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Anderson Theves
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ELABORAÇÃO DE DETERGENTE SEM ADIÇÃO DE
TRIETANOLAMINA 85%
Anderson Theves1
1. INTRODUÇÃO
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Aluno do Curso Técnico em Química UNIVATES; Lajeado/RS - theves.anderson@gmail.com
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Químico industrial, professor do Centro Universitário UNIVATES; Lajeado/RS – josoe_fk@univates.br
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Mesmo apresentando crescimento, a indústria de detergentes e todos os
outros produtos de limpeza, sofre com o mercado informal e seus produtos
clandestinos. Tendo como maiores consumidores a população de baixa
escolaridade e renda, os produtos de limpeza clandestinos apresentam sérios
ricos à saúde. O produto de limpeza mais produzido clandestinamente é a água
sanitária, que em 2001, de acordo com um estudo realizado pela FIPE -
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, 42,1% da água sanitária
consumida no Brasil é clandestina. No caso dos detergentes em pó e líquido,
os números são bem menores, porém não deixam de atingir uma parcela
desinformada da população e prejudicar o mercado. O detergente em pó
apresenta apenas 0,20% de informalidade no consumo nacional, sendo a
clandestinidade pouco significativa, se comparada com o detergente líquido
que apresenta 7,7% de informalidade (AMARAL et al, 2007).
2. REFERENCIAL TEÓRICO
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para o banho. Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira
evoluiu, acumulando experiência prática, além de estudos teóricos
desenvolvidos por pesquisadores (BORSATO, 2004).
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Antes disso, por volta de 1918, aparece na Alemanha o primeiro
surfactante, em função da falta de gorduras de origem animal no mercado. Os
surfactantes são produtos químicos orgânicos que modificam as propriedades
da água, ao diminuir a sua tensão superficial e facilitar o processo da lavagem.
Essas substâncias são hoje conhecidas como tensoativos e sua fabricação se
dá pela junção química a partir de uma grande variedade de matérias-primas,
exercendo a função de agente de limpeza nos sabões (CORRÊA, 2005).
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fundadas no país cinco fábricas de pólvora, 30 fábricas de sabões e velas e 10
fábricas de produtos químicos diversos (WONGTSCHOWSKI, 2011).
De início do século XIX até cerca de 1960 o Brasil ganhou mais de 150
unidades industriais nesse setor. Esses empreendimentos abrangeram os mais
diversos ramos de atividade: extração mineral e vegetal, refino de petróleo e
produção de fertilizantes, produtos químicos inorgânicos, papel, cimento, vidro,
fármacos, explosivos, açúcar e álcool, produtos álcool químicos e outros. A
partir de 1965, a indústria química brasileira se modernizou, em especial com a
implantação de três polos petroquímicos e de unidades fabris com tecnologia
mais avançada (WONGTSCHOWSKI, 2011).
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Os sabões são precipitados e, por isso, não são eficientes em presença
de águas duras ou ácidas, ao contrário dos detergentes. Além disso, embora
as composições dos sabões comuns sejam variáveis, são apenas sais de sódio
e de potássio de diversos ácidos graxos. Por outro lado, os detergentes são
misturas complexas de várias substâncias cada qual escolhida para efetuar
uma ação particular durante a limpeza (CASTRO, 2009).
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em limpeza doméstica. Porém além do detergente em pó, o detergente líquido,
usado para lavar louças, também se mostra importante, já que o cuidado com
as louças representou em 2004, 10,3% dos gastos com a limpeza. O
detergente líquido é um produto prático e de baixo custo, que se mostra
bastante presente nas pias das casas brasileiras. Em 2005, em função da
economia estável, os detergentes líquidos ganharam maior espaço no mercado
nacional. Além disso, marcas regionais conseguiram obter um maior espaço na
concorrência com as grandes marcas (AMARAL et al, 2007).
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Figura 1: Cadeias Biodegradáveis e não biodegradáveis
2.1 Análise de pH
O pH (potencial hidrogeniônico) é uma grandeza físico-química que
indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer. Sua escala
varia entre 0 e 14, sendo que o pH 7 a 25°C, indica um pH neutro, abaixo
desse valor refere-se a um meio ácido e acima de 7 indica um meio alcalino
(básico). As leituras de pH são realizadas através de potenciômetro analógico
ou digital (pHmetro) que mostra diretamente os resultados (PILCH et al, 2017).
2.3 Viscosidade
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2.4 Espumação
2.5 Estabilidade
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Também usado para desobstruir encanamentos e sumidouros pelo fato de ser
corrosivo. É produzido por eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de
sódio (salmoura) (SOUZA, 2017).
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hidrófobo na outra. A parte hidrófoba é uma cadeia de hidrocarbonetos, com 8
a 18 carbonos, linear ou ligeiramente ramificada, e em alguns casos um anel
benzênico substitui alguns átomos da cadeia. A extremidade hidrófila, ou seja,
solúvel em água é a parte polar da molécula e pode ser aniônica, catiônica e
não iônica, em função do grupo associado: carboxílico, sulfato, hidroxílico, ou
sulfonato, sempre usados como sais de sódio ou de potássio (AMARAL et al,
2007).
