et al., 2007).
O fornecimento de água, desde a sementeira, deve ser criterioso para evitar
perdas ou formação de mudas de baixa qualidade. Excesso de água prejudica o
enraizamento, provoca aumento de doenças de solo que causam murchamento ou
tombamento das mudas e aumenta a incidência de doenças foliares, pela elevada

12
humidade relativa do ar. A falta de água provoca a murcha (que pode ser permanente) e
reduz a fotossíntese, causando subdesenvolvimento das mudas (SOUZA et al., 2007).

2.10. Pragas e doenças


A cultura da alface está sujeita ao ataque de várias doenças e pragas, fazendo
com que o produtor normalmente necessite lançar mão do controle químico que, embora
garanta uma boa aparência do produto, pode acumular-se como resíduos nas folhas e
comprometer a saúde do consumidor. Cerca de 75 doenças transmissíveis, ou seja,
causadas por factores bióticos como bactérias, fungos, nematóides e vírus, já foram
relatadas em alface no mundo, (EMBRAPA 1998). É importante que se considere que
os sintomas de doenças podem variar de acordo com a cultivar e com as condições
climáticas locais, muitas vezes necessitando de exames laboratoriais para complementar
a diagnose visual. Nesses casos, é necessário consultar um especialista.

Tabela 3:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface


DOENÇAS E PRAGAS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Podridão de esclerotínia Alta umidade
Mancha Bacteriana Alta umidade, temperatura 22º a 26ºC
Míldio Alta umidade e temperaturas amenas
Queima da saia ou Rizoctoniose Alta umidade, temperatura 15 a 25ºC,
solos mal drenados e contaminados
Septoriose Alta umidade e temperatura 20 a 25ºC
Mosaico da Alface Alta temperatura e presença do vector
Nematóide das galhas Solos arenosos e alta umidade
Lesmas e caracóis Alta umidade
Pulgão Alta temperatura e baixa pluviosidade
Fonte: (SABREA 2011)

2.11. Colheita
A alface deve ser colhida fresca, com folhas tenras e atractivas. Por ser um
vegetal altamente perecível e frágil, necessita de ser manipulada com cuidado. O ponto
de colheita depende da variedade tipo de alface assim como da época do ano.
Geralmente, no verão as plantas de alface são maiores do que aquelas cultivadas em
clima frio. Caso haja demora em se fazer a colheita, ocorre alteração no sabor e na
textura das alfaces, tornando-as mais amargas e mais rígidas, (EMBRAPA 2014).

13
A colheita deve ser feita no momento em que as plantas apresentarem cabeças
firmes, bem formadas, folhas tenras e com tamanho normal dependendo da variedade.
Geralmente isto ocorre aos 60 a 90 dias após a sementeira. Fazer a colheita sempre nas
horas mais frescas do dia; cortar as raízes, eliminando as folhas velhas e danificadas.
Lavar com água limpa, retirando as impurezas. A produtividade média da cultura
é de 90.000 cabeças ou 25.000 kg por hectare ou a produtividade pode variar entre 20 e
40 t/ha, (CARVALHO et al 2011).

14
CAPITULO III: METODOLOGIA

3. MATERIAS E METODOS

3.1. Localização

O estudo foi realizado no Distrito de Angónia, Província de Tete, no Município de


Ulónguè, em campus da faculdade de ciências agrarias. O distrito da Angónia está
situado no extremo norte-nordeste da Província de Tete, sendo limitado a Norte,
Nordeste e Este pelo território do vizinho Malawi, a Sul pelo distrito de Tsangano, e a
Noroeste pelo distrito de Macanga, (MAE, 2014).

Figura 1: Mapa do Distrito de Angónia


Fonte: MAE 2014
3.2. Caracterização da área de estudo
O distrito é caracterizado pela predominância de um clima tropical húmido, com
a temperatura média anual a rondar entre os 18ºC a 22ºC e humidade relativa de 70%. A
precipitação média anual oscila entre 1100 a 1200 mm.. Os solos são do tipo Ferra-
lítico, vermelhos a castanhos-avermelhados, de textura pesada, profundos e
moderadamente bem drenados, ligeira e fortemente lixiviados, contudo apresentam boas
capacidades de retenção de água (MAE, 2014).

