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Chapecó
Dezembro de 2014
CRISTIANO FROZZA GOTTEMS
Chapecó
Dezembro de 2014
Dedico este trabalho a minha família.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Elacio e Eleandra por serem os melhores pais que alguém
possa ter.
Virtude sem caridade não passa de nome.
Issac Newton
Os estudos sobre estruturas metálicas no Brasil têm crescido de forma mais lenta que o
consumo de aço para o mesmo fim, com a aceleração da economia e os incentivos do
governo para a construção civil se fazem necessários mais investimentos na parte de
pesquisa sobre esse assunto. A presente pesquisa fez análises a respeito do coeficiente
de redução de área liquida (Ct) comparando os obtidos em cada tipo de perfil e o que é
sugerido pela norma. A metodologia aplicada procede de ensaios de rompimento de
corpo de prova (perfis cantoneira e perfis barra chata com comprimento variado) em
prensa hidráulica com um medidor de força, para assim poder se obter os valores
máximos dos esforços de compressão no momento de ruptura de cada amostra, todas as
amostras romperão por flambagem já que as mesmas foram submetidas a
compressão.Os valores de Ct obtidos ficaram muito próximos aos sugeridos pela norma
NBR 8800 (ABNT, 2008) onde o Ct obtido para o perfil cantoneira com apenas umas
das abas foi Ct = 0,762 e o sugerido é de Ct = 0,75. O Ct obtido para o perfil cantoneira
com duas abas parafusadas é de 1,076 e o sugerido pela norma é Ct = 1, nos dois casos a
diferença do coeficiente de redução de área liquida é menor que 8% assim não dando
uma diferença significativa na resistência das amostras. Nos perfis barra chata obteve-se
uma curva de tendência do comportamento das amostras e assim podendo se interpolar
novos valores através do comprimento de flambagem.
Figura 2: Ilustração esquemática do fluxo de tensões em uma cantoneira ligada por uma
aba....................................................................................................................................21
Figura 10: Desenho corpo de prova do perfil cantoneira com área bruta........................37
Figura 11: Desenho do corpo de prova do perfil cantoneira com apenas um parafuso na
linha de ruptura ................................................................................................................38
Figura 12: Desenho do corpo de prova do perfil cantoneira com dois parafusos na linha
de ruptura .........................................................................................................................39
Figura 14: Desenho do perfil barra chata com um parafuso na linha de ruptura ............41
Equação 10: Formula para calculo da força resistente de calculo de um parafuso sujeito
a força de cisalhamento. (Parafusos de alta resistência) ..................................................28
t - Espessura da chapa.
d - Diâmetro do furo.
An - Área liquida.
ec – é a excentricidade da ligação
E = Modulo de elasticidade.
Fy = Propriedade do material.
λ = Parâmetro de esbeltez
λ’=Índice de esbeltez
1. Introdução ............................................................................................................15
1.1.Objetivo Geral .....................................................................................................16
1.2.Objetivos Específicos ..........................................................................................16
2. Justificativa. .........................................................................................................16
3. Revisão Bibliográfica ..........................................................................................17
3.1.Produtos estruturais de aço ..................................................................................17
3.1.1. Barras .............................................................................................................17
3.1.2. Chapas ...........................................................................................................17
3.1.3. Perfis Laminados. ..........................................................................................17
3.1.4. Trilhos............................................................................................................17
3.1.5. Tubos .............................................................................................................18
3.2.Propriedades mecânicas do aço ...........................................................................18
3.2.1. Ductilidade ....................................................................................................18
3.2.2. Fragilidade .....................................................................................................18
3.2.3. Dureza............................................................................................................19
3.2.4. Fadiga ............................................................................................................19
3.3.Ligações parafusadas em perfis de aço................................................................19
3.4.Espaçamento dos parafusos .................................................................................20
3.5.Ruptura da seção liquida......................................................................................20
3.6.Procedimento de calculo sugerido pela NBR 08800:2008 para as ligações
parafusadas em perfis metálicos .........................................................................22
3.6.1. Área bruta ......................................................................................................22
3.6.2. Área liquida ...................................................................................................22
3.6.3. Área liquida efetiva .......................................................................................24
3.6.4. Coeficiente de redução de área liquida ..........................................................24
3.7.Dimensionamento de parafusos utilizados na ligação parafusada.......................25
3.7.1. Área efetiva do parafuso ................................................................................25
3.7.2. Força resistente de calculo para parafusos ....................................................26
3.7.2.1.Tração ...........................................................................................................27
3.7.2.2.Cisalhamento .................................................................................................28
3.7.3. Combinação de parafuso com solda ..............................................................28
3.8.Classificação da ligação.......................................................................................28
2. Justificativa
O Aço pode estar presente como parte das obras ou como material principal. O sistema
construtivo em aço permite liberdade no projeto de arquitetura, maior área útil,
flexibilidade, compatibilidade com outros materiais, menor prazo de execução,
racionalização de materiais e mão de obra, alivio de carga nas fundações, garantia de
qualidade, maior organização nos canteiros de obras e precisão construtiva.
