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Frete
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
35 p. :il. – (EaD)
CDU 656.053.432
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 4
1 Definições 6
Atividades 10
Referências 11
Atividades 26
Referências 27
1 Definição de Lucro 29
2 Pedágio 30
3 Conclusão 31
Atividades 32
Referências 33
Gabarito 34
3
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Este curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 3 unidades,
conforme a tabela a seguir.
Bons estudos!
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UNIDADE 1 | CONCEITOS
INTRODUTÓRIOS
5
Unidade 1 | Conceitos Introdutórios
1 Definições
Assim como em uma empresa, você, caminhoneiro autônomo, tem de controlar seus
custos para saber o resultado final e aí sim, poder dizer se o valor do frete está bom
ou ruim.
A ideia principal para conseguir lucro com o frete é que o preço cobrado pelo serviço
seja maior que custo necessário para sua execução.
6
No entanto, muitos autônomos desconsideram certos gastos na hora de calcular o valor
do transporte, como o gasto com o desgaste natural dos pneus durante as viagens. Só
porque não houve a troca de nenhuma peça, não quer dizer que o caminhão não gastou
absolutamente nada. O caminhão teve um desgaste com sua manutenção e, cedo ou
tarde, você terá que compensar. Portanto, para obter lucro, é necessário se basear em
todos os custos diretos e indiretos, e não apenas no que é gasto durante a viagem.
Os custos indiretos correspondem aos custos necessários para manter o sistema, por
exemplo: as despesas financeiras e as estadias.
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Mas não se assuste com isso, pois ajudaremos você a compreender cada um dos custos
e a calculá-los de uma forma simples, sem complicações.
Apenas tenha em mente que para cada viagem você terá que fazer uma conta específica
com base na quilometragem a ser percorrida.
Neste curso, a intenção é simplificar sua vida, embora sempre exista uma continha a ser
feita. Veja o que você tem que levar em consideração para ter uma noção aproximada
do valor do frete (sem considerar todas as operações financeiras que precisam ser
feitas):
• calcular o número de viagens por mês possíveis de serem realizadas por veículo
(lembre-se de que a cada carga corresponde um tipo de caminhão); e
8
• depreciação do veículo;
• seguro do veículo;
• manutenção preventiva.
• combustível;
• lavagem;
• pneus;
• lubrificantes; e
• manutenção corretiva.
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Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Para ter uma noção aproximada
do valor do frete deve-se fixar os dias de trabalho por mês e
as horas de trabalho por dia.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
10
Referências
NETO, A. L. V. O barato sai caro. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:
<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=27>. Acesso em: 24 nov. 2009.
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UNIDADE 2 | COMO CALCULAR
O VALOR DO FRETE
12
Unidade 2 | Como Calcular o Valor do Frete
A seguir veremos passo a passo como colocar no papel os custos fixos e variáveis
envolvidos no transporte de frete. Como já vimos, os custos se dividem em fixos
(aqueles que acontecem independente da prestação do serviço, mesmo que o veículo
esteja parado) e os variáveis (que surgem durante a prestação do serviço).
a) Depreciação
A depreciação nada mais é que a desvalorização natural que o veículo sofre ao longo
da sua vida. Ou seja, quanto mais antigo for o veículo, maior será o seu valor de
depreciação.
Para calcular o valor da depreciação, o autônomo deve considerar o valor pago pelo
caminhão e estimar um tempo para permanecer com aquele veículo.
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Então, nesse período, houve uma desvalorização de R$ 100.000,00 que deve ser diluída
por 10 anos, ou seja, 120 meses, que é o tempo que o autônomo pretende ficar com o
veículo.
Assim teremos:
Esse valor da depreciação deverá ser reservado mensalmente pelo autônomo em uma
conta separada (como por exemplo, na poupança) para quando chegar a hora de trocar
o veículo por um novo, ele não precisar realizar empréstimos.
b) Salários
Mesmo que o autônomo seja o seu próprio patrão e funcionário, ele deve considerar
como parte dos custos um salário fixo referente ao seu trabalho.
O salário é um custo fixo mensal que pode ser calculado de uma forma bem simples e
seu valor é definido pelo próprio autônomo.
hh
Neste exemplo vamos supor que o autônomo tenha definido
como seu salário o valor de R$ 1.000,00 por mês. Assim, esse
valor será o custo fixo mensal com seu salário.
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Para saber o custo fixo mensal, basta somar essas três despesas e dividi-las por 12
meses, isso porque essas despesas são sempre anuais, ou seja, todo ano você terá que
pagá-las.
