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Cálculo do

Frete
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Cálculo do Frete – Brasília:


SEST/SENAT, 2017.

35 p. :il. – (EaD)

1. Contrato de frete. 2. Mercadoria. I. Serviço Social


do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do
Transporte. III. Título.

CDU 656.053.432

ead.sestsenat.org.br
Sumário

Apresentação 4

Unidade 1 | Conceitos Introdutórios 5

1 Definições 6

1.2 Conceitos Importantes 6

1.3 Compondo o Valor do Frete 7

1.4 Custos Fixos e Variáveis – Itens e Definições 8

Atividades 10

Referências 11

Unidade 2 | Como Calcular o Valor do Frete 12

1 Formação do Valor do Frete 13

Atividades 26

Referências 27

Unidade 3 | Outras Definições 28

1 Definição de Lucro 29

2 Pedágio 30

3 Conclusão 31

Atividades 32

Referências 33

Gabarito 34

3
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Cálculo do Frete!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

Este curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 3 unidades,
conforme a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária


Unidade 1 | Conceitos Introdutórios 2h
Unidade 2 | Como Calcular o Valor do Frete 6h
Unidade 3 | Outras Definições 2h

Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.

Bons estudos!

4
UNIDADE 1 | CONCEITOS
INTRODUTÓRIOS

5
Unidade 1 | Conceitos Introdutórios

1 Definições

Assim como em uma empresa, você, caminhoneiro autônomo, tem de controlar seus
custos para saber o resultado final e aí sim, poder dizer se o valor do frete está bom
ou ruim.

Administrar os gastos do caminhão, calcular os custos de uma viagem para fazer o


frete, e verificar se o que estão pagando pelo transporte é o suficiente para cobrir os
custos da viagem são regras do negócio.

Neste curso, você irá aprender um pouco


mais sobre a organização financeira do seu
negócio e entender o que está envolvido
no cálculo de frete. Isso irá garantir que
ao passar um preço para o seu cliente, o
resultado, além de um serviço bem feito,
será a sua prosperidade financeira. Ninguém
quer tocar uma atividade profissional para
perder dinheiro, não é mesmo?

1.2 Conceitos Importantes

O principal objetivo de qualquer negócio é, sem dúvida, o lucro e no transporte de


frete não é diferente.

A ideia principal para conseguir lucro com o frete é que o preço cobrado pelo serviço
seja maior que custo necessário para sua execução.

6
No entanto, muitos autônomos desconsideram certos gastos na hora de calcular o valor
do transporte, como o gasto com o desgaste natural dos pneus durante as viagens. Só
porque não houve a troca de nenhuma peça, não quer dizer que o caminhão não gastou
absolutamente nada. O caminhão teve um desgaste com sua manutenção e, cedo ou
tarde, você terá que compensar. Portanto, para obter lucro, é necessário se basear em
todos os custos diretos e indiretos, e não apenas no que é gasto durante a viagem.

Os custos diretos correspondem a outros dois tipos de custos:


os custos fixos e os custos variáveis. Os custos fixos são aqueles
cujo valor não varia em função da quantidade de serviço
realizado ou da utilização do veículo. Ou seja, tendo ou não frete
os custos fixos vão sempre existir, como por exemplo, seguros.
Já os custos variáveis são aqueles que são proporcionais a
utilização do veículo. Ou seja, quanto mais viagens o autônomo
tiver, mais altos serão os seus custos variáveis, por exemplo:
combustível, lavagem e lubrificação.

Mais adiante veremos cada um deles detalhadamente.

Os custos indiretos correspondem aos custos necessários para manter o sistema, por
exemplo: as despesas financeiras e as estadias.

Lucro é o que sobra depois de se descontar todos os seus custos

ee (valor de bens e de serviços utilizados para a prestação do


serviço).

1.3 Compondo o Valor do Frete

O cálculo do valor do frete é obtido por meio da combinação de operações financeiras e


equações matemáticas levando em conta itens variados, como o tamanho do veículo e a
capacidade de carga, o tipo de carga (por tonelada ou por peça), a distância percorrida,
o número de dias de trabalho e outros tantos igualmente variáveis.

