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Problematização do conceito de personalidade

O conceito da palavra personalidade surgiu de uma mascara chamada


PERSONA que os atores gregos usavam para dar aparência do papel e
amplificar a voz. E devido a isso a personalidade passou a definir a aparência
externa que mostramos aos que nos rodeiam. Porém no senso comum e na
linguagem popular a personalidade é usada para referir-se a uma característica
marcante, ou até então definir se uma pessoa é boa ou má.

No entanto, a psicologia evita esse juízo de valor e essa limitação de que a


personalidade se define somente pelo que representamos as pessoas. Em
geral, podemos definir personalidade como uma variável individual que
determina os seus comportamentos e inclui as interações e as atitudes a qual é
estruturada com experiências e vivencias concretas das pessoas no meio onde
vive.

É importante ressaltar também que a personalidade é relativamente


consistente, mas ela não é rígida e imutável, pois varia conforme as
circunstancias. Entretanto, a personalidade possui influencia do meio e suas
características também podem mudar em resposta a situações diferentes.

Existem diversas técnicas para realizar a avaliação da personalidade, contudo


as melhores técnicas seguem os princípios de padronização, confiabilidade e
variabilidade. Sendo assim, as melhores e mais populares técnicas projetivas
são de Rorschat e TAT e também entrevistas clinicas. Ao aplicar o teste, é
necessário que seja considerado as diferenças culturais.

A pré-história da psicanálise:

No Projeto, Freud concebe o psiquismo como um “aparelho” capaz de


transmitir e de transformar uma energia determinada, e o funcionamento deste
é explicado a partir de duas hipóteses:

1. Que existe uma quantidade (Q) que distingue a atividade de repouso


das partículas materiais.
2. A identificação dessas partículas materiais com os neurônios.

Segundo o principio de inércia neurônica os neurônios tendem a se desfazer de


Q. A essa função primordial soma-se outra função secundária segundo a qual o
sistema neurônico procura não apenas livrar-se de Q, mas conservar aquelas
via de escoamento que o possibilitam manter-se afastado das fontes de
excitação. Portanto, além da função de descarga, há também a fuga do
estímulo. Esse principio é entravado por outro modo de funcionamento do
aparelho psíquico, cuja característica é evitar o livre escoamento da energia.
Já o principio da constância tende manter a quota de Q num nível mais baixo
possível e o mesmo tempo em que procura se proteger contra qualquer
aumento da mesma, isto é, procura mantê-la constante.

A função primordial dos dois sistemas neurônicos é manter afastadas as


grandes Qs externas através da descarga. E essa função de descarga está
ligada a tendência básica do sistema nervoso, que é a de evitar a dor ou
desprazer resultante de um acumulo excessivo de Q no sistema formado pelos
neurônios.

Desprazer então é identificado com a tensão decorrente do acumulo de Q e o


prazer consiste na descarga dessas Q excessiva. O prazer é a própria
sensação de descarga, e o prazer total resultaria da descarga total de Q.
Experiência de satisfação de um recém-nascido só é capaz de ser realizada
com o auxilio de outra pessoa, e é a eliminação dessa tensão interna causada
por um estado de necessidade que dá lugar a experiência de satisfação.

A distinção entre os dois modos de funcionamento do aparelho psíquico


constitui uma das concepções mais estáveis no interior da teoria psicanalítica:

1. Processo primário: energia livre, tende para a descarga de forma mais


direta possível. (Sonhos).
2. Processo secundário: energia ligada, quando sua descarga é retardada
ou controlada. (Pensamento da vigília, atenção, raciocínio, linguagem).

Interpretação dos sonhos

A Interpretação dos Sonhos é a via real que leva ao conhecimento das


atividades inconscientes da mente. E Freud toma como ponto de partida duas
afirmações: a primeira que os sonhos não são absurdos e eles possuem um
sentido e a segunda de que os sonhos são realizações de desejos.

