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Benedito Abacar Amade

Carla Bacar Norbo

Chande Amisse

Crispino Vasco Esteves

Mamodo Nazir

Pré-câmbrico em Moçambique

Trabalho de carácter avaliativo

na cadeira de geologia
de Moçambique

Leccionada pelo: Dr.


Fernando Momade

Universidade Pedagógica

Nampula

2019

1
Benedito Abacar Amade

Carla Bacar Norbo

Chande Amisse

Crispino Vasco Esteves

Mamodo Nazir

Geologia de Moçambique

Pré-câmbrico em Moçambique

Universidade Pedagógica

Nampula

2019

2
INDÍCE
1. Introdução.................................................................................................................................1

Pré-câmbrico em Moçambique........................................................................................................2

1.1 Pré-câmbrico inferior ou arcaico...............................................................................................3

1.1.1 Complexo Mudzi (A3Mq)......................................................................................................4

Litologia de complexo mudzi..........................................................................................................4

1.1.4 Complexo Mavonde (A3V)....................................................................................................5

A DIFERENÇA ENTRE MAVONDE E MUDZI..........................................................................6

1.1.5 Granitóides mais antigos (A2gt).............................................................................................7

1.1.7 Grupo Munhinga (A3MH)......................................................................................................7

1.1.6 Grupo Manica (A3M).............................................................................................................8

1.1.6.1 A Formação Macequece......................................................................................................9

1.1.6.2 A Formação Vengo............................................................................................................10

1.1.2 Terreno do Gondwana sul - cratão do Kalahari e Cinturões dobrados de idade proterozóica
.......................................................................................................................................................10

1.1.2 O Grupo de Gairezi...............................................................................................................11

1.1.8 Grupo Umkondo (P2U)........................................................................................................12

O GrupoMacossa.........................................................................................................................12

O GrupoChimoio.........................................................................................................................13

1.2 Unidades geológicas da província de Tete..............................................................................13

1.2.1 Principais Unidades Litoestratigraficas................................................................................13

2. Pré-câmbrico superior................................................................................................................14

Conclusão...................................................................................................................................16

Bibliográfia....................................................................................................................................17

3
1. Introdução

O presente trabalho tem tema: pré-câmbrico em Moçambique, dentro desse


tema vai se abordar as principais características das litologias que se
encontram em Moçambique, a divisão do pré-câmbrico em Moçambique, e
como e que se formaram esses terrenos que de Gondwana quais possíveis
grupo e formações desses terrenos e sua localização nos mapas, e por fim
vai se tentar trazer os possíveis recursos que afloram nesses terrenos depois
da sua colisão ou antes. E por fim a bibliografia do trabalho.

Objectivo geral

 Caracterizar o Pré-câmbrico em Moçambique

Objectivos específicos

Ilustrar de formas sintética os processos ,as principais característica

litologica que se encontram em Moçambique perante o Pré-câmbrico, da sua

litologica, formações dos terrenos de gondwana das possíveis formações

nesses terrenos depois e antes da colisão.

Metodologia

Para a materialização deste trabalho recorreu-se ao método bibliográfico,que

consistiu na recolha do material bibliográfico e a sua posterior selecção, de

salientar que ainda foram usados artigos tirados da internet, das ideias

proveniente dos elementos do grupo . E para respeitar os direitos do autor as

obras utilizadas oram devidamente citadas para além de constarem na

bibliografia do trabalho.
Pré-câmbrico em Moçambique
Em Moçambique as rochas pré-câmbricas dividem-se em duas partes:

1. Pré-câmbrico inferior ou arcaico – representado pelo crotão rodesiano. É constituído por


rochas metamórficas de origem magmáticas e sedimentares.

- Localiza-se no sistema de Manica e tem uma idade de 200 milhões de anos e é constituída pelas
formações de Macequece, Mbeza e Vengo. O Sistema Manica prolonga-se para o interior do
Zimbabwe onde forma o cinturão de ouro de Muntara e Mudzi.

2. Pré-câmbrico superior – conhecida por cinturão de Moçambique (Mozambique Belt). São


rochas que datam 500 milhões de anos e divide-se em 3 províncias geológicas: província de
Moçambique, província de Niassa e província de Médio-Zambeze.

fonte:
AFONSO, R. S. (1976).

