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CURSO DE
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO
MÓDULO I
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SUMÁRIO
MÓDULO I
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2.1.4 Circulação
3 NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA HUMANA
3.1 DEFINIÇÃO
3.2 IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA
3.3 HISTÓRICO DA IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA
3.4 CADEIA DE TRANSMISSÃO DOS AGENTES INFECCIOSOS
3.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
3.6 A MICROBIOLOGIA ATUALMENTE
3.7 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS MICRO-ORGANISMOS NA NATUREZA
3.8 MICRORGANISMOS COMO AGENTES DE DOENÇAS
4 NOÇÕES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
5 NOÇÕES DE ANESTESIOLOGIA
5.1 TIPOS DE ANESTESIA
5.1.1 Anestesia local
5.1.2 Bloqueios regionais
5.1.3 Anestesia raquidiana
5.1.4 Anestesia Epidural
5.1.5 Anestesia caudal
5.1.6 Anestesia Geral
5.1.7 Anestésico ideal
5.2 COMPLICAÇÕES
6 NOÇÕES DE HEMATOLOGIA
6.1 SANGUE
6.1.1 Funções do sangue
6.1.2 Composição
6.1.3 Doenças do sangue
6.2 HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO
6.2.1 Grupos sanguíneos
6.2.2 Sistema Rh
6.2.3 Transfusão de sangue
6.2.4 Transplante de medula óssea
7 NOÇÕES DE INFECÇÃO HOSPITALAR
7.1 DEFINIÇÃO
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7.2 PRINCIPAIS SINTOMAS
7.3 TRATAMENTO
7.4 PREVENÇÃO
7.5 CONTROLE
MÓDULO II
9 ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
10 O CENTRO CIRÚRGICO
10.1 MONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA
10.2 CIRCULAÇÃO NA SALA CIRÚRGICA
10.3 DESMONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA
11 EQUIPAMENTOS DA SALA CIRÚRGICA
11.1 BISTURI ELÉTRICO
11.2 BISTURI BIPOLAR
11.3 BISTURI HARMÔNICO
11.4 BISTURI DE ARGÔNIO
11.5 ASPIRADOR CIRÚRGICO
11.6 FOCO CIRÚRGICO DE TETO
11.7 FOCO CIRÚRGICO PORTÁTIL
11.8 APARELHO DE ANESTESIA
11.9 MESA CIRÚRGICA
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5
11.10 BOMBA DE INFUSÃO
11.11 DESFIBRILADOR CARDÍACO
11.12 MONITOR MULTIPARAMÉTRICO
11.13 EQUIPAMENTOS DE VIDEOCIRURGIA
11.13.1 Fonte de Luz
11.13.2 Câmeras de vídeo
11.13.3 Insufladores
11.13.4 Pneumoperitônio
11.13.5 Morcelador
11.13.6 Shaver
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6
12.13 INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
12.14 ARTIGOS ENDOSCÓPICOS
12.15 DESINFECÇÃO
12.16 PASTEURIZAÇÃO
12.17 EMPACOTAMENTO DOS ARTIGOS E INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
12.17.1 Tecido de algodão
12.17.2 Papel grau cirúrgico
12.17.3 Papel Crepado
12.17.4 Papel Kraft
12.17.5 Filmes Transparentes
12.17.6 Tyvek
12.17.7 Lâminas de Alumínio e Caixas Metálicas
12.17.8 Contêineres Rígidos
12.17.9 Vidros refratários
12.18 PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS
12.18.1 Esterilização por vapor saturado sob pressão
12.18.2 Esterilização rápida (flash sterilation)
12.18.3 Esterilização por óxido de etileno (ETO)
12.18.4 Esterilização por ácido peracético
12.19 CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO
12.19.1 Controles químicos
12.19.2 Controles microbiológicos
13 ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
MÓDULO III
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16 TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
16.1 PREFIXOS E SUFIXOS
17 PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
18 ESCOVAÇÃO
18.1 CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS ANTISSÉPTICOS
18.1.1 Alcoóis
18.1.2 Gluconato de Clorohexidina (GCH)
18.1.3 Polivinilperrolidona 10% iodo 1%
19 ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA PROPRIAMENTE DITA
20 DEGERMAÇÃO
21 INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
21.1 DIÉRESE CIRÚRGICA
21.2 PINÇAS HEMOSTÁTICAS
21.3 EXÉRESE CIRÚRGICA
21.4 EXAURIMENTO CIRÚRGICO
21.5 INSTRUMENTAIS PARA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
21.6 INSTRUMENTAIS PARA DIVERSOS FINS
21.7 CUIDADOS NO MANUSEIO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO
21.8 CONTAGEM DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
22 AGULHAS E FIOS CIRÚRGICOS
22.1 PARTES DAS AGULHAS
23 TÉCNICA DE MONTAGEM DE CAIXAS CIRÚRGICAS
24 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL QUE COMPÕE A MESA DO
INSTRUMENTADOR
24.1 BISTURI
24.2 PINÇAS DE DISSECAÇÃO
24.3 PINÇAS HEMOSTÁTICAS
24.3.1 Pinças hemostáticas traumáticas
24.3.2 Pinças hemostáticas não traumáticas
24.3.3 Pinças de tecidos
24.4 TESOURAS
24.5 AFASTADORES
24.6 PORTA-AGULHAS
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25 MONTAGEM DA MESA BÁSICA
26 MONTAGEM DA MESA AUXILIAR
MÓDULO IV
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30.9.4 Curativos das feridas contaminadas ou infectadas
30.9.5 Úlceras de estase venosa
30.9.6 Curativo de úlcera plantar
31 NOÇÕES DE PRIMEIROS-SOCORROS
31.1 SINAIS VITAIS
31.1.1 Pulso
31.1.2 Respiração
31.1.3 Pressão arterial
31.1.4 Temperatura
31.2 ABORDAGEM INICIAL A VÍTIMA
31.3 AVALIAÇÃO DA CENA
31.4 CABD PRIMÁRIO
31.4.1. Circulation (pulso e compressões torácicas)
31.4.2 Liberação de vias aéreas
31.4.3 Ventilação boca a máscara
31.4.4 Ventilação Boca a Nariz
31.4.5 Ventilação Boca a Estoma
31.4.6 Ventilação bolsa-valva-máscara
31.4.7 Defibrillation (desfibrilação FV/TV sem pulso)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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FIGURA 1 – HISTÓRIA DA ANATOMIA HUMANA
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A posição anatômica do corpo humano é uma posição de referência para o
estudo da anatomia, dando significado aos termos empregados na descrição das
partes e regiões do corpo.
Esta posição serve como base para discussões sobre o corpo, sobre o modo
como o corpo se movimenta, sua postura e a relação entre cada área corporal.
Dessa forma, quando os anatomistas escrevem os textos científicos, referem-se ao
objeto descrito considerando o indivíduo na posição anatômica.
A descrição da posição anatômica é o corpo em pé, ou seja, em posição
ortostática, com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas
das mãos voltadas para frente. O posicionamento da cabeça e dos pés é para frente
e o olhar direcionado para o horizonte.
A posição anatômica considera que a região anterior do corpo humano seja
o indivíduo com os braços ao longo do corpo e as palmas das mãos voltadas para
frente.
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1.2 DIVISÃO DO CORPO HUMANO
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Tecido cartilaginoso: Este tecido é formado por células afastadas
entre as quais fica uma substância intercelular rígida, porém flexível. É o que forma
a cartilagem encontrada na traqueia, na orelha, nos tendões, septo nasal e nas
extremidades ósseas.
Tecido ósseo: É formado por células chamadas de osteócitos, com
muitas substâncias intercelulares formada por sais de cálcio deixando-a rígida,
formando assim, os ossos do corpo humano.
Tecido hematopoiético: É o tecido encontrado em determinados
pontos dos organismos que é responsável pela produção de elementos do sangue
Tecido muscular: É o tecido que forma os músculos do corpo
humano. Possui células que têm a propriedade de se contrair e se alongar
chamados de fibras musculares. O tecido muscular pode ainda ser subdividido
conforme veremos abaixo.
Musculatura lisa: Não apresentam estrias e são responsáveis pela de
contração involuntária.
Musculatura estriada: As células possuem estrias transversais e são
responsáveis pela contração voluntária. Apresentam-se na cor vermelha. O tecido
muscular cardíaco é estriado, mas sua contração é involuntária.
Tecido nervoso: É formado por células nervosas chamadas neurônio.
Sua função é transmitir os estímulos através de suas células.
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1.3.1 Sistema tegumentar
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Glândulas sudoríparas: Existentes em toda a extensão do corpo, porém
concentrando-se em algumas áreas específicas, como por exemplo, na região das
axilas, produzindo o suor.
