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Termo em evidência a partir da crise do romance em finais do século XIX. Opõe-se a romance
fechado pela glorificação não necessariamente explícita da improvisação e da surpresa na
narrativa romanesca. Stendhal;
A “abertura” do romance é, no entanto, resultante da técnica narrativa e da semântica
literária, não sendo suficiente para a explicar a modificação das preocupações do autor e
respectivas temáticas no romance. Exemplo flagrante desta questão é Paul Bourget que,
apesar de ter renovado o romance francês a nível da semântica, é defensor acérrimo do
romance fechado.
um realismo subjectivo, que acaba por contribuir para a “abertura” do romance. O romance
abandona, aos poucos, o modelo tradicional, que consiste numa diegese demarcada com
princípio, meio e fim configurada, no enunciado narrativo, pela omnisciência narrativa. O
período simbolista contribui para a transformação do romance devido ao alheamento da
quotidianidade e da historicidade na representação literária e também devido à
predominância de uma sensibilidade esteticista-decadentista.
• É o que fazem com sucesso Virginia Woolf, James Joyce, Marcel Proust e José Régio
com romances ditos psicológicos, respectivamente O Quarto de Jacob, Ulisses, Á Procura do
Tempo Perdido, Jogo da Cabra Cega.
Suzana 10.5.1- Romance Fechado e Romance Aberto (Pg. 728 – 32 pdf)
Romance aberto:
No caso do romance aberto, pelo contrário, o autor não elucida os seus leitores
acerca do destino definitivo das personagens ou acerca do epílogo da diegese. O
leitor que procura no romance sobretudo o entretenimento com a satisfação
primária da sua curiosidade, experimenta em geral uma forte desilusão perante
o final de um romance aberto, pois sente a falta do já mencionado capítulo
conclusivo em que se fornece habitualmente a notícia dos casamentos e das
felicidades domésticas dos heróis do romance;
Romance Moderno opõe-se a este modelo citado acima que exaltado por
Bourget;