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CONVERSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
2013
Aracaju, Agosto
i
SUMÁRIO
CAPÍTULO 0 ............................................................................................................................. 1
0.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
0.1.1. CAMPO MAGNÉTICO ..................................................................................................... 1
0.1.2. MAGNÉTISMO............................................................................................................... 1
0.1.3. LINHAS DE CAMPO MAGNÉTICO OU LINHAS DE INDUÇÃO............................................... 2
0.1.4. CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA ..................................................................................... 3
0.1.5. SUBSTÂNCIAS MAGNÉTICAS .......................................................................................... 3
CAPÍTULO 1 ............................................................................................................................. 4
1.1. LEI DE BIOT E SAVART ................................................................................................. 4
1.2. FORÇA MAGNÉTICA EM CONDUTORES ......................................................................... 19
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................... 43
2.1. MATERIAIS MAGNÉTICOS............................................................................................ 43
2.2. CURVAS DE MAGNETIZAÇÃO ....................................................................................... 43
2.3. LAÇO DE HISTERESE, REMANÊNCIA E FORÇA COERCITIVA............................................ 45
2.4. FLUXO MAGNÉTICO .................................................................................................... 46
2.5. PERMEABILIDADE MAGNÉTICA .................................................................................... 47
2.6. CIRCUITOS MAGNÉTICOS ........................................................................................... 48
CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................... 65
1.4. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 65
1.5. OBJETIVO .................................................................................................................. 67
1.6. PRINCÍPIO DE CONSTRUÇÃO DE UM TRANSFORMADOR 1Ø ........................................... 67
1.7. TIPOS DE TRANSFORMADORES ................................................................................... 68
1.8. SÍMBOLOS DOS TRANSFORMADORES .......................................................................... 69
1.9. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................................. 70
1.10. PERDAS NO TRANSFORMADOR .................................................................................... 72
1.11. PERDAS NO MATERIAL DOS ENROLAMENTOS ............................................................... 72
1.12. PERDAS NO FERRO DO NÚCLEO MAGNÉTICO ............................................................... 73
1.13. TIPOS DE LIGAÇÃO DOS ENROLAMENTOS TRIFÁSICOS ................................................. 75
1.14. LIGAÇÃO TRIÂNGULO OU DELTA (∆)............................................................................ 75
1.15. LIGAÇÃO ESTRELA (Y) ................................................................................................ 77
1.16. TRANSFORMADORES COM DERIVAÇÕES NO SECUNDÁRIO ............................................ 78
1.17. POTÊNCIA NOS TRANSFORMADORES ........................................................................... 78
1.18. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE UM TRANSFORMADOR ........................................................ 79
1.19. PARTES QUE COMPÕEM UM TRANSFORMADOR ............................................................ 80
1.20. NÚCLEO ..................................................................................................................... 80
1.21. BOBINAS .................................................................................................................... 82
1.22. COMUTADOR.............................................................................................................. 84
1.23. ÓLEO ISOLANTE ......................................................................................................... 84
1.24. SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO ....................................................................................... 85
1.25. JUNTAS DE VEDAÇÃO ................................................................................................. 87
1.26. BUCHAS ..................................................................................................................... 87
1.27. TANQUES ................................................................................................................... 88
1.28. PINTURA .................................................................................................................... 88
1.29. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO .......................................................................................... 89
1.30. ACESSÓRIOS .............................................................................................................. 90
1.31. CIRCUITOS EQUIVALENTES ......................................................................................... 93
1.32. TRANSFORMADOR MONOFÁSICO IDEAL ....................................................................... 93
1.33. TRANSFORMADOR MONOFÁSICO REAL ........................................................................ 94
1.34. TESTES EM TRANSFORMADORES ................................................................................. 97
1.35. ENSAIO A VAZIO ........................................................................................................ 97
1.36. ENSAIO EM CURTO CIRCUITO ....................................................................................100
1.37. RENDIMENTO DOS TRANSFORMADORES .....................................................................102
1.38. RENDIMENTO EM FUNÇÃO DA CARGA .........................................................................102
1.39. REGULAÇÃO DE TENSÃO ............................................................................................103
1.40. DIAGRAMA FASORRIAL ..............................................................................................104
i
CAPÍTULO 4 ..........................................................................................................................116
4.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................116
CAPÍTULO 5 ..........................................................................................................................117
5.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................117
CAPÍTULO 6 ..........................................................................................................................118
6.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................118
CAPÍTULO 7 ..........................................................................................................................119
7.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................119
7.2. PRIMEIRA LEI DE KIRCHHOFF ....................................................................................119
CAPÍTULO 8 ..........................................................................................................................120
9. BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................120
ii
Conversão de Energia
CAPÍTULO 0
0.1. INTRODUÇÃO
0.1.2. MAGNÉTISMO
O magnetismo é uma força invisível de atração e repulsão que incide em alguns materiais
que naturalmente apresentam esta propriedade. Há muitos séculos atrás, uma pedra foi
encontrada na região da Magnésia, esta pedra exercia o efeito de atrair e repelir metais. A essa
pedra deu-se o nome de magnetita e hoje conhecemos como ÍMÃS.
Os ÍMÃS são pedaços de metais ferrosos que têm a propriedade de se atraírem ou repelirem
mutuamente e de atraírem pedaços de ferro. Podem ser naturais ou artificiais. A magnetita é um
ímã natural.
1
Conversão de Energia
PÓLOS MAGNÉTICOS DOS ÍMAS: Em qualquer ímã, por menor que ele seja, existem duas
regiões distintas onde as suas propriedades magnéticas se manifestam mais intensamente. Essas
regiões são denominadas pólos magnéticos do ímã. Como eles se orientam no sentido norte e sul,
chamamos pólo norte e pólo sul.
INTERAÇÃO ENTRE PÓLOS DE ÍMÀS: Pólos magnéticos iguais se repelem enquanto pólos
magnéticos diferentes se atraem.
LINHAS DE INDUÇÃO: São linhas que permitem uma visualização do campo magnético. Têm
as seguintes características:
a) são tangentes ao vetor indução magnética em cada ponto;
b) são orientados no sentido deste vetor;
c) são sempre fechadas, isto é, não tem fontes nem sorvedouros;
d) a densidade das linhas de indução permite avaliar a intensidade do campo magnético em
determinada região.
2
Conversão de Energia
3
Conversão de Energia
CAPÍTULO 1
INDUÇÃO MAGNÉTICA
Seja um condutor filamentar com corrente elétrica I. Por filamentar entendemos um fio
de espessura muito pequena. Se o condutor tem corrente elétrica, nele há cargas elétricas em
movimento. Seja V a velocidade de escoamento das cargas no interior do condutor. Mas cargas
elétricas em movimento criam campo magnético.
Queremos uma expressão para calculo da indução B em função da corrente I do filamento.
No vácuo:
1
K0
4 0
Onde a constante 0 vale 8,85×10-12 C²/N².m².
4
Conversão de Energia
1
dB 2 V ^ dE (1.2)
c
1 K dQ
dB 2 V ^ 2 ˆr0
c r
K dQ V ^ ˆr
0
dB 2 2
(1.3)
c r
Temos que:
dQ d (1.4)
dQ d
Logo:
K d V ^ ˆr
0
dB (1.5)
c2 r2
Orientando d no sentido da corrente I, teremos d com a mesma direção e sentido que
os de V . Assim
d V V d (1.6)
K V d ^ ˆr
0
dB 2 2
(1.7)
c r
Onde:
dQ d
e V
d dt
5
Conversão de Energia
Assim:
dQ d dQ
V =I
d dt dt
Então:
dQ
=I
dt
Logo:
VI (1.8)
K I d ^ ˆr
0
dB 2 (1.9)
c r2
Como:
1
K 4 0
= 0
c 2 1 4
0 0
K 0
2
= (1.10)
c 4
Onde:
0 :Permeabilidade magnética no vácuo e vale:
Wb
0 4 10 7
A m
I d ^ ˆr
0 0
dB (1.11)
4 r2
Integrando dB sobre todos os elementos do filamento , resulta:
I d ^ ˆr0
B(p) 0
4
r2
[Tesla]
6
Conversão de Energia
Exercícios:
01) Determinar a indução magnética num ponto P afastado h de um filamento retilíneo infinito
com corrente elétrica I.
Solução:
d dx i
r̂0 cos() i + sen() j
Portanto:
d ^ ˆr0 dx i ^ cos() i + sen() j
d ^ ˆr0 sen() dx k
I d ^ ˆr0 0 I sen() dx
B(p) 0
4 r 2
4
r2
k
I k sen()
B(p) 0
4
r2
dx (I)
7
Conversão de Energia
Cuidado !!!!!
