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de Segurança do trabalho
O PPP deverá ser emitido com base nas demonstrações ambientais, exigindo, como
base de dados:
a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
b) Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
(PCMAT);
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
e) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT);
f) Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
A atualização do Perfil Profissiográfico Previdenciário deve ser feita sempre que houver
alteração que implique mudança das informações contidas nas suas seções ou, pelo
menos, uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações.
ATIVIDADE 1
Como abordado em nossa aula inicial, o Perfil Profissiográfico Previdenciário é um
importante documento tanto para a empresa quanto para o empregado, embora
também funcione de forma muito especial para que a Previdência possa definir a
aposentadoria especial do trabalhador de acordo com sua exposição nociva. Quem
deve assinar o PPP?
Chave de resposta:
O representante legal ou o preposto da empresa deverá assinar o PPP.
Entretanto, há a obrigatoriedade da indicação do médico coordenador do PCMSO e do
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho responsável pelo LTCAT,
apesar de não ser necessária a assinatura dos mesmos.
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 5
Ainda no caso de haver mudança dos responsáveis pelo PCMSO ou LTCAT, deverão
ser indicados os nomes e registros, discriminando o período em que cada um prestou
as informações que embasaram o preenchimento do PPP.
A instrução INSS 99/2003, em seu artigo 146, estabelece que “o Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP) constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador
que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e
resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas
atividades”.
ANEXO XV
12-CAT REGISTRADA
13-LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO
13.1 Período 13.2 13.3 13.4 Cargo 3.5 3.6 13.7
CNPJ/CEI Setor Função CB Cód.
O GFIP
__/__/__ a
__/__/__
__/__/__ a
__/__/__
__/__/__ a
__/__/__
__/__/__ a
__/__/__
14–PROFISSIOGRAFIA
14.1 Período 14.2 Descrição das atividades
__/__/__ a
__/__/__
__/__/__ a
__/__/__
II-SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS
15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS
15.5 5.7
15.8
Técnica 5.6 Equipam Certificado
15.3
utilizada Equipamento entos de
5.2 Fato Aprovação
15.1 Período Intensidade s Coletivos Individu
Tipo r de dos
ou (Eficaz)? ais Equipament
risco
Concentraç (S/N) (Eficaz)? os
ão (S/N) Individuais.
OBSERVAÇÕES
Dessa forma, a empresa poderá evitar ações judiciais indevidas relativas a seus
trabalhadores.
O PPP deverá estar disponível às autoridades competentes, que poderão solicitar sua
impressão com a assinatura do preposto legal. Atualmente, a exigência do PPP se
encontra no art. 58, § 4º, da Lei 8.213/91 e no art. 68, §§ 4º, 6º e 8º.
As multas relacionadas ao PPP estão elencadas no art. 283, II, “o”, “j” e “n” do Dec.
3.048/99. OBS: não confundir com a obrigação elencada no art. 58, § 1º, da Lei
8.213/91 e no art. 68, § 2º, do Dec. 3.048/99, que se refere a formulário para
requerimento da aposentadoria especial. Esse formulário é, a princípio, o DIRBEN-
8030. O Dec. 4.032/01, que alterou a redação do art. 68, § 2º, do Dec. 3.048/99,
substitui o DIRBEN-8030 pelo PPP, dado que ele abrange o DIRBEN-8030 e é mais
completo. No entanto, as instruções normativas ainda autorizam a aceitação do
DIRBEN-8030, alternativamente ao PPP, até 30/06/2003.
O valor da multa é a partir de R$ 8.278,60 para cada infração. As infrações podem ser
cumulativas. Esses valores poderão ser diminuídos ou majorados se constatada a
existência de atenuantes ou agravantes, não podendo ultrapassar R$ 82.785,16
(valores a partir de 1º de Junho de 2002 sujeitos à atualização).
Objetivo do FAP
O objetivo do FAP é incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do
trabalhador estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas de
saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade.
Quadro I
Grau (%)
Tipo de risco
Risco Contribuição
Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho
Grau 1 1%
seja considerado leve.
Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho
Grau 2 2%
seja considerado médio.
Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho
Grau 3 3%
seja considerado grave.
As alíquotas constantes no quadro I serão reduzidas em até 50% (cinquenta por cento)
ou aumentadas em até 100% (cem por cento), em razão do desempenho da empresa
em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção
(FAP).
Diante das questões até aqui apresentadas, veja que, para que um engenheiro de
segurança do trabalho efetivamente consiga obter os resultados ocupacionais
esperados, necessitará ampliar os conceitos de segurança baseada em cultura.
