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VILA VELHA
2014
DIANA PEREIRA SANTOS
VILA VELHA
2014
DIANA PEREIRA SANTOS
COMISSÃO EXAMINADORA
This study shall draw up a Participatory Action Plan for Urban Development for Ilha
das Flores neighborhood in Vila Velha / ES with a group of residents with a social
profile related to the affairs of the community participation. Its development comes
from the knowledge that a participative society generates the space’s appropriation
for collective use by transforming this community into the inspectors and
conservatives of actions in their neighborhood. Therefore it seeks to list all the
process used in communal reading developed in Ilha das Flores, with its challenges,
obstacles and results, by portraying the limits and possibilities in engaging individuals
in the actions of public management, from experiences with public participation in
urban development projects in the Brazilian scenario, we describe some methods of
popular participation in the development of actions that can be used when the intent
is the involvement of individuals in gathering information about an established site, as
well as the development of guidelines for urban development together with the
population of a particular locality. The objective is to demonstrate the opportunities
and qualities that the participatory process can have on urban planning, contributing
to the qualification of our cities.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 17
1 INTRODUÇÃO
O trabalho foi desenvolvimento no bairro Ilha das Flores, Vila Velha / ES, com um
grupo de moradores com perfil participativo nos assuntos da comunidade. A leitura
comunitária se deu em dois encontros com uma duração média de duas horas e
quarenta e cinco minutos, gerando no final um Plano de Ação Participativo.
Capítulo 2 – Trás uma contextualização onde o Brasil nas últimas décadas consolida
um histórico participativo no planejamento urbano. Mobilizados em mutirões,
indivíduos se reuniam para resolução de problemas locais, na construção de
estradas, escolas, postos de saúde, igrejas, dentre outros. Dessas experiências
destacamos os municípios de Lages/SC, Porto Alegre/RS, Boa Esperança e Vila
Velha no Espírito Santo. Traçamos um percurso de 1945 até a aprovação do
Estatuto das Cidades e criação do Ministério das Cidades, considerados um marco
na luta pela reforma urbana, organizado por movimentos populares.
população não tem noção que esse comportamento acaba privilegiando grupos
dominantes da sociedade. Deve-se atentar para a importância de dar atenção aos
anseios da população e envolvê-los nas tomadas de decisões, pois o sistema
vigente é estruturalmente viciado. Simples correções e adequações não são
suficientes para mudanças de estruturas representativas, pois medidas mais radicais
no sentido de uma maior democratização das decisões devem ser realizadas de
maneira mais determinada e consistente. A participação popular deve ocorrer de
maneira espontânea por parte da população, precisa ter caráter político-pedagógico,
afim de promover uma prática política e inteirar de uma consciência de direitos,
acima das eventuais melhorias materiais infra-urbanas.
Capítulo 5 – Traça um diagnóstico local do bairro Ilha das Flores desde a sua
formação histórica, uso e ocupação do solo, caracterização sócioeconômica, perfil
sociodemográfico dos moradores, equipamentos sociais e culturais do bairro.
Uma Pólis era composta por cidadãos nascidos dentro do território de cada
aglomeração urbana. Apenas estes tinham direito a voto e participação nas reuniões
comunitárias, cabendo ressaltar que naquele tempo as mulheres, os estrangeiros e
os escravos não tinham direito a esta participação.
Em 1850 o economista e filosofo inglês John Stuart Mill, começa a escrever sobre o
que deveria ser uma democracia participativa, a teoria da política liberal, defendendo
um grau de igualdade de poder e autoridade entre indivíduos e classes desiguais.
1
[...] ética social que assume, como valor básico, a politização da questão urbana, através da critica e
denúncia do quadro de desigualdade social que marca o espaço urbano das cidades [...] (SILVA,
1991, p. 7). As ações de pressão do movimento da Reforma Urbana dentre outras resultaram na
instituição do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e do Conselho Gestor do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social; na formulação das macro-políticas urbanas de Habitação,
Saneamento, Transporte, Mobilidade e Acessibilidade Urbana; na aprovação do projeto de Lei da
Política Nacional de Saneamento Básico; no processo de implantação e revisão participativa dos
Planos Diretores Municipais; dentre outras (Observatório das Metrópoles, 2012).
23
A emenda redigida em 1987, mesmo que em curto espaço de tempo, foi assinada no
final por seis entidades representativas: Articulação Nacional do Solo Urbano
(ANSUR), Federação Nacional dos Arquitetos (FNA), Federação Nacional dos
Engenheiros, Coordenação Nacional das Associações de Mutuários do BNH,
Movimento em Defesa do Favelado, Instituto dos Arquitetos do Brasil, e ainda o
apoio de 48 entidades estaduais e locais.
Essa crise abriu caminhos para uma mudança na política municipal e em 1972 a
família Ramos, após 42 anos no poder municipal, perde as eleições para Juares
Furtado do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Sua gestão baseou-se
nos pilares do "Milagre Econômico" e no ideal "Brasil Potência", muito apregoado
naquele período, direcionando sua administração na execução de grande obras que
beneficiaram o centro da cidade, como praças, calçadões e iluminação do estádio
(FERREIRA, 1991).
Dirceu decidiu então, promover reuniões em bairros para agilizar a solução dos
problemas mais comuns da população. Essa ação recebeu o nome de "Viva seu
Bairro", conforme aponta Ferreira (1991, p.7), designação que evoca o duplo sentido
29
Ainda de acordo com Ferreira (1991, p.7), a população não era tão exigente,
solicitava apenas máquinas passando na rua para tapar os buracos, bueiros que
corriam esgoto a céu aberto sendo desobstruídos, pequenas pontes para dar acesso
as suas casas, lâmpadas em postes, nada mais que isso.