7
Mas não se assuste com isso, pois ajudaremos você a compreender cada um dos custos
e a calculá-los de uma forma simples, sem complicações.

Apenas tenha em mente que para cada viagem você terá que fazer uma conta específica
com base na quilometragem a ser percorrida.

Neste curso, a intenção é simplificar sua vida, embora sempre exista uma continha a ser
feita. Veja o que você tem que levar em consideração para ter uma noção aproximada
do valor do frete (sem considerar todas as operações financeiras que precisam ser
feitas):

• a demanda mensal da quantidade de carga a ser transportada;

• fixar os dias de trabalho por mês e as horas de trabalho por dia;

• verificar todas as rotas a serem seguidas, analisando as condições de tráfego e


tipo de estrada a serem trafegadas, por exemplo: cascalho, asfalto ou terra;

• determinar os tempos de carga e descarga, da espera, de refeição e descanso


do motorista (você mesmo);

• identificar a capacidade de carregamento de seu caminhão (ver o quanto


cabe, para saber quantas viagens serão necessárias para a entrega total da
mercadoria);

• calcular o número de viagens por mês possíveis de serem realizadas por veículo
(lembre-se de que a cada carga corresponde um tipo de caminhão); e

• determinar o número de toneladas a serem transportadas por viagem.

1.4 Custos Fixos e Variáveis – Itens e Definições

Como já falamos, existem dois grandes componentes de custos a serem considerados


em qualquer situação: os fixos e os variáveis.

Os custos fixos são aqueles indispensáveis ao funcionamento do negócio. Entram


nessa categoria:

8
• depreciação do veículo;

• IPVA, seguro obrigatório e licenciamento;

• salário do motorista e do ajudante (se houver);

• seguro do veículo;

• despesas administrativas e previdenciárias; e

• manutenção preventiva.

Os custos variáveis são aqueles proporcionais à utilização do veículo ou realização do


negócio, por exemplo:

• combustível;

• lavagem;

• pneus;

• lubrificantes; e

• manutenção corretiva.

9
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Para ter uma noção aproximada
do valor do frete deve-se fixar os dias de trabalho por mês e
as horas de trabalho por dia.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Considerando o que lemos


sobre custos fixos e variáveis podemos dizer que a
depreciação do veículo é um custo variável.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

10
Referências

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE CARGAS E LOGÍSTICA. Portal oficial.


2017. Disponível em: <http://www.portalntc.org.br/>. Acesso em: 10 nov. 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. Portal oficial. 2017. Disponível em: <http://


www.abralog.org.br/website/home/>. Acesso em: 10 nov. 2009.

BIBLIOTECA SETORIAL DO TRANSPORTE DE CARGAS. Portal oficial. 2009. Disponível


em: <http://www.bibliotecadotrc.com.br>. Acesso em: 10 nov. 2009.

CONSULTORES DA U.O. ORIENTAÇÃO EMPRESARIA DO SEBRAE-SP. Comece certo –


Transporte rodoviário de cargas. 1ª. ed. São Paulo: SEBRAE-SP, 2005.

NETO, A. L. V. O barato sai caro. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:
<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=27>. Acesso em: 24 nov. 2009.

_______. Os custos esquecidos. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:


<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=30>. Acesso em: 24 nov. 2009.

_______. Por que calcular os custos do caminhão? Portal da internet O Carreteiro,


2009. Disponível em: <www.revistaocarreteiro.com.br/pages. php?recid=22>. Acesso
em: 24 nov. 2009.

VALENTE, A.; PASSAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 2ª.


ed. São Paulo: CENGAGE, 2008.

11
UNIDADE 2 | COMO CALCULAR
O VALOR DO FRETE

12
Unidade 2 | Como Calcular o Valor do Frete

1 Formação do Valor do Frete

A seguir veremos passo a passo como colocar no papel os custos fixos e variáveis
envolvidos no transporte de frete. Como já vimos, os custos se dividem em fixos
(aqueles que acontecem independente da prestação do serviço, mesmo que o veículo
esteja parado) e os variáveis (que surgem durante a prestação do serviço).