Frequência:
Efeitos:
Importante:
METODOLOGIA e ESTRATÉGIA
LIMITES DE TOLERÂNCIA
O limite de tolerância é definido como "a intensidade dos riscos físicos ou concentração
dos riscos químicos sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores pode
ficar exposta, sem sofrer efeitos adversos à saúde, durante a sua vida laboral", de
acordo com a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH).
Fonte: Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 – Normas Regulamentadoras. 77. ed.
São Paulo, Atlas do Brasil.
NÍVEL DE AÇÃO
De acordo com a NR 9 (PPRA), em seu item 9.3.6, outro parâmetro que deve ser
considerado na avaliação de resultados é o nível de ação.
O nível de ação indica um valor a partir do qual devem ser iniciadas as ações
preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a
agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição.
CALIBRAÇÃO PERIÓDICA
Veja que o formulário PPP possui campo para codificação da GFIP, indicando se a
empresa recolhe ou não valores decorrentes da exposição dos trabalhadores aos
agentes nocivos.
Para os trabalhadores com apenas um vínculo empregatício (ou uma fonte pagadora),
deve-se informar os códigos a seguir conforme o caso:
(em branco) — Sem exposição a agente nocivo. Trabalhador nunca esteve exposto;
01 — Não exposição a agente nocivo. Trabalhador já esteve exposto;
02 — Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);
03 — Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);
04 — Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).
Não devem preencher informações neste campo as empresas cujas atividades não
exponham seus trabalhadores a agentes nocivos. O código 01 somente é utilizado para
o trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a agente nocivo, como ocorre nos
casos de transferência do trabalhador de um departamento (com exposição) para
outro (sem exposição).
Agentes nocivos
São aqueles que possam trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física
do trabalhador nos ambientes de trabalho em função de natureza, concentração,
intensidade e fator de exposição:
Físicos;
Químicos;
Biológicos;
Associação desses.
Aposentadoria especial
Trabalho permanente:
a) Aquele em que o segurado, no exercício de todas as suas funções, esteve
efetivamente exposto a agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou
associação de agentes;
Trabalho não ocasional/não intermitente:
Resumindo:
Grupo II: aminas aromáticas, aminobifenila, auramina, azatioprina, bis (cloro metil)
éter, 1-4 butanodiol, dimetanosulfonato (mileran), ciclofosfamida, cloroambucil,
dietilestil-bestrol, acronitrila, nitronaftilamina 4-dimetil-aminoazobenzeno,
benzopireno, beta-propiolactona, biscloroetileter, bisclorometil, clorometileter,
dianizidina, diclorobenzidina, dietilsulfato, dimetilsulfato, etilenoamina, etilenotiureia,
fenacetina, iodeto de metila, etilnitrosureias, metileno-ortocloroanilina (moca),
nitrosamina, ortotoluidina, oxime-talona, procarbazina, propanosultona, 1-3
butadieno, óxido de etileno, estilbenzeno, diisocianato de tolueno (TDI), creosoto, 4-
aminodifenil, benzidina, betanaftilamina, estireno, 1-cloro-2, 4-nitrodifenil, 3-
poxipropano.
Exemplos de atividade: a) manufatura de magenta (anilina e ortotoluidina); b)
fabricação de fibras sintéticas; c) sínteses químicas; d) fabricação da borracha e
espumas; e) fabricação de plásticos; f ) produção de medicamentos; g) operações de
preservação da madeira com creosoto; h) esterilização de materiais cirúrgicos.
O Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) serve para facilitar o mapeamento dos riscos
da empresa. O GHE é usado para mapear os riscos dos ambientes físicos de empresa
onde os trabalhadores exercem atividades semelhantes. Serve para mapear no mesmo
Ou seja, GHE (Grupo Homogêneo de Exposição) nada mais é do que unificar todas as
funções/trabalhadores em um grupo, sendo separadas pelos riscos que eles estão
expostos. Pode ser um pouco confuso falando assim, mas observe o exemplo.
Na minha empresa, tenho uma oficina mecânica com as seguintes funções: auxiliar de
mecânico, mecânico, auxiliar de eletricista, eletricista, soldador, encarregado de oficina
e almoxarife.
Dentro desses GHE, são colocados os riscos a que cada função está exposta. As
funções que têm a mesma exposição são colocadas no mesmo GHE. Tendo em vista
o exemplo acima, olhando para o GHE 02, as funções de auxiliar de eletricista e
eletricista estão expostas ao mesmo risco, pois são funções parecidas. E assim por
diante. Com essa separação, fica mais fácil de reconhecer os riscos e trabalharmos em
cima da prevenção dos mesmos.
Após a separação do GHE, o levantamento dos ricos existentes fica muito mais fácil
de ser identificado. Além disso, dá uma independência do SESMT em relação ao RH,
pois, quando existe a separação de GHE, nós podemos ter uma visão maximizada dos
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 64
riscos das funções, não só uma visão de cada função. Com isso, a prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais pode ser trabalhada em cima do GHE diretamente.