15
3.3. Dados meteorológicos do município de Ulónguè durante o ciclo da cultura

Precipitação
250,0

200,0
mm/Dia

150,0

100,0

50,0

0,0
Fev Marc Abril Maio
Medias 211,5 223,6 53,8 39,9

Figura 2: Precipitação durante o ciclo da cultura


Fonte: SDAE (2018)

Temperatura ºC
35
30
25
20
15
10
5
0
Fevereiro Março Abril Maio
Min 17,5 17,3 20,5 17,3
Max 28,5 28,4 31,7 28,9

Figura 3: Dados de temperatura durante o ciclo da cultura


Fonte: Mozambique Leaf Tabaco (2018)

3.4. Área experimental

O experimento foi conduzido no campo experimental da Faculdade de Ciências


Agrária de Ulónguè, Angónia. O experimento teve início no dia 29 do mês de Fevereiro
do ano 2018. O delineamento experimental utilizado foi de blocos completamente
causalizado (DBCC), com três tratamento (testemunha, serradura e plástico de
polietileno) e três repetições 3x3 contendo 9 parcelas. As parcelas eram constituídas por
canteiro de 3m de comprimento e 1,2 m de largura formando uma área de 3,6m 2,

16
espaçada por 0,3x0,3 metros, onde as plantas de alface estavam dispostas em 4 linhas e
em cada linha com 10 plantas, totalizando 40 plantas por parcela, em uma área total de
50,6m2.
Tabela 4: Ilustração dos tratamentos do experimento.
Tratamento-1 Solos descobertos
Tratamento-2 Solo coberto com serradura
Tratamento-3 Solo coberto com plástico preto de polietileno.
Fonte: Autor

3.5. Descrição dos tratamentos


Tratamento 1 (sem cobertura Testemunha): As parcelas correspondentes ao
tratamento zero, não foram aplicados nenhuma cobertura, isso significa que o solo ficou
descoberto durante todo ciclo de produção.
Tratamento 2 (serradura): as parcelas correspondente ao tratamento um foram
cobertos com serradura.
Tratamento 3 (plástico preto): as parcelas foram cobertas com um plástico
preto de polietileno, onde cortou-se no tamanho maior que das parcelas e furadas de
acordo com o espaçamento usado, sendo presa por uma camada de terra nas laterais,
para fixa-la ao solo e protege-lo contra o vento.

11m
3m
1,2m T1 1m T3 T2
0,5m

T2 T1 T3 4,6m

T3 T2 T1

Figura 4: Croquis experimental


Fonte: Autor

17
3.6. Escolha e discrição da variedade

Diante à importância económica, foi escolhida para o experimento, alfaces do


tipo americana. Essa variedade foi escolhida devido a facilidade de acesso de suas
sementes pelos produtores e também por suas características de adaptação às condições
edafo-climáticas do Distrito. Esta variedade apresenta cabeça com folhas crespa, folhas
com nervura salientes e imbricadas, semelhantes ao repolho e apresenta um ciclo de 75
dias a partir da sementeira, sendo 48 a 58 dias a partir do transplante.

3.7. Instalação do viveiro

As sementes de hortícolas, de modo geral, são pequenas e exigem cuidados


especiais, como solo rico em nutrientes e regas, por isso, a sementeira passou por
viveiro para produção de mudas e só depois levou se ao campo definitivo.

A sementeira fez-.se em bandejas com o uso de substrato, 50% de solo e 50% de


esterco bovino e misturou se, expandido em 242 célula por cada bandeja, colocando
duas semente por célula e 7 dias após a germinação fez-se um desbaste deixando uma
planta por célula, para evitar a competição entre as plantas nas células.

3.8. Preparação do solo


O preparo do solo foi realizada no dia 25 de Março de 2018, fez-se manualmente
baseada de uma lavoura, um destorroamento e nivelamento da área, esta preparação do
solo consistiu no revolvimento, destorroamento e nivelamento do solo para que o
sistema radicular possa ter um bom desenvolvimento além de permitir um bom maneio
da cultura e boa capacidade de infiltração de água. Após esta prática seguiu-se com a
construção dos canteiros onde foram alocadas as plantas.

As medidas do canteiro foram: 1,20 m de largura e 0,15 m de altura. Esta


medida de altura foi adoptada para tornar as condições de drenagem ideais, para evitar
uma situação de alta umidade e, consequentemente, ocorrência de doenças.

