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EDUCAÇÃO HOLÍSTICA: A EDUCAÇÃO QUE RECEBEMOS*

Érika Souza Alves1

RESUMO

A iniciativa de pesquisar a educação numa perspectiva holística surgiu da minha


vivência enquanto acadêmica do Curso de Pedagogia da Faculdade São Luís de
França, pelo interesse de aprofundar meu conhecimento em nível teórico acerca do
significado desta proposta, evidenciada cotidianamente no fazer pedagógico do
corpo docente deste curso. A educação holística reconhece o potencial inato do
estudante para o pensamento inteligente, criativo e sistêmico. Sendo assim, este
artigo se propõe a refletir sobre atuação de professores que desenvolvem este tipo
de proposta. Torna-se relevante, por refletir como a prática pedagógica pode se
tornar mais integradora, sendo, portanto útil à academia.

Palavras-chave: Educação. Holismo. Formação Pedagógica.

INTRODUÇÃO

A iniciativa de pesquisar essa temática surgiu da minha vivência enquanto


acadêmica do Curso de Pedagogia da Faculdade São Luís de França, cuja proposta
formativa pauta-se numa concepção holística.

Assim, debrucei-me nessa pesquisa imbuída pelo interesse de aprofundar


meu conhecimento em nível teórico acerca do significado desta proposta,
evidenciada cotidianamente no fazer pedagógico do corpo docente deste curso.

O termo holismo surgiu na antiguidade clássica, ou melhor, na Grécia antiga,


originado da expressão “holos” que significa todo. A partir desta investigação,
busquei entender a prática pedagógica fundamentada nessa visão de todo, em que
a educação abraça uma proposta transformadora. (MACEDO, 2008).

*Trabalho elaborado sob a orientação da Profa. Msc. Andréa Hermínia de Aguiar Oliveira
1
Acadêmica do 8º período do Curso de Pedagogia da Faculdade São Luís de França
2

Sabe-se que a educação se fundamenta em tendências filosóficas que dão


suporte às práticas pedagógicas. Se a formação do professor oferecer base
holística, certamente oportunizará uma visão do todo, pedagogicamente falando.

Segundo Tavares (1994), tudo o que há na natureza, seja o homem, um


minúsculo inseto, uma molécula, ou grandiosas galáxias, são considerados todos
em relação as suas partes constituintes, mas são também partes de todos maiores.
Tudo está interligado, numa totalidade harmônica e funcional.

Este parece ser o princípio da compreensão do holismo. A educação holística


reconhece o potencial inato do estudante para o pensamento inteligente, criativo e
sistêmico. Sendo assim, este artigo se propõe a refletir sobre atuação de
professores que desenvolvem este tipo de proposta.

A relevância da pesquisa está em discutir uma proposta de educação


diferenciada. Embora fundamentada na educação humanista, que é relativamente
antiga, a visão holística é nova e conseqüentemente transformadora. Ou seja,
acrescenta uma consciência nova do fazer pedagógico. A discussão é relevante
para a sociedade, pois certamente beneficia, a longo prazo, a formação universitária
de professor. Torna-se relevante, também, por refletir como a prática pedagógica
pode se tornar mais integradora, sendo, portanto útil à academia.

Para tanto, foi feita uma bibliográfica, no sentido de compreender a educação


holística, a partir dos referenciais teóricos pesquisados.

1 O CONCEITO DE HOLISMO

Conceitua-se o holismo como uma visão global, que conduz o homem a uma
nova forma de pensar, uma nova visão de mundo, que lhe possibilita perceber com
todos os sentidos, a unicidade de si mesmo e de tudo que o cerca.

Por esta visão, teoricamente, o comportamento e as experiências emocionais


se relacionam fisiologicamente interagindo-se entre si. Estudos sobre esta relação
acarretaram progressos sensíveis nas ciências psicossociais e neurociências,
exigindo uma atenção especial para a fisiologia. O conhecimento oriundo da
fisiologia reconhece o poder da matéria e sua capacidade de agir sobre a entidade
psíquica do ser humano, aliada a existência de uma alma.
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Então, na medida em que a ação humana é resultante de uma vontade, pode-


se dizer que também a matéria sofrerá os efeitos de uma vontade. O que significa
dizer que as formas de pensar, ousar e intuir correspondem no todo da matéria à
alma, e que toda a alma corresponde a alguma matéria. (KORTE,1997)

Assim, o empirísmo cientifico, confirma que os seres humanos são


comandados por um sistema central nervoso, o cérebro, mas, torna-se impossível
que uma parte do corpo comande as manifestações nervosas, isoladamente em
relação à unidade que anima o corpo: a alma. As afirmações feitas pelos estudiosos
das ciências sociais os fizeram descobrir que as leis e regras que regem o universo,
são as mesmas que regem os homens, estando, portanto, universo e homens
interligados.

