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Aula 04

Medicina Legal p/ PC-PR (Delegado) -


Pós-Edital

Autor:
Paulo Bilynskyj
Aula 04

12 de Abril de 2020

A Divisão - (Cursos p/ Concursos) - 66 99936 7124


Paulo Bilynskyj
Aula 04

Sumário
1 – Noções de asfixiologia ............................................................................................................................. 4

1.1 – Asfixiologia em geral ........................................................................................................................ 4

1.2 – Fisiopatologia e sintomatologia do processo asfíxico ........................................................................ 5

A) Fase de irritação ........................................................................................................................................................... 6

B) Fase de esgotamento ................................................................................................................................................... 6

1.3 – Asfixias mecânicas em geral ............................................................................................................. 7

1.3.1 – Sinais externos ..................................................................................................................................................... 7


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1. Cianose da face (cor arroxeada ou azulada) ................................................................................................................. 7

2. Espuma (cogumelo de espuma) ................................................................................................................................... 8

3. Projeção da língua para fora da boca ........................................................................................................................... 8

4. Equimoses externas na pele e mucosas (especialmente nas pálpebras e olhos)......................................................... 8

5. Livor cadavérico (escuro e precoce) ............................................................................................................................. 8

1.3.2 – Sinais internos....................................................................................................................................................... 8

1. Caracteres do sangue (sangue fluído, não coagula e é escuro) .................................................................................... 8

2. Equimoses viscerais ...................................................................................................................................................... 9

3. Congestão polivisceral .................................................................................................................................................. 9

2 – Classificação das asfixias ......................................................................................................................... 9

2.1 – Classificação de Thoinot ................................................................................................................ 10

2.2 – Classificação de Afrânio Peixoto ..................................................................................................... 10

2.3 – Classificação de Oscar Freire........................................................................................................... 11

3 – Asfixia por constrição cervical ............................................................................................................... 11

3.1 – Enforcamento ................................................................................................................................. 12

A) Fenômenos ocorridos no enforcamento ................................................................................................................... 13

B) Aspecto do cadáver .................................................................................................................................................... 14

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C) 04
Sinais externos............................................................................................................................................................ 15
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D) Sinais internos ............................................................................................................................................................ 16

E) A morte no enforcamento .......................................................................................................................................... 17

3.2 – Estrangulamento ............................................................................................................................ 18

3.2.1 – Fenômenos ocorridos no estrangulamento ...................................................................................................... 18

3.2.3 – Sinais externos do estrangulamento .................................................................................................................. 19

3.2.4 – Sinais internos do estrangulamento ................................................................................................................... 19

1. Lesões nos planos profundos do pescoço .................................................................................................................. 19

3.3 – O estrangulamento e a medicina legal............................................................................................ 20

3.4 – A ESGANADURA.............................................................................................................................. 21

3.4.1 – Sinais externos à distância .................................................................................................................................. 21

3.4.2 – Sinais externos locais .......................................................................................................................................... 21

3.4.3 – Sinais locais profundos ....................................................................................................................................... 22

4 – Asfixia por sufocação............................................................................................................................. 22

4.1 – Sufocação direta............................................................................................................................. 23

4.2 – Sufocação indireta (compressão torácica) ...................................................................................... 24

4.2.1. FRATURAS MÚLTIPLAS DE COSTELA (RESPIRAÇÃO PARADOXAL) ........................................................................ 24

4.2.2. PARALISIA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS........................................................................................................ 24

5 – Influência do líquido e gasoso ............................................................................................................... 25

6 – Afogamento ......................................................................................................................................... 25

6.1 – Fases do afogamento ..................................................................................................................... 26

6.2 – Sinais da asfixia por afogamento .................................................................................................... 27

1. Sinais Externos ............................................................................................................................................................ 27

2. Sinais Internos ............................................................................................................................................................ 28

6.3 – Tempo de submersão..................................................................................................................... 30

6.4 – Mecanismos de morte por afogamento .......................................................................................... 30

1. Em água doce.............................................................................................................................................................. 30

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Aula 04 água salgada ......................................................................................................................................................... 30
2. Em
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7 – Asfixia por gases .................................................................................................................................... 31

7.1 – Asfixia por gases de combate ......................................................................................................... 32

A. Gases lacrimogênios .............................................................................................................................................. 32

B. Gases esternutatórios ........................................................................................................................................... 32

C. Gases vesicantes.................................................................................................................................................... 33

D. Gases sufocantes ................................................................................................................................................... 33

7.2 – Asfixia por gases tóxicos ................................................................................................................. 34

A) Ácido cianídrico .......................................................................................................................................................... 34

B) Monóxido de carbono ................................................................................................................................................ 34

7.3 – Asfixia por gases industriais ............................................................................................................ 36

7.4 – Asfixia por gases anestésicos .......................................................................................................... 37

Resumo....................................................................................................................................................... 38

Destaque a legislação ................................................................................................................................. 59

Considerações finais ................................................................................................................................... 71

Questões Comentadas ................................................................................................................................ 71

Lista de questões ........................................................................................................................................ 77

Gabarito ............................................................................................................................................... 104

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1 – NOÇÕES DE ASFIXIOLOGIA 1503976

A Asfixiologia é o ramo da Medicina Forense que se preocupa com o estudo das asfixias.

Em termos médicos asfixia é a supressão da respiração, assim, podemos concluir que a morte, seja qual for
sua modalidade, sempre será uma asfixia. Do ponto de vista fisiopatológico, uma vez cessadas as trocas
orgânicas por influência patológica ou por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa,
ocorrerá a morte por parada respiratória, antecedendo, na maioria das vezes, a parada cardíaca.

Curiosidade! Embora utilizada com frequência, a palavra asfixia mostra-se inadequada já que significa “não
pulsar” (a + sphyxis).

1.1 – ASFIXIOLOGIA EM GERAL


Sabemos que todos os seres vivos respiram.

Para tanto é necessário que a respiração se processe. Em condições normais o ambiente externo precisa
ser gasoso, com um teor de oxigênio de aproximadamente 21%, azoto 78% e gás carbônico 0,03%, ou seja,
praticamente livre de gases tóxicos. Além disso, é necessário que haja permeabilidade das vias
respiratórias, movimentação toracodiafragmática, expansibilidade pulmonar, circulação sanguínea e
volemia em condições suficientes para o transporte de oxigênio aos tecidos garantindo-se a regularidade
da hematose (transformação do sangue venoso em arterial, por meio de oxigenação nos pulmões).

Temos que ter em mente que nem todo o oxigênio do ar inspirado alcançará os alvéolos pulmonares. Cerca
de 4% (quatro por cento) do oxigênio fica retido pelas vias aéreas superiores; assim, a proporção de
oxigênio do ar alveolar é de 17% e não 21%.

O homem precisa dessa taxa de oxigênio para viver e, em razão disso, o percentual de 7% de oxigênio no ar
atmosférico ocasiona perturbações orgânicas relativamente graves, e o percentual de 3%, provoca
exitus por exaustão de oxigênio pulmonar e hipercapneia (aumento do gás carbônico no sangue arterial).

É por meio dos alvéolos pulmonares que ocorre a hematose, ou seja, a transformação, por osmose, do
sangue venoso em arterial, pela perda de gás carbônico e entrada de oxigênio.

A tensão do gás carbônico é mais elevada no sangue do que no ar alveolar. Já a tensão do oxigênio é maior
nos alvéolos pulmonares do que nos capilares pulmonares. É essa diferença de pressão entre os gases do
ar alveolar e os do sangue que permite as trocas de gás carbônico por oxigênio na hematose pulmonar.

Dá se o nome de ar circulante ou respiratório à quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, em


respiração calma.

Ar complementar é o nome que se dá ao maior volume de ar introduzido nos pulmões, numa inspiração
forçada.

Chama-se de ar de reserva a quantidade de ar eliminado numa expiração profunda.

Já ar residual é nome dado ao volume de ar que sempre permanece nos pulmões, por mais forçada que
seja a expiração.

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A frequência respiratória normal é, em média:
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 Recém-nascido 40-45 movimentos respiratórios por minuto


 Lactente 25-30 movimentos respiratórios por minuto
 Pré-escolar 20-25 movimentos respiratórios por minuto
 Escolar 18-20 movimentos respiratórios por minuto
 Adolescente 18 movimentos respiratórios por minuto

A frequência dos movimentos respiratórios, em geral, é de 16 por minuto, no adulto normal, em repouso.
Nas mulheres, em repouso, admite-se 18-22 movimentos por minuto.

A cada movimento respiratório, no indivíduo normal, em condições de repouso físico e mental,


correspondem 4 pulsações cardíacas.

Eupneia: é a respiração normal.

Bradipneia (espaniopneia e oligopneia): é a diminuição dos movimentos respiratórios.

Taquipneia (polipneia e hiperpneia): é o aumento da frequência respiratória;

Dispneia: é a respiração forçada e difícil.

Ortopneia: é uma dispneia muito intensa que obriga o indivíduo a parar qualquer atividade para dar inteira
liberdade de ação aos músculos auxiliares da respiração.

Apneia: é a pausa ou suspensão temporária da respiração.

1.2 – FISIOPATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA DO PROCESSO ASFÍXICO


Um processo asfíxico típico dura cerca de 7 (sete) minutos. Obviamente existem exceções; na submersão
leva cerca de 4 (quatro) a 5 (cinco) minutos; no enforcamento, quando a morte não ocorre por inibição dos
centros nervosos e depende da intensidade de constrição leva cerca de 10 (dez) minutos.

O processo asfíxico divide-se em duas fases e cada fase divide-se em dois períodos:

1. Fase de irritação.
2. Fase de esgotamento.

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Dispneia
Período de
respiratória
Fase de Irritação
Dispneia
expiratória

Inicial, apneico, ou
Período
de morte aparente
Fase de
esgotamento
Terminal

A) Fase de irritação

Na fase de irritação estão abrangidos os períodos de dispneia inspiratória (de cerca de um minuto de
duração), em que a pessoa, sem perder a consciência, absorve desordenadamente em grandes
inspirações o ar; e o período de dispneia expiratória (de cerca de 3 minutos de duração), em que há
inconsciência e, algumas vezes, convulsões tônico-clônicas devidas à ação excitadora do gás carbônico.

Obs.: Convulsões tônico-clônicas envolvem duas fases: na fase tônica há perda de consciência, o paciente
cai e o corpo se contrai e enrijece enquanto que na fase clônica o paciente contrai e contorce as
extremidades do corpo, perdendo a consciência que é recobrada gradativamente após a crise.

B) Fase de esgotamento

Na fase de esgotamento teremos o período inicial, de pausa ou de morte aparente, em que há parada da
respiração durante algum tempo, e o período terminal, em que os últimos movimentos respiratórios que
precedem a morte ocorrem. O tempo de duração da fase de esgotamento é de aproximadamente 3 (três)
minutos.

Vale destacar que a depender da modalidade de processo asfíxico, da idade da vítima, da higidez e dos
hábitos respiratórios, as fases de irritação e de esgotamento podem não obedecer à sequência acima
descrita, assim como seus períodos; sendo certo que em alguns não será possível identificar um limite de
separação entre as fases que poderão se interpor ou se mesclar.

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Lembre-se! Nas asfixias a parada respiratória antecede a parada cardíaca.
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Atenção! Caso não haja morte após o estado asfíxico avançado, poderão haver
perturbações psíquicas (amnésia) ou neurológicas (convulsões).

Dispnéia
Dispnéia Últimos
expiratória
Fases da inspiratória Parada movimentos
(dificuladade
asfixia (dificuldade respiratória respiratórios
para expelir o
de puxar o ar) e morte
ar)

1.3 – ASFIXIAS MECÂNICAS EM GERAL


Nas asfixias mecânicas em geral não há sinais patognomônicos (sintoma específico). Os que se tem são
sinais característicos, inconstantes, de valor relativo que, quando associados a outros elementos, permitem
o diagnóstico.

Podemos dividir esses sinais característicos em sinais externos e sinais internos.

1.3.1 – Sinais externos

1. Cianose da face (cor arroxeada ou azulada)

A cianose é uma tonalidade azulada da pele e mucosas devido ao aumento da carboxiemoglobina no


sangue capilar.

Presente em certos tipos especiais de asfixia, como na esganadura, na estrangulação e na compressão


torácica em que a estase da veia cava superior origina raramente a máscara equimótica da face, pode não
estar presente em alguns casos de enforcamento.

Quando, presente nos tecidos orgânicos, através dos capilares e líquidos intersticiais, a oxiemoglobina
perde parte de seu oxigênio e o sangue recebe ácido carbônico proveniente das combustões intracelulares,
formando carboxiemoglobina, e esta atinge o limiar da cianose (5g%), acima do qual surge a cor azul ou, se
intensa, a cor violeta, como borra de vinho.

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2. Espuma (cogumelo de espuma) 1503976

Com um aspecto semelhante a um cogumelo podem surgir na boca e/ou no nariz uma espuma. Com
frequência ocorre nos casos de submersão, podendo não estar presente em outros tipos de asfixia.

O cogumelo de espuma somente se forma se houver entrada de líquido nas vias aéreas e em razão da
expulsão de ar e muco nos indivíduos que tentaram evitar a morte e tiveram os corpos retirados
precocemente da água.

3. Projeção da língua para fora da boca

Presente tanto no enforcamento como no estrangulamento. A língua escurecida é projetada além das
arcadas dentárias (para fora). Pode ser vista, raramente nos casos de afogamento no início da putrefação.

4. Equimoses externas na pele e mucosas (especialmente nas pálpebras e olhos)

Decorrentes do extravasamento e infiltração do sangue que se coagula nas malhas dos tecidos, em razão
da ruptura dos capilares.

Arredondadas e pequenas, localizam-se na pele das pálpebras, pescoço, face e tórax, e nas mucosas
exteriores das conjuntivas, dos lábios e, menos comumente, das asas do nariz, formando, muitas vezes,
verdadeiras sufusões sanguíneas.

5. Livor cadavérico (escuro e precoce)

Aparece precocemente. É rosado na submersão, devido às modificações do sangue, vermelho vivo quando
o agente é o óxido de carbono, e escuro nas asfixias mecânicas em geral.

1.3.2 – Sinais internos

1. Caracteres do sangue (sangue fluído, não coagula e é escuro)

Leva-se em consideração o aspecto, a cor e a fluidez.

Nas mortes por asfixia, em regra, o sangue é fluido e de cor negra; porém nos casos de asfixia por
monóxido de carbono, o sangue se apresentará vermelho vivo e nos afogados que ingeriram grande
quantidade de líquido, terá cor do sangue rosada.

É possível a presença de alguns coágulos esparsos e pouco consistentes.

Obs.: No coração estarão ausentes os coágulos fibrinosos (brancos) e cruóricos (negros).

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Atenção! A fluidez e a cor negra do sangue não são sinais patognomônicos das asfixias, pois podem estar
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presentes em outras modalidades de morte súbita em que, não tenha ocorrido agonia.

2. Equimoses viscerais

São as chamadas petéquias, também chamadas manchas de Tardieu.

São encontradas em quase todos os tipos de asfixia, aparecem geralmente na região subpleural e
supepicárdica (abaixo das membranas que recobrem o pulmão e o coração).

Possuem forma arredondada, puntiforme ou em forma de lentilha ou de sufusões sanguíneas.

Ocorrem como decorrência da fluidez do sangue nas vítimas de asfixia e especialmente em razão da
ruptura dos capilares pelo aumento da pressão arterial advinda da excitação dos centros nervosos
bulbares pelo gás carbônico.

As manchas de Tardieu são petéquias violáceas, em pequeno número — três ou quatro —, ou


aglomeradas em grande quantidade, que recobrem a superfície pleural, interlobares e basilares dos
pulmões, do pericrânio e, nos recém-nascidos, do timo. Também, podem ser encontradas nas vísceras ocas
e maciças, na mucosa gastroduodenal e nas vias respiratórias e no tecido celular profundo periaórtico e
mediastínico. Por isso alguns autores as denominam equimoses viscerais superficiais, equimoses das
mucosas e equimoses do tecido celular profundo.

Obs.: As manchas de Paltauf são equimoses viscerais nos pulmões dos afogados.

3. Congestão polivisceral

Quase todos os órgãos são passíveis de congestão (aumento do volume de sangue) nos diferentes tipos de
asfixia. O mesentério, o fígado e os rins, notadamente no afogamento, são os que se mostram com maior
aumento de sangue, sendo por isso chamados de “fígado e rins asfíxicos” de Etienne Martin.

Já o baço, devido ao fato de contrair-se intensamente durante as fases da asfixia, mostra-se com o sangue
esvaído (sinal de Etienne Martin).

2 – CLASSIFICAÇÃO DAS ASFIXIAS


Existem diversas classificações das asfixias. Aqui destacaremos as classificações de Thoinot, de Afrânio
Peixoto e de Oscar Freire.

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2.1 – CLASSIFICAÇÃO DE THOINOT 1503976

1. Asfixias mecânicas por constrição do pescoço: enforcamento; estrangulamento por mão;


estrangulamento por laço.
2. Asfixias mecânicas por oclusão dos orifícios respiratórios externos.
3. Asfixias mecânicas por respiração num meio líquido (submersão), ou num meio pulverulento
(soterramento).
4. Asfixias mecânicas resultantes da oclusão das vias respiratórias por corpos estranhos.

2.2 – CLASSIFICAÇÃO DE AFRÂNIO PEIXOTO


1. Asfixias puras — são manifestadas pela anoxemia (falta de oxigênio no sangue) e hipercapneia
(aumento do gás carbônico no sangue):

A) Asfixias em ambiente por gases irrespiráveis:

 Confinamento;
 Asfixia por monóxido de carbono;
 Asfixias por outros vícios de ambiente.

B) Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias:

 Sufocação direta (obstrução da boca e das narinas pelas mãos ou das vias aéreas
mais inferiores);
 Sufocação indireta (compressão do tórax);
 Transformação do meio gasoso em meio líquido (afogamento);
 Transformação do meio gasoso em meio sólido (soterramento).

2. Asfixias complexas — interrupção primária da circulação cerebral, anoxemia, hipercapneia; inibição


por compressão dos elementos nervosos do pescoço:

-Constrição ativa do pescoço exercida pelo peso do corpo (enforcamento).

-Constrição ativa do pescoço exercida pela força muscular (estrangulamento).

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3. Asfixias mistas — graus variados dos fenômenos respiratórios, circulatórios e nervosos
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(esganadura).

2.3 – CLASSIFICAÇÃO DE OSCAR FREIRE


1. Modificações físicas do ambiente:

-Modificações quantitativas dos componentes do ar (diminuição de oxigênio, aumento de


gás carbônico, aumento de temperatura, excesso de umidade): confinamento.

-Modificações qualitativas:

1) ambiente líquido em lugar de gasoso: afogamento;

2) ambiente sólido em lugar de gasoso: soterramento.

2. Obstáculos mecânicos no aparelho respiratório:

-Nas aberturas aéreas (narina e boca, glote): sufocação direta.

-Nas vias aéreas, por constrição externa, devido ao laço acionado pelo peso da própria vítima:
enforcamento.

-Nas vias aéreas, por constrição externa, devida a laço acionado pela força muscular ou
equivalente: estrangulamento.

-Nas vias aéreas, por constrição externa, devida à ação da mão: esganadura.

3. Obstáculo na oxigenação das hemácias: asfixia pelo monóxido de carbono.

4. Supressão da expansão torácica por contenção externa: sufocação indireta.

3 – ASFIXIA POR CONSTRIÇÃO CERVICAL


A Asfixia por constrição cervical também é chamada de asfixia por constrição do pescoço e ocorre nas
hipóteses de:

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a. Enforcamento
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b. Estrangulamento
c. Esganadura

3.1 – ENFORCAMENTO
O enforcamento é a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço por um laço
cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio peso do indivíduo como força ativa.

Só há enforcamento quando a força atuante é o peso do corpo.

Geralmente em suicídio, o enforcamento poderá ser homicida ou acidental.

Podemos classificar o laço que constringe o pescoço em três tipos:

1. Laços duros (cordões e correntes, fios elétricos, arames, cordas, etc.);


2. Laços moles (lençóis, cortinas, gravatas, etc.); e
3. Laços semirrígidos (cintos de couro).

O laço em regra é constituído pelo nó (mas pode acontecer de ele não existir) e pela alça. Esse nó poderá
ser fixo ou não (corredio). A alça que promoverá a constrição mecânica do pescoço fazendo com que se
interrompa a livre circulação do ar atmosférico nas vias respiratórias por compressão da traqueia e pelo
rechaço da base da língua contra a parede posterior da faringe.

O nó comumente aparece na região posterior (nuca), algumas vezes na lateral (mastoide) e, raramente,
na frente do pescoço.

Já o laço é colocado em torno do pescoço, normalmente uma única volta, mas há casos de várias voltas.

O ponto de suspensão resistente serve para fixar o laço e é variável: galhos de árvores, bandeira de portas,
traves de futebol, espaldar de camas, armadores de rede, maçanetas de portas, cravo de dormentes,
grades de prisões, cano de chuveiro, etc.

A suspensão poderá ser:

- Típica ou completa: o corpo permanece completamente suspenso, apoiado apenas pelo laço; e

- Atípica ou incompleta: alguma parte do corpo (geralmente, pés, joelhos, braços ou abdome) toca o
solo.

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morte por enforcamento se dá entre cinco (5) e dez (10) minutos, a depender da intensidade da
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constrição.

Os livores cadavéricos: começam a surgir a partir da 3ª hora do enforcamento. Após 6 horas já são intensos
e fixam-se.