• 1º Passo – Calculando os custos fixos

a) Depreciação

A depreciação nada mais é que a desvalorização natural que o veículo sofre ao longo
da sua vida. Ou seja, quanto mais antigo for o veículo, maior será o seu valor de
depreciação.

Considerar o valor da depreciação no cálculo do frete é importante, pois o veículo é


um investimento que o autônomo tem que fazer para dar início ao seu negócio. É um
bem imprescindível e que depois de alguns anos precisará ser substituído devido ao
seu desgaste natural.

Para calcular o valor da depreciação, o autônomo deve considerar o valor pago pelo
caminhão e estimar um tempo para permanecer com aquele veículo.

Por exemplo, o autônomo compra um veículo usado com valor de mercado de R$


200.000,00 e estima que ficará com esse veículo por 10 anos, ou seja, 120 meses.

Com isso em mente, o autônomo deve pesquisar no mercado quanto um veículo da


mesma marca e modelo que o seu, só que 10 anos mais velho. Neste exemplo, vamos
imaginar que o mesmo veículo, 10 anos mais velho, esteja valendo R$ 100.000,00.

R$ 200.000,00 – R$100.000,00 = R$ 100.000,00

13
Então, nesse período, houve uma desvalorização de R$ 100.000,00 que deve ser diluída
por 10 anos, ou seja, 120 meses, que é o tempo que o autônomo pretende ficar com o
veículo.

Assim teremos:

Esse valor da depreciação deverá ser reservado mensalmente pelo autônomo em uma
conta separada (como por exemplo, na poupança) para quando chegar a hora de trocar
o veículo por um novo, ele não precisar realizar empréstimos.

b) Salários

Mesmo que o autônomo seja o seu próprio patrão e funcionário, ele deve considerar
como parte dos custos um salário fixo referente ao seu trabalho.

O salário é um custo fixo mensal que pode ser calculado de uma forma bem simples e
seu valor é definido pelo próprio autônomo.

hh
Neste exemplo vamos supor que o autônomo tenha definido
como seu salário o valor de R$ 1.000,00 por mês. Assim, esse
valor será o custo fixo mensal com seu salário.

Caso o autônomo possua algum ajudante, o salário desse profissional e – as demais


despesas que envolvem essa contratação – deverão ser considerados.

c) Licenciamento, IPVA e Seguro Obrigatório

As despesas com Licenciamento, IPVA e Seguro Obrigatório também devem ser


consideradas, pois são gastos que o autônomo tem obrigatoriamente todos os anos
com o seu veículo.

Imagine que o valor do licenciamento do seu veículo seja: R$ 100,00

O valor do IPVA seja: R$ 2.000,00

E o valor do seguro obrigatório seja: RS 100,00

14
Para saber o custo fixo mensal, basta somar essas três despesas e dividi-las por 12
meses, isso porque essas despesas são sempre anuais, ou seja, todo ano você terá que
pagá-las.

Licenciamento: R$100,00

lPVA: + R$ 2.000,00

Seguro Obrigatório: R$100,00

Total: R$ 2.200,00

Neste exemplo, o seu custo fixo mensal com essas despesas será: R$ 183,33.

d) Despesas Administrativas e Previdenciárias

Além das despesas listadas acima, o autônomo ainda precisa considerar outros gastos
que também são mensais, como: alimentação, material de embalagem (quando
houver) e o pagamento da previdência social (INSS). Esses valores também precisam
ser computados no cálculo do frete.

Para fazer o cálculo é preciso inicialmente definir um valor médio para alimentação. Os
sindicatos costumam definir mediante dissídio coletivo o valor mínimo para a diária do
motorista e ajudante (quando houver). Neste caso usaremos o valor de R$ 25,00 por
dia.

Supondo que o autônomo trabalhe 24 dias por mês. Neste caso, a diária terá que ser
multiplicada pelos dias de trabalho, ou seja:

24 dias × R$ 25,00

Com isso, temos que o gasto mensal com alimentação/diária do autônomo será de
600,00.

