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Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Centro de Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Educação
Disciplina – Epistemologia e Pesquisa em Educação
Professora – Dra. Francely Aparecida dos Santos
Aluna: Elisângela M. P. e Souza
RESUMO
Dilthey, aborda o mesmo ponto, porém chama esse contexto cultural, como liberdade e
força, sendo a segunda resultante da interioridade e exterioridade, tendo uma posição
contrária a liberdade, porém proveniente dela. Formando, assim, um duplo que se repete
e interage. Finaliza, por explicar a finitude do próprio compreender, sendo deste modo
e neste lugar – finitude – onde a realidade se apresenta. A matéria prima deste
movimento pela compreensão é a realidade que o outro coloca como verdade.
Seguem-se explicações dos termos que compõem a realidade hermenêutica, como senso
comum, vivência e símbolo. O primeiro, vem definido por Vico como “ um juízo
despido de qualquer reflexão”, neste mesmo movimento ele articula este termo ao bom
senso, ambos geradores de uma das maiores questões controversas sobre a
cientificidade das ciências humanas e sociais. Apoiados pelo cientificismo e lógica,
determinam a ideia de ser possível existir uma neutralidade racional, consequentemente,
concluindo que a ciência estaria imune aos “pré-conceitos e pré-juízos”. Sobre tal
problemática, Boaventura Santos, é citado no texto, por conta de seus estudos a respeito
do tema, ele afirma que a ciência usou o termo de forma positiva e negativa, isso
dependia do grau de racionalismo de cada pesquisa. Sobre o segundo termo, vivência,
traduzido por Dilthey como configurações de sentidos, unidade de sentidos ou em
outras palavras reinterpretações ou realidades pensadas. É visto como algo da
experiência imediata, que abrange o real. O terceiro termo, símbolo, também objeto da
hermenêutica, são as realidades reveladas pelo símbolo.
Mais termos, são analisados em Husserl, como intencionalidade e significado. O
primeiro, está relacionado aquilo que intenciona, que se visa de algo. Já o segundo, trata
da concepção, de os objetos foram compreendidos, daí usar o termo significado. Ora, se
há compreensão do objeto, a fenomenologia não subjetividade e objetividade. Ambos
estão interligados e intercambiam significados e essências. Finaliza, esta parte,
afirmando que a compreensão é a apreensão do todo cultural, todavia a compreensão
não maculada, só é possível se não houver arbitrariedade das/nas opiniões prévias.
A segunda parte do texto trata da dialética como a arte do estranhamento e da crítica. O
texto inicia-se com uma explicação dobre a histórica da dialética, tendo em Sócrates,
um dos seus precursores, com a Maiêutica. Chegando até Kant, na Critica da Razão
Pura (1980) e Schileirmaker (2000), que recupera a dialética como método de
conhecimento. Segue-se para Hegel, esse abordou a dialética em três dimensões:
ontológica, lógica e metodológica. Buscava evidenciar como a realidade se desenvolve
e seus desdobramentos. Retoma Marx, o apresenta no diálogo da dialética, como
método de transformação do real. Em Hegels, como a articulação das partes com o todo,
desembocando no conhecimento como formas de pensar da história da natureza. Em
Lênin, a dialética é o estudo da oposição das coisas entre si.
Em suma, depois da corroboração de todos os pensadores citados, a autora sintetiza as
contribuições do Marxismo e da visão Hegeliana centralizadas na ideia do não fixo e
absoluto do todo que nos envolve, sendo assim: cada coisa é um processo, há um
encadeamento nos processos, cada coisa traz em si uma contradição e a quantidade se
transforma em qualidade. Concluindo o raciocínio da dialética, em que a realidade não
se esgota, em sua expressão matemática, e sim extrapola em seus resultados
qualitativos.
A terceira parte do texto, trata das possiblidades da articulação entre hermenêutica de
dialética. Enfatiza a função balizadora da hermenêutica para se compreender a
comunicação entre os seres humanos, ou seja, a intersubjetividade. Aponta criticas
quanto aos pré-juízos e defende a totalidade da cultura que marca a história. Ressalta
que o compreender é marcado pelo movimento da realidade que se expressa no texto
para além dele, como também no outro.
Para o fazer da atividade da interpretação, também, são alistados alguns pontos, que a
autora chama de Práxis Interpretativa. Ela recomenda: buscar diferenças e semelhanças
entre o contexto do autor e do investigador, investigar as definições de situações
propostas pelo autor do texto; buscar entender as coisas do texto, sem descontextualizá-
las, valorizando a construção linguística inerente ao processo histórico situado; a relação
sujeito e texto, deve ser verificada como expressão do seu tempo, buscando o contexto
histórico e a relação do exterior com o interior.
No campo da saúde e doença, onde a autora se propõe a contribuir, ela acredita que
essas abordagens apresentadas, podem contribuir no sentido de ser analisada a
racionalidade em relação aos processos sociais, desencadeando em uma análise híbrida
dos processos.