Obs.: Há casos em que a morte é instantânea em razão da parada cardíaca por


reflexo nervoso e não em razão da asfixia, é a chamada morte por inibição.

Curiosidade! Antigamente considerava-se, por lei, o enforcamento atípico, por suspensão incompleta, uma
simulação. Após 1830, com o suicídio do príncipe de Condé, passou-se a dar-lhe validade jurídica.

A) Fenômenos ocorridos no enforcamento

Como dissemos acima a morte por enforcamento pode ser rápida em razão da inibição reflexa devido ao
choque laríngeo e à irritação dos seios corotídeos, ou em até 10 (dez) minutos,
dependendo da intensidade da constrição ou das lesões locais ou à distância (danos
medulobulbares).

Ao realizar o estudo fisiopatológico consideramos os fenômenos ocorridos durante o


enforcamento e os fenômenos de sobrevivência.

1. Fenômenos ocorridos durante o enforcamento

Esses fenômenos ocorrem em três períodos:

a. Período inicial — sensação de calor, zumbidos e perda rápida da consciência em razão da


constrição do feixe vásculo-nervoso do pescoço o qual compromete a vascularização cerebral;
b. Segundo período (Respiratório) — hipoxemia seguida de hipercapneia, com convulsões e
fenômenos ligados à paralisia do pneumogástrico decorrentes da impossibilidade do livre trânsito
do ar atmosférico determinada pela obstrução das vias aéreas ao nível do osso hioide, pelo laço, e
pelo rechaço da base da língua contra a parede posterior da faringe; e
c. Terceiro período — apneia, parada cardíaca e morte.

2. Fenômenos de sobrevivência

Há situações em que o indivíduo sobrevive ao enforcamento e, após retirado do laço, vem a falecer, sem
ter recobrado a consciência, em razão da lesão degenerativa das células cerebrais, pela anoxia.

Há quem venha a óbito alguns dias depois, inclusive após ter recobrado a consciência.

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Frustrado o enforcamento, conforme a fase em que a vítima é socorrida, podem advir perturbações locais
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ou gerais.

a. Perturbações locais – decorrentes da ação traumática do laço sobre os órgãos da fonação e da


deglutição, congestão dos pulmões e broncopneumonia favorecidas pela introdução de corpos
estranhos nas vias respiratórias:

- O sulco, em geral único, é descontínuo e desigual em profundidade, oblíquo ascendente, tumefeito e


violáceo, situado comumente por cima da laringe, escoriando ou lesando a pele.

- Dor.

- Afonia.

- Disfagia.

b. Perturbações gerais — de origem asfíxica e circulatória:

- Confusão mental.

- Depressão.

- Amnésia.

- Estado comatoso.

- Paralisia do reto e uretrovesical.

B) Aspecto do cadáver

Primeiramente, com base na coloração da face distinguem-se os enforcados azuis e os


enforcados brancos.

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Essa diferença se deve ao fato de existirem graus variáveis de obstrução da circulação dos vasos do
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pescoço.

Nos enforcados brancos a face é pálida e lívida em razão do completo impedimento da circulação por
oclusão total das carótidas e das veias jugulares, interrompendo o fluxo sanguíneo para a cabeça.

Já nos enforcados azuis temos uma constrição que compromete intensamente as artérias do pescoço e
mais completamente as jugulares, estabelecendo-se a estase venosa (comprime a circulação e impede a
eliminação do gás carbônico), que confere ao rosto tonalidade azulada e aspecto vultoso (aumentado) e,
raramente, pequenas equimoses palpebrais e conjuntivais.

Obs.: O oxigênio deixa o sangue com cor vermelha viva e o gás carbônico deixa o sangue com cor
arroxeada, azulada.

A cabeça do enforcado pende para o lado oposto ao nó, fletida para diante, como se o queixo tocasse o
tórax.

A depender da altura e da colocação do laço poderá ocorrer projeção da língua cianosada para o exterior e
espuma sanguinolenta na boca e narinas.

Pode ocorrer a exoftalmia (projeção do globo ocular para fora de sua órbita) mas este não é um sinal
constante.

O pavilhão auditivo é violáceo, podendo manifestar otorragia por ruptura do tímpano.

No enforcamento típico ou completo, os membros superiores pendem paralelamente ao corpo, com os


punhos semicerrados.

No enforcamento atípico ou incompleto, os membros superiores assumem posições diversas, podendo,


inclusive, os dedos ficarem presos entre o laço e o pescoço. Os membros inferiores podem apresentar
contusões e feridas incisas por projeção violenta dos mesmos contra paredes e objetos próximos.

A rigidez cadavérica instala-se mais tardiamente no enforcamento.

Pela ação da gravidade, as hipóstases e as equimoses post mortem se localizam na metade inferior do
corpo e, mais intensamente, na extremidade dos membros inferiores.

No enforcamento ocorre putrefação seca na metade superior do corpo e úmida na parte restante.

Na suspensão completa, devido à perda de tonicidade e eventual repleção das vesículas seminais, poderá
ocorrer ejaculação post mortem e engurgitamento hipostático dos corpos cavernosos penianos.

C) Sinais externos

Diz respeito ao sulco deixado pelo laço.

No enforcamento completo o sulco é na parte mais alta do pescoço, entre o hioide e a laringe. Geralmente
é único, mas pode ser duplo, triplo ou múltiplo, de acordo com o número de voltas em torno do pescoço. A

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direção é oblíqua ascendente bilateral anteroposterior e, o sulco normalmente é descontínuo,
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interrompendo-se nos pontos correspondentes à interposição de corpos moles e especialmente nas
proximidades do nó. Será contínuo, quando produzido por laço muito apertado. Pode não haver sulco se
forem empregados laços moles, ou quando é interposto um corpo mole entre o laço e o pescoço; ou ainda
se a constrição não foi muito demorada.

A largura e a profundidade do sulco vão depender da espessura do laço, da sua consistência e do tempo de
constrição.

Os sulcos produzidos por laços moles são de tonalidade clara ou azulada, e os determinados por laços
duros são pergaminhados, firmes e pardo-escuros (linha argêntica), devido à desidratação do tecido
conjuntivo subcutâneo.

No enforcamento incompleto o sulco pode não estar entre o hioide e a laringe e pode se apresentar
horizontalizado ou oblíquo descendente.

No sulco de enforcamento podem ser notados os seguintes sinais:

a) Sinal de Ponsold: localizado nas bordas dos sulcos, são livores cadavéricos que se
apresentam em placas, interna e externamente.

b) Sinal de Azevedo Neves: localizados por baixo e por cima das margens do sulco, são
livores puntiformes.

c) Sinal de Thoinot: localiza-se nas margens do sulco formando uma zona violácea.

d) Sinal de Neyding: encontrado no leito do sulco, são infiltrações hemorrágicas puntiformes.

e) Sinal de Ambroise Paré: é a pele enrugada e escoriada no leito do sulco.

f) Sinal de Lesser: são vesículas sanguinolentas encontradas no fundo do sulco.

g) Sinal de Bonnet: marcas da textura do laço.

Ao se realizar o exame histológico do sulco poderão ser observadas estas sufusões hemorrágicas que são
um indício para se diferenciar o enforcamento verdadeiro da simulação de enforcamento.

D) Sinais internos

São os sinais locais, os sinais dos planos profundos do pescoço e os sinais à distância.

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1) Sinais locais — São as sufusões hemorrágicas da derme e da tela subcutânea.

2) Sinais dos planos profundos do pescoço — Existem muitos, mas esses são os mais
importantes para a Medicina Legal:

a) Sinal de Hoffmann-Haberda: infiltrações sanguíneas dos músculos cervicais;

b) Sinal de Morgagni-Valsalva-Orfila-Roëmmer: fratura do osso hioide;

c) Sinal de Hoffmann: fraturas das apófises superiores da cartilagem tireoide;

d) Sinal de Helwig: fratura do corpo da cartilagem tireoide;

e) Sinal de Morgagni-Valsalva-Deprez: fratura do corpo da cartilagem cricoide;

f) Sinal de Amussat-Divergie-Hoffmann: seção transversal da túnica íntima da carótida comum,


próxima à sua bifurcação;

g) Sinal de Friedberg: sufusão hemorrágica da túnica adventícia;

h) Sinal de Dotto: ruptura da bainha mielínica do vago;

i) Sinal de Ambroise Paré: luxação da segunda vértebra cervical;

j) Sinal de Brouardel-Vibert-Descourt: equimoses retrofaringeanas.

l) Lesão de Orsòs: gotas de gordura emulsionadas pelo líquido tissular na tela adiposa
subcutânea.

Obs.: os sinais à distância já foram descritos quando falamos das asfixias em geral.

E) A morte no enforcamento

A morte por enforcamento pode se dar de três formas:

a. Morte por asfixia mecânica

O rechaço da base da língua contra a parede posterior da faringe, contra a qual se associa a ação do laço,
obstrui as vias respiratórias, comprometendo a oxigenação e favorecendo a hipercapneia e
consequentemente a morte.

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b. Morte por obstrução mecânica circulatória

A obstrução das artérias carótidas comuns e vertebrais ocasiona perturbações cerebrais e a morte.

c. Morte por inibição

A constrição exercida pelo laço lesa os nervos vagos e os seios carotídeos, ocasionando a morte.

3.2 – ESTRANGULAMENTO
É a asfixia mecânica por constrição do pescoço por laço tracionado por qualquer força que não seja
o peso da própria vítima.

No passado dividia-se o estrangulamento em duas modalidades: estrangulamento por laço e


estrangulamento pela mão.

Atualmente, o estrangulamento pela mão é chamado de esganadura.

3.2.1 – Fenômenos ocorridos no estrangulamento

a) Asfixia: em razão do laço, é mais decisiva que no enforcamento. Ocorre em razão da


obliteração da traqueia e fechamento da fenda glótica, pela aplicação de uma força
(aproximadamente 25 quilos) que impede a passagem de ar para os pulmões, que, assim
como no enforcamento, desencadeia rápida perda da consciência.

b) Obliteração dos vasos do pescoço: em razão da compressão do feixe vásculo-nervoso do


pescoço, a circulação cerebral, representada especialmente pelas artérias vertebrais e
carótidas comuns e, em grau menor, pelas veias jugulares, ocasiona graves comprometimentos encefálicos
e morte.

c) Compressão dos nervos do pescoço: atinge os nervos vagos (confirmado pelo sinal de Dotto) promove a
morte por inibição do sistema nervoso central.

3.2.2 – SINTOMAS QUE OCORREM NO ESTRANGULAMENTO

Esses sintomas dependem do modo que se deu o estrangulamento, se lento, violento ou contínuo, mas em
regra a vítima passa por três períodos:

a) Resistência;

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b) Inconsciência e convulsões; e
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c) Asfixia e morte aparente seguida por morte real.

Se não houver sucesso no estrangulamento é possível que a vítima apresente: amnésia, confusão mental,
agitação, angústia, convulsões, dificuldade na fala, rouquidão, edema e equimose de coloração
vermelho-violácea na região periorbitária direita e esquerda, hemorragia conjuntival e petéquias na
pálpebra inferior de ambos os olhos; escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração
avermelhada, localizada abaixo da tireoide, dor cervical, dispneia e disfagia, espuma sanguinolenta bucal
e relaxamento dos esfíncteres.

3.2.3 – Sinais externos do estrangulamento

 Face, em geral, tumefeita (inchada) e violácea;


 Hemorragias puntiformes nas conjuntivas, na face, no pescoço e na região torácica anterior
produzidas a distância do ponto de aplicação da força, pela asfixia;
 Projeção externa da língua, intensamente cianosada;
 Possível otorragia (hemorragia no canal auditivo), com ou sem ruptura do tímpano;
 Pavilhão auricular e lábios arroxeados;
 Ocorrência de espuma sanguinolenta recobrindo a boca e as narinas (é provável mas não está
sempre presente); e

O sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo ou múltiplo, contínuo e de
profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e leito deprimido pergaminhado, é tipicamente
horizontalizado, podendo, porém excepcionalmente, ser ascendente quando o laço foi tracionado pelo
agente por detrás e para cima.

3.2.4 – Sinais internos do estrangulamento

Teremos as lesões nos planos profundos do pescoço e as lesões à distância.

1. Lesões nos planos profundos do pescoço

a. Infiltração hemorrágica do tecido celular subcutâneo e dos músculos longos do pescoço.


b. Lesões do osso hioide e das cartilagens tireoide e cricoide (excepcionalmente).
c. Infiltrações hemorrágicas da adventícia das artérias carótidas (sinal de Friedberg).
d. As rupturas transversais das carótidas, imediatamente abaixo da bifurcação (sinal de Amussat);
excepcionalmente.

Curiosidade! Bonnet e Pedace entendem que, no estrangulamento e no enforcamento,


mesmo quando ausentes os sinais de Amussat e de Friedberg, é possível provar a
existência de lesões das artérias carótidas comuns, próximas a sua bifurcação,
especialmente representadas por achatamento, deformidade e rupturas.

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Obs.: Os sinais à distância já foram descritos quando falamos das asfixias em geral.
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3.3 – O ESTRANGULAMENTO E A MEDICINA LEGAL


O estrangulamento pode ser homicida, suicida ou acidental.

1. O estrangulamento homicida é a modalidade mais comum.

Não raramente o elemento surpresa facilita a prática criminosa, como no chamado “golpe do pai
Francisco”, que consiste na aplicação traiçoeira da alça em volta do pescoço da vítima e, num movimento
rápido, o autor sai encurvado com a vítima carregada nas costas, presa pelo laço.

2. O suicídio é possível, porém raro, e se dá, preferentemente, pelo emprego de torniquete.


3. O estrangulamento acidental é pouquíssimo visto mas pode ocorrer, por exemplo, em razão do
deslizamento de pesado fardo sobre as costas, apoiado ao pescoço por uma corda.

Tenham em mente as diferenças entre os sulcos do estrangulamento e do enforcamento:

a) No estrangulamento o sulco é horizontal e, nos raros casos de suicídio, descendente ou ascendente,


múltiplo, contínuo e uniforme, em toda a periferia do pescoço, e pergaminhado;

b) No estrangulamento é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireóidea,
mais profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do
nó, e pergaminhado.

Estrangulamento Estrangulamento
sulco é horizontal e, nos raros casos de Sulco é único, oblíquo ascendente, de
suicídio, descendente ou ascendente, situação alta, por cima da cartilagem
múltiplo, contínuo e uniforme, em toda tireóidea, mais profundo na parte central
a periferia do pescoço, e pergaminhado; da alça, descontínuo por interrupção ao
nível do nó, e pergaminhado.

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3.4 – A ESGANADURA 1503976

Consiste na asfixia mecânica por constrição anterolateral do pescoço, impeditiva


da passagem do ar atmosférico pelas vias aéreas, promovida diretamente pela
mão do agente ou outra parte do corpo.

Forma homicida de asfixia, exige, para sua execução, superioridade de forças, ou que
a vítima não possa, por qualquer motivo, opor resistência.

A morte ocorre em razão da ocorrência de fenômenos inibitórios resultantes da compressão nervosa do


pescoço, atribuindo-se à obliteração vascular pequena importância.

Caso a esganadura não leve à morte, pode causar disfagia (dificuldade para engolir), disfonia, tumefação
cervical e miocontratura do pescoço.

3.4.1 – Sinais externos à distância

São sinais externos a distância, da esganadura:

a. Cianose ou palidez da face (varia de acordo com o grau de constrição do pescoço e da


desproporção das forças de modo a interromper totalmente ou não a circulação de sangue para a
cabeça);
b. Pontilhado escarlatiniforme de Lacassagne, disseminado por área extensa da face e do pescoço
(petéquias na face – sinal de Lacassagne);
c. Congestão conjuntival;
d. Exorbitismo (saliência dos olhos), é raro mas pode ocorrer;
e. Otorragia, principalmente se houver ruptura do tímpano (é possível, mas pode não ocorrer);
f. Ocorrência de procidência da língua e de espuma sanguinolenta nas narinas (é possível, mas pode
não ocorrer);
g. Fratura do osso hioide (gogó).

Nos casos de infanticídio, além destes sinais haverá fratura da coluna cervical.

3.4.2 – Sinais externos locais

São sinais externos locais:

a. Equimoses elípticas ou arredondadas, situadas bilateral e irregularmente no pescoço, produzidas


pela ação compressiva dos dedos do agressor;
b. Estigmas ou marcas ungueais (escoriações produzidas pelas unhas do agressor), comumente
pergaminhadas, variáveis em número e encontradas à esquerda da linha mediana do pescoço
quando o agente for destro, ou em forma de rastros escoriativos, de diferentes tamanhos e
direções, devido às reações da vítima ao defender-se.

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óbvio, esses sinais escoriativos pericervicais podem não estar presentes se entre a mão e o pescoço
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for colocado corpo mole, ou se o agressor usava luvas.

3.4.3 – Sinais locais profundos

Nos casos de esganadura também podemos notar os sinais locais profundos, quais sejam:

a) Infiltrações hemorrágicas difusas nas partes moles do pescoço (constantes e mais acentuadas que no
estrangulamento);

b) Fraturas dos pequenos e grandes cornos do osso hioide e das cartilagens tireoide e cricóide (mais
frequentes que no estrangulamento);

c) Lesões dos vasos do pescoço, tanto das carótidas como das jugulares (raras).

Obs.: Marcas de França são soluções de continuidade ou infiltrações hemorrágicas dispostas


longitudinalmente, semilunares ou atípicas, e de concavidade voltada para a linha medial do pescoço, na
túnica íntima da artéria carótida comum, próximas à bifurcação. São comumente encontradas nos casos de
esganadura.

d) Lesões da coluna vertebral (ocorrem nos casos de infanticídio por esganadura).

e) Equimoses do pericrânio, congestão das meninges e do encéfalo.

Os sinais locais profundos podem não ocorrer se a morte se der por inibição reflexa dos seios carotídeos.

4 – ASFIXIA POR SUFOCAÇÃO


A sufocação ou constrição das vias respiratórias consiste na asfixia mecânica provocada pelo impedimento
direto ou indireto à entrada do ar atmosférico nas vias respiratórias ou por permanência forçada em
espaço fechado.

a) Direta ou ativa

-Oclusão dos orifícios externos das vias aéreas;

-Oclusão das vias aéreas

-Soterramento

-Confinamento

b) Indireta ou passiva

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-Compressão do tórax
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4.1 – SUFOCAÇÃO DIRETA


Consiste na asfixia causada pelo impedimento da entrada de ar por obstáculo nos orifícios externos (nariz e
boca) ou nas vias aéreas superiores (antes de chegar ao pulmão). Existem quatro modalidades de
sufocação direta:

a) Oclusão dos orifícios externos respiratórios (narinas e boca)

Por meio do emprego da mão ou de corpos moles, pressupõe acentuada desproporção de forças entre o
agressor e a vítima.

Pode ser acidental, como por exemplo nos recém-nascidos, em pessoas em crise de epilepsia, pessoas
embriagadas, que podem apoiar a face em travesseiros ou algo que se assemelhe obstruindo narinas e
boca.

b) Oclusão das vias respiratórias

Geralmente acidental. Se dá por aspiração brusca de corpos estranhos (dentaduras, porções de


alimentos, bolinhas de gude, etc.), na árvore respiratória, impedindo a passagem do oxigênio até os
pulmões e desencadeando a morte por asfixia.

O cadáver pode apresentar alguns sinais como equimoses nos lábios, sinais de dentes na mucosa labial
interna e marcas ungueais nas proximidades da boca e das fossas nasais, nos casos de sufocação manual,
sendo estas ausentes quando o agente emprega corpos moles (travesseiros, panos), e provável fratura
de dentes e hemorragias puntiformes oriundas da introdução forçada do corpo estranho dentro da boca.

c) Soterramento

Resulta da obstrução direta das vias respiratórias quando a vítima se encontra mergulhada num meio
sólido ou empoeirado.

Comumente acidental, especialmente nos desabamentos.

Ao se analisar o cadáver é possível notar cianose e equimoses na face e no pescoço e substâncias


inerentes ao meio pulverulento (empoeirado), como terra, cinzas, farinhas, cal e gesso na boca, na árvore
respiratória, no esôfago e estômago, além de lesões traumáticas (fratura, contusões, feridas incisas) e dos
sinais gerais de asfixia.

A presença de corpos pulverulentos na traqueia, brônquios, esôfago e estômago é de grande importância


para se dizer se a lesão se deu em vida, já que indica que a vítima respirou e viveu durante algum tempo
após o soterramento.

d) Confinamento

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asfixia se dá em razão do enclausuramento do indivíduo em espaço restrito ou fechado, sem
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renovação do ar atmosférico, o que implica no esgotamento do oxigênio e aumento gradativo do gás
carbônico, aumento da temperatura, alterações químicas e saturação do ambiente por vapores de água
causando intermação (impede a perda de calor pelo organismo).

4.2 – SUFOCAÇÃO INDIRETA (COMPRESSÃO TORÁCICA)


A sufocação indireta se dá pela compressão do tórax ou eventualmente do tórax e abdome, em grau
suficiente para impedir os movimentos respiratórios e ocasionar a morte por asfixia.

Pode ser homicida ou acidental.

Obs.: To Burk processo em que os criminosos sentavam sobre o tórax da vítima até matá-la.

É possível que em caso de sufocação indireta não se tenham sinais de asfixia, porém quando presentes,
geralmente podemos notar a máscara equimótica de Morestin ou cianose cérvico-facial,de Le Dentut,
ocasionada pela estase venosa da veia cava superior consequente à compressão torácica.

