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REDES SOCIAIS (WHATSAPP, FACEBOOK E SMS); SUAS IMPLICAÇÕES NA

ESCRITA

Jamal Tarzane Alberto1

João Pedro Wing2

Resumo
Redes sociais (whatsapp, facebook e SMS), suas implicações psicológicas na escrita, é o tem pelo
qual foi elaborado o presente trabalho, que no entanto é o resultado de uma revisão literária em tinha como
objectivo geral, descrever as implicações psicológicas das redes sociais na escrita. Com advindo das
tecnologias de comunicação social, trouxe por um lado grandes vantagens devido agilidade interacção
rápida e eficaz, capaz de suprir tempo e espaço nesta nova realidade, mas por um lado efeitos devastador
no que concerne a escrita a partir do uso das chamadas abreviaturas, omissão de palavras, troca de
fonemas, troca de sílabas com número, etc. E como consequência, verifica-se não observância das normas
da escrita, devido a influências das redes sociais, resultando uma perturbação psicológica na escrita. Sendo
uma preocupação desde os linguistas até aos psicolinguistas. Todavia, concluímos que, o desvio da escrita
nas redes sociais tem implicações psicológica negativa, visto que na sua maioria dos usuários torna difícil
os mesmos distinguir a forma da escrita das redes sociais de outro meio social.
Palavras-chave: escrita, redes sociais e usuários.

Abstract
Social networks (whatsapp, facebook and SMS), their psychological implications in writing, is the
basis for the present work, which however is the result of a literary review aimed at describing the
psychological implications of social networks. in the writing. With coming from media technologies, it
has brought great advantages due to its fast and efficient interaction, capable of supplying time and space
in this new reality, but on the one hand devastating effects regarding the writing from the use of
abbreviations, omission of words, exchange of phonemes, exchange of syllables with number, etc. And as
a consequence, there is non-compliance with the norms of writing, due to influences of social networks,
resulting a psychological disturbance in writing. Being a concern from linguists to psycholinguists.
However, we conclude that the deviation of writing in social networks has negative psychological
implications, since most users make it difficult to distinguish the form of writing of social networks from
another social environment.
Keywords: writing, social networks and users.

1
Estudante da Universidade Rovuma Extensão de Cabo Delgado, Curso de Psicologia Educacional 4o Ano. Email:
jamalmuregula.jtm@gmail.com. contacto: 840551683.
2
Estudante da Universidade Rovuma Extensão de Cabo Delgado, Curso de Psicologia Educacional 4 o Ano. Email:
joaopedrowing@gmail.com. contacto: 849013918/862963173

1
Introdução
A escrita, é um meio de comunicação que foi manifestada a um passado muito antigo pelo
ser humano (Moreira, 2013; Penido, 2013). Cada povo de uma determinada nação elaborou as
suas normas de escrita segundo a sua língua, que consequentemente é a sua principal
manifestação cultural (Penido, 2013). Por tanto a linguagem escrita passa ser uma faculdade que
é exclusiva dos seres humanos, e ela rege-se por um conjunto de regras gramaticais que tanto
diferem de língua para língua, mas partilham o mesmo tipo de complexidade.
Com a expansão dos meios electrónicos portáteis mais simples, celulares sobretudos os
Smartphones, que suportam os aplicativos com mais destaque Facebook, Whatsapp e SMS a
linguagem escrita tomou outro rumo, a partir das famosas práticas: teclar, chatar, fecebucar,
whatsappar, etc. E com essas práticas a linguagem escrita tomou uma outra forma diferente da
tradicional, quase que em todas línguas do mundo, onde as regras gramaticais ortográficas não
são seguidas a escrita é totalmente espontânea, uma escrita oral (Moreira, 2013).
Não se tem conhecimento de quando, como e quem deu início a essa forma de escrita, a
única certeza é de que vem se espalhando rapidamente pelas redes sociais, sendo vista com
estranheza pela sociedade que ainda se encontra regida pela dureza da língua portuguesa
tradicional. Um fenómeno que deixa preocupado aos pedagogos que se deparam com esta
situação nas suas actividades diárias, assim como outros estudiosos da linguagem escritas, desde
os linguistas, psicolinguistas, entre outros.
Os autores vivem este fenómeno a cada minuto que se interagem com seus familiares,
amigos, colegas e verificaram que cada dia que passa atrofiamos a escrita devido ao uso das
chamadas abreviaturas que não chegam de ser verdadeiramente abreviaturas, por não existir
formalidades da escrita das mesmas, que vão desde a troca de letras com números, a
simplificação de duas ou mais letras, não observância das regras gramaticais, não identificação de
palavras homófonas, transmissão de emoções com uma sequência de letras ou símbolos não
formais, mas sim criados pelas próprias ferramentas. E nota-se que nas redes sociais é possível
encontrar uma única palavra escrita de varias maneiras, até por vezes com a com mesmo usuário.
Com esta problemática de escrita, desenvolvida nas redes sociais, como forma de procurar
estudar sobre o fenómeno, os autores levantaram a seguinte questão orientadora da pesquisa:
Quais são as implicações psicológicas das redes sociais na escrita?