Motorista/Autônomo: R$ 600,00

Além dessa despesa, o autônomo ainda precisa garantir sua aposentadoria. Por isso,
é importante que ele contribua para o Instituto Nacional de Seguridade Social, o
conhecido INSS.

15
O valor da contribuição varia conforme a tabela disponibilizada pelo próprio INSS,
sendo que o autônomo pode fazer a opção de contribuir com o teto ou com o mínimo,
sempre no percentual de 11%.

Neste exemplo, vamos supor que a escolha feita pelo autônomo seja a contribuição
para o valor de R$ 1.500,00. Sendo assim, 11% desse valor serão equivalentes a: R$
165,00.

Além dessas despesas o autônomo deve considerar também a contribuição mensal


feita para o SEST/SENAT, no valor de 2,5% sobre o seu salário de contribuição para o
INSS, que neste exemplo estimamos em R$ 1.500,00.

Sendo assim, 2,5 % de R$ 1.500,00 serão equivalentes a R$ 37,50 por mês.

Com essa pequena contribuição ao SEST/SENAT, o autônomo

ee garante atendimento médico, odontológico, atividade de lazer


e cultura e ainda cursos de qualificação para ele e toda a sua
família.

Despesas Administrativas: R$ 600,00

Contribuição Previdenciária: +R$ 165,00

Contribuição para o SEST/SENAT: +R$ 37,50

Total das despesas: R$ 802,50

hh
Com despesas administrativas e previdenciárias, o autônomo
terá um gasto (no exemplo simulado) de R$ 802,50 mensais.

e) Manutenção Preventiva

A manutenção do veículo, seja ela preventiva ou corretiva, é um aspecto de grande


relevância para o transporte de frete e que tem um custo médio de 1,6% do valor do
veículo por ano para caminhões antigos. Para caminhões novos esse percentual varia
entre 0,8 a 1,0%.

Para esse exemplo, utilizaremos o percentual maior, de 1,6%.

16
Sendo assim, se o veículo custa R$ 200.000,00, teremos um gasto com manutenção de
R$ 3.200,00.

R$ 200.000,00 ×1,6% = R$ 3.200,00 por ano

Para fins de cálculo, estimamos que 50% desse valor seja gasto com manutenção
preventiva e os outros 50% com a manutenção corretiva.

Dessa forma, o valor da manutenção preventiva será de 50% de 3.200,00, ou seja, R$


1.600,00.

Esse valor terá que ser diluído em 12 meses para que tenhamos o custo mensal com a
manutenção preventiva.

A manutenção preventiva é um custo fixo que deve ser considerado pelo autônomo,
que evita gastos inesperados ao longo da viagem e diminui a probabilidade de avarias
no próprio veículo.

Por isso, é recomendado que a manutenção preventiva seja feita constantemente, não
apenas quando há quebra ou defeito em peças e equipamentos.

A manutenção preventiva é um custo fixo, pois independe da

ee distância percorrida pelo veículo ou da quantidade de fretes ou


viagens realizadas, já a manutenção corretiva é um curso variável
que depende desses aspectos e que veremos em detalhes mais
adiante.

17
Depreciação do veículo R$ 833,33
Salários R$ 1.000,00
IPVA, Licenciamento e Seguro
R$ 183,33
Obrigatório
Despesas Administrativas e
R$ 802,50
Previdenciárias
Manutenção Preventiva R$ 133,33
TOTAL R$ 2.952,49

hh
Esse é o valor do custo fixo MENSAL, que deve ser dividido pelo
número de viagens estimadas no mês. Neste exemplo, vamos
presumir que o autônomo faça todos os meses 08 viagens.

Sendo assim, o valor do custo fixo por viagem/frete será:

Custo fixo por frete: R$ 369,06

O seguro de veículo também é um curso fixo, mas infelizmente, devido ao seu elevado
valor de marcado, muitos autônomos optam por não contratá-lo. Entretanto, essa
prática não é aconselhável, pois o caminhão representa, muitas vezes, a única fonte
de renda do autônomo e de sua família. Então para não correr riscos, o ideal é fazer
sempre o seguro do veículo.

