Acumulação Capitalista Aula 3

e Desigualdade Social
O fenômeno da pobreza

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Objetivo da aula Relembrando a aula anterior

Conhecer o conceito de pobreza A história da ‘questão social’.

e seus desdobramentos. A ‘questão social’ enquanto objeto de
Analisar alguns indicadores de pobreza no Brasil. trabalho do assistente social.
Compreender a questão da desigualdade social
enquanto manifestação da questão social.

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Alguns conceitos
Atividade em Sala
Ser pobre está ligado a aspectos absolutos
e relativos, tais como:
Reúnam-se em grupo e elaborem um
▪ Não ter renda para comprar o que se deseja;
conceito que atenda ao questionamento:
▪ Ter fome;
▪ O que é pobreza?
▪ Estar saudável;
▪ Condições de moradia;
▪ Vulnerabilidade econômica;
▪ Sentir-se isolado socialmente;
▪ Excluído ou, entre tantas,
outras privações.

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 Alguns outros autores como Matheus citado por Pobreza
Schuartzman (2004) destacava que a pobreza
Não há como estabelecer um conceito definido
tinha como causa principal a grande velocidade
de forma universal e única da pobreza, o certo é
com que a população crescia em detrimento à
que a pobreza refere-se a situações de carência
pouca produção de alimentos.
em que os indivíduos não conseguem manter um
padrão mínimo de vida condizente com as
referências socialmente estabelecidas em um
dado momento histórico.

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Mais conceitos importantes Famílias indigentes

De acordo com Januzzi (2006, p. 101) São aquelas que não dispõem de rendimentos
▪ Indigência e pobreza retratam situações de suficientes sequer para alimentar de forma
carência de rendimentos suficiente para compra, minimamente adequada seus membros.
respectivamente, de uma cesta básica de
alimentos e cesta básica de produtos e serviços
imprescindíveis à reprodução social.

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Linha de indigência
Vídeo
A linha de indigência considera as pessoas que
conseguem adquirir, com sua renda monetária,
uma cesta de alimentos com a quantidade
Pobreza no Brasil: Caminhos da reportagem de calorias mínimas para sua sobrevivência. Essa
linha estabelece um valor absoluto, ou seja, as
pessoas abaixo dela são consideradas indigentes
ou extremamente pobres.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=5LluFN6HUvk

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 Linha de pobreza
A linha de pobreza corresponde ao valor da linha
de indigência acrescido de valor monetário
correspondente a outras despesas básicas, tais
como vestuário, transporte e habitação. As
pessoas com renda abaixo dessa linha são
consideradas pobres.
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Apenas 1% da população é composta de
brasileiros ricos (aproximadamente 1,7 milhões
de pessoas), ou seja, são 1% que se apropria da
mesma soma de rendimentos familiares
distribuída entre os outros 50%
(aproximadamente 86,5 milhões de brasileiros).
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Fonte: https://goo.gl/NstRuf.
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Segundo o Radar Social (2006), o Brasil é um dos
países mais desiguais do mundo, ocupando o
penúltimo lugar dentre os demais países.
Fonte: https://goo.gl/JFvJUz.
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Atividade em Sala
Vamos pensar nas desigualdades sociais que são
produzidas no Brasil. Quais são elas?
Podemos considerar que nosso país é pobre?
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O Brasil não é um país pobre!
É considerado que um país tem pobreza quando
existe escassez de recursos ou quando, apesar
de um volume aceitável de avanços e riquezas
estas são mal distribuídas. Como já afirmamos,
o Brasil não é um país pobre, mas sim um país
extremamente desigual.
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 Aqui, 1% dos mais ricos se apropria do mesmo
valor que os 50% mais pobres. Há no país
56,9 milhões de pessoas abaixo da linha de
pobreza e destas, 24,7 milhões vivem
em extrema pobreza.
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Indicadores da desigualdade de renda
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada – Ipea (Barros et al., 2000a),
que analisa a pobreza, o Brasil ocupa o 9º lugar
em renda per capita, dentre os países em
desenvolvimento, mas cai para o 25º lugar
quando se fala em proporção de pobres.
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Fonte: https://goo.gl/prFJyV.
23
Fonte: https://goo.gl/wguUZX.
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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento e é calculado para diversos
países desde 1990. O índice varia de 0 a 1, sendo
que quanto mais perto de 1, maior é o
desenvolvimento humano, ou seja, a qualidade de
vida medida do país ou do local onde é calculado
com base em indicadores
▪ PIB per capita;
▪ Expectativa de vida ao nascer;
▪ Taxa de escolaridade.
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Índice de Gini
O coeficiente de Gini (ou índice de Gini) é um
cálculo usado para medir a desigualdade
social, desenvolvido pelo estatístico italiano
Corrado Gini, em 1912. Apresentam dados entre
o número 0 e o número 1, onde zero corresponde
a uma completa igualdade na renda (onde todos
detêm a mesma renda per capta).
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 Coeficiente GINI Segundo dados do IBGE, apesar da melhora no
índice de Gini, os 40% mais pobres da população
E um (1) que corresponde a uma completa
brasileira eram responsáveis por 13,3% da renda
desigualdade entre as rendas (onde um indivíduo,
de todo o país, enquanto que os mais ricos
ou uma pequena parcela de uma população,
tinham 41,9% em 2012.
detêm toda a renda e os demais nada têm).