Ao se analisar o cadáver poderão ser encontradas fraturas do gradil torácico, distensão e congestão dos
pulmões (sinal de Valentin), com sufusões sanguíneas subpleurais, além dos sinais inerentes às asfixias em
geral.

4.2.1. FRATURAS MÚLTIPLAS DE COSTELA (RESPIRAÇÃO PARADOXAL)

Entre os pulmões e o tórax há um espaço de pressão negativa, que os mantém aderidos, permitindo que os
movimentos das costelas expandindo ou reduzindo o tórax, puxem ou comprimam os pulmões
possibilitando a entrada e a saída do ar.

Quando há fratura das costelas, o tórax não se expande quando o indivíduo puxa o ar o que impede a
entrada de ar, causando um assincronismo entre os movimentos respiratórios e os movimentos do tórax
(respiração paradoxal).

4.2.2. PARALISIA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS

- Paralisia espástica (músculos para em contração, uma espécie de cãimbra). Comum nos casos de
eletroplessão e de drogas que causem contração muscular.

- Paralisia flácida (músculos sem contração). Comum quando a vítima faz uso de drogas relaxantes
musculares.

- Fadiga muscular (exaustão).

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5 – INFLUÊNCIA DO LÍQUIDO E GASOSO 1503976

A Asfixia poderá ainda ocorrer em ambientes líquidos ou gasosos. Nesse caso, são as consequências de
cada ambiente:

a. Líquido: afogamento
b. De gases irrespiráveis: asfixia por gases

Dito isso vamos analisar as diferentes modalidades de asfixia.

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: MÉDICO LEGISTA

Assinale a alternativa que contém sinais mais comumente encontrados nas vítimas de
afogamento.

a) Manchas de Tardieu, cogumelo de espuma e máscara equimótica.

b) Manchas de Paltauf, maceração da pele e cogumelo de espuma.

c) Máscara equimótica, manchas de Paltauf, pele anserina.

d) Hipóstases claras, manchas de Tardieu e cianose ungueal.

e ) Lesões por animais aquáticos, cianose ungueal e hipóstases escuras.


Gabarito: B

6 – AFOGAMENTO
Modalidade de asfixia mecânica que ocorre em decorrência da penetração de líquidos nas vias
respiratórias, por permanência da vítima imersa (totalmente ou não) em meio líquido.

O indivíduo pode vir a afogar-se no próprio sangue (afogamento interno), como no esgorjamento; ou pelo
conteúdo estomacal regurgitado.

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O afogamento poderá ser acidental, suicida ou homicida.
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Nos meses mais quentes há um considerável aumento na frequência dos afogamentos acidentais de
pessoas imprudentes que se afastam da praia ou entram em lagos, rios e represas, muitas vezes em estado
de embriaguez.

O afogamento suicida e o afogamento homicida são menos frequente mas são possíveis.

É possível que o examinador traga o conceito de Vibert, que diferencia duas modalidades de asfixia por
afogamento: submersão-inibição e submersão-asfixia.

Há quem entenda que a submersão-inibição não pode ser considerada afogamento, já que o indivíduo
embora imerso, não ingere grande quantidade de líquido, ou seja, não se afoga, sucumbindo rapidamente,
por inibição do sistema nervoso central. Nesses casos não há no cadáver (chamado afogado branco de
Parrot) sinais característicos das asfixias.

Na submersão-asfixia ou afogamento verdadeiro, a morte geralmente ocorre de forma lenta quando o


indivíduo por sucessivas vezes tenta absorver o ar em grandes inspirações e, acaba por engolir o líquido,
engasga e tosse, e, após grande resistência, perde a consciência e, sucumbe em aproximadamente cinco
minutos. Pode acontecer de a morte ser rápida se, após cair na água, o indivíduo não consegue mais vir à
superfície.

Assim, temos dois tipos de afogados:

- afogados branco: quando não há líquido nos pulmões, uma vez que a morte se deu por
parada cardíaca reflexa (morte por inibição).

- afogados azul: a morte se deu pela entrada de líquido nos pulmões, ou seja por asfixia.

6.1 – FASES DO AFOGAMENTO


A morte por afogamento desenvolve-se em quatro fases:

1ª Fase: De luta: a vítima tenta não se afogar, sobe e afunda várias vezes, tenta se agarrar em
pedras, plantas, engole muita água e geralmente se machuca.

2ª Fase - De resistência: caracterizada pela apneia voluntária, durante a qual, a vítima


conserva-se lúcida e com os movimentos reflexos.

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3ª Fase - De exaustão ou da inspiração: caracterizada por dispneia com inspirações profundas
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e expirações curtas, desencadeada pelo estímulo dos centros nervosos bulbares pela
hipercapneia.

4ª Fase - De asfixia: caracterizada pela parada respiratória, perda da consciência,


insensibilidade, algumas vezes com convulsões e morte.

É durante a fase de dispneia que, em razão dos movimentos inspiratórios reflexos, a água penetra no
sistema respiratório (bronquíolos e alvéolos) originando enfisema hidroaéreo pulmonar e espuma
sanguinolenta intrabrônquica pela agitação em borbulhas do ar e pelo refluxo do sangue da cavidade
aurículo-ventricular direita e do sistema porta. O líquido ingerido no afogamento invade o aparelho
gastrintestinal.

6.2 – SINAIS DA ASFIXIA POR AFOGAMENTO


De forma básica, os sinais de asfixia por afogamento produz dois tipos básicos de sinais, os Externos
(geralmente de fácil visualização) e Internos. Veremos agora cada um deles.

1. Sinais Externos

Dividem-se em sinais atípicos (variam de acordo com o tempo de permanência do cadáver no meio
líquido) e sinais típicos (fenômenos vitais ocorridos durante o afogamento, indicadores de que a vítima
estava viva dentro da água).

1.1) Sinais externos atípicos

São aqueles que se manifestam em outras formas de morte que não o afogamento, em que o cadáver
permanece por qualquer motivo submerso por algum período de tempo. São eles:

a. Pele anserina ou “pele de galinha”: ocorre como decorrência da saliência dos folículos pilosos pela
contração dos músculos eretores cutâneos. São frequentemente encontradas nos ombros, na
região lateral das coxas e dos antebraços, constituindo o sinal de Bernt.
b. Retração dos mamilos: ocorre pelo mesmo motivo da pele anserina.
c. Retração dos testículos e do pênis: decorre do desequilíbrio térmico inicial entre o corpo e a massa
líquida, por estímulo cremastérico.
d. Temperatura baixa da pele.
e. Maceração epidérmica: decorre da embebição da pele, se apresenta mais acentuada nas mãos e
nos pés, destacando-se por grandes retalhos, ou quando nas mãos, em dedos de luva junto com as
unhas.
f. Rigidez cadavérica precoce.
g. Cor da face: lívida ou azulada nos afogados brancos de Parrot e cianosada nos mortos por
submersão-asfixia.
h. Queda fácil dos pelos (daqueles que permaneceram durante algum tempo submersos).

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i. Destruição por animais da fauna aquática, como peixes, siris e outros crustáceos das partes moles
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e cartilaginosas: como boca, supercílios, pálpebras, globos oculares, nariz e pavilhões auditivos.
j. Projeção da língua além das arcadas dentárias (ocorre no início da putrefação).
k. Presença de erosões das polpas digitais e entre os dedos; sob as unhas presença de lama ou grãos
de areia e, nos lábios presença de corpos estranhos inerentes à massa líquida onde ocorreu a
submersão.
l. Lesões de arrasto (Simonin): decorrem do roçar da fronte, mãos, joelhos e pododáctilos, nos
afogados que permanecem submersos em decúbito ventral em movimentos de vaivém, pelo
impulso das águas. Nas vítimas que permanecem submersas na posição de decúbito dorsal em
opistótono, as lesões de arrasto serão encontradas na região occipital e nos calcanhares.

1.2) Sinais externos típicos (Caracterizam a asfixia-submersão):

a. “Cabeça de negro”: característica dos afogados por submersão em estado de putrefação; a pele da
cabeça adquire cor verde e bronzeada.
b. Tonalidade vermelho-clara dos livores cadavéricos: em razão das alterações do sangue na asfixia-
submersão (fluidez, falta de coagulação), localiza-se comumente nas regiões mais declives do corpo
(cabeça, pescoço, metade superior do tronco, mãos e pés), podendo, ser generalizada.
c. Cogumelo de espumas: é consequência do arejamento do muco misturado à água na traqueia e nos
brônquios, somente se forma nos indivíduos que reagiram energicamente dentro d’água e
aparecem sobre a boca e narinas dos que foram retirados da água cedo.
d. Putrefação: enquanto a vítima está submersa é lenta, porém se desenvolve rapidamente se o corpo
é posto em contato com o meio exterior. Inicia-se pela parte superior do tórax, face e depois cabeça
e progride em direção descendente comprometendo todo o corpo, que assume forma gigantesca,
lembrando balão inflado. Há distensão exagerada do aparelho genital masculino fazendo com que o
pênis e as bolsas escrotais tenham dimensões descomunais.

Obs.: a mancha verde que marca o início da putrefação nos afogados aparece no tórax.

2. Sinais Internos

Nos trazem as lesões provocadas pelo líquido no interior da árvore respiratória, no aparelho digestivo e no
ouvido médio, e os sinais gerais de asfixia.

 Lesões internas provocadas pelo líquido no interior da árvore respiratória:

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c) Presença de líquido na árvore respiratória: encontrado em forma de espuma branca, rósea ou
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sanguinolenta, na traqueia e brônquios. Tem importância para tipificar o meio líquido (pântanos,
águas doces ou salinas) em que se deu o afogamento.
d) Presença de líquido dentro das cavidades subpleurais: será encontrado apenas nos casos de
submersões prolongadas. Explica-se seu aparecimento em razão da passagem do sangue diluído em
água dos pulmões para os espaços subpleurais, dificilmente dará origem às manchas de Tardieu ou
equimoses subpleurais.
e) Obs.: As manchas de Paltauf são equimoses subpleurais maiores que as de Tardieu (2cm ou mais),
de forma irregular e de coloração vermelho-clara, cujo surgimento se deve à ruptura das paredes
dos alvéolos e dos capilares sanguíneos.
f) Presença de corpos estranhos no interior da árvore respiratória: que podem ser fragmentos de
folhas, de madeira, de restos alimentares, ou mesmo de lodo, areia ou plâncton, partículas
microscópicas formadas no meio líquido por animais, minerais e carapaças das algas diatomáceas.
Como a constituição do plâncton varia de local para local, num mesmo meio líquido, ele terá valor
para indicar o ponto onde ocorreu o afogamento.

Obs.: É possível que ocorra penetração de líquido e de plâncton em cadáveres lançados no meio líquido,
porém será em quantidade bem menor em relação à submersão-asfixia.

g) Lesões dos pulmões: caracterizadas pelo aumento de volume, menor elasticidade e distensão
acentuada dos pulmões (sinal de Valentin), e pela presença de enfisema aquoso, de rupturas dos
órgãos e das paredes alveolares e dos capilares sanguíneos, originando as equimoses subpleurais (e
até sufusões) ou manchas de Paltauf.

Obs.: O enfisema aquoso subpleural é explicado por Paltauf como sendo provocado pela penetração do
líquido aspirado nos alvéolos e tecidos intersticiais, através da via linfática.

h) Diluição do sangue: a fluidez do sangue é mais acentuada no hemicórdio esquerdo do que no


direito.

Na submersão-asfixia o sangue mostra tonalidade vermelho-clara, fluidez acentuada e incoagulabilidade.

i) Presença de líquido no aparelho digestivo: encontrada no estômago e duodeno e,


excepcionalmente, é encontrada no resto do intestino delgado se aí for encontrado faz prova de
asfixia-submersão.
j) Presença de líquido no ouvido médio.

 Sinais gerais de asfixia

a) Congestão polivisceral dos rins e especialmente do fígado (fígado asfíxico de Etienne Martin):
provocada pela hipertensão da pequena circulação e da veia cava superior.
b) Equimoses nos músculos do pescoço e do tórax: originadas pelo esforço violento do indivíduo
evitando se afogar ou pelas convulsões manifestadas na fase final do afogamento.

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6.3 – TEMPO DE SUBMERSÃO 1503976

É muito difícil dizer ao certo quanto tempo a vítima permaneceu dentro d’água. Esse tempo é variável
conforme as estações e o tipo do meio líquido.

Assim sendo, é praticamente impossível dizer, com precisão, a data da morte no afogamento.

Essa será feita por aproximação considerando os antecedentes e uma série de observações médico-legais,
como a maceração da pele, a queda das unhas, a fase de putrefação e de adipocera etc.

Na água doce, o cadáver flutua habitualmente após 24 horas da morte e por até 5 dias, graças aos gases de
putrefação. No mar flutua mais cedo devido ao maior peso específico da água salina.

Assim, por exemplo, no verão, a maceração destaca a pele das mãos e dos pés em dedos de luva, a
putrefação é acentuada e confere ao cadáver o aspecto gigantesco, no terceiro dia. Isso sem falar na
rapidez com que a putrefação se desenvolve no afogado retirado da água no verão. A “cabeça de negro”,
no verão, se forma comumente no segundo dia.

6.4 – MECANISMOS DE MORTE POR AFOGAMENTO

1. Em água doce

A água que chegará aos alvéolos pulmonares estará livre de eletrólitos.

Por ser menos concentrada que o sangue ela passa dos alvéolos para os vasos e dilui o sangue, causando
aumento de volume do sangue e falência cardíaca já que o coração não consegue bombear esse grande
volume.

Além disso a água penetra nos glóbulos vermelhos fazendo com que estourem e liberem potássio o que
causa arritmia cardíaca. Assim a morte se dá por parada cardíaca e não por asfixia.

2. Em água salgada

A água do mar é mais concentrada que o sangue.

Essa água desloca a água do sangue para o interior dos alvéolos que ficam encharcados tanto pela água
aspirada como pela água do sangue, levando à asfixia. Esse é o verdadeiro afogamento.

A pressão da água rompe os alvéolos e os vasos e o sangue extravasa formando equimoses dentro dos
pulmões, as chamadas manchas de Paltauf, as quais são típicas de afogamento.

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7 – ASFIXIA POR GASES 1503976

Essa modalidade de asfixia é classificada da seguinte forma:

1) Asfixia por gases de combate

a) Lacrimogêneos

-Bromureto de benzila

- Iodureto de benzila

- Bromacetona

- Metil-etil-acetona

b) Estemutatórios

- Etil-dicloroarsina

- Difenil-cloroarsina

- Cianureto de difenil-arsina

c) Vesicantes

- Sulforeto de etila diclorado ou iperita ou gás mostarda

d) Sufocantes

- Oxicloreto de carbono

- Cloro

- Cloropiarsina

- Cloroformiato de metila

2) Asfixia por gases tóxicos

a) Vegetais

- Ácido cianídrico

b) Das habitações

- Monóxido de carbono

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1503976

3) Asfixia por gases industriais

a) Vapores nitrosos

b) Formeno, metano, grisu ou gás dos pântanos

4) Asfixia por gases anestésicos

a) Clorofórmio

b) Éter

c) Cloreto de etila

d) Protóxido de nitrogênio

7.1 – ASFIXIA POR GASES DE COMBATE

A. Gases lacrimogênios

Em contato com os olhos, não se diluem nas secreções que banham o globo ocular, porém penetram
rapidamente no epitélio corneano e conjuntival, causando, inicialmente, leve sensação de formigamento
reflexo nas pálpebras e, dentro do primeiro minuto após a explosão, intenso lacrimejamento acompanhado
de cefaleia, fadiga, vertigens e irritação das vias aéreas superiores e da pele.

O gás lacrimejante mais importante é o cloro-acetofenona. Na concentração de 0,0045mg por litro de ar


torna o ambiente intolerável e na concentração de 0,86mg por litro produz a morte após 10 minutos de
exposição.

Eram usados pela polícia para dispersar multidões ou para desabrigar marginais homiziados dentro das
casas.

B. Gases esternutatórios

Constituídos de agentes que contêm arsênico; causam irritação das vias aéreas superiores, efeitos sobre as
terminações nervosas e sintomas de intoxicação arsenical.

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Causam tosse violenta, espirros, rinite, fotofobia, conjuntivite, náuseas, vômitos, dores torácicas e
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abdominais, cefaleia, irritação da pele, astenia, sudorese, poliúria, dilatação capilar e destruição epitelial na
traqueia e nos brônquios.

O mais letal gás esternutatório é o etildicloroarsina, poderoso irritante tóxico dos pulmões, que gera
vesicação da pele após uma exposição de cerca de 5 minutos e leva à morte quando inalado na
concentração de 0,5mg por litro de ar durante 10 minutos.

C. Gases vesicantes

O mais famoso gás vesicante é a iperita ou gás mostarda. Chamado “rei dos gases de batalha”, é o vapor do
sulfureto de etila biclorado; altamente tóxico, é o elemento mais destruidor da guerra química.

O gás mostarda atua sobre a pele, olhos e aparelho respiratório. Na pele exposta duas a dez horas ao gás
mostarda surge eritema, às vezes acompanhado de erupção puntiforme, e, posteriormente, flictenas
contendo líquido seroso claro que, rompendo-se, deixam entrever tecido subjacente vermelho e
hemorrágico. As lesões dérmicas, assentam-se na face, no ânus e nas bolsas escrotais, onde o epitélio é
mais espesso. Os olhos lacrimejam, as pálpebras edemaciam, as conjuntivas inflamam e o corpo ciliar e a
íris hiperemiam. A córnea opacifica-se e a superfície do globo ocular adquire aparência rugosa. A
orofaringe e a laringe tornam-se edemaciadas e granulosas. Além disso provoca cefaleia, sede intensa, mal-
estar, vertigens, tonturas, vômitos e diarreias, arritmia cardíaca, podendo a morte sobrevir por
broncopneumonia. A exposição a uma concentração de 0,15mg por litro de ar, durante 10 minutos leva à
morte.

A Convenção de Genebra condenou seu uso. Foram utilizados, pela primeira vez, em julho de 1917, na
Primeira Grande Guerra Mundial, causando quatrocentas mil mortes.

D. Gases sufocantes

O mais importante é o cloro. A intoxicação por cloro causa dor intensa, espasmo laríngeo e da musculatura
brônquica, dispneia, hipotensão arterial, hepatização dos pulmões, engurgitamento venoso geral, grave
acidose, cianose, náuseas, vômitos, síncope, inconsciência, falência do ventrículo esquerdo e morte por
edema agudo do pulmão.

No cadáver observa-se:

i. Presença de exsudato consequente à inflamação dos brônquios;


ii. Pulmões hepatizados, com extensas áreas edematosas;
iii. Focos de enfisema e de atelectasia;
iv. Dilatação aguda, especialmente do ventrículo esquerdo;
v. Líquido serossanguinolento, às vezes abundante, nas vias respiratórias.

Uma parte de cloro por mil partes de ar leva à morte após cinco minutos de exposição.

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7.2 – ASFIXIA POR GASES TÓXICOS 1503976

Os mais importantes são o ácido cianídrico e o monóxido de carbono.

A) Ácido cianídrico

A inalação de vapores de ácido cianídrico ou ácido prússico acarreta a morte dentro de poucos minutos até
3 horas. A vítima sente vertigens, hiperpneia, cefaleia, taquicardia, cianose, inconsciência, convulsões e
morte por asfixia.

B) Monóxido de carbono

O monóxido de carbono quando inalado é absorvido pelos alvéolos e reage quimicamente com a
hemoglobina do sangue formando a carboxiemoglobina (HbCO), que impede o processamento normal da
hematose, causando anoxia e não envenenamento, pois esse gás não é, em si mesmo, tóxico para as
células.

A vítima apresenta edema cerebral, cefaleia intensa, vasodilatação cutânea, zumbidos, tosse, batimentos
dolorosos nas têmporas, escotomas, náuseas, vômitos, síncope, taquisfigmia, taquipneia, debilidade
muscular e paralisia dos membros inferiores que impede a vítima de deixar o local, respiração de Cheyne-
Stokes, convulsões intermitentes, coma, podendo chegar à morte.

Os sintomas citados dependerão da concentração desse gás no ar inspirado, da tensão de CO e O2 no ar


alveolar, e da duração da exposição sanguínea.

Supondo que a vítima seja retirada com vida, a concentração sanguínea de carboxiemoglobina, por ser
dissociável, diminui rapidamente e, se as trocas respiratórias forem satisfatórias, em algumas horas ela
será eliminada por completo do sangue da vítima.

O oxigênio puro expele todo o monóxido de carbono do organismo entre 30 e 90 minutos; ao ar livre são
necessárias cerca de 2 ou mais horas, com as trocas respiratórias processando-se normalmente.

Existe uma forma super aguda de asfixia pelo monóxido de carbono, pela inalação brusca e violenta desse
gás, nesse caso imediatamente surgem tremores, vertigens, perda da consciência, às vezes, convulsões
intermitentes, síncope respiratória e morte por parada respiratória.

Caso a vítima sobreviva, apresentará sequelas psíquicas e neurológicas, amaurose, xantopsia, pneumonia
de regurgitamento, sintomas cardiovasculares, edema cerebral, entre outros.

Curiosidade! Há uma forma crônica de asfixia oxicarbonada, que decorre dos efeitos cumulativos de uma
agressão repetida aos tecidos, causada pela exposição intermitente ao monóxido de carbono, que se
manifesta por sintomatologia psíquica proteiforme e neurológica, hemática e cardiocirculatória,
especialmente, nos foguistas, nos cozinheiros e churrasqueiros profissionais, nos que trabalham em usinas
de álcool ou de pinga.