Para calcular essa despesa é bem simples, basta dividir o valor da apólice do seguro
pelo período de sua validade.

18
• 2º Passo – Calculando os custos variáveis

a) Combustível

O combustível é um custo imprescindível


para o cálculo do valor do frete. Quanto
maior a distância que o veículo percorrer
para fazer o frete, maior será o seu gasto
com combustível, por isso essa despesa
está contemplada no custo variável.
Segundo especialistas, o gasto com
combustível representa mais de 50% do
valor do frete.

Para calcular o gasto com combustível é bem simples, basta o autônomo saber qual a
média de quilômetros que o seu veículo faz por litro e o valor do combustível (diesel).

Por exemplo:

Vamos imaginar que o veículo faça uma média de 3,5 km por litro e que o valor do
diesel seja de R$ 2,00.

Assim basta dividir o valor do litro do combustível pela média que o veículo faz.

O gasto com combustível será de R$ 0,57 por quilômetro rodado.

b) Pneus

Os pneus representam o segundo ou terceiro maior custo do transporte de frete, por


isso todos os cuidados com manutenção (como rodízio, troca e recapagem) devem ser
tomados.

Para calcular o custo com o desgaste dos pneus o autônomo precisa somar o valor dos
pneus com o valor da recapagem dos pneus.

Neste exemplo vamos imaginar que o autônomo faça apenas 1 recapagem em cada
pneu a um custo de R$ 300,00 e que o valor do pneu novo é de RS 1.100,00.

19
Valor do pneu novo: R$ 1.100,00

Valor da Recapagem: R$ 300,00

Total: R$ 1.400,00

O custo total com a compra e recapagem do pneu será de RS 1.400,00. Esse valor deve
ser dividido pela vida útil dos pneus, ou seja, quantos quilômetros estimamos que esse
pneu irá rodar com uma recapagem. Para esse exemplo consideraremos 150.000 km.

Então:

Valor do pneu + recapagem: (vida útil estimada do pneu)

R$ 0,009 (Custo por km de cada pneu)

Num veículo com 10 pneus termos:

0,009 ×10 pneus

R$ 0,09 (Custo por km para os 10 pneus)

Esse valor de R$ 0,09 deve ser multiplicado pelos quilômetros rodados em cada viagem.
Assim o autônomo terá o custo do desgaste dos pneus em cada frete.

Alguns cuidados são fundamentais para auxiliar na ampliação da vida útil do pneu e
consequentemente na redução dos gastos. Conheça alguns deles:

• Mantenha sempre a pressão correta nos pneus. Para a calibragem correta,


verifique a orientação do fabricante;

• Verifique a cada 15 dias a pressão dos pneus e sempre antes de viagens longas;

• Só faça inspeção nos pneus quando estiverem frios;

• Faça o rodízio dos pneus conforme recomendação do fabricante. Os pneus


dianteiros e traseiros dos veículos trabalham com cargas e frenagens diferentes
ocasionando desgastes desiguais.

20
c) Manutenção Corretiva

A manutenção corretiva é aquela realizada quando o veículo apresenta algum defeito


ou avaria, como em peças ou equipamentos.

Esse gasto pode ser muitas vezes evitado se o autônomo realizar corretamente a
manutenção preventiva. Entretanto, nem sempre a manutenção preventiva é garantia
de que o veículo não apresentará defeitos, pois eventualidades podem ocorrer.

Por isso, é importante reservar sempre a cada frete/viagem um valor para eventuais
problemas mecânicos.

Como já dito anteriormente, a manutenção representa um gasto médio de 1,6%


do valor do veículo e, para fins de cálculo, devemos considerar 50% desse valor
para manutenção preventiva, e 50% para o cálculo da manutenção corretiva, como
apresentaremos no exemplo a seguir:

Considerando um veículo de R$ 200.000,00, teremos que 1,6% será equivalente a R$


3.200,00 e que a manutenção corretiva representará 50% desse gasto, ou seja, R$
1.600,00.