Temos três variáveis: x, e r. Precisamos encontrar um artificio para deixar a integral com
apenas uma variável.
h
tg()
x x0
h
x x0
tg()
x x 0 h cotg ()
dx
0 h [-cossec 2 ()]
d
dx h cossec 2 () d
h
dx d (II)
sen2 ()
h
sen()
r
h
r
sen()
h2
r2
sen2 ()
1 sen2 ()
(III)
r2 h2
8
Conversão de Energia
I k sen()
B(p) 0
4 r2
dx
I k 0 sen2 () h
B(p) 0
4
sen()
h
2
2
d
sen ()
I k 0
B(p) 0
4 h
sen() d
I k I k
cos() = 0
0
B(p) 0 cos(0) cos()
4 h 4 h
I k I k I
B(p) 0 1 (1) = 0 2 0 k
4 h 4 h 2h
I
B(p) 0 k [T]
2h
0 I
B(p) [T]
2h
9
Conversão de Energia
02) Consideremos uma circunferência de raio h e centro no condutor. Desenhe o vetor indução
em diversos pontos da circunferência.
Solução
Conclusão: A circunferência é em todos os seus pontos tangentes ao vetor indução B , logo
ela é uma linha de campo do campo magnético do filamento retilíneo infinito.
10
Conversão de Energia
11
Conversão de Energia
03) Determine a indução magnética B no ponto.
Solução:
d dx i
r̂0 cos() i + sen() j
Portanto
d ^ ˆr0 dx i ^ cos() i + sen() j
d ^ ˆr0 sen() dx k
I d ^ ˆr0 0 I 2 sen() dx
B(p) 0
4 r 2
4
1 r2
k
I k 2 sen() dx
B(p) 0
4
1 r2
(I)
12
Conversão de Energia
Cuidado !!!!!
Temos três variáveis: x, e r. Precisamos encontrar um artificio para deixar a integral com
apenas uma variável.
h
tg()
Lx
h
Lx h cotg()
tg()
x L h cotg ()
dx
0 h [- cossec 2 ()]
d
dx h cossec 2 () d
h
dx d (II)
sen2 ()
h
sen()
r
h
r
sen()
h2
r2
sen2 ()
1 sen2 ()
(III)
r2 h2
I k 2 sen() dx
B(p) 0
4
1 r2
13
Conversão de Energia
I k 2 sen2 () h
B(p) 0
4 1
sen()
h2
sen2 ()
d
I k 2
B(p) 0
4 h 1
sen() d
I k I
cos() 2 = 0
B(p) 0 cos(1 ) cos(2 ) k
4 h 1 4 h
I
B(p) 0 cos(1 ) cos(2 ) k [T]
4 h
04) Determine a indução magnética B no ponto dos filamentos retilíneos infinitos
B(p) B1 (p) B 2 (p)
Vamos calcular B1 (p) :
14
Conversão de Energia
0 I
B1 (p) cos(1 ) cos(2 )
4 h
0 I 2
B1 (p) (1)
4 a 2
I 2
B1 (p) 0 1 k
4 a 2
Vamos calcular B 2 (p) :
1 0 o , 2 135o e ha
0 I
B 2 (p) cos(1 ) cos(2 )
4 h
0 I 2
B 2 (p) 1
4 a 2
I 2
B 2 (p) 0 1 k
4 a 2
15
Conversão de Energia
Logo:
B(p) B1 (p) B 2 (p)
I 2 0 I 2
B(p) 0 1 k + 1 k
4 a 2 4 a 2
I 2
B(p) 0 1 k
2a 2
05) Determine a indução magnética B no ponto P
B(p) 2 B12 (p) 2 B 23 (p)
Vamos calcular B12 (p) :
Da figura vem:
b
2 b
cos(1 )
2 2
a b a2 b2
2 2
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Conversão de Energia
b
cos(2 ) cos(1 )
a b2
2
Assim:
a
h
2
0 I
B12 (p) cos(1 ) cos(2 )
4 h
0 I b b
B12 (p)
a a2 b2 a2 b2
4
2
0 I b
B12 (p) 2
2a a2 b2
I b
B12 (p) 0 k
a a b2
2
Vamos calcular B 23 (p) :
17
Conversão de Energia
Da figura vem:
a
2 a
cos(1 )
2 2
a b a b2
2
2 2
Temos que:
1 2 180
2 180 1
Logo:
cos(2 ) cos(180 1 ) cos(1 )
cos(2 ) cos(1 )
b
h
2
0 I
B 23 (p) cos(1 ) cos(2 )
4 h
0 I a a
B 23 (p)
b a2 b2 a2 b2
4
2
0 I a
B 23 (p) 2
2b a2 b2
I a
B 23 (p) 0 k
b a b2
2
Logo:
B(p) 2 B12 (p) 2 B 23 (p)
I b I a
B(p) 2 0 k 2 0 k
a a2 b2 b a2 b2
20 I b a
B(p) + k
2
a b 2 a b
18
Conversão de Energia
Consideremos um condutor com corrente elétrica I num campo magnético de indução B .
Queremos determinar a força magnética sobre o condutor:
d(m) dq(C)
1 (m) (C)
dq d
dfmg dq u ^ B
Ou
dfmg d u ^ B
Mas d u = u d desde que orientemos d no sentido de u , isto é, no mesmo sentido da
corrente elétrica I. Então:
dfmg u d ^ B
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Conversão de Energia
Temos que:
dq d
e u
d dt
Portanto:
dq d dq
u
d dt dt
Como:
dq
I (valor instantâneo da corrente elétrica I)
dt
Logo:
uI
Assim:
dfmg I d ^ B
fmg I
d ^ B
Obs: Lembrar que d é sempre orientado no sentido da corrente elétrica I.
Exercícios
01) Dois condutores, retilíneos, infinitos, paralelos, afastados a uma distância h conduzem as
correntes elétricas I1 e I2 de sentidos opostos. Determine a força magnética sobre os dois
condutores por unidade de comprimento.
Solução:
fmg1 I1
d ^ B
20
Conversão de Energia
Onde B(p) é a indução magnética nos pontos do filamento 1. A corrente elétrica I1 não cria
campo magnético nos pontos do filamento 1. A corrente I2 cria nos pontos do filamento 1 a
indução:
0 I2
B(p)
2h
Logo:
I
B(p) 0 2 k
2h
e
d dx i Pois o filamento 1 está paralelo ao eixo x
Assim temos:
fmg1 I1 d ^ B p
I
fmg1 I1
dx i ^ 0 2
2h
k
I I x0
fmg1 0 1 2
2h
-j
x 0 1
dx
I I ˆ x x 0 = 0 I1 I2 (-j)
ˆ x x 1
fmg1 0 1 2 (-j) 0 0
2h x 0 1 2h
I I
fmg1 0 1 2
2h
ˆj [N]
fmg2 I2
d ^ B(p)
Onde B(p) é a indução magnética nos pontos do filamento 2. A corrente elétricas I2 não
cria campo magnético nos pontos do filamento 2. A corrente I1 cria nos pontos do filamento 2 a
indução:
21
Conversão de Energia
0 I1
B(p)
2h
Logo:
I
B(p) 0 1 k
2h
e
d dx i Pois o filamento 1 está paralelo ao eixo x
Assim temos:
fmg2 I2 d ^ B p
I
fmg2 I2
dx i ^ 0 2
2h
k
I I x 0 1
2h
ˆ
fmg2 0 1 2 (-j)
x0
dx
I I ˆ x x 0 1 = 0 I1 I2 (-j)
ˆ x 1 x
fmg2 0 1 2 (-j) 0 0
2h x0 2h
I I
fmg2 0 1 2
2h
ˆj [N]
As forças magnéticas fmg1 e fmg2 tem a mesma intensidade, a mesma direção, porém com
sentidos opostos. É uma ação e uma reação.
22
Conversão de Energia
02) Calcule a força magnética por unidade de comprimento sobre o condutor com corrente elétrica
de 50A. Os três condutores são retilíneos, infinitos e paralelos.
SOLUÇÃO
A indução num ponto P genérico do filamento com corrente elétrica de 50A vale:
B(p) B I1 (p) B I3 (p)
I
B(p) 0 1
2h12
k
0 I3
2h23
k
I I
B(p) 0 1 3 k
2 h12 h23
4 10 7 20 30
B(p) k
2 0,10 0, 20
B(p) 10 5 k [T]
fmg2 I2 d ^ B p
fmg2 50
dx ˆi ^ 10 5 k
dx
1
fmg2 50 10 5 ˆj
0
|
1
fmg2 50 10 5 ˆj x
0
23
Conversão de Energia
fmg2 50 10 5 ˆj 1 (0)
fmg2 50 10 5 ˆj [N/m]
02) Calcule a força magnética sobre cada lado na malha retangular da figura abaixo e a força
resultante sobre a malha. São dados: I = 20 A e B 0,50 i (T).
