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INTRODUÇÃO
As argamassas têm funções primordiais nas edificações, é uma parte fundamental das
construções, tanto na proteção como na arquitetura das obras. As argamassas a base de cal
possuem boa plasticidade, elasticidade e condições favoráveis de endurecimento, além de
facilitar o acabamento, dando condições para que fique plano e regular, (ANTÔNIO JSI,
2009).
SEGUNDO FULANO DE TAL (ANO), O revestimento de argamassa deve cumprir
importantes funções:
Proteger os elementos de vedação da edificação da ação direta dos agentes agressivos.
Auxiliar das vedações nas suas funções de isolamento térmico e acústico,
estanqueidade à água e gases.
Regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular para outro
revestimento ou constituir-se no acabamento final.
Contribuir para a estética de vedações e fachadas.
Esse método mesmo muito utilizado tem suas desvantagens, Kanan (2008), afirma que
uma das desvantagens do método é que todo carbonato presente na amostra é dissolvido com
o ataque acido e na formação de alguns agregados pode-se conter uma parcela solúvel, por
exemplos os que possuem conchas, assim podendo influenciar no resultado. A solução de
acido clorídrico HCL a 14% dissolve o carbonato de cálcio ou magnésio (CaCO3 OU
MgCaO3) presentes na argamassa deixando apenas o agregado, parte insolúvel, quando o
HCL entra em contato com o CaCO3 reage liberando CaCL2CO2 e água, já o agregado
permanece integro. A proporção do agregado e aglomerante é definida através da diferença
entre a massa inicial e a massa final da amostra mais os finos, (ALMEIDA, 2019).
Essas intervenções têm configuração deferente das tradicionais, pois além de buscar a
recuperação de um patrimônio histórico, precisam atender especificamente algumas
solicitações baseadas em um tripé, os valores sociais, ambientais e econômicos (SILVA,
2017).
O patrimônio histórico e artístico nacional é definido, no decreto-lei n° 25, de 30 de
novembro de 1937, como “o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja
conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história
do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou
artístico” (FONTE).
Essas intervenções só são viáveis a serem realizadas em casos que sejam a ultima
opção, buscar a preservação e a manutenção dessas edificações sempre é primordial para
garantir que mantenham suas características construtivas intactas, por isso, é importante o
conhecimento de todo e qualquer material e técnicas construtivas utilizadas. Em relação as
argamassa, é primordial o conhecimento profundo de suas propriedades físicas e químicas,
para que posse ser produzida e utilizada uma argamassa com as mesmas características
(KANAN, 2008).
O gral de intervenção depende diretamente das condições de degradação que as
argamassas se encontram, o quadro abaixo mostra critérios gerais para cada uma delas.
Figura 6 - Critérios gerais sobre o tipo de intervenção a realizar.
O cuidado para manter o máximo do revestimento original tem que ser prioridade
nessas intervenções, sendo feita a reposição apenas em locais que a argamassa já tenha
perdido suas propriedades e não consiga exercer suas funções, devendo buscar sempre reparos
pontuais e de consolidação. Se for preciso a substituição completo ou parcial dessa argamassa,
e importante que a de substituição mantenha as características da antiga a fim de evitar
possíveis patologias (FONTE).
Alguns fatores são importantes e tem que ser levados em conta na elaboração das
argamassas utilizadas nessas edificações, buscando a adaptação para cada tipo de edificação e
situação que serão submetidas, a época de construção, clima da região e exposição à
intempereis mais agressivas e mão de obra qualificada são alguns desses fatores(FONTE).
É através da análise em loco e ensaios laboratórios, e possível determinar as
características das argamassas antigas e viabiliza a convecção da nova argamassa utilizada na
restauração. Ensaio em amostras desenvolvidas em laboratório permite se conhecer as
propriedades e o comportamento da argamassa, proporcionando a produção de uma
argamassa para intervenções com características similares a argamassa original (KANAN,
2008).
Vale ressaltar que todos esses cuidados devem ser considerados para que se tenha uma
intervenção eficaz e de sucesso, ainda é comum a utilização de argamassas em restauração
sem as devidas analises cientificas, o cuidado e o conhecimento são primordiais quando o
assunto é patrimônio histórico e cultural e essas intervenções devem ser cada vez mais
elaboradas.
4. METODOLOGIA
Nessa etapa foi feito uma visita in loco com duração de quatro horas (4h), foi
observada toda a estrutura da ponte e das argamassas que a reveste e seus estados de
conservação, assim como as condições que a edificação se encontra em relação às
intempéries, já que se trata de uma ponte sobre um rio intermitente e tem contado periódico
com água.
Foi realizado também um registro fotográfico para melhor analise do estado da obra e
das patologias já existentes e visíveis a olho nu, além disso, na mesma visita foram coletadas
cindo amostras das argamassas em pontos diferentes.
Com o intuído de ter mais proveito na analise visual, uma pesquisa preliminar foi
realizada, buscando informações da data de construção da ponte, os motivos que se atribui a
sua construção, o valor gasto na obra na moeda vigente na época, de maneira geral o tipo de
material utilizado e a importância da construção para a cidade de Jardim do Seridó.
Foi feita levando em como base a metodologia de Kannan (2008), que orienta que se
extraia amostras representativas, com o menino de danos tanto para a estrutura da amostra
quando para ao patrimônio histórico, a coleta foi realizada na parte inferior da ponte, pilares e
base, que tem mais contato com a agua, quanto na parte superior.
Para a retirada das amostras das argamassas, usou-se uma talhadeira e um martelo,
depois de coletadas, foram armazenadas em recipientes limpos e secos devidamente
identificados. O transporte foi feito de maneira cuidadosa para evitar choques mecânicos,
assim preservando a integridade de cada uma delas.
No quadro a segui, temos a nomenclatura e local de extração das amostras.
Tabela 1 - Nomenclatura e local de Extração
Já nas instalações do laboratório, a amostras foram limpas com uma lixa, para retirada
de possíveis pigmentos de tinta e poeira, depois foi pesado 200 gramas de cada a mostra e
colocado na estufa por 24h a temperatura de 100° C, depois desses procedimentos estavam
prontas para os ensaios.
As amostras foram submetidas a ataque ácido, foi utilizado o ácido clorídrico HCL,
que ao entrar em contato com a argamassa dissolve o aglomerante, parte solúvel da amostra,
separando do agregado que não reage ao ataque, essa técnica e descrita por Kanan (2008).
Foi separado 100g de cada amostra, depois 100 ml do acido clorídrico, colocados em
um recipiente de vidro e misturados com uma palheta de acrílico para facilitar a solubilização
pela agitação das partículas, deixou-se a mistura em repouso ate que de maneira visual, não
nota-se mais efervescência, sinalizando que a reação tinha sido completamente finalizada.
Essas etapas podem ser vista nas figuras a seguir.
Figura 7 -
Após esse processo, foi feito uma filtração na mistura, utilizando um filtro de papel
com peso de 2g para impedir a passagem dos finos, e depois uma lavagem com água em
temperatura ambiente, para a retirada do Acido ainda presente. A figura a seguir mostra como
foi feita essa etapa.
Figura 8 -