2 EDUCAÇÃO HOLÍSTICA

A visão do holismo na ciência traduz-se pela a crença na existência de uma


alma, imbuída pela vontade do ser, que se conecta ao universo.

A relação do holismo com a ciência e a educação, corresponde ao


envolvimento de todos num processo educacional espiritualizado, estimulando-se os
sentimentos de compaixão, esperança e contemplação pelos mistérios da vida, uma
energia vitalizada, envolvendo intelecto, emoções e força física. (TAVARES 2000).

A educação holística propicia uma nova visão do ser relacionado ao mundo.


Integrando o ser no seu próprio sentido de ser, partindo do autoconhecimento.
Portanto, educar holisticamente é unir, em equilíbrio, a formação do ser individual e
coletivo, conectando-o com a realidade, para a sua compreensão. (MACEDO, 2008).

Neste viés, as universidades holísticas não padronizam os acadêmicos, elas


auxiliam a descoberta e o desenvolvimento dos mesmos acerca dos próprios
talentos e dotes, tendo como meta seu crescimento e auto-realização.

Deste modo, a educação holística possui uma característica especial


pedagogicamente falando, ela propicia aos acadêmicos um sentido das coisas; a
visão do todo. O acadêmico passa a conhecer a bondade de cada ser nas relações
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de confiança, no respeito ao pensamento, às variedades de inteligências e


manifestações criativas. Acrescenta-se a isso, a importância dos valores internos e
externos, como por exemplo, o valor da vida sobre a terra e a comunidade, o sentido
de mundo, a fim de compreender os diferentes contextos apresentados pela
realidade.

Reconhece-se que a formação da identidade dos sujeitos e a sua forma de


intervir na realidade está ligada com seus valores, com sua forma de
pensar, sentir perante a realidade. E é essa consciência da integração do
sujeito com algo maior que vem ajudar na compreensão e modificação da
realidade e no conhecimento do próprio ser. Posição que é compartilhada
pelos pesquisadores da educação holística. (CREMA, 2008).

Nesta visão, a base da educação holística constrói-se através da experiência


humana, respeitando-se as necessidades emocionais, cognitivas psicológicas,
físicas e espirituais dos acadêmicos, procurando incentivar a sua auto-estima e a
responsabilidade acerca do próprio processo de desenvolvimento.

Assim, verificamos o significado do que é o holismo e a relação existente


entre holismo, ciência e educação. Agora identificaremos quem é o professor
holístico.

3 O PROFESSOR HOLÍSTICO

O professor holístico é aquele que possui sensibilidade, criatividade,


espontaneidade, responsabilidade, compaixão e reverência, centrando-se nas
habilidades de relações humanas, na solução de conflitos, na mediação e na
dinâmica de grupos; tornando-se um mestre em compreensão e respeito,
interessando-se pelos aspectos espirituais, transcendentes e transpessoais. (YUS,
2002).

Assim, um programa holístico, radicaliza-se no seu significado pela forma dos


ensinamentos, baseando-se nos problemas sociais, culturais e filosóficos, a fim de
construir a prática educativa. Prática essa, que proporciona uma formação
intelectual sólida, diferente, concentrada no crescimento intelectual, no pensamento
critico, flexível e criativo, nas habilidades e potencialidades do acadêmico.
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Na análise de Yus (2002), um educador holístico é um mestre, direcionado


pelos princípios éticos e espirituais, motivado psicologicamente para agir num
sentido de missão, no prazer de ver a seus acadêmicos ascendendo espiritualmente
através do conhecimento, dos valores religiosos e das profundas reflexões a partir
dos conteúdos programáticos. A formação de acadêmicos adquire assim uma
dimensão intrapessoal, interpessoal, extrapessoal, e transpessoal.

“Convenço-me que a formação de professores deverá incluir a importante


dimensão espiritual da pessoa, tanto pelas necessidades próprias dos professores
quanto pelas necessidades de seus próprios alunos”. (MAYES, 1998 p.242 apud
YUS, 2002, p.40.) Sendo assim, o professor é aquele que direciona o acadêmico
para a prestação de serviços, o agir no mundo com compaixão e inteligência,
fazendo-o compreender a própria prática.

Integrar o todo é o objetivo do professor holístico. Integrar, para que a prática


educativa seja mais reflexiva, mais responsável, unida coma a dimensão espiritual,
conectando-se com técnicas meditativas, com os aspectos da psicologia
transpessoal, a psicossintese; com uma variedade de técnicas novas que ajudam a
integração e a formação da identidade de professores verdadeiramente holísticos.

