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Unidade III
5 TRANSMISSÃO DE CALOR, TÉCNICAS E SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO
O fogo é uma reação química de oxidação, na qual uma substância (o combustível) queima na
presença de calor e de uma substância comburente (o agente oxidante, geralmente o oxigênio, presente
no ar) que, em determinadas condições, se mantém até que um ou mais desses elementos sejam extintos
(reação em cadeia).
A reação em cadeia torna a queima autossustentável. Nesse estágio, o calor irradiado pelas
chamas atinge o combustível, que se decompõe em partículas menores. Essas partículas se
combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando
um ciclo contínuo.
Como exemplo de combustíveis, podemos citar os sólidos: carvão, madeira e tecidos; os líquidos:
gasolina e álcool; e os gasosos: gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural.
A combustão mantém-se com até 14% de oxigênio concentrado no ambiente, ao passo que a
respiração humana necessita de no mínimo 19%.
O calor de origem mecânica pode advir do atrito nos mancais, do atrito entre uma correia e uma
superfície, do atrito entre uma correia transportadora e o material que se deposita sob o transportador,
da falta de lubrificação, do excesso de carga sobre o equipamento ou ainda da geração de uma faísca
(uma simples martelada, por exemplo).
O calor de origem elétrica, por sua vez, pode ser gerado em descargas atmosféricas (raios), descargas
acidentais, arcos elétricos, descargas de eletricidade estática, aquecimento de equipamentos ou ainda
sobrecarga de circuitos.
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Unidade III
O incêndio, dentro de uma edificação, pode propagar o seu calor, desde o seu foco de origem,
alastrando-se de formas distintas. Devemos conhecer as formas que o calor pode ser transmitido para
que possamos compreender melhor e propor medidas capazes de evitar a ignição e limitar o crescimento
e a propagação do incêndio.
• Condução: o calor se transmite por meio de um material. Por exemplo, quando um dos lados
de uma barra metálica é exposto ao calor, gradualmente fará com que o lado oposto se aqueça.
Nessa suposição, seria o calor transmitido pelo cabo da frigideira por meio da mão que o segura.
Os incêndios podem ocorrer por meio de uma dessas três formas mencionadas anteriormente, e tal
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
evento está associado à característica dos materiais armazenados e/ou empregados nas edificações e
sua capacidade de liberar energia, ou seja, o seu poder calorífico.
Após o início do incêndio, inicia-se a fase de deflagração, em que o fogo consome cada vez mais os
materiais no ambiente. A temperatura se eleva, chegando então à fase chamada inflamação generalizada
(conhecida na literatura internacional como flashover), quando a maior parte dos materiais presentes
estão em combustão.
Em um incêndio real, a temperatura sobe inicialmente de maneira lenta. Os combustíveis vão sendo
consumidos e o calor gerado possibilita a combustão de mais e mais combustíveis, até que o calor no
ambiente seja suficiente para inflamar os demais materiais. A partir do momento em que os combustíveis
sejam consumidos, inicia-se a fase de extinção.
A seguir está exemplificada uma curva de um incêndio real celulósico, apresentada por Seito (2008).
Calor desenvolvido
Uma das maiores dificuldades dos projetistas de sistemas de proteção e combate a incêndio ao longo
dos tempos foi identificar um modelo matemático que permitisse simular a evolução do aumento de
temperatura num incêndio real.
O modelo desenvolvido, denominado como curva de incêndio padrão, possibilita não só determinar
as temperaturas mas também expor de maneira controlada materiais, e a partir daí observar o
comportamento desses componentes em casos de incêndios.
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Unidade III
Figura 25 – Gráfico da curva de incêndio padrão com a variação da temperatura do incêndio em função do tempo
Pelo gráfico, pode-se observar que após os cinco minutos iniciais, a temperatura do local do incêndio
padrão é de aproximadamente 500 ºC.
A fase inicial de uma operação de combate refere-se à detecção do incêndio, a partir da qual o
combate inicial deverá ser ativado. O tempo corre contra a operação, sendo que os primeiros cinco
minutos são fundamentais para tentar o controle da situação em curso. Quanto mais tempo se demora
entre a detecção e o combate inicial, maiores são as perdas. As perdas podem ser materiais, ambientais,
econômicas, humanas ou sociais.
Caso esse controle não seja possível, meios externos de combate serão necessários, a fim de evitar a
propagação do incêndio para áreas adjacentes.
A temperatura (ou ponto) de fulgor, também conhecida na língua inglesa como flash point, é a
temperatura mínima na qual o corpo combustível começa a desprender vapores, que se incendeiam em
contato com uma chama ou centelha (agente ígneo). Entretanto, a chama não se mantém, haja vista a
insuficiência da quantidade de vapores.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Líquidos inflamáveis são aqueles com temperatura de fulgor abaixo de 70 ºC; os líquidos combustíveis,
acima de 70 ºC.
Como medida de prevenção básica, deve-se evitar o contato dos combustíveis com o calor. Contudo,
deve-se buscar evitar a propagação do incêndio e dispor dos meios para o primeiro combate. Depois,
iniciam-se os procedimentos de abandono seguro dos ocupantes e busca-se restringir a ocorrência ao
seu ambiente de origem, dificultando a sua propagação.
Deve-se garantir que existam meios para acesso dos bombeiros ao interior dos ambientes para
combate ao fogo em situação de incêndio, visando restringir o incêndio ao edifício e garantir sua
integridade.
• desconhecimento;
• desobediência;
As classes de fogo têm como objetivo caracterizar o tipo do combustível, suas características de
queima e de geração (ou não) de resíduos de combustão.
• Classe A: materiais sólidos, por exemplo, papel, tecidos, madeira, carvão e pneus.
• Classe B: materiais líquidos, por exemplo, gasolina, óleo diesel, álcool, óleos comestíveis e óleos
lubrificantes.
Os extintores de incêndio são equipamentos portáteis ou sobre rodas. Devem considerar uma ou
mais classes de fogo para um equipamento de combate a incêndio. Os extintores de água pressurizada
são utilizados em incêndios de classe A e nunca devem ser empregados em incêndios associados a
painéis ou redes elétricas, enquanto estiverem energizados, devido ao risco de eletrocussão.
Já os extintores de pó químico seco podem ser aplicados em incêndios das classes A, B e C, dependendo
do tipo de agente inibidor que o pó para extinção de incêndio apresente. O pó químico à base de fosfato
monoamônico é capaz de combater incêndios das classes A, B e C.
Como exemplo de materiais empregados em combates a incêndios de classe D, podemos citar areia
e limalha de ferro, sendo fundamental saber quais os meios apropriados de extinção para determinada
substância com propriedade pirofórica.