Essa nova gestão da cidade trouxe uma intensa participação dos moradores,
configurando um grande sucesso. Em uma espécie de mutirão a prefeitura mostrava
competência, cumprindo com seu papel de modo ágil e eficaz. Enquanto os
moradores se dedicavam a ajudar os funcionários da prefeitura na execução dos
serviços, professoras se ocupavam em distrair as crianças com atividades infantis,
tornando essa ação um momento de festa e confraternização.
Com o slogan "Lages, a força do povo", a meta da gestão de Dirceu Carneiro era de
uma administração com participação popular (FERREIRA,1991). A prefeitura
percebeu que isso só seria possível de fato se a população se formasse em grupos
de associações para cada segmento local. Assim a prefeitura passou a incentivar a
formação desses grupos para representar a sociedade perante o órgão municipal,
tais como associações de moradores, núcleos agrícolas, associações de pais de
escolas municipais, associação de pequenos comerciantes, dentre outros.
A cidade de Porto Alegre, na década de 1960, sofria com a expansão das áreas
faveladas – geralmente ocupações em terrenos irregulares e clandestinos,
pertencentes tanto ao setor público quanto ao privado. Em 1964, com o início do
regime militar, os novos prefeitos adotavam um modelo de gestão autoritário,
expulsando todos os moradores de assentamentos precários para áreas longe da
cidade e não reconhecendo as necessidades da população carente, de modo a
prevalecer o interesse clientelista do governo (FEDOZZI, 2001).
Com a chegada ao poder de um partido que teve suas origens nos movimentos
sociais, no governo de Olívio Dutra em 1989, a gestão administrativa municipal
passa a trabalhar em um contexto de organização comunitária, tendo como eixo
central a participação popular nas administrações públicas e a busca de uma
interação da sociedade civil com os órgãos públicos.
para que toda a população definisse onde seriam aplicados os recursos municipais
de forma deliberativa.
Para Villacht (1985, p. 138), nas reuniões de trabalho comunitário, eram debatidos
problemas que poderiam ser solucionados pela comunidade sozinha, problemas que
deveriam ser resolvidos entre a comunidade e a prefeitura juntas e os que eram de
competência específica da prefeitura, ou demais órgãos e entidades competentes.
Dentro desse contexto e nos limites destas relações, verifica-se uma forma
avançada e pioneira de democracia direta, a partir de uma transformação
significativa da base econômica do Município. Da produção, da
democratização, do acesso e o do uso do poder político e da promoção do
desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade.
A experiência democrática do município de Vila Velha tem suas bases fundadas nos
movimentos comunitários, podendo ser analisada como uma ação progressiva de
democratização do sistema de decisões do poder local.
O terceiro período, que se estendeu até o final de 1985, teve como marco a
aprovação da lei municipal que institucionalizou a discussão democrática e
participativa do orçamento municipal.
No quarto período a relação das associações com o novo prefeito ficou inexistentes,
pois Carlos Malta defendia uma política clientelista, ligada as oligarquias do
município. Com isso as discussões orçamentárias foram deixadas de lado.
O que ocorre de acordo com Souza (2010, p.322) é que "hoje em dia, democracia
tornou-se, para muitos, simplesmente sinônimo de 'democracia' existente em todos
os países auto rotulados como 'democráticos'. No entanto, esse é apenas um tipo de
sistema ou regime democrático - o representativo [...]". Esse sistema assenta-se
sobre o princípio de poder decisório em prol de outrem. Souza (2010, p.325) define
de forma mais radical esse sistema quando diz que na democracia representativa,
"[...] parte-se do pressuposto de que não é viável que todos tenham direito de
participar diretamente da tomada de decisões [...]", segundo ele uma vez eleito pelas
massas, o representante teria o direito de decidir pelo coletivo livremente.
Souza (2006) também destaca que em âmbito geral, mesmo nos países
desenvolvidos, tanto a administração quanto o Legislativo não é transparente, uma
vez que as decisões são tomadas de portas fechadas sem o conhecimento público.
Os atos de corrupção por parte dos administradores e legisladores, quando
descobertos, dificilmente se desenrolam em perda de mandado, exceto nos casos
em que há um forte apelo sobre a opinião pública e que passam a ser explorados
maciçamente pela imprensa.
2
Conselho dos Quinhentos, constituído por quinhentos cidadãos escolhidos por sorteio, com mandato de um
ano, e subdividido em algo semelhante a comissões (SOUZA, 2010,p.323).
40
sua essência como ‘tomar parte de’, pode também significar uma forma de
intervenção, ingerência ou até a responsabilização dos habitantes na solução de
suas necessidades [...]”.
Essas pessoas não fazem ideia de que esse pode ser um comportamento
assaz funcional para um sistema de dominação que, de um modo ou de
outro, as prejudica, ao tolher sua liberdade; e essa cegueira e esse
comodismo são inoculados pela ideologia dominante, a qual encontra
guarita nos grandes meios de comunicação de massa e em grande parte da
intelligentsia.
3
[...] espaço de comunicação aberto pela interconexão global de computadores [...] (LÉVY, 200,p.64)
42
Em 2005, ações de pressão do movimento pela Reforma Urbana fizeram com que o
Ministério das Cidades promovesse Planos Diretores Municipais participativos,
abrindo espaço para a democratização das políticas de desenvolvimento urbano e
promovendo uma discussão pública das questões urbanas.