Para que você consiga "separar" um GHE eficiente que contemple todos de forma
única e homogênea, deveremos observar os seguintes itens:
Reconhecimento da exposição
Devem ser consideradas todas as fontes de exposição. Os trabalhadores podem estar
expostos a agentes de risco durante a realização de tarefas diretamente envolvidas
com esses agentes por contato acidental em contaminação do ambiente ou através de
tarefas realizadas por outros trabalhadores.
Julgamento profissional
Não há uma definição precisa para o que se chama de julgamento profissional, mas
ele é indispensável para uma avaliação correta e bem-sucedida da exposição
ocupacional. É essencial no planejamento das campanhas de monitoramento
(reconhecimento dos riscos), na interpretação dos dados resultantes do
monitoramento (avaliação dos riscos) e na recomendação das alterações de processo
necessárias (controle dos riscos). O julgamento profissional também é essencial na
identificação dos grupos homogêneos e na avaliação da distribuição das exposições. A
flexibilidade da estratégia de avaliação da exposição não somente permite mas
também força decisões subjetivas baseadas no julgamento profissional.
ESTUDO DE CASO
De 2012 a 2016, houve 3,5 milhões de casos, com 13,3 mil mortes, no Brasil.
Afastamentos por licença médica custam R$ 22 bilhões aos cofres públicos. Operários
da construção civil e caminhoneiros estão entre as vítimas mais frequentes.
Descuido, falta de equipamentos de segurança e até exaustão provocam 700 mil
acidentes de trabalho por ano em todo o país. Dados levantados pela Previdência
Social e pelo Ministério do Trabalho revelam a seriedade do problema, que atinge
trabalhadores de várias profissões. O Brasil é a quarta nação do mundo que mais
registra acidentes durante atividades laborais, atrás apenas da China, da Índia e da
Indonésia. Desde 2012, a economia já sofreu um impacto de R$ 22 bilhões por conta
de pessoas afastadas de suas funções após sofrerem ferimentos durante o trabalho.
Se fossem incluídos os casos de acidentes em ocupações informais, esse número
poderia chegar a R$ 40 bilhões.
Por lei, as empresas são obrigadas a garantir a segurança de seus funcionários. Mas
cabe também ao trabalhador informar a ausência de equipamentos adequados a
situações perigosas. Os dados do governo levam em consideração a Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), que divide as profissões em áreas de atuação.
Portanto, não existe uma classificação específica para cada categoria profissional. Em
1966, o governo criou a Fundacentro, entidade ligada ao Ministério do Trabalho que
tem como finalidade o estudo e a pesquisa das condições dos ambientes de trabalho.
As áreas nas quais ocorrem mais acidentes são a construção civil e o setor de serviços.
Na construção, o último dado sobre óbitos é de 2009, quando 395 trabalhadores
morreram em serviço. Mas o número pode ser maior, já que, em muitos casos, a
certidão de óbito não contém a causa exata da morte nem o local onde ocorreu. Já
entre o setor de serviços, as maiores vítimas de acidentes fatais ou incapacitantes são
os motoristas profissionais, com destaque para condutores de caminhões e carretas.
De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da
Saúde, desde 2010, ocorrem, em média, 15 mil acidentes envolvendo motoristas do
transporte de cargas, com 1,5 mil mortes por ano.
Para não integrar essa estatística macabra, o caminhoneiro Clovis Alves, de 42 anos,
desistiu de viajar pelas estradas brasileiras. O trabalhador optou por rodar apenas no
Distrito Federal após ser obrigado a sair da pista, na BR-101, para evitar uma colisão
frontal com outro caminhão. Na ocasião, o motorista que vinha no sentido contrário,
em uma via de mão dupla, dormia ao volante. “A poucos metros de colidir, eu notei
que ele dormia enquanto dirigia. Tive de jogar o veículo para uma pista lateral, de
terra. Naquele dia, eu fiquei traumatizado com a situação. Cheguei em casa e contei
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 71
para a minha esposa, que sempre temia que eu sofresse um acidente. Durante esses
anos, vi amigos morrerem nas estradas e pessoas saqueando as cargas em meio à
tragédia”, conta. (Fonte: blogs.correiobraziliense.com.br/servidor/tag/caminhoneiros)
Conforme o observatório, nos últimos cinco anos, 544 mil pessoas sofreram cortes e
lacerações corporais em decorrência de acidentes durante o exercício da atividade
profissional. Um dos criadores do site, o oficial de projeto da OIT, Luis Fujiwara,
destaca que as informações são importantes para criar políticas públicas com o
objetivo de reduzir o número de acidentes e mortes nas organizações.