Há também misturas gasosas específicas utilizadas em incêndios classe C, por exemplo, etileno
cloropropano e trifluormetano ou nitrogênio, argônio e gás carbônico – popularmente, esses produtos
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
são conhecidos como gás FM 200(1) e gás FE13(1). Esses materiais substituíram outros anteriormente
utilizados, como o gás Halon, por ser agressivo à camada de ozônio.
Há sistemas de extinção fixos, a base de dióxido de carbono, misturas gasosas específicas ou ainda
de criação de espuma (estes últimos empregados em combate a incêndios em tanques e reservatórios).
5.9.1 Conceituação
A provisão de extintores de incêndio nos edifícios se justifica pela necessidade de efetuar o combate
ao incêndio imediatamente após o seu surgimento, além do fato comprovado de que a grande maioria
dos incêndios tem origem a partir de pequenos focos. Destaca-se, assim, a importância de se contar com
equipamentos de combate apropriados para o uso pelos próprios usuários do edifício e que primem pela
facilidade de manuseio, para que possam ser utilizados a partir de um treinamento básico. Além disso,
os preparativos necessários para o seu uso não deve consumir um tempo significativo.
Segundo a NBR 12693:2011: Sistemas de proteção por extintores de incêndio – Procedimento, na qual
este livro se baseia, os extintores de incêndio são divididos em duas categorias: portáteis e sobrerrodas.
A classificação dos extintores é feita de acordo com o agente extintor, o princípio de extinção e o
sistema de expulsão.
Observação
No quadro a seguir estão apresentados os princípios de extinção do fogo que corresponde aos
agentes extintores atualmente utilizados no Brasil.
Sistema de expulsão
Princípio
Agente extintor Pressurização Pressurização
de extinção Autogeração Autoexpulsão indireta direta
Água Resfriamento X X
Soda-ácido Resfriamento X
Abafamento X
Espuma química
Resfriamento
Carga líquida Resfriamento X
Abafamento
Espuma mecânica Resfriamento X X
Reação química X X
Pó químico b/c Reação química,
abafamento (para X X
Pó químico a/b/c fogo classe a)
Reação química
Pó químico d Abafamento
Resfriamento X
Abafamento
Resfriamento X X (aplicável
Gás carbônico (co2) em ambientes
de baixa
temperatura)
Reação química
Hidrocarbonetos Abafamento (para X
halogenados fogo classe a)
De acordo com o método de expulsão do agente extintor, os extintores são classificados como:
• de autogeração – quando a pressão necessária à expulsão do agente é provida pela reação química
do próprio agente extintor;
• de autoexpulsão – quando o agente extintor é mantido no recipiente do extintor na forma de gás
liquefeito;
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• de pressurização direta – quando o agente extintor é mantido sob pressão no recipiente com o
uso de nitrogênio, gás carbônico ou ar comprimido, que se constitui em agente propelente;
Os extintores são classificados segundo a sua capacidade extintora, baseando-se nas normas
brasileiras:
A NBR 15808 apresentou a tabela a seguir, considerando como era a classificação dos extintores
portáteis e sobrerrodas, antes da publicação das normas ABNT 15808 e 15809.
A seguir apresentaremos a classificação dos extintores segundo o agente extintor, a carga nominal
e a capacidade extintora equivalente para extintores fabricados antes da publicação das normas ABNT
NBR 15808 e 15809.
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Unidade III
Para fins de proteção contra incêndio por extintores, deve-se determinar o risco utilizando o Anexo
A e a Tabela A.1 da NBR 12693:2010, que apresenta as principais ocupações e usos e sua carga de
incêndio específica, dada em megajoule por metro quadrado (MJ/m²).
De acordo com a natureza do fogo, os agentes extintores devem ser selecionados dentre os constantes
da tabela a seguir.
Agente extintor
Classe de Gás
fogo Espuma Espuma Hidrocarbonetos
Água carbônico Pó B/C Pó A/B/C
química* mecânica halogenados
(CO2)
A (A) (A) (A) (NR) (NR) (A) (A)
B (P) (A) (A) (A) (A) (A) (A)
C (P) (P) (P) (A) (A) (A) (A)
D Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o agente extintor
Nota: (A) Adequação à classe de fogo
(NR) Não recomendado à classe de fogo
(P) Proibido à classe de fogo
*Extintores com carga de espuma química tiveram sua norma cancelada a partir de 1° de janeiro de 1990
Para efeito da norma brasileira, os sistemas de extintores são divididos em dois tipos: sistema de
extintores portáteis e sistema de extintores portáteis e sobrerrodas.
No mínimo 50% do número total de unidades extintoras exigidas para cada risco deve ser constituído
por extintores portáteis.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Lembrete
Os extintores podem, a critério do projetista, ser locados interna ou externamente à área de risco a
proteger.
Para a instalação dos extintores portáteis, devem ser observadas as seguintes exigências:
• quando forem fixados em paredes ou colunas, os suportes devem resistir a três vezes a massa total
do extintor.
• para extintores portáteis fixados em parede, devem ser observadas as seguintes alturas de
montagem:
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Unidade III
• seja visível, para que todos os usuários fiquem familiarizados com a sua localização;
• não fique obstruído por pilhas de mercadorias, matérias-primas ou qualquer outro material;
• sua remoção não seja dificultada por suporte, base, abrigo etc. e não fique instalado em escadas.
Nos riscos constituídos por armazéns ou depósitos em que não haja processos de trabalho, a não
ser em operações de carga e descarga, é permitida a colocação dos extintores em grupos e próximos às
portas de entrada e/ou saída.
A capacidade extintora mínima dos extintores de incêndio e as distâncias máximas a percorrer, para
as classes de riscos isolados, são devidamente regulamentadas. Essa capacidade é a de um só extintor
ou a soma daquelas de vários extintores, respeitando-se o mínimo estabelecido na tabela a seguir, por
tipo de risco.
Os requisitos de proteção podem ser satisfeitos com extintores de capacidade extintora maior,
contanto que a distância a percorrer não exceda 20 m.
A área a ser protegida por um extintor, para determinada classe A, é apresentada na Tabela 15. Esses
valores são determinados pela multiplicação da área máxima por unidade de A (a seguir) pelas várias
classes A até que o valor de 800 m2 seja alcançado.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Extintores de classe A Risco pequeno (m2) Risco médio (m2) Risco grande (m2)
2A 540 270 –
3A 800 405 –
4A 800 540 360
6A 800 800 540
10 A 800 800 800
20 A 800 800 800
30 A 800 800 800
40 A 800 800 800
O fogo envolve líquidos inflamáveis em profundidade não apreciáveis, tais como: derramamento de
combustíveis em superfícies abertas, vapores liberados de recipiente ou tubulação e fogo se alastrando,
originado de recipiente quebrado.