3.9. Transplante
Transplante é a passagem da muda do alfobre para o campo definitivo, podendo
ser feito quando as mudas apresentarem folhas e raízes bem desenvolvidas. O
transplante fez-se aos 32 dias após a sementeira quando as plantas apresentavam 4 a 5
folhas verdadeira, isso no dia 1 de Abril de 2018. Durante o transplante foram

18
seleccionadas mudas mais vigorosa sendo colocada uma planta por cova em todas as
parcelas.

3.10. Rega
Apos o transplante, iniciou se com a rega no campo definitivo, com o intuito de
deixar o solo húmido e para garantir o crescimento adequado das plantas. A cultura é
altamente exigente em água, portanto, as irrigações eram frequentes e abundantes,
devido a ampla área foliar e à evapotranspiração intensiva, bem como ao sistema
radicular delicado e superficial e à elevada capacidade de produção (FILGUEIRA,
2002). As regas devem ser diárias, porém sem excesso de água (SEDIYAMA et al.,
2007).
Na rega era usado um regador de 10 litros, colocando 3 regadores por parcela,
que totalizava 30 litros para cada parcela por dia, quando se aproximava o ciclo da
cultura, reduziu se de 3 regadores para 2 regadores por parcela que correspondia a 20
litros.

3.11. Cobertura do solo


Para as parcelas cobertas com serradura, a cobertura foi feita após o transplante,
enquanto para as parcelas cobertas com o plástico de polietileno, a cobertura foi feita
antes do transplante, acompanhado por uma rega e depôs o solo foi coberto, furado com
o espaçamento recomendado.

3.12. Controle de infestante


No decorrer do processo produtivo, fez-se o controlo de infestante de forma
manual onde usou-se enxadas de cabo curto para a remoção das infestantes. Na fase
inicial do desenvolvimento da cultura, sendo uma fase de muita competição com
infestantes, fez-se duas sachas. Nas parcelas onde foram aplicadas a cobertura não foi
necessário fazer a sacha porque o crescimento das infestantes foi inibido pela cobertura,
principalmente nas parcelas em que a cobertura era de plástico de polietileno.

3.13.Adubação
Fez-se três adubações, uma de fundo com o NPK, com uma composição química
de 23-21-0-4S, e duas de cobertura com Ureia contendo uma concentração de 46% de
nitrogénio de uma forma parcelada. Usou se uma tampa de refresco, a razão de 0,8g por
planta para todas adubações de fundo assim como de cobertura.

19
3.14. Controlo de pragas e doenças
Durante todo o ciclo de produção não se constatou nenhum ataque de pragas e
com isto não houve necessidade de se fazer controlo. Mas no caso de doenças, houve
ataque de Lesões fúngicas, apesar de esta aparecer um pouco antes da colheita, o seu
controlo baseou se na redução da água no momento da rega, vuisto que o seu
aparecimento poderá ter sido provocado por uma elevada quantidade de água na rega.

3.15. Colheita
A colecta dos dados foi feito a 48 dias após o transplante da cultura para o
campo definitivo, que significa 80 dias após a sementeira, a colheita foi feita
manualmente, isso no dia 18 de Maio de 2018, com ajuda de um pau para poder
remover a planta do solo.

3.16. PARÂMETROS AVALIADOS


3.16.1. Parâmetros de crescimento
Altura da planta (AP): foi usada uma régua, onde mediu-se desde a superfície
do solo até a ápice da folha maior, os resultados foram expresso por cm, usou se 25%
como amostra, uma razão de 10 plantas por parcelas.
Número de folhas/planta (NFPP): foi obtido pela contagem das folhas uma a
uma num universo de 25% da amostra, a razão de dez plantas por parcela escolhido
aleatoriamente.

3.16.2. Parâmetros produtivos


Peso médio da cabeça (PMC): Após a colheita das plantas, mediu-se numa
Balança electrónica, 25% de amostra a razão de dez plantas escolhidos aleatoriamente
em cada parcela, e os resultados foram expressos em grama (g).
Diâmetro da cabeça (DC): o diâmetro da cabeça foi medido com base uma
régua de um lado para o outro, do extremo da abertura da folha de um lado até no fim da
abertura da folha do extremo de outro lado, usando uma amostra de 25% que
corresponde 10 plantas por parcelas, e os resultados expresso em (cm).
Produtividade (PRD): A produtividade resultou da multiplicação de número
total de amostra de plantas extraídas em cada parcela e peso médio da cabeça por planta
– PMC (Kg), dividindo por área total de parcelas em estudo e o resultado foi
extrapolado para uma área de um hectare (1ha).