O mapa mostra a era pré-câmbrica em Moçambique

O continente africano em geral é composto por um conjunto de cratões e cinturões móveis de


idade arcaica, unidos por cinturões dobrados alongados de idade proterozóico-câmbrica cobertos

2
por sedimentos indeformados e rochas extrusivas associadas, de idades neo-proterozóica,
carbónica tardia a jurássica inicial e cretácico quaternária (GTK Consortium, 2006a).

A geologia de Moçambique é caracterizada pela ocorrência de um soco cristalino com idade


arcaica-câmbrica e por rochas com idade fanerozóica. O soco cristalino é constituído por
paragnaisses supracrustais metamorfizados, granulitos e migmatitos, ortognaisses e rochas
ígneas. Do ponto de vista geodinâmico, o soco cristalino de Moçambique é composto por três
terrenos diferentes, que colidiram e se juntaram durante o Ciclo Orogénico Pan-Africano.
Anteriormente à união pan-africana, cada terreno possuía um desenvolvimento geodinâmico
individual (otermo “terreno” é usado para indicar uma unidade tectónica de dimensão variável,
ou seja, uma placa litosférica, um fragmento de placa ou, ainda, uma massa tectónica.Por outro
lado, “terreno” constitui um termo genérico, grosseiramente comparável a “área” (GTK
Consortium, 2006a).

Estes terrenos são designados provisoriamente por Terreno do Gondwana Este, Terreno
doGondwana Oeste e Terreno do Gondwana Sul (GTK Consortium, 2006a; Fig. .1).

fonte:AFONSO,R.S. (1984)

Fig. 1 Reconstrução do Gondwana. ANS: Escudo Arábico-Nubiano; EAAO: Orógeno


Este Africano-Antártida; M: Madagáscar; Da: Damariano; Z: Cinturão do Zambeze.

1.1 Pré-câmbrico inferior ou arcaico


A margem oriental do Cráton Arcaico de Zimbabwe estende-se a Moçambique. A parte norte da
margem oriental do Cráton é atribuída ao Complexo Mudzi e a parte sul, ao Complexo Mavonde.

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Na sua parte meridional, o Cráton é composto por um terreno granito-greenstone clássico. Os
supracrustais do cinturão de rochas verdes Mutare-Manica são atribuídos ao Grupo Manica, que
tem sido subdividida (da base ao topo) em Formações Macequece e Vengo*. Rochas do cinturão
greenstone Cronley-Munhinga são atribuídas ao Grupo Munhinga, que supostamente
corresponde ao Grupo Manica..
1.1.1 Complexo Mudzi (A3Mq)
As rochas do Complexo Mudzi estão expostas ao longo da margem norte do Cráton Zimbabwe e
se extendem ininterruptamente a Moçambique na região de Cuchamano (SDS 1631/1632),
povoado de Mudze Chizimwe (SDS 1633, Fig. 1.1., perfil)e mais ao sul (SDS 1732/1733,
1832/1833).

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Fig. 1.1.Profile across the Zimbabwe craton margin,

Litologia de complexo mudzi


As litologias félsicas do Complexo Mudzi ocorrem em estruturas dômicas (e.g.Monte Senga
Senga) ou em sequências de gneisses bandadas Arcaicas, empilhadas porempurrões, com a
separação do embasamento/cobertura e com intercalações demetagabros Arcaicos, que possuem
um mergulho suave a sul e ocorrendo sub- e sobrejacentesaos xistos e quartzitos Gairezi. As
unidades mapeáveis seguintes têm sido atribuídas aoComplexo Mudzi: Ortogneisses Félsicos,
que compreendem
(1) Quartzo-Monzonitos/Quartzo-Monzodioritos (A3Mqm),
(2) Granitóide Foliado, localmente porfirítico(A3Mgr) e
(3) Gneisse TTG, Granitóide Foliado (A3Mgn), com idades U-Pb magmáticasvariando de 2600 a
2710 Ma.Os membros máficos subordinados incluem:
. As análises SHRIMP de zircões zonados dos Ortogneisses Mudzi (A3Mgn), expostosem uma
estrutura dômica Arcaica, fornecem três idades diferentes:

 Zircões zonados constituem uma subsérie mais antiga com a idade magmática de
2713±22 Ma.
 Estes zircões sofreram um evento metamórfico a ~2.54 Ga, indicado pela neoblastese e
sobre crescimentos metamórficos do zircão. Isto pode representar a fase de
retrabalhamento e rehidratação sob condições de fácies anfibolito para rochas
equivalentes em Zimbabwe, (Barton et al.1991e Vinyu et al. 2001).
 Uma sobre-impressão metamórfica Pan-Africana a 520±16 Ma. As datações de zircões
por U-Pb convencional de gnaisses similares, forneceram resultados comparativos.