Burnett (2009, apud MARICATTO, 2011, p.159), analisando o conteúdo dos novos
Planos Diretores Participativos, aponta:
[...] uma pesquisa mais recente qualitativa sobre o teor de tais legislações,
apoiada pelo Ministério das Cidades e sob coordenação do Fórum Nacional
de Reforma Urbana [...] parece demonstrar que a maioria, senão a
totalidade dos planos diretores aprovados é peça discursiva, de conteúdo
genérico e sem aplicabilidade no que se refere aos instrumentos de
interesse popular.
Nos Planos Diretores tanto os problemas quanto as prioridades devem ser tratados
como questões políticas e não técnicas, devendo fazer parte das plataformas dos
movimentos populares e dos partidos políticos. "[...] O diagnóstico técnico servirá,
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Deve-se atentar para a importância ao ato de dar atenção aos anseios da população
e envolvê-los nas tomadas de decisões, pois o sistema vigente é estruturalmente
viciado. Simples correções e adequações não são suficientes para mudanças das
estruturas representativas, pois medidas mais radicais no sentido de uma maior
democratização das decisões devem ser realizadas de maneira mais determinada e
consistente. A participação popular deve ocorrer de maneira espontânea por parte
da população e precisa ter caráter político-pedagógico para, acima das eventuais
melhorias materiais infra-urbanas, promover uma prática política e inteirar de uma
consciência de direitos. Com isso, "[...] mesmo um eventual término ou declínio da
experiência participativa não impedirá que se herdem úteis ensinamentos e que a
lembrança da trajetória e dos acertos permaneça como referência positiva na
memória das lutas populares" (SOUZA, 2006, p.186).
Observa-se que,
Abers (1997, apud SOUZA, 2010), além disso, cita mais um obstáculo no campo da
participação popular, o qual seria a problemática da desigualdade, ligada à
dificuldade de participação voluntária da população em ações participativas, devido
principalmente às condições de vida da classe mais pobre. Esta, em geral, dispõe de
pouco tempo, de escassos recursos para se locomover e de uma pequena
capacidade na articulação de suas necessidades, se comparados com a classe
média. Cabe ao Estado articular situações que onerem em parte ou totalidade os
custos dos cidadãos mais carentes, buscando inseri-los no contexto das atividades
participativas das gestões municipais. Mecanismos também podem ser criados a fim
de minimizar o desinteresse da população em mobilizações participativas, buscando
levantar a autoestima dos cidadãos, bem como ajudá-los na articulação de suas
problemáticas de forma descontraída, utilizando metodologias abordadas no próximo
capítulo.
47
Na visão de Caccia (2013) para as questões urbanas, não se tem uma solução
pontual, sabe-se apenas que as transformações das cidades sempre partem de
territórios, de ações que surgem localmente.
48
Para Bordenave (1987), a participação não deve ser vista como instrumento de
resolução de problemas, mas como uma necessidade fundamental do ser humano,
visto que, "[...] se procurarmos a motivação dos participantes de uma atividade
comunitária qualquer, notaremos neles uma satisfação pessoal e íntima que com
frequência vai muito além dos resultados úteis de sua participação" (BORDENAVE,
1987, p. 15-16).
[...] participar vai muito além de estar presente. Participar significa tomar
parte no processo, emitir opinião, concordar/discordar. Em um processo
participativo, deve ocorrer o respeito as ideias de todos, sendo que todas as
contribuições devem ser valorizadas e voluntárias. Deverá haver um
envolvimento individual e permanente, considerando que a participação é
indivisível, devendo ocorrer em todo processo. A participação é um
processo, requer treino e, fundamentalmente, mudança de comportamento
e de atitude. Deverá haver atitudes e posturas adequadas, com muita
transparência e total acesso a todas as informações".
Para Brose (2010, p.10), quando se trabalha com foco na participação popular, os
métodos e técnicas são apenas instrumentos. "[...] Os instrumentos participativos
tem como função principal ajudar a estruturar as disputas sobre poder entre atores
sociais, torná-las mais transparentes e, dessa forma, contribuir para uma distribuição
mais equitativa de poder".
Sanoff (1999, p. 68, tradução nossa) aponta que, para que um trabalho comunitário
seja eficaz, é necessário a utilização de um conjunto de técnicas que visam integrar
profissionais e leigos , fazendo com que todos contribuam de forma criativa. "[...] Os
métodos são classificadas em cinco categorias principais: métodos de
conscientização, métodos indiretos, métodos de interação de grupo, métodos
abertos, e os métodos de debate".
4
Consistem geralmente de seis a dez pessoas cuidadosamente selecionadas com um facilitador, que
orienta a discussão de questões relevantes (SANOFF, 1999, tradução nossa).
51
Moderação;
Enfoque Participativo no Trabalho com Grupos;
Diagnóstico Rápido Participativo
Oficina do Futuro com Metodologia de Planejamento e Avaliação de Projetos
de Desenvolvimento Local;
Método dos 10 Passos;
O Planejamento Estratégico Situacional e Participativo;
Onze Passos do Planejamento Estratégico-Participativo;
O Método ZOPP para Planejamento e Gestão de Projetos;
Diagnóstico Participativo de Vantagens Competitivas;
Método de Autodiagnóstico das Potencialidades Municipais e Planejamento
de Ação (MAMPLA);
Método Bauru;
5
Um método de resolução de problemas verbal usado com pequenos grupos de 3 a 9 pessoas, com
as seguintes regras: gerar muitas soluções possíveis, incentivar ideias malucas e nenhuma crítica é
permitida (SANOFF, 1999, tradução nossa).
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Biomapas Comunitários;
Plano de Ação;
Busca Futura;
Visualização Guiada;
Imagine;
Modelo de Sustentabilidade Local;
Planejamento para a Realidade;
Mesa Redonda;
Cenários;
Modelo Colaborativo;
Charrette;
Células de Planejamento;
Visionamento;
Técnicas de Brainstorming verbal e escrita;
Jogos de Participação;
Dentre outros.