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Costelas: São formadas por doze pares de ossos alongados que
delimitam a cavidade torácica. Sua função é de proteção do órgão e dar sustentação
do corpo.
Esterno: É o osso achatado ímpar e ocupa a parte anterior do tórax.
Membros superiores: São formados pela cintura escapular, braço,
antebraço e mão.
Membros inferiores: São formados pela cintura pélvica, coxa, perna e
pé.
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Existem músculos que auxiliam em importantes funções vitais, como por
exemplo, o diafragma, que separa a cavidade abdominal da caixa torácica e
contraem quando respiramos.
Há ainda músculos que utilizamos também para aplicação de medicações
pela via intramuscular, como é o caso do deltoide e do glúteo.
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Transporte de oxigênio, nutrientes, hormônios para as células;
Remoção de produtos indesejáveis;
Defesa do organismo por meio do transporte de antitoxinas e glóbulos
brancos;
Auxilia na manutenção da temperatura corporal.
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1.11 SISTEMA URINÁRIO
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Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos
correspondentes:
Ventral ou anterior: plano vertical tangente ao ventre;
Dorsal ou posterior: plano vertical tangente ao dorso;
Lateral direito: plano vertical tangente ao lado do corpo;
Lateral esquerdo: plano vertical tangente ao lado do corpo;
Cranial ou superior: plano horizontal tangente à cabeça;
Podal ou inferior: plano horizontal tangente à planta dos pés.
A partir destes planos de inscrição são determinados eixos e planos que são
utilizados como pontos de referência para descrever a situação, posição e direção
de órgãos ou segmentos do corpo.
Unindo o centro de dois planos de inscrição opostos obtêm-se três eixos:
Eixo longitudinal ou craniocaudal;
Eixo anteroposterior, dorsoventral ou sagital;
Eixo laterolateral.
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Mediano ou sagital: planos de secção paralelos aos planos laterais que
divide o corpo em metade, direita e esquerda.
Frontal ou coronal: planos de secção paralelos aos planos ventral e
dorsal, que divide o corpo de forma a separar os planos, ventral e dorsal.
Transversal ou horizontal: planos de secção paralelos aos planos
cranial e podal, que divide o corpo horizontalmente.
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1.18 TERMOS DE DIREÇÃO
São eles:
A raiz do membro;
Ao coração;
Ao encéfalo e medula espinhal.
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Proximal é a estrutura que se encontra mais próxima da raiz dos membros
(tronco), do coração ou do encéfalo e medula espinhal. Distal é a estrutura que se
encontra mais distante da raiz dos membros, do coração ou do encéfalo e medula
espinhal.
Palmar ou volar é a face anterior da mão. A face posterior das mãos é
chamada dorsal.
Plantar é a face inferior do pé. A face superior dos pés é chamada dorsal.
Oral e aboral são termos restritos ao tubo digestivo e indicam estruturas
mais próximas ou distantes da boca, respectivamente.
Aferente e eferente indicam direção e são usados em anatomia para vasos e
nervos. Aferente significa que impulsos nervosos ou o sangue são conduzidos da
periferia para o centro, eferente se refere à condução do centro para a periferia.
Eferente é a localização do centro para a periferia e aferente é a periferia
para o centro.
Fáscias são tecidos conjuntivos fibrosos que revestem ou delimitam órgãos
e músculos.
Os termos, superficial e profundo indicam as distâncias relativas entre as
estruturas e a superfície do corpo. São também termos de situação que indicam
estar contido nos planos superficiais ou nos planos profundos.
Nesse caso, o limite entre superficial e profundo é a fáscia muscular.
Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento e estruturas profundas
estão abaixo do tegumento. Lesões limitadas ao tegumento são superficiais, e
lesões que atingem a fáscia muscular já são consideradas profundas.
Interno e externo se referem às faces dos órgãos ocos ou de cavidades e
também se referem às faces das costelas. Interno mais próximo do centro de um
órgão ou cavidade e externo mais afastado do centro de um órgão ou cavidade.
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2 NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA
2.1.1 Digestão
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O caminho do alimento é o seguinte:
Boca;
Faringe;
Esôfago;
Estômago;
Duodeno;
Intestino delgado;
Intestino grosso;
Reto;
Ânus.
A bílis, produzida pelo fígado, emulsifica gorduras, facilitando a ação das
lipases. Os hormônios envolvidos na digestão são: gastrina, secretina,
colecistocinina e enterogastrona. Todos secretados por células epiteliais do trato
digestivo.
As pregas intestinais ou vilosidades são formadas por vasos sanguíneos e
linfáticos, tecido conjuntivo e tecido epitelial com microvilosidades, que aumentam a
superfície de absorção.
As enzimas gástricas não quebram carboidratos, mas apenas proteínas,
pela ação da pepsina, que é ativada pelo ácido clorídrico do suco gástrico. A tripsina
e a quimiotripisna estão inicialmente na forma de tripsinogênio e quimiotripsinogênio,
que são ativados pela enteroquinase no duodeno, quando o suco pancreático ali é
lançado.
Os monossacarídeos são obtidos a partir de dissacarídeos no intestino
delgado pela ação das enzimas entéricas: maltase, lactase e sacarase.
Todo o alimento é utilizado como fonte de energia ou construção da matéria
viva. O que estiver em excesso será armazenado na forma de lipídios, nos
adipócitos. Quando há carência de nutrientes, as gorduras começam a ser
mobilizadas como fonte de energia e a pessoa emagrece.
Alguns problemas do trato digestivo são a úlcera péptica, causada por
medicamentos ou pela bactéria Helicobacter pylori. Há falha na defesa do
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revestimento do estômago ou duodeno e a acidez gástrica ataca este revestimento e
surgem lesões e buracos, que ocasionam dores e azia.
A prisão de ventre ocorre quando os movimentos peristálticos do intestino
estão muito lentos e os resíduos ficam muito tempo no intestino, onde endurecem
devido à grande reabsorção de água.
A diarreia ocorre quando o intestino delgado fica irritado e os movimentos
peristálticos ficam muito lentos.
O fígado tem a função de armazenar glicose na forma de glicogênio,
armazenar algumas vitaminas, transformar glicídios em lipídios e proteínas, produzir
a bile.
2.1.2 Excreção
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aldosterona, das suprarrenais, aumenta a reabsorção de íons nos túbulos do néfron
e atua, portanto, no controle osmótico do sangue.
Podemos citar alguns problemas do trato urinário. São eles:
Uremia: Elevação da taxa de ureia no sangue;
Glomerulonefrite: Inflamação dos glomérulos;
Cálculos renais: Acumulação de cristais de sais minerais nos rins.
2.1.3 Respiração
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O monóxido de carbono, um gás inodoro, faz uma ligação altamente estável
com a hemoglobina, incapacitando-a de transportar o oxigênio. Se o indivíduo for
exposto ao gás carbônico por um período prolongado pode chegar à morte por
asfixia.
Em altitudes mais elevadas, o ar é mais rarefeito e a disponibilidade de
oxigênio, mais baixa. As pessoas que vivem ao nível do mar, ao subirem a tais
altitudes sentem o impacto da carência de oxigênio.
O organismo, para suprir tal carência, começa a produzir mais hemáceas na
medula óssea, pela ação do hormônio eritropoetina e, portanto, vai haver maior
número de moléculas de hemoglobina para captarem mais oxigênio.
Alguns problemas do trato respiratório são:
Gripe e resfriado: Causados por vírus, que atacam as vias
respiratórias, os seios nasais e o ouvido;
Tuberculose e pneumonia: Causadas por bactérias. A traqueia e os
brônquios podem ficar inflamados, podendo ocasionar a bronquite aguda, podendo
chegar aos pulmões causando a broncopneumonia.
A bronquite crônica ocorre devido à irritação constante das vias aéreas
por ação do fumo, alergias e poluição do ar.
O enfisema é uma destruição progressiva dos alvéolos, causada
principalmente pelo fumo.
A asma é uma reação inflamatória nos brônquios, com edema,
hipersecreção de muco e contração da contração da musculatura lisa, provocando
falta de ar.
2.1.4 Circulação
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ventrículos. O átrio direito recebe sangue venoso do corpo através das veias cavas.
O ventrículo direito bombeia este sangue para os pulmões, onde ocorre a hematose,
através da artéria pulmonar.
O sangue arterial entra no átrio esquerdo e é bombeado para o corpo
através da sístole do ventrículo esquerdo e sai do coração para o corpo através das
artérias aorta e carótidas.
As cavidades são separadas por válvulas e há também válvulas entre os
ventrículos e os vasos por onde o sangue sai.
O miocárdio é o músculo cardíaco e este possui certa independência em
relação ao sistema nervoso, pois permite os batimentos cardíacos através de feixes
de células que transmitem um impulso elétrico permitindo os movimentos de sístole
e diástole de ambos os átrios e ambos os ventrículos. Esse feixe de células são o
nódulo sinoatrial, o nódulo atrioventricular, o feixe de Hiss e as fibras de Purkinje.