De acordo com Pfeil (2000) as usinas produzem aços para utilização estrutural sob
diversas formas como chapas, barras, perfis laminados, fios trefilados e cabos. As
chapas, as barras e os perfis laminados são fabricados em laminadores em sucessivos
passes, que dão ao aço pré-aquecido a seção desejada. Os fios trefilados são obtidos
puxando uma barra de aço sucessivamente por meio de fieiras com diâmetros
decrescentes. A trefilação é feita a frio, utilizando lubrificantes para evitar
superaquecimento dos fios. Os perfis estruturais podem ser fabricados por dobramento
de chapas e por associação de chapas através de solda.
3.1.1. Barras
As barras são produtos laminados nos quais duas dimensões são pequenas em relação ao
comprimento. As barras podem ser laminadas em seção circular, quadrada ou retangular
alongada. (PFEIL; PFEIL, 2000).
3.1.2. Chapas
As Chapas são produtos laminados, nos quais uma dimensão a espessura é muito menor
que outras duas como a largura e o comprimento. (PFEIL; PFEIL, 2000).
3.1.4. Trilhos
Os trilhos são perfis laminados destinados a servir de apoio para as rodas de pontes
3.1.5. Tubos
Os Tubos são ocos, de seção retangular, circular ou quadrada. Eles podem ser
produzidos em laminadores especiais ou com chapa dobrada e soldada. (PFEIL; PFEIL,
2000).
De acordo com a NBR 08800 (ABNT, 2008) o aço usado em estruturas metálicas tem
constantes atribuídas a sua composição, de acordo com a norma brasileira para efeito de
calculo as propriedades mecânicas utilizadas são, modulo de elasticidade E = 200000
MPa; coeficiente de Poisson v = 0,3; modulo de elasticidade transversal G = 77000
MPa; coeficiente de dilatação térmica βa = 1,2 10(C°); e massa especifica com ρa =
7850 Kg/m³.
3.2.1. Ductilidade
3.2.2. Fragilidade
Fragilidade é o oposto de ductilidade. Os aços podem ser tornados frágeis pela ação de
diversos agentes: baixas temperaturas ambientes, efeitos térmicos locais causados. O
estudo das condições em que os aços se tornam frágeis tem grande importância nas
3.2.3. Dureza
3.2.4. Fadiga
“A distancia entre centros de furos-padrão não pode ser inferior a 2,7 db, de preferência
3 db o diâmetro do parafuso ou barra redonda rosqueada. Alem desse requisito, a
distancia livre entre as bordas de dois furos consecutivos não pode ser inferior a db”
NBR 08800 (ABNT, 2008, P.84).
Segundo Moore (2005), a área bruta de uma seção deve ser calculada pela soma dos
produtos da espessura pela largura bruta do elemento, medida em direção normal ao
eixo da barra conforme figura 4:
Ag = Bg.t (1)
Bg = Largura da chapa.
t = Espessura da chapa.