Elaborado pelo Instituto Elos (acesso 30 out. 2013), o Jogo Oasis consiste numa
ferramenta de mobilização participativa para construção e realização de sonhos
coletivos.
Composto por tabuleiros, cartas, personagens, cartazes e dinâmicas, esse jogo tem
o propósito de promover a vivência e construção de um objetivo. Sua metodologia
está baseada em sete disciplinas, distribuída num tabuleiro em forma de jogo:
54
De acordo com Cordioli (2001), essa ferramenta pode ser vista como um meio
organizado para processos de grupos mobilizando seus potenciais, além de fornecer
instrumentos para melhorar suas ações coletivas. Os princípios básicos do Enfoque
Participativo constituem-se no diálogo ativo, na problematização e na condução
compartilhada do processo.
No geral trabalha-se com quatro cores (branco, amarelo, laranja e verde), sempre
em cores claras que valorize a escrita. A tarjeta de cor azul ou verde pode indicar
um aspecto positivo, as potencialidades, os recursos; a cor amarela pode indicar
área que necessite de atenção; a cor laranja, rosa ou vermelho poderá indicar um
problema ou situação a melhorar. O essencial é que se tenha uma lógica no seu uso
e que seja entendida por todos os participantes.
Os formatos das tarjetas também são diferenciados para poder indicar uma
coerência na apresentação e registro das informações. As tarjetas possuem a forma
de nuvem, oval, retangular, circular, sextavada e tiras. Os usos são definidos da
seguinte maneira: retangulares (10,5 x 21,5 cm) para registrar contribuição/
informação precisa; tiras (10,5 x 55 cm) apropriadas para os títulos, frases,
comentários, resumos ou propostas; ovais (10,5 x 14 cm) são utilizadas para coleta
de ideias; circulares (diâmetro de 10, 14 ou 21 cm) são adequadas para títulos ou
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destacar algum aspecto relevante, também para números, nomes ou uso com
desenhos; núvens podem ser de tamanhos variados e também são apropriadas para
títulos e as sextavadas podem dar destaque a algum tema (Figura 2).
Uma boa imagem para entender o que propomos é tomar esses passos
como se fossem de uma dança. Numa dança, há uma sequência quase
natural dos passos que é definida pelo ritmo da música. Neste caso, a
música que o Modelo Colaborativo propõe a todas as comunidades é o
desenvolvimento social, mas o ritmo dessa maneira de se organizar é
60
Escolher um facilitador para coordenar cada grupo, tendo que ser uma
pessoa que saiba mobilizar e estimular as pessoas para discutirem os
problemas, encontrarem as soluções e participarem das ações definidas pelo
grupo. O entusiasmo, a dedicação e a organização do facilitador serão muito
importantes para manter o grupo unido;
Antes do término da reunião, fazer revisões nas decisões, definir as tarefas e
marcar a próxima reunião;
Buscar transcrever como as pessoas sonham com uma situação melhor para si e
para sua comunidade local. Esse sonho é a visão que elas têm do futuro, é a partir
do sonho de cada um que poderemos definir um sonho comum a todos.
Para isso pode ser utilizada a Dinâmica do Sonho (ANEXO B). Segundo Curitiba
(2002, p.31), esta dinâmica ajuda as pessoas a criarem um projeto comum para a
comunidade, "[...] tendo em conta que o sonho de cada um e o sonho de todos é
importante na construção da 'comunidade que queremos'".
Os colaboradores das reuniões necessitam sentir que suas ideias são importantes,
que podem dar opiniões sem medo de represálias e que o grupo é um lugar seguro
para discussão de propostas.
Isso se reflete não apenas num apoio individual e momentâneo, esse apoio deve
ser traduzido num comportamento do grupo. Para manter as pessoas envolvidas e
interessadas no trabalho elas precisam ser apoiadas com recursos, que venham
suprir sua permanência no processo, como alimentação e transporte. Também
devem ser valorizadas as conquistas, celebrar os sucessos obtidos nas atividades.
62
Uma ferramenta que pode ser utilizada como resolução de conflitos, dentro do
Modelo Colaborativo, se chama "Modelo de Resolução de Problemas", ela consiste
numa sequência de quatro perguntas (CURITIBA, 2002, p.40):
2. Por quê?
4. E se não funcionar?
Essa seleção de metodologias serviu de subsídio para a atuação no bairro Ilha das
Flores. Esses métodos demostram flexibilidade de execução, podendo ser
implementados entre si de acordo com o comportamento e envolvimento da
comunidade.
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Situado no município de Vila Velha/ES, o bairro Ilha das Flores recebeu esse
nome por conta da vasta flora que existia no local. Seu contexto de urbanização se
deu na década de 30, quando Julio Teixeira da Cruz, conhecido como Majestic por
conta do hotel que possuía na cidade de Vitória, parcelou a parte sul da ilha,
registrando o loteamento com o seu próprio nome na prefeitura municipal. Ainda na
década de 30 a família Majestic, assim conhecida, vendeu as terras da parte norte
do bairro para Basílio Costalonga, imigrante italiano que viera do sul do estado com
sua família para trabalhar com criação de gado leiteiro. Naquele período as casas
eram de estuque e cobertas de sapê e algumas de tijolinho. O comércio local era
composto por quitandas que atendiam às necessidades básicas da comunidade
(PAYSAN, 2007). Costalonga6 conta que na década de 70 seu pai resolve parcelar
em lotes parte da fazenda, de modo que eles mesmo vendiam os terreno. Após o
falecimento de seu pai, a família Costalonga resolve, na década de 90, lotear o
restante da fazenda, área conhecida atualmente como loteamento primavera, em
função da imobiliária que comercializava esses terrenos (informação verbal). Na
década de 80, atraídos por melhores condições de vida, imigrantes dos estados de
Minas Gerais e Bahia chegavam ao local em busca de trabalho na cata do “ferrinho”.