O sangue arterial leva nutrientes, gases respiratórios e hormônios para os
tecidos e recolhe excretas e gás carbônico. A troca ocorre ao nível dos capilares,
vasos bem finos e o que extravasa e não retorna devido à diferença de pressão na
parte arterial e na parte venosa do capilar, é recolhido pela circulação linfática, que
também transporta linfócitos, células de defesa do organismo.
O que é recolhido é mais tarde levado de volta ao sangue através das veias
subclávias.
A veia é todo vaso que entra no coração, não possui fibra elástica, é
complacente e localiza-se em regiões superficiais. A artéria é todo vaso que sai do
coração, independente do tipo de sangue que transporta, tem fibra elástica, parede
larga e rígida, redonda. Localiza-se em regiões profundas.
Alguns problemas do trato circulatório são:
Aterosclerose: Endurecimento dos vasos sanguíneos pela deposição
de placas de gordura;
Isquemia: Dificuldade de transporte de oxigênio e oxigenação das
células em geral;
Trombose: Entupimento de um vaso, impedindo a passagem do
sangue;
Acidente vascular cerebral: Rompimento de uma artéria do cérebro
devido a uma elevação brusca da pressão arterial;
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Infarto Agudo do Miocárdio: Morte do miocárdio devido ao entupimento
das artérias que irrigam o coração, as coronárias. Os pincipais sintomas são dor no
peito esquerdo que irradia para o braço, dor na nuca, sudorese e dificuldade
respiratória. Entre as causas dos problemas cardíacos e circulatórios estão o
sedentarismo, obesidade, alimentação rica em gordura animal e gordura trans, fumo,
estresse, depressão e uso de anabolizantes.
3.1 DEFINIÇÃO
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Bactérias, principalmente a Escherichia coli, podem ser usadas para
reduplicar DNA na forma de um plasmídeo. Este DNA é frequentemente modificado
quimicamente in vitro e então inserido em bactérias para selecionar traços
desejados e isolar o produto desejado de derivados da reação. Após o crescimento
da bactéria e deste modo a replicação do DNA, o DNA pode ser adicionalmente
modificado e inserido em outros organismos.
Bactérias também podem ser utilizadas para a produção de grandes
quantidades de proteínas usando genes codificados em um plasmídeo.
Genes de bactérias têm sido constantemente inseridos em outros
organismos como genes repórteres.
O sistema de hibridação em levedura combina genes de bactérias com
genes de outros organismos já estudados e os insere em uma célula de levedura
para estudar interações proteicas em um ambiente celular. E também vista na área
da computação.
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Portanto, embora Leeuwnhoek tenha fornecido importantes informações
sobre a morfologia bacteriana, esses dois pesquisadores devem ser considerados
como pioneiros nesta ciência.
Nas últimas décadas, houve certa revolução no campo da microbiologia,
sendo acometida por profundas modificações, especialmente nos conhecimentos
sobre ecologia e classificação dos microrganismos.
Antigamente, os microrganismos, principalmente os procarióticos, eram
considerados seres unicelulares de comportamento independente, mesmo que
fossem encontrados em agrupamentos contendo diversas células.
Assim, a maior parte dos conhecimentos foi obtida a partir de culturas puras,
ou seja, o microrganismo era isolado da natureza e, após ser afastado dos demais
microrganismos, era cultivado em laboratório, gerando populações contendo um
único tipo celular.
Hoje, sabemos que a maioria dos microrganismos vive em comunidades na
natureza, compostas muitas vezes por inúmeros gêneros e espécies distintos, que
cooperam entre si, como em uma cidade microbiana. Tais associações são
denominadas biofilmes e exercem importantes atividades em nosso planeta.
Outra área que sofreu grandes modificações nas últimas décadas foi a
classificação dos microrganismos. Esta área ainda vem sendo muito debatida, mas
para os especialistas em microbiologia, é primordial destacar um novo grupo, o qual
foi por muito tempo foi considerado um ancestral das bactérias.
Esse grupo corresponde ao domínio Archaea, que consiste em um grupo
bastante peculiar de células procarióticas. Assim, é importante que tal tema seja
mais bem discutido.
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Quando destacamos como ciência básica, podemos incluir os estudos
fisiológicos, bioquímicos e moleculares, denominada assim de microbiologia
molecular.
Quando consideramos como ciência aplicada, podemos destacar os
processos industriais, controle de doenças, de pragas, produção de alimentos,
dentre outras.
Podemos destacar como áreas de estudo:
Odontologia: Estudo de microrganismos associados à placa dental,
cárie e doenças periodontais. Há estudos com abordagem preventiva.
Medicina, Enfermagem e Instrumentação Cirúrgica: Doenças
infecciosas e infecções hospitalares.
Nutrição: Doenças transmitidas por alimentos, controle de qualidade
de alimentos e produção de alimentos.
Biologia: Produção de antibióticos, hormônios, enzimas, insumos,
despoluição, dentre outros.
Biotecnologia: Uso de microrganismos com finalidades industriais,
como agentes de biodegradação, de limpeza ambiental, etc.
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Ao mesmo tempo, em áreas urbanas em franca expansão, os problemas
mencionados acima eram também de grande importância, pois rapidamente as
cidades cresciam, sendo que as instalações sanitárias geralmente não
acompanhavam este crescimento da população.
Com a prática do comércio entre as diferentes nações emergentes, passou a
haver a disseminação dos organismos para outras populações, muitas vezes
susceptíveis a aqueles agentes infecciosos.
O declínio do Império Romano, com Justiniano (565 aC), foi acelerado por
epidemias de peste bubônica e varíola. Muitos habitantes de Roma foram mortos,
deixando a cidade com menos poder para suportar os ataques dos bárbaros, que
terminaram por destruir o Império.
Na Idade Média, várias epidemias novas se sucederam, sendo algumas
amplamente disseminadas pelos diferentes continentes e outras mais localizadas.
Dentre as principais moléstias podemos citar o tifo, varíola, sífilis, cólera e peste.
Em 1346, a população da Europa, Norte da África e Oriente Médio era de
cerca de 100 milhões de habitantes. Nesta época houve uma grande epidemia da
peste, que se disseminou através da “rota da seda”, que era a principal rota
mercante para a China, provocando um grande número de mortes na Ásia e
posteriormente espalhando-se pela Europa, onde resultou em um total de cerca de
25 milhões de pessoas, em poucos anos.
Outras epidemias da peste ocorreram nos séculos XVI e XVII, sendo que no
século XVIII, entre os anos de 1720 e 1722, uma última grande epidemia ocorreu na
França, matando cerca de 60% da população de Marselha, de Toulon.
A epidemia mais recente de peste originou-se na China, em 1892,
disseminando-se pela Índia, atingindo Bombaim em 1896, sendo responsável pela
morte de cerca de seis milhões de indivíduos, somente na Índia.
Antes da segunda Guerra Mundial, o resultado das guerras era definido
pelas armas, estratégias e “pestilência”, sendo esta última decisiva.
Na guerra dos 30 anos (1618-1648), onde protestantes se revoltaram contra
a opressão dos católicos, além do desgaste decorrente da longa duração do
confronto, as doenças foram determinantes no resultado final.
No período de Napoleão, em 1812, seu exército foi quase que
completamente dizimado pelo tifo, disenteria e pneumonia, durante campanha de
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retirada de Moscou. No ano seguinte, Napoleão havia recrutado um exército de
500.000 jovens soldados, que foram reduzidos a 170.000, sendo cerca de 105.000
mortes decorrentes das batalhas e 220.000 decorrentes de doenças infecciosas.
No ano de 1892, outra epidemia de peste bubônica, na China e Índia, foi
responsável pela morte de mais seis milhões de pessoas.
Até a década de 30, este era quadro, quando Alexander Fleming,
incidentalmente, descobriu um composto produzido por um fungo do gênero
Penicillium, que eliminava bactérias do gênero Staphylococcus.
Esse microrganismo pode produzir uma vasta gama de doenças no homem
e este composto, chamado de penicilina, teve um papel fundamental no desfecho da
Segunda Guerra Mundial, porque passou a ser administrado às tropas aliadas,
enquanto o exército alemão continuava a sofrer pesadas baixas no campo de
batalha.
Além destas epidemias, vale ressaltar a importância das diferentes
epidemias de gripe que assolaram o mundo e que continuam a manifestar-se de
forma bastante intensa até hoje.
Atualmente temos o problema mundial envolvendo a AIDS, o retorno da
tuberculose como doença oportunista, e o aumento progressivo dos níveis de
resistência aos agentes antimicrobianos que vários grupos de bactérias vêm
apresentando atualmente.