Ademais, o sentido do sonho não é imediatamente acessível nem ao sonhador


nem ao interprete, pois o que lembramos é uma deformação, elaboração
onírica em que nela incide uma censura cujo objetivo é proteger o sujeito do
caráter ameaçador dos seus desejos. E existem quatro mecanismos
fundamentais para a elaboração onírica:

1. Condensação: conteúdo manifesto é uma tradução abreviada do latente.


E pode operar de três maneiras: omitindo determinados elementos do
conteúdo latente, permitindo que apenas alguns elementos apareçam e
combinando vários elementos do conteúdo.
2. Deslocamento: é a obra da censura dos sonhos e opera basicamente de
duas maneiras: pela substituição de um elemento latente por outro mais
remoto, quando o acento é mudado de um elemento importante para
outros sem importância.
3. Figurabilidade: transformação dos elementos do sonho em imagens,
este mecanismo se encarrega sozinho de proceder a distorção do sonho
4. Elaboração secundária: consiste numa modificação do sonho a fim de
que ele apareça sob a forma de uma história coerente e compreensível,
aproximando-se do pensamento diurno.

Resumindo então, a aparência incoerente e bizarra é devido a censura onírica,


a condensação, ao deslocamento, as considerações de representatividade e a
necessidade de que a estrutura externa tenha uma aparência de racionalidade
(elaboração secundária).

O sonho se inscreve, portanto, em dois registros: o conteúdo manifesto que é o


que corresponde ao sonho lembrado e contado pela pessoa e o conteúdo
latente que é oculto, inconsciente. Portanto o que é interpretado
psicanaliticamente não é o sonho, mas sim o seu relato, ou seja, o conteúdo
manifesto. E o conteúdo latente é o que pretendemos atingir pela interpretação.

A Interpretação dos Sonhos distingue-se em dois métodos: a interpretação


simbólica que considera a totalidade do sonho procurando substitui-lo por outro
que seja igual e ele e inteligível. E a decifração que considera cada elemento
constituinte como um sinal criptográfico e fixo e devemos tomar como objeto de
nossa atenção não só o sonho como um todo, mas parcelas isoladas de seu
conteúdo.

Por fim, Freud emprega o termo “símbolo” como sinônimo de “sinal” e nesse
caso então, não há código geral ou universal, o código é totalmente privado e o
único meio de burlar essa censura é através das associações que o sonhador
realizar.

O narcisismo.

De primeiro momento, nos Três ensaios, Freud caracteriza o autoerotismo


como um estado original da sexualidade infantil, anterior ao narcisismo, no qual
a pulsão sexual encontra satisfação sem recorrer a um objeto externo. O
narcisismo primário é quando o eu é o objeto privilegiado de investimento
libidinal a ponto de se constituir como “o grande reservatório de libido”. E o
narcisismo secundário é definido como o retorno desse investimento libidinal ao
eu, após ter investido objetos externos.

No entanto, a distinção entre narcisismo primário e secundário só aparecem


bem definidos a partir da segunda tópica Freudiana, onde afirma que o
autoerotismo é o narcisismo primário, que a partir daí corresponde ao momento
de unificação do eu ideal (aquilo que a outra pessoa espera de mim, instancia
que remete aquilo que nós gostaríamos de ter sido, que seria o nosso lugar no
desejo dos nossos pais, na expectativa da sociedade). Portanto, para que o
narcisismo faça justiça a sua origem, há que se admitir um eu, seja qual a
forma que ele é concebido, e no autoerotismo ainda não há um eu, o que há é
a pulsão sexual satisfazendo-se auto eroticamente do próprio corpo.

Dois tipos de escolha de objeto:

1. Tipo anaclítico: a criança escolhe como objeto sexual as pessoas


encarregadas de sua alimentação, cuidados e proteção, em geral a mãe
ou substitutos. (Ama-se a mulher que amamenta, o homem que
protege...)
2. Tipo narcisista: ela toma a si mesma como objeto de amor. (Ama-se o
que se é, o que se foi, o que quereria ser (ideal do eu) e alguém que foi
parte do seu próprio eu).

Ou seja, depois da segunda tópica Freudiana, Freud define melhor os


conceitos de autoerotismo, narcisismo primário e narcisismo secundário.
Acredito que como ponto de partida é importante ressaltar que autoerotismo e
narcisismo primário não devem ser confundidos; autoerotismo é um estado
inato, original da sexualidade infantil onde ainda não está formado o Eu e o
Narcisismo é o processo natural de formação desse Eu.

No entanto, é no narcisismo primário que surge a primeira oportunidade de se


reconhecer, onde acontece também através do Complexo de Édipo a formação
e unificação do Eu Ideal (aquilo que os outros esperam de mim). E no
narcisismo secundário acontece o reconhecimento do outro e assim o
investimento libidinal em objetos externos sendo eles ou do tipo anaclítico
(ama-se a mulher que amamenta, o homem que protege...) ou do tipo narcísico
(toma a si mesma como objeto de amor.).

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