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Com esta pergunta de pesquisa tínhamos como objectivo geral, descrever as implicações
psicológicas das redes sociais na escrita. E para operacionalização do objectivo geral, a pesquisa
teve os seguintes objectivos específicos: identificar e caracterizar as implicações psicológicas das
redes sociais na escrita. A presente pesquisa, enquadra-se nas ciências psicológicas, sobretudo
perturbações de aprendizagem, em que para melhor percebermos a respeito do tema tínhamos
como objecto de estudo “Implicações psicológicas das redes sociais na escrita”.
Notamos como um fenómeno preocupante, pelo facto de existir na actualidade muita
reclamação por parte dos professores que tem vindo dia-pois-dia a se deparar com a problemática
de escrita nas suas actividades diárias. Com esta argumentação, pretendemos ressaltar que o
desvio da escrita a partir dos usuários das redes sociais, tem implicação psicológica negativa,
pelo facto de ser uma acção desviante do modelo tradicional da mesma sem a sua formalização,
que no início tem sido uma acção consciente e depois uma perturbação.
Em termos de estrutura o presente trabalho obedece a seguinte estrutura: introdução,
revisão literária, analise e discussão, considerações finais e a bibliografia.

Revisão da literatura
Conceitos básicos
Redes sociais
“Consideramos as redes sociais digitais como um meio de possibilidades, estabelecido a
partir dos elementos virtuais e das relações entre os indivíduos usuários” (Santos & Santos,
2014:310).
No entanto o ser humano como um ser social, mante relações com os seus semelhantes e
esse relacionamento na actualidade com advindo das tecnologias é feita a partir dos aparelhos
tecnológicos, que até nos permite se relacionar com pessoas vivendo noutros continentes e sem
nunca tenha a visto fisicamente.
Facebook
Uma palavra inglesa composta por dois termos: face (que significa cara em português) e
book (que significa livro), o que indica que a tradução literal de facebook pode ser "livro de
caras".
Facebook é uma rede social digital, mais usada na actualidade constituindo-se no maior
site de relacionamento do mundo criado por Mark Zuckeberg, um estudante de Harvard e lançado
em 4 de Fevereiro de 2004. No início, a Facebook era restrito aos estudantes de Havard, e dois

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anos depois se expandiu para outras universidades, pessoas e empresas (Santos & Santos, 2014;
Ribeiro, 2017; Porto & Santos, 2014).
Como se pode notar a facebook inicialmente foi criada para fins académicos, e hoje é uma
rede social mais usada a nível mundial pra vários fins: envio de mensagem, fotos, vídeos, noticia,
comércios entre outros. Hoje, é frequente ver uma publicação através da escrita, sem nenhuma
observância das regras da escrita.
WhatsApp
De acordo com Souza, Araujo & Paula (2015), WhatsApp é uma palavra de origem
inglesa de aglutinação de What’s up + App. What’s up? Significa e aí? Qual é o problema? O que
está acontecendo? Já App é a abreviação de Application program (aplicativo).
No entanto, Whatsapp, é uma rede social mais usada depois da Facebook, permitindo
envio de mensagens, fotos, vídeos até documentos. A interacção (entre usuários acontecem
online) e em tempo real, mas esse aplicativo apenas é disponível para computadores, tablet,
smartphones ou celulares andróides.

