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Sorologia
O diagnóstico de certeza de um processo infeccioso é a demonstração do patógeno ou
de seus produtos nos tecidos ou fluidos do hospedeiro
Nem sempre isso é possível (inacessibilidade do órgão afetado, falta de sensibilidade
dos métodos, tempo, etc)
Os métodos imunológicos têm sido utilizados para suprir as deficiências dos métodos
parasitológicos ou microbiológicos
Na pesquisa de anticorpos, os testes sorológicos têm sido utilizados com sucesso, como
auxiliares importantes no diagnóstico individual ou em inquéritos epidemiológicos.
Radioimunoensaio
O radioimunoensaio é um dos métodos mais sensíveis para a análise quantitativa das
reações antígeno-anticorpo; permite medidas rápidas e precisas (ng ou pg).
Ampla aplicação na toxicologia, farmacologia, endocrinologia, imunologia, etc.
Pode ser utilizado para quantificar hormônios, drogas, marcadores tumorais, alérgenos,
anticorpos e antígenos.
Há muitas variações, mas o princípio é o mesmo: a quantidade de reagente marcado com
radioisótopo (Ag ou Ac), quantifica o Ág ou Ac não marcado na amostra.
Limitações: custo, vida média dos reagentes e risco operacional.
Imunofluorescência
Baseia-se na capacidade dos anticorpos de se ligarem a fluorocromos sem perder sua
reatividade específica com o antígeno. Fluorocromos são substâncias que, quando excitadas
com luz de alta energia, absorvem luz de um comprimento de onda menor e, instantaneamente,
emitem luz de comprimento de onda maior (menor energia)
Direta: é empregada na pesquisa e localização de antígeno em células ou tecidos por
intermédio de um anticorpo específico marcado com fluorocromo. Os anticorpos não ligados são
removidos pela lavagem e o preparado é observado em microscópio de imunofluorescência.
Indireta: a sensibilidade dos testes de imunofluorescência é limitada ao nível da
capacidade de detecção do olho humano. O teste indireto tem sido usado para amplificar o sinal
e aumentar a sensibilidade. Pode ser empregada na pesquisa de antígenos ou de anticorpos.
- Pesquisa de antígenos: célula - anticorpo específico produzido em animal diferente
do doador do antígeno – anticorpo anti-imunoglobulina marcado, produzido em outro animal e
dirigido contra o primeiro
- Pesquisa de anticorpo: Antígenos padronizados são fixados em lâminas e sobre
estes, adiciona-se o soro diluído que se quer pesquisar. Após lavagem, a preparação é
incubada com o conjugado (anti-imunoglobulina humana conjugada à substância fluorescente)
Enzima-imunoensaio (ELISA)
Baseia-se na imobilização de um dos reagentes (Ag ou Ac) numa fase sólida
(agarose, poliacrilamida, poliestireno), enquanto o outro reagente pode ser ligado a uma
enzima com preservação tanto da atividade enzimática quanto da imunológica.
A reação Ag-Ac é monitorada pela medida da atividade enzimática sobre seu substrato
Apresenta alta sensibilidade, utiliza reagentes estáveis, ao contrário dos radioativos, e
pode ser empregado com uma variedade de sistema de detecção (visual, colorimétrico,
fluorescente...)
Novos rumos
Na tentativa de superar alguns dos problemas da microscopia, métodos baseados em
análises sorológicas foram desenvolvidos e são considerados o padrão ouro para diversas
doenças infecciosas.
Apesar de largamente utilizados na rotina laboratorial, esses métodos não permitem, em
alguns casos, uma clara diferenciação entre as infecções prévias e as recém-adquiridas,
dificultando o estabelecimento de critérios de cura.
Outro ponto crítico é a perda da especificidade quando se usa, como antígeno, extrato
total do microorganismo – reações cruzadas (T. cruzi e Leishmania).
Da mesma forma que a sorologia veio tentar superar as dificuldades encontradas na
microscopia, as técnicas de Biologia Molecular e DNA recombinante estão contribuindo para o
aperfeiçoamento dos métodos de pesquisa de marcadores biológicos específicos para o
diagnóstico das doenças infecciosas.