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Transporte
Rodoviário de
Cargas
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
70 p. :il. – (EaD)
CDU 656.125
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6
2 Modalidades de Transporte 9
Glossário 18
Atividades 19
Referências 20
2 Tipos de Carroceria 27
Atividades 31
Referências 32
1 Importância da Embalagem 36
3
3 Tipos de Embalagem 39
Atividades 41
Referências 42
3 Mercado Regulado 52
Glossário 53
Atividades 54
Referências 55
2.2 Transportador 62
Glossário 64
4
Atividades 65
Referências 66
Gabarito 69
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme
a tabela a seguir.
Bons estudos!
6
UNIDADE 1 | O TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGAS
7
Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas
O transporte possibilita o deslocamento das pessoas e a movimentação de cargas. Ele
ajuda a melhorar a integração entre regiões e permite que pessoas e cargas possam
ser transportadas de um país para outro. Nesta unidade, vamos conhecer mais sobre a
importância do transporte e algumas de suas características.
Isso significa que quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o
seu desenvolvimento.
8
O caminhão é o veículo mais utilizado no transporte rodoviário de cargas. Sua
característica principal é a flexibilidade para realizar o transporte “porta a porta”, ou
seja, tem a capacidade de coletar a mercadoria no local de produção e levá-la até o
destino final.
• 400 cooperativas.
2 Modalidades de Transporte
9
2.1 Modo Rodoviário
hh
A infraestrutura rodoviária é composta por 1.691.522 km de
rodovias: pavimentadas federais, estaduais e municipais (12 %),
não pavimentadas (80,4 %) e planejadas (7,6 %). (CNT, 2014, p.
10)
gg
O site do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT) tem bastante informação a respeito da
infraestrutura de transporte. Saiba mais acessando o link do
sítio do DNIT disponível a seguir.
http://www.dnit.gov.br/
10
2.2 Modo Ferroviário
hh
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), o sistema ferroviário brasileiro tem mais de 29 mil
quilômetros de trilhos. Ele está presente em todas as regiões,
mas se concentra no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.
11
O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios que são vias navegáveis, além de mais
de 7 mil quilômetros de costa (litoral) para a navegação de cabotagem (transporte ao
longo da costa).
gg
O site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
tem bastante informação a respeito da malha hidroviária
brasileira. Saiba mais acessando o link do sítio da Antaq
disponível a seguir.
http://www.antaq.gov.br/
gg
O site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem bastante
informação a respeito do transporte aéreo. Saiba mais acessando
o link do sítio da Anac disponível a seguir.
http://www.anac.gov.br/
12
2.5 Modo Dutoviário
As mercadorias produzidas nos mais variados locais podem ser distribuídas e consumidas
em todo o território nacional — isso é possível graças aos avanços tecnológicos
aplicados ao transporte e à abrangência de suas diversas modalidades nos estados
e regiões brasileiras. A essa troca de mercadorias entre produtores e consumidores
chamamos intercâmbio de cargas.
13
3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras
hh
Nas últimas décadas, a fronteira agrícola e pecuária vem se
expandindo para as regiões Centro-Oeste e Norte, enquanto a
indústria de base e de bens de consumo cresce bastante na
Região Nordeste.
Segundo Vilaça (2013), essas mudanças fizeram com que a distância média percorrida
para a distribuição de cargas no Brasil aumentasse em 11 % nas ferrovias e em 16
% nas rodovias, entre 2006 e 2012. Ou seja, estamos indo mais longe em busca de
mercadorias e transportando produtos por todo o território nacional.
14
3.2 O Histórico da Integração Nacional
A integração entre os estados e regiões sempre foi uma preocupação no Brasil. Por
ser um país de grandes dimensões e de baixa densidade, os vazios territoriais levaram
ao isolamento econômico e geográfico, dificultando o intercâmbio entre produtores
e consumidores brasileiros. Como ressalta Galvão (1996), essa é uma preocupação
antiga, presente desde os tempos coloniais.
hh
Na primeira metade do século XX, o Brasil sofria de relativo
isolamento entre as economias regionais, e a produção industrial
se encontrava bastante concentrada em pequena área do
território nacional.
Você sabe como as cargas eram distribuídas pelo Brasil em tal período?