SOLUÇÃO:
d dx i Pois o filamento AB está paralelo ao eixo x
fmgAB I
d ^ B
24
Conversão de Energia
B
fmgAB 20 A
dx i ^ 0,50 i 0
fmgAB 0
d dy j Pois o filamento BC está paralelo ao eixo y
fmgBC I
d ^ B
C
fmgBC I
B
d ^ B =
0,1
fmgBC 20 0
dy j ^ 0,50 i
fmgBC 10 kˆ y0
0,1
fmgBC 10 kˆ 0,1 0
fmgBC 1, 0 kˆ [N]
d dx i Pois o filamento CD está paralelo ao eixo x
fmgAB I
d ^ B
D
fmgCD 20 C
dx i ^ 0,50 i 0
fmgCD 0
d dy j Pois o filamento DA está paralelo ao eixo y
25
Conversão de Energia
fmgDA I
d ^ B
A
fmgDA I
D
d ^ B
]
0
fmgDA 20 0,1
dy j ^ 0,50 i
fmgDA 10 kˆ 0
y 0,1
fmgDA 10 kˆ 0 0,1
fmgDA 1, 0 kˆ [N]
fmgRe s fmgAB fmgBC fmgCD fmgDA
fmgRe s 0 1, 0 kˆ + 0 1, 0 kˆ
fmgRe s 0 [N]
CONCLUSÃO:
Se a força resultante sobre a malha é nula, logo ela não esta sujeita a um movimento de
translação [f =m x a, onde f =0 e a 0]. Mas as forças sobre os lados BC e DA formam um
binário, logo age sobre a malha um conjugado, ou momento ou torque.
26
Conversão de Energia
03) Calcule o torque sobre a malha do exercício anterior em relação ao seu ponto central.
T AB 0 , pois fmgAB 0
Como o conjugado magnético é uniforme, a força fmgBC esta uniformemente distribuída ao
longo do lado BC. Então esta pode ser considerada como uma resultante aplicada no centro do
lado BC [ponto E da figura acima]. Logo:
T BC E F ^ fmgBC
Da figura vem:
E F 0,1 i
T BC 0,1 i ^ 1, 0 kˆ
TBC 0,1 j N.m
T CD 0 , pois fmgCD 0
A força pode ser considerada aplicada no ponto G, médio ao lado AD, pois B é uniforme.
T DA G F ^ fmgDA
Da figura vem:
G F 0,1 i
T DA 0,1 i ^ 1, 0 kˆ
T DA 0,1 j N.m
27
Conversão de Energia
T T AB T BC T CD T DA
T 0 0,1 j 0 0,1 j
T Re s 0, 2 j N.m
São dados: I 10 A
B 5 x 2 kˆ (T)
d dx i Pois o filamento AB está paralelo ao eixo x
fmgAB I
d ^ B
B
fmgAB 10 A
dx i ^ 5 x 2 kˆ
0,1
fmgAB 50 ˆj x 2 dx
0
0,1
fmgAB 50 ˆj
x3
3
0
fmgAB
50 ˆ
3
j 0,1 3
03
fmgAB
50
3
10 3 ˆj N
28
Conversão de Energia
d dx i dy j
fmgBC I
d ^ B
dx i dy j ^ 5 x
C
fmgBC 10 2
kˆ
B
C
fmgBC 50 B
x 2 dx j x 2 dy i
C
fmgBC 50 B
x 2 dy i x 2 dx j
C C
fmgBC 50 i
B
x 2 dy 50 j
B
x 2 dx
C
fmgBC 50 i
1 B
x 2 dy
Cuidado !!!!!
Temos duas variáveis: x, e y. Precisamos encontrar um artificio para deixar a integral com apenas
uma variável. Da figura temos que:
Onde:
B(x 0 , y 0 )
x 0 0,1
y0 0
0, 2
m tg () tg (´) 2
0,1
29
Conversão de Energia
Assim:
(y y 0 ) m (x x 0 )
(y 0) 2 (x 0,1)
y 2 x 0, 2
dy
2
dx
Logo:
dy 2 dx
Assim:
C 0 0
fmgBC 50 i x 2 dy = 50 i x 2 2 dx = 100 i x 2 dx
1 B 0,1 0,1
0
x3
100 3 100
fmgBC 100 i = i 0 0,13 = 10 3 i
1
3 3 3
0,1
100 3
fmgBC1 10 i (N)
3
C 0
fmgBC 50 j
2 B
x 2 dx = 50 j 0,1
x 2 dx
0
x3
50
fmgBC 50 j = 50 j 03 0,13 = 10 3 j
2
3 3
0,1
fmgBC2
50
3
10 3 j (N)
Logo:
C C
fmgBC 50 i B
x 2 dy 50 j B
x 2 dx
100 3
fmgBC
3
50
10 i
3
10 3 -j
fmgBC
50
3
10 3 2 i +j (N)
30
Conversão de Energia
d dy j Pois o filamento CA está paralelo ao eixo y
fmgCA I d ^ B
A
fmgCA 10 dy j ^ 5 x 2
kˆ
C
A
fmgCA 50 i x dy 2
C
Onde:
B(x 0 , y 0 )
x0 0
y 0 0, 2
m tg () tg (90)
Se uma reta for vertical então sua inclinação é de 90° consequentemente seu coeficiente
angular não existe, pois tg (90°) . Neste caso
sua equação é da forma x = constante. Assim:
x0
Logo:
A
fmgCA 50 i C
x 2 dy 0
fmgAB 0 N
31
Conversão de Energia
B B x i B y j B z k
Onde:
Bx = cte, By = cte e Bz = cte
d dy j Pois o filamento AC está paralelo ao eixo y
fmgAC I
d ^ B
j ^ B i B
C
fmgAC I dy x y
j B k
z
A
I B (k)
C
B i dy
fmgAC x z
A
I B i B k dy
a
fmgAC z x
a
I B i B k y|
a
fmgAC z x
a
fmgAC I B z i B x k a a
fmgAC 2 a I B z i B x k [N]
32
Conversão de Energia
Como o campo magnético é uniforme, fmgAC esta uniformemente distribuído no lado AC,
podemos então considera-lo como aplicado no ponto B, médio a AC.
O braço da fmgAC é (B-O), logo:
B O b ˆi
O torque da força fmgAC vale:
TAC (B O) ^ fmgAC
TAC b ˆi ^ 2 a I B z i B x k
TAC 2 a b I B x ˆj [N.m] [I]
d dx i Pois o filamento CE está paralelo ao eixo x
fmgCE I
d ^ B
dx ˆi ^ B i B
E
j B k
fmgCE I x y z
C
I B k B (j) dx
E
fmgCE y z
C
I B k B j dx
b
fmgCE y z
b
I B k B j x|
b
fmgCE y z
b
fmgCE I B y k B z j b b
fmgCE 2 b I B y k B z j [N]
Como o campo magnético é uniforme, fmgCE esta uniformemente distribuído no lado CE,
podemos então considera-lo como aplicado no ponto D, médio a CE.
O braço da fmgCE é (D-O), logo:
D O a j
33
Conversão de Energia
O torque da força fmgCE vale:
TCE (D O) ^ fmgCE
TCE a j ^ 2 b I B y k B z j
TCE 2 a b I B y i N.m [II]
d dy j Pois o filamento EG está paralelo ao eixo y
fmgEG I d ^ B
j ^ B i B
G
fmgEG I dy x y
j B k
z
E
I B (k)
G
B i dy
fmgEG x z
E
I B i B k dy
a
fmgEG z x
a
I B i B k y|
a
fmgEG z x
a
fmgEG I B z i B x k a a
fmgEG 2 a I B z i B x k [N]
Como o campo magnético é uniforme, fmgEG esta uniformemente distribuído no lado EG,
podemos então considera-lo como aplicado no ponto F, médio a EG.
O braço da fmgEG é (F-O), logo:
F O
b ˆi
O torque da força fmgEG vale:
TEG (F O) ^ fmgEG
TEG b ˆi ^ 2 a I B z i B x k
TEG 2 a b I B x ˆj [N.m] [III]
34
Conversão de Energia
d dx i Pois o filamento GA está paralelo ao eixo x
fmgGA I
d ^ B
dx ˆi ^ B i B
A
j B k
fmgGA I x y z
G
I B k B (j) dx
A
fmgGA y z
G
I B k B j dx
A
fmgGA y z
G
I B k B j x|
b
fmgGA y z
b
fmgGA I B y k B z j b b
fmgGA 2 b I B y k B z j [N]
Como o campo magnético é uniforme, fmgGA esta uniformemente distribuído no lado GA,
podemos então considera-lo como aplicado no ponto H, médio a GA.