A unidade extintora mínima dos extintores e as distâncias máximas a percorrer são as previstas
na tabela a seguir. Os extintores com capacidade extintora inferior às designadas para risco pequeno
podem ser utilizados, mas não devem ser considerados para atender os requisitos dessa tabela.
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Unidade III
Para tal categoria, deve ser considerada a proporção de 20 B para cada metro quadrado de superfície
de líquido inflamável. E a distância máxima a percorrer não deve exceder 15 m.
As unidades extintoras devem ser correspondentes a um só extintor, não podendo fazer combinações
de dois ou mais extintores, com exceção dos extintores de espuma mecânica.
Mesmo que determinado risco de incêndio classe B esteja protegido por sistemas fixos de extinção,
é desejável que existam extintores portáteis disponíveis, pois: um tanque queimado pode resultar em
derramamento de líquido em chama, fora do alcance dos equipamentos fixos, e um incêndio pode
começar nas adjacências do tanque antes que no interior.
Lembrete
A seleção do tipo apropriado e sobre capacidade dos extintores de classe B para incêndio em gases e
líquidos inflamáveis pressurizados segue as recomendações dos fabricantes de equipamentos específicos
para essa categoria. Destaca-se que não é aconselhável tentar extinguir incêndios de combustíveis
pressurizados se não houver garantias razoáveis de que a fonte de combustão possa ser rapidamente
eliminada, evitando-se uma possível explosão.
Os extintores necessários à classe C devem utilizar agentes extintores não condutores de eletricidade,
a fim de proteger os operadores em situações em que são encontrados equipamentos energizados.
Os extintores para fogo de classe C devem ser selecionados segundo as dimensões do equipamento
elétrico. É preciso que eles sejam baseados na configuração do equipamento elétrico, particularmente
a carcaça da unidade que influencia na aplicação do agente extintor. Por fim, destacamos mais dois
fatores: o efetivo alcance do fluxo do agente extintor e a soma dos materiais que resultem em fogos
classe A e/ou B.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Quando a energia de um equipamento elétrico estiver desligada, o fogo a ser extinto adquire as
características de classe A e/ou B.
A determinação do tipo e quantidade de agente extintor deve ser baseada no material combustível
específico, sua configuração e área a ser protegida, bem como as recomendações do fabricante do
agente extintor.
Tomemos como exemplo um depósito de papelão ondulado, que, segundo a NBR 12693:2011,
classifica-se como uma ocupação do risco médio.
O material combustível apresentado identifica a natureza do fogo como sendo classe A, ou seja,
combustível sólido.
Considerando-se que para risco médio a área máxima protegida pela capacidade extintora de 1A é
de 135 m2 (ver Tabela 14), temos: 1500/135 = 11,1. Portanto, são necessárias doze unidades de A, no
mínimo, para a proteção do risco. Logo, se a proteção para área máxima protegida por extintor é de 800
m2, temos: 1500/800 = 1,9.
Dada a geometria do edifício, não é possível com apenas dois extintores o cumprimento da distância
máxima a percorrer, de 20 m, tornando-se necessário um acréscimo de extintores. Adotando-se 540
m2 de área máxima a ser protegida por extintor (ver Tabela 15), temos: 1500/540 = 2,8. Portanto, três
unidades extintoras (cada uma com capacidade de 4A), perfazendo o total de 12A, no mínimo.
Com essa quantidade de extintores, facilmente deve-se cumprir com o requisito de distância máxima
a percorrer, porém o projetista deve ainda considerar a escolha do agente extintor, conforme Tabela 13.
Outras distribuições devem ser possíveis para o cumprimento desta norma, por exemplo:
Quadro 8 – Extintores
4 extintores 2A
+ 6 extintores 2A
ou
1 extintor 4A
12A 12A
Dessa forma, observa-se que as unidades de A podem ser somadas. Para o depósito, qualquer solução
é satisfatória, respeitando-se uma quantidade mínima de três extintores, cuja somatória de unidades de
A seja, no mínimo, doze.
Essa água liberada atinge um componente do chuveiro automático, chamado defletor, que tem a
função de distribuir a água uniformemente em uma área de cobertura.
Os parâmetros de projeto desse sistema devem ser determinados por meio de uma memória de
cálculo hidráulico.
Existem elementos termossensíveis para diferentes faixas de temperatura, a fim de atender a diversas
condições ambientais de instalação dos sistemas de chuveiros automáticos.
Um sistema típico para proteção contra incêndio por chuveiros automáticos apresenta, basicamente:
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Os principais tipos de sistemas de proteção por chuveiros automáticos e suas definições adotadas na
NBR 10897 estão detalhadas na tabela a seguir:
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Unidade III
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Defletor
Corpo
Elemento
sensível
(ampola)
Obturador
Orifício de
descarga
Rosca
Automatic sprinkles
Cross main
Inspector’s test
connection
Branch lines
Bulk main
(riser)
Local alarm
Water supply
Figura 27 – Componentes do sistema de chuveiros automáticos, para instalações do tipo tubo molhado
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Unidade III
A válvula de governo e alarme (VGA), para os sistemas de tubo molhado, trabalha como uma válvula
de retenção, com uma série de orifícios roscados para a ligação de dispositivos de controle e alarme,
que são:
• manômetros, a montante e a jusante do obturador da VGA, sendo que o manômetro superior deve
marcar uma pressão igual ou maior que o inferior;
• linha de alarme para ligar o pressostato e o alarme hidromecânico (com câmara de retardo,
quando necessário).
Pode ser acoplada uma válvula de teste do alarme sonoro e de drenagem, opcionalmente, para
testá-lo de forma hidrodinâmica.
Classificação dos
requisitos construtivos Definição conforme ABNT NBR 10897 (2008)
dos chuveiros
automáticos
Chuveiro automático: chuveiro que possui elemento acionador
termossensível, que se rompe ao atingir uma temperatura
predeterminada, descarregando água sobre a área de incêndio. O
1.a)
Tipo de elemento termossensível mais comumente encontrado são os bulbos
1) de vidro com o líquido na cor da temperatura de operação do chuveiro
acionamento
automático, classificados conforme Tabela 2 da ABNT NBR 10897:2008.
Chuveiro aberto: chuveiro que não possui elementos acionadores ou
1.b) termossensíveis.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
4.f) Chuveiro oculto (concealed): chuveiro embutido, coberto por uma placa
que é liberada antes do funcionamento do chuveiro.
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Unidade III
O dimensionamento das instalações de sistemas de proteção por chuveiros automáticos podem ser
realizados conforme métodos descritos no quadro a seguir:
O método para dimensionamento mais adotado para os sistemas é o método por cálculo hidráulico,
devido à relação custo-benefício apresentada por esse modelo de dimensionamento.
