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Resenha texto ‘’O debate sobre a produção de indicadores Sociais Alternativos’’

O texto começa frisando uma disparidade entre os mais riscos e os mais pobres, citando
alguns blogs e jornais entre eles um documentário INSIDE JOB onde revelam a desproporção
dos ganhos dos meninos de ouro com a relação aos ganhos dos cidadãos comuns desvelando a
relação entre o sistema político acadêmico e as finanças. É importante colocar esse trecho que
deixa bem claro o ponto de análise de um dos autores . ‘’ É justamente a disparidade entre os
salários e entre as lógicas do mundo das finanças e do cidadão comum que é analisada por
Philippe Steiner’’.
O texto também sinaliza o estudo pioneiro sobre as desigualdades de renda na França
no início e final do século XX relatando sobre as desigualdades de salários enfatizando que essa
desigualdade é relacionada a exploração de renda dos mais ricos. Anos depois estudos de
europeus levaram em consideração a renda das pessoas mais ricas, pois ‘ ’são eles os grandes
beneficiários das transformações do capitalismo desde 1980’ ’. O texto continua discorrendo
sobre indicadores de renda como dos Estados Unidos, que apesar de um país desenvolvido,
apresenta disparidades de ganhos. E sobre um relatório das nações unidas que demonstrou que
crescimento econômico de países ricos, se desdobra em outros países onde a desigualdade
aumenta, o que conclui que para uns enriquecer, outros precisam empobrecer para sustentar os
países empíricos.
Estes dados das desigualdades e justiça social da riqueza socialmente produzida, faz
assim uma crise societária, na qual inclusive segundo estudos internacionais constataram que a
população considera que encontra-se em uma sociedade injusta, entretanto, vive em uma
passividade de aceitação desta realidade que está inserida. O motivo para isso segundo alguns
pontos de vista que o texto apresenta, é a banalização do conceito da igualdade, acreditando
assim ter se perdido o real significado e as pessoas não mais a compreenderem, a alienação da
sociedade do trabalho em desconhecer do trabalho que produz causa esses estranhamentos,
inclusive da expressão da questão social que ele mesmo se encontra. Para a socióloga brasileira
Vera Telles, “neutralizar as mediações da questão social com os direitos, também se neutraliza a
potência crítica e simbólica da igualdade como referência pela qual as demandas e disputas
ganham visibilidade e legitimidade na cena pública .”
Mas em conjunto com esses contextos políticos e econômicos, precisa estar alinhado
em dados quantitativos, para uma melhor compreensão da realidade. Desta forma, a importância
dos indicadores sociais e produção de estatísticas que possam buscar transpassar a
complexidade do cotidiano, mas fazendo-se valer da reflexão em cima destes dados e de uma
visão crítica para um entendimento efetivo das expressões da questão social tanto emergentes
quanto especificas.
No entanto, há ceticismo sobre os dados e as estatísticas, isso se dá devido a forma
como é interpretado cada dado sobre a realidade, como por exemplo a cada crise que aconteceu
na história pode se notar formas de pensar a sociedade a partir de estatísticas sobre emprego,
trabalho, políticas públicas e outras. Isto é, “ a sociedade tende a questionar a validade do dado,
pois as pessoas possuem lentes diferentes daquelas utilizadas pelos estatísticos, enquanto a
estatística trabalha numa perspectiva macro e global, as pessoas pensam de forma individual ”.
Ou seja, a dificuldade de refletir e colocar uma totalidade nos dados, é na mesma proporção
deste mesmo dado ser compreendido pelas pessoas que observam a realidade não apenas de
uma ótica diferente, mas sim vendo apenas um recorte da mesma.
Já tratando sobre indicadores sociais, o texto informa que a origem dele teve nas
décadas de 1960 e 1970, em torno de questionamentos dos principais indicadores
macroeconômicos e das primeiras propostas alternativas ao PIB. E no final dos anos 1990, é
onde traça o crescimento de experiências de produção de indicadores sociais, incluindo
dimensões sociais, humanas e/ou ambientais. A modelo que foi da crise dos anos 2000, que
auxiliou nas análises das situações econômicas e sociais do período. E como a partir daí,
surgiram trabalhos teóricos que elevaram discussões relevantes sobre a riqueza mundial,
produção econômica e os efeitos que estes provocam, obtendo críticas sobre a sociedade de
lucro, que ocasionam as disparidades e desigualdade sociais, que inclusive contribuem não para
só degradação humana e social, mas também ambiental a favor da economia. Ainda que nos
indicadores sociais não seja possível ter um universo teórico estável e universal, necessita-se
obter uma visão crítica e uma forma de problematizar sobre o estado da sociedade, para
conseguir elaborar um questionamento socialmente relevante.
E conforme anteriormente citado, há resistência na credibilidade de dados e também dos
indicadores sociais, ressaltando seu teor alternativo frente à lógica monetarista e econômica dos
indicadores tradicionais. E mesmo anos após o seu crescimento em espaços de debates
públicos, ainda se tem a dificuldade de inserir os indicadores sociais para avaliar o crescimento e
o progresso social, mas foi se consolidando a partir da “ multiplicação de discussões e
experiências vivenciadas por inúmeros pesquisadores, militantes de associações e de
movimentos sociais, bem como de laboratórios de pesquisa de diversas universidades ”, onde
desta forma, promoveu um espaço de produção crescente de indicadores sociais para estudo
das condições de vida das pessoas e de onde convivem. Valendo ainda destacar que, quando
inicia ter mais campo para os indicadores sociais devido a necessidade aprofundamento de
análise das crises econômicas, sociais e ecológicas, mas também foi em razão das articulações
e reproduções em níveis internacionais e nacionais que foram sustentadas pelo avanço das
redes sociais e da internet.
Conclui-se que atualmente vivemos em uma sociedade em que seu modo de produção
se torna insustentável não só para a humanidade, mas para o planeta. Viveret sinaliza que as
políticas de austeridade, a desregulamentação do mercado e entre outras medidas adotadas
pelo capital para a saída da crise, terá na verdade, um movimento contrário onde está se
aprofundará mais. Sinaliza ainda que se faz necessário que possamos ultrapassar essa
sociedade carregando conosco o que há de bom produzido e deixando os males, entre eles a
coisificação da vida/coisas. Nesse sentido a autora coloca uma frase sobre a Conferência da
Rio+20 ‘’Precisa ser entendida a mobilização em torno da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável Rio + 20 porque o que está em disputa é o modelo de
desenvolvimento e as opções de sustentabilidade para o planeta.’’. A partir da discussão dessas
novas pautas, tem emergido uma multidão de indicadores alternativos, sob novas concepções de
desenvolvimento humano, desenvolvimento sustentável, bem-estar social e/ou qualidade de
vida, mas todos reafirmam o questionamento da concepção de riqueza erguida pós a Segunda
Guerra e pretendem se apresentar como alternativa ao sistema de medidas e de representação
da realidade social, profundamente ligado pelos critérios financeiros. Não há dúvida que a
produção crescente de indicadores alternativos representa a perspectiva de construir
socialmente os novos olhares sobre a realidade social. Finalmente entendemos também que,
não há dúvida que a crise está exigindo o reposicionamento de reflexões e estratégias
alternativas

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