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Na superfície do líquido, a parte hidrofílica da substância tensoativa
adere às moléculas da água, quebrando suas atrações intra-moleculares,
reduzindo desta forma, a tensão superficial. Neste momento, a estrutura
esférica da gota de água entra em colapso, expandindo a área de contato com
a superfície. Além de solucionar o problema de tensão superficial, os
tensoativos exercem outras funções muito importantes na lavagem, como por
exemplo, ajudam a deslocar a sujeira e dispersam as partículas de sujeira
(CASTRO, 2009).
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Figura 3: Estrutura da micela.
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em formulações de xampus, banhos de espuma, sabonetes líquidos e
detergentes (QUÍMICA, 2017).
É aquele que tem dois ou mais grupos funcionais que, dependendo das
condições do meio, podem ser ionizados em solução aquosa e dão as
características de surfactante aniônico ou catiônico. Sua estrutura possui,
geralmente, um ânion carboxilato ligado a uma amina ou cátion quaternário de
amônio (AMARAL et al, 2007).
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São responsáveis pelo aumento da estabilidade dos sistemas onde os
mesmos são empregados (MISIRLI, 2017).
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faixas de pH, não contribui com cor e/ou odor aos produtos onde for utilizado
(QUÍMICA, 2017).
2.1.1.7 Corante
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2.1.1.8 Espessante sintético (Polihidróxietileno)
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aumento de viscosidade. O espessamento depende diretamente da estrutura
micelar dos tensoativos, da formulação e da sua interação com o eletrólito e a
água (SANTOS, 2016).
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Água Veículo
Hidróxido de Sódio 50% Alcalinizante
Ácido sulfônico 90% Tensoativo Ânionico
Lauril Éter Sulfato de Sódio 70% Agente Espumogêno
Côco Amido Propil Betaína Estabilizante da Espuma
EDTA Sequestrante
Mistura de Isotiazolinonas Conservante
Corante Dar Cor ao Produto
Polihidróxietileno Espessante
Sulfato de Magnésio 9 % Espessante
Fonte: Do Autor, 2017.
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3.1 Análise de pH
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bécker, agitou-se o tubo de ensaio e observou-se em qual temperatura o
produto turvou, conforme figura 5:
3.3 Viscosidade
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A Figura 6 apresenta um modelo de Viscosímetro Copo Ford:
3.4 Espumação
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3.5 Estabilidade
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
pH 7,0
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O ponto de turvação de um produto é importante na aparência do
mesmo, uma vez que se espera que o produto tenha uma aparência límpida. O
detergente formulado apresentou um ótimo resultado quanto ao ponto de
turvação, começando a turvar à -1°C, tendo em vista que no transporte e nas
prateleiras dos estabelecimentos, é muito difícil alcançar temperaturas
negativas.
5. CONCLUSÃO
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atender o consumidor que esta sempre em busca produtos com melhor eficácia
e rendimento.
REFERÊNCIAS
BOSCO, Don: Xampus que não ardem nos olhos. Curitiba/PR, 2008.
Disponível em:
http://ilustracao.coc.com.br/curso/estudemais/quimica/xampu.php
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CORRÊA, Lilia Modesto Leal; SANEANTES DOMISSANITÁRIOS E SAÚDE:
UM ESTUDO SOBRE A EXPOSIÇÃO DE EMPREGADAS DOMÉSTICAS Rio
de Janeiro, 2005.
FOGAÇA, Jennifer; Como o sabão funciona?, il. Color 2010. Disponível em:
http://escolakids.uol.com.br/como-o-sabao-funciona.htm
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KAWA, Luciane; A QUÍMICA DOS SABÕES E DETERGENTES QUÍMICA,
MEIO AMBIENTE E EDIFICAÇÕES. MBA- Master of business administracion-
Em petróleo e energias limpas, Estácio de Sá-RJ 09 de setembro de 2014.
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QUÍMICA, Grupo tchê; O ESTUDO DOS SABÕES E DETERGENTES PORTO
ALEGRE/RS Versão 1.1 Acesso em 05 de junho de 2017. Encontrado em:
http://www.professordanielrossi.yolasite.com/resources/Sab%C3%B5es%20e%
20Detergentes.pdf
SILVA, Ana Paula Pereira; ALVES, Daniela Maria; NÚNCIO, Fausto; WILLIAN,
Guilherme; NUNES, Raissa Coimbra; TORQUIM, Valdinéia; FERREIRA,
Deusmaque Carneiro. Avaliação da biodegradabilidade de detergentes
comerciais. Encontro de Tecnologia da UNIUBE. Uberaba/MG,
Novembro/2011.
SOUZA, Líria Alves de; "Hidróxido de Sódio"; Brasil Escola. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/quimica/hidroxido-de-sodio.htm. Acesso em:
27/03/2017.
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