Sei sulla pagina 1di 14

07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

MIA > Biblioteca > Stálin > Novidades

A Questão da Estratégia e da
Tática dos Comunistas Russos[N55]
J. V. Stálin

14 de Março de 1923

Primeira Edição: Jornal «Pravda» («A Verdade»), nº. 56. 14 de março de 1923.
Fonte: J.V. Stálin - Obras - 5º vol., pág: 143-159 Editorial Vitória, 1954 - traduzida da edição
italiana da Obras Completas de Stálin publicada pela Edizioni Rinascita, Roma, 1949.
Tradução: Editorial Vitória
Transcrição: Partido Comunista Revolucionário
HTML: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente
garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

Para o presente artigo tomei como base as conferências


sobre a Estratégia e a Tática dos Comunistas Russos, que
pronunciei no círculo operário do bairro de Presnaia e na fração
comunista da Universidade de Sverdlov. Resolvi publicá-lo, não
só porque me acho no dever de ir ao encontro dos desejos dos
camaradas do Círculo Presnaia e da Universidade de
Sverdlov[N56], mas também porque o artigo não me parece
destituído de utilidade para a nova geração de militantes do
nosso Partido. Creio necessário, contudo, fazer a ressalva de
que este artigo não tem a pretensão de oferecer nada de
substancialmente novo a respeito do que muitas vezes escreveram na imprensa
russa do Partido os nossos camaradas dirigentes. Ele deve ser considerado como
uma exposição sucinta e esquemática das idéias principais do camarada Lênin.

I - Conceitos preliminares

1. Dois aspectos do movimento operário

A estratégia política, assim como a tática, ocupa-se do movimento operário.

Mas no próprio movimento operário encontramos dois elementos: o elemento


objetivo, ou espontâneo, e o elemento subjetivo, ou consciente. O elemento
objetivo, espontâneo, é formado pelo conjunto de processos que se desenvolvem
independentemente da vontade consciente e reguladora do proletariado. O
desenvolvimento econômico do país, o desenvolvimento do capitalismo, o
desmoronamento do velho regime, os movimentos espontâneos do proletariado e
das classes que o rodeiam, os choques de classes etc. são, todos, fenômenos
https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 1/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

cujo desenvolvimento não depende da vontade do proletariado: representam o


aspecto objetivo do movimento. A estratégia não pode intervir nesses processos,
uma vez que não pode suprimi-los como ponto de partida. Esse é o campo que
constitui objeto de estudo para a teoria e o programa do marxismo.

Mas o desenvolvimento tem, além disso, um aspecto subjetivo, consciente. O


aspecto subjetivo do movimento é o reflexo, na mente dos operários, dos
processos espontâneos do movimento, é o movimento consciente e sistemático
do proletariado para um objetivo determinado. Esse aspecto do movimento
interessa-nos precisamente porque, ao contrário do aspecto objetivo, depende
inteiramente da ação que orienta a estratégia e a tática. Se a estratégia não
pode mudar coisa alguma no curso dos processos objetivos do movimento, já
aqui, no aspecto subjetivo ou consciente do movimento, o campo de aplicação da
estratégia é vasto e multiforme, uma vez que ela, a estratégia, pode acelerar ou
conter o movimento, dirigi-lo pelo caminho mais curto, ou desviá-lo pelo
caminho mais difícil e penoso, segundo as virtudes ou as deficiências da própria
estratégia.

Acelerar ou conter o movimento, favorecê-lo ou embaraçá-lo: eis os limites e


o campo de aplicação da estratégia e da tática políticas.

2. A teoria e o programa do marxismo

A estratégia, como tal, não se ocupa em estudar os processos objetivos do


movimento. Não obstante, deve conhecê-lo e levá-lo em consideração, de um
modo justo, se não quer cometer erros mais crassos e funestos na direção do
movimento. É antes de tudo a teoria marxista e, logo em seguida, o programa
marxista que estudam os processos objetivos do movimento. A estratégia, pois,
deve apoiar-se inteiramente nos dados da teoria e do programa do marxismo.

A teoria marxista, ao estudar os processos objetivos do capitalismo no seu


desenvolvimento e declínio, chega à conclusão de que a queda da burguesia e a
conquista do poder pelo proletariado são inevitáveis, de que é inevitável a
substituição do capitalismo pelo socialismo. A estratégia proletária só se pode
chamar efetivamente marxista quando essa conclusão fundamental da teoria
marxista se torna a base de sua atividade.