Já na segunda metade do século XX, foi possível notar uma intensificação das ligações
inter-regionais. Apesar de ainda haver grande concentração industrial, as trocas de
mercadorias entre regiões iniciaram um crescente processo de integração. Galvão
(1999) ressalta que, após a efetivação de um programa nacional de construção de
15
rodovias nas décadas de 1950 e 1960, o Brasil reduziu o isolamento das economias
regionais. Assim, a expansão do comércio inter-regional foi resultado do avanço no
processo da integração econômica do país, com a formação de um mercado nacional
unificado.
16
O IBGE destaca que o estado de São Paulo
é o que apresenta melhor infraestrutura
de transportes entre as cidades do
interior e a capital, incluindo rodovias
duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê.
Ademais, localizam-se nesse estado o
maior aeroporto do país, Guarulhos,
instalado na região metropolitana da
capital, e o porto organizado com maior
movimentação de cargas, o Porto de
Santos.
Você sabe dizer por que essas regiões possuem uma malha de transportes mais
adensada?
Um dos fatores para a concentração está relacionado à produção das mercadorias. São
Paulo abriga a maior parte das indústrias do país. Por esse motivo, muitas rodovias
federais ligam a capital paulista a outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e Curitiba. Tais rodovias reúnem os maiores fluxos de mercadorias e pessoas, ligando
também o Oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o Noroeste paranaense e o estado de
Mato Grosso do Sul, caracterizados pela elevada produção agropecuária associada ao
agronegócio (IBGE, 2014).
Segundo o IBGE (2014), a ligação entre Recife e João Pessoa, entre Brasília e Goiânia, o
entorno de Salvador e o de São Luís também se destacam pela elevada acessibilidade.
Por outro lado, é interessante notar alguns “vazios logísticos” onde a rede de transporte
17
é mais escassa, como: o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a
área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção
do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e o do Madeira.
Glossário
18
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com o IBGE, o estado
de São Paulo é o que apresenta melhor infraestrutura de
transportes entre as cidades do interior e a capital, incluindo
rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
19
Referências
BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos Editor, 2004.
______. Lei nº. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 20 de fev. 1998.
______. Lei nº. 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 5 jun. 2001.
20
CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA. Perguntas gerais
sobre defesa da concorrência. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.
aspx?9d9061a878ad42c154e172c599bf >. Acesso em: set 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Dissertação (Mestrado em Direito) – do Programa de Pós-Graduação em
Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
21
PANTONI, R. A. Livre iniciativa e livre concorrência na obra “A riqueza das nações” de
Adam Smith. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. XIV, n. 84, jan. 2011. Disponível em: <http://
www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=8807>. Acesso em: set. 2015.
22
UNIDADE 2 | TIPOS DE CARGAS,
CARROCERIAS E VEÍCULOS
23
Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos
O transporte de cargas pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos. No
transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão, que pode apresentar diferentes
composições. Nesta unidade, vamos conhecer os principais tipos e suas aplicações na
movimentação de cargas.
Você sabe que existem diversos modelos de caminhões, e que cada um é utilizado
para um serviço de transporte específico. Existem algumas maneiras para classificar
os caminhões de carga. Uma delas consiste em dividi-los entre veículos rígidos e
articulados.
Caminhão - toco
24
E os articulados?
São aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são
formados por um cavalo mecânico e uma carreta.
Caminhão-reboque
25
LEGENDA:
PESO BRUTO TOTAL (PBT) – peso máximo que o veículo transmite ao pavimento,
constituído da soma da tara mais a lotação.
PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) – peso máximo transmitido ao pavimento
pela combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque, ou do caminhão
mais o seu reboque ou reboques.
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) – É o peso que a unidade de tração é
capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, com base em condições sobre suas
limitações de geração e multiplicação de momento de força e resistência dos
elementos que compõem a transmissão.
gg
A Portaria do Denatran nº 63/2009 homologa os veículos e as
combinações de veículos de transporte de carga e de passageiros,
com seus respectivos limites de comprimento, peso bruto total
– PBT e peso bruto total combinado – PBTC para circulação nas
vias públicas. Saiba mais acessando o link disponível a seguir.
www.denatran.gov.br
gg
Para conhecer os modelos em função da distribuição dos eixos,
acesse a classificação proposta pelo DNIT no documento
“Quadro de fabricantes de veículos” no link disponível a seguir.
http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/
pesagem/qfv-2012-abril.pdf.
26
2 Tipos de Carroceria
Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carroceria, sendo que cada modelo
é usado para transportar cargas específicas. A variedade é grande, mas existem alguns
que são mais utilizados.