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O Aula 04
tratamento do indivíduo intoxicado pelo monóxido de carbono consiste em retirar a vítima
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imediatamente do local e colocá-la ao ar livre; oxigenoterapia; cuidados gerais; exanguíneo-transfusão, se
necessário; respiração artificial com trações da língua, se o ofendido estiver apneico.

O cadáver do intoxicado por monóxido de carbono apresentará:

a) Rigidez precoce;

b) Face carminada;

c) “Cianose vermelho-clara” das unhas, das mucosas e da pele;

d) Sangue fluido e rosado;

e) Manchas de hipóstase claras;

f) Pulmões rosados e, eventualmente, trombosados;

g) Edema cerebral;

h) Trombose das artérias coronárias;

i) Petéquias e infiltração perivascular, com necrose focal, no coração, no cérebro e em outros órgãos; e

j) Putrefação tardia.

Obs.: Utiliza-se a espectroscopia e outras reações químicas para pesquisa da presença de monóxido de
carbono no sangue, colhido no interior das cavidades cardíacas, dos grandes vasos ou de vísceras maciças,
para evitar possíveis erros por invasão hemática post mortem do monóxido de carbono.

Espectroscopia, de acordo com Dalton Croce, é o método que permite analisar determinadas substâncias
(hemoglobina, oxiemoglobina, carboxiemoglobina, metemoglobina, hemocromogênio, hematoporfirina),
caracterizando-as, de acordo com o seu espectro de emissão ou de absorção. Esse exame é feito com
espectroscópios, que evidenciam, no espectro solar visível, riscas escuras, verticais e fixas, na seguinte
posição: A e B no vermelho, C no alaranjado, D no alaranjado e no amarelo, E no amarelo e no verde, F no
verde, G no anil, H e K no violeta, chamadas raias de Fraunhofer. Essas raias indicam que certas irradiações
sofrem absorção quando atravessam a lente e o prisma dos aparelhos. O exame espectroscópico do
monóxido de carbono se faz diluindo-se algumas gotas de sangue em água destilada, as quais, observadas

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noAula 04
aparelho, mostram duas faixas no espectro de absorção, entre as estrias “D” e “E” de Fraunhofer,
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correspondendo, respectivamente, à carboxiemoglobina (mais escura e estreita no amarelo) e à
oxiemoglobina (mais larga e mais clara no verde), quando o título da solução desta última oscila de 1 a 6
por mil. Se o seu grau de diluição for superior a 1 para 10 mil, visualiza-se uma terceira faixa entre as
estrias “H” e “K”. Adicionando-se, a seguir, sulfidrato de amônia, sulfureto de amônia ou hidrossulfito de
sódio, que são agentes redutores, ao líquido examinando, supondo exista carboxiemoglobina, as duas
faixas não se unem, permanecem isoladas, não formando, pois, a faixa única de Stokes inerente à presença
de oxiemoglobina. Vale deixar consignado que toda a oxiemoglobina é reduzida a hemoglobina, no máximo
duas horas após o óbito.

O espectro de absorção da carboxiemoglobina está formado por duas faixas entre as raias D e E, sendo,
desse modo, muito assemelhado ao espectro de absorção da oxiemoglobina. É o modo de comportar-se da
carboxiemoglobina e da oxiemoglobina com os agentes redutores que permite diferenciar facilmente estas
duas substâncias.

As reações químicas mais importantes são:

a) Reação de Solkowski: o sangue normal tratado por uma solução aquosa de hidrogênio sulfurado torna-
se esverdeado pela formação de sulfemetemoglobina; em contrapartida, o sangue oxicarbonado não se
altera.

b) Reação de Katayama: o sangue oxicarbonado, diluído a 1/50, adicionado de algumas gotas de sulfeto de
amônio e de ácido acético a 30%, toma coloração vermelho-clara; o sangue normal, por essa forma
tratado, adquire tonalidade vermelho-esverdeada, suja.

c) Reação de Stockis: uma solução aquosa de cloreto de zinco a 25% gera um precipitado de cor
achocolatada, no sangue normal, e de tonalidade vermelho-cereja clara, com ou sem precipitação,
conforme seja o número de gotas empregado no sangue oxicarbonado.

d) Reação de Kunkel e Weltzel: o sangue suspeito, diluído em partes iguais com solução de tanino a 1,5%
ou com o ácido acético, forma coágulo rosado, se houver monóxido de carbono, e, nos casos negativos,
anegrado, que, por seu peso, irá se depositar no fundo do tubo de ensaio.

Além destes métodos há ainda um método bastante simples para distinguir as soluções de oxiemoglobina e
de carboxiemoglobina. Mencionado método consiste na diluição separada de ambas, com água, até
debilitar ao máximo as suas cores: o líquido que contém oxiemoglobina, nestas condições, mostra
tonalidade amarela esmaecida, enquanto o de carboxiemoglobina, vermelho-azulada.

7.3 – ASFIXIA POR GASES INDUSTRIAIS


É causada pelos vapores nitrosos, formeno, metano, grisu ou gás dos pântanos, que interessa à
Infortunística Acidentária, já que é o responsável pelas explosões e sufocação dos obreiros que trabalham
no interior das minas.

Provocam dispneia, irritação intensa da laringe, da traqueia, dos brônquios e dos pulmões.

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7.4 – ASFIXIA POR GASES ANESTÉSICOS 1503976

São gases usados pelos anestesistas.

Existem situações imprevisíveis de acidentes anestésicos, chamados erroneamente de choques


anafiláticos, que podem levar o paciente à morte, independentemente da competência do profissional.

Cumpre esclarecer que o acidente respiratório, durante uma anestesia geral, não é fato imprevisível, pelo
contrário, deve sempre ser cogitado pelos cirurgiões. Assim, não se pode alegar caso fortuito ou força
maior.

Por fim, não custa lembrar que a morte de paciente em razão da anestesia, ocorrida em centro médico
desprovido da aparelhagem indicada, ou de qualquer forma eficaz de segurança para os pacientes, é
considerada, do ponto de vista penal, circunstância agravante, vez que configura inobservância de regra de
ofício, arte ou profissão.

Assim, estabelece o artigo 61 do Código Penal Pátrio:

Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o
crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a
defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que poda resultar
perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou
com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; (grifo nosso)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003)

i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;


j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do
ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.

Assim, caberá ao perito, após realizar perícia, esclarecer se a causa da morte foi acidental ou decorrente
de negligência do profissional.

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A questão é tão importante que em 2018 O Conselho Federal de Medicina revogou a antiga resolução
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sobre anestésicos e editou novas regras, elaborando o texto da Resolução 2.174 de 2017, publicada em
fevereiro de 2018.

Finalizamos o estudo dos traumas e energias hoje, Guerreiros.

Após essa aula tão rica, é importante fixarmos todo o conteúdo estudado hoje e a melhor forma é através
da resolução de questões.

Então, vamos lá.

RESUMO
Energia físico-química

Trauma é a atuação de uma energia externa sobre o indivíduo, com intensidade suficiente para causar
desvio suficiente da normalidade ou alterar o funcionamento do organismo.

Quanto à lesão, dissemos que é uma alteração estrutural oriunda de uma agressão ao organismo. Assim,
uma lesão será considerada violenta quando causada por traumatismo.

Dissemos que as energias vulnerantes podem ser divididas em três:

Física: mecânica, barométrica, térmica, elétrica e radiante;

Química: cáusticos e venenos;

Físico-Química: asfixias.

Analisamos as energias físicas e químicas e na aula de hoje analisamos as energias físico-químicas.

As energias chamadas de físico-químicas dizem respeito às ações físicas (mecânicas) que ocasionam
alterações da química do organismo.

Assim, podemos dizer que se enquadram como energias físico-químicas as asfixias mecânicas já que a ação
física que obstrui a respiração causa no sangue arterial:

- Hipoxia (redução do oxigênio)

- Hipercarpnia (aumento do gás carbônico)

Também, como forma de deixar o seu material o mais completo possível, analisaremos as energias
bioquímica, biodinâmica e mista, que possuem pouca incidência nas provas mas merecem atenção.

Asfixiologia forense

Asfixia é a supressão da respiração.

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DoAula 04
ponto de vista fisiopatológico, uma vez cessadas as trocas orgânicas por influência patológica ou por
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impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa, ocorre a morte.

Asfixiologia em geral

Sabemos que todos os seres vivos respiram. É por meio dos alvéolos pulmonares que ocorre a hematose,
ou seja, a transformação, por osmose, do sangue venoso em arterial, pela perda de gás carbônico e
entrada de oxigênio.

Eupneia: é a respiração normal;

Bradipneia (espaniopneia e oligopneia): é a diminuição dos movimentos respiratórios;

Taquipneia (polipneia e hiperpneia): é o aumento da frequência respiratória;

Dispneia: é a respiração forçada e difícil;

Ortopneia: é uma dispneia muito intensa que obriga o indivíduo a parar qualquer atividade para dar inteira
liberdade de ação aos músculos auxiliares da respiração; e

Apneia: é a pausa ou suspensão temporária da respiração.

O processo asfíxico

Um processo asfíxico típico dura cerca de 7 (sete) minutos. Obviamente existem exceções; na submersão
leva cerca de 4 (quatro) a 5 (cinco) minutos; no enforcamento, quando a morte não ocorre por inibição dos
centros nervosos e depende da intensidade de constrição leva cerca de 10 (dez) minutos.

O processo asfíxico divide-se em duas fases e cada fase divide-se em dois períodos:

Dispneia
Período de
respiratória
Fase de Irritação
Dispneia
expiratória

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Inicial, apneico, ou
Período
de morte aparente
Fase de
esgotamento
Terminal

Fase da irritação

Na fase de irritação estão abrangidos os períodos de dispneia inspiratória (de cerca de um minuto de
duração), em que a pessoa, sem perder a consciência, absorve desordenadamente em grandes inspirações
o ar; e o período de dispneia expiratória (de cerca de 3 minutos de duração), em que há inconsciência e,
algumas vezes, convulsões tônico-clônicas devidas à ação excitadora do gás carbônico.

Fase de esgotamento

Na fase de esgotamento teremos o período inicial, de pausa ou de morte aparente, em que há parada da
respiração durante algum tempo, e o período terminal, em que os últimos movimentos respiratórios que
precedem a morte ocorrem. O tempo de duração da fase de esgotamento é de aproximadamente 3 (três)
minutos.

Lembre-se! Nas asfixias a parada respiratória antecede a parada cardíaca.

Dispnéia
Dispnéia Últimos
expiratória
Fases da inspiratória Parada movimentos
(dificuladade
asfixia (dificuldade respiratória respiratórios e
para expelir o
de puxar o ar) morte
ar)

Asfixia mecânica em geral

Nas asfixias mecânicas em geral não há sinais patognomônicos (sintoma específico). Os que se tem são
sinais característicos, inconstantes, de valor relativo, que, quando associados a outros elementos,
permitem o diagnóstico.

Podemos dividir esses sinais característicos em sinais externos e sinais internos.

Sinais externos:

- Cianose da face (cor arroxeada ou azulada)

- Cogumelo de espuma

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- Projeção da língua para fora da boca
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- Equimoses externas na pele e mucosas

- Livor cadavérico escuro e precoce

Sinais internos

- Sangue fluído (não coagula) e escuro.

- Equimoses viscerais (manchas de Tardieu – petéquias na região subpleural e supepicárdica)

Obs.: As manchas de Paltauf são equimoses viscerais nos pulmões dos afogados.

- Congestão polivisceral

Classificação das asfixias

Asfixia por constrição do pescoço (constrição cervical)

Enforcamento

Estrangulamento

Esganadura

Asfixia por sufocação (obstrução das vias respiratórias)

Direta ou ativa

-Oclusão dos orifícios externos das vias aéreas;

-Oclusão das vias aéreas

-Soterramento

-Confinamento

Indireta ou passiva

-Compressão do tórax

Indivíduo em ambiente

Líquido: afogamento

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DeAula 04
gases irrespiráveis: asfixia por gases
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Enforcamento

O enforcamento é a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço por um laço
cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio peso do indivíduo como força viva.

Só há enforcamento quando a força atuante é o peso do corpo.

Podemos classificar o laço que constringe o pescoço em três tipos:

Laços duros (cordões e correntes, fios elétricos, arames, cordas, etc.);

Laços moles (lençóis, cortinas, gravatas, etc.); e

Laços semirrígidos (cintos de couro).

O laço em regra é constituído pelo nó e pela alça. Esse nó poderá ser fixo ou não (corredio). A alça
promoverá a constrição mecânica do pescoço fazendo com que se interrompa a livre circulação do ar
atmosférico nas vias respiratórias por compressão da traqueia e pelo rechaço da base da língua contra a
parede posterior da faringe.

O nó comumente aparece na região posterior (nuca), algumas vezes na lateral (mastoide) e, raramente, na
frente do pescoço.

Já o laço é colocado em torno do pescoço, normalmente uma única volta, mas há casos de várias voltas.

O ponto de suspensão resistente serve para fixar o laço e é variável: galhos de árvores, bandeira de portas,
traves de futebol, espaldar de camas, armadores de rede, maçanetas de portas, cravo de dormentes,
grades de prisões, cano de chuveiro, etc.

A suspensão poderá ser:

Típica ou completa: o corpo permanece completamente suspenso, apoiado apenas pelo laço; e

Atípica ou incompleta: alguma parte do corpo (geralmente, pés, joelhos, braços ou abdome) toca o solo.

A morte por enforcamento se dá entre cinco (5) e dez (10) minutos, a depender da intensidade da
constrição.

Os livores cadavéricos: começam a surgir a partir da 3ª hora do enforcamento. Após 6 horas já são intensos
e fixam-se.

Obs.: Há casos em que a morte é instantânea em razão da parada cardíaca por reflexo nervoso e não em
razão da asfixia, é a chamada morte por inibição.

1. Fenômenos ocorridos durante o enforcamento

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Esses fenômenos ocorrem em três períodos:
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a) Período inicial — sensação de calor, zumbidos e perda rápida da consciência em razão da constrição do
feixe vásculo-nervoso do pescoço o qual compromete a vascularização cerebral;

b) Segundo período (Respiratório) — hipoxemia seguida de hipercapneia, com convulsões e fenômenos


ligados à paralisia do pneumogástrico decorrentes da impossibilidade do livre trânsito do ar atmosférico
determinada pela obstrução das vias aéreas ao nível do osso hioide, pelo laço, e pelo rechaço da base da
língua contra a parede posterior da faringe; e

c) Terceiro período — apneia, parada cardíaca e morte.

2. Fenômenos de sobrevivência

Frustrado o enforcamento, conforme a fase em que a vítima é socorrida, podem advir perturbações locais
ou gerais.

a) Perturbações locais – decorrentes da ação traumática do laço sobre os órgãos da fonação e da


deglutição, congestão dos pulmões e broncopneumonia favorecidas pela introdução de corpos estranhos
nas vias respiratórias:

- O sulco, em geral único, é descontínuo e desigual em profundidade, oblíquo ascendente, tumefeito e


violáceo, situado comumente por cima da laringe, escoriando ou lesando a pele.

- Dor.

- Afonia.

- Disfagia.

b) Perturbações gerais — de origem asfíxica e circulatória:

- Confusão mental.

- Depressão.

- Amnésia.

- Estado comatoso.

- Paralisia do reto e uretrovesical.

3. Aspecto do cadáver

Primeiramente, com base na coloração da face distinguem-se os enforcados azuis e os enforcados brancos.

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enforcados brancos a face é pálida e lívida em razão do completo impedimento da circulação por
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oclusão total das carótidas e das veias jugulares, interrompendo o fluxo sanguíneo para a cabeça.

Já nos enforcados azuis temos uma constrição que compromete intensamente as artérias do pescoço e
mais completamente as jugulares, estabelecendo-se a estase venosa (comprime a circulação e impede a
eliminação do gás carbônico), que confere ao rosto tonalidade azulada e aspecto vultoso (aumentado) e,
raramente, pequenas equimoses palpebrais e conjuntivais.

Obs.: O oxigênio deixa o sangue com cor vermelha viva e o gás carbônico deixa o sangue com cor
arroxeada, azulada.

A cabeça do enforcado pende para o lado oposto ao nó, fletida para diante, como se o queixo tocasse o
tórax.

A rigidez cadavérica instala-se mais tardiamente no enforcamento.

Pela ação da gravidade, as hipóstases e as equimoses post mortem se localizam na metade inferior do
corpo e, mais intensamente, na extremidade dos membros inferiores.

No enforcamento ocorre putrefação seca na metade superior do corpo e úmida na parte restante.

4. Sinais externos

Diz respeito ao sulco deixado pelo laço.

No enforcamento completo o sulco é na parte mais alta do pescoço, entre o hioide e a laringe. Geralmente
é único, mas pode ser duplo, triplo ou múltiplo, de acordo com o número de voltas em torno do pescoço. A
direção é oblíqua ascendente bilateral anteroposterior e, o sulco normalmente é descontínuo,
interrompendo-se nos pontos correspondentes à interposição de corpos moles e especialmente nas
proximidades do nó. Será contínuo, quando produzido por laço muito apertado. Pode não haver sulco se
forem empregados laços moles, ou quando é interposto um corpo mole entre o laço e o pescoço; ou ainda
se a constrição não foi muito demorada.

No enforcamento incompleto o sulco pode não estar entre o hioide e a laringe e pode se apresentar
horizontalizado ou oblíquo descendente.

5. Sinais internos

São os sinais locais, os sinais dos planos profundos do pescoço e os sinais a distância.

1) Sinais locais — São as sufusões hemorrágicas da derme e da tela subcutânea.

2) Sinais dos planos profundos do pescoço — Existem muitos mas esses são os mais importantes para a
medicina legal:

a) Sinal de Hoffmann-Haberda: infiltrações sanguíneas dos músculos cervicais;

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b) Sinal de Morgagni-Valsalva-Orfila-Roëmmer: fratura do osso hioide;
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c) Sinal de Hoffmann: fraturas das apófises superiores da cartilagem tireoide;

d) Sinal de Helwig: fratura do corpo da cartilagem tireoide;

e) Sinal de Morgagni-Valsalva-Deprez: fratura do corpo da cartilagem cricoide;

f) Sinal de Amussat-Divergie-Hoffmann: seção transversal da túnica íntima da carótida comum, próxima à


sua bifurcação;

g) Sinal de Friedberg: sufusão hemorrágica da túnica adventícia;

h) Sinal de Dotto: ruptura da bainha mielínica do vago;

i) Sinal de Ambroise Paré: luxação da segunda vértebra cervical;

j) Sinal de Brouardel-Vibert-Descourt: equimoses retrofaringeanas.

l) Lesão de Orsòs: gotas de gordura emulsionadas pelo líquido tissular na tela adiposa subcutânea.

6. A morte no enforcamento

A morte por enforcamento pode se dar de três formas:

a) Morte por asfixia mecânica

b) Morte por obstrução mecânica circulatória

c) Morte por inibição

Estrangulamento

É a asfixia mecânica por constrição do pescoço por laço tracionado por qualquer força que não seja
o peso da própria vítima.

1. Fenômenos ocorridos no estrangulamento

a) Asfixia

b) Obliteração dos vasos do pescoço

c) Compressão dos nervos do pescoço

2. Sintomas ocorridos no estrangulamento

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Esses sintomas dependem do modo que se deu o estrangulamento, se lento, violento ou contínuo, mas em
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regra a vítima passa por três períodos:

Resistência;

Inconsciência e convulsões; e

Asfixia e morte aparente seguida por morte real.

Se não houver sucesso no estrangulamento é possível que a vítima apresente: amnésia, confusão mental,
agitação, angústia, convulsões, dificuldade na fala, rouquidão, edema e equimose de coloração
vermelho-violácea na região periorbitária direita e esquerda, hemor ragia conjuntival e petéquias na
pálpebra inferior de ambos os olhos; escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração
avermelhada, localizada abaixo da tireoide, dor cervical, dispneia e disfagia, espuma sanguinolenta bucal
e relaxamento dos esfíncteres.

3. Sinais externos do estrangulamento

Face, em geral, tumefeita (inchada) e violácea;

Hemorragias puntiformes nas conjuntivas, na face, no pescoço e na região torácica anterior produzidas a
distância do ponto de aplicação da força, pela asfixia;

Projeção externa da língua, intensamente cianosada;

Possível otorragia (hemorragia no canal auditivo), com ou sem ruptura do tímpano;

Pavilhão auricular e lábios arroxeados;

Ocorrência de espuma sanguinolenta recobrindo a boca e as narinas (é provável mas não está sempre
presente); e

O sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo ou múltiplo, contínuo e de
profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e leito deprimido pergaminhado, é
tipicamente horizontalizado, podendo, porém, excepcionalmente, ser ascendente quando o laço foi
tracionado pelo agente por detrás e para cima.

4. Sinais internos do estrangulamento

Teremos as lesões nos planos profundos do pescoço e as lesões a distância.

Lesões nos planos profundos do pescoço:

a) Infiltração hemorrágica do tecido celular subcutâneo e dos músculos longos do pescoço.

b) Lesões do osso hioide e das cartilagens tireoide e cricoide (excepcionalmente).

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c) Infiltrações hemorrágicas da adventícia das artérias carótidas (sinal de Friedberg).
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d) As rupturas transversais das carótidas, imediatamente abaixo da bifurcação (sinal de Amussat);


excepcionalmente.

5. O estrangulamento e a medicina legal

O estrangulamento pode ser homicida, suicida ou acidental.