• posicionamento do defletor;
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• requisitos para ensaios e inspeções periódicos, incluindo rotinas de manutenção nos sistemas
instalados.
A instalação dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos requer algumas disposições
específicas:
• O espaçamento entre chuveiros automáticos não deve exceder a maior área de cobertura permitida
por chuveiro.
• Chuveiros automáticos em pé devem ser instalados com os braços paralelos aos ramais.
• Os chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão só podem ser usados em ocupações de risco
leve com tetos lisos e planos. Excepcionalmente, podem ser empregados em ocupações de risco
ordinário com tetos lisos e planos, quando especificamente ensaiados e aprovados para tal fim.
• Os chuveiros automáticos de cobertura estendida só podem ser aplicados em locais cujos tetos
sejam planos, lisos, sem obstruções, com uma inclinação máxima de 17%.
Nos casos em que um único sistema for utilizado para proteger simultaneamente uma área de risco
extraordinário, assim como uma área de risco leve ou ordinário, a área de risco extraordinário não deve
superar a área especificada e a área total de cobertura não deve exceder 4.800 m2.
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Unidade III
Os locais que apresentarem características especiais de temperatura, como sótãos, vitrines e locais
próximos a fontes de calor, devem utilizar chuveiros automáticos com temperatura de operação
conforme o quadro a seguir.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• os chuveiros automáticos em novos sistemas instalados em ocupações de risco leve devem ser de
resposta rápida;
• chuveiros automáticos de resposta normal podem ser utilizados quando forem feitas modificações
ou adições em sistemas existentes em ocupações de risco leve que utilizem chuveiros automáticos
de resposta normal;
• quando sistemas existentes em ocupações de risco leve forem convertidos para o uso de
chuveiros automáticos de resposta rápida, todos os chuveiros automáticos que fizerem
parte da mesma área de incêndio devem ser substituídos por chuveiros automáticos de
resposta rápida;
• chuveiros automáticos de resposta rápida não são permitidos em ocupações de risco extra ou
extraordinário, se o sistema for calculado pelo método de área-densidade.
As áreas de cobertura por chuveiro automático abrangem: (a) determinação da área de cobertura
– chuveiros automáticos em pé e pendentes de cobertura padrão; (b) área máxima de cobertura; (c)
determinação da área de cobertura – chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão.
A área de cobertura por chuveiro (As) será estabelecida pela multiplicação da dimensão S pela
dimensão L, ou seja:
• ao longo dos ramais (S) – Determinar a distância entre chuveiros automáticos (ou até
a parede ou obstrução no caso do último chuveiro no ramal), a montante ou a jusante.
Escolher a maior entre as duas dimensões: o dobro da distância até a parede ou obstrução,
ou a distância até o próximo chuveiro;
• entre ramais (L) – Determinar a distância perpendicular até o chuveiro no ramal adjacente
(ou até a parede ou obstrução no caso do último ramal), em cada lado do ramal no qual o
chuveiro em questão está posicionado. Escolher a maior entre as duas dimensões: o dobro
da distância até a parede ou obstrução, ou a distância até o próximo chuveiro automático.
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Unidade III
A B
D Ramal
1,8 m
0,9 m 4,6 m
3,1 m
A área de cobertura (As) de chuveiros automáticos de cobertura estendida não deve ser menor do
que aquela especificada para cada tipo de chuveiro a ser utilizado de acordo com as características
ensaiadas e aprovadas por entidade ou laboratório de reconhecida competência técnica.
A área de cobertura de cada chuveiro (As) deve ser estabelecida pela multiplicação da dimensão S
pela dimensão L, ou seja: As = S x L, conforme descrito a seguir:
• ao longo da parede (S) – Determinar a distância entre chuveiros automáticos ao longo da parede (ou
até a parede, no caso do último chuveiro no ramal), a montante e a jusante. Escolher a maior entre
as duas dimensões: o dobro da distância até a parede final ou a distância até o próximo chuveiro;
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• de um lado a outro do quarto (L) – Determinar a distância do chuveiro automático até a parede
oposta ao chuveiro ou até o ponto médio do quarto, quando houver chuveiros automáticos em
duas paredes opostas.
Em salas pequenas, a área de cobertura de cada chuveiro automático deve ser a área da sala dividida
pelo número de chuveiros existentes no local.
Observação
*Área de cobertura, risco extra: 9,3 m2, se densidade ≥ 10,2 mm/min, e 12,1 m2, se densidade < 10,2 mm/min.
**Espaçamento máximo: 3,7 m, se densidade ≥ 10,2 mm/min, e 4,6 m, se densidade < 10,2 mm/min.
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Unidade III
Tabela 20 – Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático e distância máxima entre
chuveiros automáticos (chuveiros automáticos em pé e pendentes de cobertura estendida
A máxima área de cobertura permitida para um chuveiro (As) deve ser conforme o valor indicado na
tabela a seguir. A área máxima de cobertura nunca deve exceder 60 m2.
Tabela 21 – Áreas de cobertura máxima por chuveiro automático e distância máxima entre
chuveiros automáticos (chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão)
A distância máxima permitida entre chuveiros automáticos deve ser baseada na distância entre
chuveiros automáticos no mesmo ramal ou em ramais adjacentes. Deve ser medida ao longo da
inclinação do telhado.
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PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
A seguir apresentamos as recomendações dispostas que devem ser observadas, de acordo com os
tipos de chuveiros automáticos:
– a distância máxima permitida entre chuveiros automáticos deve ser medida ao longo do ramal,
acompanhando sua inclinação, se houver;
– os chuveiros automáticos laterais de cobertura padrão devem ser instalados ao longo de uma
única parede, de acordo com os valores máximos de espaçamento listados na Tabela 21;
– quando a largura do quarto for superior à largura máxima permitida (até 7,3 m para risco
leve ou 6,1 m para risco ordinário), os chuveiros automáticos laterais devem ser instalados em
duas paredes opostas com o espaçamento exigido pela Tabela 21, desde que nenhum chuveiro
automático esteja localizado dentro da área máxima de cobertura de outro chuveiro.
A distância de um chuveiro automático até uma parede não deve exceder metade da distância
máxima permitida entre chuveiros automáticos. A distância do chuveiro até a parede deve ser medida
perpendicularmente à parede.
As distâncias mínimas entre chuveiros automáticos e entre o chuveiro e a parede devem seguir a
tabela a seguir, e tal distância deve ser medida perpendicularmente à parede.
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Unidade III
Distâncias mínimas
Entre chuveiros (m) Entre o chuveiro e a parede (mm)
1,8 100
A distância do defletor do chuveiro automático, em relação aos tetos/forros, deve ser observada, pois
tal parâmetro é importante para garantir a descarga adequada de água no ambiente. Essa distância é
determinada em função do tipo do chuveiro automático (em pé, pendente ou lateral) e sua característica
de cobertura (cobertura padrão ou estendida).