SMS
De acordo com A sigla SMS vem da expressão inglesa “Short Message Service”, que em
português significa “serviço de mensagens curtas, disponível para aparelhos de telefones móveis
digitais habilitados para o envio de mensagens de textos de até 160 caracteres para outros
aparelhos celulares”. O SMS foi criado pelo engenheiro finlandês Matti Makkonenh na década de
1980.
Portanto de devido a limitação do espaço para escrever, fez surgir algo parecido a uma
nova linguagem que é chamada de abreviaturas que na opinião dos autores não chega ser, por não
ser formal. Kando vens? 9dadx? Querendo dizer: quando vens? Novidades? Talvez foi a partir do
termo SMS, que começa as chamadas abreviaturas que não só tem espaço nessas plataformas,
mas sim vão muito além. Hoje é possível encontrar até estudante do ensino superior no seu
caderno a usar o mesmo tipo de linguagem escrita das redes sociais.
Análise e discussão
De acordo com Afonso (2010); Moreira (2013), a escrita é uma actividade ou conjunto de
sistema de meios gráficos a qual expressamos ideias, sentimentos, conhecimentos.

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Para Afonso (2010), escrever significa, ter o domínio da compreensão da relação existente
entre sons e letras ou seja ter o domínio da forma tradicional da escrita das palavras. Este sendo
um facto contraditório das redes sociais.
Escrita é uma faculdade que é exclusiva dos seres humanos, ela rege-se por um conjunto
de regras gramaticais que tanto diferem de língua para língua, mas partilham o mesmo tipo de
complexidade.
Segundo OLIVEIRA (2002:63), a escrita, sistema simbólico que tem um papel mediador
na relação entre sujeito e objecto de conhecimento, é um artefacto cultural que funciona
como suporte para certas acções psicológicas, isto é, como instrumento que possibilita a
ampliação da capacidade humana de registo, transmissão e recuperação de ideias,
conceitos, informações.

Como se pode observar, os primeiros registos deram vazão a uma nova maneira de se
viver, abrindo caminhos para interacções sociais e alargando o conhecimento humano. A escrita
serviu, ainda, como um dispositivo capaz de marcar graficamente mensagens para uma
comunicação a distância, assim como um documento para resgatar concepções já adquiridas.

Pois, a escrita seria uma espécie de ferramenta externa, que estende a potencialidade do
ser humano para fora do seu corpo. Da mesma forma que ampliamos o alcance do braço com o
uso de uma vara, com a escrita ampliamos nossa capacidade de registo, de memória e de
comunicação (Oliveira, 2002).

Diante disso, pode-se deduzir que, a partir do momento que o ser humano domina a
escrita, este passa a expandir seus conceitos, por meio de registos, para o meio no qual está
inserido.

Segundo Marcuschi & Xavier (2004:14), “o impacto das tecnologias digitais na vida
contemporânea está apenas se fazendo sentir, mas já mostrou com força suficiente que tem
enorme poder tanto para construir, como para devastar”.

As redes sociais têm enorme poder para construir quando essas são usadas de uma forma
regrada. Regras essas que vão desde a observância das normas gramaticais, previamente
estabelecidas.

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Os autores como Penido, (2013); Moreira (2013), as transformações na organização
social, produzidas pelas inovações tecnológicas são decorrentes das necessidades de interacção e
da agilidade de comunicação que a sociedade busca como forma de interacção rápida e eficaz,
capaz de suprir tempo e espaço nesta nova realidade, fazendo com que as pessoas utilizem as
chamadas abreviações nas palavras.

Mas de acordo Moreira (2013), Ribeiro (2017), não é de negar que a evolução das redes
sociais trouxe consigo benefícios, mas também enormes implicações psicológicas na escrita. Se
revisitarmos a história da criação das redes sociais, vamos perceber que quase todas elas, foram
criadas para fins académicos (Santos & Santos, 2014). E hoje é possível notar essas vantagens
das redes sociais. No caso da criação dos grupos dos Whatsapps da turma, páginas de facebook
das universidades ou escolas com objectivo partilhar informações sociais e académicas usando a
linguagem escrita.