Tenham em mente as diferenças entre os sulcos do estrangulamento e do enforcamento:

a) No estrangulamento o sulco é horizontal e, nos raros casos de suicídio, descendente ou ascendente,


múltiplo, contínuo e uniforme, em toda a periferia do pescoço, e pergaminhado;

b) No enforcamento é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireóidea, mais
profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do nó, e pergaminhado.

Esganadura

Consiste na asfixia mecânica por constrição anterolateral do pescoço, impeditiva da passagem do ar


atmosférico pelas vias aéreas, promovida diretamente pela mão do agente ou outra parte do corpo.

Caso a esganadura não leve à morte, pode causar disfagia (dificuldade para engolir), disfonia, tumefação
cervical e miocontratura do pescoço.

1. Sinais externos à distância

São sinais externos a distância, da esganadura:

a) Cianose ou palidez da face (varia de acordo com o grau de constrição do pescoço e da desproporção das
forças de modo a interromper totalmente ou não a circulação de sangue para a cabeça);

b) Pontilhado escarlatiniforme de Lacassagne, disseminado por área extensa da face e do pescoço


(petéquias na face – sinal de Lacassagne);

c) Congestão conjuntival;

d) Exorbitismo (saliência dos olhos), é raro mas pode ocorrer;

e) Otorragia, principalmente se houver ruptura do tímpano (é possível, mas pode não ocorrer);

f) Ocorrência de procidência da língua e de espuma sanguinolenta nas narinas (é possível, mas pode não
ocorrer);

g) Fratura do osso hióide (gogó).

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2. Sinais externos locais
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São sinais externos locais:

a) Equimoses elípticas ou arredondadas, situadas bilateral e irregularmente no pescoço, produzidas pela


ação compressiva dos dedos do agressor;

b) Estigmas ou marcas ungueais (escoriações produzidas pelas unhas do agressor), comumente


pergaminhadas, variáveis em número e encontradas à esquerda da linha mediana do pescoço quando o
agente for destro, ou em forma de rastros escoriativos, de diferentes tamanhos e direções, devido às
reações da vítima ao defender-se.

3. Sinais locais profundos

Nos casos de esganadura também podemos notar os sinais locais profundos, quais sejam:

a) Infiltrações hemorrágicas difusas nas partes moles do pescoço (constantes e mais acentuadas que no
estrangulamento);

b) Fraturas dos pequenos e grandes cornos do osso hioide e das cartilagens tireoide e cricoide (mais
frequentes que no estrangulamento);

c) Lesões dos vasos do pescoço, tanto das carótidas como das jugulares (raras).

d) Lesões da coluna vertebral (ocorrem nos casos de infanticídio por esganadura).

e) Equimoses do pericrânio, congestão das meninges e do encéfalo.

Os sinais locais profundos podem não ocorrer se a morte se der por inibição reflexa dos seios carotídeos.

Sufocação

Consiste na asfixia mecânica provocada pelo impedimento direto ou indireto à entrada do ar atmosférico
nas vias respiratórias ou por permanência forçada em espaço fechado.

1. Sufocação direta

Consiste na asfixia causada pelo impedimento da entrada de ar por obstáculo nos orifícios externos (nariz e
boca) ou nas vias aéreas superiores (antes de chegar ao pulmão). Existem quatro modalidades de
sufocação direta:

a) Oclusão dos orifícios externos respiratórios (narinas e boca)

b) Oclusão das vias respiratórias

c) Soterramento

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d) Confinamento
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2. Sufocação indireta

A sufocação indireta se dá pela compressão do tórax ou eventualmente do tórax e abdome, em grau


suficiente para impedir os movimentos respiratórios e ocasionar a morte por asfixia.

Pode ser homicida ou acidental.

É possível que em caso de sufocação indireta não se tenham sinais de asfixia, porém quando presentes,
geralmente podemos notar a máscara equimótica de Morestin ou cianose cérvico-facial, de Le Dentut,
ocasionada pela estase venosa da veia cava superior consequente à compressão torácica.

Ao se analisar o cadáver poderão ser encontradas fraturas do gradil torácico, distensão e congestão dos
pulmões (sinal de Valentin), com sufusões sanguíneas subpleurais, além dos sinais inerentes às asfixias em
geral.

Fratura múltipla de costela (respiração paradoxal)

Quando há fratura das costelas, o tórax não se expande quando o indivíduo puxa o ar o que impede a
entrada de ar, causando um assincronismo entre os movimentos respiratórios e os movimentos do tórax
(respiração paradoxal).

Paralisia dos músculos respiratórios

- Paralisia espástica (músculos para em contração, uma espécie de cãimbra). Comum nos casos de
eletroplessão e de drogas que causem contração muscular.

- Paralisia flácida (músculos sem contração). Comum quando a vítima faz uso de drogas relaxantes
musculares.

- Fadiga muscular (exaustão).

Afogamento

Modalidade de asfixia mecânica que ocorre em decorrência da penetração de líquidos nas vias
respiratórias, por permanência da vítima imersa (totalmente ou não) em meio líquido.

O afogamento poderá ser acidental, suicida ou homicida.

Há quem entenda que a submersão-inibição não pode ser considerada afogamento, já que o indivíduo
embora imerso, não ingere grande quantidade de líquido, ou seja, não se afoga, sucumbindo rapidamente,
por inibição do sistema nervoso central. Nesses casos não há no cadáver (chamado afogado branco de
Parrot) sinais característicos das asfixias.

Na submersão-asfixia ou afogamento verdadeiro, a morte geralmente ocorre de forma lenta quando o


indivíduo por sucessivas vezes tenta absorver o ar em grandes haustos e, acaba por engolir o líquido,
engasga e tosse, e, após grande resistência, perde a consciência, e, segundo Taylor, sucumbe em

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aproximadamente cinco minutos. Pode acontecer de a morte ser rápida se, após cair na água, o indivíduo
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não consegue mais vir à superfície.

Assim, temos dois tipos de afogados:

- Afogados branco: quando não há líquido nos pulmões, uma vez que a morte se deu por parada cardíaca
reflexa (morte por inibição).

- Afogados azul: a morte se deu pela entrada de líquido nos pulmões, ou seja por asfixia.

1. Fases do afogamento

A morte por afogamento desenvolve-se em quatro fases:

1ª Fase: De luta: a vítima tenta não se afogar, sobre e afunda várias vezes, tenta se agarrar em pedras,
plantas, engole muita água e geralmente se machuca.

2ª Fase - De resistência: caracterizada pela apneia voluntária, durante a qual, a vítima conserva-se lúcida e
com os movimentos reflexos.

3ª Fase - De exaustão ou da inspiração: caracterizada por dispneia com inspirações profundas e expirações
curtas, desencadeada pelo estímulo dos centros nervosos bulbares pela hipercapneia.

4ª Fase - De asfixia: caracterizada pela parada respiratória, perda da consciência, insensibilidade, algumas
vezes com convulsões e morte.

2. Sinais da asfixia por afogamento

Sinais externos atípicos

São aqueles que se manifestam em outras formas de morte que não o afogamento, em que o cadáver
permanece por qualquer motivo submerso por algum período de tempo. São eles:

a) Pele anserina ou “pele de galinha”.

b) Retração dos mamilos.

c) Retração dos testículos e do pênis.

d) Temperatura baixa da pele.

e) Maceração epidérmica.

f) Rigidez cadavérica precoce.

g) Cor da face: lívida ou azulada nos afogados brancos de Parrot e cianosada nos mortos por submersão-
asfixia.

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h) Queda fácil dos pelos.
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i) Destruição por animais da fauna aquática, como peixes, siris e outros crustáceos das partes moles e
cartilaginosas.

j) Projeção da língua além das arcadas dentárias.

l) Presença de erosões das polpas digitais e entre os dedos; sob as unhas presença de lama ou grãos de
areia e, nos lábios presença de corpos estranhos inerentes à massa líquida onde ocorreu a submersão.

m) Lesões de arrasto (Simonin).

Sinais externos típicos (Caracterizam a asfixia-submersão):

a) “Cabeça de negro”: característica dos afogados por submersão em estado de putrefação; a pele da
cabeça adquire cor verde e bronzeada.

b) Tonalidade vermelho-clara dos livores cadavéricos: em razão das alterações do sangue na asfixia-
submersão (fluidez, falta de coagulação), localiza-se comumente nas regiões mais declives do corpo
(cabeça, pescoço, metade superior do tronco, mãos e pés), podendo, ser generalizada.

c) Cogumelo de espumas: é consequência do arejamento do muco misturado à água na traqueia e nos


brônquios, somente se forma nos indivíduos que reagiram energicamente dentro d’água e aparecem sobre
a boca e narinas dos que foram retirados da água cedo.

d) Putrefação: enquanto a vítima está submersa é lenta, porém se desenvolve rapidamente se o corpo é
posto em contato com o meio exterior. Inicia-se pela parte superior do tórax, face e depois cabeça e
progride em direção descendente comprometendo todo o corpo, que assume forma gigantesca,
lembrando balão inflado. Há distensão exagerada do aparelho genital masculino fazendo com que o pênis e
as bolsas escrotais tenham dimensões descomunais.

Obs.: a mancha verde que marca o início da putrfação nos afogados aparece no tórax.

Sinais internos

Nos trazem as lesões provocadas pelo líquido no interior da árvore respiratória, no aparelho digestivo e no
ouvido médio, e os sinais gerais de asfixia.

Lesões internas provocadas pelo líquido no interior da árvore respiratória:

a) Presença de líquido na árvore respiratória.

b) Presença de líquido dentro das cavidades subpleurais.

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Obs.: As manchas de Paltauf são equimoses subpleurais maiores que as de Tardieu (2cm ou mais), de forma
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irregular e de coloração vermelho-clara, cujo surgimento se deve à ruptura das paredes dos alvéolos e dos
capilares sanguíneos.

c) Presença de corpos estranhos no interior da árvore respiratória.

d) Lesões dos pulmões.

e) Diluição do sangue.

f) Presença de líquido no aparelho digestivo.

g) Presença de líquido no ouvido médio.

Sinais gerais de asfixia

a) Congestão polivisceral dos rins e especialmente do fígado (fígado asfíxico de Etienne Martin):
provocada pela hipertensão da pequena circulação e da veia cava superior

b) Equimoses nos músculos do pescoço e do tórax: originadas pelo esforço violento do indivíduo evitando
se afogar ou pelas convulsões manifestadas na fase final do afogamento.

3. Tempo de submersão

É muito difícil dizer ao certo quanto tempo a vítima permaneceu dentro d’água. Esse tempo é variável
conforme as estações e o tipo do meio líquido.

Na água doce, o cadáver flutua habitualmente após 24 horas da morte e por até 5 dias, graças aos gases de
putrefação. No mar flutua mais cedo devido ao maior peso específico da água salina.

4. Mecanismos de morte por afogamento

A. Em água doce

A água que chegará aos alvéolos pulmonares estará livre de eletrólitos. Por ser menos concentrada que o
sangue ela passa dos alvéolos para os vasos e dilui o sangue, causando aumento de volume do sangue e
falência cardíaca já que o coração não consegue bombear esse grande volume. Além disso a água penetra
nos glóbulos vermelhos fazendo com que estourem e liberem potássio o que causa arritmia cardíaca. Assim
a morte se dá por parada cardíaca e não por asfixia.

B. Em água salgada

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A água do mar é mais concentrada que o sangue. Essa água desloca a água do sangue para o interior dos
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alvéolos que ficam encharcados tanto pela água aspirada como pela água do sangue, levando à asfixia. Esse
é o verdadeiro afogamento. A pressão da água rompe os alvéolos e os vasos e o sangue extravasa
formando equimoses dentro dos pulmões, as chamadas manchas de Paltauf, as quais são típicas de
afogamento.

Asfixia por gases

Essa modalidade de asfixia é classificada da seguinte forma:

1) Asfixia por gases de combate

a) Lacrimogêneos

-Bromureto de benzila

- Iodureto de benzila

- Bromacetona

- Metil-etil-acetona

b) Estemutatórios

- Etil-dicloroarsina

- Difenil-cloroarsina

- Cianureto de difenil-arsina

c) Vesicantes

- Sulforeto de etila diclorado ou iperita ou gás mostarda

d) Sufocantes

- Oxicloreto de carbono

- Cloro

- Cloropiarsina

- Cloroformiato de metila

2) Asfixia por gases tóxicos

a) Vegetais

- Ácido cianídrico

b) Das habitações

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- Monóxido de carbono
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3) Asfixia por gases industriais

a) Vapores nitrosos

b) Formeno, metano, grisu ou gás dos pântanos

4) Asfixia por gases anestésicos

a) Clorofórmio

b) Éter

c) Cloreto de etila

d) Protóxido de nitrogênio

Atenção especial para a asfixia por gases tóxicos

Os mais importantes são o ácido cianídrico e o monóxido de carbono.

A) ÁCIDO CIANÍDRICO

A inalação de vapores de ácido cianídrico ou ácido prússico acarreta a morte dentro de poucos minutos até
3 horas. A vítima sente vertigens, hiperpneia, cefaleia, taquicardia, cianose, inconsciência, convulsões e
morte por asfixia.

B) MONÓXIDO DE CARBONO

O monóxido de carbono quando inalado é absorvido pelos alvéolos e reage quimicamente com a
hemoglobina do sangue formando a carboxiemoglobina (HbCO), que impede o processamento normal da
hematose, causando anoxia e não envenenamento, pois esse gás não é, em si mesmo, tóxico para as
células.

A vítima apresenta edema cerebral, cefaleia intensa, vasodilatação cutânea, zumbidos, tosse, batimentos
dolorosos nas têmporas, escotomas, náuseas, vômitos, síncope, taquisfigmia, taquipneia, debilidade
muscular e paralisia dos membros inferiores que impede a vítima de deixar o local, respiração de Cheyne-
Stokes, convulsões intermitentes, coma, podendo chegar à morte.

Caso a vítima sobreviva, apresentará sequelas psíquicas e neurológicas, amaurose, xantopsia, pneumonia
de regurgitamento, sintomas cardiovasculares, edema cerebral, entre outros.

O cadáver do intoxicado por monóxido de carbono apresentará:

a) Rigidez precoce;

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b) Face carminada;
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c) “Cianose vermelho-clara” das unhas, das mucosas e da pele;

d) Sangue fluido e rosado;

e) Manchas de hipóstase claras;

f) Pulmões rosados e, eventualmente, trombosados;

g) Edema cerebral;

h) Trombose das artérias coronárias;

i) Petéquias e infiltração perivascular, com necrose focal, no coração, no cérebro e em outros órgãos; e

j) Putrefação tardia.

Energia bioquímica

Inaninção

Inanição é o enfraquecimento orgânico e funcional decorrente da ingestão insuficiente ou da privação de


alimentos energéticos, de forma aguda na qual o indivíduo jejua durante curto tempo, ou crônica, em que
ele recebe durante meses ou anos, uma taxa calórica alimentar, qualitativa e quantitativamente, abaixo de
suas necessidades.

A inanição crônica corresponde a uma fome orgânica celular. Em seu maior grau leva a caquexia, em que
há o completo desaparecimento do panículo adiposo e, o corpo assume a aparência de pele e osso
provocada pela privação alimentar completa, espontânea ou involuntária, anorexia nervosa, doenças
consuntivas, defeitos de absorção, hemorragias crônicas.

É sintoma clínico da inanição o emagrecimento progressivo e acentuado, fazendo desaparecer o panículo


adiposo no abdome e, sucessivamente, no tórax, na bacia, nos membros e na face.

A inanição reduz o turgor (elasticidade da pele). O tono muscular reduz-se ou aumenta. Ocorrem
alterações nas funções motoras, há surgimento de halitose precoce, lentidão dos movimentos, gengiva
inchada, língua saburrosa, boca seca. Surgem vertigens e perturbações psíquicas como apatia, sonolência,
delírios, convulsões, estado comatoso e morte.

O cadáver da pessoa que sofre de inanição apresentará os seguintes sinais:

- Caquexia;

- Atrofia (principalmente do coração, rins, baço e fígado);

- Adelgaçamento das túnicas gástricas e dos intestinos;

- Atrofia muscular generalizada, com adelgaçamento dos membros contrastando com o aparente aumento
dos cotovelos e joelhos, dando a impressão de tumores ao nível dessas articulações;

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- Vesícula biliar distendida, contendo em seu interior líquido negro e espesso;
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- Edemas ora discretos, ora extensos, em alguns casos;

- Às vezes face senil, em razão do desaparecimento da bola gordurosa de Bichat.

Energia biodinâmica

Choque

É uma síndrome que se caracteriza pela impossibilidade precoce ou tardia, temporária ou definitiva do
organismo de recuperar o equilíbrio rompido por falta de adaptação, seja em razão da amplitude da
agressão, seja em razão da deficiência da resposta à agressão.

Se um indivíduo for vítima de severas agressões (hemorragias e plasmarragias copiosas, queimaduras


extensas e profundas, áreas extensas de esmagamento, compressões violentas do tórax e do crânio, infarto
do miocárdio etc.), e não houver uma resposta satisfatória do organismo ao agente agressor por falha do
mecanismo de defesa destinado a protegê-lo dos efeitos nocivos do trauma, nele se instalará a síndrome
do choque.

Diz-se que o choque é primário quando a síndrome se manifesta imediatamente e secundário quando se
manifesta após algum tempo da agressão.

Seja o choque primário ou secundário, notamos as mesmas características, quais sejam:

- Diminuição intensa do ritmo cardíaco com comprometimento da circulação;

- Aumento de atividade do simpático e da concentração de catecolaminas no sangue circulante causadora


de vasoconstrição intensa das extremidades.

- Dilatação, em geral fugaz, da microcirculação capilar, com consequente diminuição da resistência vascular
periférica, retardamento do retorno venoso ao coração, queda do ritmo cardíaco e da pressão arterial,
desencadeando o choque primário, que pode ser fatal.

- A fase de vasodilatação inicial é seguida por uma vasoconstrição generalizada.

Caso a intensidade ou a duração da agressão ultrapasse a capacidade compensatória do organismo, instala-


se o choque irreversível seguido de morte.

Classificação do choque:

- Cardiogênico;

- Obstrutivo;

- Hipovolêmico; e

- Periférico.

Exame cadavérico

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exame cadavérico será observado pelo médico legista:
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1) Congestão capilar difusa;

2) Congestão pulmonar;

3) Sufusões hemorrágicas petequiais poliviscerais, relacionadas com a atonia capilar;

4) Degeneração parenquimatosa do etômago e duodeno, devido à vasoconstrição prolongada;

5) Necrose centrolobular hepática;

6) Corticonecrose renal bilateral;

7) Poliesteatose visceral mais acentuada no fígado e no miocárdio, que se inicia 18 horas após a agressão e
aumenta durante 96 horas, entrando depois em declínio;

8) Mucose da tônica média da aorta, devido à hipoxia determinada pelo choque.

Energias de ordem mista

Fadiga

De acordo com a definição de Legrange consiste na diminuição do poder funcional dos órgãos, provocada
por um excesso de trabalho, acompanhada por uma sensação característica de mal estar.

A fadiga pode ser: crônica, aguda ou superaguda.

Na pessoa morta em decorrência da fadiga superaguda ocorre rigidez cadavérica e putrefação rápida. O
sangue negro dissemina-se em sufusões nas mucosas e víceras.

O diagnóstico de fadiga interessa especialmente à Infortunística.

Asfixia é o impedimento da hematose, ou seja da troca gasosa no nível da membrana alveolar.

Causas da asfixia

-Por constrição do pescoço

-Por sufocação

-Por mudança no meio ambiente

Asfixia por constrição do pescoço

Enforcamento (asfixia mecânica)

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- Laço com ponto fixo, p. ex. árvore, grade, barra de ferro.
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- Constrição externa pelo acionamento do laço por força do peso da vítima.

- Nó geralmente na parte posterior do pescoço.

- Lesão no pescoço: sulco oblíquo ascendente, interrompido no nó.

- Livores cadavéricos: começam a surgir a partir da 3ª hora do enforcamento. Após 6 horas já são intensos
e fixam-se.

- O sangue se deposita nas partes mais baixas do corpo.

Estrangulamento (asfixia mecânica)

- O laço atua por ação humana de terceiro.

- O sulco é transversal contínuo, apresentando a mesma profundidade em toda a volta.

Esganadura (asfixia mecânica)

- Constrição do pescoço executada pela ação das mãos, pés, joelhos...

- Sinais de estigmas ungueais por ação das unhas.

Asfixia por sufocação

OCLUSÃO DAS VIAS


AÉREAS

DIRETA SUFOCAMENTO

CONFINAMENTO

SUFOCAÇÃO
OCLUSÃO DA
LARINGE E
FARINGE

COMPRESSÃO DO
INDIRETA (MÁSCARA EQUIMÓTICA TÓRAX IMPEDINDO
DE MORESTIN) OS MOVIMENTOS
DE RESPIRAÇÃO

Asfixia por mudança do meio ambiente

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Soterramento
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- Substituição do ambiente gasoso pelo sólido. Ex.: terra, areia, grãos.

Confinamento

- Substituição da composição gasosa ocasionando a diminuição da troca de gases.

Afogamento

- Substituição do meio gasoso por meio líquido.

- Água no estômago.

- Líquido nos pulmões.

- Cogumelo de espuma.

- Manchas de Paltauf (equimose pulmonar).

DESTAQUE A LEGISLAÇÃO
↳ Art. 61, do Código Penal: Circunstâncias agravantes

São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) por motivo fútil ou torpe;

b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;

c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou


impossível a defesa do ofendido;

d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia
resultar perigo comum;

e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de


hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº
11.340, de 2006)

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g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
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h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº
10.741, de 2003)

i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;

j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular


do ofendido;

l) em estado de embriaguez preordenada.