Assim, o educador holístico procurará educar o acadêmico, incluindo em seus


estudos diferentes visões de mundo, relacionando corpo/mente, inteligências
múltiplas, análises acerca da espiritualidade; enfim um estudo capaz de priorizar a
relação da pessoa com a cultura e o mundo.

Partindo dessa ideia, a educação holística, centraliza-se na constituição


comunitária da aprendizagem. O acadêmico se envolve criativamente no mundo,
questionando-o; integrando-se como um cidadão global. Direcionando-se para o
crescimento das suas potencialidades humanas, torna-se crítico, dinâmico, político,
científico, universal, emocional, criativo, intuitivo, artístico, espiritualizado e coletivo.
O sujeito, nos seus mais variados aspectos, participando do estado do seu ser, dos
outros, da vida, do planeta e do cosmos.

O princípio da educação holística é a chave tanto para a aprendizagem


holística quanto para a importância do cultivo do intuitivo, não se esquecendo que a
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imaginação e a mediação são apropriadas para as abordagens holísticas e que


acrescentam força ao pensamento crítico. (YUS, 2002).

Nesse sentido, o professor holístico, além da missão educativa, possui a


inúmeras tarefas, especialmente no desenvolvimento das totalidades dos
acadêmicos. Dentre elas, Yus (2002) destaca: a espiritualidade; a coletividade ou
inter-relações, o equilíbrio; a cooperação; a inclusão; a experiência; e a
contextualização.

A espiritualidade através da qual se incita a sensibilidade, a esperança e a


compaixão. O ser, conectando-se ao seu estado de ser, tendo a oportunidade de
sentir a si próprio e ao outro (o semelhante); a fim de construir virtudes, socializando-
as. O ser transformando-se e transcendendo-se em sua jornada pessoal e coletiva.
A coletividade enquanto oportunidade de inter-relacionar-se entre os diferentes
domínios e facetas da pessoa, entre colegas, professores e pais; construindo
diversas formas de interdisciplinaridade e globalização. O equilíbrio do ser em
relação à realidade, oportunizando-se pela importância do mesmo para as relações
acadêmicas e extra-acadêmicas. A cooperação, fruto de especial atenção nas
relações professor-acadêmico; acadêmico – professor; acadêmico-acadêmicos; e na
tomada de decisões coletivas. A inclusão, considerando-se todos os acadêmicos
num patamar de igualdade; ensinando-se ao acadêmico o sentido da formação
integral do ser humano, independente do intelecto, do sexo, da cultura e da classe
social. A integração dos acadêmicos, através das diferentes capacidades de
aprendizagem pela cooperação. A experiência, referindo-se às habilidades básicas
do acadêmico, sua descoberta como ser que se interessa pelo pleno exercício de
observação do mundo, e sua compreensão do que é ser, fazendo-se parte do
mundo. E, por último, a contextualização que implica uma educação totalizante,
como reflexo do contexto sócio-histórico-cultural vivenciado pelo acadêmico,
estimulando-se a visão crítica acerca das realidades culturais, morais e políticas de
suas vidas (YUS, 2002).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O paradigma holístico é uma revolução científica, epistemológica do aprender


através da inteligência mental e emocional, que proporciona ao acadêmico um
aprendizado pelo símbolo (pedagogia simbólica, cfe. BYNGTON, 1996). Este
aprendizado revela que a inteligência mental se estende ao plano emocional,
cósmico, interagindo sob a forma de energia física, gerando atitudes holocentradas
na dimensão corpo-mente-espírito. O símbolo, enquanto contexto da realidade
trabalhada em sala de aula, fará com que o acadêmico se situe no tempo e no
espaço, tornando-se participante consciente de uma comunidade planetária, capaz
de atuar positivamente sobre ela, transformando-a.

REFERÊNCIAS

BYINGTON, Carlos Amadeu Botelho. Pedagogia Simbólica: a Construção


amorosa do conhecimento do ser. Rio de Janeiro. Editora Rosa dos tempos,
1996.

CREMA, Roberto. Introdução a visão holística: breve relato da viagem ao novo


paradigma. São Paulo. Editora Summus Editorial. 1989.

KORTE, Gustavo A Visão holística dos cientistas. (1997) Disponível em:


www.google.com.br. Consulta realizada em: 04.06.10, às 22:30h.

MACEDO, Malu. Educação holística. (2008). Disponível em: www.textolivre.com.br.


Consulta realizada em 02.06.10, às 23:58h.

TAVARES, Clotilde. Iniciação à visão Holística. Rio de Janeiro. Editora


Record.2000.

YUS Rafael. Pedagogia Holística: Um novo Olhar na Educação. (2002).


Disponível em: // www.monografiias-pedagogia-um-novo-olhar-na-educação.com.br
Consultado em 02.06.10 às 10:30 .

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