De acordo com Santos7 o subproduto de ferro gusa que era descartado pelo porto
de tubarão e despejado na parte sul do bairro serviu por muito tempo de sustento
para muitas famílias. A sobra desse material era utilizado para fazer os aterros do
manguezal (Figuras 3 e 4), surgindo dessa maneira as ocupações irregulares do
bairro. Mobilizados em caráter de mutirão, essas pessoas se organizavam para fazer
os aterramentos, aberturas de ruas, canalização dos dejetos até o rio e o
parcelamento desse aterramento (informação verbal). Lima8 relata que existia dois
pontos de cata do subproduto do ferro gusa, localizados a beira da maré,
desativados no ano de 2009 ( informação verbal).
6
Homero Costalonga, filho de Basílio Costalonga, nascido em 1935, ainda residente no bairro.
7
Waldecir Rocha dos Santos, líder comunitário de Ilha das Flores 2013 à 2017, morador do bairro
desde 1983.
8
Walterly Buarque de Lima, morador do bairro a mais de 40 anos.
66
Figura 3 - Ocupações as margens do rio Aribiri Figura 4 - Método de aterro feito pelos moradores
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
BAÍA DE VITÓRIA
PAUL
O bairro abriga uma população de 5.889 habitantes de acordo com o censo do IBGE
de 2010. Essa população está distribuída da seguinte forma (Tabela 1):
Figura 6 - Padrão construtivo parte norte do bairro Figura 7 - Edificações parte norte do bairro
Fonte: Google Earth, 2012 Fonte: Google Earth, 2012
Figura 8 - Padrão construtivo parte sul do bairro Figura 9 - Edificações parte sul do bairro
Fonte: Google Earth, 2012 Fonte: Google Earth, 2012
69
A área de lazer publica do bairro ocupa uma gleba central, onde estão localizados o
campo de futebol, a quadra e mesinhas de jogos. Essa área atualmente tem
recebido investimentos do poder público federal na construção de uma praça, dentro
do programa de incentivo aos esportes e cultura denominadas de Praças dos
Esportes e Cultura – PEC.
Os acessos principais ao bairro são feitos pela rua Paulo Natali pela extremidade
oeste do bairro e pela estrada do Porto de Capuaba extremidade sul. A entrada pela
estrada de Capuaba é marcada por uma divisão central de concreto, diferenciando a
entrada do bairro do acesso ao porto de Capuaba (Figura 19). O sistema de
transporte coletivo atende apenas uma parte do bairro, caracterizando um déficit na
cobertura do transporte coletivo, gerando movimento pendulares aos bairros
circunvizinhos como alternativa de locomoção e maiores alternativas no sistema de
transporte público (Figura 20).
9
Valdete Rondelli de Nascimento, diretora da Unidade Municipal de Ensino Fundamental Antônia Malbar em
2014.
74
10
Waldecir Rocha, líder comunitário de Ilha das Flores até 2017, morador do bairro desde 1983.
75
Figura 25 - Sede movimento comunitário local Figura 26 - Situação atual do centro comunitário
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 31 - Bloco do Boi de Ilha das Flores Figura 32 - LOPA personagem lendário
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
11
Epaminondas Simões Gomes, morador do bairro há mais de 40 anos, compositor do enredo musical do bloco
do boi que narra a história do bloco.
78
Com base no referencial teórico adotado e sob uma ótica preliminar de análise da
área de estudo, havia-se optado por quatro metodologias que poderiam ser
aplicadas ao bairro Ilha das Flores em reuniões com a comunidade, são elas: jogos
de participação; diagnóstico rápido participativo; modelo colaborativo e enfoque
participativo em trabalho com grupos. A escolha se deu por conta da qualidade e
aplicabilidade dos métodos para a realidade a ser estudada, bem como pela
quantidade de ferramentas disponíveis nessas metodologias.
Depois de um diagnóstico mais aprofundado sobre o bairro Ilha das Flores, o contato
direto com os moradores na aplicação de questionário (APÊNDICE A), análise das
entrevistas realizadas com os possíveis participantes (APÊNDICE B) e o tempo
disponível para realização de uma leitura comunitária dentro deste trabalho de
graduação, optou-se por trabalhar com algumas ferramentas do Modelo
Colaborativo e as Técnicas de Brainstorming verbal e escrita. Esse último método
não havia sido anteriormente descrito dentro os selecionados para aplicação na área
de estudo. A junção dessas duas metodologias participativas promove uma
integração e mobilização para os processos participativos de interesse coletivo,
visando um pertencimento maior dos moradores com o seu bairro e também
promovendo uma “[...] interpretação simples de democracia, no sentido de
possibilitar a participação dos dominados, para criar um espaço de
autodeterminação [...]” (BONSIEPE, 2011, p. 20).
Para o bairro Ilha das Flores, nossa área de pesquisa, o objetivo foi fazer uma
atividade de levantamento de informações locais baseada em quatro temáticas:
mobilidade e acessibilidade; identidade, cultura e lazer; socioeconomia e, por último,
79
Inicialmente a reunião começou com uma explanação do trabalho que estava sendo
realizado, os objetivos e as razões para a execução do encontro como parte das
atividades para um trabalho de graduação em Arquitetura e Urbanismo (Figura 34),
utilizando uma apresentação em power point (APÊNDICE D).