Esse valor terá que ser diluído em 12 meses para que tenhamos o custo mensal com a
manutenção corretiva.

Para calcularmos o custo da manutenção por quilômetro, teremos que dividir esse
valor pela média de quilômetros rodados por mês. Para esse exemplo vamos imaginar
que o autônomo rode por mês 10.000 km.

Sendo assim:

O custo por quilômetro rodado com manutenção corretiva será de R$ 0,013.

21
d) Lubrificantes

O custo variável com lubrificantes inclui todos os tipos de óleos (motor, câmbio
diferencial etc.) e vai variar conforme a quantidade de quilômetros rodados pelo
veículo.

Para calcular essa despesa o autônomo deve considerar a capacidade do reservatório


(no caso do motor/cárter, a capacidade será de 20 litros) e somar ao remonte, o óleo
necessário para completar o cárter quando ele baixa de nível entre duas trocas. Esse
número deve ser multiplicado pelo preço do óleo (nesse caso, vamos estimar o valor
de R$ 7,00 por litro).

20 litros + 10 litros (remonte) = 30 litros

30 litros x R$ 7,00

R$ 210,00

Para saber o gasto com lubrificantes por quilômetro rodado, basta dividir esse valor
pelo intervalo de troca. Vamos supor que com esse óleo o veículo rode 10.000 km até
a próxima troca.

R$ 0,021 será o custo com lubrificante por km.

Nesse exemplo, foi calculado apenas o curso do óleo de motor.

ee Além desse, o autônomo tem que calcular os demais, como: óleo


de câmbio e diferencial. Para fazer esse cálculo, o autônomo
deve somar a capacidade dos dois reservatórios, multiplicar
pelo valor do óleo e dividir pela quilometragem de troca.

22
e) Lavagem

O último dos custos variáveis é o da


lavagem do veículo, que apesar de ser
menos importante que os demais gastos,
também precisa ser considerado.

Uma lavagem para caminhão tem em


média um custo de R$ 100,00 a R$ 120,00,
para esse exemplo vamos arbitrar o
valor de R$ 100,00. Alguns postos de
combustível oferecem esse serviço
gratuitamente para seus clientes, entretanto, como isso não é uma regra, o autônomo
precisa considerar essa despesa.

Então, vamos estimar que a cada 5.000 km o autônomo faça a lavagem do seu veículo.

Então, termos que o custo com a lavagem do veículo será de R$ 0,02 por km rodado.

Para melhor visualização vamos lançar todos os valores dos custos variáveis na tabela
para descobrir qual será o custo variável do autônomo por quilômetro.

Combustível RS 0,57
Pneus R$ 0,09
Manutenção corretiva (oficina) R$ 0,013
Lubrificantes R$ 0,021
Lavagens RS 0,02
TOTAL R$ 0,71

No exemplo utilizado, o autônomo terá um custo variável por quilômetro de R$ 0,71.

Custo Variável por km: R$ 0,71

A cada viagem-frete o autônomo terá que somar o custo fixo (que nesse exemplo ficou
em RS 369,06) + o custo variável por quilômetro (RS 0,71).

23
Então como fica o valor do km do frete?

Imaginemos que o autônomo tenha sido contratado para fazer uma viagem de SP para
o RJ e que nesse percurso o autônomo fará 430 km para ir e 430 km para voltar (viagem
redonda), num total de 860 km.

Seu custo para esse frete será:

Custo FIXO: RS 369,06

Custo VARIÁVEL: R$ 0,71 x 860 km = RS 610,60

Total do Custo do Frete (Viagem Redonda): R$ 369,06 + R$ 610,60 = R$979,66

Sendo assim, para realizar essa viagem o autônomo não poderá cobrar menos do que
R$ 979,66, senão estará trabalhando no prejuízo.

Procuramos descrever e calcular as principais despesas do frete, mas nada impede que
o autônomo tenha outras a serem computadas. Caso isso ocorra, é fundamental que
ele inclua também no cálculo do valor do frete para não ter prejuízos.