Licenciamento: R$100,00
lPVA: + R$ 2.000,00
Total: R$ 2.200,00
Neste exemplo, o seu custo fixo mensal com essas despesas será: R$ 183,33.
Além das despesas listadas acima, o autônomo ainda precisa considerar outros gastos
que também são mensais, como: alimentação, material de embalagem (quando
houver) e o pagamento da previdência social (INSS). Esses valores também precisam
ser computados no cálculo do frete.
Para fazer o cálculo é preciso inicialmente definir um valor médio para alimentação. Os
sindicatos costumam definir mediante dissídio coletivo o valor mínimo para a diária do
motorista e ajudante (quando houver). Neste caso usaremos o valor de R$ 25,00 por
dia.
Supondo que o autônomo trabalhe 24 dias por mês. Neste caso, a diária terá que ser
multiplicada pelos dias de trabalho, ou seja:
24 dias × R$ 25,00
Com isso, temos que o gasto mensal com alimentação/diária do autônomo será de
600,00.
Motorista/Autônomo: R$ 600,00
Além dessa despesa, o autônomo ainda precisa garantir sua aposentadoria. Por isso,
é importante que ele contribua para o Instituto Nacional de Seguridade Social, o
conhecido INSS.
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O valor da contribuição varia conforme a tabela disponibilizada pelo próprio INSS,
sendo que o autônomo pode fazer a opção de contribuir com o teto ou com o mínimo,
sempre no percentual de 11%.
Neste exemplo, vamos supor que a escolha feita pelo autônomo seja a contribuição
para o valor de R$ 1.500,00. Sendo assim, 11% desse valor serão equivalentes a: R$
165,00.
hh
Com despesas administrativas e previdenciárias, o autônomo
terá um gasto (no exemplo simulado) de R$ 802,50 mensais.
e) Manutenção Preventiva
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Sendo assim, se o veículo custa R$ 200.000,00, teremos um gasto com manutenção de
R$ 3.200,00.
Para fins de cálculo, estimamos que 50% desse valor seja gasto com manutenção
preventiva e os outros 50% com a manutenção corretiva.
Esse valor terá que ser diluído em 12 meses para que tenhamos o custo mensal com a
manutenção preventiva.
A manutenção preventiva é um custo fixo que deve ser considerado pelo autônomo,
que evita gastos inesperados ao longo da viagem e diminui a probabilidade de avarias
no próprio veículo.
Por isso, é recomendado que a manutenção preventiva seja feita constantemente, não
apenas quando há quebra ou defeito em peças e equipamentos.
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Depreciação do veículo R$ 833,33
Salários R$ 1.000,00
IPVA, Licenciamento e Seguro
R$ 183,33
Obrigatório
Despesas Administrativas e
R$ 802,50
Previdenciárias
Manutenção Preventiva R$ 133,33
TOTAL R$ 2.952,49
hh
Esse é o valor do custo fixo MENSAL, que deve ser dividido pelo
número de viagens estimadas no mês. Neste exemplo, vamos
presumir que o autônomo faça todos os meses 08 viagens.
O seguro de veículo também é um curso fixo, mas infelizmente, devido ao seu elevado
valor de marcado, muitos autônomos optam por não contratá-lo. Entretanto, essa
prática não é aconselhável, pois o caminhão representa, muitas vezes, a única fonte
de renda do autônomo e de sua família. Então para não correr riscos, o ideal é fazer
sempre o seguro do veículo.
Para calcular essa despesa é bem simples, basta dividir o valor da apólice do seguro
pelo período de sua validade.
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• 2º Passo – Calculando os custos variáveis
a) Combustível
Para calcular o gasto com combustível é bem simples, basta o autônomo saber qual a
média de quilômetros que o seu veículo faz por litro e o valor do combustível (diesel).
Por exemplo:
Vamos imaginar que o veículo faça uma média de 3,5 km por litro e que o valor do
diesel seja de R$ 2,00.
Assim basta dividir o valor do litro do combustível pela média que o veículo faz.
b) Pneus
Para calcular o custo com o desgaste dos pneus o autônomo precisa somar o valor dos
pneus com o valor da recapagem dos pneus.
Neste exemplo vamos imaginar que o autônomo faça apenas 1 recapagem em cada
pneu a um custo de R$ 300,00 e que o valor do pneu novo é de RS 1.100,00.
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Valor do pneu novo: R$ 1.100,00
Total: R$ 1.400,00
O custo total com a compra e recapagem do pneu será de RS 1.400,00. Esse valor deve
ser dividido pela vida útil dos pneus, ou seja, quantos quilômetros estimamos que esse
pneu irá rodar com uma recapagem. Para esse exemplo consideraremos 150.000 km.