De acordo com a NBR 08800 (ABNT, 2008) em regiões com furos para ligações feitas
para qualquer outra finalidade a área liquida (An) de uma barra é a soma dos produtos
da espessura pela largura liquida de cada elemento. O calculo da área liquida é dado
como segue:
a) Para ligações parafusadas devera ser somado 2,0 mm a largura dos furos
perpendiculares a força aplicada, ao mesmo que se possa garantir que os
furos sejam executados com broca poderá se usar a largura igual a
dimensão máxima do parafuso; NBR 8800(ABNT, 2008, P.38)
d = Diâmetro do furo.
De acordo com a norma NBR 8800 (ABNT, 2008) a área liquida efetiva é dada por:
An = Ae.Ct (3)
An = Área liquida.
De acordo com a norma NBR 8800 (ABNT, 2008) o coeficiente de redução de área
liquida, Ct tem os seguintes valores:
a) Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos elementos da
seção transversal da barra, por soldas ou parafusos:
Ct = 1,0 (4)
b) Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração for transmitida
somente por parafusos ou por soldas longitudinais ou ainda por uma combinação de
soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos) os elementos da seção
transversal (devendo, no entanto, 0,90, como limite superior, e não se permitindo
ligações que resultem em um valor menor que 0,60);
Onde:
Ab = ( π . db² ) ÷ 4 (7)
Os esforços solicitantes podem ainda ser constantes ao longo da vida útil da ligação
(estaticamente aplicados) ou variáveis ao longo dela (dinamicamente aplicados).
(VASCONCELLOS, 2011).
De acordo com a norma NBR 8800 (ABNT, 2008) a força resistente de calculo de um
parafuso tracionado ou de uma barra redonda rosqueada tracionada e dada por:
Onde ab é a área bruta baseada no diâmetro do parafuso. NBR 8800 (ABNT, 2008).
Si ≥ (25.E.Iv) ÷ Lv (11)
Essa condição é valida somente para estruturas nas quais, em cada andar, a seguinte
condição é satisfeita:
E = Modulo de elasticidade.
De acordo com Vasconcellos (2011) se caso a primeira condição seja satisfeita, mas a
segunda não, a ligação deve ser considerada semi-rígida.
Neste caso a restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais deve ser tão
pequena quanto se consiga obter na pratica.
Si ≥ (0,5.E.Iv) ÷ Lv (13)
Onde:
Para que se possa utilizar a ligação semi-rígida, deverá ser conhecido primeiro a relação
de dependência entre o momento resistente e a rotação.
De acordo com a norma NBR 8800 (ABNT, 2008) a força axial de compressão
resistente de calculo, Nc,rd de uma barra associada aos estados limites últimos de
instabilidade por flexão, por torção ou flexo-torção e de flambagem local, deve ser
determinada pela expressão:
. . .
,
14
Onde:
Fy = Propriedade do material.
γ = Coeficiente de segurança.
De acordo com Zamadei (2008) foi realizado uma pesquisa em que se usava perfis
cantoneiras com parafusos em serie em apenas uma das abas dos perfis, e perfis de
chapa plana também com parafusos em serie, ele submeteu os perfis a compressão em
uma prensa hidráulica obtendo os seguintes resultados para os perfis cantoneira:
Fonte: (Zamadei;2008;p.58)
De acordo com Zamadei (2008) os perfis onde havia parafusos apresentarão uma
resistência inferior aos perfis intactos. Resistência perfil intacto médio = 5030 Kgf.
onde foi reduzido para 3890 Kgf. no perfil com ligação parafusada médio, portanto
reduzindo 22,66% restando que o valor de Ct = 1,00 – 0,2266 então obtendo-se Ct =
0,77
Fonte: (Zamadei;2008;p58)
De acordo com Zamadei (2008) a resistência do perfil intacto médio = 3370 aumento
para 7100 Kgf no perfil com ligação parafusada médio, portanto aumentando 210,68%
resultando no valor de Ct = 2,10.