O programa marxista, baseando-se nos dados fornecidos pela teoria,


determina os objetivos do movimento proletário, que são cientificamente
formulados nos seus artigos. O programa pode ser válido para todo o período do
desenvolvimento capitalista e ter como objetivo a derrubada do capitalismo e a
organização da produção socialista, ou apenas para uma fase determinada do
desenvolvimento capitalista, por exemplo, a eliminação do regime feudal-
absolutista e a criação das condições do livre desenvolvimento do capitalismo.
Por conseguinte, o programa pode constituir-se de duas partes: programa
máximo e programa mínimo. É óbvio que a estratégia prevista para a parte
mínima do programa não pode deixar de diferir da estratégia prevista para a

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 2/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

parte máxima; e a estratégia só se pode chamar efetivamente marxista, se a sua


atividade se orienta de acordo com os objetivos do movimento, formulados no
programa marxista.

3. A estratégia

A tarefa mais importante da estratégia consiste em determinar qual a direção


principal que deve seguir o movimento da classe operária, qual a direção que
oferece maiores vantagens ao proletariado para vibrar o golpe principal contra o
adversário, a fim de alcançar os objetivos fixados no programa. O plano
estratégico é o plano da organização do golpe decisivo, na direção em que esse
golpe possa produzir os resultados máximos com a máxima rapidez. Os traços
essenciais da estratégia política poderiam ser dados, sem muito esforço,
recorrendo-se à analogia com a estratégia militar, por exemplo, no período da
guerra civil, durante a luta contra Deníkin. Todos se lembram dos últimos meses
de 1919, quando Deníkin se encontrava às portas de Tula. Realizavam-se, então,
entre os militares, interessantes discussões sobre o seguinte problema: onde se
deveria desferir o golpe decisivo contra as tropas de Deníkin? Alguns militares
propunham que se escolhesse como direção principal da ofensiva a linha
Tsaritsin-Novorossisk. Outros, pelo contrário, propunham que se desferisse o
golpe decisivo pela linha Voronezh-Rostov, a fim de que, percorrendo essa linha e
dividindo assim o exército de Deníkin em duas partes, fosse possível aniquilá-las
em separado. O primeiro plano tinha, indubitavelmente o seu lado positivo, no
sentido de que, contando com a ocupação de Novorossisk, ficaria
automaticamente cortada a retirada das tropas de Deníkin. Mas, por um lado era
desvantajoso, porque pressupunha o nosso avanço através de zonas (como a
região do Don) hostis ao Poder Soviético e comportava, por conseguinte, grandes
perdas; por outro lado, era perigoso, porque deixava aberto às tropas de Deníkin
o caminho de Moscou, através de Tula e Serpukhov. A concepção do golpe
principal contida no segundo plano era a única justa, porque de um lado previa o
avanço do nosso núcleo principal por algumas regiões (como a província de
Voronezh e a bacia do Donetz), onde a população nutria simpatia pelo Poder
Soviético, e, portanto, não implicava grandes perdas; por outro lado,
desbaratava as operações do núcleo principal das tropas de Deníkin, que
marchavam sobre Moscou. A maioria dos militares pronunciou-se pelo segundo
plano e, assim, decidiu-se a sorte na guerra contra Deníkin.

Por outras palavras: determinar a direção do golpe principal significa decidir


de antemão o caráter das operações para todo o período da guerra. Significa, por
conseguinte, decidir de antemão nas suas nove décimas partes a sorte de toda a
guerra. Esta é a missão da estratégia.

O mesmo se deve dizer da estratégia política. O primeiro choque sério entre


os dirigentes políticos do proletariado da Rússia sobre o problema da direção
principal do movimento proletário ocorreu no começo do século, durante a guerra
russo-japonesa. Como se sabe, uma parte do nosso Partido (os mencheviques)
sustentava nessa altura que o movimento do proletariado, na sua luta contra o
https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 3/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

czarismo, devia orientar-se, sobretudo, para a formação de um bloco do


proletariado com a burguesia liberal; os camponeses, como importantíssimo fator
revolucionário, eram excluídos ou quase excluídos do plano, enquanto à
burguesia liberal se confiava o papel dirigente no movimento geral das forças
revolucionárias. A outra parte do nosso Partido (os bolcheviques) afirmava, pelo
contrário, que se devia orientar para a formação de um bloco do proletariado
com os camponeses, confiando-se ao proletariado o papel dirigente do
movimento revolucionário geral, enquanto a burguesia liberal devia ser
neutralizada.

Se, por analogia com a guerra contra Deníkin, representássemos todo o


nosso movimento revolucionário, desde os princípios do século até a revolução
de fevereiro de 1917, contra uma guerra dos operários e camponeses contra o
czarismo e contra os latifundiários, é claro que da adoção de um determinado
plano estratégico (menchevique ou bolchevique), da adoção de uma determinada
orientação principal do movimento revolucionário, dependia em grande parte a
sorte do czarismo e dos latifundiários.