1.1.4 Complexo Mavonde (A3V)


O conjunto de granitóides do Cráton Zimbabwe é mais jovemque o Supergrupo Bulawayo
Superior, sendo assim, mais jovem que as rochas do Cinturão deRochas Verdes Manica e
incluindo as Suítes Neoarcaicos Wedza (~2.65 Ga) e Chilimani(~2.60 Ga). Os granitóides TTG
formam um domínio bastante uniforme e amplo, extendendo-se ao longo da fronteira com
Zimbabwe por ~200 km, a meio caminho entre as cidades de Manica e Chimoio, constituindo
uma paisagem suave e ondulada, com raros e imperceptível ínsitu, que subjazem as cristas

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estreitas com direcção norte, formados por quartzitos Gairezi em estruturas sinclinais (SDS
1832/1833 e 1932/1933). A parte oeste do domínio, próxima à fronteira com Zimbabwe, é
caracterizada por uma topografia de montanhas mais elevadas. Os granitóides Neoarcaicos no
Complexo Mavonde são caracterizados, em termos gerais, por composições graníticas a
tonalíticas (e.g. gneisse TTG). Variedades aplíticas e migmatíticas estão presentes em certos
locais. Gneisses máficos e metagabro são tipos de rochas subordinados. Os granitóides
apresentam geralmente cor cinza e possuem granulação bastante fina a média, sendo
variavelmente foliadas e gradando localmente a rochas porfiríticas. Sendo suavemente foliadas
nas suas porções ocidentais, o Complexo Mavonde assume progressivamente uma foliação e
mergulho mais acentuados a leste, possuindo uma direcção N-S, manifestando o cisalhamento
dúctil do Pan-Africano Tardio. Para leste, porém, pode se observar a manifestação da
deformação progressiva, causada pelo cisalhamento dúctil Pan-Africano.
Os granitóides do Complexo Mavonde são peraluminosos ou metaluminosos e sãoclassificados
no campo dos granitos, tendo uma menor proporção de composiçõesgranodioríticas, tonalíticas
ou quartzo-monzodioríticas. A geocronologia do zircão desta rocha forneceu um grande leque de
idades entre < 2.65Ga e ~2.5 Ga.

fon
te:aula da uem

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A DIFERENÇA ENTRE MAVONDE E MUDZI.
Complexo de Mavonde Complexo de Mudzi

As litologias deste complexo são: Apresenta fácies granuliticas, e estas como


 Gabro; consequência do retrabalhamento e rehidratação
 Granito porfirítico e passaram para fácies anfiboliticas durante o
granodiorito; Arcaico médio a superior;
 Ortognaisses máficos a
intermediários; As litologias deste complexo metamórfico são:
 Granito massivo;  Quartzo monzonite e quartzo monzodiorito
 Granodiorito tonalítico; (A3Mqm);
 Granito;  Granito foliado (A3Mgr);
 Gnaisse TTG;  Gnaisse TTG e Granitoides foliados
 Gnaisse TTG bandados. (A3Mgn);
 Gnaisse granodioritos (A3Mgd);
 Metagabbros (A3Mgb);
 Amfibolitogranatifero(A3Mam);
 Gnaisses granatifero (A3Mgg) .

1.1.5 Granitóides mais antigos (A2gt)


Os “Granitóides mais antigos” são evidenciados por umaamostra de gneisse tonalítico, colectado
ao longo da estrada Manica-Chimoio, a 5 km a leste deManica.
Outra unidade litológica (A3Mpgn), considerada mais antiga que o cinturão de rochasverdes de
Manica, é também atribuída aos “Granitos mais antigos”. A rocha é um biotitagneissede
granulação média a grossa, possuindo feldspato alcalino do tipo Augite, com foliação e lineação,
além do dobramento de pequena escala.