Zamadei (2008) também explica que o valor de Ct ser 2,10 é pela razão de que o valor
de esbeltez do perfil com ligação parafusada é menor do que o valor de esbeltez do
perfil intacto.
Para a realização desta pesquisa foi necessário definir os tipos de perfis utilizados, a
quantidade de corpos de prova, a configuração das ligações que os perfis foram
submetidos, confecção dos corpos de prova, o ensaio de resistência à compressão dos
perfis utilizados e o método de comparação dos resultados.
Os corpos de prova do tipo perfil cantoneira foram submetidos a dois tipos de ligação
ambos com cisalhamento duplo, no primeiro havia duas abas parafusadas, nos outros
corpos de prova apenas uma das abas havia sido parafusada, no perfil barra chata teve
como ligação um parafuso em cada uma das extremidades. Todas as ligações estavam
sujeitas a cisalhamento duplo para garantir que o rompimento acontece-se no perfil e
não na ligação. Também foram rompidas três amostras do perfil cantoneira com área
bruta e três amostras do perfil barra chata com a área bruta para avaliar a diferença da
resistência que o comprimento de flambagem causa nas peças foram rompidos perfis
barra chata com o comprimento de 20 cm, 15 cm, 10 cm cada.
4.3. Dimensionamento dos corpos de prova, conforme a NBR 08800 (ABNT, 2008)
Para se adotar a melhor configuração da ligação parafusada para o ensaio foi necessário
o dimensionamento dos corpos de prova, alem disso os cálculos foram necessários para
poder comparar a da resistência calculada com a obtida nos ensaios.
λ=(LFL)/(Rmin) (15)
λ= 28 cm/1,6 cm = 17,5
λ= 20 cm/0,1 cm = 200
λ= 15 cm/0,1 cm = 150
λ= 10 cm/0,1 cm = 100
Figura 10: Desenho corpo de prova do perfil cantoneira com área bruta.
N = 5535.7 Kgf.
N = ρ x Ag x Fy
N = 1 x 3,1 x 2500
N = 7750 Kgf.
Figura 11: Desenho do corpo de prova do perfil cantoneira com apenas um parafuso na
linha de ruptura.
An = 2,481 cm²
N = 3993.75 Kgf.
An = 2,481 cm²
N = 7455 Kgf.
A figura 12 demonstra o desenho do perfil cantoneira com apenas dois parafusos por
linha de ruptura.
Figura 12: Desenho do corpo de prova do perfil cantoneira com dois parafusos na linha
de ruptura.
N = 332,98 Kgf.
N = 518 Kgf
N = 532,98 Kgf.
N = 931,19 Kgf.
N = 1448,53 Kgf.
A figura 14 demonstra o desenho do perfil barra chata com a ligação parafusada, ele
possui apenas um parafuso na linha de ruptura.
Figura 14: Desenho do perfil barra chata com um parafuso na linha de ruptura.
An = 0,692 cm²
N = 243 kgf.
An = 0,692 cm²
N = 476 Kgf.
Foi efetuado o rompimento de três corpos de prova de perfis cantoneira e perfis barra
chata com área bruta e verificado a resistência máxima a compressão do perfil; depois
de verificado os valores, foram rompidos três corpos de prova do tipo cantoneira e do
tipo barra chata, ambos parafusados como já descrito no item 3.2; também foram
rompidos corpos de prova do tipo barra chata com área bruta com o comprimento 20
cm, 15 cm e 10 cm; todas as amostras foram submetidas a mesma velocidade de
carregamento; foi considerado como força máxima de ruptura o momento em que a
prensa hidráulica começou a mostrar carregamentos negativos em seu visor.