Por conta da quantidade de integrantes da reunião foram feitos três grupos, ficando
acordado entre os participantes que a temática de desenvolvimento urbano seria
resolvido com a participação de todos. Para o levantamento das questões propostas
os grupos recebiam um mapa do bairro em formato A1 em imagem aérea do Google
Earth conforme mostra a Figura 37, com os nomes das ruas em destaques, bem
84
O blog conta com uma identidade visual criada a partir de elementos de referência
do bairro como o campo, a praça dos esportes e da cultura, o traçado urbano, o mar
e a própria ilha (Figuras 52 e 53).
89
As principais vias de acesso a Ilha das Flores são as Rua Paulo Natali, Rua
das Pedras e a Estrada de Capuaba;
A estrada de Capuaba e a rua Otávio Carneiro, ocorrem conflitos de veículos;
O trajeto do transporte coletivo percorre as ruas Paulo Natali, Basílio
Costalonga e Otávio Carneiro, não atendendo todo o bairro;
As vias Basílio Costalonga, Floriano Pereira dos Passos e Otávio Carneiro,
por serem as mais utilizadas por pedestres, sofrem com a falta de calçadas
em alguns pontos, o que se soma à ausência de adequação das calçadas às
normas de acessibilidade no bairro;
O bairro possui três escadarias que servem de locomoção entre suas partes,
sendo que as escadarias Morro do Querosene e José Orides Chagas se
encontram em péssimas condições de uso;
Por ser o ponto mais plano do bairro, a área do campo deveria abrigar
ciclovias e calçadas com padrões acessíveis;
Conflitos no trânsito nas ruas Floriano Pereira dos Passos e João Nunes
Caramuru;
A escadaria Zequinha de Abreu possui condições inadequadas de uso;
A estrada do Porto de Capuabas, a rua Basílio Costalonga e a rua Floriano
Pereira dos Passos, em função do fluxo e importância viária, deveriam ser
priorizadas para o tratamento de calçadas e implantação de ciclovias;
A interseção da rua Zequinha de Abreu com a rua Orlando Carlos dos Santos
tem forte potencial econômico por conta da vista para a baía de Vitória e o
Morro do Penedo;
Presença de Assentamentos subnormais na beira da maré;
A sede abandonada do movimento comunitário é um elemento importante da
memória do bairro;
Possui equipamentos de lazer como mesinhas de jogos para dominó, campo
de bocha e quadra, com necessidade de manutenção;
96
Pode ser concluído ao fim desta primeira reunião participativa que os participantes
estiveram totalmente envolvidos com as atividades realizadas, inicialmente de forma
inibida, mas no decorrer da reunião promoveram um ambiente de interesse coletivo
e concentraram os esforços no levantamento das temáticas e informações
solicitadas. Sem conflitos diretos, demonstraram responsabilidade social e espírito
de coletividade, conhecimento sobre a realidade do bairro, bem como interesse em
aprender mais sobre o bairro e as questões relacionadas ao planejamento da
cidade.
O tempo que tínhamos disponível para a realização dessa atividade nos trouxe
limitações, em alguns momentos tivemos que acelerar tanto o levantamento de
informação bem como as apresentações, observação esta em consonância com a
avaliação aplicada, que avaliou a questão tempo para as atividades como regular e
bom.
Foi explanado para os participantes que a principal atividade da reunião naquele dia
seria a elaboração de um plano de ações com base nas informações levantadas por
eles anteriormente. Para auxiliar na elaboração das ações foram sugeridas palavras
que viessem despertar os integrantes a trabalharem de maneira que as informações
diagnósticas anteriormente fossem: melhoradas, destacadas, conservadas,
resgatadas, ampliadas, criadas, resolvidas e cuidaaos. Conforme demostra o slide
da apresentação em power point (APÊNCIDE E) utilizada durante o evento ( Figura
68).
12
Reportagem exibida pelo jornal nacional (emissora Globo), em 2009, que mostra a intervenção
urbana ocorrida em 2002 na recuperação ambiental do córrego Cheonggyecheon, que possui pouco
mais de 5,8 km de extensão e que havia sido coberto a partir da década de 60, por conta da poluição
das águas, grande criminalidade e pressão por novas vias de trânsito que viessem suprir o
crescimento da cidade. O projeto de recuperação surgiu de dois professores universitários, mudando
a direção do desenvolvimento da cidade ao demolir as vias que passavam por cima do córrego,
melhorando todo ecossistema local.
100
Partindo da visão que “[...] uma sociedade sustentável supõe que todos os cidadãos
tenham o mínimo necessário para uma vida digna [...]” (NASCIMENTO 2012, p.1),
os presentes foram direcionados a pensarem em ações que beneficiassem as
gerações futura. Nesse sentido foi exposta a frase de Gadotti (2004, p. 1) que
disserta que “[...] a sustentabilidade não ter a ver apenas com a biologia, a economia
e ecologia, tem a ver com a relação que mantemos entre nós mesmos, com os
outros e com a natureza”, abrindo espaço para dialogo entre os participantes
(Figuras 69 e 70), que explanaram ações que poderiam ser consideradas como
sustentáveis, entre artesanato local, projetos sociais com jovens e adolescentes,
melhorias em infraestrutura local, dentre outros.
101
das propostas que estavam sendo feitas, orientações a partir das ideias que
estavam sendo discutidas e eram estimulados a pensar sobre soluções para os
tópicos dos quais apresentavam dificuldade e limitações para o desenvolvimento da
atividade. Concomitantemente os presentes eram instigados a refletirem no impacto
que as propostas sugeridas poderia causar (Figuras 77, 78, 79, 80, 81 e 82).