Certos autores (Penido, 2013; Moreira, 2013), versam que as mesmas redes sociais têm
um poder devastador sobretudo na escrita, quando adaptamos uma linguagem longe do modelo
tradicional. Os usuários das redes sociais, possuem um vocabulário que é mais adquirido, repleto
de símbolos, as chamadas abreviaturas e supressão, omissão de letras na composição das sílabas e
palavras.

Para Marcuschi (2004:13), a Internet é uma espécie de protótipo de novas formas


de comportamento comunicativo. Se bem aproveitada, ela pode tornar-se um meio eficaz
de lidar com as práticas pluralistas sem sufoca-las”. As transformações tecnológicas da
informação e da comunicação no mundo globalizado instigam novos desafios à educação
escolar, particularmente ao ensino de língua portuguesa.

Os ambientes das redes sociais mostram uma nova relação entre texto e escrita, pois são
partes integrantes da oralidade e da escrita e que são vistas agora sob uma nova perspectiva, algo
que tem causado preocupação para os profissionais da educação no momento da produção escrita
dos alunos. Pode-se destacar essa preocupação devido ao tempo que os adolescentes/alunos
permanecem nas redes sociais da internet, onde o local não exige regras e habilidades de escrita
como forma de comunicação.

Implicações psicológicas das redes sociais na escrita

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De acordo com Penido (2013); Takahashi (2013), a evolução das redes sociais não se
modernizaram apenas em estrutura e ferramentas, mas houve também a criação de uma nova
linguagem, o chamado “ internetês” que, preocupado com a rapidez na comunicação promoveu
mudanças no modo de se escrever, facto que ultimamente vem despertando muita aflição entre
pais e professores que se preocupam com a educação das crianças e dos jovens em geral sendo
alvo de críticas nas instituições de ensino haja vista alguns professores preocupados com a
produtividade e a qualidade de suas aulas utilizam os géneros digitais em seus no dia-a-dia.
Para este autor a evolução se refere não aquela no sentido positivo, visto que devido a esta
acção, perde-se a originalidade da escrita sem nenhuma formalidade, uma forma de escrita em
que cada um tem seu modelo, sem se preocupar se o receptor vai perceber ou não. Onde podemos
encontrar uma mesma palavra escrita de várias maneiras e num único grupo de whatsapp, por
exemplo.
O internetês  é conhecido como forma grafo linguística que se difundiu em textos como
chats, blogs e demais redes sociais. Seria uma prática de escrita caracterizada pelo registo
divergente da norma culta padrão razão pela qual seus adeptos são tomados como “assassinos da
língua portuguesa”, do ponto de vista da prática de escrita (komesu & tenani, 2009).
Para esses autores são assassinos da língua portuguesa do ponto de vista da prática de
escrita, uma vez que a sua escrita assenta-se na chamada abreviação, que na minha humilde
opinião não é, porque não observância das normas ortográficas, acréscimos ou repetição das
letras, troca ou omissão de letras, etc. E ainda este autor vai mais além quando diz que esse
assassinato da língua escrita é quase sempre tomado como “simplificação da escrita”, e
consequente “morte da língua”.
A escrita dos usuários das redes sociais esta preocupando educadores e estudiosos da
linguagem, no sentido de que a escrita está sendo corrompida pelos integrantes das redes sociais e
consequentemente a língua encontra-se sob ameaça. Ainda notamos que essa acção (desvio da
escrita nas redes sociais), no início é consciente e mais tarde uma perturbação psicológica na
escrita.
No entanto a perturbação da escrita no âmbito psicológico resume-se a disortografia que é
manifestada por um conjunto de erros da escrita que afecta a palavra mas não a grafia. Está mais
relacionado nas regras de gramática ou seja apresenta muitos erros ortográficos.

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Segundo Torres e Fernández (2001:76), etimologicamente, disortografia “deriva dos
conceitos dis (desvio) + orto (coreto) + grafia (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada
por um conjunto de erros da escrita que afectam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia”.