1.1.7 Grupo Munhinga (A3MH)


O Cinturão de Rochas Verdes Cronley-Munhinga é localizada acerca de 50 km ao sul do
Cinturão de Rochas Verdes Mutare-Manica e continua emMoçambique por cerca de 25 km na
direcção ~E-W, quando se curva em direcção ao norte eafinando-se até desaparecer.

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Diferentemente do Cinturão de Rochas Verdes Mutare-Manica, aestreita sequência Cronley-
Munhinga está somente desenvolvido de modo incompleto,compreendendo apenas
metavulcânicas máficas e ultramáficas, os seus derivadosmetasomáticos e quartzito. Em
Moçambique, somente (1) Rocha Metavulcânica Ultramáficae Talco-Clorita Xisto (A3MHuv),
(2) Quartzito (A3MHqz) e (3) Rocha Ferrífera Bandada(A3MHfe) são expostas no Cinturão de
Rochas Verdes Cronley-Munhinga.

fonte:AFO
NSO, R. S. (1984).
1.1.6 Grupo Manica (A3M)
O Segmento Mutare do Cinturão de Rochas Verdes de Manica é umsinclinório mergulhante a
leste, composto por uma sequência basal Vulcano-sedimentar e umasuperior, dominada por
sedimentos, ambas atribuídas ao Grupo Manica. A litoestratigrafiabasal de rochas verdes não é
bem estabelecida. Seguindo Hunting (1984), a sequência basal derochas verdes, dominada por
vulcânicas no Segmento Mutare do cinturão de rochas verdes deManica, é referida como a
Formação Macequece*. As supracrustais inconformavelmentesobrejacentes, dominadas por
sedimentares, são atribuídas à Formação Vengo*.

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fonte: AFONSO, R. S. (1984).

1.1.6.1 A Formação Macequece (A3MM)


E principalmente composta por metavulcânicas ultramáficas e máficas e seus produtos derivados
retrogressivos e metassomáticos, como serpentinitos e talco+ clorita+tremolita-xistos, com
intercalações de formações ferríferasbandadas (BIF), metacherts e conglomerados polimícticos,
cobertos por rochas metavulcânicas andesíticas, dacíticas e riodacíticas, de origem predominante
mentepiroclástica.
A geoquímica das rochas metavulcânicas Macequece mostra um amplo leque de composições,
com tufos a cristal mais ácidos no “campo dos riólitos”, os feldspatos pórfiros no “campo dos
riodacitos a dacitos” e as vulcânicas máficas e intermediárias no “campo dos andesitos e basaltos
sub-alkalinos”. As rochas metavulcânicas ultramáficas, com a textura spinifex e os serpentinitos,
mostram a afinidade komatítica. As unidades mapeáveis a seguir foram identificadas
(grosseiramente da base para o topo):
(1) Serpentinito e Meta-komatíto (A3MMsc),
(2) Talco-clorita-xistos (A3MMtc),
(3) Rocha Metavulcânica Máfica e Ultramáfica (A3MMro),
(4) Metabasalto e Xisto Máfico (A3MMba),
(5) Rocha Metavulcânica Máfica e Intermediária (A3MMtu),
(6) Brecha (A3MMbr),
(7) Rocha Ferrífera Bandada (A3MMtcf),
(8) Metachert (A3MMch),

9
(9) Formação Ferrífera Bandada (A3MMbaf),
1.1.6.2 A Formação Vengo* (A3MV) pode ser correlacionada com os sedimentos Shamvaian
doArcaico Superior em Zimbabwe, repousando inconformavelmente ou com contactostectónicos
sobre rochas verdes metavulcânicas, contendo material clástico grosseiro derivadode terrenos
granito-greenstone. As rochas da Formação Vengo* têm três áreas maiores deocorrência, sendo
as mais extensas a faixa sinforme com a largura de 1-1.5 km e com adirecção E-W, começando a
partir da Serra Vengo e seguindo em direcção a leste por ~15 km.Esta unidade é a continuação
da Série Mbeza de Zimbabwe (Wilson 1979).As litologias maiores compreendem
conglomerados basais, grafita-filitos e sericitaxistoscom finas intercalações de quartzitos com
mármore cinza, rocha ferrífera bandada equartzito lítico ferruginoso. As seguintes unidades
mapeáveis foram identificadas(grosseiramente da base ao topo):
(1) Conglomerado Vulcânico (A3MVo),
(2) ConglomeradoPolimítico (A3MVclo),
(3) Quartzito (A3MVqz),
(4) Metagrauvaca (A3MVgy),
(5) Filito eGrafita-Xisto (A3MVps),
(6) Rocha Ferrífera Bandada (A3MVfe),
(7) Metachert (A3MVch),
(8) Mármore (A3MVma),
(9) Quartzo-Sericita Xisto (A3MVqs),
(10) Meta-Arcóseo eQuartzito Arcóseo (A3MVar) e
(11) Mica-Xisto (A3MVmc).

