Sei sulla pagina 1di 4

Aula ética

Introdução
A maioria das pessoas reconhece que é errado fazer coisas como enganar ou maltratar
os outros. Também se costuma pensar que se formos agir de uma forma correta eticamente
correta temos que nos abster de realizar esses tipos de atos. Ora, nem sempre é fácil agir de
maneira correta porque isso parece que implica sacrificar nossos próprios interesses. Muitas
vezes pensamos que há um conflito entre o ponto de vista ético e o interesse pessoal. Parece
que aquilo que a ética exige que façamos nem sempre está de acordo com aquilo que é mais
vantajoso para nós. Por exemplo, para certa pessoa poderia ser muito vantajoso quebrar uma
promessa ou roubar um determinado objeto, mesmo que a ética exija ele aja de outra forma.
Do ponto de vista social, parece que a gente se dará melhor se, em alguns casos,
realizar atos imorais. Por que, então, havemos de ser morais? Podemos pensar em nosso local
de trabalho, o foco de nossa aula, a ética parece exigir que procedamos de uma forma que não
é a mais vantajosa para nós. Por que então deveremos nos importar com aquilo que é
moralmente correto? Não seria melhor, em nosso lugar de trabalho, agirmos indiferentes a
quaisquer considerações éticas, focando apenas no crescimento de nossa carreira? Não será
mais proveitoso agir apenas em função de nosso interesse pessoal, ignorando essas questões
morais?
Sabemos que o comportamento ético implica uma imparcialidade. Isso quer dizer que
devemos avaliar atos semelhantes de formas semelhantes, sem nos importarmos com a
identidade dos agentes. Não posso considerar um ato errado porque foi realizado por outra
pessoa e achar que ele é correto quando realizado por mim. Do ponto de vista moral, não
interessa quem realizou o ato. Se julgo que um colega procedeu mal, por que devo agir da
esma forma? Filósofos tratam dessa questão dizendo que a ética é universal. Se julgo que
Sara agiu de forma errada quando mentiu para um colega, então devo estender esse juízo para
todos os casos semelhantes. Qualquer pessoal, incluindo nós mesmos, na situação de Sara,
não deve mentir.
A questão colocada consiste num na busca de justificação para se agir eticamente no
ambiente de trabalho. Temos boas razões para nos preocuparmos com aquilo que é certo no
ambiente de trabalho, mesmo que isso possa, às vezes nos prejudicar?
O filósofo Kant responde à pergunta de por que devemos agir eticamente de uma
forma simples: porque somos racionais e livres. O filósofo diz que devemos certos deveres
não porque eles resultem de nossos desejos e sentimentos, mas sim porque são frutos de nossa
racionalidade e de nossa liberdade. Mas por que Kant julga que nossos deveres morais
resultam da razão? Porque, segundo ele, todos somos capazes de reconhecer seu conteúdo
como verdadeiro usando unicamente nossa razão.
Os deveres morais também estão ligados fortemente com nossa liberdade. Viveomos
em meio ao mundo natural, mas não estamos presos às condições empíricas e à uma natureza
determinante. Assim, a liberdade humana possui um caráter que Kant chamou de negativo,
que representa a independência do homem em relação à sua natureza e ao meio em que ele
está inserido. Conhecemos a liberdade em sua forma positiva á medida que possuímos uma
vontade racional prática que impõem a nós mesmos leis e nos força atuar no mundo conforme
a razão, não permitindo que sejamos determinados pelo mundo sensível. Somos, assim, livres
porque possuímos uma vontade que age independente dos impulsos da sensibilidade.

Desenvolvimento
A vontade, segundo Kant, é a faculdade que possuímos que nos faz agir segundo
certas regras racionais. Toda boa ação é consequência de uma boa vontade, pois ela age
conforme a regra imposta pela vontade. O homem pode ver-se como um ser livre justamente
porque possui uma vontade que não está submetida ao mundo prático. Assim o homem se
auto legisla apenas por sua vontade racional.

A vontade de todos os seres racionais, por possuir razão, deve necessariamente querer
o que é justificado moralmente, independente das circunstâncias em que se age. Esta
universalidade da vontade, e das leis que dela resultam, é a possibilidade da liberdade, pois o
homem é livre na medida em que sua ação independe das determinações do mundo. Os
deveres, ao ser formulados pela razão, não levam em conta as particularidades em que o
sujeito age, vão além das circunstâncias em que se age, e por isso são válidos em todos os
casos.