Integrantes que direcionavam o debate para fora dos assuntos que estavam sendo
abordados naquele instante eram orientados a aguardar o momento que aquele
determinado assunto estivesse sendo explanado. Essa medida possibilitou dar
objetividade ao debate e otimizar o tempo disponível para as explanações, visto que
muitos participantes se excediam nas suas falas (Figuras 83, 84, 85, 86 87 e 88).
Percebe-se com esses dados que, apesar da maioria classificarem a reunião como
ótima, o tempo para a realização das atividades obteve classificação de bom a
regular, ficando dessa maneira entendido que para um melhor resultados das
atividades se faria necessário de outros encontros com tempo para a realização das
atividades maior.
Com base nos fatos ocorridos nesta segunda reunião e avaliação dos presentes
pode ser concluído que essa reunião foi mais cansativa, pois exigiu um
concentração de esforços maior pelos presentes, dada a exiguidade do tempo
disponível para a realização das atividades. No geral a reunião foi produtiva, a
disposição dos participantes na sala contribuiu para uma participação maior dos
presentes. O uso de outros recursos como o vídeo teve boa aceitação pelos
integrantes, sendo percebida uma atenção por parte de todos na hora da exibição, o
que também serviu para iniciar a conversa de forma coletiva. Os debates
despertaram os participantes para as situações vivenciadas no bairro, os resultados
das propostas geradas para o Plano de Ação foram bem elaboradas pelos
participantes, com muitas das ações visarando um bairro para o futuro e outras
buscando resolver problemas de imediato. As atividades necessitariam de mais
tempo para serem realizadas, apesar da maioria ter classificado como bom o tempo
disponível para as atividades, principalmente na hora das apresentações, momento
em que o debate é ampliado. Apesar do número de presentes ter sido menor em
relação ao primeiro encontro, os participantes que se ausentaram nesse encontro e
que estavam presentes na primeira reunião buscaram comunicar os motivos pela
ausência, fato que serviu para o nosso entendimento que, apesar de ter sido um
trabalho como atividade de graduação, os participantes deram crédito à prática
desenvolvida nesses dois encontros.
108
1. Implantar sinalização nas principais vias de acesso ao bairro Ilha das Flores
como a Estrada de Capuaba, Paulo Natali e Rua das Pedras (Figuras 91, 92 e
93);
Figura 97 - Rua Otávio Carneiro Figura 98 - Rua Basílio Figura 99 - Rua Floriano
Fonte: Acervo do autor Costalonga Pereira dos Passos
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 100 - Escadaria Figura 101 - Escadaria Figura 102 - Escadaria Zequinha de
Morro do Querosene. José Eurides das Chagas. Abreu.
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 103 - Rua Zequinha de Figura 104 - Ponte de Capuaba Figura 105 - Estrada de
Abreu Fonte: Acervo do autor Capuaba
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 108 - Vista do Morro do Figura 109 - Vista panorâmica Figura 110 - Terreno para
Penedo Morro do Penedo instalação de restaurante
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 111 - Conflito rua Figura 112 - Conflitos de Figura 113 - Estacionamento de
Floriano Pereira dos Passos veículos dentro do bairro carretas no bairro
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 117 - Ruínas clube Ilha Figura 118 - Ruínas clube Ilha
das Flores das Flores
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 122 - Campo de bocha Figura 123 - Mesas de jogos Figura 124 - Mesas de jogos
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
116
4 - Construir uma academia popular, para contribui com a saúde dos idosos.
Figura 126 – Habitações da Figura 127 - Local com Figura 128 - Possibilidade para
beira da maré potencial para habitações instalação de habitações
Fonte: Acervo do autor populares populares
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 129 - Escadaria Morro do Figura 130 - Escadaria Figura 131 - Escadaria
Querosene. Morro do Querosene. Morro do Querosene.
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Figura 132 - Rua Orlando Figura 133 - Rua Paschoa D. Figura 134 - Rua Manoel
Carlos dos Santos Costalonga Soares
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
4. Construir uma ponte entre a rua Antônio Abraão à avenida Jerônimo Monteiro,
como rota alternativa de entrada e saída do bairro (Figuras 135 e 136);
Figura 137 - Espaço arborizado Figura 138 - Vista rua Pascoal Figura 139 - Vista Manguezal
do campo Ponzo Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
6. Dragar os canais que circundam o bairro com criação de um parque linear com
ciclovia (Figuras 140, 141 e 142);
120
Figura 140 - Canal que Figura 141 - Canal que Figura 142 - Canal que
circunda o bairro circunda o bairro circunda o bairro
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
8 CONCLUSÃO
Uma atitude que poderia complementar esse trabalho seria desenvolver um plano
de ação que levasse mais pessoas à leituras comunitárias, com ações de
conscientização popular, uso de novas ferramentas e ambientes não presencial.
125
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONSIEPE, Gui. Design, Cultura e Sociedade. 1.ed. São Paulo: Blucher, 2011.
270p.
COSTA, Dani. Bloco do Boi encerra Carnaval em Ilha das Flores. Notícia Agora.
Vitória, 3 de fevereiro 2008. Caderno Cidades, p.3.
FERREIRA, Ana Luiza S. Souto. Lages: um jeito de governar. São Paulo: Pólis,
1991. 35p (PÓLIS Publicações, 5). Disponível em:
<http://www.teoriaedebate.org.br/ materias/sociedade/cidade-e-um-grande-
negocio?page=0,3>. Acesso em: 07 set. 2013.
<http://www.cprepmauss.com.br/documentos/apoliticanacionaldedesenvolvimentourb
ano13420.pdf>. Acesso em: 21 out. 2013.
<http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&i
d=178:reforma-urbana&Itemid=163&lang=pt>. Acesso em: 10 out. 2013.