Deve ser observada, na definição do traçado da rede hidráulica, a existência de obstruções à descarga
dos chuveiros automáticos, quanto a anteparos, vigas e paredes que impeçam que a água atinja o risco
a ser protegido.
As distâncias mínimas a serem obedecidas e as condições que devem ser observadas estão detalhadas
na NBR 10897 (2008), cujo foco neste tópico do trabalho é levantar a questão e sua relevância, dado o
número de situações possíveis que podem ocorrer em tal requisito.
A norma ABNT 10897 (2008) aborda algumas situações especiais que devem ser observadas quanto
ao posicionamento dos chuveiros automáticos:
• espaços encobertos;
• shafts;
• escadas;
• aberturas verticais;
Parâmetros de
desempenho para
funcionamento Descrição dos parâmetros segundo a NBR 10897 (2008)
dos chuveiros
automáticos
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Unidade III
As ocupações são classificadas pela norma NBR 10897, segundo o grau de risco que elas apresentam,
conforme descrito no quadro a seguir. Já o Quadro 15 exemplifica as ocupações e sua classificação
quanto ao risco, conforme as recomendações dispostas no Anexo A da NBR 10897.
Para que os sistemas de proteção por chuveiros automáticos sejam efetivos, é fundamental que o
grau de risco seja determinado adequadamente:
Classificação do grau
de risco nas edificações Definição segundo a ABNT NBR 10897 (2008)
quanto à ocupação
Compreendem as ocupações ou parte das ocupações onde a quantidade e/ou a
Risco leve combustibilidade do conteúdo (carga incêndio) é baixa, tendendo à moderada, e onde é
esperada taxa de liberação de calor baixa à média.
116
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Moinhos de grãos
Fábricas de produtos químicos – comuns
Confeitarias
Destilarias
Instalações para lavagem a seco
Fábricas de ração animal
Estábulos
Fabricação de produtos de couro
Bibliotecas – áreas de prateleiras altas
Áreas de usinagem
Indústria metalúrgica
Lojas
Risco ordinário – Grupo 2 Fábricas de papel e celulose
Processamento de papel
Píeres e embarcadouros
Correios
Gráficas
Oficinas mecânicas
Áreas de aplicação de resinas
Palcos
Indústrias têxteis
Fabricação de pneus
Fabricação de produtos de tabaco
Processamento de madeira
Montagem de produtos de madeira
117
Unidade III
Hangares
Áreas de uso de fluidos hidráulicos combustíveis
Fundições
Extrusão de metais
Fabricação de compensados e aglomerados
Risco extraordinário – Grupo 1 Gráficas que utilizem tintas com ponto de fulgor menor que 100 °F (38 °C)
Recuperação, formulação, secagem, moagem e vulcanização de borracha
Serrarias
Processos da indústria têxtil: escolha da matéria-prima, abertura de fardos,
elaboração de misturas, batedores, cardagem etc.
Estofamento de móveis com espumas plásticas
Saiba mais
5.11 Detectores
A correta instalação dos detectores é fundamental para o seu bom funcionamento. É preciso estar
atento à existência de correntes de ar que possam desviar o fluxo de gases da área de ação dos detectores,
bem como às interferências de barreiras físicas que tornem os detectores inoperantes.
118
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Existem, dentro da área de segurança contra incêndio, três tipos de iluminação de emergência, a
saber:
5.13 Hidrantes
O sistema de hidrantes é composto pela distribuição de tomadas d’água e demais acessórios (abrigo
para mangueiras, mangueiras de incêndio, esguichos, chave para mangueiras). Elas são distribuídas em
pontos definidos da edificação a partir de um projeto específico, de forma a combater o incêndio em
combustíveis sólidos, com o emprego de água.
Os sistemas de hidrante podem ser pressurizados (utilizam-se de bombas para o combate ao incêndio)
ou por gravidade (a pressão no ponto de combate se obtém pela diferença de cota entre altura da caixa e
o ponto de combate ao incêndio). Nos sistemas pressurizados, pode-se empregar uma bomba de pequeno
porte (bomba jockey), que mantém o sistema constantemente pressurizado. Quando ocorrem pequenas
quedas de pressão, a bomba jockey é acionada para pressurizar novamente a linha até a pressão estática
determinada pela configuração do sistema, desligando-se em seguida. Quando a válvula de uma tomada
d’água de um hidrante é aberta, aumenta-se a vazão escoada e a pressão na rede hidráulica do sistema se
reduz e, como consequência, a bomba jockey começa a funcionar. Após determinado tempo, na medida em
que o sistema não consiga pressurizar novamente a rede hidráulica à condição original de pressurização
estática, a bomba principal, de maior porte, começa automaticamente a funcionar.
Quanto às caixas d’água, o volume d’água armazenado deve levar em conta não só o sistema de
hidrantes, mas também as necessidades do sistema de sprinklers, quando houver esse sistema empregado
na edificação.
meios auxiliares de alimentação, por exemplo, geradores ou a existência de motobombas acionadas por
motor à explosão.
O ponto de hidrante compreende uma tomada de água equipada com uma válvula angular para
controle de vazão de água dotada de uma conexão de saída tipo engate rápido, para possibilitar a
conexão das mangueiras. Constitui-se, basicamente, de dois lances de 15 metros de mangueira de 40
mm (1 1/2”) ou 65 mm (2 1/2”) de diâmetro; um esguicho agulheta ou de neblina/jato compacto; uma
chave de mangueira para facilitar as manobras das uniões e um abrigo metálico ou de fibra de vidro
para acondicionar os equipamentos. As tomadas de água podem ser instaladas no interior do abrigo,
entretanto, nesses casos, as dimensões do abrigo deverão propiciar fácil manobra do hidrante.
Observação
As mangueiras de incêndio para uso de hidrantes devem atender às condições da NBR 11861; as de
mangotinhos, da EN 694.
120
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
O comprimento total das mangueiras deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos
que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não
excedendo os limites estabelecidos na Tabela 25. Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente,
utilizar lances de mangueiras de 15 metros. As uniões para mangueiras de incêndio devem ser fabricadas
conforme os requisitos da NBR 14349.
5.13.3 Tubulações
A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2½”). Para sistemas tipo 1,
poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”), desde que comprovado tecnicamente
o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema e aprovado pelo órgão competente.
Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor, mantendo
seu funcionamento normal. Não sendo possível garantir tal condição, meios de proteção necessários
devem ser prescritos pelo projetista, em todos os seus detalhes.
A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio de suportes metálicos,
conforme NBR 10897. Devem ser rígidos e espaçados (no máximo a 4 m), de modo que cada ponto de
fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água (mais 100 kg).
Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem ser utilizados enterrados
e fora da projeção da planta da edificação, satisfazendo a todos os requisitos de resistência à pressão
interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.
Os tubos de aço devem seguir conforme as NBR 5580, NBR 5587 ou NBR 5590; as conexões de ferro
maleável, as NBR 6925 ou NBR 6943; as conexões de aço, as ASTM A 234; os tubos de cobre, a NBR
13206; as conexões de cobre, a NBR 11720; os tubos de PVC, a NBR 5647; e as conexões de PVC, a NBR
10351.
Lembrete
Quando o dispositivo de recalque estiver situado no passeio, este deverá ser enterrado em caixa de
alvenaria, com fundo permeável ou dreno, tampa articulada e requadro em ferro fundido, identificada
pela palavra incêndio, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m, afastada a 0,50 m da guia do passeio; a
introdução deve estar voltada para cima (em ângulo de 45°) e posicionada, no máximo, a 0,15 m de
121
Unidade III
profundidade em relação ao piso do passeio; o volante de manobra da válvula deve estar situado a no
máximo 0,50 m do nível do piso acabado. Tal válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o
fluxo de água nos dois sentidos e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio.
5.13.5 Esguicho
Os esguichos são dispositivos usados para lançamento de água com mangueiras. Os reguláveis
possibilitam a emissão do jato compacto ou neblina; os não-reguláveis, somente a emissão de jato
compacto. A norma brasileira que trata da avaliação dos esguichos reguláveis de combate a incêndio é
a NBR 14870-1.
O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema não deve ser inferior a 8 m, medido
da saída do esguicho ao ponto de queda do jato. Para esguicho regulável, essa condição é verificada na
posição de jato compacto.
5.13.6 Alarme
Todo sistema deve ser dotado de alarme audiovisual, indicativo do uso de qualquer ponto de hidrante
ou mangotinho, que é acionado automaticamente por meio de pressostato ou chave de fluxo.
5.13.7 Abrigo
As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares, de diâmetro DN65 (2½”). A válvula angular
com diâmetro DN40 (1½”) pode ser utilizada para sistemas que utilizem mangueiras de 40 mm, desde
que comprovado seu desempenho para essa aplicação. Já para mangotinhos, as válvulas devem ser do
tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”).
Na ausência de normas brasileiras aplicáveis às válvulas, é recomendável que atendam aos requisitos
da norma BS 5041, parte 1.
Observação
Mangueiras
Vazão
Tipo Esguicho Diâmetro Comprimento Saídas (l/min)
(mm) máximo (m)
80(1)
1 Regulável 25 ou 32 30 1 ou
100(2)
Jato compacto
2 40 30 2 300
Ø16mm ou regulável
Jato compacto
3 65 30 2 900
Ø 25 mm ou regulável
Nota:
1) Os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais.
2) As vazões correspondem a cada saída.
Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser
protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos, considerando-
se o comprimento da(s) mangueira(s) e seu trajeto real, desconsiderando-se o alcance do jato de água.
• nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m;
Nos hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15 m ou uma vez e meia a altura da parede
externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira (preferencialmente
em lances de 15 metros), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente. Recomenda-se que
sejam empregadas mangueiras de 65 mm de diâmetro, para redução da perda de carga do sistema, e o
último lance de 40 mm, a fim de facilitar seu manuseio.
123
Unidade III
Todos os pontos de hidrantes ou de mangotinhos devem receber sinalização conforme NBR 13435,
de modo a permitir sua rápida localização.
5.13.11 Dimensionamento
Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais
desfavoráveis hidraulicamente (aqueles que proporcionam menor pressão dinâmica no esguicho)
para qualquer tipo de sistema especificado, considerando-se, no mínimo, as vazões obtidas conforme
a Tabela 25.
Lembrete
Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em
qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1.000 kPa. Situações que requeiram pressões superiores à
estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados.
O cálculo hidráulico das tubulações deve ser executado por métodos adequados para este fim, sendo
que os resultados alcançados precisam satisfazer a uma das seguintes equações apresentadas a seguir:
L v2
hf = f
D 2g
f = fator de atrito.
D = diâmetro interno, em m.
124
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Hazen Williams
=J 605 × 185
, Q × C − 1, 85 × dr − 4, 85 × 105
Q = vazão, em L/min.
Fonte: ABNT (2000).
V = Q/A; para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro interno da tubulação.
V = velocidade da água (m/s) (a velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a
5 m/s).
125
Unidade III
A reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante determinado
tempo. Após esse período, considera-se que o Corpo de Bombeiros mais próximo atuará no combate,
utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.
V=Qxt
As representações são as seguintes:
5.13.13 Reservatórios
Quando o reservatório atender a outros abastecimentos, as tomadas de água destes devem ser
instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva para o combate. A capacidade
efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente.
O reservatório deve ser construído de maneira que possibilite sua limpeza sem interrupção total do
suprimento de água do sistema, ou seja, mantendo pelo menos 50% da reserva de incêndio (reservatório
com duas células interligadas). Deve, ainda, ser composto de concreto armado ou metálico, obedecendo
aos requisitos citados. Poderão ser utilizados reservatórios confeccionados com outros materiais, desde
que sejam asseguradas as seguintes resistências: ao fogo, mecânicas e intempéries.
As bombas utilizadas devem ser centrífugas. Precisam ser acionadas por motor elétrico ou a
combustão e devem abastecer exclusivamente o sistema.
A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada da seguinte maneira: após
a partida do motor, seu desligamento deve ser acionado somente de forma manual no seu próprio
painel de comando, localizado na casa de bombas. Ao menos um acionamento manual para as bombas
principal ou de reforço deve ser instalado em um ponto seguro da edificação, permitindo fácil acesso. O
funcionamento automático é iniciado pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação.
126
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
A pressão máxima de operação da bomba de pressurização (jockey) instalada no sistema deve ser
igual à pressão da bomba principal, medida sem vazão (shut-off). Recomenda-se que o diferencial
de pressão entre os acionamentos sequenciais das bombas seja de aproximadamente 100 kPa. Não é
recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 1 MPa.
As automatizações da bomba de pressurização (jockey) devem ser feitas por meio de pressostatos
instalados conforme apresentado na figura a seguir. Devem ser ligados nos painéis de comando, com as
chaves de partida dos motores de cada bomba.
Um painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna deve
ser instalado onde haja vigilância permanente, dotado de uma botoeira para ligar manualmente tais
bombas, possuindo sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os seguintes eventos:
• Bomba elétrica
– painel energizado;
– bomba em funcionamento;
– falta de fase;
– painel energizado;
– bomba em funcionamento;
A bomba de pressurização (jockey) pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando “bomba
em funcionamento”.