É comum que o autônomo esqueça certos


valores – não porque sejam baixos, mas
sim porque é mais conveniente esquecer-
se de sua existência. Normalmente esses
valores não saem do seu bolso durante
um transporte de cargas.

Esses custos são gerados pelo caminhão


a cada quilômetro rodado, um dinheiro
que aparenta ter “sobrado”, mas que na
realidade é do gasto com pneus, desvalorização do caminhão, peças que serão trocadas
mais à frente, IPVA, seguro obrigatório e licenciamento; entre outros.

Portanto, antes de qualquer coisa, é necessário se organizar sem esquecer nenhuma


despesa. Se o valor do frete está abaixo do valor do mercado, isso pode ter acontecido
porque o profissional deixou de considerar todos os custos do transporte, assim
resultando em prejuízo.

24
Por isso é importante se lembrar de:

• Anotar em uma caderneta os pagamentos, gastos com manutenção etc., que


existirem durante o percurso.

• Guardar recibos e notas fiscais que for acumulando.

• Evitar gastos extras com multas: siga a legislação.

• Evitar transitar sem equipamentos obrigatórios ou documentação necessária.

ee
Os valores utilizados neste curso são apenas para exemplificar
as situações de cálculo.

25
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A manutenção preventiva é um
custo variável que deve ser considerado pelo autônomo, que
diminui a probabilidade de avarias no próprio veículo.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O último dos custos variáveis é


o da lavagem do veículo, que apesar de ser menos importante
que os demais gastos, também precisa ser considerado.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

26
Referências

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE CARGAS E LOGÍSTICA. Portal oficial.


2017. Disponível em: <http://www.portalntc.org.br/>. Acesso em: 10 nov. 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. Portal oficial. 2017. Disponível em: <http://


www.abralog.org.br/website/home/>. Acesso em: 10 nov. 2009.

BIBLIOTECA SETORIAL DO TRANSPORTE DE CARGAS. Portal oficial. 2009. Disponível


em: <http://www.bibliotecadotrc.com.br>. Acesso em: 10 nov. 2009.

CONSULTORES DA U.O. ORIENTAÇÃO EMPRESARIA DO SEBRAE-SP. Comece certo –


Transporte rodoviário de cargas. 1ª. ed. São Paulo: SEBRAE-SP, 2005.

NETO, A. L. V. O barato sai caro. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:
<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=27>. Acesso em: 24 nov. 2009.

_______. Os custos esquecidos. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:


<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=30>. Acesso em: 24 nov. 2009.

_______. Por que calcular os custos do caminhão? Portal da internet O Carreteiro,


2009. Disponível em: <www.revistaocarreteiro.com.br/pages. php?recid=22>. Acesso
em: 24 nov. 2009.

VALENTE, A.; PASSAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 2ª.


ed. São Paulo: CENGAGE, 2008.

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UNIDADE 3 | OUTRAS
DEFINIÇÕES

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Unidade 3 | Outras Definições

1 Definição de Lucro

Um conceito que deve ficar muito claro é: o lucro não é o valor


que você recebe, é o valor que sobra após o pagamento de todos
os seus custos. É muito comum a pessoa considerar como lucro
todo o dinheiro que ela recebe com sua atividade, e acabar
enrolada com as dívidas depois. Isso não significa que, uma vez
definido o preço que é bom para você, ele será bom para os seus
clientes – muitos deles podem não aceitar.

Quem define a margem de lucro do negócio é o próprio autônomo. Tipicamente a


média adotada para o cálculo do lucro varia entre 10 a 12% sobre o valor do custo do
frete.

Então se utilizarmos o exemplo acima no qual o custo do frete foi de R$ 979,66


e adicionarmos 12% de lucro, o valor do frete final ficaria em R$ 1.097,21, com o
autônomo tendo um resultado de lucro no valor de R$ 117,55 neste frete/viagem.