Veja a seguir uma lista, com exemplos de caminhões, organizada em função do tipo de
carroceria. Certamente você já dirigiu pelo menos um deles!
Tabela 2: Caminhões por tipo de carroceria
27
Usados para transportar
Caminhões de
contêineres, engradados amarrados
plataforma ou
com cordas ou correntes, entre
estrado
outros produtos.
Caminhões para
Usados para o transporte de
transporte de
bovinos, equinos e outros animais.
animais vivos
Caminhões para Usados para o transporte
transporte de de bebidas, geralmente
bebidas acondicionadas em engradados.
Carga Geral
28
Carga a Granel
Carga Frigorificada
29
Neogranel
Produto Perigoso
Carga composta por produtos que, por sua natureza físico-química, podem provocar
acidentes, danificar outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda, gerar riscos
para as pessoas.
30
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com a Anfavea, o
caminhão classificado como leve, tem peso transmitido de 6
t < PBT < 10 t.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
31
Referências
BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos Editor, 2004.
______. Lei nº. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 20 de fev. 1998.
______. Lei nº. 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 5 jun. 2001.
32
CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA. Perguntas gerais
sobre defesa da concorrência. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.
aspx?9d9061a878ad42c154e172c599bf >. Acesso em: set 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Dissertação (Mestrado em Direito) – do Programa de Pós-Graduação em
Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
33
PANTONI, R. A. Livre iniciativa e livre concorrência na obra “A riqueza das nações” de
Adam Smith. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. XIV, n. 84, jan. 2011. Disponível em: <http://
www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=8807>. Acesso em: set. 2015.
34
UNIDADE 3 | EMBALAGENS E
SÍMBOLOS DE SEGURANÇA
35
Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança
Cada produto deve ter a embalagem que se adapte melhor a ele. É preciso observar
a maneira como o produto será transportado e os danos que podem ocorrer. A seguir
vamos compreender melhor o papel da embalagem.
1 Importância da Embalagem
A principal função da embalagem é proteger contra danos. Mas ela tem outras funções,
como: conter o produto para ele não vazar; facilitar o transporte e o consumo; tornar
o produto mais atraente.
Para a maioria dos produtos, a embalagem deve funcionar como uma barreira contra
fatores como: temperatura, odores, animais, luz, oxigênio e umidade. Se a embalagem
não for corretamente projetada, podemos ter a qualidade do produto comprometida,
principalmente se ele for perecível.
hh
O rastreamento é um serviço que disponibiliza as informações
necessárias para o acompanhamento completo do processo de
fabricação, desde a aquisição e análise das matérias-primas, até
o processamento e destino final de cada item.
36
2 Classificação das Embalagens
37
As embalagens quaternárias e quintenárias são muito utilizadas para a unitização de
cargas.
38
3 Tipos de Embalagem
Existe grande variedade de tipos, formas e modelos de embalagem que podem ser
utilizadas para envolver, conter ou proteger produtos.
Para cada tipo de produto são indicadas embalagens específicas, que devem ser
projetadas e fabricadas da maneira mais compatível possível com as características
das mercadorias: forma, peso, dimensões, material, perecibilidade, fragilidade, dentre
outras.
Tabela 5: Tipos de embalagens
39
Recipiente geralmente fabricado em
vidro, com boca estreita, destinado
Frasco
a acomodar líquidos (medicamentos,
perfumes).
40
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A unitização é o processo de
agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga
maior.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
41
Referências
BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos Editor, 2004.
______. Lei nº. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 20 de fev. 1998.
______. Lei nº. 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 5 jun. 2001.
42
CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA. Perguntas gerais
sobre defesa da concorrência. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.
aspx?9d9061a878ad42c154e172c599bf >. Acesso em: set 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Dissertação (Mestrado em Direito) – do Programa de Pós-Graduação em
Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
43
PANTONI, R. A. Livre iniciativa e livre concorrência na obra “A riqueza das nações” de
Adam Smith. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. XIV, n. 84, jan. 2011. Disponível em: <http://
www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=8807>. Acesso em: set. 2015.
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UNIDADE 4 | NOÇÕES DE LIVRE
CONCORRÊNCIA E MERCADO
REGULADO
45
Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e
Mercado Regulado
Um dos importantes aspectos que devem ser conhecidos pelos profissionais e pelas
empresas de transporte está relacionado ao funcionamento do mercado em que
atuam. É importante compreender as diferenças entre mercados de livre concorrência
e mercados regulados, além de compreender as dinâmicas dos mercados de transporte
de cargas.