Como durante a guerra contra Deníkin a estratégia militar, indicando a


direção principal do golpe, pode determinar em nove décimos o caráter de todas
as operações ulteriores até a liquidação de Deníkin, assim também aqui, no
campo de luta revolucionária contra o czarismo, a nossa estratégia política, tendo
indicado a direção principal do movimento revolucionário de acordo com o plano
bolchevique, determinou, por isso mesmo, o caráter do plano do nosso partido
para todo o período da luta aberta contra o czarismo, desde a época da guerra
russo–japonesa até a revolução de fevereiro de 1917.

A estratégia política tem, sobretudo, a missão de determinar, de um modo


justo, a direção principal do movimento proletário de um dado país para um
determinado período histórico, partindo dos dados da teoria e do programa
marxista e levando em conta as experiências da luta revolucionária dos operários
de todos os países.

4. A Tática

A tática é uma parte da estratégia à qual se subordina e à qual serve. A


tática não se ocupa da guerra no seu todo, mas dos seus diferentes episódios,
das batalhas, dos combatentes. Se a estratégia visa a vencer a guerra ou levar a
termo, por exemplo, a luta contra o czarismo, a tática, pelo contrário, visa a
ganhar várias batalhas, determinados combates, realizar com êxito esta ou
aquela campanha, estas ou aquelas ações mais ou menos correspondentes à
situação concreta da luta em cada momento dado.

A missão mais importante da tática consiste em determinar os caminhos e os


meios, as formas e os métodos de luta, que correspondam do melhor modo à
situação concreta existente em determinado momento e que preparem de modo
mais seguro os êxitos estratégicos. Por isso, as ações e os resultados da tática

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 4/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

devem ser avaliados não em si mesmos, não do ponto de vista do seu efeito
imediato, mas do ponto de vista das tarefas e das possibilidades da estratégia.
Existem situações em que os êxitos táticos facilitam a realização das tarefas
estratégicas. Assim ocorreu, por exemplo, na frente contra Deníkin em fins de
1918, quando as nossas tropas libertaram Oriol e Voronezh, quando os êxitos
obtidos pela nossa cavalaria do setor de Voronezh e pela infantaria, no setor de
Oriol, criaram as condições favoráveis para vibrar o golpe sobre Rostov. Assim
ocorreu em agosto de 1917, na Rússia, quando a passagem dos sovietes de
Petrogrado e de Moscou para o lado dos bolcheviques criou uma nova situação
política, que facilitou, depois, o golpe desferido pelo nosso Partido no mês de
outubro.

Existem também situações em que os êxitos táticos brilhantes pelos seus


efeitos imediatos, mas não proporcionais às possibilidades estratégicas, criam
uma situação “imprevista”, funesta para toda a campanha. Assim ocorreu com
Deníkin em fins de 1919, quando, empolgado pelo êxito fácil de um avanço
rápido e sensacional sobre Moscou, distendeu a sua frente do Volga ao Dniéper e
desse modo preparou a derrota dos seus exércitos. Assim ocorreu em 1920,
durante a guerra contra os poloneses, quando nós, subestimando a força que
tinha o fator nacional na Polônia e empolgados pelo êxito fácil de um avanço
espetacular, empreendemos a tarefa, superior às nossas forças, de irromper na
Europa através de Varsóvia e levantamos contra as tropas soviéticas a enorme
maioria da população polonesa, criando desse modo uma situação que anulava
os êxitos obtidos pelas tropas soviéticas no setor de Minsk e Zhitômir e minava o
prestígio do Poder Soviético no Ocidente.

Existem, enfim, outras situações em que é necessário desdenhar o êxito


tático e enfrentar conscientemente reveses e derrotas táticas para assegurar
vitórias estratégicas no futuro. Assim ocorre freqüentemente na guerra, quando
uma das partes beligerantes, ao querer salvar os quadros do próprio exército e
subtraí-los aos golpes das forças superiores do inimigo, inicia uma retirada
metódica e cede, sem combate, cidades e regiões inteiras com o objetivo de
ganhar tempo e concentrar as forças para travar novas batalhas decisivas no
futuro. Assim ocorreu na Rússia, em 1918, durante a ofensiva alemã, quando o
nosso Partido foi obrigado a aceitar a paz de Brest-Litovsk – que no momento
oferecia uma grande vantagem do ponto de vista do efeito político imediato –
para conservar a aliança com os camponeses sedentos de paz, para obter uma
trégua, para constituir um novo exército e assegurar, desse modo, futuras
vitórias estratégicas.

Em outras palavras: a tática não pode ficar subordinada aos interesses


transitórios do momento, não deve inspirar-se em considerações de efeito
político imediato e, com maior razão ainda, não deve afastar-se da realidade,
nem constituir castelos no ar: a tática deve ser elaborada de modo a
corresponder às tarefas e às possibilidades da estratégia.