As litologias da Formação Vengo* são compreendidas entre ~2613 e ~2601 Ma (cf.Hofman et


al. 2002).

1.1.2 Terreno do Gondwana sul - cratão do Kalahari e Cinturões dobrados de idade


proterozóica
O Terreno do Gondwana Sul é composto por um núcleo arcaico, sedimentos de plataforma
proterozóicos e cinturões dobrados proterozóicos. O núcleo arcaico, conhecido como Cratão do
Kalahari, foi afectado por um desenvolvimento geodinâmico prolongado e complexo, entre 3.5 e
2.5 G.a., seguido por uma extensão paleoproterozóica aos ~2.0 – 1.7 G.a. e por outra extensão
mesoproterozóica pré-cambrianaaos cerca de 1350 – 1250 M.a. A maior parte da crusta juvenil

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foi acrecionada nas margens oriental e sul do Cratão do Kalahari durante a amalgamação
colisional da Antárcticae a formação do Super continente Rodinia, A posterior fragmentação do
Rodinia (~1000 – 850 M.a.), dispersão e reagrupamentode fragmentos, originaram a
amalgamação dos Terrenos do Gondwana Este, Oeste e Sul. A deformação pan-africanaao longo
da margem do Cratão do Kalahari é manifestada pelo desenvolvimento deuma zona de
cisalhamento orientada N-S e por uma segunda fase de migmatização eretrogradação. Estas
rochas proterozóicas podem ser divididas em três categorias, nomeadamente:
(1)Sedimentos autóctones ou in situe vulcanitos do Grupo mesoproterozóico de Umkondo;
(2)Metassedimentos para-autóctones do Grupo de Gairezi* (engloba as anteriores Formações
deGairezi e de Fronteira);
(3) Metassedimentos alóctones do Complexo mesoproterozóico doBáruè.

1.1.2 O Grupo de Gairezi


é normalmente composto por metassedimentos fortemente deformados, estendendo-se através de
um cinturão estreito ao longo da fronteira com o vizinho Zimbabwe. Rochas da sucessão
metasedimentar para-autóctone de Gairezi foram originadas há ~2.04 G.a., numa
gargantaalongada bordejando a margem oriental do Cratão do Zimbabwe. São consideradas
como representando relíquias de um cinturão dobrado e carreado com vergência para oeste,
tectonicamente cobrindo a margem oriental do Cratão do Zimbabwe, formado durante o Ciclo
Orogénico Grenvilliano (COG), há ~1.1 – 1.0 G.a.

A maior parte dos cinturões proterozóicos dobrados situados ao longo da margem oriental do
Cratão do Zimbabwe, desde o Rio Zambeze até ao Rio Búzi, são atribuídos aoComplexo do
Báruè. Este é formado por unidades tectónicas que constituem massas alóctones, as quais foram
dobradas e carreadas sobre a margem do Cratão do Zimbabwe. Embora a idade e a origem do
Complexo do Báruè sejam duvidosas, o mesmo sofreu idênticos tipos de metamorfismo e
deformação do Grupo de Gairezi. As litologias típicasdo Complexo do Báruè compreendem
gnaisses quartzo-granatíferos, feldspáticos e micáceos,bem como migmatitos, com intercalações
menores de quartzitos, mármores e, localmente,rochas máficas. Os protófitos sedimentares destas
litologias correspondem maisprovavelmente a sequências monótonas de turbiditos num ambiente
de margem passiva.Baseada numa subdivisão modificada do Complexo do Báruè.