46
Para Pantoni (2011), na área econômica, esse conceito representa a disputa entre
as empresas para atender a uma maior quantidade de consumidores, e assim fazer
crescer e obter maior e melhor espaço no mercado. Bagnoli (2005, p. 61) esclarece
que o mercado com livre concorrência é aquele que apresenta condições para que os
agentes econômicos (empresas, fornecedores, vendedores) tenham oportunidade de
competir de forma justa no mercado, destacando-se por sua qualidade e eficiência.
No entanto, nem sempre o fato de ter um mercado com muitos competidores faz dele
um mercado livre. Nesse sentido, devemos diferenciar a livre concorrência da livre
iniciativa.
Portanto, é muito mais simples garantir a livre iniciativa do que a livre concorrência!
Como assim?
47
Segundo Andrade (2003, p. 131-151), em um mercado ideal, ou seja, onde ocorre
concorrência, as empresas têm dimensão pequena em relação ao tamanho do
mercado em que atuam. Por este motivo, nenhuma empresa tem condições de definir
isoladamente os preços no mercado.
48
Além dos preços mais elevados, o monopólio tem outros efeitos negativos. Mayer
(2009) ressalta que, por dominar o mercado, o monopolista não possui interesse em
buscar ou implementar inovações tecnológicas, seja para reduzir seus custos, seja para
melhorar o serviço que oferece ou o produto vendido a seus consumidores.
Talvez você já tenha ouvido falar, também, dos monopólios naturais. Nesse tipo de
mercado, os investimentos iniciais necessários são muitos elevados e os custos
marginais são muito baixos. O alto valor dedo investimento inicial faz com que apenas
uma ou poucas empresas tenham força e capacidade para implementar a infraestrutura
mínima necessária. Uma vez construída a rede de fornecimento, que representa o
maior investimento, os custos de uma unidade adicional (uma expansão, por exemplo)
são proporcionalmente baixos.
Os monopólios naturais são caracterizados, por serem bens exclusivos, e com muito
pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados são geralmente regulamentados
pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam
melhor quando são protegidos, ou seja, quando o governo concede exclusividade na
exploração de determinado serviço durante um longo tempo, com a finalidade de
garantir o retorno dos investimentos. Geração e distribuição de energia elétrica e
fornecimento de água são exemplos clássicos de monopólios naturais.
Nos mercados do tipo oligopólio não há exclusividade. Nesses casos, existem poucas
empresas relativamente grandes, sendo que cada uma delas representa um percentual
elevado do mercado. No entanto, mesmo que não exista exclusividade, essas poucas
empresas possuem grande poder de mercado e uma grande fatia de consumidores
garantida.
49
É importante ressaltar que existem diferenças entre o oligopólio
50
Monopsônios são as estruturas de mercado que possuem
inúmeros vendedores, mas apenas um comprador, chamado de
monopsonista.
51
3 Mercado Regulado
Na década de 1990, o Brasil passou por uma Reforma Administrativa que alterou
algumas relações do Estado com a sociedade. Um dos aspectos principais foi a criação
de Agências Reguladoras, que têm a atribuição de fiscalizar e regularizar setores da
economia no Brasil. Com a criação das agências, a prestação direta de alguns serviços
públicos foi repassada à iniciativa privada, ficando estas com as agências a tarefa
de monitorar o funcionamento dos serviços, e de regular o setor quando necessário
(FERNANDES, 2003).
52
A livre concorrência não garante apenas que os consumidores
No entanto, nem toda norma dirigida aos agentes econômicos pode ser considerada
uma atividade regulatória. As Agências precisam assegurar a prestação de serviços
adequados, de qualidade, não se limitando a normas negatórias, e devendo ser
prescritivas, identificando especificamente o que a empresa regulada pode e deve
fazer (SILVA, 2002).
Fernandes (2003) ressalta que a atividade econômica não precisa apenas ser regulada. É
necessário que existam mecanismos regulatórios que garantam a adequada prestação
de serviços públicos. Assim, percebe-se a nítida intervenção estatal regulatória a partir
das prescrições de normas, processos técnicos, e padrões mínimos a que os agentes
econômicos, que desejem atuar no respectivo setor econômico regulado, devem
obedecer (SILVA, 2002).