A tática tem, sobretudo, a missão de determinar as formas e os métodos de


luta que melhor correspondam à situação concreta da luta em cada momento

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 5/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

dado, orientando-se segundo as indicações da estratégia e tendo em conta a


experiência da luta revolucionária dos operários de todos os países.

5. As Formas de Luta

Os métodos de fazer a guerra e as formas da guerra não são sempre os


mesmos: mudam, segundo as condições de desenvolvimento e, sobretudo, do
desenvolvimento da produção. Nos tempos de Gêngis Khan, a guerra não se
fazia do mesmo modo que nos tempos de Napoleão III e, no século XX, a guerra
faz-se de modo diverso do século XIX.

A arte da guerra, nas condições atuais, uma vez assimiladas todas as formas
de guerra e todas as conquistas da ciência nesse campo, consiste em saber
aproveitá-las racionalmente, em saber combiná-las com habilidade e em saber
aplicar, no momento oportuno, essa ou aquela forma, segundo a situação
existente.

O mesmo se deve dizer das formas de luta no campo político. As formas de


luta no campo político são ainda mais variadas do que as formas de fazer guerra.
Mudam em função do desenvolvimento econômico social e cultural, conforme a
situação das classes, a correlação das forças em luta, caráter do Poder, de
acordo, enfim, com as relações internacionais etc. A forma de luta ilegal, sob o
absolutismo, liga-se às greves parciais e às manifestações operárias; a forma de
luta aberta quando existem as “possibilidades legais” e as greves políticas das
massas operárias; a forma de luta parlamentar, por exemplo, na Duma, e a ação
extraparlamentar das massas, que às vezes desemboca em insurreições
armadas; finalmente, as formas de luta estatais, depois da tomada do Poder pelo
proletariado, quando este tem a possibilidade de dominar todos os meios e
recursos estatais, inclusive o exército: tais são, em linhas gerais, as formas de
luta surgidas da prática da luta revolucionária do proletariado.

O Partido tem a missão de assimilar todas as formas de luta, de combiná-las


racionalmente no campo de batalha e de saber aguçar habilmente a luta nas
formas que, numa determinada situação, sejam as mais adequadas ao objetivo.

6. As Formas de Organização

As formas de organização dos exércitos, as espécies e os tipos das forças


adaptam-se, geralmente, às formas e aos métodos de fazer a guerra. Mudam ao
modificarem-se estes últimos. Na guerra de manobras, o emprego em massa da
cavalaria resolveu com freqüência a situação. Na guerra de posições, pelo
contrário, a cavalaria quase não tem função nenhuma, ou tem importância
secundária: a artilharia pesada e a força aérea, os gases e os tanques decidem
tudo.

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 6/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

A arte militar tem a missão de assegurar-se de todos os tipos de forças, de


aperfeiçoá-las e de saber combinar com habilidade as suas operações.

O mesmo se pode dizer das formas de organização no campo político. Aqui,


como no campo militar, as formas de organização adaptam-se às formas de luta.
As organizações clandestinas dos revolucionários profissionais, na época do
absolutismo; as organizações culturais, sindicais, cooperativas e parlamentares
(a fração parlamentar etc.) na época da Duma, os comitês de greve, os sovietes
de deputados operários e soldados, os comitês militares revolucionários e um
amplo partido proletário que ligue todas essas formas de organização no período
das ações de massas e das insurreições; finalmente, a organização estatal do
proletariado no período em que o poder se concentra nas mãos da classe
operária: tais são, em linhas gerais, as formas de organização nas quais, em
determinadas condições, o proletariado pode e deve apoiar-se na sua luta contra
a burguesia.

O Partido tem a tarefa de assimilar todas essas formas de organização, de


aperfeiçoá-las e de combinar inteligentemente a sua atividade em cada momento
dado.

7. A Palavra de Ordem. A Diretiva

As decisões formuladas com acerto, que reflitam os objetivos da guerra ou


de uma determinada batalha e que conquistem popularidade entre as tropas,
têm as vezes uma importância decisiva na frente, como meio para animar o
exército para a luta, para manter o seu moral etc. As ordens, as palavras de
ordem e os apelos apropriados às tropas têm para todo o curso da guerra
importância tão grande quanto uma excelente artilharia pesada ou os velozes
tanques de primeira classe.

As palavras de ordem têm uma importância ainda maior, no campo político,


onde se tem de lidar com centenas e centenas de milhões de homens, com as
suas várias reivindicações e com as suas várias necessidades.