20
NTAPE × PMCPT × 10000
𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 =
AREA

3.17. Pacote estatístico


A distribuição normal dos dados em cada variável foi submetida a análise de
variância pelo pacote estatístico Statistical Packagefor Social Science (SPSS versão
23.0 de 2015 para Windows). Para observar a existência ou não de diferenças entre as
médias variáveis analisadas. As variáveis dos diferentes tratamentos foram avaliadas
mediante a comparação de médias, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%
(𝛼 = 0.05) de probabilidade sendo que, médias seguidas de mesma letra, não diferiram
entre si estatisticamente

21
CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pós o processamento e análises comparativas dos dados de experimento, pelo
teste de Tukey a 5% de nível de significância, permitiu chegar-se a seguintes resultados
e sua respectiva discussão, na qual foi dividida em parâmetros de crescimento (Altura
da planta, Número de folhas) e parâmetros produtivo (Peso médio da cabeça, Diâmetro
da cabeça e Produtividade) da cultura estudada.

4.1. Altura da Planta


Tabela 5: Valores médios de AP

Tratamentos Média M. Geral


T1 16.900 a
T2 17.800 a 17.606
T3 18.117 a
C.V 6.572
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey a nível de significância de 5% (𝜶 = 𝟎. 𝟎𝟓).

Na análise comparativa das médias do parâmetro altura de planta a tabela 5


mostrou não existir estatisticamente diferença significativa entre os tratamentos, sendo
que em termos numérico o T3 teve maior valor com uma média de 18.117 cm e o T1
teve menor valor com 16.900 cm. Quanto a esta variável altura da planta, ela apresentou
um desenvolvimento rápido nos primeiros dias ate que chegou a fase de formação da
cabeça em que a planta crescia lentamente, isto em todos tratamentos, factores que
também pode ter influenciado e pode ser um factor genético e ter feito que esses
tratamentos não apresentasse diferenças significativas.
Resultados semelhantes foram encontrados por GONSALVES (2002), ao
estudar o efeito da cobertura do solo com filme de polietileno colorido no crescimento e
no consumo de água da cultura da alface cultivada em estufa, observou que a altura das
plantas (AP) nos dois tratamentos não apresentou diferenças estatísticas ao longo do
ciclo, sendo que as plantas do tratamento “solo descoberto” foram maiores que as do
tratamento “solo coberto” até próximo do fechamento da cultura (25 DAT).
CLAUS et al. (2016) no seu experimento avaliando a altura de planta obteve
resultados contraditórios aos encontrados neste experimento. Ele observou que houve
interacção significativa entre os factores (cobertura) em todas as avaliações realizadas,

22
destaca-se que aos sete dias após o transplante que a alface-crespa apresentou maior
média em relação à americana, sendo que tanto o mulching preto como o branco, foram
superiores em relação à testemunha, entretanto, aos 35 dias após o transplante o uso do
mulching apresentou influência positivamente para a alface americana, sendo que para a
crespa não houve diferenças estatísticas.
Esse sendo o principal factor responsável pelo pendoamento precoce em alface.
Os resultados deste trabalho, devem ter sido influenciados pelas condições climáticas
encontradas na época em que o ensaio foi conduzido e variedades, visto que a variedade
americana Grate lake 659, quanto cresce chega uma fase que a altura e comprometidas
e a formação de cabeça como se fosse o repolho. De acordo com SILVA (1999),
fazendo sua pesquisa, constatou que a época de plantio influenciou na altura das plantas,
sendo que a terceira época do seu estudo, (mês de Dezembro) foi a que mais promoveu
altura das plantas e observou-se nesta época a maior temperatura entre as quatro épocas
de plantio

4.2. Número de Folhas por Planta


Tabela 6:Valores médios de NFP

Tratamentos Média M. Geral


T1 14.067 a
T2 14.400 a 14.5
T3 15.033 a
C.V 6.429
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a
nível de significância de 5% (𝜶 = 𝟎. 𝟎𝟓).