A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral, a fim de
permitir o desligamento geral da energia elétrica, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba
de incêndio.
127
Unidade III
Entrada
geral
Chave
Chave geral
para a
bomba
Consumo
As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição
alimentação da bomba de incêndio – não desligue.
Nos casos em que houver necessidade de instalação de bomba de reforço, seu funcionamento deverá
ser automático, sendo acionado por meio de chave de alarme e fluxo, com retardo.
Para se evitar o superaquecimento da bomba principal, quando estiver funcionando sem vazão, um fluxo
contínuo de água deve ser previsto, por meio de uma tubulação de 6 mm ou placa de orifício de 6 mm, derivada
da voluta da bomba e preferencialmente com retorno para o reservatório ou tanque de escorva.
Vai p/ o reservatório
Tubo aço 1/4” ou tanque escorva
União
assento
plano
128
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer
hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fabricante, ou dotado de sistema de pré-aquecimento
permanentemente ligado. O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as
especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente para manter o conjunto
motobomba operando com carga total durante, no mínimo, duas vezes o tempo de funcionamento
dos abastecimentos de água para cada sistema existente na edificação. Sob o tanque, é preciso que
seja instalada uma bacia de contenção com volume mínimo de 1,5 vez a capacidade do tanque de
combustível.
Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas, indicando “bomba em
funcionamento” e “sistema automático desligado” (chave seletora na posição manual). As baterias do
motor a explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema de
flutuação automática, por meio de um carregador duplo de baterias, capaz de carregar uma bateria
descarregada em até 24 h.
Após todos os serviços de execução da instalação, a aceitação do sistema é feita por profissional
habilitado e se destina a verificar os parâmetros principais de desempenho dos sistemas projetados
para a edificação. É composta de: inspeção visual (verificação da conformidade dos equipamentos e
acessórios instalados), ensaio de estanqueidade das tubulações dos sistemas e dos reservatórios, e pelo
ensaio de funcionamento.
Previamente, é preciso garantir que todos os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos estejam
instalados em conformidade ao projeto e que as tubulações foram executadas conforme as indicações
das plantas.
• Os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos estão montados com todos os materiais e acessórios
previstos e totalmente desobstruídos?
• Caso a edificação tenha dois ou mais sistemas, estes podem ser prontamente identificados quanto
às suas características de funcionamento e finalidades?
O sistema deve ser ensaiado sob pressão hidrostática equivalente a 1,5 vez a pressão máxima de
trabalho, ou 1500 kPa, no mínimo, durante 2 h. Não são tolerados quaisquer vazamentos no sistema.
• Testar o funcionamento das bombas principal ou de reforço, ligando-a por meio do acionamento
manual especificado em B.1.7 e desligando-a no seu próprio painel de comando especificado em
B.1.6. Caso a automatização da bomba principal ou de reforço seja realizada por meio de chave de
fluxo, também deverá ser testada a sua operação.
Visa garantir que o sistema esteja inteiramente ativo e em estado de prontidão para imediata utilização.
Nenhuma das tarefas pode afetar a capacidade de extinção ou alcance de combate do sistema instalado,
uma vez que a vistoria é, em geral, uma inspeção visual, além da identificação do pessoal envolvido com
a preservação e a utilização do sistema.
• bombeiro(s) profissional(ais);
• As válvulas angulares dos hidrantes e as válvulas de abertura rápida dos mangotinhos são mantidas
fechadas?
131
Unidade III
Observação
O plano de manutenção é o roteiro de inspeção e verificação a que o sistema deve ser submetido. Seu
objetivo é garantir a melhor preservação de todos os componentes da instalação, constando também
as providências a serem tomadas para execução da manutenção preventiva naqueles componentes que,
sabidamente, estão sujeitos a apresentar problemas de funcionamento.
Esse plano prevê as tarefas que a brigada tem de executar, de forma que seja mínima a possibilidade
de ocorrer alguma falha de qualquer dos componentes do sistema da edificação – quando em
funcionamento. O tempo necessário para a execução de um plano varia de acordo com a característica dos
componentes utilizados na execução das instalações e das atividades necessárias de cada componente.
Isso ocorre para que se garanta a sua preservação e para que os prazos mínimos para manutenção
preventiva dos materiais e equipamentos instalados sejam cumpridos, assim como da corretiva, não
devendo ultrapassar o prazo máximo de um ano.
• todas as válvulas angulares e de abertura rápida tenham sido abertas de forma totalmente normal
e manualmente e, ao serem fechadas, que a vedação completa tenha sido verificada, garantindo o bom
estado do corpo da válvula com relação à corrosão;
• todas as válvulas de controle seccional tenham sido manobradas sem nenhuma anormalidade,
inclusive com relação a vazamentos no corpo, castelo ou juntas;
• todas as tubulações estejam pintadas sem qualquer dano, inclusive com relação aos suportes
empregados;
• a sinalização utilizada nos pontos de hidrantes e/ou mangotinhos esteja conforme o especificado;
132
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
• os dispositivos de controle da pressão usados no interior das tubulações tenham sido verificados
quanto à sua eficácia e ao seu funcionamento;
• o(s) quadro(s) de comando e de alarme tenha(m) sido totalmente inspecionado(s), atestando seu
pleno funcionamento.
As edificações com área construída com medidas superiores a 750 m² e/ou altura superior a 12 m
devem ser protegidas por sistemas de mangotinhos ou de hidrantes.
133
Unidade III
134
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Válvula de
abertura rápida
Abrigo Mangueira
Tomada de água semirrígida
p/ mang. 40mm
Esguicho
regulável
Figura 32 – Sistema tipo 1: Mangotinho com ponto de tomada de água para mangueira de 40 mm
Válvula de
abertura rápida
Mangueiras Mangueira
Abrigo duplo semirrígida
de incêndio
Abrigo
Esguicho
Saída dupla p/ regulável
mang. 40mm
Esguicho regulável
ou jato compacto
Saiba mais
Os tanques devem estar eletricamente aterrados, assim como os veículos que os abastecem ou que
deles se abasteçam.
135
Unidade III
Agora vamos apresentar alguns conceitos e informações técnicas que possibilitem avaliar as
condições de instalação e funcionamento dos sistemas de extintores de incêndio, tendo-se como
referência a norma brasileira ABNT NBR 12963: Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
Esta obra vai permitir que você possa avaliar a adequação dos sistemas instalados e verificar as
condições de funcionamento dos sistemas, bem como implementar a manutenção dos sistemas.
Os sistemas de hidrantes e de mangotinhos são medidas básicas de proteção contra incêndio. São
acionados manualmente e instalados nos edifícios para serem utilizados pelos próprios ocupantes (que
estejam devidamente habilitados) em situações de emergência.