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São elementos básicos da cadeia de transmissão:
Hospedeiro: Em uma cadeia de transmissão, o hospedeiro pode ser o
homem ou um animal, sempre exposto ao parasito ou ao vetor transmissor. Na
relação parasito-hospedeiro, esse pode comportar-se como um portador que não
apresenta sintomas ou como um indivíduo que apresente sintomas, sendo que os
dois são capazes de transmitir a doença. O hospedeiro pode ser chamado de
intermediário quando os parasitas nele existentes se reproduzem de forma
assexuada, ou ainda podem ser considerados como definitivo, quando os parasitas
alojados nele se reproduzem de modo sexuado.
Agente infeccioso: É um ser vivo capaz de reconhecer seu
hospedeiro, penetrar, desenvolver-se, multiplicar-se neste ser vivo e, mais tarde, sair
para alcançar novos hospedeiros.
Meio ambiente: É o espaço constituído pelos fatores físicos, químicos
e biológicos, cujo intermédio são influenciados o parasito e o hospedeiro.
Tipos de doenças: Destacam-se as doenças transmissíveis, são
causadas somente por seres vivos, chamados de agentes infecciosos ou parasitos.
E as doenças não transmissíveis, que podem ter várias causas, tais como
deficiências metabólicas, acidentes, traumatismos ou ainda ser de origem genética.
Vírus: Os vírus são considerados partículas ou fragmentos celulares
capazes de se cristalizar até alcançar o novo hospedeiro. Por serem tão pequenos,
só podem ser vistos com o auxílio de microscópios eletrônicos. São formados
apenas pelo material genético, que pode ser o DNA ou RNA, e uma membrana
proteica. Não dispõem de metabolismo próprio e são incapazes de se reproduzir fora
de uma célula. Podem causar doenças no homem, animais e plantas.
Bactérias: São micro-organismos muito pequenos, porém maiores que
os vírus, mas visíveis somente ao microscópio. Apresentam formas variadas e
pertencem ao reino Monera, sendo considerados como seres unicelulares, ou seja,
procariontes.
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3.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
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e colaboradores propuseram um novo e revolucionário sistema de classificação
baseado principalmente em aspectos evolutivos (filogenéticos), pela comparação
das sequência de genes que codificavam o rRNA de diferentes organismos.
Dessa forma, Woese acreditava que organismos filogeneticamente próximos
exibiriam maiores semelhanças (menor diversificação) nas sequências que
organismos filogeneticamente distantes.
Esta nova proposta de classificação subdivide os seres vivos em três
domínios:
Archaea: Composto por micro-organismos procariotos;
Bactéria: Composto também por micro-organismos procariotos;
Eukarya: Composto por micro-organismos eucariotos.
A princípio, acredita-se que estes três domínios divergiram a partir de um
ancestral comum.
As algas caracterizam-se por apresentarem clorofila, além de outros
pigmentos, sendo encontradas basicamente nos solos e águas.
Os protozoários correspondem a células eucarióticas, não pigmentados,
geralmente móveis e sem parede celular, nutrindo-se por ingestão e podendo ser
saprófitas ou parasitas.
Os fungos são também células sem clorofila, que apresentam parede
celular, realizam metabolismo heterotrófico e nutrem-se por absorção.
Os vírus são também abordados pela microbiologia, embora sejam
entidades acelulares, que não apresentam metabolismo próprio, sendo dependentes
de uma célula hospedeira.
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Podemos citar duas premissas que já não podem mais ser consideradas
como verdade absoluta na conceituação desta área de conhecimento, são elas: as
dimensões dos microrganismos e a natureza independente destes seres.
No ano de 1985 foi descoberto um organismo, denominado Epulopiscium
fischelsoni que, a partir de 1991, foi definido como sendo o maior procarioto já
descrito, exibindo cerca de 500 µm de comprimento.
Esta bactéria foi isolada do intestino de um peixe marinho, encontrado nas
águas da Austrália e do Mar Vermelho. Além de apresentar dimensões nunca vistas,
tal bactéria mostra-se totalmente diferente das demais quanto ao processo de
divisão celular, que ao invés de ser por fusão binária, envolve um provável tipo de
reprodução vivípara, levando à formação de pequenos “glóbulos”, que
correspondem às células filhas.
Recentemente, em 1999, outro relato descreve o isolamento de uma
bactéria ainda maior, isolada na costa da Namíbia. Esta, denominada Thiomargarita
namibiensis, pode ser visualizada a olho nu, atingindo aproximadamente 0,8 mm de
comprimento e 0,1 a 0,3 mm de largura.
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41
O carbono encontra-se na atmosfera primariamente como CO 2 , sendo
utilizado pelos organismos fotossintetizantes, para sua nutrição. Virtualmente, a
energia para o desenvolvimento da vida na Terra é derivada, em última análise, a
partir de luz solar.
A luz é captada pelas plantas e microrganismos fotossintetizantes, como por
exemplo, algas e bactérias, que convertem o CO 2 em compostos orgânicos.
Os animais herbívoros alimentam-se de plantas e os carnívoros alimentam-
se dos herbívoros.
Em termos de ciclo global, há um balanço entre o consumo de CO2 na
fotossíntese e sua produção por intermédio da mineralização e respiração. Esse
balanço, no entanto, vem sendo fortemente alterado por atividades humanas, tais
como a queima de combustíveis fósseis, promovendo um aumento da quantidade de
CO2 atmosférico, resultando efeito estufa.
A celulose existente nas plantas, embora seja um substrato extremamente
abundante na Terra, não é utilizável pela vasta maioria dos animais.
Por outro lado, vários microrganismos, incluindo fungos, bactérias e
protozoários a utilizam, como fonte de carbono e energia. Destes microrganismos,
muitos se encontram no trato intestinal de vários herbívoros e nos cupins.
Outra abordagem que tem se mostrado de grande valia para o homem
refere-se à introdução de genes bacterianos em outros organismos, chamados de
transgênicos, tais como plantas. Assim, está em franco desenvolvimento a obtenção
de plantas transgênicas resistentes a pesticidas ou ao ataque de insetos.
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Hoje, a Organização Mundial da Saúde vem demonstrando crescente
interesse nas doenças emergentes e re-emergentes, de origem infecciosa.
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Estreptococcias;
Gripe suina;
AIDS (HIV).
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A lavagem das mãos é a forma mais eficaz de prevenir as infecções
transmitidas pelo contato e pela via fecal-oral, como gripes, conjuntivites e diarreias
infecciosas e ainda auxilia na prevenção daquelas transmitidas por via respiratória.
O instrumentador cirúrgico não pode nunca se esquecer deste princípio
básico, pois estará trabalhando com o paciente em uma condição frágil, portanto
propenso a adquirir e transmitir infecções.
O simples ato de lavar as mãos previne até 80% a transmissão das doenças
infecciosas. A lavagem das mãos é o procedimento de mais fácil acesso a todos os
profissionais e instituições hospitalares, ou seja, é barato, prático e de alta eficácia.
Essa medida deve ser estimulada ainda mais no ambiente hospitalar, com a
disponibilização de lavabos, sabonete líquido. É importante também que os
profissionais de saúde sejam orientados e treinados para evitar a transmissão
cruzada entre os pacientes.
Como já citamos anteriormente, mas estaremos reforçando aqui, as doenças
infecciosas podem ser causadas por vírus, como a hepatite, a rubéola e o sarampo,
ou por bactérias, como o tétano e a meningite.
Contra os vírus, o único tratamento, na maioria dos casos, é a vacina. Se
esta não existir, o organismo ou vence a infecção com os seus próprios anticorpos
ou entra em sofrimento.
Se o responsável for uma bactéria, no caso de não ter sido efetuada uma
prevenção com uma vacina, ou de esta não existir, a infecção será combatida com
antibióticos.
Às vezes, porém, a doença consegue provocar lesões graves ou
completamente irreparáveis, antes que se consiga intervir com o antibiótico, como é
o caso, por exemplo, do tétano.
O instrumentador cirúrgico deve lembrar que as doenças infecciosas são
contagiosas, ou seja, podem ser transmitidas de uma pessoa para outra. Elas
podem ser transmitidas por contato com a pele, através de fluidos corporais, em
alimentos ou bebidas contaminados ou por partículas do ar que contenham micro-
organismos, embora os caminhos e facilidade de transmissão variem de uma
doença para outra.
Outra forma de transmissão muito comum em nosso país são as picadas de
insetos ou mordidas de animais. Se um inseto picar uma pessoa infectada, ele pode
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transmitir o micro-organismo e passar a doença para outra por meio de uma nova
picada.
5 NOÇÕES DE ANESTESIOLOGIA
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quanto no ambiente da enfermaria, realizando cuidados paliativos até o momento da
Alta Hospitalar.