Para Afonso (2010:18), disortografia é “uma perturbação específica da escrita que altera a
transmissão do código linguístico ao invés dos fonemas, dos grafemas, da associação correcta
entre estes, no que respeita a peculiaridades ortográficas de certas palavras e regras de
ortografias”.

Para Barbeiro (2007), o sujeito com disgrafia assenta a sua escrita na correspondência
entre fonemas e grafemas. A sua escrita torna-se uma escrita fonética, mas torna-se evidentes as
incorreções das escritas das palavras que não correspondem a uma transposição directa entre
fonemas e grafemas, como acontecem as palavras homófonas que apresentam a diferença
ortográfica, mas o mesmo valor fonético, passo e paço.

Para esta situação o que se verifica nas redes sociais é ainda mais grave em relação a esta
que Barbeiro nos traz. Para além passo para paço, nos deparamos com situações do tipo passo
para “paxo”.

Afonso (2010:26), a disortografia (escrita) “implica ainda a dificuldade em separar


sequências gráficas e em utilizar as regras de ortografia, não respeitar as maiúsculas, infringem as
regras de pontuação não usam hífen para translinear as palavras”.

Em concordância com as ideias desse autor, compara-se o que acontece nas redes sociais
nos momentos do vulgo teclar ou “chat”, e verifica-se a dificuldade de separar sequências
gráficas “nhacasa em vez de minha casa, amote em vez de amo-te”.

A disortografia está relacionada com a composição escrita. “É uma perturbação específica


da escrita que altera a transmissão do código linguístico ao nível dos fonemas, dos grafemas, da
associação correta entre estes, no que respeita a particularidades ortográficas de certas palavras e
regras de ortografia. Compreende erros apenas na escrita, sem que estes erros se verifiquem na
leitura” (Coimbra, 2013).

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Isto quer dizer que, se o indivíduo tem distúrbios da linguagem escrita (disortografia), não
significa que também apresenta distúrbio da linguagem oral ou seja lê mal, pese embora esses
problemas possam surgir em simultâneo.

Nesta mesma perspectiva, Coimbra (2013), defendem que a disortografia remete para um
conjunto de lacunas não necessariamente a nível disortográfico, mas que se manifesta depois de
adquiridos os mecanismos da leitura e da escrita.

Ainda o mesmo autor defende que a disortografia ocorre quando o indivíduo apresenta
perturbações nas operações cognitivas de formulação e de sintaxe. Apesar de comunicar
oralmente, de poder copiar e visualizar palavras e de conseguir escrevê-las quando ditadas, o
indivíduo não consegue organizar nem expressar os seus pensamentos segundo regras
gramaticais.

Desenho metodológico
A pesquisa é de uma abordagem qualitativa e quanto aos objectivos ela é descritiva
baseada aos procedimentos de uma revisão bibliográfica, com o método fenomenológico
hermenêuticas que serviu como base para perceber acerca das implicações psicológicas das redes
sociais na escrita.
De acordo com Viana (2012); Moreira (2013), Penido (2013), Komesu (2009); Marcuschi
(2004), actualmente, as pessoas se comunicam através da utilização de meios digitais, dotados de
aplicativos como whatsap, Facebook e SMS, que permite a comunicação instantânea conectado
com mais de um usuário, onde a escrita não observada é totalmente desviada, a partir das
famosas, abreviaturas, omissões, substituições algarismos com números, troca de fonemas entre
outras formas que desviam a escrita
Nas redes sociais, os indivíduos usam as designadas abreviaturas, justificando como
forma de economizar o tempo e o espaço. Com isso, constata-se a incapacidade de estruturar
gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das
regras gramaticais em forma mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros
ortográficos em palavras correntes ou na correspondência incorrecta entre o som ou símbolo
escrito.

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Uma prática de escrita, que no seu decorrer conduz ao sujeito (usuário), a uma
perturbação psicológica sobretudo a disortografia. Como versa FONSECA (1999), a disortografia
o sujeito apresenta perturbações nas operações cognitivas de expressão e de sintaxe.
Sinais indicadores da disortografia:
 Troca de letras com números que se parecem sonoramente: chinelos para xinelos. Novidade
para 9dade;
 Omissões de letras: estamos para tamos, cadeira para cadera;
 Junções de letras ou palavras: vou estudar para voestudar e no caso mais gravíssimo
vxtudar/vostudar. As imagens abaixo são exemplos ilustrativos da escrita nas redes sociais
SMS, Whatsapp e Facebook.