O braço da fmgGA é (H-O), logo:
H O a j
O torque da força fmgGA vale:
TGA (H O) ^ fmgCE
TGA a j ^ 2 b I B y k B z j
TGA 2 a b I B y i N.m [IV]
T TAC TCE TEG TGA
T 2 a b I Bx ˆj + 2 a b I B i 2 a b I B ˆj
y x 2 a b I By i
35
Conversão de Energia
T 4 a b I B x ˆj - 4 a b I By i
T 4 a b I B x ˆj - B y i
[N.m] [V]
A 2a 2b = 4ab
A 4ab [VI]
Consideremos um versor n̂ normal a malha com sentido dado pela regra da mão direita
relativamente a corrente I. No caso da malha do exemplo, temos:
n̂ kˆ
Fazendo o produto vetorial n̂ ^ B temos :
n̂ ^ B kˆ ^ B x i B y j B z k
n̂ ^ B B x j B y i [VII]
36
Conversão de Energia
ˆ^B
TAIn [VIII]
ˆ é denominada momento magnético da malha. Então:
A parcela m A I n
T m^B [IX]
Concluímos que:
1- O torque sobre a malha será máximo quando m B , Isto é, quando a malha for //
(paralela) a indução B , ver figura a seguir:
2- O torque sobre a malha será nulo quando m // B , Isto é, quando a malha for
(perpendicular) a indução B , ver figura a seguir:
Esta é a posição de equilíbrio da malha [T=0]. Então, Quando a malha com corrente elétrica
I é colocada num campo magnético, sobre ela aparece um torque magnético que tende a leva-la
para uma posição tal que ela resulte perpendicular ao vetor campo magnético.
37
Conversão de Energia
Exercício
01) Consideremos um malha condutora retangular com corrente elétrica I=100 A num campo
magnético uniforme de indução B 3i 2j 5k .
Solução:
a) Calcule a Força magnética sobre cada lado da malha ?
d dy j Pois o filamento AC está paralelo ao eixo y
fmgAC I
d ^ B
C
fmgAC 100 A
dy j ^ 3i 2j 5k
38
Conversão de Energia
3 k 5 i dy
0,03
fmgAC 100
0,03
500 i 300 k y|
0,03
fmgAC
0,03
500 i 300 k 6 10
2
fmgAC
fmgAC 30 i 18 k [N]
Vamos calcular o Torque sobre o lado AC
O braço da fmgAC é (B-O), logo:
B O 2 10 2 i
O torque da força fmgAC vale:
TAC 2 10 2 i ^ 30 i 18 k
TAC 0,36 j [N.m]
d dx i Pois o filamento CE está paralelo ao eixo x
fmgCE I
d ^ B
E
fmgCE 100 C
dx i ^ 3i 2j 5k
2 k 5 j dx
0,02
fmgCE 100
0,02
500 j 200 k x|
0,02
fmgCE
0,02
500 j 200 k 4 10
2
fmgCE
20 j 8 k [N]
fmgCE
O braço da fmgCE é (D-O), logo:
39
Conversão de Energia
B O 3 10 2 j
O torque da força fmgCE vale:
TCE 3 10 2 j ^ 20 j 8 k
TCE 0,24 i [N.m]
d dy j Pois o filamento EG está paralelo ao eixo y
fmgEG I
d ^ B
G
fmgEG 100 E
dy j ^ 3i 2j 5k
3 k 5 i dx
0,03
fmgEG 100
0,03
500 i 300 k y|
0,03
fmgEG
0,03
500 i 300 k 6 10
2
fmgEG
30 i 18 k [N]
fmgEG
O braço da fmgEG é (F-O), logo:
F O 2 10 2 i
O torque da força fmgEG vale:
TEG 2 10 2 i ^ 30 i 18 k
TEG 0,36 j [N.m]
40
Conversão de Energia
d dx i Pois o filamento GA está paralelo ao eixo x
fmgGA I
d ^ B
E
fmgGA 100 C
dx i ^ 3i 2j 5k
2 k 5 j dx
0,02
fmgGA 100
0,02
500 j 200 k x|
0,02
fmgGA
0,02
500 j 200 k 4 10
2
fmgGA
20 j 8 k [N]
fmgGA
O braço da fmgGA é (H-O), logo:
H O 3 10 2 -j
O torque da força fmgGA vale:
TGA 3 10 2 -j ^ 20 j 8 k
TGA 0,24 i [N.m]
T TAC TCE TEG TGA
T 0,36 j 0,24 i 0,36 j 0,24 i
T 0,48 - i 0,72 j [N.m]
c) Calcule o momento magnético da malha ?
Consideremos um versor n̂ normal a malha com sentido dado pela regra da mão direita
relativamente a corrente I. No caso da malha do exemplo, temos:
n̂ kˆ
41
Conversão de Energia
A = 6 10 2 x 4 10 2 24 10 4 m2
Logo:
mA I n ˆ
m 24 10 4 100 kˆ
m 24 10 2 kˆ
d) Calcule o Torque pela equação T m ^ B e compare com o Torque Total do item (b) ?
T m^B
T
24 10 2 kˆ ^ 3i 2j 5k
T
0, 72 j +0,48 - i
T 0,48 - i 0,72 j
42
Conversão de Energia
CAPÍTULO 2
CIRCUITOS MAGNÉTICOS
43
Conversão de Energia
(1) Uma região onde B varia fortemente em função de H, sendo que a parte central (50 a
200 a/m) dessa região a curva é quase linear.
(2) Uma região de transição bastante não linear, (200 a 400 A/m), denominada joelho da
curva de magnetização
0 . É chamada
(3) Uma região de crescimento muito lento de B, quase linear de inclinação
região de saturação do material ferromagnético.
Normalmente o material ferromagnético é empregado na região anterior a saturação (até o
joelho da curva).
A relação B H é normalmente empregada nos materiais ferromagnéticos, porém o valor
da permeabilidade não é constante, definindo-se um valor para cada diferente estado de
magnetização. Por exemplo, para os estados A,B,C,D da figura, teremos:
BA 0.6
A 6 10-3
H A 100
BB 1.0
B 5 10-3
H B 200
BC 1.2
C 3 10-3
H C 400
44
Conversão de Energia
Vamos agora inverter o sentido do campo magnetizador H e aumentá-lo desde zero até –Hx.
Quando H= -Hx têm-se B=-Bx. É importante o estado desmagnetizado (-HC,O) para o qual o
material está totalmente desmagnetizado (B=0). Hc é denominado força coercitiva.
Removendo novamente o campo magnetizador o material descreve o trecho VW resultando
magnetizado com magnetismo residual –Br quando H=0.
Reaplicando o campo magnetizador Hx no sentido original, o material descreve a curva WX,
fechando o laço.
A rigor o laço de histerese só se fecha depois de repetido algumas vezes (4 a 5 vezes). Após
o fechamento ele é simétrico.
O valor do magnetismo residual Br depende do maior valor (Hx) do campo magnetizador.
45
Conversão de Energia
s
B . dS
s
B . n . dS
Sendo n o vetor unitário para fora da área elementar dS da superfície conforme
apresentado na figura abaixo:
Um caso particular de grande interesse é dado pelas seguintes características: B é
constante em magnitude e em qualquer lugar B é também perpendicular à superfície da área dada
por A. Neste caso tem-se que:
B .A ⇒ B
A
46
Conversão de Energia
Como no SI a unidade do fluxo magnético é o Weber (Wb), pode-se dizer que a unidade
da densidade de fluxo magnético no SI é também dada por Wb/m2, ou seja:
Wb
1T 1
m2
47
Conversão de Energia
intensidade de corrente, o seu valor aumenta e atinge o valor máximo de 6000 a 6500 (quando o
material satura). Aumentando mais a intensidade de corrente, o seu valor diminui.
O permalloy (liga de ferro e níquel) tem um valor inicial de 6000 e máximo de 80 000.
Vejamos agora algumas substâncias não magnéticas.
As substâncias paramagnéticas têm valores da permeabilidade relativa ligeiramente
superiores a 1. Para o ar é de 1,000 000 37. Como se vê, é um valor muito próximo do
correspondente ao vazio.
Para o alumínio é 1,000 02.
As substâncias diamagnéticas têm valores da permeabilidade relativa ligeiramente inferiores
a 1. Para a água é 0,999 991 e para o cobre é 0,999 990.
2- Em cada ramo do C.M. (trecho de C.M entre 2 nós, desde que seja um só material e de
seção reta transversal uniforme), B, H, M são considerados constantes.
48
Conversão de Energia
4- B , H , M , normais a secção reta transversal a cada ponto do ramo.
as 4 1 5 1 28 cm = 0,28 m
Sas 2 4 8 cm2 = 8 10 4 m2
O circuito magnético tem (1) malha, (0) nós e (1) ramo. A lei circuital de Ampere aplicada
ao CM resulta:
H d i()
Como consideremos H constante em todo o ramo e d com direção paralela a linha
resulta:
H d H
49
Conversão de Energia
Mas:
i() N I
Portanto:
H N I
Na curva de magnetização de aço silício, para Bas = 0,60 T obtemos Has = ????