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Indicadores da Desigualdade Educacional O trabalho infantil

Melhoria no IDEB, cuja nota média passou O trabalho infantil prejudica o desempenho
de 4,2, em 2007, para 4,6, em 2009. escolar reduzindo em aproximadamente em
O peso relativo dos idosos no conjunto dos 17,2% a aprovação e aumentando em 22,6% a
analfabetos neste período cresceu, passando de evasão escola, segundo dados do Programa
34,4% para 42,6%. Internacional para a Eliminação do trabalho
A taxa de alfabetização brasileira Infantil (IPEC, sigla em inglês).
é de 90% para a população com
mais de quinze anos, mas isso
significa 14,1 milhões
de analfabetos.

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Trabalho infantil
Vídeo

Pobreza no Brasil: Caminhos da reportagem

Fonte: Estudo Trabalho Infantil e Adolescente: Impacto Econômico

e os Desafios para a Inserção de Jovens no Mercado de Trabalho no
Cone Sul- extraído de: https://goo.gl/1KvAgC.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=5LluFN6HUvk

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 Desigualdade racial
A população brasileira que se autodeclara negra
ou parda está aumentando na última década.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) 2014, realizada pelo IBGE,
53% dos brasileiros se declararam pardos ou
negros no ano passado, diante de 45,5% que se
disseram brancos.
Extraído de El País Brasil,
15 nov. 2015.
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Reprodução da pobreza
e da exclusão social no contexto rural
Os problemas no campo brasileiro se arrastam há
centenas de anos. A distribuição desigual de terras
desencadeia uma série de conflitos no meio rural.
Essa questão teve início durante a década de 1530,
com a criação das capitanias hereditárias e o
sistema de sesmarias, no qual a Coroa portuguesa
distribuía terrenos para quem
tivesse condições para produzir,
desde que fosse pago um sexto
da produção para a Coroa.
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(IFBA) No que se refere à relação campo-cidade no
espaço geográfico brasileiro, é incorreto considerar que
a) A concentração fundiária no campo brasileiro tem
como marco histórico a Lei de Terras de 1850 a partir
da qual a terra se transformou em mercadoria,
passando a ser um bem oligárquico.
b) A reflexão sobre a realidade
do espaço brasileiro impõe
a necessidade da compreensão
histórica dos processos sociais
articulando espacialmente
o campo e a cidade.
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Desigualdade racial
É a parcela da população que mais sofre com a
violência, salários menores e crimes racistas no
país. Segundo o Mapa da Violência, o assassinato
de mulheres brancas caiu 10% na última década
(entre 2003 e 2013), enquanto o de mulheres
negras subiu 54%. O mesmo acontece com os
assassinatos por arma de fogo. Enquanto entre a
população branca houve queda
de 23%, a quantidade de
vítimas negras cresceu 14%
entre 2003 e 2012.
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Atividade em Sala
Fonte: https://goo.gl/DFpTXR.
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c) A expansão do agronegócio vem contribuindo
para a redução do êxodo rural pelo aumento do
emprego direto de mão de obra assalariada nas
áreas de fronteiras agrícolas.
d) O agravamento da problemática da mobilidade
urbana nas metrópoles brasileiras está
diretamente relacionado à política de incentivo
a aquisição individual de automóveis pela
redução do Imposto sobre rodutos
Industrializados (IPI).
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