SILVA, Ana Amélia da. Reforma urbana e o direito à cidade. São Paulo: Pólis,
1991. 59p (Pólis Publicações) disponível em:
VAZ, José Carlos. Governança eletrônica: para onde é possível caminhar?, Artigo
Pólis 2005 disponível em: <http://www.polis.org.br/uploads/745/745.pdf>. Acesso
em: 20 out. 2013.
WEYH, Cênio Back. Educar pela participação: uma leitura político- pedagógica do
orçamento participativo estadual no município de Salvador da Missões/RS/ Cênio
Back Wehy. Santo Ângelo: FURI, 2011.
130
ANEXOS
131
Título: A Tempestade
Para dar início à dinâmica, é importante criar um clima propício, com música
suave. O facilitador convida a todos para uma breve reflexão sobre o sonho, as
aspirações que temos de realizações futuras ou de algo que já conseguimos em
função do esforço, da persistência. O facilitador fala da idealização da
comunidade, o que as pessoas querem para si e para todos, projetando a
concretização do sonho num determinado tempo.
Título: Pêndulo
APÊNDICES
135
1. Nome. ___________________________________________________________
2. Faixa etária.
6. Sua ocupação:
8. Grau de escolaridade:
( ) Superior incompleto
( ) Superior completo
( ) Sim – Qual?_____________________________________________________
( ) Não
12. Qual seria o melhor dia e horário para serem realizadas reuniões comunitárias
no bairro? ___________________________________________________________
18. Se o bairro tivesse um site, quais tópicos você acha que deveria ser abordados?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
139
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Qual?_______________________________________________________________
140
34. Quais pontos de referência local, você utiliza para dizer como chegar em sua
casa.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
35. Cite três palavras que define o bairro no seu ponto de vista:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
141
Para traçar o perfil dos prováveis participantes, vinte questionários (anexo A) foram
aplicados, em forma de entrevista, para a realização da leitura comunitária. O
questionário estava dividido em três segmentos: perfil do entrevistado, nível de
participação social do entrevistado e caracterização e avaliação do bairro. De
maneira geral o perfil socioeconômico-demográfico dos prováveis participantes
quantificou que a maioria estava inserida na faixa etária entre 36 a 50 anos, como
mostra a tabela 4. De acordo com o levantamento, 65% dos prováveis participantes
residem no bairro há mais de 15 anos (Tabela 5), sendo que 95% não tem pretensão
de se mudar de Ilha das Flores.
Dona de casa
Aposentado
Estudante
Empresário
Profissional liberal
Empregado assalariado
Desempregado
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Fonte: Dados do autor
142
Mais de 10 SM
Mais de 7 até 10 SM
Mais de 5 até 7 SM
Mais de 3 até 5 SM
Mais de 2 até 3 SM
Mais de 1 até 2 SM
Até 1 SM
0 1 2 3 4 5 6
Fonte: Dados do autor
Superior completo
Superior incompleto
Nivel Tecnico
2º Grau completo
2º Grau incompleto
1º Grau completo
1ºGrau incompleto
0 1 2 3 4 5 6 7
Fonte: Dados do autor
13
Plano Plurianual é o instrumento de planejamento governamental que define diretrizes, objetivos e
metas com o propósito de viabilizar a implementação e gestão das políticas públicas [...] (BRASIL,
2012).
14
Geo-obras é um software desenvolvido para gerenciar as informações das obras executadas em
todos os órgãos das esferas estadual e municipais (TRIBUNAL DE CONTAS).
143
Não
10%
Não
40%
Sim
60% Sim
90%
Sim
35%
Não
65%
0 2 4 6 8 10 12
Fonte: Dados do autor
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Sim
35%
Não
55%
Carro e ônibus
Carro
A pé
Bicicleta
Moto
Van
Ônibus
0 1 2 3 4 5 6 7
Fonte: Dados do autor
Regular
30%
Os prováveis participantes destacaram como ponto positivo de Ilha das Flores a sua
localização geográfica entre os municípios da Grande Vitória, um bairro constituído
por famílias tradicionais, o campo de futebol que é mantido pela comunidade,
pessoas batalhadoras, tranquilidade residencial, bem como o baixo indice de
criminalidade. Dentre os pontos negativos estão o uso de entorpecentes na parte
baixa do bairro, o acesso ao bairro pela estrada do porto de Capuaba, falta de
assistência pela prefeitura municipal, falta de comunicação por parte do movimento
comunitário local, estacionamento de carretas dentro do bairro, falta de
147
O sistema viário, na qualificação dos entrevistados, está de regular a ruim, visto que
as ruas não possuem faixa de pedestres, placas de sinalização vertical como
indicação das ruas e pontos de ônibus. Além disos, 16% classificaram o bairro como
péssimo, devido a problemas em relação a trânsito e nós viários na estrada de
Capuaba e por conta das carretas que ali estacionam (Gráfico 17).
Péssimo Bom
16% 21% Não tem
26% Bom
47%
Ruim
26% Péssimo
Regular 5%
37%
Ruim
11% Regular
11%
Fonte: Dados do autor Fonte: Dados do autor
Ruim
10%
Regular
Bom 40%
60%
Leitura Comunitária
Programação: 08/05/2014
Cordialmente,
Diana Santos
152
Slide 4 – Atividades propostas para a reunião Slide 5 – Atividades propostas para a reunião
153
GRUPO 1
Mobilidade e Acessibilidade
GRUPO 2
Socioeconomia
GRUPO 3
GRUPO 4
Desenvolvimento Urbano
6- Qual a sua avaliação quanto aos produtos que foram elaborados na reunião:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
13- Qual a sua avaliação quanto as ações que foram geradas na reunião:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________