Para Bas = 0,60 T, obtêm-se na curva de magnetização de aço silício Has = 100 A/m
Logo:
Has as N I
Has as 100 0, 28
I 0,14A
N 200
B n
s
ˆ ds = B ds = B S
s
Portanto:
B as S as
0, 60 8 10 4 4, 8 10 4 Wb
50
Conversão de Energia
N 200 4, 8 10-4
L 685, 7 10-3H
I 0,14
L 685, 7 mH
Na curva de magnetização de aço silício, para Bas = 1,00 T obtemos Has = ????
Para Bas = 1,00 T, obtêm-se na curva de magnetização de aço silício Has = 200 A/m
Logo:
H 200 0, 28
I 0, 28A
N 200
B S = 1, 00 8 10 4 8 10 4 Wb
51
Conversão de Energia
N 200 8 10-4
L 571, 4 10-3H
I 0, 28
L 571, 4 mH
52
Conversão de Energia
H d
as
H d
o
H d Has as Ho o
Has as Ho o N I
o 1mm 0,001 m
as 0,28 - 0,001 0,279 m
B as S as B o S o
53
Conversão de Energia
Uma regra prática, válida quando se tem entreferros pequenos, consiste em se adicionar a
cada dimensão linear da sapata de aço silício o comprimento do entreferro:
Na curva de magnetização de aço silício, para Bas = 0,60 T obtemos Has = ????
Para Bas = 0,60 T, obtêm-se na curva de magnetização de aço silício Has = 100 A/m
54
Conversão de Energia
B as S as B o S o
Sas
B o B as
So
8
B o 0, 60 0,5574 [T]
8, 61
Como:
B o o Ho
Bo
Ho Onde: 0 é a permeabilidade magnética no vácuo e vale:
o
Wb
0 4 10 7
A m
Logo:
Bo 0,5574
Ho
o 4 10 7
Has as Ho o N I
Has as Ho o
I
N
I 2,219 A
B as S as 0, 60 8 10 4 4, 8 10 4 Wb
N 200 4, 8 10-4
L 43, 26 10-3H
I 2,219
L 43, 26 mH
55
Conversão de Energia
Na curva de magnetização de aço silício, para Bas = 1,00 T obtemos Has = ????
Para Bas = 1,00 T, obtêm-se na curva de magnetização de aço silício Has = 200 A/m
Temos agora:
B as S as B o S o
8
B o 1, 00 0, 9291 [T]
8, 61
e
Bo 0, 9291
Ho
o 4 10 7
Calculando a corrente:
Has as Ho o
I
N
I 3,984 A
56
Conversão de Energia
B as S as 1, 00 8 10 4 8 10 4 Wb
N 200 8 10-4
L 43, 26 10-3H
I 3,984
L 43, 26 mH
Exercício 01)
a) Bas = 0,60 T b) Bas = 1,00 T
I =0,14 A I =0,28 A
L = 685,7 mH L = 571,4 mH
1, 00 0, 60
B 100 66, 7%
0, 60
571, 7 685, 7
L 100 16, 7%
685, 7
0, 28 0,14
I 100 100%
0,14
Exercício 02)
a) Bas = 0,60 T b) Bas = 1,00 T
I =2,219 A I =3,984 A
L = 43,26 mH L = 571,4 mH
1, 00 0, 60
B 100 66, 7%
0, 60
XXXX 43, 26
L 100 XXx%
XXX
3,984 2, 219
I 100 44, 30%
3,984
Se o CM fosse linear, Quanto maior for mais não linear é o CM, comparando os resultados dos 2
exercícios concluímos que o entreferro tem a qualidade de linearizar o CM, então tal linearização
não seja de 100%
57
Conversão de Energia
Exercício 03:
a) Determine a corrente na bobina de 500 espiras quando a indução magnética do aço fundido é
de 0,30 T;
b) Determine a auto-indutância da bobina de 500 espiras, na condição (a);
Uma 2ª bobina de 1000 espiras é enrolada em torno de uma das traves do circuito magnético;
c) Determine a indutância mutua;
d) Determine a indutância própria da bobina de 1000 espiras na condição (a);
a)
O comprimento médio do circuito magnético no aço fundido e no aço silício valem:
af 8a 0,16m
as 17a 0,34m
2
Saf 3a 2a 6a2 6 2 10 2 24 cm2 = 24 10 4 m2
2
Sas 3a a 3a2 3 2 10 2 12 cm2 = 12 10 4 m2
58
Conversão de Energia
O circuito magnético tem (1) malha, (0) nós e (2) ramo. Como há apenas uma malha, só há
um fluxo. Logo:
B as S as B af S af
Saf
B as B af
Sas
24 10 4
B as 0, 30 0, 6 [T]
12 10 4
Na curva de magnetização de aço silício, para Baf = 0,30 T obtemos Haf = ????
Para Baf = 0,30 T, obtêm-se na curva de magnetização de aço silício Haf = 250 A/m
59
Conversão de Energia
Na curva de magnetização de aço silício, para Bas = 0,60 T obtemos Has = ????
Para Bas = 0,60 T, obtêm-se na curva de magnetização de aço silício Has = 100 A/m
Sejam Has e Bas a intensidade e a indução no aço silício e Haf e Baf a intensidade e a indução
no aço fundido:
Calculando a corrente:
Has as Haf af N I
Has as Haf af
I
N
I 0,1480 A
60
Conversão de Energia
B as S as B af S af
B as Sas 0, 60 12 10 4 7, 2 10 4 Wb
1 N1 500 7, 2 10 4 0, 36 Wb
O fluxo é produzido pela corrente I1, que é criado na bobina de N1 espiras. A indutância
própria (auto-indutância) na bobina de N1 = 500 espiras vale:
1 0, 36
L1 2,4324 H
I1 0,1480
L1 2,4324 H
2 N2 1000 7, 2 10 4 0, 72 Wb
Este fluxo concatenado é produzido pela corrente I1. Então a indutância mutua vale:
2 0, 72
M 4, 866 H
I1 0,1480
d) Para calcular a indutância própria da bobina de N2 =1000 espiras precisamos fazer I1=0 e
calcular a corrente da bobina de N2 espiras para se ter Baf = 0,30 T.
Temos que:
Baf = 0,30 T Haf = 250 (A/m)
Bas = 0,60 T Has = 100 (A/m)
Se I1 =0 e I2 0 temos:
Has as Haf af N2 I2
Has as Haf af
I2
N2
I2 0,074 A
61
Conversão de Energia
B as S as B af S af
B as Sas 0, 60 12 10 4 7, 2 10 4 Wb
2 N2 1000 7, 2 10 4 0, 72 Wb
2 0, 72
L2 H
I2 0, 074
L1 9,72 H
1 0, 36
M 4, 866 H
I2 0, 074
Exercício 04:
Determine a indução magnética no aço fundido quando a corrente na bobina de 500 espiras é de
200 mA.
62
Conversão de Energia
a a a a
as 5a 5a 5a 17a
2 2 2 2
as 17 2 10 2 34 10 2 0, 34 m
Sas a 3a 3a2
2
Sas 3 2 10 2 12 10 4 m2
a a
af a 5a a 8a
2 2
af 8 2 10 2 16 10 2 0,16 m
Saf 2a 3a 6a2
2
Saf 6 2 10 2 24 10 4 m2
Fluxo
B as S as B af S af
B as 12 10 4 B af 24 10 4
B as 2 B af eq(I)
Circuitação
Haf af Has as N I
0,16 Haf 0, 34 Has 500 0,2
Gráficos
Curva do aço silício eq(III)
Curva do aço fundido eq(IV)
63
Conversão de Energia
B as 2 B af eq(I)
0,16 Haf 0, 34 Has 100 eq(II)
64
Conversão de Energia
CAPÍTULO 3
TRANSFORMADORES
1.4. INTRODUÇÃO
65
Conversão de Energia
Fig. 3.1 - Transmissão de energia elétrica, desde a geração até o consumidor final
66
Conversão de Energia
1.5. OBJETIVO
Aplicando nos extremos de qualquer destes enrolamentos a tensão alternada que se quer
transformar V1, gera-se nos extremos do outro a tensão transformada V2. A relação entre estas
duas tensões chama-se relação de transformação do transformador.
O enrolamento alimentado pela tensão V1 que se quer transformar chama-se enrolamento
primário e o outro que fornece a tensão transformada V2, chama-se enrolamento secundário.
Analogamente as tensões V1 e V2 são denominadas comumente de tensão primária e secundária.
As correntes I1 e I2 que atravessarão os dois enrolamentos constituem respectivamente a corrente
primária e secundária do transformador. Como se sabe, os fenômenos de mútua indução são
reversíveis, portanto nenhuma distinção pode ser feita entre o circuito primário e secundário, pois
os dois enrolamentos podem funcionar indiferentemente como primário ou secundário, bastando
alimentar um ou outro.