No que concerne ao número de folhas por planta, os resultados mostram que


estatisticamente não houve diferença significativa entre os tratamentos, mas em termos
de valores absoluto nota-se que o tratamento T3 teve maior valor com a média 15,033
folhas e o tratamento T1 teve menor valor com 14,067 folhas.
Resultados similares foram encontrados por SANTOS et al., (2015), ao estudar
influência da cobertura morta na produção da alface verónica, não observou diferença
significativa para as variáveis analisadas, onde em valores absolutos ele observou maior
número de folhas em tratamento em que a cobertura foi feita com serradura com 32

23
folha por planta e o tratamento descoberto (testemunha) com menor numero 28 folhas
por plantas.
LIMA (2007) também obteve resultados semelhantes aos encontrados neste
experimento ao avaliar o desempenho da cultura da alface (lactuca sativa) cultivada em
sistema orgânico de produção, sob diferentes lâminas de irrigação e coberturas do solo,
verificou que a análise de variância efectuada não revelou diferença estatística ao nível
de 5% de probabilidade para nenhuma das variáveis de produção estudadas (número de
folhas, área foliar, massa fresca, diâmetro da cabeça).
Resultados obtidos não vão de acordo aos encontrados por CARVALHO et al.
(2005) apud SANTOS 2015 que observou diferença significativa entre o tratamento
testemunha (sem cobertura morta) com as demais coberturas que foram capim, palha de
arroz, palha de café, e serragem e em relação a numero de folha sendo 21 folha/planta
na testemunha e demais tratamentos oscilando entre 35 e 40 folhas/planta.
Resultados deste trabalho possivelmente podem ter sido influenciados pelas
condições climáticas, pois segundo MENDONÇA et al (SD), quando as condições
climáticas estarem favoráveis para o desenvolvimento da cultura, ou seja, temperatura amena,
humidade relativa alta e ocorrência regular de precipitação, fazem com que as plantas
cresçam de forma uniforme. Também podem ter sidos influenciados pela época de
fornecimento da cobertura morta. Estes factores ocorreram durante o ensaio, por isso,
mesmo aplicando diferentes coberturas, a quantidade de água no solo permanecia ideal
para todos os tratamentos, fazendo com que o desenvolvimento seja uniforme e que os
tratamentos não apresentassem estatisticamente diferenças significativas.

4.3. Diâmetro da Cabeça


Tabela 7:Valores médios de DC

Tratamentos Média M. Geral


T1 23.333 a
T2 24.583 a 24.044
T3 24.217 a
C.V (%) 5.304
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatísticamente pelo teste de Tukey a
nivel de significância de 5% (𝜶 = 𝟎. 𝟎𝟓).

A análise comparativa das médias do parâmetro diâmetro da cabeça, a tabela 7


mostra que não houve diferença significativa entre os tratamentos, contudo, quanto ao

24
valor absoluto o T2 teve maior valor com maior com 24.583 cm e o T1 teve o menor
valor com 23.333cm.
Resultados semelhantes foram encontrados por PAIXAO (2013) estudando
cultivo de alface sobre diferentes coberturas de solo em condições tropicais onde não
observou diferença estatística significativa independente do tipo de cobertura no
diâmetro médio da alface produzida. SANTOS et al., (2015) ao estudar influência da
cobertura morta na produção da alface verónica também encontrou resultados similares
aos encontrados neste trabalho onde maior resultado foi encontrado em cobertura feita
por serradura com uma média de 46,94 cm e menor resultado no tratamento testemunha
sem cobertura onde a média foi de 44,13 cm.
Resultados diferentes ao deste trabalho foi encontrado por ROSA (2013),
encontrou ao estudar produtividade de alface americana “lucy brown” cultivada sobre
diferentes coberturas vegetais dessecadas em campo grande em que encontrou
diferenças significativas. MÓGOR, CÂMARA (2007) e CARVALHO et al. (2005)
estudando o efeito de coberturas vegetais para produção de alface observaram melhores
resultados para cultivos em solo com cobertura, os autores destacaram que as coberturas
do solo promoveram melhor desenvolvimento da alface
De acordo com PAIXAO (2013) a data de sementeira bem como o tipo de
cobertura interferem de forma significativa no diâmetro das plantas de alface
produzidas. Esses dois factores acima mencionados possivelmente influenciaram
também no diâmetro de cabeça neste experimento.
4.4. Peso da cabeça
Tabela 8:Valores médios de PC

Tratamentos Média M. Geral


T1 257.333 a
T2 311.833 a 289.999
T3 300.833 a
C.V (%) 18.983
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a
nível de significância de 5% (𝜶 = 𝟎. 𝟎𝟓).