O médico anestesiologista, comumente chamado de anestesista, é o
profissional que, após concluir o curso de Medicina, deve realizar a residência
médica, que equivale a uma especialização por no mínimo três anos.
A anestesiologia é uma especialidade médica em que os seus elementos
são peritos, nas áreas de anestesia, medicina intensiva, dor aguda, dor crônica e
reanimação.
Os médicos anestesistas são comumente encontrados em centros cirúrgicos
e em clínicas de tratamento de dor. Existem ainda os profissionais que trabalham em
serviços de urgência.
No Brasil, sua prática, bem como a discriminação das condições mínimas
para a segurança do paciente, e a divisão de responsabilidades entre os
profissionais que a exercem, é especificada em resolução do Conselho Federal de
Medicina (CFM) número 1802/06.
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5.1.2 Bloqueios regionais
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Limitada duração da anestesia quando utilizado técnica sem a
colocação de catéteres.
O anestésico local preconizado em raquianestesia há algum tempo é a
bupivacaína 0.5% pesada com glicose a 8%, por essa ser mais segura que a
lidocaína hiperbárica a 5%, por meio desta técnica anestésica pode propiciar o
aparecimento da síndrome da cauda equina e de sintoimas neurológicos transitórios
embora sejam complicações raras.
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procedimentos cirúrgicos e obstétricos das regiões perineal e anorretal. É muito
comum em anestesia pediátrica.
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Bloqueios regionais associados visando analgesia e proteção
autonômica;
Fármacos adjuvantes visando efeitos diversos como controle da
pressão arterial, frequência cardíaca, tratamento de intercorrências tais como
alergias entre outras funções.
A inconsciência pode não ocorrer nos casos em que se deseje algum grau
de proteção ao paciente ou em situações de extremo risco de morte, como por
exemplo, gravidez, traumatizado multisistêmico, idosos e pacientes com algum grau
de choque, seja ele hipovolêmico, séptico ou cardiogênico. Quanto maior a
profundidade da anestesia, maior o grau de inconsciência.
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5.2 COMPLICAÇÕES
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Os pacientes também têm um papel muito importante na prevenção de
complicações, realizando cuidados simples, como por exemplo:
Respeitar o jejum pré-operatório de 6 horas para alimentos sólidos e de
duas a quatro horas para alimentos líquidos;
Informar o médico sobre alergias, medicamentos em uso e
antecedentes anestésicos;
Retirar próteses dentárias móveis.
O anestesista deve estabelecer com o paciente uma relação de empatia
desde a visita pré-anestésica, pois assim, o paciente irá confiar no médico, e o
procedimento cirúrgico-anestésico terá tudo para transcorrer sem intercorrências.
6 NOÇÕES DE HEMATOLOGIA
6.1 SANGUE
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nutrientes a todos os órgãos.
O sangue, juntamente com o coração e os vasos sanguíneos compõe o
sistema circulatório. É uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do
organismo. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue
são células como os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões e adquire
uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos
pequenos vasos denominados capilares.
Esse movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade
coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue
transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas.
No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio,
a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias,
leucócitos e plaquetas.
O ramo que estuda o sangue e as suas doenças é a hematologia.
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Coleta de excreções metabólicas e celulares;
Encaminha as excreções nos órgãos excretores;
Exerce importância no Sistema imunológico na defesa contra
infecções;
Auxilia na termorregulação do organismo.
6.1.2 Composição
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55
células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula
óssea.
Os leucócitos ou glóbulos brancos são encarregados pela defesa de
nosso corpo, protegendo nosso organismo contra a invasão de micro-
organismos indesejados, como os vírus, bactérias e fungos.
Os glóbulos brancos formam verdadeiros exércitos contra os micro-
organismos causadores de doenças e qualquer partícula estranha que penetre no
organismo. Outra função importante é a limpeza do corpo, destruindo as células
mortas e restos de tecidos.
São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos, linfócitos.
Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um
agente causador de uma doença.
No sangue, temos de 5.000 a 10.000 glóbulos brancos, que recebem o
nome de leucócitos. De 4.000 a 11.000 glóbulos brancos por mm3. São de vários
tipos principais:
Neutrófilos: Que fagocitam e destroem bactérias;
Eosinófilos: Que aumentam seu número e se ativam na presença de
certas infecções e alergias;
Basófilos: Que segregam substâncias como a heparina, de
propriedades anticoagulantes e a histamina;
Linfócitos: Que desempenham um papel importante na produção de
anticorpos e na imunidade celular;
Monócitos: Que digerem substâncias estranhas não bacterianas.
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na coagulação do sangue. Quando há um ferimento com rompimento do vaso
sanguíneo, ocorre uma série de eventos que impedem a perda de sangue.
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Pode-se verificar a anemia em diversos casos patológicos, como por
exemplo, na hemólise, doenças malignas, saturnismo, talassemia, hemorragia,
deficiência de vitamina B12, deficiência de ferro, afecções inflamatórias crônicas,
dentre outras.
A mais comum é a anemia ferropênica provocada por um deficit de ferro,
elemento essencial para a fabricação de glóbulos vermelhos. A anemia perniciosa é
provocada por um deficit de vitamina B12, fundamental para a produção de
hemácias.
Quando a análise de uma amostra de sangue é realizada, verifica-se a
definição das diferentes formas de anemia e determina a sua causa.
Podemos realizar as seguintes avaliações:
Segundo o volume globular médio (hemácias): Anemias microcíticas,
normocíticas, macrocíticas e megalocíticas;
Segundo a concentração corpuscular média de hemoglobina (cromia):
Anemias hipocrônicas ou normocrônicas;
Segundo a concentração sérica de ferro e de siderofilina: Anemias
hipo, normo ou hipersiderêmicas com siderofilina baixa, normal ou aumentada;
Segundo o aspecto da medula óssea: Formas megaloblásticas;
Número de reticulócitos do sangue circulante: Anemias arregenerativas
ou regenerativas;
Localização do fator responsável pela hemólise: Anemias hemolíticas
corpusculares ou extracorpusculares.
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transformam em enzimas durante o processo de coagulação.
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Forma-se, então, um coágulo sólido e posteriormente, este coágulo é lisado
pelo sistema fibrinolítico, fazendo com que o plasminogênio seja ativado à plasmina
e dividindo a fibrina em uma série de produtos de degradação. Assim, o local lesado
é reparado e restabelece-se o fluxo sanguíneo normal.
Distúrbios adquiridos ou hereditários destes sistemas fisiológicos ocasionam
doenças hemorrágicas ou trombóticas. Os mecanismos fisiopatológicos que
envolvem a trombogênese têm sido amplamente estudados e contam com vários
componentes que envolvem alterações no fluxo, na composição do sangue e na
parede vascular.
Muitos apresentam defeito plaquetário e alterações congênitas ou adquiridas
das proteínas da coagulação, outros são basicamente atribuídos ao meio, como
estilo de vida, ou ainda trata-se de pacientes clinicamente suspeitos de
apresentarem quadro de hipercoagulabilidade adquirida ou secundária, como
anticoagulante lúpico, uso de estrogênio, neoplasias, diabetes mellitus, pós-
operatório, trauma, gravidez, imobilização prolongada, dentre outras.
A coagulação sanguínea é uma sequência complexa de reações químicas
que resultam na formação de um coágulo de fibrina. É uma parte importante da
hemostasia, na qual a parede de vaso sanguíneo danificado é coberta por um
coágulo de fibrina para parar a sangramento e ajuda a reparar o tecido danificado.
Desordens na coagulação podem levar a um aumento no risco de hemorragia,
trombose ou embolismo.
A coagulação é semelhante nas várias espécies de mamíferos. Em todos
eles o processo envolve um mecanismo combinado de células e proteínas. Esse
sistema nos humanos é o mais extensamente pesquisado e consequentemente o
mais bem conhecido. Esse artigo é focado na coagulação sanguínea humana.
Em um indivíduo normal, a coagulação é iniciada dentro de 20 segundos
após a lesão ocorrer ao vaso sanguíneo causando dano às células endoteliais. As
plaquetas formam imediatamente um tampão plaquetário no local da lesão. Essa é a
chamada hemostasia primária.
A hemostasia secundária acontece quando os componentes do plasma
chamados fatores de coagulação respondem em uma completa cascata de reações
para formar fios de fibrina, que fortalecem o tampão plaquetário.
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Ao contrário da crença comum, a coagulação a partir de um corte na pele
não é iniciada pelo ar ou por meio da secagem da área, na verdade ocorre através
das plaquetas que se aderem e que são ativadas pelo colágeno do endotélio do
vaso sanguíneo que fica exposto, quando cortado o vaso.