67
Conversão de Energia
68
Conversão de Energia
Transformador Monofásico:
ou
Transformador Trifásico:
ou
69
Conversão de Energia
Autotransformador:
ou
Transformador de Corrente:
ou
Onde:
V1 = tensão aplicada nos terminais da entrada (primária);
E1 = tensão induzida no primário;
N1 = número de espiras do primário;
I1 = corrente no primário;
V2 = tensão nos terminais de saída (secundário);
E2 = tensão induzida no secundário;
N2 = numero de espiras do secundário;
I2 = corrente no secundário.
70
Conversão de Energia
E1 N1
a
E2 N2
As tensões terminal de entrada e saída (V1 e V2) diferem muito pouco das f.e.m. induzidas
(E1 e E2) e para fins práticos podemos considerar:
V1 N1
a
V2 N2
N1 I2
a
N2 I1
Onde:
I1 = corrente no primário;
I2 = corrente no secundário.
71
Conversão de Energia
Exemplo 01: Se a tensão de entrada for 115 VRMS, a corrente de saída de 1,5 ARMS e a relação de
espiras 9:1. Qual a tensão no secundário em valores de pico a pico? E a corrente elétrica no
primário?
Solução:
V1 N1 115 9
a V2 12, 8 VRMS
V2 N2 V2 1
VP 12, 8 2 = 18 V
VPP 18 2= 36 V
N1 I2 9 1,5
a I1 0,167 ARMS
N2 I1 1 I1
Obs.: A potência elétrica de entrada e de saída num transformador ideal monofásico é igual,
podendo ser calculada como descrita abaixo:
PP PS
VP IP = VS IS
Perdas no cobre
São perdas que surgem pela passagem de uma corrente (I) por um condutor de
determinada resistência (R), estas perdas são representadas pela expressão R I 2 e dependem da
carga aplicada ao transformador.
72
Conversão de Energia
WK 10 7. . B1,6
m . f . V
73
Conversão de Energia
Perdas por correntes parasitas vêm a ser o consumo de energia pela corrente que é induzida
no ferro do transformador pelo alternamento do fluxo que o atravessa.
Assim como no caso das perdas parasitas no material condutor dos enrolamentos, o fluxo
indutor variável induz no ferro forças eletromotrizes que por sua vez farão circular correntes
parasitas em circuitos elétricos fechados; estas são proporcionais ao quadrado da indução.
A fim de se reduzir esta perda de potência é necessária construir-se o núcleo com lâminas
de ferro. Com esta construção, o valor da f.e.m. produzida em cada lâmina é pequeno e atua
sobre um circuito elétrico de pequena seção, o que reduz consideravelmente o valor das correntes
parasitas e a correspondente perda de potência.
As perdas dependem do quadrado da espessura da chapa, motivo este que exige que esta
seja a menor possível. São diretamente proporcionais ao quadrado da indução e da frequência, por
cuja razão estas perdas fixam valores limites para a indução magnética, não permitindo usar
valores elevados.
A perda de potência produzida pelas correntes parasitas é expressa em watts pela seguinte
equação:
2
WP 10 12. . B 2 . f 2 . 2 . . s
8
74
Conversão de Energia
Para transformar a tensão de uma fonte trifásica, pode ser utilizada uma bancada de
transformadores monofásicos (de mesma potência em KVA, mesma relação de transformação e
tensões defasadas de 120°), como indicado na Fig. 3.5.
Tal sistema de aproveitamento não é, entretanto, usado na prática, pois, é preferível usar-
se o sistema agrupado, como veremos nas Figs. 3.6 e 3.7. Em primeiro lugar devemos observar
que o aproveitamento com as fases separadas requer 6 condutores, já com o sistema agrupado
será necessário 3 ou 4 condutores.
Os transformadores trifásicos podem ser encontrados com dois tipos de ligação: estrela (Y)
e/ou triângulo () com as diversas combinações no primário e no secundário. No entanto, o mais
comum nos sistemas de distribuição, é o transformador com o primário ligado em triângulo e o
secundário ligado em estrela, pois a presença do condutor “neutro”, permite a utilização de dois
níveis de tensões para atender o consumidor.
Se ligarmos os três sistemas monofásicos entre si, como indicado na Fig. 3.6, podemos
eliminar três fios, deixando apenas um em cada ponto de ligação, e o sistema trifásico ficará
reduzido a três fios A, B e C. Temos assim um sistema triângulo ().
A tensão de qualquer destes três fios chama-se tensão de linha (VL = VAB = VBC = VCA),
que é a tensão nominal do sistema trifásico. A corrente em qualquer um dos fios chama-se
corrente de linha (IL).
75
Conversão de Energia
A corrente em cada fio de linha, ou corrente de linha é a soma das correntes das
duas fases ligadas a este fio, lembrado que esta soma deverá ser fasorialmente. Em módulo:
IL 3 . If 1, 732 . If .
Onde:
IL = IA = IB = IC
VL = Vf = VAB = VBC = VCA
Exemplo:
Em um sistema trifásico equilibrado em ∆ de tensão nominal 220 V, a corrente de linha
medida é de 10 A. Ligando a este sistema uma carga trifásica composta de três cargas iguais
ligadas em triângulo, qual a tensão e a corrente ligada em cada uma das cargas?
Temos:
IL 3 . If 1, 732 . If
1 1
If IL I 0,577 IL 0,577 10 5, 77 A
3 1, 732 L
76
Conversão de Energia
Ligando um dos fios de cada sistema monofásico a um ponto comum aos três restantes,
forma-se um sistema trifásico em estrela, como indicado na figura 1.7, e o ponto comum forma o
neutro.
O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases. A tensão de linha é a tensão
nominal do sistema trifásico, e a corrente de linha é a corrente em qualquer um dos fios.
Examinando o esquema da Fig. 3.7, observa-se que:
A tensão entre dois fios quaisquer do sistema trifásico é a soma fasorial das tensões
de duas fases às quais estão ligados os fios. Em módulo:
VL 3 . Vf 1, 732 . Vf .
Exemplo:
Três cargas iguais, sendo elas feita para ser ligada a uma tensão de Vf = 220V, absorvendo
5,77 A. Qual a tensão nominal do sistema trifásico que alimenta esta carga em suas condições
normais (220V e 5,77A) e qual a corrente de linha ?
Temos:
IL If 5, 77 A
77
Conversão de Energia
Em um sistema elétrico, temos três tipos de potência: potência aparente, ativa e reativa.
Estas potências estão intimamente ligadas de tal forma que constituem um triângulo, o chamado
triângulo das potências, como indicado na Fig. 3.8.
Exemplo:
Cálculo da potência aparente requerida por dois equipamentos com fator de potência.
P 1000
Aparelho 1 cos 2000 VA
S 0, 5
P 1000
Aparelho 2 cos 1087 VA
S 0, 92
78
Conversão de Energia
Conclusão:
Verificamos que o equipamento 2, que possui o maior fator de potência, requer apenas
1.087 VA, enquanto que o equipamento 1 requer 2.000 VA de potência aparente.
Um transformador é dimensionado pela potência aparente (S), e por aí nota-se a
importância da manutenção em um fator de potência elevado em uma instalação elétrica. As
potências de um transformador monofásico e de um trifásico esta mostrado na tabela 3.1.
P 3 VF IF cos
Potência Ativa P V I cos
(W) P 3 VL IL cos
Q 3 VF IF sen
Potência Reativa Q V I sen
(Var) Q 3 VL IL sen
Potência Aparente S P 2 Q2 S P 2 Q2
(VA) S V I S 3 VF IF 3 VL IL
Q Q
arctg arctg
P P
Fator de Potência
P P
fp cos fp cos
S S
79
Conversão de Energia
1.20. NÚCLEO
80
Conversão de Energia
a) Aberto
Este tipo de núcleo é o mais barato, pois o primário e o secundário são enrolados sobre um
núcleo cilíndrico, como mostrado na fig. 1.10. Parte do circuito magnético é constituída pelo
núcleo, e outra parte pelo ar. Como o ar se opõe ao campo magnético, o acoplamento magnético é
diminuído. O transformador com núcleo aberto é, portanto ineficiente e nunca é usado para
transmissão de energia.
b) Envolvido
O núcleo envolvido, ver Fig. 3.11, melhora a eficiência do transformador por oferecer mais
ferro e menos ar ao campo magnético, aumentando assim o acoplamento magnético.
81
Conversão de Energia
c) Envolvente
O núcleo envolvente aumenta ainda mais o acoplamento magnético, e, portanto a eficiência
do transformador, pois proporciona dois caminhos magnéticos paralelos, permitindo assim, o
máximo acoplamento entre o primário e o secundário, ver Fig. 3.12.
1.21. BOBINAS
82
Conversão de Energia
83
Conversão de Energia
1.22. COMUTADOR
a) Objetivos
Todos os transformadores de potência acima de 20 kVA e tensão acima de 6 kV são
construídos de maneira a trabalhar imerso em óleos isolantes, como indicado na Fig. 3.16. O óleo
tem como objetivo atender duas finalidades: garantir um perfeito isolamento entre os
componentes do transformador; e dissipar para o exterior o calor proveniente do efeito Joule nos
enrolamentos, assim como do núcleo.