A palavra de ordem é a formulação sucinta e clara dos objetivos imediatos e


distantes da luta, lançada, por exemplo, pelo grupo dirigente do proletariado,
pelo seu Partido. Existem palavras de ordem diversas, que variam segundo os
objetivos da luta, palavras de ordem que abrangem todo um período histórico,
ou diversas fases e episódios de um determinado período histórico. A palavra de
ordem de “Abaixo a autocracia”, que o grupo “Emancipação do Trabalho”[N57]
lançou pela primeira vez, no decênio de 1880-1890, era uma palavra de ordem
de propaganda, porque tinha por objetivo ganhar para o Partido, individualmente
e em grupos, os combatentes mais firmes e intrépidos. No período da guerra
Russo-Japonesa, quando a instabilidade da autocracia se tornou mais ou menos
evidente às grandes massas da classe operária, essa palavra de ordem
transformou-se em palavra de ordem de agitação, porque já se propunha ganhar
massas de milhões de trabalhadores. No período que precedeu a revolução de
https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 7/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

fevereiro de 1917, quando czarismo já estava definitivamente desacreditado aos


olhos das massas, a palavra de ordem de “Abaixo a autocracia” transformou-se
de palavra de ordem de agitação em palavra de ordem de ação, porque o seu
objetivo era mobilizar massas de milhões de trabalhadores para o assalto contra
o czarismo. Durante as jornadas da revolução de fevereiro, essa palavra de
ordem transformou-se em diretriz do Partido, isto é num apelo aberto à
conquista, dentro de um prazo fixado, de certas instituições e de certas posições
do sistema czarista, posto que se tratava de derrubar o czarismo, de destruí-lo. A
diretriz é um apelo direto do Partido à ação em momento e lugar determinados,
obrigatório para todos os membros do partido e habitualmente secundado pelas
grandes massas trabalhadoras, se o apelo formula de modo justo, exato, as
reivindicações das massas, se é verdadeiramente oportuno.

Confundir a palavra de ordem com as diretrizes ou a palavra de ordem de


agitação com a palavra de ordem de ação é tão perigoso quanto são perigosas, e
às vezes até funestas, as ações prematuras ou tardias. Em abril de 1917, a
palavra de ordem de “Todo o Poder aos Sovietes” era uma palavra de ordem de
agitação. A célebre manifestação de Petrogrado, em abril de 1917, com a palavra
de ordem “Todo o Poder aos Sovietes”, demonstração que se realizou em torno
do Palácio de Inverno, foi uma tentativa, uma tentativa prematura e por isso
desastrosa, de transformar essa palavra de ordem em palavra de ordem de ação.
[N58] Esse foi um perigosíssimo exemplo de confusão da palavra de ordem de
agitação com a palavra de ordem de ação. Teve razão o Partido ao condenar os
promotores daquela manifestação, pois sabia que ainda não existiam as
condições indispensáveis para transformar essa palavra de ordem em palavra de
ordem de ação, que uma ação prematura do proletariado poderia conduzir o
desbaratamento das suas forças.

Existem, por outro lado, casos em que o Partido se vê na contingência de


retirar ou modificar “em 24 horas” uma palavra de ordem (ou uma diretriz) já
aprovada e que era oportuna, para salvar suas fileiras de uma emboscada
preparada pelo inimigo, ou para adiar temporariamente a aplicação de uma
diretriz até momento mais propício. Um caso dessa espécie ocorreu em
Petrogrado, em junho de 1917, quando a manifestação de operários e soldados,
meticulosamente preparada e fixada para 9 de junho, foi “inesperadamente”
suspensa pelo C.C. do nosso Partido, em face da mudança operada na situação.

A tarefa do nosso Partido consiste em transformar hábil e oportunamente as


palavras de ordem de agitação em palavras de ordem de ação, ou as palavras de
ordem de ação em diretrizes precisas e concretas, ou, se o exige a situação, dar
prova da flexibilidade e decisão indispensáveis para suspender a tempo a
aplicação de determinadas palavras de ordem, mesmo que sejam oportunas.

II - O Plano Estratégico

1. As reviravoltas históricas. Os planos estratégicos

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 8/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

A estratégia do Partido não é algo permanente, dado uma vez por todas.
Muda segundo as reviravoltas históricas, as modificações históricas. Essas
mudanças se exprimem no fato de que para toda reviravolta histórica se elabora
um plano estratégico correspondente, válido para todo o período que medeia
entre uma reviravolta e outra. O plano estratégico determina a direção do golpe
principal que as forças revolucionárias devem desferir e contém o esquema da
correspondente distribuição das massas de milhões de homens na frente da luta
social. Naturalmente, um plano estratégico válido para um determinado período
histórico, que tenha particularidades próprias, não pode ser válido para outro
período histórico, que tenha particularidades inteiramente diversas. A cada
reviravolta histórica corresponde um plano estratégico, indispensável e ajustado
às suas tarefas.

O mesmo pode dizer-se da arte militar. O plano estratégico elaborado para a


guerra contra Koltchak não podia servir para a guerra contra Deníkin, guerra que
exigia um novo plano estratégico, o qual, por sua vez, não podia ser utilizado,
por exemplo, para a guerra de 1920 contra os poloneses, de vez que tanto as
diretrizes dos golpes principais como o plano de distribuição das principais forças
combatentes não podiam deixar de ser diferentes em cada um dos três casos.