↳ Resolução CFM 2174/17 dispõe sobre os anestésicos

Dispõe sobre a prática do ato anestésico e revoga a Resolução CFM nº 1.802/2006 .

O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de
1957 , regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958 , e pela Lei nº 11.000, de 15 de
dezembro de 2004 , e

Considerando que é dever do médico guardar absoluto respeito pela vida humana, não podendo, em
nenhuma circunstância, praticar atos que a afetem ou concorram para prejudicá-la;

Considerando que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual
deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional;

Considerando que o médico deve aprimorar e atualizar continuamente seus conhecimentos e usar o
melhor do progresso científico em benefício do paciente;

Considerando que não é permitido ao médico deixar de ministrar tratamento ou assistência ao paciente,
salvo nas condições previstas pelo Código de Ética Médica;

Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 , que dispõe
sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos
de estabelecimentos assistenciais de saúde, em especial, salas de indução e recuperação pós-anestésica;

Considerando a Portaria GM/MS nº 529/2013 , que instituiu o Programa Nacional de Segurança do


Paciente (PNSP), que tem o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os
estabelecimentos de saúde do território nacional;

Considerando a RDC nº 36/2013, da Anvisa, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de
saúde, regulamenta e coloca pontos básicos para a segurança do paciente, como Núcleos de Segurança do
Paciente, a obrigatoriedade da Notificação dos eventos adversos e a elaboração do Plano de Segurança do
Paciente;

Considerando a Resolução CFM nº 2.147/2016 , que determina que a responsabilidade pelas condições
mínimas de segurança e pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor é do diretor
técnico;

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Considerando a necessidade de observância dos critérios definidos no Parecer CFM nº 30/2016, que trata
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da monitorização da atividade elétrica do sistema nervoso central;

Considerando a necessidade de atualização e modernização da prática do ato anestésico; e

Considerando, finalmente, o decidido em sessão plenária de 14 de dezembro de 2017;

Resolve:

Art. 1º Determinar aos médicos anestesistas que:

I - Antes da realização de qualquer anestesia, exceto nas situações de urgência e emergência, é


indispensável conhecer, com a devida antecedência, as condições clínicas do paciente, cabendo ao médico
anestesista decidir sobre a realização ou não do ato anestésico.

a) Para os procedimentos eletivos, recomenda-se que a consulta pré-anestésica do paciente seja realizada
em consultório médico, antes da admissão na unidade hospitalar, sendo que nesta ocasião o médico
anestesista poderá solicitar exames complementares e/ou avaliação por outros especialistas, desde que
baseado na condição clínica do paciente e no procedimento proposto.

b) Não sendo possível a realização da consulta préanestésica, o médico anestesista deve proceder à
avaliação préanestésica do paciente, antes da sua admissão no centro cirúrgico, podendo nesta ocasião
solicitar exames complementares e/ou avaliação por outros especialistas, desde que baseado na condição
clínica do paciente e no procedimento proposto.

c) O médico anestesista que realizar a consulta préanestésica ou a avaliação pré-anestésica poderá não ser
o mesmo que administrará a anestesia.

II - Para conduzir as anestesias gerais ou regionais com segurança, o médico anestesista deve permanecer
dentro da sala do procedimento, mantendo vigilância permanente, assistindo o paciente até o término do
ato anestésico.

III - A documentação mínima dos procedimentos anestésicos deverá incluir obrigatoriamente informações
relativas à avaliação e prescrição pré-anestésicas, evolução clínica e tratamento intra e pósanestésico
(ANEXOS I, II, III e IV).

IV - É vedada a realização de anestesias simultâneas em pacientes distintos, pelo mesmo profissional ao


mesmo tempo.

V - Para a prática da anestesia, deve o médico anestesista responsável avaliar e definir previamente, na
forma prevista no artigo 2º, o risco do procedimento cirúrgico, o risco do paciente e as condições de
segurança do ambiente cirúrgico e da sala de recuperação pós-anestésica, sendo sua incumbência
certificar-se da existência das condições mínimas de segurança antes da realização do ato anestésico,
comunicando qualquer irregularidade ao diretor técnico da instituição e, quando necessário, à Comissão de
Ética Médica ou ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

VI - Caso o médico anestesista responsável verifique não existirem as condições mínimas de segurança para
a prática do ato anestésico, pode ele suspender a realização do procedimento até que tais inconformidades
sejam sanadas, salvo em casos de urgência ou emergência nos quais o atraso no procedimento acarretará
em maiores riscos ao paciente do que a realização do ato anestésico em condições não satisfatórias. Em

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qualquer uma destas situações, deverá o médico anestesista responsável registrar no prontuário médico e
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informar o ocorrido por escrito ao diretor técnico da instituição e, se necessário, à Comissão de Ética
Médica ou ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

Art. 2º É responsabilidade do diretor técnico da instituição, nos termos da Resolução CFM nº 2.147/2016 ,
assegurar as condições mínimas para a realização da anestesia com segurança, as quais devem ser
definidas previamente entre: o médico anestesista responsável, o serviço de anestesia e o diretor técnico
da instituição hospitalar, com observância das exigências previstas no artigo 3º da presente Resolução

Art. 3º Entende-se por condições mínimas de segurança para a prática da anestesia a disponibilidade de:

I - Monitorização do paciente, incluindo:

a) Determinação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos;

b) Determinação contínua do ritmo cardíaco por meio de cardioscopia; e

c) Determinação da temperatura e dos meios para assegurar a normotermia, em procedimentos com


duração superior a 60 (sessenta) minutos e, nas condições de alto risco, independentemente do tempo do
procedimento (prematuros, recém-nascidos, história anterior ou risco de hipertermia maligna e síndromes
neurolépticas).

II - Monitorização contínua da saturação da hemoglobina por meio de oximetria de pulso;

III - Monitorização contínua da ventilação, incluindo os teores de gás carbônico exalados, monitorados por
capnógrafo, nas seguintes situações: anestesia sob via aérea artificial (como intubação traqueal, brônquica
ou dispositivo supraglótico) e/ou ventilação artificial e/ou exposição a agentes capazes de desencadear
hipertermia maligna; e

IV - Equipamentos obrigatórios (ANEXO VI), instrumental e materiais (ANEXO VIII) e fármacos (ANEXO IX)
que permitam a realização de qualquer ato anestésico com segurança, assim como a realização de
procedimentos técnicos da equipe voltados à reanimação cardiorrespiratória.

Art. 4º Diante da necessidade de implementação de medidas preventivas voltadas à redução de riscos e ao


aumento da segurança do ato anestésico, recomenda-se aos médicos anestesistas observar os critérios
clínicos de gravidade:

a) da monitorização do bloqueio neuromuscular, para pacientes submetidos a anestesia geral, com uso de
bloqueadores neuromusculares;

b) da monitorização da profundidade da anestesia, com o uso de monitores da atividade elétrica do


sistema nervoso central, em pacientes definidos no Parecer CFM nº 30/2016;

c) da monitorização hemodinâmica avançada (pressão arterial invasiva, pressão venosa central e/ou
monitorização do débito cardíaco) para pacientes de alto risco em procedimentos cirúrgicos de grande
porte, e para pacientes de risco intermediário (conforme definido no ANEXO V) em procedimentos
cirúrgicos e/ou intervencionistas de grande e médio porte;

d) do uso de monitores dos gases anestésicos (ar comprimido, óxido nitroso e agentes halogenados);

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e) da utilização da ecocardiografia no período intraoperatório com o objetivo terapêutico hemodinâmico; e
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f) dos equipamentos previstos no ANEXO VII.

Art. 5º Considerando a necessidade de implementação de medidas preventivas voltadas à redução de


riscos e ao aumento da segurança sobre a prática do ato anestésico, recomenda-se que:

a) a sedação/analgesia seja realizada por médicos, preferencialmente anestesistas, ficando o


acompanhamento do paciente a cargo do médico que não esteja realizando o procedimento que exige
sedação/analgesia;

b) os hospitais garantam aos médicos anestesistas carga horária compatível com as exigências legais
vigentes, bem como profissionais anestesistas suficientes para o atendimento da integralidade dos
pacientes dos centros cirúrgicos e áreas remotas ao centro cirúrgico;

c) os hospitais mantenham um médico anestesista nas salas de recuperação pós-anestésica para cuidado e
supervisão dos pacientes;

d) o Registro dos Eventos Adversos em Anestesia, alinhado com o Programa Nacional de Segurança do
Paciente, estruturado nos Comitês de Segurança institucionais, seja implementado junto com a Análise
Periódica dos Eventos Adversos, na forma determinada pela RDC nº 36/2013, da Anvisa;

e) nas instituições hospitalares, os serviços ou departamentos de anestesia estruturem um Protocolo de


Cuidado voltado tanto à prevenção quanto ao atendimento dos Eventos Adversos em Anestesia;

f) nas instituições de saúde onde se realizem procedimentos sob cuidados anestésicos, a implementação de
um sistema de checagem de situações de risco para a anestesia; e

g) a organização e treinamento de situações críticas em anestesia, com ênfase na via aérea difícil e em
eventos graves e de alto risco.

Art. 6º Após a anestesia, o paciente deverá ser removido para a sala de recuperação pós-anestésica (SRPA)
ou para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), conforme o caso, sendo necessário um médico responsável
para cada um dos setores (a presença de médico anestesista na SRPA).

Art. 7º Nos casos em que o paciente for encaminhado para a SRPA, o médico anestesista responsável pelo
procedimento anestésico deverá acompanhar o transporte.

§ 1º Existindo médico plantonista responsável pelo atendimento dos pacientes em recuperação na SRPA, o
médico anestesista responsável pelo procedimento anestésico transferirá ao plantonista a
responsabilidade pelo atendimento e continuidade dos cuidados até a plena recuperação anestésica do
paciente.

§ 2º Não existindo médico plantonista na SRPA, caberá ao médico anestesista responsável pelo
procedimento anestésico o pronto atendimento ao paciente.

§ 3º Enquanto aguarda a remoção, o paciente deverá permanecer no local onde foi realizado o
procedimento anestésico, sob a atenção do médico anestesista responsável pelo procedimento.

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§ 4º É incumbência do médico anestesista responsável pelo procedimento anestésico registrar na ficha
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anestésica todas as informações relevantes para a continuidade do atendimento do paciente na SRPA
(ANEXOS III) pela equipe de cuidados, composta por enfermagem e médico plantonista alocados em
número adequado.

§ 5º A alta da SRPA é de responsabilidade exclusiva de um médico anestesista ou do plantonista da SRPA.

§ 6º Na SRPA, desde a admissão até o momento da alta, os pacientes permanecerão monitorizados e


avaliados clinicamente, na forma do ANEXO IV, quanto:

a) à circulação, incluindo aferição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e determinação contínua
do ritmo cardíaco por meio da cardioscopia;

b) à respiração, incluindo determinação contínua da saturação periférica da hemoglobina;

c) ao estado de consciência;

d) à intensidade da dor;

e) ao movimento de membros inferiores e superiores pósanestesia regional;

f) ao controle da temperatura corporal e dos meios para assegurar a normotermia; e

g) ao controle de náuseas e vômitos.

Art. 8º Nos casos em que o paciente for removido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), o médico
anestesista responsável pelo procedimento anestésico deverá acompanhar o transporte do paciente até o
CTI, transferindo-o aos cuidados do médico plantonista.

§ 1º É responsabilidade do médico anestesista responsável pelo procedimento anestésico registrar na ficha


anestésica todas as informações relevantes para a continuidade do atendimento do paciente pelo médico
plantonista do CTI (ANEXO III).

§ 2º Enquanto aguarda a remoção, o paciente deverá permanecer no local onde foi realizado o
procedimento anestésico, sob a atenção do médico anestesista responsável.

Art. 9º Os anexos e as listas de equipamentos, instrumentais, materiais e fármacos que obrigatoriamente


devem estar disponíveis no ambiente onde se realiza qualquer anestesia e que integram esta resolução
serão periodicamente revisados, podendo ser incluídos itens adicionais indicados para situações
específicas.

Art. 10. Revogam-se todas as disposições em contrário, em especial a Resolução CFM nº 1.802 publicada
em 1º de novembro de 2006 .

Art. 11. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

MAURO LUIZ DE BRITTO RIBEIRO

Presidente do Conselho Em exercícioHENRIQUE BATISTA E SILVA

Secretário-Geral

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ANEXO I CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
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O médico anestesista deve obter o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido específico para a
anestesia, contendo informações e esclarecimentos acerca das técnicas de anestesia, vantagens e
desvantagens e riscos associados, fazendo-o em linguagem clara e acessível aos pacientes. Deverão existir
no Termo de Consentimento campos específicos para assinatura do paciente ou responsável, data do
consentimento, assinatura e nome legível do médico anestesista.

ANEXO II

A documentação da anestesia no pré-operatório deve conter:

1. Estratificação do risco do paciente.

2. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, podendo não fazer parte da documentação em situações
de urgência/emergência.

3. Ficha de consulta e/ou avaliação pré-anestésica, que deverá compreender as seguintes informações:

a) identificação do médico anestesista (responsável pela avaliação);

b) identificação do paciente e data da avaliação;

c) intervenção cirúrgica ou procedimento proposto;

d) dados antropométricos: altura, peso, Índice de Massa Corpórea (IMC);

e) antecedentes pessoais e familiares;

f) exame físico, incluindo avaliação das vias aéreas (abertura de boca e mandíbula, classificação de
Mallampati, mobilidade atlanto-occipital, distância tireomentoniana, condições dentárias, prótese
dentária, circunferência cervical);

g) tempo de jejum, que deverá observar as seguintes recomendações:

- Líquidos claros sem resíduos (água, chá): 2 horas

- Leite materno: 4 horas

- Leite não humano ou fórmula: 6 horas

- Refeições leves: 6 horas

- Dieta geral: 8 horas

h) sinais vitais, incluindo: pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura, frequência respiratória, escala
de dor (adultos de 0 - 10; e crianças - faces de dor).

i) diagnóstico cirúrgico e doenças associadas;

j) tratamento (incluindo fármacos de uso atual ou recente);

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k) Aula 04
história clínica de alergias/história familiar de efeitos adversos em anestesia (ênfase em alergia a
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fármacos e látex) e hipertemia;

l) hábitos: tabagismo (número de carteiras ou cigarros/dia e tempo de tabagismo), etilismo (frequência e


quantidade/tempo), entre outros;

m) resultados dos exames complementares eventualmente solicitados e opinião de outros especialistas, se


for o caso;

n) estado físico - avaliação dos sistemas: cardiovascular, respiratório e outros sistemas com alterações
clinicas relevantes; e

o) prescrição de medicação pré-anestésica, quando indicada.

ANEXO III

A documentação da anestesia no intraoperatório deve incluir, mas não se limitar à ficha de anestesia com
as seguintes informações:

a) identificação do(s) anestesista(s) responsável(is) e, se for o caso, registro do momento de transferência


de responsabilidade durante o procedimento;

b) identificação do paciente;

c) horários de início e término do procedimento anestésico e cirúrgico;

d) técnica de anestesia empregada;

e) indicação dos equipamentos de monitorização utilizados e anotação dos resultados aferidos pela
monitorização;

f) registro numérico a intervalos não superiores a:

1. 10 (dez) minutos: da saturação da hemoglobina, gás carbônico expirado final (nas situações onde foi
utilizado), pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura e monitorização da profundidade anestésica
com monitores de atividade elétrica do sistema nervoso central; e

2. 15 (quinze) minutos: da monitorização invasiva (pressão arterial média - PAM, pressão venosa central -
PVC, índice cardíaco - IC, volume sistólico - VS, parâmetros dinâmicos de responsividade a volume (variação
do volume sistólico - VVS, delta de variação da pressão do pulso - DeltaPP) ou outros dados
hemodinâmicos.

g) soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e dose); e

h) descrição sucinta de intercorrências e eventos adversos associados ou não à anestesia e das condutas
implementadas para solucioná-los.

ANEXO IV

A documentação da anestesia no pós-operatório deve incluir, mas não se limitar à ficha de recuperação
pós-anestésica, que deverá conter as seguintes informações:

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a) Aula 04
identificação do(s) anestesiologista(s) responsável(is) e, se for o caso, registro do momento de
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transferência de responsabilidade na admissão do paciente na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA);

b) identificação do paciente;

c) momentos da admissão e da alta;

d) recursos de monitorização adotados, sob prescrição do médico anestesista, respeitada a monitorização


mínima prevista no § 6º do artigo 7º desta Resolução;

e) registro da consciência, pressão arterial, frequência cardíaca, saturação periférica de oxigênio da


hemoglobina, temperatura, atividade motora e intensidade da dor a intervalos não superiores a 15 (quinze)
minutos na primeira hora de recuperação;

f) registro de outros parâmetros, por prescrição e orientação do médico anestesista

g) soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e dose), sob prescrição do médico
anestesista; e

h) descrição da conduta do médico anestesista e de intercorrências e eventos adversos, associados ou não


à anestesia, que tenham ocorrido na sala de recuperação pós-anestésica.

ANEXO V

Estratificação do risco do procedimento cirúrgico (porte) e do paciente (antecedentes clínicos)

A identificação do risco cirúrgico do paciente tem, entre outros, o objetivo de estabelecer um adequado
planejamento do cuidado anestésico e cirúrgico com o objetivo de redução de morbimortalidade.

Estratificação dos procedimentos cirúrgicos em categorias de pequeno, médio e grande porte - exemplos
de situações cirúrgicas.

Associar ao risco do paciente.

Baixo risco ( < 1%) Risco intermedirio (1 - 5%) Alto risco ( > 5%)

Pequeno porte Médio porte Grande porte

Mama Abdominal Cirurgia a rtica de emergência

Dental Carótida Intestino grosso - urgência ou emergência, grandes cirurgia do aparelho digestivo*

Endócrina Reparo de aneurisma endovascular ou angioplastia arterial periférica Procedimentos


gerais abdominais de grande porte em pacientes com mais de 69 anos*

Oftalmica Cirurgia de cabe a e pesco o Cirurgia vascular abdominal eletiva

Ginecológica Neurocirúrgicas - principais Cirurgia arterial dos membros inferiores

Reconstrutiva Ortop dicas - principalmente (quadril e coluna vertebral) Revisões complexas de quadril ou
joelho

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Ortopédica-menor (cirurgia no joelho) Transplante renal Fraturas de pesco o ou fêmur em
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pacientes com mais de 69 anos*

Urológica-menor Urológicas de maior porte - cistectomias, grandes ressec es urológicas Esôfago,


procedimentos complexos

Estômago, duodeno, procedimentos complexos

Transplante de fígado

# Risco de infarto do miocárdio e/ou morte dentro de 30 dias após a cirurgia *ou com condições clínicas
descompensadas J. Renner et al./Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology 30 (2016) 201e216

Importante ressaltar que os transplantes de alta complexidade devem ser estratificados como de alto risco.

O porte da cirurgia deverá ser sempre associado aos critérios clínicos.

Escore de risco do paciente: alto, intermediário ou baixo.

Alto: 3 (três) ou mais critérios maiores ou 4 (quatro) ou mais critérios menores;

Intermediário: 2 (dois) critérios maiores ou 3 (três) critérios menores;

Baixo: que não se enquadrem nas condições acima.

Critérios maiores:

1. Idade superior a 70 anos, com doença crônica descompensada.

2. Doença cardiovascular, cerebrovascular ou respiratória grave descompensada.

3. Doença vascular grave ou doença neurológica crônica descompensada.

4. Abdome agudo descompensado.

5. Previsão ou estimativa de grandes perdas sanguíneas (maior que 20% da volemia ou maior de 1000 ml
no adulto; e maior que 7 ml.kg-1 ou maior que 10% da volemia na criança).

6. Choque de qualquer etiologia.

7. Insuficiência respiratória.

8. Insuficiência renal, aguda ou crônica descompensada.

9. Cirurgia oncológica extensa.

10. Insuficiência hepática descompensada.

11. Cirurgia de urgência ou emergência.

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Critérios menores:
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1. História de doença cardiovascular, cerebrovascular ou respiratória grave compensada.

2. Insuficiência renal crônica dialítica compensada.

3. Diabetes mellitus, insulinodependente.

4. Síndrome da apneia obstrutiva do sono grave.

5. Obesidade em grau maior ou igual a II (IMC maior ou igual a 35 kg.m-2).

ANEXO VI

Equipamentos obrigatórios para a administração da anestesia e suporte cardiorrespiratório

1. Cada sala onde se administra anestesia deverá conter equipamentos para monitorização mínima:
determinação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, determinação contínua do ritmo cardíaco
por meio de cardioscopia, monitorização contínua da saturação da hemoglobina por meio de oximetria de
pulso e monitorização contínua da ventilação, incluindo os teores de gás carbônico exalados, monitorados
por capnógrafo nas situações em que for realizada anestesia geral sob via aérea artificial

- seção de fluxo contínuo de gases, sistema respiratório e ventilatório completo (aparelho de anestesia) e
sistema de aspiração.

2. Na unidade onde se administra anestesia: desfibrilador/cardioversor, recomendando-se disponibilização


de marca-passo transcutâneo. Nos equipamentos de desfibrilação e cardioversão que não possuam marca-
passo transcutâneo, recomendase a disponibilização do marca-passo transvenoso (incluindo gerador e
cabos), sendo necessário o recurso de equipamentos de imagem.

3. Na unidade onde se administra anestesia: equipamentos que permitam a monitorização da temperatura


e meios para manutenção da normotermia, com a finalidade de controle da temperatura (acima de 36ºC).