Para que o óleo possa cumprir satisfatoriamente as duas condições acima, ele deve ser
testado e apresentar boas condições de trabalho.
84
Conversão de Energia
b) Generalidades
Os óleos usados em transformadores correspondem aos minerais, que são obtidos da
refinação do petróleo. Esses óleos podem ser conseguidos com uma grande gama de variação em
suas propriedades físicas.
O óleo deve ser testado quanto aos seguintes aspectos:
Comportamento químico: O óleo deve ser testado em condições as mais parecidas
possíveis com as de trabalho. Justifica-se esse ensaio pelo fato de o comportamento químico
do óleo ser alterado por condições externas, tais como, aquecimento, oxidação,
envelhecimento, etc.
Rigidez dielétrica: Todos os ensaios anteriores devem ser feitos periodicamente nos
transformadores em uso, mas facilmente pode-se notar que a importância e a necessidade
do teste de rigidez dielétrica são bem grandes. Vale dizer que, sob o efeito de oxidação,
retenção de umidade, elevadas temperaturas, etc., o óleo vai perdendo suas qualidades
isolantes. Geralmente, formam-se produtos lamacentos escuros, conhecidos por lama, que
alteram as propriedades do óleo. Analisador de rigidez dielétrica é o nome do aparelho
utilizado para medir a rigidez dielétrica do óleo isolante.
85
Conversão de Energia
maneira aumentar muito a superfície de contato com o ar exterior, com o que se melhora a
transmissão por convecção e por radiação.
86
Conversão de Energia
Devem ser feitas de elastômero resistente à do óleo aquecido à temperatura de 105 C, à
ação da umidade e dos raios solares.
1.26. BUCHAS
87
Conversão de Energia
1.27. TANQUES
O tanque do transformador, como indicado na Fig 3.20, além de ser o recipiente que contém
as partes ativas, isoladores, e óleo, é o elemento que transmite para o ar, o calor produzido pelas
perdas.
O formato do tanque varia de redondo para os transformadores de distribuição de baixa
potência, a oval e retangular para os transformadores de médias e grandes potências.
De acordo com a quantidade de calor que deve ser liberada, os transformadores têm o
tanque liso, nervurado ou equipado com radiadores. Os radiadores podem ser tubulares ou em
forma de câmara plana.
1.28. PINTURA
88
Conversão de Energia
O transformador deve ser provido de uma placa de identificação metálica, como indicado na
Fig. 3.21, à prova de tempo, em posição visível, sempre que possível do lado de baixa tensão. A
placa de identificação deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
89
Conversão de Energia
1.30. ACESSÓRIOS
90
Conversão de Energia
91
Conversão de Energia
92
Conversão de Energia
Hipóteses:
Não há perdas ôhmicas – a resistência dos enrolamentos é nula.
Não há perdas no núcleo – não há histerese nem correntes parasitas.
Não há dispersão de fluxo magnético – todo o fluxo Ø esta confinado no núcleo e é
concatenado com ambas as bobinas.
Tensões e correntes são senoidais V 1 ; V 2 ; I 1 ; I 2 são fasores.
Relações:
V1 N I
1 2 a
V2 N2 I1
Potências:
S1 S2 V1 I1 V2 I 2
93
Conversão de Energia
Onde:
R1 e R2 Resistências que representam as perdas ôhmicas nos enrolamento (perdas no
cobre) primário e secundário, respectivamente;
X1 e X2 Reatâncias que representam à dispersão de fluxo no primário e secundário,
respectivamente;
R0 As correntes de Foucalt e de histerese são provocados no núcleo e por isso são
representadas por R0;
X0 A reatância esta no modelo devido à corrente magnetizante Iμ. O ramo que contem
esta bobina é percorrido por esta corrente que será necessária para criação do fluxo e em nada
conta para a alimentação da carga.
a Razão de espiras;
V1 Tensão terminal no primário;
V2 Tensão terminal no secundário;
94
Conversão de Energia
Como:
V2
Z2
I2 (1)
e
l
V2 N1 I2
l
V2 N2 I2 (2)
Logo:
l N2
V2 V2 *
N1 (3)
e
l N1
I2 I2 *
N2 (4)
Levando (3) e (4) em (1), vem:
95
Conversão de Energia
• l
N2
V2 * 2
• N1 • • l N 22 • l • N1
Z2 Z2 Z2 * 2 Z2 Z2 *
•l
I2 *
N1 N1 N2
N2
• l •
Z 2 Z 2 * a2
Para a tensão e corrente referenciada ao primário, de (2) vem:
• l • N1 • l •
V2 V2 * V2 a * V2
N2 e
l N2 l I2
I2 I2 * I2
N1 a
Neste caso:
l Z1
Z1 2
a
l V1
V1
a
e
l
I1 I1 * a
96
Conversão de Energia
Inicialmente utiliza-se o lado de BT, no qual é inserida a tensão de operação deste lado
(tensão nominal do enrolamento), mantendo o lado de Alta Tensão (A.T.) em aberto. Determina-se
a temperatura do trafo e do liquido isolante (se existir).
São utilizados ainda um wattímetro um amperímetro e um voltímetro, para determinar a
tensão, corrente e potência ativa do lado de baixa tensão (B.T.).
Assim como mostra a figura a seguir, obteremos as seguintes medidas:
Tensão à Vazio: V0
Potência à Vazio: P0
Corrente à Vazio: I0
97
Conversão de Energia
Figura 3.28 - Modelo do trafo referido para o lado de baixa tensão (B.T.)
Figura 3.29 - Modelo do trafo referido para o lado de baixa tensão (B.T.) com I2’=0
V0 2
Rp
P0
e
V0 V0
Xm
Im I0 2 Ip 2
V0
Xm
2
P
I0 0
2
I0
98
Conversão de Energia
P0 P0
c os
S0 V0 I0
Onde:
S0 V0 I0
I p I0 C os
A corrente de magnetização:
I m I0 Sen
V0 V0
Rp
I p I0 Cos
e
V0 V0
Xm
I m I0 Sen
OBS.: Usualmente, é interessante aplicar a tensão de teste ao enrolamento que tiver uma
tensão nominal igual àquela da fonte de potência disponível. Nos transformadores elevadores de
tensão, isto significa que a tensão de circuito aberto do segundo enrolamento será maior do que a
tensão aplicada, algumas vezes até muito elevada. Cuidados então devem ser tomados para isolar
os terminais deste enrolamento, tanto para segurança do pessoal que executa o teste, quanto para
99
Conversão de Energia
prevenir que estes terminais não se fechem por meio de outros circuitos elétricos, instrumentos,
terra, etc.
A perda de potência a vazio é igual à leitura no Wattímetro neste teste; a perda do núcleo é
obtida subtraindo-se desta leitura as perdas ôhmicas no primário, a qual é usualmente pequena e
pode ser desprezada em muitos casos. Assim, de P0, I0 e V0 são: a potência, a corrente e a
tensão de entrada, então a perda no núcleo será dada por:
PC = P0 - I02 R1
Figura 3.32 - Modelo do trafo referido para o lado de alta tensão (A.T.)
100
Conversão de Energia
Simplificando, temos:
Figura 3.33 - Modelo do trafo referido para o lado de alta tensão (A.T.)
Onde:
Zcc Zeq R cc jX cc
Vcc
Zcc
Icc
e
R cc R eq R 1 R '2
jX cc jX eq jX1 jX '2
Pcc
R cc 2
Icc
Vcc
Zcc
Icc
X cc Zcc
2
R cc
2
2 2
V P
X cc cc 2cc
Icc Icc
101
Conversão de Energia
Vamos nos deter apenas no rendimento em potência. Esse rendimento por unidade é
definido como:
Esta última equação é aplicada para motores e geradores e também para transformadores.
Sendo que:
Onde:
V
2
PFerro R eq I'2
2
Pcobre 1 e
Rp
Sendo que:
PSaida V2 I 2 cos 2
Logo:
Psaida V2 I 2 cos 2
100%
Pentrada V2 I 2 cos 2 PCobre PFerro
Vamos determinar para qual valor de carga [I2] o transformador tem máximo rendimento.
102
Conversão de Energia
Onde:
Re2 = resistência dos enrolamentos referida para o lado da carga Re2 = R2 + R`1
d
Teremos o máximo rendimento quando: 0
dI 2
Portanto:
Pnucleo R e2 I 2 2 0
Para se ter o máximo rendimento as perdas variáveis (Joule) devem ser iguais às perdas
fixas (núcleo).
Pnucleo
Pnucleo R e2 I 2 2 I2
R e2
Vvazio Vcarg a
R 100%
Vcarg a
103
Conversão de Energia
VP
Vs R eq Is jX eq Is
a
104
Conversão de Energia
Um diagrama do fasorial com fator de potência unitário é mostrado na figura a seguir. Aqui
outra vez, a tensão no secundário é menor do que a tensão no primário, dessa forma a regulação
de tensão é maior do que zero. Entretanto, esta vez o regulação de tensão é um número menor do
que era com uma corrente indutiva.