Imagem 1: a forma da escrita no Whatsapp

Imagem: 2: Whatsapp

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Imagem 3: a forma da escrita no SMS

Imagem:4: a forma da escrita na Facebook

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Fonte: autores, 2018

As imagens apresentadas, ilustram o fenómeno da escrita nas redes sociais que no entanto
resume-se a um desvios da forma formal e na óptica dos autores, são julgamos ser características
típicas perturbações da escrita, tecnicamente conhecido como disortografia.

De acordo com Sampaio (2009), descreve algumas características de indivíduos que


apresentam  quadros  de  disortografia,  são  elas:  Trocas  de  letras  que  se parecem:   
faca/vaca,    chinelo/jinelo;    confusão    de    sílabas: encontraram/encontrarão;    adições:   
ventitilador;    omissões:    cadeira/cadera, prato e junções: no meiodatarde, voltarei maistarde.

Conclusão

Após feita o estudo chegamos a concluir que as redes sociais para além de terem
implicações psicológicas positivas, também têm implicações psicológicas negativas na escrita, na
medida em que vai-se trocando as letras com números, omissão das letras, que de acordo com
Penido (2013), Viana (2012), o uso de abreviaturas inexistentes, que do princípio tem sido
consciente posteriormente deixa de ser. Deixamos de prestar atenção durante a escrita, a

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percepção da escrita torna menos importante, não se consegue distinguir da palavra correta da
incorrecta por que a memória já é perturbada.

Nas redes sociais, os indivíduos usam as designadas abreviaturas, justificando como


forma de economizar o tempo e o espaço. Com isso, constata-se a incapacidade de estruturar
gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das
regras gramaticais em forma mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros
ortográficos em palavras correntes ou na correspondência incorrecta entre o som ou símbolo
escrito, (omissões, adições, substituições, trocas etc.)

Reflexões
Após feita uma confrontação com as poucas literaturas que tivemos acesso, que abordam
sobre o fenómeno, chegamos a reflectir a respeito das redes sociais se os usuários das redes
sociais conseguem diferenciar a forma da escrita característica nas redes sociais e fora das
mesmas. Essa reflexão, surge como forma de motivar aos estudiosos de vários níveis a estudar
sobre o fenómeno.

Nas redes sociais, os indivíduos usam as designadas abreviaturas, justificando como


forma de economizar o tempo e o espaço. Com isso, constata-se a incapacidade de estruturar
gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das
regras gramaticais em forma mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros
ortográficos em palavras correntes ou na correspondência incorrecta entre o som ou símbolo
escrito, (omissões, adições, substituições, trocas etc.). Face a essas práticas da escrita que vem
ganhando espaço nas redes sociais, onde passamos mais tempo de conversa, surge a seguinte
reflexão: será que usuários das redes sociais, conseguem distinguir a forma da escrita das redes
sociais da escrita fora das redes sociais?

Será que os professores vêm constatando o problema do desvio da escrita, igual a das
redes sociais nas suas actividades diárias?

Até que ponto, a prática da escrita das redes sociais, pode ter uma implicação psicológica?
Todavia, este é um fenómeno recém, em que consideramos que são poucos pesquisadores que já
se interessaram em pesquisar fenómeno.

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E para nós, prometemos no próximo trabalho, trazer um estudo de campo em relação ao
mesmo fenómeno, como forma de aferir a veracidade dos factos.

Bibliografia
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Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.
Barbeiro, L. (2007). Aprendizagem da Ortografia. Porto: edições

Coimbra, B. C. M. (2013). Disortografia: Um modelo de Intervenção. Dissertação do mestrado.


Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.
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http://repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1272/1/TM-ESEPF-EE_2013_TM-ESEPF-
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Porto, C., & Santos, E. (2014). Facebook e Educação: publicar, curtir, compartilhar [online].
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