São destinados a princípios de incêndio e dimensionados para descarregar uma quantidade de água
adequada ao risco que visam proteger, sendo os mangotinhos destinados a riscos leves e os hidrantes
a riscos leves, médios e pesados. Os dois sistemas requerem brigada de incêndio que possua habilitação
compatível com as características de cada um e com as técnicas de combate a incêndio específicas do
risco em questão.
Aplicam-se à proteção dos bens materiais contidos na área onde estão instalados e, indiretamente,
também protegem vidas humanas, pois controlam o incêndio em seu estágio inicial, evitando que se
desenvolva e comprometa a segurança dos ocupantes de todo o local.
São indispensáveis mesmo nos locais equipados com sistemas automáticos de extinção de
incêndio, pois podem servir como meios auxiliares ou complementares nessa questão. São exigidos
obrigatoriamente nos edifícios residenciais, comerciais e industriais.
136
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Até 50 8,0
De 65 a 150 9,5
De 200 12,7
Diâmetro nominal da
tubulação (m) 20 25 32 40 50 65 80 90 100 125 150 200
Tubo de cobre 2,45 2,45 3,05 3,05 3,65 3,65 3,65 4,60 4,60 4,60 4,60 4,60
CPVC 1,70 1,80 2,00 2,15 2,45 2,75 3,05 N/A N/A N/A N/A N/A
mínimo DN 25
utilizado na instalação
Piso
Válvula fim de linha e dreno
137
Unidade III
DN 25
4 2. Manômetro 0 a 20 mca
DN 25 T
3. Chave de alarme de fluxo com retardo pneumático,
6 ligada ao painel de alarmes
NF 4. Válvula globo (T) teste - (D) dreno
5 NF 5. Visor de fluxo
4 6. União de aço galvanizado com assento plano, com
DN 25 DN 25 D
placa de orifício resistente à corrosão e orifício igual ao
do menor chuveiro utilizado na instalação
NA = Normalmente aberta
NF = Normalmente fechada
0,60 m a 1,00 m
Corte A A
A A
Planta
138
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
0,60 m
0,60 m
Cabeçote de hidrante Ø 100 mm
com duas saídas de Ø 65 mm
Válvula de retenção
Suporte Ramais
Suportes Subgeral
139
Unidade III
Suporte
Ramais
Tesoura Subgeral
Tesoura
Suporte
Ramais
Tesoura
Subgeral
140
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Tesoura
Suporte
Ramais
Tesoura
Subgeral
nº 1 nº 2 nº 3 nº 4
nº 5 nº 6 nº 7
nº 8 nº 9
nº 10 nº 11 nº 12
141
Unidade III
6.2.1 Requisitos para instalações dos sistemas de proteção por chuveiros automáticos
O desempenho de um sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos deve ser
aferido na fase de aceitação, momento em que são realizados os ensaios para verificação do atendimento
aos requisitos apresentados no projeto do sistema, para que a instalação seja colocada em serviço.
• ensaio hidrostático;
O acompanhamento dos ensaios descritos anteriormente, por parte dos usuários e operadores do
sistema na edificação, é fundamental para a familiarização e conhecimento das condições de operação
propostas pelo projeto do sistema.
A tabela a seguir apresenta os requisitos exigidos pela norma NBR 10897 para os ensaios descritos.
Quadro 16 – Requisitos exigidos pela ABNT NBR 10897 (2008) para aceitação dos sistemas
de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos
Ensaios de aceitação
dos sistemas Requisitos conforme a ABNT NBR 10897 (2008)
de chuveiros
automáticos
142
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
143
Unidade III
A figura a seguir é citada na NBR 10897 como exemplo para representação gráfica da curva
característica da bomba centrífuga instalada no sistema de proteção por chuveiros automáticos.
Bombas centrífugas horizontais de
sucção frontal e turbinas verticais
Vazão nominal
140
120
80
Bombas centrífugas
Pressão (%)
horizontais de carcaça
bipartida
60
40
20
6.2.2 Periodicidade das inspeções, ensaios e manutenções nos sistemas de proteção por
chuveiros automáticos
O Anexo C da NBR 10897 apresenta as recomendações práticas para registro das inspeções e testes
iniciais nos sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos recém-instalados. Destaca,
ainda, uma lista de verificação dos componentes do sistema de chuveiros automáticos que devem ser
avaliados e a respectiva frequência recomendada.
Deve-se verificar se as atividades indicadas estão inseridas no plano de manutenção dos sistemas
entregues, especificando todas as atividades que envolvem a manutenção e respectivo cronograma de
realização, com responsáveis claramente definidos, para que os sistemas sejam devidamente mantidos
em condições operacionais.
144
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
Resumo
145
Unidade III
Exercícios
Questão 1. (TRF 2011, adaptada) Com relação às Classes de Fogo descritas na NR-23, é INCORRETO
afirmar que:
B) Uma das características dos combustíveis sólidos é o fato de queimarem em profundidade; por
isso, agentes extintores que agem por abafamento, como o tipo dióxido de carbono, são mais
eficazes na fase inicial do fogo nesse tipo de combustível.
C) O extintor portátil do tipo água pressurizada somente pode ser usado em fogo de Classe A, não
havendo exceções para o uso em outras classes de fogo.
D) Os líquidos inflamáveis podem ser apagados por extintores portáteis do tipo dióxido de carbono,
químico seco ou espuma.
E) Dentre as classes de fogo e agentes extintores elencados na NR-23, Classe B é a que admite a
maior variedade de emprego de agentes extintores.
A) Alternativa correta.
Justificativa: o sistema de chuveiros automáticos tem como função central realizar o primeiro
combate ao incêndio, na sua fase inicial, para extingui-lo ou então controlá-lo até a chegada do Corpo
de Bombeiros.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: existem apenas duas formas de se combater uma combustão, partindo-se do princípio
que não haja limitação do combustível (a substância que está queimando): a redução da temperatura
e a redução de oxigênio. Tais modos encontram-se nos princípios básico de qualquer extintor utilizado
no combate às chamas.
146
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÃO
C) Alternativa incorreta.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham
sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5 ºC, em
ensaio de vaso fechado, ou até 65,6 ºC, em ensaio de vaso aberto; ou ainda os explosivos líquidos
insensibilizados dissolvidos ou suspensos em água, ou outras substâncias líquidas cujo fogo pode ser
apagado com espuma.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a Classe B corresponde aos líquidos inflamáveis e/ou combustíveis, incluindo os gases
inflamáveis, portanto, com maior variedade de emprego de agentes extintores.
A) Fixos.
B) Móveis.
C) Portáteis.
D) Auxiliares.
E) De porte.
147