As plaquetas ativadas então liberam o conteúdo de seus grânulos, que
contêm uma grande variedade de substâncias que estimulam uma ativação ainda
maior de outras plaquetas e melhoram o processo hemostásico.
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Nos seres humanos existem os seguintes tipos básicos de sangue em
relação aos sistemas ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos. Nas hemácias
humanas podem existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio
B. De acordo com a presença ou não dessas hemácias, o sangue é assim
classificado:
• Grupo A – possui somente o aglutinogênio A;
• Grupo B – possui somente o aglutinogênio B;
• Grupo AB – possui somente o aglutinogênio A e B;
• Grupo O – não possui aglutinogênios.
No plasma sanguíneo humano podem existir duas proteínas, chamadas
aglutininas: aglutinina anti-A e aglutinina anti-B.
Se uma pessoa possui aglutinogênio A, não pode ter aglutinina anti-A, da
mesma maneira, se possui aglutinogênio B, não pode ter aglutinina anti-B. Caso
contrário, ocorrem reações que provocam a aglutinação ou o agrupamento de
hemácias, o que pode entupir vasos sanguíneos e comprometer a circulação do
sangue no organismo. Esse processo pode levar a pessoa à morte.
Na tabela abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e o tipo de
aglutinina existente em cada grupo sanguíneo:
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Pelo padrão de reação observado nesses cruzamentos o sangue foi
classificado em três grupos (A, B e O). O grupo AB foi identificado, em 1902, por
seus colaboradores. Nesse sistema, o plasma do indivíduo sempre contém
anticorpos para os antígenos que estiverem ausentes nas hemácias.
A transfusão de sangue deve respeitar as compatibilidades entre os grupos
do sistema ABO, pois uma transfusão de sangue incompatível pode ser muito
perigosa.
Quando hemácias incompatíveis são dadas a um paciente elas são
destruídas a uma velocidade de quase 1 ml por minuto provocando uma reação
muito severa (hemólise intravascular). Esse quadro se caracteriza por febre,
desconforto respiratório súbito, hipotensão, escurecimento da urina e insuficiência
renal.
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TABELA III – GENES FORMADORES DO SISTEMA ABO
Tipo sanguíneo A B AB O
Combinação de
AA ; AO BB ; BO AB OO
Genes
FONTE: Disponível em: <http//:www.hemoclinicadf.com.br>. Acesso em: 28 jun. 2011.
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Na ginecologia, obstetrícia e neonatologia: é possível se
diagnosticar a eritroblastose fetal através do seu estudo, adotando-se medidas
preventivas e curativas.
Na Antropologia: é possível estudar diversas raças e suas inter-
relações evolutivas, mediante a análise da distribuição populacional dos diversos
antígenos, determinando sua predominância em cada raça humana e fazendo-se
comparações.
Na Medicina legal: é possível se determinar, por exemplo, o tipo
sanguíneo de um criminoso a partir de material colhido na cena do crime, auxiliando
na investigação criminal.
6.2.2 Sistema Rh
Levin e Stone (1939) relataram o caso de um feto natimorto gerado por uma
mulher que posteriormente manifestou reação hemolítica transfusional ao receber
sangue de seu marido, compatível quanto ao sistema ABO, o único então
conhecido.
Landsteiner e Wiener (1940) descreveram um anticorpo produzido no soro
de coelhos e cobaias, pela imunização com hemácias de Macacus rhesus, que era
capaz de aglutinar as hemácias de 85% das amostras obtidas de um grupo de
caucasoides americanos.
Wiener e Peters (1940) aproximaram as duas observações, determinando
tratar-se do mesmo antígeno. O anticorpo produzido no sangue da cobaia foi
denominado de anti-Rh.
Os indivíduos que apresentavam o fator Rh passaram a ser designados
Rh+, o que geneticamente acreditava-se corresponder aos genótipos RR ou Rr. Os
indivíduos que não apresentam o fator Rh foram designados Rh- e apresentavam o
genótipo rr, sendo considerados geneticamente recessivos.
Os antígenos do sistema Rh são de natureza glicoproteica, de grande
variabilidade. A tipificação dos fatores Rh, com o avançar das pesquisas, o sistema
se revelou na prática bem mais complexo do que simplesmente em Rh Positivo e Rh
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negativo. Hoje, são conhecidos mais de 40 antígenos diferentes pertencentes a esse
sistema.
Não existem anticorpos naturais no sistema Rh, sendo os anticorpos
presentes apenas nos indivíduos sensibilizados por inoculação prévia. A inoculação
pode ocorrer por episódios de transfusão incompatível ou, na mulher, devido à
introdução, no sangue materno da mãe Rh negativo, de hemácias provenientes de
uma gravidez ou aborto de filho Rh Positivo.
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Os pacientes Rh negativo representam em torno de 15% dos
receptores; estes pacientes devem receber sangue Rh negativo, e podem doar para
qualquer tipo. Em circunstâncias especiais, é considerada aceitável a transfusão de
sangue Rh negativo, CDE positivo a estes pacientes. Esta, contudo, deve ser
evitada.
Pacientes Rh negativo, CDE positivo perfazem menos de 1% dos
indivíduos. Devem receber sangue Rh negativo, mas seu sangue ordinariamente é
doado a receptores Rh positivo.
Os pacientes Rh fraco (antigamente designados como Rh negativo, Du
positivo) são equiparados aos pacientes Rh Positivo, considerando-se haver uma
diferença apenas quantitativa e não qualitativa, na expressão de seu antígeno.
Juntos, perfazem o total de aproximadamente 85% dos indivíduos. Podem receber
sangue de qualquer tipo, mas doam apenas aos pacientes Rh positivo ou fraco.
Se um paciente Rh negativo doar sangue para um paciente Rh positivo, ele
estará entregando hemácias lisas e nada acontece;
Se um paciente Rh positivo doar sangue para um paciente Rh negativo, ele
estará entregando uma proteína estranha (fator Rh), no soro do receptor pode haver
anticorpos, assim pode ocorrer à aglutinação do sangue.
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Assim, um indivíduo do grupo B não pode doar sangue para outro do grupo
O, uma vez que as aglutininas anti-B do receptor reagiriam com os aglutinogênios B
do doador, à semelhança de uma reação antígeno-anticorpo.
Dessa reação, na qual os aglutinogênios B atuariam como antígeno, ou seja,
uma proteína “estranha” ao receptor do grupo O e as aglutininas anti-B como
anticorpos, resulta a aglutinação do sangue doado, fato que pode provocar a
obstrução de vasos sanguíneos, com consequências que podem levar o receptor à
morte.
Porém, um indivíduo do grupo O pode doar sangue para outro do grupo B,
porque o volume de sangue doado não contém aglutininas em taxa suficientemente
grande para provocar a aglutinação das hemácias do receptor.
Podemos observar então, que as hemácias que se aglutinam são aquelas
presentes no sangue doado e, para tanto, devem conter aglutinogênios “estranhos”,
isto é, que não existem no sangue do receptor.
Veja no esquema a seguir, indicado pelas setas, as transfusões quanto ao
sistema ABO:
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6.2.4 Transplante de medula óssea
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O transplante de medula óssea (TMO) é um tratamento no qual a medula do
paciente é destruída com altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia. O
condicionamento faz com que o sistema imunológico do paciente fique sem
capacidade de reconhecer e destruir o enxerto, no caso a medula do doador. Essa
medula doente será destruída substituída por células mãe do sangue, sadias de um
doador compatível.
O transplante de medula óssea é diferente da maioria dos transplantes. É
uma terapia celular, o órgão transplantado não é sólido, como fígado, ou rim - são
células que são levadas do doador ao receptor.
Nesse procedimento, o paciente (receptor) recebe o a medula óssea por
meio de uma transfusão, ou seja, as células mãe ou progenitoras do sangue são
colhidas do doador, colocadas em uma bolsa de "sangue", transfundidas para o
paciente.
As células transfundidas circulam pelo sangue, se instalam no interior dos
ossos, dentro da medula óssea do paciente. Depois de um período variável de
tempo ocorre a "pega" da medula, quando as células do doador começam a se
multiplicar, produzindo as células do sangue e enviando ao sangue: glóbulos
brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas normalmente.
Médicos também têm usado transplantes de medula óssea em tratamentos
experimentais de pacientes com tumores cancerígenos sólidos, como o de mama e
testículos, por exemplo, que requerem tratamento agressivo com altas doses de
medicamentos tóxicos.
Nesse caso, o transplante de medula óssea é usado para tentar "salvar" o
paciente das altas doses de quimioterapia necessárias para destruir o câncer, a qual
também destrói a medula óssea.
O tratamento tem o objetivo de substituir a medula óssea doente, ou
deficitária, por células normais de medula óssea de um doador sadio, com o objetivo
de regenerar a medula do paciente.