A figura 15 a), ilustra o momento do ensaio de um perfil cantoneira com dois furos na
mesma aba, a figura 15 b) ilustra o momento do ensaio de um perfil cantoneira com um
furo em cada aba, a figura 15 c) ilustra o momento do ensaio de um perfil cantoneira
com área bruta, a figura 15 d) ilustra o momento do ensaio do perfil barra chata com
área bruta.A figura 16 mostra todas as amostras rompidas.
a) b)
c) d)
5.1. Perfil
fil cantoneira com área bruta
12000
9679
10000 9142 8848
7725 7750
8000
6000 C. prova 1
4000 C. prova 2
C. prova 3
2000 Média
0 Resistência de cálculo
A diferença
iferença entre as amostras pode ter sido gerada pelo posicionamento do corpo de
prova dentro da prensa hidráulica, outro fator que pode ter acarretado na diferença das
amostras pode ter sido a velocidade de carregamento sobre os perfis,
perfis, como a prensa
hidráulica tem a velocidade de carregamento controlada por ajuste manual através de
válvulas, uma das dificuldades encontrada durante o ensaio foi manter a mesma
velocidade de carregamento durante todo o ensaio esse fator também pode ter
acarretado em uma redução na resistência dos corpos de prova porque quanto maior a
velocidade
ade de carregamento menor a resistência dos mesmos. A média de resistência
ficou acima da resistência de calculo, mesmo uma das amostras terem ficado abaixo
esse valor ainda é maior que o de calculo estabelecido pela norma porque o comparado
na figura 17 é a resistência sem os coeficientes de calculo sugeridos pela norma.
No ensaio dos perfis cantoneira com um parafuso na linha de ruptura a diferença que
existe entre as amostras numero 1 e numero 3 é de 18,4% e a média das amostras ficou
em aproximadamente 7% de diferença para menos do que a resistencia de calculo, essa
diferença
ferença pode ter ocorrido pelos mesmos motivos explicados no item 4.1, mas mesmo
assim a resistencia obtida no ensaio ainda é superior a sugerida pela norma com os
coeficiente de segurança.
5.3.
.3. Perfil cantoneira com dois parafusos na linha de ruptura
A figura
igura 19 apresenta um gráfico com o valor da força máxima de compressão que os
corpos de prova do perfil cantoneira com dois parafusos na linha de ruptura suportaram,
suportaram,, também apresenta a média dessas forças e a resistência calculada.
12000
8000 7454
6000 C. prova 1
4000 C. prova 2
C. prova 3
2000
Média
0 Resistência de cálculo
O principal problema encontrado em todos os ensaios do perfil barra chata foi o modo
em que eles eram posicionados dentro da prensa hidráulica, pois não havia um suporte
para os perfis eles eram simplesmente apoiados dentro da prensa, isso pode ter
ocasionado uma diferença nos valores da amostra.
1400 1247
1200
912 966
1000 832
800
600 476 C. prova 1
400 C. prova 2
200 C. prova 3
0
Média
Resistência de cálculo
940 918
920
900
880
860 846
840 821 828
820 C. prova 1
799
800 C. prova 2
780
760 C. prova 3
740 Média
720
Resistência de cálculo
A diferença entre o corpo de prova 1 e o corpo de prova 2 foi de 13% mesmo assim o
valor obtido na media das amostras ficaram acima do valor de calculo.
2500
2028
2000 1842 1832
1626
1448
1500
C. prova 1
1000
C. prova 2
500 C. prova 3
Média
0 Resistência de cálculo
Os testes realizados nos perfis barra chata eram muito sensíveis a velocidade de
carregamento acredita-se
se que esse fator junto com a descentralização dos perfis na
prensa hidráulica foram os fatores que mais influenciaram na diferença dos valores
obtidos nos ensaios.
Mesmo o perfil barra chata com área bruta possuir uma seção transversal maior que o
perfil barra chata parafusado os ensaios apresentaram uma resistência (966/524) =1,84
vezes inferior ao perfil com área bruta, isso se deve ao enrijecimento da parte superior
do perfil dado pelas chapas em que se fazia a ligação, alem disso o espaçamento entre
os parafusos diminuiu o comprimento de flambagem.
