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Candomblé de Omoloko

De nossa história
Minha Yalorixá,   Lea de Yansã (nascida em 1936), filha carnal de Eva Silva que cultuava
apenas a Umbanda,   foi iniciada por Dª Cenira de Omolu, conhecida como  Monavurù no início
da década de 50, isso no bairro de Itaúna - São Gonçalo.
Após inúmeras divergências entre minha Yalorixá, na época dona de um terreiro com mais de
100 filhos e minha ciumenta avó de santo na época dona de um terreiro com menos de 50
filhos, veio à separação, seguida de uma maldição rogada por minha avó de santo à minha
mãe, cujo, foi perdendo gradativamente aqueles que a seguiam, eu ainda acho que no fundo
foi por conta da profunda mudança de culto que acontecera após a iniciação de minha avó de
santo, mas os mais antigos contam que nossa atual casa foi alvo de muito feitiço proferido por
nossa avó de santo que era vingativa e rancorosa e que se mostrou má no decorrer dos anos.
Monavurù renegou minha Yalorixá que a partir de então seguiu sozinha na vida-de-santo, após
anos de dedicação à sua Yalorixá que morreu; cega e entrevada numa cadeira de rodas, anos
depois de sua revolta...
Minha Yalorixá era casada com um descendente Agudá (Francisco da Silva Costa - nascido
em 19740), que atuava apenas como Olùkóni da cultura africana, cuja família trazia
conhecimentos do culto Omolocô e Angola, e após sua iniciação com  Monavurù houve então
uma miscigenação de cultos, dispersando várias características de angola e introduzindo
outras de Ketu e Efon, mantendo, pois as peculiaridades do próprio Omolocô, como:   o não
raspar totalmente a cabeça, o não usar Kelê, o não ter o Orunkó, ter as obrigações - Èkinnì
awo, Ìgbélé e o Obori antes da iniciação e como vínculos preparatórios e de ligação da pessoa
com o Ilê deixando esta de  ser Abiã antes da iniciação e etc. Com isso Nascendo pois uma
nova variante  da cultura afro-brasileira. Neste momento o Omolocô praticado em minha casa
abandona inclusive as características da Macumba, praticada no Rio de Janeiro  (fim do século
19 e início do século 20), onde alguns citam ser esta a veia do Omolocô, trazida ao Brasil por
uma mulher escrava chamada Maria  Batay?

Eu, com 12 anos fui iniciado e não fazia noção de tudo o que se tinha formado nos mais de  50
anos de história de minha casa. Não se passava por minha cabeça 1/3 do que vinha  pela
frente.
Depois de iniciado busquei inundar-me nos conhecimentos de minha Yalorixá e a buscar
entender a raiz de minha própria nação que até então era desconhecida da maioria dos que na
casa estavam, fui escolhido por ela, talvez por ser eu Abiaxé, para ser um dos redentores das
folhas de todo o axé da casa e apenas Eu e mais 4 pessoas - a Yakekerê Ilka de Yemanjá
(minha mãe carnal/ in memorian), o Ogã Ernani de Ogum, o Babakekerê Evandro de Obaluaiê
(já não faz mas parte do egbé) a atual Yalorixá da casa Omobá Maxilene de Xangô, quem
mantivemos esses segredos, uma parte foi dada a cada um que no todo formava algo como
um quebra-cabeça, ou seja, eu sabia de coisas que os outros 4 não sabiam e vice-versa. Ela
repetia sempre quando me ensinava algo novo que as coisas só ficariam claras no decorrer do
tempo e com a "união da  cabaças" e que apenas no futuro eu saberia utilizar tudo o que
aprendi. Minha mãe me repassou seus conhecimentos semanas depois de minha iniciação, o
Babakekerê (meu padrinho de santo) me repassou os seus logo após o falecimento de minha
Yalorixá, o Ogã e Omobá estão me repassando o que lhes fora ensinado e hoje já
conhecemos todas as folhas da casa, inclusive as necessárias para que eu possa dar
continuidade à prole de meu axé. Na época via-me impaciente, pois não entendia muito bem o
significado das coisas por ela passadas, mas como num quebra-cabeça tudo foi me chegando
e hoje estou na história como o elo entre o passado e o presente e digo que quase está em
minhas mãos o futuro do Ilê. Não me sinto lisonjeado com isso, mas com a sensação de um
pesado fardo que tenho, de prazer, mas de muito desgosto também, pois as dificuldades são
enormes e se não fosse a Fé que tenho em Ogum e Yemanjá, já teria desistido de tudo, mas
algo superior me mantém firme e a confiança em tudo o que foi criado por minha Yalorixá é tão
grande que não temo a dura realidade de ser esta uma nação vinda de controvérsias e
desentendimentos, dissabores e amarguras, copiando inclusive o sofrimento dos escravos no
período da colonização.

Dos pilares do Ilê


Temos no quintal além dos assentamentos comuns, o de Tempo Iroko.
No Itoto  temos o èdá awo - Onilé como axé e na cumieira temos o èdá awo  - Èla.
Do xirê:
Exu
Ogum
Oxossi
Obaluaiê
Ossaim
Oxumarê
Xangô
Oxum
Lógún
Oyá
Oba
Ewá
Nana
Yemanjá
Tempo Iroko
Oxalá
 
Dos festejos

Em Janeiro temos festejamos a Oxossi.


Em Fevereiro o Lorogun.
Em Abril festejamos a Ogum
Em junho festejamos a Xangô
Em agosto festejamos a Obaluaiê.
Em outubro festejos de Igidú
Em novembro reverencia aos ancestrais
Em dezembro os festejos das Yabás e Boros

Do ritual da morte:
O Axexê - chamamos de gùnkè Orun, mas teoricamente é a mesma coisa.
Das obrigações

Èkinnì awo (primeiro segredo) - momento onde a pessoa deixa de ser uma abiã e passa a ter
algum vínculo com a casa-de-santo, período que antecede a iniciação, é uma espécie de
quartinha preparada para Ori.

Ìgbélé (morada) -  o segundo ritual de ligação direta do omorixá com o Ilê antes da iniciação,  
algo parecido com a entrega do fio de contas;

Obori - terceiro ritual de ligação entre o omorixá e os preceitos da casa antes da Iniciação.

Iniciação  - a feitura de santo propriamente dita - não retiramos todo o cabelo da cabeça da
iaô, temos o adoxu, a cutilagem e afins. As curas são tratadas apenas com favas e raízes e
utilizamos a folha de Iroko no ritual de iniciação de todos os omorixás. Na saída de santo não
temos o Orunkó, o que se segue pós-iniciação é o ritual de Ikomojade dando nome ao omorixá
e não ao Orixá em si, ou seja, eu na roça de santo sou conhecido como Ejakum, mas este é o
meu nome e não o nome de Ogum; me corrijam se eu estiver errado, mas já ouvi vários
baba/yalorixás dizendo que o nome dado no ato do Orunkó é o nome do Orixá, ou da Iaô, mas
trazido pelo orixá (?)*.
Em minha roça é o nome da Iaô dado pela mãe de santo, num ritual realizado e acompanhado
pelos mais antigos da casa e apresentado a Egbé, antes da saída-de-santo.

Em seguida as obrigações que se seguem são praticamente as mesmas  salvo a de 1 ano, ou


seja, da iniciação, a de três anos, a de sete anos e a partir daí as seguintes de 14, 21 e etc...

At,
Omogùn
Fabiano Santana.
Oko Obá Alaye
Rua: Coronel Andrade Vilella, n° 836 - Itaúna - São Gonçalo.

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