Há três tipos de transplantes:
Autólogo: Neste tipo de transplante o paciente é seu próprio doador.
Esse procedimento é indicado somente para algumas doenças. Após o paciente
completar as sessões de quimioterapia, as células mãe da medula óssea são
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retiradas do próprio paciente, armazenadas e transfundidas após altas doses de
quimioterapia a fim de eliminar células doentes e reconstituir a medula óssea;
Singênico: é o transplante de medula óssea entre irmãos gêmeos
idênticos; neste caso, o paciente certamente tem um doador compatível que possui
características genéticas idênticas a ele;
Alogênico: as células-tronco ou células mãe do sangue são recebidas
de outra pessoa; um doador selecionado por testes de compatibilidade
(Compatibilidade HLA). Esse doador compatível pode ser um irmão, irmã, parentes
próximos ou pode ser um doador voluntário não aparentado, cadastrado em bancos
de medula óssea ou em bancos de cordão umbilical.
7.1 DEFINIÇÃO
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71
essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento
hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia.
A infecção hospitalar também pode ser denominada de infecção nosocomial.
O diagnóstico de infecção hospitalar envolve o uso de alguns critérios
técnicos, previamente estabelecidos, como citaremos a seguir:
Observação direta do paciente ou análise de seu prontuário;
Resultados de exames laboratoriais;
Se não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção no
momento da internação no hospital, convenciona-se infecção hospitalar toda
manifestação clínica de infecção que se apresentar após 72 horas da admissão no
hospital;
Também são convencionadas infecções hospitalares aquelas
manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos
médicos realizados durante esse período;
Os pacientes transferidos de outro hospital são considerados
portadores de infecção hospitalar do seu hospital de origem;
As infecções de recém-nascidos são hospitalares, com exceção das
transmitidas pela placenta ou das associadas à bolsa rota superior a 24 horas.
Qualquer paciente que internar-se em um hospital para tratamento médico,
seja ele clínico ou cirúrgico, está sujeito a adquirir uma infecção hospitalar, que está
diretamente relacionada ao tempo de internação, a qualificação dos profissionais de
saúde e ao procedimento a ser realizado.
Em procedimentos cirúrgicos existe maior risco de o paciente contrair
infecção hospitalar do que em uma internação clínica sem procedimentos já que os
centros de tratamento intensivo, centros cirúrgicos e centros obstétricos são locais
onde há muito mais chances de contrair infecção.
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respiratório, urinário ou outro. Pacientes graves podem ter comprometimento de todo
o organismo.
Esses sinais e sintomas podem ser, entre outros: febre, dor no local afetado,
alteração de exames laboratoriais, debilidade, dentre outros.
O instrumentador cirúrgico é o profissional que estará responsável por cuidar
dos instrumentais cirúrgicos e esse cuidado é fundamental para que o paciente não
seja acometido por uma infecção, pois muitas vezes os micro-organismos
patogênicos se encontram nestes artigos.
7.3 TRATAMENTO
7.4 PREVENÇÃO
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A morte do ex-presidente Tancredo Neves aproximou de certa forma a
população brasileira a este tema, trazendo para o nosso dia a dia conceitos como
septicemia, diverticulite e infecção generalizada.
Desde então, a infecção hospitalar não mudou, apenas tornou-se mais
conhecida, permanecendo como um dos grandes flagelos mundiais na área de
saúde, pois nenhum país tem o controle absoluto da infecção hospitalar, apenas
existem países que possuem números mais baixos de contaminação.
7.5 CONTROLE
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infecções é grande, porque implantou os princípios de assepsia, isto é, manter livre
de germes os centros cirúrgicos.
O costume de manter o ambiente limpo e de trabalhar com os doentes nas
condições mais assépticas possíveis foi pouco a pouco assumido por todas as
pessoas dedicadas a atender enfermos.
A partir dessa época, novos descobrimentos se fizeram, como o uso de
luvas de borracha, a esterilização por vapor de água e o emprego de antissépticos
cada vez mais eficazes.
Parte desses descobrimentos continuam sendo usados, porém o grande
avanço de nossa época é o uso de material descartável e os métodos industriais de
esterilização, que significaram grande progresso no controle das infecções.
Ao mesmo tempo em que se progredia no estudo dos compostos capazes
de destruir os germes patogênicos sobre os materiais e sobre a pele, começou-se a
buscar substâncias que destruíssem os germes no interior do organismo, sem
prejuízo para as células das pessoas.
No início do século XX, foram descobertas as sulfamidas, que eliminavam
alguns micro-organismoss, mais o avanço mais importante supõe-se ter sido a
obtenção, em 1929, do primeiro antibiótico, a penicilina.
Porém, a sua produção e comercialização só começaram na década de 40.
Desde então, até os dias de hoje, foram descobertos e produzidos outros
antibióticos cada vez mais eficazes no tratamento de muitas doenças infecciosas.
Não podemos esquecer também os estudos sobre as defesas do próprio
organismo contra as infecções e o descobrimento das vacinas no final do século
XIX. A partir desse momento, o uso generalizado e sistemático das vacinações fez
diminuir a incidência de algumas doenças e desaparecer outras, como a varíola, que
nos séculos passados produzia grande número de mortes.
No ano de 2010, pesquisadores escoceses desenvolveram, na Universidade
de Strathclyde, um método chamado de descontaminação denominado Sistema de
Descontaminação Ambiental de Luz. Esse sistema utiliza luz de alta intensidade e
tem 60% a mais de eficiência que os métodos tradicionais de eliminação de
bactérias e fungos.
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7.6 POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA INCISÃO CIRÚRGICA
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A principal barreira que temos contra os micro-organismos é a nossa pele. A
camada superficial da pele é formada por células mortas com grande quantidade de
queratina.
Essa faz com que a pele seja impermeável e, com a secreção gordurosa e o
suor, evite que os micro-organismos penetrem no organismo. Se a pele se rompe ou
se altera, as bactérias que normalmente nela vivem podem introduzir-se no
organismo, produzindo infecção.
Outra via importante para a entrada de micro-organismos é a respiratória.
Aqui, entre células que recobrem a faringe e a traqueia, existem células que
segregam mucosidade para reter os elementos estranhos, além disso, há cílios que
se movem continuamente para expulsá-los para o exterior. Esse epitélio fica alterado
nos fumantes, por isso eles têm mais infecções respiratórias do que os não
fumantes.
A entrada de micro-organismos pelo aparelho digestivo está protegida pela
saliva e sucos gástricos, que têm capacidade de destruir alguns micróbios. O rim e a
via urinária são protegidos pelo esfíncter de saída e o esvaziamento periódico da
urina.
Também a vagina e os olhos têm secreções protetoras das infecções. São o
fluxo vaginal e a lágrimas. A alteração dessas secreções facilita o surgimento de
infecções.
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que necessitam de transplante de órgãos, demonstram como o atendimento
hospitalar evoluiu.
Em contrapartida, essa melhoria no atendimento e avanço tecnológico
aumentou o número de procedimentos possíveis de serem realizados num hospital.
Procedimentos que, ao mesmo tempo em que prolongam a vida, trazem
consigo um risco aumentado de infecção, pois aumentam o tempo de internação
hospitalar e com isso a probabilidade do paciente contrair a infecção hospitalar.
Muitos desses procedimentos são invasivos, isto é, penetram as barreiras de
proteção do corpo humano. A primeira barreira de proteção do corpo é a pele,
entretanto, sendo mais frequentemente rompida por procedimentos hospitalares,
portanto, a melhoria no atendimento possibilita maior sobrevida, mas têm o ônus de
elevar o risco de infecção.
Estas técnicas invasivas favorecem a penetração de microrganismos que
não pertencem ao corpo do hospedeiro. Para evitar que essa penetração ocorra, os
procedimentos precisam ser padronizados de modo a serem desenvolvidos de
maneira asséptica.
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Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se
refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.
Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os
mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital.
Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis,
quando se trata de pacientes hospitalizados.
Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição
correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física
das unidades de saúde.
É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam
treinamento para a atuação nesta área. Há exigência legal para manutenção de pelo
menos um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital. Isso está
regulamentado em portaria do Ministério da Saúde.
Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH, devendo
esses contribuir para a padronização correta dos procedimentos a serem
executados.
Os profissionais devem possuir formação de nível superior e geralmente são
farmacêuticos, médicos microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos
da área cirúrgica, clínica e obstétrica.
Representantes da administração do hospital devem atuar também na CCIH
para colaborar na implantação das recomendações.
A lavagem de mãos é a arma mais importante e econômica na prevenção
das infecções hospitalares. Ela impede que microrganismos presentes nas mãos
dos profissionais de saúde sejam transferidos para o paciente.