Observa-se na Tabela 8, que os dados não apresentaram nenhuma diferença


estatística, entretanto em termos matemáticos ou em valores numéricos o maior valor

25
foi encontrado no tratamento T2 com uma média de 311.833g e o menor valor no
tratamento T1 com uma média de 257.333g.
Resultado semelhante foi observado por CARVALHO et al. (2005) que também
não verificaram diferença no peso fresco de plantas de alface, variedade Regina 2000,
cultivadas sob as coberturas mortas capim, palha de arroz, palha de café e serragem.
Resultados diferentes foram observados por TOSTA et al (2010), avaliando de
utilização de coberturas de solo no cultivo de alface, constatou que as plantas
consideradas como testemunhas (solo descoberto) apresentaram peso total de 352,47 g
sendo este o menor resultando, sendo significativamente inferior aos demais
tratamentos. Por outro lado, o tratamento com solo coberto com plástico preto foi o que
proporcionou o maior peso total na alface (457,08 g). Entretanto, esse resultado foi
significativamente igual aos obtidos nos tratamentos com solo coberto com plástico
branco (402,56 g) e solo coberto com palha seca (385,63 g).
CLAUS et al (2016) observa resultados diferentes ao deste trabalho, onde A
massa fresca total e massa fresca (PC) obtiveram interacção significativa entre os
factores, destacando-se a alface tipo americana cultivada com mulchings, que teve um
acúmulo de 480 g.
De acordo com FRISINA; ESCOBEDO (1999) a cobertura de polietileno retém
em torno de 20,4% da radiação solar, havendo assim menores intensidades de
irradiações globais e reflectidas. Esta menor radiação sobre a cultura da alface promove
produção de folhas maiores, contribuindo para uma maior quantidade de massa por
planta (RADIN et al., 2004). O mesmo terá acontecido no tratamento T3, onde o solo
estava totalmente coberto com plástico de polietileno, fazendo com que houvesse menor
quantidade de radiação solar reflectida sobre o solo e as plantam apresentarem folhas
maior.

4.5. Produtividades

Tabela 9:Valores médios Prod. (t/ha)

Tratamentos Média M. Geral


T1 4.577 a
T2 5.547 a 5.159
T3 5.353 a
C.V (%) 18.984

26
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey a nível de significância de 5% (𝜶 = 𝟎. 𝟎𝟓).
No que se refere a análise estatística para produtividade a tabela 9: mostra que as
diferentes coberturas de solo não influenciaram significativa a esta variável, contudo, o
maior valor foi encontrado no T2 com uma média de 5.547 ton/ha e o menor valor
médio no tratamento T1 com uma média de 4.577 t/ha. A não existência da diferença de
rendimento entre os tratamentos pode ser atribuída à ausência da competição da alface
com as plantas invasoras que comprometem a produção. (TOSTA et al., 2010), pois,
devido à sua agressividade e desenvolvimento, podem privar a cultura de factores
essenciais ao seu desenvolvimento, tais como: água, luz e nutrientes.
Resultados semelhantes foram encontrados por SILVA et al (2013) estudando
produção de alface sob diferentes sistemas de cultivo não observou diferença
estatisticamente significativa. As médias de produtividade variaram de 18 a 24,35 t/ha
com produção entre 204,78 a 276,67 g/planta. FERREIRA et al, (2009) ao avaliarem o
desempenho agronómico de variedades de alface nas condições de Rio Branco-AC
obteve média de produtividade de 10,2 ton/ha, e produção de 141,61 g/planta.
Resultados diferentes foram encontrados por TOSTA et al (2010) em que na
produtividade da alface verificou-se que o tratamento com solo coberto com plástico
preto foi também o que proporcionou maior produtividade 42,31 t/ha sendo este
resultado significativamente maior do que os obtidos nos demais tratamentos.
Em cultivos que usam cobertura do solo o ganho em produtividade é atribuído
ao aumento da absorção de nutrientes devido ao estímulo da actividade radicular a
manutenção da humidade em níveis adequados e por reduzir as flutuações de
temperatura diária (KOSTERNA et al., 2014) o que pode explicar os maiores
rendimentos obtidos também nesse trabalho. Resende et al. (2005), o uso desses
materiais, como cobertura, favorece a brotação e o crescimento das plantas por não
imobilizar quantidades significativas de nitrogénio devido sua lenta decomposição,
além de melhorar as condições de humidade e de temperatura do solo para as plantas,
minimizando assim os efeitos causados pelas altas temperaturas, aumentando,
consequentemente, a produção.
Os resultados deste trabalho podem ter sidos influenciados pela cobertura do
solo visto que os melhores resultados para esta variável foram encontrados nos
tratamentos com cobertura em termo de valores numéricos.