A história moderna da Rússia registra três reviravoltas históricas principais,


que deram origem a três diferentes planos estratégicos na história do nosso
Partido. Consideramos necessário apresentá-los resumidamente, para ilustrar
como mudam, em geral, os planos estratégicos do Partido em função das novas
modificações históricas.

2. A primeira reviravolta histórica. O período da revolução


democrático-burguesa na Rússia

Essa reviravolta teve início nos primeiros anos do século, no período da


guerra russo-japonesa, quando a derrota dos exércitos do tsar e as grandiosas
greves políticas dos operários russos puseram em movimento todas as classes da
população, levando-as à arena da luta política. Essa reviravolta terminou com as
jornadas da Revolução de Fevereiro de 1917.

Nesse período, dois planos estratégicos entraram em conflito, no nosso


Partido: o plano dos mencheviques (Plekhanov—Martov, 1905) e o plano dos
bolcheviques (o camarada Lênin, 1905).

A estratégia menchevique previa, no seu plano, que o golpe principal contra


o tsarismo deveria seguir a linha da coalizão da burguesia liberal com o
proletariado. Esse plano, partindo da premissa de que a revolução era, então,
burguesa, confiava à burguesia liberal a função hegemônica (a direção) do
movimento e condenava o proletariado ao papel de "oposição da extrema
esquerda", ao papel de "impulsionador" da burguesia, sendo que os camponeses
eram excluídos ou quase excluídos do quadro das forças principais da revolução.
Não é difícil compreender que esse plano, excluindo do jogo das forças, num pais

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 9/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

como a Rússia, uma massa de muitos milhões de camponeses, era


irremediavelmente utópico e, depositando a sorte da revolução nas mãos da
burguesia liberal (hegemonia da burguesia) era reacionário, porque a burguesia
liberai não tinha interesse numa vitória completa da revolução e estava sempre
disposta a encerrar a partida com uma transação com o tsarismo.

A estratégia bolchevique (v. Duas táticas,[N59] do camarada Lênin) previa no


seu plano que a revolução deveria desferir o golpe principal contra o tsarismo,
seguindo a linha da coalizão do proletariado com os camponeses, e neutralizando
a burguesia liberal. Esse plano, baseando-se na constatação de que a burguesia
liberal não estava interessada numa vitória completa da revolução democrático-
burguesa e de que à vitória da revolução preferia uma transação com o tsarismo,
as custas dos operários e dos camponeses, confiava ao proletariado, como a
única classe do país revolucionária até o fim, a hegemonia do movimento
revolucionário. Esse plano era ótimo não somente porque avaliava com justeza
as forças motrizes da revolução, mas também porque continha em germe a idéia
da ditadura do proletariado (hegemonia do proletariado) previa genialmente a
fase seguinte, superior, da revolução na Rússia e facilitava a passagem a essa
fase.

O desenvolvimento subseqüente da revolução, até fevereiro de 1917,


confirmou inteiramente a justeza desse plano estratégico.

3. A segunda reviravolta histórica. Orientação para a ditadura


do proletariado na Rússia

A segunda reviravolta teve início com a Revolução de Fevereiro de 1917,


após a derrubada do tsarismo, quando a guerra imperialista pós a nu as chagas
mortais do capitalismo em todo o mundo; quando a burguesia liberal, incapaz de
tomar de fato, nas suas mãos, a direção do país, se viu obrigada a limitar-se a
manter formalmente o Poder (governo provisório); quando os Soviets de
Deputados Operários e Soldados, que haviam tornado em suas mãos o Poder
efetivo, não tinham experiência nem vontade de fazer dele o necessário uso;
quando os soldados, na frente de batalha, e os operários e camponeses, na
retaguarda, se achavam esgotados pelo peso da guerra e da ruína econômica;
quando o regime da "dualidade de poderes" e da "Comissão de Coordenação"
[N60],dilacerado pelas contradições internas e incapaz de fazer a guerra ou de
assegurar a paz, não só não encontrava "a saída do impasse", mas tornava ainda
mais confusa a situação. Esse período terminou com a Revolução de Outubro de
1917.

Nesse período, dois planos estratégicos entraram em conflito no seio dos


soviets: o plano dos mencheviques e dos social-revolucionários e o plano dos
bolcheviques.