Cada hospital possui uma clientela diferente e variados níveis de
atendimento, por esse motivo, não é necessário compararmos uma instituição com
outra.
Dentro de um mesmo hospital o risco de adquirir infecção hospitalar pode
variar muito, de acordo com os diversos serviços e procedimentos realizados. Só um
profissional qualificado pode reconhecer as circunstâncias que permitem a
comparação entre serviços.
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Caso contrário, as taxas de infecção hospitalar tornam-se um número sem
sentido, podendo parecer muito ou pouco, conforme o entendimento pessoal, porém
sem base científica.
Hoje, o conhecimento científico permite saber qual o risco potencial de
infecção hospitalar envolvido em cada procedimento realizado. Antes de identificar
se o índice é realmente zero, é preciso saber se a detecção de episódios de
infecção hospitalar está sendo conduzida por pessoal qualificado e se a CCIH está
efetivamente trabalhando.
Segundo a portaria do Ministério da Saúde n. 2616, de 1998, todos os
hospitais devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
8 ÉTICA PROFISSIONAL
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segunda reporta-se aos motivos ou causas que levam o homem a ter essa ou
aquela conduta.
Ética em grego designa a morada humana, não é algo pronto e construído
de uma só vez. Ético significa tudo àquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para
que seja uma moradia saudável. Materialmente sustentável psicologicamente
integrada e espiritualmente fecunda. A partir desses conceitos analisamos o homem
dominando a natureza, mudando o seu percurso natural e inscrevendo novos
costumes.
Dessa forma, ética não é moral da forma que entendemos hoje, como um
conjunto de normas, e sim indica o lugar onde esses costumes tomam forma e como
as pessoas costumam viver em sociedade.
A ética está baseada em princípios, valores, sentimentos, emoções que
cada pessoa traz dentro de si; ela reflete o ato de pensar e questionar, ou seja, um
modo de ser, e com isso o homem apresenta condutas conscientes que se refletem
em suas escolhas e ações.
Ao se lançar no mundo as pessoas sentem sua impotência para entender
todos os fatos e aplicar tudo aquilo que considera ser o melhor em prol do coletivo.
Na década de 30, ao trabalhar com jovens o Cardeal belga Cardjn introduziu
o Método “Ver, Julgar, Agir, Rever”, com intuito de desenvolver uma consciência
crítica, ampliando a capacidade de estabelecer normas básicas para seu
comportamento e para seu modo de agir, levando as condutas éticas:
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Este Método, a princípio, parece mecânico ou pouco natural, mas à medida
que se apropria destas etapas o homem consegue ter uma prática consciente e
crítica em prol de uma sociedade justa e de homens felizes.
Ética é a ciência que tem por objetivo os atos morais, produzidos pela
vivência e prática dos valores determinados em um grupo social, em um tempo e
espaço; os atos éticos são exclusivos do homem que ao agir consciente, livre e
responsável caracteriza as condições fundamentais do ato moral.
Outro conceito descrito no Manual de Fiscalização COFEN-1984, diz que
ética é o conjunto de princípios colocados à disposição do ser humano, com vistas a
sua preservação e elevação, procede diretamente do criador e é constituída pelos
elementos básicos da vida (inclusa saúde), harmonia, liberdade, justiça, alegria, do
amor, do equilíbrio, da razão e da inteligência.
A ética nasce da necessidade de fazer o bem, o que implica o
reconhecimento de um valor, das coisas e das pessoas; não existe o bem absoluto,
o bem precisa ser ensinado; essa tarefa não é fácil, pois para o homem agir bem é
necessário que haja um processo de aprendizagem, o que requer tempo e
amadurecimento, por meio da convivência com outras pessoas e com o mundo em
que está inserido.
O primeiro nível do conhecimento emerge das práticas do cotidiano que
resultam da repetição sistemática do fazer coisas de forma organizada; esse
processo leva o homem a fazer uso da sua inteligência (razão - ato de pensar) de
um modo prático.
Ao assumir uma atitude, o homem usa também como ferramentas a
consciência, a pretensão e algumas virtudes como prudência e tolerância, as quais
são imprescindíveis para estabelecer relações harmônicas com as pessoas e o
mundo em que vive.
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Ao fazer suas escolhas o homem é capaz de produzir algo fundamental na
ética, que é o agir consciente, aplicando aquilo que considera bom, agindo bem e
para o bem.
O homem está em constante processo de aprendizado, questionando,
criando e alterando a cultura e a história. Para enfrentar as dificuldades usa o
conhecimento em diferentes níveis: o físico, o mental, o emocional e o espiritual.
A inteligência se refere à capacidade de intuir e de ler no interior da
realidade um sentido de valor e a razão se refere a contar e analisar, o espírito é
algo muito profundo e envolve a vida, a ética, o estético e a metafísica, porque vai
além do físico e contempla aquilo que transcende.
Todos esses níveis de conhecimentos promovem uma integração, pois
existe uma interface entre essas dimensões que não se separam na atividade
humana.
É muito importante atribuirmos valores às coisas, aos objetos e até a
conduta humana, pois o próprio agir humano é uma forma de expressar valores, a
partir deles é possível conceber o mundo em que vive e conhecer a si e aos outros.
Construímos os conceitos de ética como uma ação individual em que cada
pessoa tem a sua, na qual se baseia em princípios, valores e sentimentos que cada
um traz dentro de si e a partir de sua própria escolha é possível se aproximar ou se
distanciar dos valores de outras pessoas.
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Podendo resumir que ética sempre irá referir-se ao valor da ação humana,
ação consciente, racional e com liberdade de optar por este ou aquele valor, para
fundamentar o seu agir e a moral é o conjunto de normas e costumes que tende a
regulamentar o agir das pessoas e ao mesmo tempo oferece oportunidade para a
pessoa refletir sobre o valor do agir humano.
É comum o pensamento de que moral e ética são sinônimos, contudo
analisando as origens etimológicas dos termos percebemos a diferença. A ética tem
sua raiz no termo grego éthos que quer dizer “modo de ser” ou “caráter” e a moral
provém do latim mos ou mores e quer dizer “costume ou costumes”, ambos são
adquiridos por hábito e não são, portanto, decorrentes de disposição natural; não
nascemos com eles, mas adquirimos na medida em que nos relacionamos com os
outros semelhantes em um determinado contexto social e histórico.
O objeto da ética é constituído de atos conscientes e voluntários dos
indivíduos, os quais podem repercutir e trazer consequências a outro indivíduo; o
conceito de moral engloba o que deve ser e o que é.
Um ato para ser moral deve possuir motivação aceita pela coletividade,
considerando o motivo, fins, meios utilizados para obtenção dos resultados, bem
como a liberdade e a consciência para agir são predicativos imprescindíveis do ato
moral. Assim, a pessoa responde pelo ato quando age conscientemente, ou seja,
com autonomia e liberdade, tendo como parâmetro os valores coletivos.
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Manter a assepsia rigorosa e ter pronto todo o material da diérese de
síntese e hemostase;
Diligência e ajustes nas ações manuais;
Ordem e método na arrumação do instrumental;
Limpeza e acomodação do instrumental usado, quando o cirurgião o
deixa na mesa, manchado de sangue;
Entregar o instrumento com presteza, ao pedido, colocando-o em sua
mão, em forma, modo e precisão exata para uso imediato, sem que o cirurgião tenha
que reacomodá-lo em sua mão, ao utilizá-lo;
Entregar o instrumento que, por sinais manuais, poderá ser pedido pelo
cirurgião;
Entregar sucessivamente os instrumentos sem que os peçam. O
cirurgião realiza, em tempo "Standart", uma sucessão de atos operatórios
invariáveis;
Sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o primeiro
ajudante, segundo técnicas e detalhes bem estudados;
Deve guardar silêncio absoluto.
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Que exija o perfeito estado do material de sutura e dos instrumentos de
diérese, hemostase e síntese, entregues pela enfermeira da sala de operações.
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Art. 11º. – O Instrumentador Cirúrgico colocará seus serviços profissionais à
disposição da comunidade em casos de urgência, independentemente de qualquer
proveito pessoal.
Código aprovado em Assembleia Geral Ordinária da Anic, em São Paulo, no
dia 26 de Setembro de 1986.
1 - Promete ser fiel aos seus compromissos, às leis e o dever para com a
sociedade?
PROMETEMOS.
2 - Promete obedecer às ordens dos cirurgiões e seguir os parâmetros
segundo os ensinamentos obtidos?
PROMETEMOS.
3 - Promete ser fiel a única instituição da classe que ofereça reciclagem e
aprofundamento profissional?
PROMETEMOS.
4 - Promete obedecer às hierarquias institucionais?
PROMETEMOS.
5 - Jura nunca esquecer o ser humano?
JURAMOS.
FIM DO MÓDULO I
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