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1.1.8 Grupo Umkondo (P2U)-O Grupo Umkondo forma uma sequência Proterozóica
demetasedimentos e metalavas basálticas a andesíticassub-horizontais de baixo-grau,
querepousam inconformavelmente sobre litologias Arcaicas da Faixa Limpopo oriental e
CrátonZimbabwe (SDS 1932/1933, 2032/2033).Duas novas unidades litoestratigraficas foram
definidas pelo Consórcio GTK,compreendendo derrames basálticos subaéreos.
Formação Espungabera* (P2UEv) (topo)e metassedimentos bem preservados da Formação
Dacata* (P2UD) (basal). A últimaFormação* é subdividida em cinco membros (da base para o
topo): O Membro QuartzíticoInferior (P2UDlq), Membro Grafita-Xisto (P2UDsc), Membro
Chert (P2UDch), MembroSiltito (P2UDs) e Membro Quartzito Superior (P2UDqz).
ComplexoBarué
Pinna et al. (1987) distinguiram várias unidades litoestratigráficas no Complexo Barué, que não
podem ser identificados como entidades separadas nas imagens de satélite e mapas geofísicos.
Como consequência, estas subunidades não foram mantidas. O Complexo Barué, redefinido e
reduzido, tem sido subdividido em Grupos Macossa e Chimoio.Apesar de ambas unidades
possuírem similaridades litológicas e estruturas, o Grupo Macossamostra uma predominância
mais clara de rochas de derivação supracrustal. As litologias do Complexo Barué desenvolvem
tipicamente uma paisagem ondulada, fracamente dissecada, com Inselbergs formados por rochas
intrusivas.

fonte:AFONSO,R. S.(1984).

O GrupoMacossa
Compreende as seguintes unidades mapeáveis:Gneisse Leucocrático, Gneisse Quartzo-
Feldspático, Meta-arcósio, Quartzito Feldspático, Granada-Silimanita Gneisse, Mica Gneisse e

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Metagrauvaca , Mármore e Gneisse Calco-Silicatado .

O GrupoChimoio
É composto por Metasedimento Siliciclástico , Gneisse Monte Chissui, Biotita Gneisse Félsico e
Metagranito , Paragneisse Migmatítico ,Metagranito a Granada e Paragneisse, Hornblenda
Gneisse e Amfibolito e Mica Xisto e Mica Gneisse, Corpos variavelmente deformados de rochas
plutônicas félsicas e máficas, incluindo uma variedade de ortogneisses de afinidade granítica e
tonalítica, meta-diorito, meta-gabro e hornblendito, intrudiram os metasedimentos do Complexo
Báruè. O metagranito intrusivo nos metasedimentos siliciclásticos forneceu a idade magmática
SHRIMP de 1119±21 Ma. Zircões herdados desta amostra tem idades de ~1.83 Ga, 2.03 Ga e
2.50 Ga.Ortogneisses granodioríticos, emplaçados nos paragneisses do Grupo Chimoio, definem
a idade magmática SHRIMP de 1079±7 Ma.

1.2 Unidades geológicas da província de Tete


Unidades geológicas predominantes na província de Tete são constituídas por Gneisse com
intercalações de quartzitos, arcoses e mármores orogenizados pelo Ciclo de Iruminde (1350 Ma)
e mais tarde retomada pela orogenia Moçambicana, é o caso do,grupo de Zimbabwe, que forma
também na bordadura dos cratões situados a Ocidente. Estas formações são portadoras de
mineraisde manganês e pedras semipreciosos. Encontra-se o complexo granulítico que apresenta:

Rochas charnotíticas, migmatiticas e rochas supracrustais de fácies cratónica inseridas no


complexo de Bárwe no grupo de Matambo;

 Série gabro-anortítica do Complexo ígneo de Tete;

 Gneisses granulíticos do grupo de Angónia.

1.2.1 Principais Unidades Litoestratigraficas


As unidades litoestratigraficas do território moçambicano podem ser convenientemente divididas
entre um sôco cristalino com a idade arcaica-câmbrica e uma cobertura de rochas com idade
fanerozóica,O sôco cristalino compreende um conjunto heterogéneo de paragnaisses
supracrustais metamorfizados, granulitos e migmatitos, ortognaisses e rochas ígneas.

Terreno do Gondwana Oeste (principais formações)

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Rochas Supracrustais sôco cristalino do Terreno do Gondwana Oeste compreende rochas ígneas
e rochas supracrustais metamorfizadas. As últimas incluem:

 Grupo de Chidzolomondo,

 Supergrupo de Zâmbuè,

 Supergrupo do Fíngoè,

 Grupo de Mualádzi,

 Grupo de Cazula e Ortognaisses e paragnaisses do Rio Messuze

fonte:AFONSO, R. S. (1984).