A estratégia dos mencheviques e dos social-revolucionários oscilando nos


primeiros tempos entre os soviets e o governo provisório, entre a revolução e a
https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 10/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

contra-revolução, assumiu a sua forma definitiva no momento da abertura da


Conferência Democrática (setembro de 1917). Essa estratégia seguiu a linha da
eliminação gradual, mas constante, dos soviets do Poder e da concentração de
todo o Poder do país nas mãos do "Anteparlamento", protótipo de um futuro
parlamento burguês. Os problemas da paz e da guerra, o problema agrário e o
operário, assim como a questão nacional, iam sendo adiados até que se
convocasse a Assembléia Constituinte, a qual, por sua vez, era adiada para
tempo indeterminado. "Todo o Poder à Assembléia Constituinte": assim os social-
revolucionários e os mencheviques formulavam o seu plano estratégico. Era um
plano de preparação para a ditadura da burguesia, enfeitada e bem posta,
"inteiramente democrática", mas ditadura da burguesia.

A estratégia dos bolcheviques (v. as Teses do camarada Lênin, publicadas em


abril de 1917[N61]) previa no seu plano dirigir o golpe principal contra o Poder
burguês, para liquidá-lo por meio das forças unidas do proletariado e dos
camponeses pobres, e para organizar a ditadura do proletariado na forma de
República dos Soviets. Rompimento com o imperialismo e saída da guerra;
libertação das nacionalidades oprimidas do velho império russo; expropriação
dos latifundiários e dos capitalistas; preparação das condições necessárias para
organizar a economia socialista: tais eram os elementos do plano estratégico dos
bolcheviques nesse período. "Todo o Poder aos Soviets": assim os bolcheviques
formulavam, então, o seu plano estratégico. Esse plano era importante, não
somente porque avaliava com justeza as forças motrizes da nova revolução
proletária na Rússia, mas também porque facilitava e acelerava o
desencadeamento do movimento revolucionário no Ocidente.

O desenvolvimento subseqüente dos acontecimentos, até a Revolução de


Outubro, confirmou por completo a justeza desse plano estratégico.

4. A terceira reviravolta histórica. Orientação para a revolução


proletária na Europa

A terceira reviravolta teve início com a Revolução de Outubro, quando o


conflito mortal entre os dois grupos imperialistas do Ocidente alcançou o ponto
culminante, quando a crise revolucionária no Ocidente se desenvolvia de modo
claro; quando o Poder burguês, na Rússia, que estava na realidade falido e se
debatia em meio às suas contradições, rolou sob os golpes da revolução
proletária; quando a revolução proletária vitoriosa, rompendo com o
imperialismo e saindo da guerra, encontrou inimigos jurados na coalizão
imperialista do Ocidente; quando o novo governo soviético, com os seus atos de
paz, confiscando as terras dos latifundiários, expropriando os capitalistas e
libertando as nacionalidades oprimidas, granjeou a confiança de milhões de
trabalhadores do mundo inteiro. Foi uma reviravolta de importância mundial,
porque rompeu pela primeira vez a frente internacional do capital, porque pela
primeira vez se colocou, na prática, a questão da derrubada do capitalismo.
Graças a isso, a Revolução de Outubro se transformou de força nacional, russa,

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 11/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

em força internacional, e os operários russos, de destacamento atrasado do


proletariado internacional, se transformaram em destacamento de vanguarda
que, com a sua luta cheia de abnegação, despertava os operários do Ocidente e
os países oprimidos do Oriente. Essa reviravolta ainda não se desenvolveu até o
fim, porque ainda não adquiriu amplitude internacional, mas o seu conteúdo e a
sua orientação geral já se definiram com bastante clareza.

Dois planos estratégicos entraram, então, em conflito nos círculos políticos


da Rússia: o plano dos contra-revolucionários, que atraíam para as suas
organizações a parte ativa dos mencheviques e dos social-revolucionários, e o
plano dos bolcheviques.

O plano dos contra-revolucionários, dos social-revolucionários e dos


mencheviques ativos, objetivava unir num só campo todos os descontentes: os
velhos oficiais na retaguarda e na frente de batalha, os governos nacionalistas
burgueses das regiões periféricas, os capitalistas e os latifundiários expropriados
pela revolução, os agentes da Entente que preparavam a intervenção, etc.
Tinham em vista a derrubada do governo soviético por meio de insurreições ou
da intervenção estrangeira e queriam restaurar na Rússia o regime capitalista.

O plano dos bolcheviques, pelo contrário, tinha como objetivo consolidar,


dentro da Rússia, a ditadura do proletariado e ampliar a esfera de influência da
revolução proletária em todos os países do mundo, mediante a união das forças
do proletariado da Rússia, dos proletários da Europa e dos países oprimidos do
Oriente contra o imperialismo mundial. É de extraordinário interesse a
formulação precisa e sucinta desse plano estratégico feita pelo camarada Lênin,
no seu opúsculo A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky:

"Realizar o máximo possível num só pais (no nosso país, J. St.) para
desenvolver, apoiar e desencadear a revolução em todos os países".