Então:
Esse valor de R$ 0,09 deve ser multiplicado pelos quilômetros rodados em cada viagem.
Assim o autônomo terá o custo do desgaste dos pneus em cada frete.
Alguns cuidados são fundamentais para auxiliar na ampliação da vida útil do pneu e
consequentemente na redução dos gastos. Conheça alguns deles:
• Verifique a cada 15 dias a pressão dos pneus e sempre antes de viagens longas;
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c) Manutenção Corretiva
Esse gasto pode ser muitas vezes evitado se o autônomo realizar corretamente a
manutenção preventiva. Entretanto, nem sempre a manutenção preventiva é garantia
de que o veículo não apresentará defeitos, pois eventualidades podem ocorrer.
Por isso, é importante reservar sempre a cada frete/viagem um valor para eventuais
problemas mecânicos.
Esse valor terá que ser diluído em 12 meses para que tenhamos o custo mensal com a
manutenção corretiva.
Para calcularmos o custo da manutenção por quilômetro, teremos que dividir esse
valor pela média de quilômetros rodados por mês. Para esse exemplo vamos imaginar
que o autônomo rode por mês 10.000 km.
Sendo assim:
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d) Lubrificantes
O custo variável com lubrificantes inclui todos os tipos de óleos (motor, câmbio
diferencial etc.) e vai variar conforme a quantidade de quilômetros rodados pelo
veículo.
30 litros x R$ 7,00
R$ 210,00
Para saber o gasto com lubrificantes por quilômetro rodado, basta dividir esse valor
pelo intervalo de troca. Vamos supor que com esse óleo o veículo rode 10.000 km até
a próxima troca.
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e) Lavagem
Então, vamos estimar que a cada 5.000 km o autônomo faça a lavagem do seu veículo.
Então, termos que o custo com a lavagem do veículo será de R$ 0,02 por km rodado.
Para melhor visualização vamos lançar todos os valores dos custos variáveis na tabela
para descobrir qual será o custo variável do autônomo por quilômetro.
Combustível RS 0,57
Pneus R$ 0,09
Manutenção corretiva (oficina) R$ 0,013
Lubrificantes R$ 0,021
Lavagens RS 0,02
TOTAL R$ 0,71
A cada viagem-frete o autônomo terá que somar o custo fixo (que nesse exemplo ficou
em RS 369,06) + o custo variável por quilômetro (RS 0,71).
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Então como fica o valor do km do frete?
Imaginemos que o autônomo tenha sido contratado para fazer uma viagem de SP para
o RJ e que nesse percurso o autônomo fará 430 km para ir e 430 km para voltar (viagem
redonda), num total de 860 km.
Sendo assim, para realizar essa viagem o autônomo não poderá cobrar menos do que
R$ 979,66, senão estará trabalhando no prejuízo.
Procuramos descrever e calcular as principais despesas do frete, mas nada impede que
o autônomo tenha outras a serem computadas. Caso isso ocorra, é fundamental que
ele inclua também no cálculo do valor do frete para não ter prejuízos.
24
Por isso é importante se lembrar de:
ee
Os valores utilizados neste curso são apenas para exemplificar
as situações de cálculo.
25
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A manutenção preventiva é um
custo variável que deve ser considerado pelo autônomo, que
diminui a probabilidade de avarias no próprio veículo.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
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Referências
NETO, A. L. V. O barato sai caro. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:
<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=27>. Acesso em: 24 nov. 2009.
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UNIDADE 3 | OUTRAS
DEFINIÇÕES
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Unidade 3 | Outras Definições
1 Definição de Lucro
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2 Pedágio
Entretanto, o pedágio é um custo que ainda gera muitas dúvidas, especialmente com
relação ao responsável pelo seu pagamento.
hh
Juridicamente, o pedágio não faz parte do frete e não deve
entrar no custo do autônomo. Sendo assim o autônomo deve
exigir seu vale-pedágio, pois essa é uma garantia legal!
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3 Conclusão
Esperamos que, com essas informações, você consiga tocar o seu negócio com
muito mais segurança e prosperar cada vez mais. O transporte de cargas eficiente é
fundamental para o desenvolvimento econômico da nossa sociedade e nada mais justo
do que você poder competir nesse mercado, cada vez mais preparado. Aproveite!
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Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O lucro não é o valor que você
recebe, é o valor que sobra após o pagamento de todos os
seus custos.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
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Referências
NETO, A. L. V. O barato sai caro. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:
<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=27>. Acesso em: 24 nov. 2009.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 F V
Unidade 3 V F
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