Se a corrente secundária for capacitiva, a tensão secundária pode ser mais elevada do que a
tensão no primário. Se isto acontecer, o transformador tem uma regulação de tensão negativa.
Veja a figura a seguir.
105
Conversão de Energia
EXERCÍCIOS
Solução:
Po Po
FPo cos o
So Vo Io
400
FPo cos o
8000 0, 214
I p Io C os o
I p 0, 214 0, 234
I p 0, 050 A
A corrente de magnetização:
I m I0 Sen
I m 0, 214 0,9723
I m 0,2081 A
106
Conversão de Energia
V0 V0
Rp
I p I0 Cos
8000
Rp 160000
0, 050
R p 160 k
e
V0 V0
Xm
I m I0 Sen
8000
Xm 38447
0.2081
8000
Xm 38,447 k
0.2081
Pcc
FPcc cos cc
Vcc
400
FPo cos o
8000 0, 214
Pcc Pcc
FPcc cos cc
Scc Vcc Icc
240
FPcc cos cc
489 2,5
107
Conversão de Energia
Temos que
Vcc
Zcc
Icc
489
Zcc 195,60
2,5
Pcc
R cc 2
Icc
240
R cc 38,40
2,52
R cc 38,40
X cc Zcc
2
R cc
2
X cc 191,79
108
Conversão de Energia
02) Um transformador de 15 kVA, 60 Hz, 2300:230 V, foi testado para determinar os componentes
do ramo de excitação, a impedância em serie e a regulação de tensão. Os seguintes dados dos
testes foram obtidos no lado primário do transformador:
A partir dos resultados dos ensaios, determine o circuito elétrico equivalente para o referido
transformador colocando o ramo de excitação e os demais elementos referenciados ao lado de alta
tensão. Considere que R1=R’2 e X1=X’2;
Calcule a regulação de tensão a plena carga para um fator de potencia de 0.8 indutivo, fator de
potencia 1.0 e fator de potencia de 0.8 capacitivo.
Trace o diagrama fasorial para as condições do item c)
Qual é a eficiência do transformador operando a plena carga com fator de potencia 0,8 indutivo ??
Solução:
Po Po
FPo cos o
So Vo Io
50
FPo cos o
2300 0, 21
I p Io C os o
I p 0, 21 0,1035
I p 0,0217 A
109
Conversão de Energia
A corrente de magnetização:
I m I0 Sen
I m 0, 21 0,9946
I m 0,2089 A
V0 V0
Rp
I p I0 Cos
2300
Rp 105800
0,0217
R p 105,80 k
e
V0 V0
Xm
I m I0 Sen
2300
Xm 11012
0,2089
X m 11,012 k
Pcc
FPcc cos cc
Vcc
400
FPo cos o
8000 0, 214
110
Conversão de Energia
Pcc Pcc
FPcc cos cc
Scc Vcc Icc
240
FPcc cos cc
489 2,5
Temos que
Vcc
Zcc
Icc
489
Zcc 195,60
2,5
Pcc
R cc 2
Icc
240
R cc 38,40
2,52
R cc 38,40
X cc Zcc
2
R cc
2
X cc 191,79
111
Conversão de Energia
01) Um transformador de 50 kVA, 60 Hz, 2400:240 V, é utilizado na conexão entre uma linha de
transmissão e um sistema de distribuição. Considere o transformador ideal e determine:
a) Que impedância de carga conectada nos terminais de baixa tensão corresponderá a carga
máxima? Resp. Z= 1,15 .
b) Qual o valor desta impedância referenciada ao lado de alta tensão do transformador?
Resp. Z’= 115 .
c) Qual é a corrente nos enrolamentos de alta tensão ? Resp. I= 20,8 A.
02) Um sistema monofásico de potência contem um gerador de 480V e 60 Hz, alimentando uma
carga de impedância ZC= 4 +j3 , através de uma linha de transmissão de impedância ZL= 0,18
+ j0,24 . Pergunta-se:
a) Qual a tensão nos terminais da carga ? Resp. VC= 453,8 Volts
Quanto vale as perdas na linha de transmissão ? Resp. PL= 1482,73 Watts
Qual é o rendimento do sistema ? Resp. = 95,59 %
b) Suponha-se que um transformador elevador de relação 1:10 seja colocado nos terminais do
gerador e que um transformador abaixador de relação 10:1 seja colocado nos terminais da carga.
Calcule:
A tensão nos terminais da carga ? Resp. VC= 479,7 Volts
A perda de potência na linha de transmissão ? Resp. PL= 16,57 Watts
E o rendimento do sistema ? Resp. = 99,95 %
112
Conversão de Energia
05) Um transformador de 60 Hz, tendo um enrolamento primário com 480 espiras, consome a
vazio 80 W de potência, com uma corrente de 1,4 A e uma tensão de entrada de 120 V. Se a
resistência do enrolamento primário é 0,25 . Determine:
a) Perda do núcleo? Resp. Pn= 79,51 W
b) O fator de potência a Vazio Resp. cos = 0,476
c) O máximo fluxo no núcleo ( despreze as quedas na resistência e na reatância do primário) ?
Resp. m= 0,94 Wb
A partir dos resultados dos ensaios, determine o circuito elétrico equivalente para o
referido transformador colocando o ramo de excitação e os demais elementos
referenciados ao lado de alta tensão. Considere que R1=R’2 e X1=X’2;
Determine o circuito elétrico equivalente para do transformador referenciado para o
lado de alta baixa.
Calcule a regulação de tensão a plena carga para um fator de potencia de 0.8 indutivo,
fator de potencia 1.0 e fator de potencia de 0.8 capacitivo.
Trace o diagrama fasorial para as condições do item c)
Qual é a eficiência do transformador operando a plena carga com fator de potencia 0,8
indutivo ??
07) Uma carga monofásica é suprida através de um alimentador de 33,0 kV (tensão nominal), cuja
impedância é (105,0 +j.360,0) , conectado a um transformador de 33000/2400 V, 60Hz, cuja
impedância equivalente é (0,26+j.1,08) , referenciada ao lado de baixa tensão. Despreze o ramo
de excitação no circuito equivalente para o transformador. A carga solicita 180,0 kW com fator de
potência 0,85 capacitivo, na tensão de 2250 V.
Calcular a tensão no alimentador no lado do gerador.
Calcular as potências ativas e reativas de entrada no alimentador do lado do gerador.
Quais as perdas no sistema de alimentação (alimentador + transformador)?
Nestas condições de operação, qual o rendimento do transformador?
08) Um transformador de 1000VA - 230/115-V foi testado para determinar seu circuito
equivalente. Os resultados dos testes são mostrados abaixo:
113
Conversão de Energia
a) Determine o circuito elétrico equivalente (valores de R1, R2 X1, X2, Xm e Rf) para o referido
transformador colocando o ramo de excitação e os demais elementos referenciados ao lado de
baixa tensão. Considere que R1=R’2 e X1=X’2 ;
114
Conversão de Energia
115
Conversão de Energia
CAPÍTULO 4
1º LEI DE OHM
4.1. INTRODUÇÃO
Em meados de 1800, na Alemanha, Georg Simon Ohm pesquisou a relação entre a tensão
existente sobre um simples circuito elétrico e a corrente através deste circuito. Ele descobriu que,
num circuito em que a resistência não variava com a temperatura quando ocorria aumento na
tensão, a corrente variava em proporção direta; Isto é, a relação entre a tensão e a corrente era
constante. Uma vez que a característica da tensão versus corrente é uma linha reta. Ver figura
116
Conversão de Energia
CAPÍTULO 5
POTÊNCIA ELÉTRICA
5.1. INTRODUÇÃO
117
Conversão de Energia
CAPÍTULO 6
2º LEI DE OHM
6.1. INTRODUÇÃO
118
Conversão de Energia
CAPÍTULO 7
LEIS DE KIRCHHOFF
7.1. INTRODUÇÃO
As leis de Kirchhoff, formuladas pelo físico alemão Gustav Kirchhoff (1824-1887), constituem
as bases para a análise de circuitos elétricos complexos. Entenda-se por circuitos complexos
aqueles cuja análise não pode ser feita recorrendo apenas à lei de Ohm (V = RI) e às regras de
combinação de resistências em série e em paralelo.
As duas leis de Kirchhoff para análise de circuitos são conhecidas pelas Lei dos nós e Lei
as malhas. A primeira lei é uma aplicação da lei da conservação da carga elétrica à corrente
elétrica no circuito e a segunda lei é uma aplicação do princípio de conservação de energia ao
potencial elétrico existente em várias partes do circuito.
119
Conversão de Energia
CAPÍTULO 8
BIBLIOGRAFIA
9. BIBLIOGRAFIA
120