A moralidade surge como autonomia do homem que segue apenas a lei que dá a si
mesmo, que obedece apenas a própria razão, homem que por possuir razão pode transcender a
natureza e as circunstâncias particulares e criar leis universais válidas para todo ser racional.
Ser pessoa moral é viver a partir da liberdade, que significa determinar a si mesmo a partir da
vontade.
Uma das ideias principais de Kant é que, na avaliação moral das ações, interessa
sobretudo determinar o motivo do agente, e não as consequências daquilo que ele faz. Por
vezes fazemos o que está certo, mas pelos motivos errados. Nesse caso, nossas ações não têm
valor moral. Alguém que nunca engana seus colegas no trabalho, está agindo corretamente?
Isso, pensa Kant, depende daquilo que o leva a proceder assim. Se a pessoa não engana os
seus clientes porque tem medo de ser pega e demitida, então a sua conduta não tem valor
moral, pois resulta de um desejo ou inclinação egoísta. Mas se, em vez disso, o funcionário
procede assim apenas porque julga ter o dever de ser honesto, então a sua conduta tem valor
moral.
Kant pensa que só tem valor moral as ações realizadas por dever. Elas se distinguem
das ações que estão em mera conformidade com o dever, ou seja, das ações que, embora
estejam de acordo com aquilo que é certo fazer, não são motivadas pelo sentido do dever.
Kant inclui aqui não só as ações que são manifestamente motivadas pelo interesse pessoal,
mas também todas as ações que resultam de sentimentos até louváveis, como a compaixão.
Mas no que se baseia o nosso sentido do dever? Na nossa razão e em nossa liberdade.
Assim, quando agimos por dever estamos a agir racionalmente e livremente. Quando agimos
por outros motivos – por inclinação, por medo, pensando em nos darmos bem – estamos
agindo em função de desejos não sendo livres e racionais.
Kant, no entanto, propõe uma ética de deveres absolutos. O que fazer, então, no caso
de um conflito de deveres? Por exemplo, Kant diz que é sempre errado mentir,
independentemente da situação. Vamos imaginar então que estamos em casa e um amigo bate
à nossa porta. Escondemos o amigo e nossa casa. Um home armado procura por nosso amigo
com a intensão de matá-lo. Ele pergunta se o amigo está escondido ali. Kant diria que não
devemos mentir. Devemos mesmo falar a verdade mesmo que isso implique a morte de nosso
amigo? Em casos como estes, a ética kantiana parece não parece nos ajudar. Kant nos dá
deveres absolutos sem nos explicar como agir quando esses deveres estão e conflitos.
Outro limite da ética kantiana é de que ela é centrada na pessoa enquanto um agente
racional. Nossa obrigação moral se dá com pessoas nesse sentido. Recém nascidos, pessoas
com problemas mentais graves e animais não são agentes racionais. Não devemos ter
obrigações morais para com eles? Podemos tratá-los de qualquer forma? A ética kantiana
também não explica as nossas obrigações com esses seres.

Considerações finais
A cidadania deve se dar por coerção externa ou por coerção interna? Agir por dever ou
conforme o dever? Kant o cidadão deveria ser aquele que tem consciência de ser moralmente
livre e autônomo e exercendo a sua cidadania na plena consciência de estar realizando sua
liberdade. Esse homem não é um ser humano isolado, ilhado, mas é um homem capaz de sair
do seu individualismo para ser cidadão, cuja ação é uma ação social. Ser cidadão, na ótica
kantiana, é se dar um dever e cumpri-lo na convivência com os outros.
A noção de cidadão normalmente está associada a ideia de direitos políticos. Porém,
no ambiente de trabalho também há cidadãos. O comportamento no local de trabalho também
envolve fundamentos em normas morais. Lá também se espera um comportamento ético,
capacidade de decisão e de relacionamentos. A competição e a formalização do local de
trabalho não implicam a privação da necessidade de se agir com cidadania. Como manter um
comportamento cidadão no ambiente de trabalho?
A maioria das pessoas agem em suas obrigações no trabalho apenas conforme o dever
e não por dever, apenas pelo medo de serem punidas, como por exemplo nos seguintes casos:
respeitar as regras, não utilizar colegas como meios, ser honesto, realizar suas funções
corretamente, etc. Isso é correto? Como uma ação correta e cidadã no ambiente de trabalho
deve se dar? Por dever ou conforme o dever?

Potrebbero piacerti anche