27
4.0 CONCLUSÃO

 Aplicação de diferentes coberturas do solo nas variáveis analisadas, vegetativas


(altura de planta, número de folhas por plantas) assim produtivas (diâmetro da
cabeça, peso da cabeça e Rendimento), estatisticamente não apresentaram
diferenças significativas.
 Dentre os tratamentos analisados, em termo estatístico nenhuma delas
apresentou resultados maiores que outros, validando assim a hipótese nula.

28
5. RECOMENDAÇOES
 Promover no seio dos produtores a prática do uso da cobertura morta do
solo, com matérias de fácil disponibilidade em grandes quantidades com
menores custos de aquisição.
 Que realize mais estudos semelhantes para que sejam comprovados os
benefícios do plástico de polietileno e da serradura como cobertura morta no
desenvolvimento e no Rendimento da cultura da alface em cultivo a céu
aberto.

29
6. REFERENCIAS BILIOGRAFICAS

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36
7. ANEXOS
AP
Tabela 10: ANEXO. Resumo AP

Desvio
Tratamento Repetição Total Média Variância
Padrão
T1 3 50.70 16.90 1.47 1.21
T2 3 53.40 17.80 0.37 0.61
T3 3 54.35 18.12 2.18 1.48

Média Combinada 17.606


Variância Combinada 1.339
Desvio Padrão 1.157
Combinado
Coeficiente de Variacão 6.572
(%)

Tabela 11: ANEXO. DBC AP

AP
Tratamentos (m)
Blocos (n) Total Bloco Média Bloco
T1 T2 T3
B1 18.00 18.10 16.65 53 17.58
B2 17.10 17.10 18.10 52 17.43
B3 15.60 18.20 19.60 53 17.80
Total Tratamento 50.7 53.4 54.35 158
Média Tratamento 16.90 17.80 18.12 17.61

Tabela 12:ANEXO. Anova de AP

Fonte de Variaçao GL SQ QM F Sig.


Tratamentos 2 2.391 1.195 0.611 0.587
Blocos 2 0.204 0.102 0.052 0.950
Resíduo/Erro 4 7.828 1.957

37
Total 8 10.422
DC
Tabela 13: ANEXO. Resumo de DC

Desvio
Tratamento Repetição Total Média Variância
Padrão
T1 3 70 23.33 0.69 0.83
T2 3 73.75 24.58 1.00 1.00
T3 3 72.65 24.22 3.19 1.78

Média Combinada 24.044


Variância Combinada 1.627
Desvio Padrão 1.275
Combinado
Coeficiente de Variacão 5.304
(%)

Tabela 14: ANEXO. DBC DC

DC
Tratamentos (m)
Blocos (n) Total Bloco Média Bloco
T1 T2 T3
B1 24.00 25.60 24.00 74 24.53
B2 23.60 24.55 22.55 71 23.57
B3 22.40 23.60 26.10 72 24.03
Total Tratamento 70 73.75 72.65 216
Média Tratamento 23.33 24.58 24.22 24.04

Tabela 15: ANEXO. Anova DC

Fonte de Variaçao GL SQ QM F Sig.


Tratamentos 2 2.477 1.239 0.593 0.595
Blocos 2 1.402 0.701 0.336 0.733
Resíduo/Erro 4 8.358 2.089
Total 8 12.237

38
NFPP
Tabela 16: ANEXO. Resumo NFPP

Desvio
Tratamento Repetição Total Média Variância
Padrão
T1 3 42.20 14.07 1.33 1.15
T2 3 43.20 14.40 1.03 1.01
T3 3 45.10 15.03 0.24 0.49

Média Combinada 14.500


Variância Combinada 0.869
Desvio Padrão 0.932
Combinado
Coeficiente de Variacão 6.429
(%)

Tabela 17: ANEXO. DBC NFPP

NFPP
Tratamentos (m)
Blocos (n) Total Bloco Média Bloco
T1 T2 T3
B1 15.40 15.50 15.60 47 15.50
B2 13.40 14.20 14.70 42 14.10
B3 13.40 13.50 14.80 42 13.90
Total Tratamento 42.2 43.2 45.1 131
Média Tratamento 14.07 14.40 15.03 14.50

Tabela 18: ANEXO. Anova NFPP

Fonte de Variaçao GL SQ QM F Sig.