Às vezes, em função da grande concorrência do mercado, o autônomo se vê obrigado


a estabelecer uma margem de lucro menor do que a esperada. Entretanto, ele sempre
terá a opção de fazer ou não o serviço ou de escolher o serviço que lhe trará maior
resultado.

Procure saber qual é o preço praticado pela sua concorrência,

ee pelas pessoas que praticam um serviço parecido ou igual ao seu.


Se o seu preço calculado for maior que o preço das pessoas que
praticam a mesma atividade, então você saberá que é preciso
encontrar novas maneiras de reduzir gastos. Por outro lado, se o
preço for menos que dos seus concorrentes, você tem um poder
de competição – o que é ótimo.

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2 Pedágio

O pedágio é tipicamente um custo variável,


pois é cobrado pelas concessionárias
conforme o quilômetro rodado e, no caso de
caminhões, a cobrança é feita ainda levando
em consideração o número de eixos.

A tarifa básica cobrada varia de R$ 0,02 a R$


0,14 por quilômetro rodado.

Entretanto, o pedágio é um custo que ainda gera muitas dúvidas, especialmente com
relação ao responsável pelo seu pagamento.

A legislação determina que o contratante do serviço (transportadora ou embarcador)


deve fornecer, antes do início de cada viagem, o vale-pedágio ao autônomo e que isto
não pode ser feito em dinheiro.

hh
Juridicamente, o pedágio não faz parte do frete e não deve
entrar no custo do autônomo. Sendo assim o autônomo deve
exigir seu vale-pedágio, pois essa é uma garantia legal!

30
3 Conclusão

Você acabou de ver como é importante


para o caminhoneiro autônomo controlar
os custos do seu trabalho e como isso
pode significar a diferença entre lucrar
ou ter prejuízo.

Procuramos reunir uma série de


informações importantes sobre o dia a
dia do transporte de cargas, por exemplo:
quais são os custos fixos; quais são os
custos variáveis; como calcular cada um deles e sua importância na formação do valor
final do frete que você irá praticar.

Esperamos que, com essas informações, você consiga tocar o seu negócio com
muito mais segurança e prosperar cada vez mais. O transporte de cargas eficiente é
fundamental para o desenvolvimento econômico da nossa sociedade e nada mais justo
do que você poder competir nesse mercado, cada vez mais preparado. Aproveite!

31
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O lucro não é o valor que você
recebe, é o valor que sobra após o pagamento de todos os
seus custos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. O pedágio é tipicamente um


custo fixo, pois é cobrado pelas concessionárias conforme o
quilômetro rodado e, no caso de caminhões, a cobrança é
feita ainda levando em consideração o número de eixos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

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Referências

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE CARGAS E LOGÍSTICA. Portal oficial.


2017. Disponível em: <http://www.portalntc.org.br/>. Acesso em: 10 nov. 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. Portal oficial. 2017. Disponível em: <http://


www.abralog.org.br/website/home/>. Acesso em: 10 nov. 2009.

BIBLIOTECA SETORIAL DO TRANSPORTE DE CARGAS. Portal oficial. 2009. Disponível


em: <http://www.bibliotecadotrc.com.br>. Acesso em: 10 nov. 2009.

CONSULTORES DA U.O. ORIENTAÇÃO EMPRESARIA DO SEBRAE-SP. Comece certo –


Transporte rodoviário de cargas. 1ª. ed. São Paulo: SEBRAE-SP, 2005.

NETO, A. L. V. O barato sai caro. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:
<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=27>. Acesso em: 24 nov. 2009.

_______. Os custos esquecidos. Portal da internet O Carreteiro, 2009. Disponível em:


<www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=30>. Acesso em: 24 nov. 2009.

_______. Por que calcular os custos do caminhão? Portal da internet O Carreteiro,


2009. Disponível em: <www.revistaocarreteiro.com.br/pages. php?recid=22>. Acesso
em: 24 nov. 2009.

VALENTE, A.; PASSAGLIA, E.; VIEIRA, H. Gerenciamento de Transporte e Frotas. 2ª.


ed. São Paulo: CENGAGE, 2008.

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Gabarito

Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 F V
Unidade 3 V F

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