2. Pré-câmbrico superior
Opré-câmbrico, na região de norte de Moçambique, é caracterizado por rochas de médio e alto
grau e constitui a extremidade sul do cinturão de Moçambique, definido por Holmes(1951). O
cinturão de Moçambique é parte de um cinturão orogénico maior(orogeno leste africano) que
ocorre aolongo da costa leste da africa, estendendo-se de norte de Moçambique ao sudão e
Etiópia. Holmesdefiniu como cinturão de Moçambique a extremidade sul do orogeno leste
africano, com base nas descontinuidades estruturais entre o Cráton da Tanzânia e sua região
vizinha oriental datou a orogenia de Moçambique em cerca de 1300 Ma. Mais tarde verificou
que este cinturão foi fortemente afectado também pelo episódio termo tectónico Pan-africano

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(aprx 500Ma), modelos recentes sugerem que o cinturão de Moçambique formou-se durante a
colisão neo-proterozoico entre os assim chamados Gondwana de oeste e de leste, seguida do
fechamento de o oceano de Moçambique(jamal,2005). No nordeste de Moçambique, o cinturão
tornou-se subdividido com o posterior reconhecimento dos cinturões de Lúrio e de namama.
Imagens recentes revelam também o prolongamento de cinturão ubendiano através do lago
Niassa, ocupando áreas centrais do norte de Moçambique, bem como a presença de zonas de
cisalhamento NE-SW no nordeste de Moçambique (jamal, 2005) na região nordeste do país,
jamaletal.( 1999) estabeleceram a presença de idades no intervalo entre 1000 1100 Ma em rochas
granitóides no cinturão de Lúrio de idade similar (aprox 1110Ma) foi registrada em gnaisses
granitóides no noroeste do pais , ao longo da estrada Manica –Chimoio (Kroner e Cordani,
2003). Ainda na região noroeste (províncias de tete e manica), kroner e cordani(2003) indicaram
apresença de idades próximas de 1000Ma, refecias a colocação de gnaisses graníticos e
charnoquitos.Colectivamente o embasamento pré-cambriana compreende gnaisses de alto grau,
granulitos e migmatitos e granitóides, bem como paragnaisses.Idades precisas determinadas por
jamal (2005) pelo método U-Pb em cristais de zircão, demostraram que as rochas do
embasamento meso-a- neo-proterozoico do cinturão de Moçambique, na região norte de
Moçambique, foram extensivamente retrabalhados entre 650 e 520 Ma. No sector ocidental,
ocorrem incorformavelmente sobre o embasamento de alto grau.Estes metassedimentos são
correlacionados com sequências katanguianas do arco Lufiliano e são marcados por um
tectonismo Pan-Africano posterior.

Geologia económica do pré-câmbrico

Principais Minerais Ocorrência


Ouro Manica, Nacala –Porto
Ferro Lalaua, Manica
Cobre Manica, Murrupula
Turmalina /Aguas Marinhas Gile e Namuno, Mecuburi
Grafite Montepuez, Balama e Monapo

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Conclusão
Conclui-se , depois de uma leitura minuciosa de alguns manuais, da interação da maior
criatividade dos elementos do gropo,chegou-se a um ponto sobre o tema que fomos dado (pré-
câmbrico em mocambique),que em Moçambique asrochas pré-câmbricas dividem-se em duas
partes: Pré-câmbrico inferior ou arcaico- Localiza-se no sistema de Manica e tem uma idade de
200 milhões de anos e é constituída pelas formações de Macequece, Mbeza e Vengo.
Pré-câmbrico superior – conhecida por cinturão de Moçambique (Mozambique Belt). São rochas
que datam 500 milhões de anos e divide-se em 3 províncias geológicas: província de
Moçambique, província de Niassa e província de Médio-Zambeze. E que também a geologia de
Moçambique é caracterizada pela ocorrência de um soco cristalino com idade arcaica-câmbrica e
por rochas com idade fanerozóica que Do ponto de vista geodinâmico, o soco cristalino de
Moçambique é composto por três terrenos diferentes, que colidiram e se juntaram durante o
Ciclo Orogénico Pan-Africano e estes terrenos são designados provisoriamente por Terreno do
Gondwana Este, Terreno do Gondwana Oeste e Terreno do Gondwana Sul.

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Bibliográfia
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