Onde o perfil cantoneira apresenta apenas uma aba parafusada o coeficiente de redução
de área liquida (Ct) sugerido pela NBR 8800 (ABNT, 2008) é de Ct = 0,75, onde ele
tem as duas abas parafusadas o Ct sugerido pela norma é Ct = 1 e no perfil cantoneira
com área bruta a norma também sugere o Ct = 1 porque as tensões se dissipam
Quando comparado a resistência dos corpos de prova do perfil cantoneira com área
bruta = 8848 Kgf.; com a resistência dos corpos de prova do perfil cantoneira com
apenas uma das abas parafusadas = 6742 Kgf. á redução da resistência é de 23,80%,
resultando em um valor de Ct = 1 - 0,2380 portanto o novo Ct sugerido para esse caso é
de Ct = 0,762.
Quando comparado a resistência dos corpos de prova do perfil cantoneira com área
bruta = 8848 Kgf. com a resistência dos corpos de prova do perfil cantoneira com as
duas abas parafusadas = 9521 Kgf. a um aumento da resistência de 7,6% resultando em
um valor de Ct = 1+ 0,076 portanto o Ct para esse caso é de Ct = 1,076, o aumento da
resistência nesse caso se da porque o comprimento de flambagem no perfil com a
ligação parafusada é menor que no perfil com a área bruta, assim gerando um aumento
na resistência.
Portanto nos dois tipos de amostra o coeficiente de redução de área liquida ficou muito
próximo ao especificado com a norma, resultando em Ct = 0,762 onde o proposto pela
norma é de Ct = 0,75 quando apenas uma das abas do perfil foi parafusada e em um Ct
= 1,076 quando a norma propõe Ct =1 quando a ligação é feita nas duas abas do perfil.
6.3. Análise dos resultados obtidos nos corpos de prova do perfil barra chata com
comprimento de 20 cm, 15 cm, 10 cm
Para se avaliar o efeito que o comprimento de flambagem causa na resistência das peças
foram ensaiados perfis metálicos barra chata com área bruta e com o comprimento
variado 20 cm, 15 cm, 10 cm. Para a análise foi criado um gráfico (Resistência x Índice
de esbeltez). Conforme figura 24.
1000
800 846
600
524
400
200
0
0 50 100 150 200 250
Índice de esbeltez
Este gráfico mostra a curva de tendência que existe entre os dados coletados nos
ensaios, também mostra que quanto maior o comprimento da peça menor resistência ela
possui, a curva gerada tem a seguinte equação (y = 8E+06x-1,81 ) através dessa curva se
pode interpolar novos valores de resistência para o perfil barra chata 11/2” x 1/8”.
Verificou-se que os valores do coeficiente de redução de área liquida (Ct) ficaram muito
próximos aos sugeridos pela norma NBR 08800 (ABNT, 2008) apresentando uma
diferença menor de 8% para ambos os casos no perfil cantoneira. Também pode se
observar que a resistência da peça quando submetida à compressão não esta apenas
ligada à seção transversal na área liquida do perfil e também a disposição dos parafusos
da ligação.
Para o perfil barra chata na situação em que se apresentava um parafuso na área liquida
se teve um ganho de 84% na resistência quando comparado ao perfil barra chata com
área bruta, mesmo diminuindo a área liquida do perfil, o fato do ganho da resistência se
deve ao enrijecimento da parte superior dos perfis onde a ligação foi feita.
Com as amostras do perfil barra chata com comprimento variado criou-se uma curva
exponencial y = 8E+06x-1,81 para que se possam achar novos valores de resistência
através do valor do comprimento de flambagem para essa situação.
MOLITERNO, Antonio. Elementos para projetos em perfis leves de aço. São Paulo,
Editora Edgard Blucher LTDA, 2ª edição,2001.