O valor desse plano estratégico não consistia apenas na justa avaliação das
forças motrizes da revolução mundial, mas também no fato de que previa e
facilitava o processo, depois iniciado, em virtude do qual sobre a Rússia
convergia a atenção do movimento revolucionário de todo o mundo e a Rússia se
transformava na bandeira da emancipação dos operários do Ocidente e das
colônias do Oriente.

O desenvolvimento subseqüente da revolução em todo o mundo, assim como


os cinco anos de existência do Poder Soviético na Rússia, confirmaram
inteiramente a justeza desse plano estratégico. O fato de que os contra-
revolucionários e os social-revolucionários e mencheviques, que várias vezes
tentaram derrubar o Poder Soviético, se acham agora no estrangeiro, enquanto o
Poder Soviético e a organização proletária internacional se convertem na mais
importante arma da política do proletariado mundial, esse fato fala claramente
em favor do plano estratégico bolchevique.

Assinado: J. Stálin.

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 12/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos

Início da página

Notas de fim de tomo:

[N55] O artigo de Stálin A questão da estratégia e da tática dos comunistas russos foi publicado a
14 de março de 1923, no nº 56 da Pravda, dedicado ao 2º aniversario da fundação do Partido
Comunista (bolchevique) da Rússia, nos nºs. 57, 58 e 59, de 14, 15 e 16 de março de 1923, do
jornal Petrogradskaia Pravda («A Verdade de Petrogrado») e no nº 7 (46) de 1º de abril ae 1923
da revista Kommunistitcheskaia Revolutsia («A Revolução Comunista»). Mais tarde, sob o título
de A Revolução de Outubro e a estratégia dos comunistas russos publicou-se um resumo desse
artigo no livro: Stálin, Sobre a Revolução de Outubro, Moscou, 1932, (retornar ao texto)

[N56] Universidade Sverdlov: Universidade Comunista Operária e Camponesa Sverdlov.


Por iniciativa de Sverdlov, foram organizados em 1918 breves cursos de agitação e propaganda,
que deram origem, em janeiro de 1919, à Escola do Trabalho Soviético. Por decisão do VIII
Congresso do P.C. (b) da Rússia, essa Escola foi transformaua em Escola Central de Trabalho
Soviético e do Partido que, por sua vez, no segundo semestre de 1919, foi transformada na
Universidade Comunista Operária e Camponesa Sverdlov. (retornar ao texto)

[N57] O grupo Emancipação do Trabalho, o primeiro grupo marxista russo, foi fundado em 1883,
em Genebra, por Plekhánov. (Sobre a atividade do grupo e o seu papel histórico vide História do
P. C. (b) da U.R.S.S., Edições Horizonte Ltda, Rio, 1947, 2ª edição, págs. 7 a 10). (retornar ao
texto)

[N58] Durante a grandiosa manifestação política que se realizou em Petrogrado, nos dias 20 e 21
de abril de 1917, um grupo de membros do Comité de Petrogrado do Partido Bolchevique
(Bagdatiev e outros) lançou a palavra-de-ordem de derrubada imediata do governo provisório,
contrariando a diretiva do Comité Central Bolchevique de dar à demonstração um caráter
pacífico. O Comité Central do Partido condenou a conduta desses aventureiros «de esquerda».
(Vide Lênin, Obras Completas, em língua russa, 4ª edição, Moscou, vol. XXIV, págs. 181 e 182).
(retornar ao texto)

[N59] Vide Duas táticas da social-democracia na revolução democrática, Editorial Vitória, Rio,
1945. (retornar ao texto)

[N60] A Comissão de Coordenação, composta de Tchkheídze, Steklov, Súkhanov, Filíppovski e


Skobélev (mais tarde participaram dela Tchernov e Tsereteli), foi criada a 7 de marco de 1917
pelo Comité Executivo menchevique—social-revolucionário do Soviet de Deputados Operários e
Soldados de Petrogrado, para manter contato com o governo provisório, «influir» sobre ele e
«controlar» a sua atividade. Na realidade, a Comissão de Coordenação favorecia a aplicação da
política burguesa do governo provisório e procurava impedir que as massas operárias se
lançassem à luta revolucionária ativa pela passagem de todo o Poder aos soviets. A Comissão de
Coordenação existiu até maio de 1917, quando os representantes dos mencheviques e dos social-
revolucionários passaram a fazer parte do governo provisório. (retornar ao texto)

[N61] Vide Lênin: As tarefas do proletariado na revolução atual — Obras Escolhidas, em dois
volumes, Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscú, 1948, vol. II, págs 7 a 12. (retornar ao texto)
Este texto foi uma contribuição do

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 13/14
07/04/2020 A Questão da Estratégia e da Tática dos Comunistas Russos
Inclusão 08/02/2012

https://www.marxists.org/portugues/stalin/1923/03/14.htm 14/14

Potrebbero piacerti anche