Glossário
53
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Monopsônios são as estruturas
de mercado que possuem inúmeros vendedores, mas apenas
um comprador, chamado de monopsonista.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
54
Referências
BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos Editor, 2004.
______. Lei nº. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 20 de fev. 1998.
______. Lei nº. 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 5 jun. 2001.
55
CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA. Perguntas gerais
sobre defesa da concorrência. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.
aspx?9d9061a878ad42c154e172c599bf >. Acesso em: set 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
do direito. Dissertação (Mestrado em Direito) – do Programa de Pós-Graduação em
Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
56
PANTONI, R. A. Livre iniciativa e livre concorrência na obra “A riqueza das nações” de
Adam Smith. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. XIV, n. 84, jan. 2011. Disponível em: <http://
www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=8807>. Acesso em: set. 2015.
57
UNIDADE 5 | ENTIDADES
ENVOLVIDAS NA PRESTAÇÃO
DO SERVIÇO DE TRANSPORTE
58
Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do
Serviço de Transporte
No Brasil, diversas instituições estão envolvidas direta ou indiretamente com a
operação, o uso ou a regulação dos diferentes modos de transporte disponíveis para
mercadorias. A seguir, vamos conhecer as principais entidades, suas características e
sua participação nas operações de transporte rodoviário de mercadorias.
Vamos começar esta unidade falando dos diversos agentes públicos que estão
envolvidos com a prestação dos serviços de transporte de cargas, tanto no
planejamento de sistemas e da infraestrutura, quanto na regulamentação, fiscalização
e normatização dos variados fatores que regem a atividade.
59
1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de
Transportes
hh
No transporte rodoviário, a responsabilidade pela infraestrutura
de transportes, de acordo com a legislação vigente, está sob a
custódia do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT).
60
• Multimodal: promoção do transporte multimodal e habilitação do Operador de
Transportes Multimodal (OTM); e
hh
No contexto do sistema de transporte de cargas, o Ministério
determina a exigência de diversos documentos específicos, a
depender da carga a ser transportada.
Vamos conhecer agora quais são as principais entidades privadas envolvidas com a
prestação dos serviços de transporte rodoviário de mercadorias.
61
2.1 Embarcador ou Expedidor
2.2 Transportador
62
2.3 Operadores Logísticos
Os Portos Secos, como são conhecidas as EADI, são recintos alfandegados de uso
público, nos quais são executadas as operações de movimentação, armazenagem e
despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem.
Como ressalta a ANTT (2011), alguns portos secos apresentam maior importância
para o transporte intermodal, já que servem de plataformas de integração dos modos
de transporte. As características inerentes dos portos secos que agregam também
serviços como armazéns, pátios para contêineres, sistemas informatizados, agilidade
nas operações, trâmites alfandegários e outros, representam um atrativo para os
usuários de transporte, bem como para os operadores.
63
2.5 Despachante Aduaneiro
A figura do OTM foi definida na Lei n° 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Esse operador é
a pessoa jurídica contratada como principal para a realização do Transporte Multimodal
de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros.
O Operador de Transporte Multimodal poderá ser transportador ou não transportador,
sendo que o exercício de suas atividades depende de prévia habilitação na ANTT. Cabe
a ele emitir o Conhecimento de Transporte Multimodal de Carga.
Quando o OTM puder habilitar-se para operar em outros países, ele deverá atender,
além das normas estabelecidas pela ANTT, todos os requisitos que forem exigidos
em tratados, acordos ou convenções firmadas pelo Brasil com o país de destino da
mercadoria.
Glossário
64
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O expedidor é o responsável
pela entrega da carga ao transportador, a qual deverá estar
devidamente acondicionada/embalada, acompanhada dos
documentos necessários ao cumprimento das formalidades
legais perante a fiscalização tributária, alfandegária, de
polícia e de saúde, nos âmbitos Federal, Estadual ou
Municipal.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
65
Referências
BASTOS, C. R. Curso de direito econômico. São Paulo: Celso Bastos Editor, 2004.
______. Lei nº. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 20 de fev. 1998.
______. Lei nº. 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 5 jun. 2001.
66
CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA. Perguntas gerais
sobre defesa da concorrência. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.
aspx?9d9061a878ad42c154e172c599bf >. Acesso em: set 2015.
MAYER, G. Regulação portuária brasileira: uma reflexão sob a luz da análise econômica
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68
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V F
Unidade 3 V V
Unidade 4 V V
Unidade 5 V V
69