Tratamentos 2 1.447 0.723 4.429 0.097
Blocos 2 4.560 2.280 13.959 0.016
Resíduo/Erro 4 0.653 0.163
Total 8 6.660

39
PC
Tabela 19: ANEXO. Resumo PC

Desvio
Tratamento Repetição Total Média Variância
Padrão
T1 3 772 257.33 3925.08 62.65
T2 3 935.50 311.83 4154.08 64.45
T3 3 902.50 300.83 1018.08 31.91

Média Combinada 290.000


Variância Combinada 3032.417
Desvio Padrão 55.067
Combinado
Coeficiente de Variacão 18.989
(%)

Tabela 20: ANEXO.DBC PC

PC
Tratamentos (m)
Blocos (n) Total Bloco Média Bloco
T1 T2 T3
B1 294.50 361.50 264.00 920 306.67
B2 292.50 335.00 318.50 946 315.33
B3 185.00 239.00 320.00 744 248.00
Total Tratamento 772 935.5 902.5 2610
Média Tratamento 257.33 311.83 300.83 290.00

Tabela 21: ANEXO. Anova PC

Fonte de
GL SQ QM F Sig.
Variaçao
Tratamentos 2 4983.500 2491.750 0.983 0.450
Blocos 2 8050.667 4025.333 1.587 0.311
Resíduo/Erro 4 10143.833 2535.958
Total 8 23178.000

40
Prod.
Tabela 22: ANEXO. Resumo Prod.

Desvio
Tratamento Repetição Total Média Variância
Padrão
T1 3 13.73 4.58 1.24 1.11
T2 3 16.64 5.55 1.31 1.15
T3 3 16.05 5.35 0.32 0.57

Média Combinada 5.158


Variância Combinada 0.959
Desvio Padrão 0.979
Combinado
Coeficiente de Variacão 18.984
(%)

Tabela 23: ANEXO. DBC Prod.

Prod
Tratamentos (m)
Blocos (n) Total Bloco Média Bloco
T1 T2 T3
B1 5.24 6.43 4.70 16 5.45
B2 5.20 5.96 5.67 17 5.61
B3 3.29 4.25 5.69 13 4.41
Total Tratamento 13.731 16.638 16.051 46
Média Tratamento 4.58 5.55 5.35 5.16

Tabela 24: ANEXO. Anova Prod.

Fonte de Variaçao GL SQ QM F Sig.


Tratamentos 2 1.575 0.788 0.982 0.448
Blocos 2 2.545 1.273 1.587 0.309
Resíduo/Erro 4 3.207 0.802
Total 8 7.328

41
Nota: Para cálculo de Coeficiente de variação, use os dados das tabelas de dados
combinados.

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜


𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 (𝐶. 𝑉) = × 100%
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎

𝐸X: Dados de análise de Altura de Planta: Média Combinada= 17.606, Desvio


Combinado = 1.157.

1.157
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 (𝐶. 𝑉) = × 100% = 6.572%
17.606

Significado do Coeficiente de Variação (CV)


Quanto menor for o CV mais preciso tende a ser o experimento. Resumidamente, a
classificação geral do CV é dada na tabela a seguir:

Tabela 25: ANEXO. Significado do Coeficiente de Variação (CV)

CV (%) Classificação de CV Precisão do Experimento


Abaixo de 10 Baixo Alta
Entre 10 e 20 Médio Média
Entre 20 e 30 Alto Baixa
Acima de 30 Muito Alto Muito Baixa
Programa usado para processamento: SPSS – Statistical Product and Service
Solutions (Versão 23 de 2015) para Windows.

Figura 5: Fase inicial da cultura no campo definitivo (7 dias apos o transplante).

42
Figura 6: 32 DAT.

Figura 7: Coleta de Dados (altura da planta), Peso da Cabeça.

43
Figura 8: Lesões Fúngicas na Raiz.

Figura 9: Capo de ensaio, apos ser feita a colecta dos dados.

44

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