4. Recomenda-se a existência de equipamentos com sistemas automáticos de infusão para administração


contínua de fármacos vasoativos e anestesia intravenosa contínua.

5. Para as situações de via aérea difícil previstas é obrigatória a disponibilidade de máscara laríngea, guia
bougie e atomizador para anestesia tópica.

6. Dispositivo para cricotireotomia.

ANEXO VII

Equipamentos recomendados para a administração da anestesia e suporte cardiorrespiratório para


pacientes submetidos à anestesia

1. Para a realização de acesso venoso central e arterial e de anestesia regional, recomenda-se o uso de
equipamentos de ultrassonografia.

2. Nas situações de via aérea difícil, o recurso do fibroscópio para intubação traqueal e videolaringoscópio.

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3. Aula
Nos 04
casos com uso de bloqueador neuromuscular, é recomendada a utilização de equipamentos que
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permitam a monitorização da junção neuromuscular.

4. Para a monitorização hemodinâmica e/ou tomada de decisão clínica ou terapêutica, a utilização do


ecocardiograma.

ANEXO VIII

Instrumentos e materiais

1. Máscaras faciais.

2. Cânulas orofaríngeas.

3. Dispositivos supraglóticos e/ou máscaras laríngeas.

4. Tubos traqueais e conectores.

5. Estilete maleável tipo bougie.

6. Seringas, agulhas e catéteres venosos descartáveis.

7. Laringoscópio (cabos e lâminas).

8. Guia para tubo traqueal e pinça condutora (Magill).

9. Dispositivo para cricotireotomia.

10. Seringas, agulhas e catéteres descartáveis, específicos para os diversos bloqueios anestésicos
neuroaxiais e periféricos.

ANEXO IX

Fármacos

1. Fármacos usados em anestesia (incluindo, mas não se limitandoa): anestésicos locais, hipnoindutores,
bloqueadores neuromusculares e seus antagonistas (por competição e específicos), anestésicos inalatórios
e dantrolene sódico, opioides e seus antagonistas, antieméticos, analgésicos não opioides e adjuvantes,
corticosteroides, inibidores H2, sulfato de efedrina/fenilefrina e metaraminol, vasopressina,
broncodilatadores, gluconato/cloreto de cálcio.

2. Agentes destinados à ressuscitação cardiopulmonar e pósressuscitação (incluindo, mas não se


limitandoa): adrenalina, atropina, amiodarona, sulfato de magnésio, dopamina, dobutamina,
noradrenalina, adenosina, lidocaína, cloreto de potássio, nitroprussiato de sódio, nitroglicerina,
furosemida, Beta-bloqueadores de curta duração (esmolol, metoprolol), bicarbonato de sódio, soluções
para hidratação e expansores plasmáticos (fluidos cristaloides e coloides) sintéticos e naturais.

↳ Art. 51 do Código de Ética Médica

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Art.Aula
51 04
- Alimentar compulsoriamente qualquer pessoa em greve de fome que for considerada capaz, física
1503976
e mentalmente, de fazer juízo perfeito das possíveis conseq ncias de sua atitude. Em tais casos, deve o
médico faz -la ciente das prováveis complicaç es do jejum prolongado e, na hip tese de perigo de vida
iminente, tratá-la.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Guerreiros,

Chegamos ao fim do conteúdo de hoje.

Espero que você esteja se situando na disciplina de Medicina Legal. A assimilação de conteúdo e
familiarização com os temas são de grande relevância para o seu concurso, por isso, não deixe de revisão e
resolver as questões sempre que puder.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso,
por e-mail e, inclusive, pelo Instagram.

Aguardo vocês na próxima aula. Até lá!

Paulo Bilynskyj

E-mail: pbilynskyj@gmail.com
Instagram: @paulobilynskyj
Youtube: Projeto Policial
Facebook: Paulo Bilynskyj

QUESTÕES COMENTADAS

1. ( VUNESP – MÉDICO LEGISTA – PC/SP – 2014) São características do sulco cervical nas asfixias
por enforcamento e estrangulamento, respectivamente:

a) Geralmente único / frequentemente múltiplo.


b) Raramente apergaminhado / frequentemente apergaminhado.

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c) Horizontal / oblíquo.
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d) Contínuo / descontínuo.
e) Abaixo da cartilagem tireoide / acima da cartilagem tireoide.

Comentários

No enforcamento o sulco em geral é único, descontínuo e desigual em profundidade, oblíquo ascendente,


tumefeito (inchado) e violáceo, situado comumente por cima da laringe, escoriando ou lesando a pele. No
estrangulamento o sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo e, mais
frequentemente, múltiplo, contínuo e de profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e leito
deprimido pergaminhado, é tipicamente horizontalizado, podendo, porém, excepcionalmente, ser
ascendente quando o laço foi tracionado pelo agente por detrás e para cima.

Gabarito: Alternativa A

2. (VUNESP – MÉDICO LEGISTA – PC/SP – 2014) Além do osso hioide, outras estruturas comumente
passíveis de lesão nas asfixias por constrição do pescoço são:

a. Cartilagem cricoide, artérias carótidas, veias jugulares, artérias vertebrais e mandíbula.


b. Cartilagem tireoide, cartilagem cricoide, vértebras cervicais e traqueia.
c. Cartilagem tireoide, artérias carótidas, veias jugulares, artérias vertebrais e vértebras cervicais.
d. Artérias carótidas, veias jugulares, cartilagem tireoide e mastoide.
e. Arartérias carótidas, veias jugulares, mandíbula e fúrcula esternal.

Comentários

Existem muitas lesões mas as mais comuns são: infiltrações sanguíneas dos músculos cervicais; fratura do
osso hioide; fraturas das apófises superiores da cartilagem tireoide; fratura do corpo da cartilagem
tireoide; fratura do corpo da cartilagem cricoide; seção transversal da túnica íntima da carótida comum,
próxima à sua bifurcação; sufusão hemorrágica da túnica adventícia; ruptura da bainha mielínica do vago;
luxação da segunda vértebra cervical; equimoses retrofaringeanas e gotas de gordura emulsionadas pelo
líquido tissular na tela adiposa subcutânea comprometimento intenso das artérias do pescoço e mais
completamente as jugulares.

Gabarito: Alternativa C

3. (FUNCAB – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/RO – 2014) Um indivíduo civil pulou o muro de um


quartel do Exército por volta das 2h00min razão por que foi detido para averiguações. Durante a
troca matutina da guarda, às 7h00min do mesmo dia, ele foi encontrado morto, no interior da
cela, parcialmente suspenso pelo pescoço, na grade da porta, por uma tira de lona retirada do
colchão, amarrada com nó fixo em volta única. Instaurou-se, então, um inquérito Policial Militar
para apurar a causa e as circunstâncias dessa morte. A necropsia constatou livores de hipóstase

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da cintura para baixo, sulco único cervical, de disposição oblíqua e ascendente, com fundo
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pergaminhado, de profundidade desigual e interrupção ao nível da nuca, associado à ausência de
lesões internas no pescoço e sinais gerais de asfixia. Com base na prova técnica elaborada pelo
perito legista, assinale a opção que apresenta a melhor hipótese para o caso acima descrito.

a. Estrangulamento típico.
b. Enforcamento completo atípico.
c. Enforcamento incompleto típico.
d. Sufocação por esganadura.
e. Estrangulamento atípico.

Comentários

A asfixia por enforcamento com suspensão atípica ou incompleta caracteriza-se por uma constrição no
pescoço por um laço que tem a extremidade fixa em um ponto que é acionado pelo peso do corpo. Nesses
casos o corpo fica parcialmente suspenso, tocando o chão com alguma de suas partes.

Gabarito: Alternativa C

4. (FUNCAB – PERITO MÉDICO LEGAL – POLITEC/MT – 2013) Assinale a opção que apresenta uma
característica típica do sulco no pescoço em casos de estrangulamento.

a. Interrompido ao nível do nó.


b. Fundo pergaminhado.
c. Geralmente único.
d. Profundidade uniforme.
e. Disposição oblíqua e ascendente.

Comentários

No estrangulamento o sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo e, mais
frequentemente, múltiplo, contínuo e de profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e
leito deprimido pergaminhado, é tipicamente horizontalizado, podendo, porém, excepcionalmente, ser
ascendente quando o laço foi tracionado pelo agente por detrás e para cima.

Gabarito: Alternativa D

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5. (VUNESP – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/CE – 2015) Adolescente de 15 anos é avaliado em uma
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perícia. Ele apresentava: (a) dificuldade na fala, rouquidão e relatava dor na região cervical e na
face; (b) edema e equimose de coloração vermelho-violácea na região periorbitária direita e
esquerda; (c) hemorragia conjuntival e petéquias na pálpebra inferior de ambos os olhos; (d)
escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração avermelhada, medindo 0,4 cm de largura,
localizada abaixo da tireoide, estendendo-se pela circunferência do pescoço e interrompendo-se
em sua região lateral esquerda.

a. A perícia descrita mais provavelmente sugere


b. Estrangulamento por tentativa de homicídio.
c. Edema e equimose observados na região periorbitária, como consequências da asfixia.
d. Enforcamento por tentativa de suicídio.
e. Que o evento ou dano ocorreu muito recentemente, provavelmente, em menos de 2 horas.
f. Graves consequências clínicas secundárias à asfixia por inalante, por exemplo, monóxido de
carbono ou cianeto.

Comentários

Se não houver sucesso no estrangulamento é possível que a vítima apresente amnésia, confusão mental,
agitação, angústia, convulsões, dificuldade na fala, rouquidão, edema e equimose de coloração
vermelho-violácea na região periorbitária direita e esquerda, hemorragia conjuntival e petéqu ias na
pálpebra inferior de ambos os olhos; escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração
avermelhada, localizada abaixo da tireoide, dor cervical, dispneia e disfagia, espuma sanguinolenta bucal
e relaxamento dos esfíncteres.

Gabarito: Alternativa A

6. (UEG – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/GO – 2013) Com relação às asfixias, tem-se o seguinte:

a. Esganadura tem origem homicida, sendo rara sua forma acidental.


b. O sulco comumente encontrado nos enforcados e estrangulados é produzido por um instrumento
corto- contundente.
c. Soterramento é um tipo de asfixia em que ocorre a substituição do meio aéreo por terra.
d. Estrangulamento braquial é forma comum de asfixia em suicídios e requer desproporção de forças.

Comentários

Consiste na asfixia mecânica por constrição anterolateral do pescoço, impeditiva da passagem do ar


atmosférico pelas vias aéreas, promovida diretamente pela mão do agente. Forma homicida de asfixia,
exige, para sua execução, superioridade de forças, ou que a vítima não possa, por qualquer motivo, opor
resistência.

Gabarito: Alternativa A

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7. (FDRH – AUXILIAR DE PERÍCIA – IGP/RS – 2008) Analise o seguinte caso:

Cadáver encontrado no interior de uma cela de um presídio, suspenso em uma corda, apresentando no
pescoço um sulco de profundidade desigual, interrompido na região occipital, oblíquo e ascendente. A
inspeção interna demonstra lesões internas em artérias carótidas, com infiltrado sangüíneo em planos
musculares do pescoço, sem outros sinais significativos no exame das cavidades, afora os achados de
asfixia mecânica

a. A causa provável da morte foi estrangulamento.


b. Esganadura.
c. Sufocação.
d. Enforcamento.
e. Asfixia por monóxido de carbono.

Comentários

No enforcamento o sulco é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireóidea,
mais profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do nó, e pergaminhado.

Gabarito: Alternativa D

8. (FUNCAB – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/RO – 2009) Assinale a afirmativa INCORRETA com


respeito às asfixias.

a. Por constrição do pescoço pelas mãos: estrangulamento.


b. Em ambientes por gases irrespiráveis: confinamento, asfixia por monóxido de carbono e asfixia por
outros vícios de ambiente.
c. Por constrição passiva do pescoço, exercida pelo peso do corpo: enforcamento.
d. Por obstrução dos orifícios ou condutos respiratórios: sufocações diretas ou indiretas.
e. Por transformação do meio gasoso em meio líquido: afogamento.

Comentários

Constrição do pescoço pelas mãos: esganadura.

Gabarito: Alternativa A

9. (FGV – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/MA – 2012) Na sufocação indireta por compressão torácica, a
vítima asfixia-se pela restrição aos movimentos de inspiração e expiração.

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a. O achado de necropsia típico desta modalidade de asfixia caracteriza-se por
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b. Rotura das camadas interna e externa das artérias carótidas.
c. Fratura do osso hioide.
d. Petéquias subpleurais e subepicárdicas.
e. Máscara equimótica ou equimose cérvico-facial.
f. Cogumelo de espuma eliminado pelos orifícios da face.

Comentários

É possível que em caso de sufocação indireta não se tenham sinais de asfixia, porém quando presentes,
podemos notar a máscara equimótica de Morestin ou cianose cérvico-facial de Le Dentut, ocasionada pela
estase venosa da veia cava superior consequente à compressão torácica.

Gabarito: Alternativa D

10. CESPE – PERITO MÉDICO LEGAL – SEGESP/AL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.

Considerando-se que, durante uma perícia médico-legal, tenha sido verificado, no corpo de uma mulher
morta, sulco único com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do pescoço, é correto afirmar que
a vítima sofreu asfixia por estrangulamento.

a. Certo
b. errado

Comentários

Para responder à essa questão temos que ter em mente as diferenças entre os sulcos do estrangulamento
e do enforcamento:

a) no estrangulamento o sulco é horizontal e, nos raros casos de suicídio, descendente ou ascendente,


múltiplo, contínuo e uniforme, em toda a periferia do pescoço, e pergaminhado;

b) no enforcamento é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireoidea, mais
profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do nó, e pergaminhado.

Assim no presente caso a alternativa está errada já que a descrição refere-se a uma vítima de
enforcamento.

Gabarito: Alternativa: ERRADO

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LISTA DE QUESTÕES 1503976

1. (INSTITUTO ACESSO/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) Considerando a fisiopatologia das asfixias, é


possível determinar um cronograma estabelecendo suas diversas fases com o aparecimento das
manifestações clínicas. Referente ao exposto, assinale a alternativa correta.
a. A 1ª fase é conhecida como fase de excitação cortical e medular.
b. Na 2ª fase, aparecem enjôos, lipotimias e vertigens.
c. A 3ª fase se caracteriza pela lentidão e superficialidade dos movimentos respiratórios.
d. A 4ª fase é conhecida como fase respiratória.
e. Na 3ª fase, os batimentos do coração são lentos e arrítmicos.

2. (INSTITUTO AOCP/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) Em relação às asfixias, é correto afirmar que
a. são causadas por energias de ordem mecânica.
b. o enforcamento é causado por força constritiva ativa.
c. o estrangulamento é causado por força constritiva passiva.
d. a esganadura é causada por sufocação.
e. a sufocação indireta é causada pela compressão do tórax.

3. (MPE/PR PROMOTOR SUBSTITUTO – 2019) Relativamente à morte causada por asfixia, suas
modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta:
a. São sinais internos observados em todas as necropsias: sangue fluído de cor escura, congestão
polivisceral, equimoses viscerais com forma de petéquias, mais frequentes nas regiões subpleural,
subcárdica e subepicárdia.
b. Estrangulamento é a contrição cervical realizada diretamente por qualquer parte do corpo do
agressor, como mãos, pernas, braços.
c. Esganadura caracteriza-se pela constrição do pescoço por laço acionado por força mecânica ativa,
como o garrote.
d. A presença de sulco horizontalizado, contínuo, com profundidade uniforme pode indicar
enforcamento.
e. A presença de sulco único, oblíquo e ascendente, com profundidade desigual pode indicar
enforcamento.

4. (FUMARC/MG ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – 2018) Em relação à máscara equimótica de Morestin,


NÃO é correto afirmar que:
a. aparece frequente na compressão torácica.
b. é conhecida por cianose cervicofacial de Le Dentut.
c. ocorre na asfixia por monóxido de carbono, a qual é tipicamente azulada.
d. pode ser encontrada na asfixia mecânica.

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5. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2018) No que se refere à medicina legal,
1503976
julgue o item que segue.

Caso uma pessoa seja encontrada morta, pendurada por uma corda envolta em seu pescoço, mas com os
joelhos semifletidos e os pés tocando o chão, deve-se excluir a hipótese de suicídio por enforcamento.

a. Certo
b. Errado

6. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2018) No que se refere à medicina legal,
julgue o item que segue.

O sinal de Amussat, que corresponde a lesão na túnica íntima da artéria carótida, é mais comum no
enforcamento do que na esganadura.

a. Certo
b. Errado

7. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2018) Com referência à classificação dos
agentes vulnerantes, julgue o item a seguir.

Uma lesão com secção da artéria carótida comum esquerda, em alguns casos, pode ser denominada de
esgorjamento, independentemente de ter sido produzida por ação cortante ou cortocontundente.

a. Certo
b. Errado

8. (FCC/MPE-PB PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO – 2018) A asfixia mecânica que se caracteriza


pela interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias, em decorrência da constrição do
pescoço por um laço fixo, agindo o peso do próprio corpo da vítima como força ativa, deve ser
classificada como
a. esganadura.
b. estrangulamento.
c. enforcamento.
d. confinamento.
e. soterramento.

9. (UEG/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2018) As asfixias mecânicas se enquadram na categoria dos


traumas de natureza fisicoquímica. Nos casos das constrições cervicais – enforcamento,
estrangulamento e esganadura – as asfixias demonstram sinais característicos que as diferenciam
entre si. Nesse sentido, verifica-se o seguinte:

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a. num enforcamento, diferentemente de um estrangulamento, é possível reconhecer o material
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empregado no laço, a partir da marca deixada na pele.
b. a esganadura só ocorre na forma dolosa, uma vez que as formas acidental e culposa são afastadas
pelo mecanismo de ação empregado.
c. nos estrangulamentos, os sinais são constituídos de equimose facial associada a marcas ungueais,
os quais permitem a identificação do agressor.
d. uma suspensão incompleta, num caso de enforcamento, aponta, direta e inquestionavelmente,
para um homicídio por execução da vítima.
e. dentre as asfixias por constrição cervical, a mais rápida delas em termos de ocorrência da morte é
representada pelo estrangulamento.

10. (VUNESP/SP DELEGADO DE POLÍCIA – 2018) Com relação à traumatologia médico-legal, a


diferença conceitual entre degola (decapitação) e esgorjamento reside
a. na separação total da cabeça do restante do corpo na degola, sendo a lesão sempre profunda.
b. no instrumento utilizado, sendo cortante na degola e cortante e contundente no esgorjamento.
c. no instrumento utilizado. Cortante na decapitação e contundente no esgorjamento.
d. na localização da lesão, sendo a degola posterior ao pescoço e o esgorjamento anterior ou lateral.
e. na localização da lesão, sendo a degola lateral e o esgorjamento anterior.

11. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGISTA – 2018) Ao examinar os pulmões de um cadáver, a perícia
observa aspecto macroscópico de hiperinsuflação. Histologicamente, há descamação epitelial,
membrana basal espessada, infiltrado inflamatório misto, onde observam-se alguns eosinófilos,
submucosa edemaciada, músculo liso hipertrofiado e grande quantidade de secreção na luz dos
brônquios, com encontro de alguns espirais de Curschmann. Qual o diagnóstico provável?
a. Asma.
b. Enfisema Pulmonar.
c. Tuberculose miliar.
d. Fibrose Cìstica.
e. Hipertensão Pulmonar.

12. (FUNDATEC/RS DELEGADO DE POLÍCIA – 2018) Em relação às asfixias por constrição cervical,
analise as afirmações abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O enforcamento, de acordo com sua definição médico-legal, quando diagnosticado indica a ocorrência
de suicídio.

( ) O enforcamento, de acordo com sua definição médico-legal, necessita que o peso do corpo da vítima
acione o laço. Desta forma, os casos descritos como enforcamento, mas nos quais a vítima não estava
completamente suspensa (pés não tocando o solo) devem ser classificados como “montagem” (tentativa
de ocultação de homicídio).

( ) O enforcamento, de acordo com sua definição médico-legal, não necessita do peso do corpo da vítima
para ocorrer.

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()A esganadura pode ser consequência de suicídio ou de homicídio.
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A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a. V – V – F – F.
b. V – F – V – V.
c. F – V – F – F.
d. F – F – V – V.
e. F – F – F – F.

13. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN AGENTE DE NECRÓPSIA – 2018) Com base na seguinte situação
hipotética, responda a questão.

Durante um levantamento de local de homicídio, o cadáver de uma mulher foi encontrado em uma
varanda ao lado de uma mesa. A morte, aparentemente, ocorreu por asfixia por constrição do pescoço na
modalidade esganadura. Sobre a mesa havia uma garrafa de vinho parcialmente consumida e duas taças,
uma das quais estava com manchas de batom.

Considerando a modalidade de asfixia apresentada, o responsável pelo levantamento do local deve buscar:

a. a corda ou o objeto que pudesse ter sido utilizado como laço na constrição do pescoço da vítima.
b. a região em que a corda ou instrumento constritor foi amarrada para que o peso da própria vítima
tracionasse o laço.
c. marcas ungueais ao redor do pescoço da vítima, corroborando a hipótese de esganadura.
d. sulco oblíquo, ascendente e interrompido ao nível do nó, ao redor do pescoço da vítima.
e. vultosas manchas de sangue no local, uma vez que esganaduras tendem a se caracterizar pela
intensa hemorragia pelas vias aéreas superiores.

14. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN PERITO CRIMINAL – 2018) Sulco cervical oblíquo, de profundidade
desigual e com área de interrupção, com fundo escoriado, comumente está presente em morte
por:
a. estrangulamento.
b. enforcamento.
c. sufocação direta.
d. sufocação indireta.
e. esganadura.

15. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGAL – 2012) Um cadáver é encontrado flutuando nas águas do rio
Parnaíba, apresentando pele anserina, perda de substância nos pavilhões auriculares, nos lábios e
nas pálpebras e ausência de lesões externas produzidas por agressão. Ao exame interno, não
foram encontrados sinais de afogamento nem de patologias que tenham levado à morte. Os
exames de laboratório não evidenciaram substâncias tóxicas e o histopatológico não revelou
anormalidades. Pode-se, então, supor que a morte ocorreu por:

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a. asfixia por afogamento.
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b. asfixia por inibição nervosa.
c. asfixia por monóxido de carbono.
d. asfixia por sufocação direta.
e. asfixia por sufocação indireta.

16. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGAL – 2012) No exame do corpo de uma criança foram
encontradas as seguintes lesões: escoriações crostosas, equimoses esverdeadas, luxação do
ombro direito, fratura de elementos dentários e marcas ungueais em torno da boca e do nariz.
Neste caso, o tipo de instrumento utilizado na agressão do menor e a causa da sua morte foram,
respectivamente:
a. perfurante e estrangulamento.
b. contundente e sufocação direta.
c. cortante e enforcamento.
d. contundente e sufocação indireta.
e. cortocontundente e esganadura.

17. (CESPE/MA ODONTOLEGISTA – 2018) Em relação às asfixias por obstrução das vias aéreas por
constrição cervical, julgue os itens seguintes.

I Em casos de enforcamento, a cabeça fica voltada para o lado do nó, e formam-se manchas hipostáticas na
parte superior do corpo.

II Nas situações de estrangulamento, o sulco no pescoço é horizontal e fica situado abaixo da cartilagem
tireoide, podendo haver vários sulcos.

III Em casos de esganadura, ficam marcas ungueais do agressor.

Assinale a opção correta.

a. Apenas o item I está certo.


b. Apenas o item III está certo.
c. Apenas os itens I e II estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.

18. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) No que se refere aos achados externos e internos post
mortem relacionados a asfixias por afogamento, assinale a opção correta:
a. Nos afogamentos e outros tipos de asfixia, as equimoses das mucosas são encontradas na
conjuntiva palpebral e ocular, nos lábios, e, comumente, na mucosa nasal.
b. O cogumelo de espuma que se forma quando a água entra no interior das vias respiratórias é um
sinal patognomônico dos afogados e surge principalmente nas pessoas que reagiram ao
afogamento na massa líquida.

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c. O fenômeno denominado “dentes róseos post mortem”, quando encontrado nos afogados e
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enforcados, deve-se à dissociação da hemoglobina da polpa dentária que penetra nos canalículos
dentinários.
d. A incapacidade de coagulação sanguínea, explicada pelo excesso de gás carbônico sanguíneo, é um
dos fatores que contribuem para que a coloração do sangue dos afogados e de vítimas de outros
tipos de asfixia tenha tonalidade vermelha clara e fluidez acentuada.
e. A congestão da face é o sinal mais constante nos afogados, devido às manchas de hipóstase por
posições especiais dos cadáveres, principalmente quando permanecem de cabeça para baixo, se
submersos.

19. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Existem casos em que a morte ocorre pela constrição do
pescoço por um laço que exerce força ativa, ao passo que o corpo da vítima atua de forma
passiva. Nesses casos, também é possível que haja obstrução da passagem do ar para os pulmões,
compressão dos nervos cervicais e interrupção sanguínea para o encéfalo. Essas informações
estão relacionadas à asfixia por:
a. estrangulamento
b. enforcamento com suspensão típica ou completa.
c. enforcamento com suspensão atípica ou incompleta.
d. sufocação indireta.
e. esganadura.

20. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Sob o ponto de vista didático, a medicina legal está dividida
em medicina geral e medicina especial. A respeito da medicina legal especial, assinale a opção
correta.
a. A antropologia forense é o estudo da identidade e da identificação, seus métodos, processos e
técnicas.
b. A infortunística trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justificação das
infrações penais.
c. A tanatologia versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos mentais, a periculosidade do alienado, as
socioneuropatias em face de problemas judiciários, a simulação e a dissimulação.
d. A vitimologia estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica dos crimes.
e. A asfixiologia forense é o estudo dos cáusticos e dos envenenamentos.

21. (IESES/IGP-SC PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Um trabalhador de 39 anos cai acidentalmente
dentro de um cilo de açúcar sendo encoberto por grande quantidade do produto. É encontrado
morto duas horas depois, apresentando externamente sinais gerais de asfixia. No exame interno,
são reiterados os sinais gerais de asfixia, além da presença de grande quantidade de açúcar em
vias aéreas superiores, traqueia, brônquios e esôfago. Qual o tipo específico de asfixia mecânica
ocorreu nesse caso?
a. Sufocação direta.
b. Confinamento.
c. Sufocação indireta.
d. Soterramento.

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22. (IESES/IGP-SC PERITO CRIMINAL GERAL – 2017) Assinale a alternativa em que todas as
características estão presentes nos sulcos dos enforcados, segundo a classificação de Bonnet:
a. Sulco oblíquo ascendente, interrompido ao nível do nó, por baixo da cartilagem tireoide e
profundidade desigual.
b. Sulco horizontal, contínuo, profundidade uniforme e por baixo da cartilagem tireoide.
c. Sulco oblíquo ascendente, interrompido ao nível do nó, por cima da cartilagem tireoide e com
profundidade desigual.
d. Sulco horizontal, interrompido ao nível do nó, por baixo da cartilagem tireoide e profundidade
desigual.

23. (FCC/POLITEC-AP PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Durante reforma de um estabelecimento de


dois andares, uma das vigas de sustentação do segundo andar se quebrou e caiu sobre um dos
funcionários. Ao realizar o exame necroscópico, o Perito Médico Legista constata que o cadáver
apresenta sujidade esbranquiçada em pele do tórax, congestão intensa da face, petéquias em
conjuntiva ocular, escoriação em região temporal direita, fratura de seis arcos costais à esquerda
e cinco arcos costais à direita, sangue escuro e fluido, manchas de Tardieu nos pulmões e no
coração, tendo sido medidos 70 mL de sangue em cavidade torácica esquerda e 20 mL em
cavidade torácica direita. O peso do cadáver era 80 kg. A causa final de morte da vítima foi:
a. hemorragia aguda interna traumática.
b. sufocação indireta.
c. sufocação direta.
d. confinamento.
e. soterramento.

24. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Sobre afogamento, assinale a alternativa
INCORRETA.
a. Nos afogados em água doce, a hemodiluição associada à asfixia causa hemólise, liberação do
potássio intracelular e parada cardíaca em fibrilação ventricular.
b. O ponto de congelação do sangue através da análise crioscópica estará mais distante de 0ºC nos
afogados em água salgada devido à hemoconcentração.
c. No afogamento branco, não há aspiração de líquido para o interior da via aérea quando a vítima
tem contato com a água.
d. O cogumelo de espuma tem valor limitado para o diagnóstico de afogamento.
e. A identificação de um cadáver vítima de afogamento encontrado 48 horas após o desaparecimento
não pode ser feita através do levantamento dactiloscópico, devendo-se utilizar a análise da arcada
dentária ou identificação através de DNA.

25. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) A respeito de asfixias por constrição cervical,
assinale a alternativa correta.

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a. O sulco pode estar ausente em certas modalidades de estrangulamento.
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b. A causa jurídica do enforcamento é homicida na maioria das vezes.
c. Fratura do osso hioide deve estar presente para caracterização do enforcamento.
d. A esganadura é a forma de constrição cervical que menos apresenta fraturas da laringe e do osso
hioide.
e. O sulco oblíquo descendente em região cervical é incompatível com enforcamento.

26. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Em locais de suicídio por enforcamento, é
comum que, em tentativas de socorro, familiares e/ou equipes de assistência médica removam a
vítima do objeto usado como elemento constritor. Notando que houve alteração anterior a sua
chegada, o Perito Criminal deve:
a. Realizar o exame do local, registrar no Laudo a alteração notada e fazer considerações pertinentes
quanto às consequências dela na dinâmica dos fatos.
b. Informar à polícia que o exame pericial não será realizado uma vez que o local foi alterado.
c. Realizar apenas o registro fotográfico do local e encaminhar as fotos via ofício à polícia sem
constatações técnicas.
d. Determinar apenas a remoção imediata do cadáver.
e. Coletar o provável instrumento utilizado pela vítima e encaminhar via ofício à polícia, apenas.

27. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) São exemplos de morte por asfixia:
a. Soterramento e hanseníase.
b. Afogamento e enforcamento.
c. Eletroplessão e esganadura.
d. Choque hipovolêmico e sufocamento.
e. Estrangulamento e litíase de vias biliares.

28. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) Em enforcamentos, a suspensão do cadáver


pode ser completa ou incompleta. Suspensão incompleta ocorre quando:
a. O laço é acionado pelo próprio peso da vítima.
b. O sulco produzido pelo laço no pescoço da vítima é interrompido ao nível do nó.
c. O sulco produzido pelo laço no pescoço da vítima é oblíquo.
d. O nó do laço fica na porção anterior do pescoço da vítima.
e. Parte do corpo da vítima toca o solo ou encosta em algum ponto de apoio.

29. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) Existem diversas modalidades de mortes por
asfixia. Associe os vestígios extrínsecos descritos em cadáveres com a modalidade correta de
morte por asfixia.

Coluna 1

1. Face cianótica, pele macerada, mãos e pés atados.

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2. Equimose e escoriações ao redor do pescoço produzidas por dedos e unhas.
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3. Sulco horizontal ao redor do pescoço sem interrupção ao nível do nó.

4. Sulco oblíquo ao redor do pescoço com interrupção ao nível do nó.

Coluna 2

( ) Enforcamento.

( ) Esganadura.

( ) Estrangulamento.

( ) Afogamento.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a. 4 – 2 – 3 – 1.
b. 3 – 1 – 2 – 4.
c. 4 – 3 – 2 – 1.
d. 3 – 2 – 4 – 1.
e. 1 – 3 – 4 – 2.

30. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO CRIMINAL – 2017) A respeito de asfixias por constrição cervical,
assinale a alternativa correta.
a. O sulco pode estar ausente em certas modalidades de estrangulamento.
b. A causa jurídica do enforcamento é homicida na maioria das vezes.
c. Fratura do osso hioide deve estar presente para caracterização do enforcamento.
d. A esganadura é a forma de constrição cervical que menos apresenta fraturas da laringe e do osso
hioide.
e. O sulco oblíquo descendente em região cervical é incompatível com enforcamento.

31. (IBADE/AC DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2017) Diante de notícia sobre a ocorrência de crime de
homicídio, policiais civis foram ao local para investigar o fato. Ao chegarem, foi possível observar
que a vítima estava com o corpo totalmente em contato com o solo, em decúbito ventral, com as
mãos amarradas para trás. Na região do pescoço, foi possível observar que havia um fio que
circulava a região por três vezes. A perícia no material revelou que nas duas pontas do fio havia
um pedaço de madeira amarrado, o que possibilitava o tracionamento para lados opostos. O
sulco provocado pelo fio era contínuo, com profundidade uniforme e em sentido horizontal,
tendo lesionado a região inferior ao osso hioide. Diante das informações apresentadas acima,
pode-se afirmar que houve:
a. soterramento.
b. enforcamento.
c. esganadura.

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d. estrangulamento.
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e. Afogamento

32. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante
amplo e controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de
hipoxia e hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.

A participação do mecanismo nervoso de morte é mais importante no enforcamento que na esganadura.

a. Certo
b. Errado

33. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante
amplo e controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de
hipoxia e hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.

Cianose, petéquias, congestão polivisceral, fluidez do sangue e espuma no sistema respiratório são sinais
de alta sensibilidade e alta especificidade para asfixias criminosas.

a. Certo
b. Errado

34. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante
amplo e controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de
hipoxia e hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.

O soterramento pode ser definido de modo estrito ou genérico. De modo genérico, soterramento
corresponde à ocorrência de asfixia por mecanismos como compressão torácica, sufocação direta,
confinamento em locais de escombros, sem renovação aérea, onde pode haver lesões por material
desmoronado. A asfixia por penetração de substância pulverulenta como terra e areia nas vias respiratórias
corresponde a um mecanismo de soterramento estrito.

a. Certo
b. Errado

35. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) Uma das modalidades de asfixia mecânica
é o estrangulamento. Marque a alternativa em que todas as características do sulco se referem ao
estrangulamento:
a. Oblíquo ascendente; por cima da cartilagem tireóidea; interrompido ao nível do nó, de
profundidade desigual
b. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; por cima da cartilagem tireóidea, de profundidade
uniforme.

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c. Horizontal; uniforme em toda a periferia do pescoço; contínuo, de profundidade uniforme
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d. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; por cima da cartilagem tireóidea, de profundidade
uniforme
e. Oblíquo ascendente; por baixo da cartilagem tireóidea; contínuo, de profundidade desigual

36. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) Uma das modalidades de asfixia mecânica
é o enforcamento. Marque a alternativa em que todas as características do sulco se referem ao
enforcamento:
a. Oblíquo ascendente; variável segundo a zona do pescoço; interrompido ao nível do nó, de
profundidade desigual
b. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; interrompido ao nível do nó, de profundidade
desigual
c. Horizontal; uniforme em toda a periferia do pescoço; interrompido ao nível do nó, de profundidade
uniforme
d. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; contínuo, de profundidade uniforme
e. Oblíquo ascendente; uniforme em toda a periferia do pescoço; contínuo, de profundidade desigual

37. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) Na medicina legal, segundo a classificação
de asfixias de Afrânio Peixoto, temos os grupos das asfixias puras, asfixias complexas e asfixias
mistas. A respeito do assunto, analise as afirmativas abaixo.

I. No enforcamento, sempre há a suspensão completa do indivíduo, sendo que o corpo fica totalmente sem
tocar em qualquer ponto de apoio.

II. O período inicial da evolução do enforcamento caracteriza-se por convulsões e excitação do corpo
proveniente dos fenômenos respiratórios.

III. O sulco do enforcamento é proporcional à consistência do laço, mas, mesmo sendo um laço mole, o
sulco permanece, não desaparecendo posteriormente.

Está/estão incorreta(s) a(s) afirmativa(s).

a. I, apenas
b. I e II, apenas
c. I e III, apenas
d. II e III, apenas
e. I, II e III

38. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) A asfixia é o fenômeno da modalidade de


energia de ordem físico-química. A respeito do assunto, analise as afirmativas abaixo.

I. São sinais externos da asfixia mecânica: cianose de face, cogumelo de espuma e equimose das mucosas.

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II. Aula 04
Sufocação direta é a modalidade de asfixia que ocorre por oclusão da boca e das fossas nasais ou por
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compressão do tórax e abdome, impedindo os movimentos respiratórios.

III. São sinais cadavéricos frequentes no afogamento: Manchas de Tardieu e diluição do sangue.

Assinale a alternativa correta.

a. Todas as afirmativas estão corretas


b. Apenas a afirmativa I está correta
c. Apenas as afirmativas I e III estão corretas
d. Apenas as afirmativas II e III estão corretas
e. Apenas a afirmativa III está correta

39. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR ONTOLEGISTA – 2017) Assinale a alternativa que corresponde à


definição abaixo.

Constrição do pescoço pelas mãos obstruindo a passagem de ar atmosférico pelas vias respiratórias até os
pulmões.

a. Esganadura
b. Estrangulamento indireto
c. Asfxia pura
d. Sufocação indireta
e. Estrangulamento direto

40. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR ODONTOLEGISTA – 2017) Considerando a modalidade de asfixia


mecânica de enforcamento, assinale a alternativa que apresenta a característica correta referente
ao sulco produzido no pescoço da vítima.
a. Uniforme em toda a periferia do pescoço
b. Horizontal
c. De profundidade uniforme
d. Por baixo da cartilagem tireóidea
e. Oblíquo ascendente

41. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR ODONTOLEGISTA – 2017) A asfixia é o fenômeno da modalidade de


energia de ordem físico-química. A respeito do assunto, analise as afirmativas abaixo.

I. São sinais internos da asfixia mecânica: cianose de face, cogumelo de espuma e equimose das mucosas.

II. Sufocação indireta é a modalidade de asfixia que ocorre por compressão do tórax e abdome e impede os
movimentos respiratórios.

III. São sinais cadavéricos frequentes no afogamento: manchas de Tardieu e tonalidade vermelha dos
livores cadavéricos.

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Aula 04
Estão corretas as afirmativas:
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a. Todas as afirmativas estão corretas


b. Apenas a afirmativa I está correta
c. Apenas as afirmativas I e III estão corretas
d. Apenas as afirmativas II e III estão corretas
e. Apenas a afirmativa III está correta

42. (CESPE/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2017) Em relação às asfixias, assinale a opção correta.
a. A projeção da língua e a exoftalmia são achados suficientes para concluir que houve morte não
natural.
b. As equimoses das conjuntivas somente são encontradas nos casos de afogamento.
c. Nas asfixias, as ocorrências de manchas de hipóstase são raras.
d. Na sufocação por compressão do tórax, observam-se pulmões congestos e com hemorragias.
e. O cogumelo de espuma é uma característica exclusiva do afogamento.

43. (FUNCAB/PA DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2016) De acordo com a classificação de Afrânio
Peixoto, as asfixias podem ser definidas como puras, complexas e mistas. Acerca desta
classificação, é um exemplo de asfixia pura a(o):
a. esganadura.
b. enforcamento.
c. confinamento.
d. empalamento.
e. estrangulamento.

44. (MPE/PB PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2011) É errado afirmar:


a. O confinamento se manifesta pela anoxemia e pela hipercapneia.
b. A sufocação poderá ser provocada por compressão do tórax.
c. A fulminação e a fulguração, fenômenos decorrentes da ação de eletricidade natural, diferenciam-
se pelos efeitos das lesões sofridas pela vítima.
d. Os estigmas são lesões próprias do sulco do pescoço da vítima de enforcamento, distinguindo-a da
vítima de esganadura ou de estrangulamento.
e. (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso).

45. (FUNCAB/PA INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – 2016) De acordo com os conceitos médico-legais,
enforcamento incompleto é aquele no qual:
a. mãos e pés da vítima estão amarrados com a mesma corda.
b. o nó do laço está localizado na parte da frente do corpo da vítima.
c. o nó do laço está localizado na parte de trás do corpo da vítima.
d. parte do corpo da vitima toca em algum ponto de apoio ou encosta no solo.

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Aula 04
e. o corpo da vítima não encosta no solo. nem toca em qualquer ponto de apoio.
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46. (FUNCAB/PA PAPILOSCOPISTA – 2016) De acordo com os conceitos médico-legais, enforcamento


incompleto é aquele no qual:
a. o corpo da vítima não encosta solo, nem toca em qualquer ponto de apoio.
b. parte do corpo da vítima toca em algum ponto de apoio ou encosta no solo.
c. o nó do laço está localizado na parte de trás do corpo da vítima.
d. mãos e pés da vítima estão amarrados com a mesma corda.
e. o nó do laço está localizado na parte da frente do corpo da vítima.

47. (FUNCAB/PA ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL – 2016) De acordo com os conceitos médico-legais,
enforcamento incompleto é aquele no qual:
a. parte do corpo da vítima toca em algum ponto de apoio ou encosta no solo.
b. mãos e pés da vítima estão amarrados com a mesma corda.
c. o nó do laço está localizado na parte da frente do corpo da vítima.
d. o no do laço está localizado na parte de trás do corpo da vítima.
e. o corpo da vítima não encosta solo, nem toca em qualquer ponto de apoio.

48. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) A respeito das causas jurídicas de morte,
assinale a opção correta.
a. A esganadura é comumente identificada nos casos de suicídio.
b. O afogamento por submersão é uma forma de homicídio rara, porém frequente nos acidentes.
c. Os enforcamentos constituem uma forma comum de prática de homicídio e suicídio.
d. O estrangulamento é frequente nos homicídios e suicídios, mas de baixa ocorrência em acidentes.
e. Os acidentes de trânsito são frequentes como forma de homicídio; no entanto, ocorrem raramente
em casos de suicídios.

49. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) A substância que bloqueia o sistema
citocromoxidase, impedindo a respiração celular (asfixia histotóxica) é denominada:
a. barbitúrico.
b. cianeto.
c. monóxido de carbono.
d. composto organofosforado.
e. amitriptilina.

50. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Cicatrizes irregulares de aspecto


espantoso, formação de queloides, lesões graves dos olhos e cegueira, estenose esofagiana e
perfurações gástricas são exemplos de sequelas de
a. vitriolagem.

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b. estrangulamento.
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c. hipóxia.
d. asfixia.
e. afogamento.

51. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Com referência ao estrangulamento,


assinale a opção correta:
a. Equimoses de pequenas dimensões na face, nas conjuntivas, no pescoço e na face anterior do tórax
são patognomônicas do estrangulamento, o que o diferencia de outras modalidades de asfixias
mecânicas.
b. Na morte por estrangulamento, resultante da constrição do pescoço com um laço acionado por
uma força estranha, o corpo da vítima, que exerce resistência, e a força constritiva do laço agem de
forma ativa.
c. Assim como em outras asfixias mecânicas, a projeção da língua, que adquire aspecto escurecido, é
um achado comum em estrangulamentos.
d. O sulco do estrangulamento é tipicamente oblíquo, ascendente, semelhante ao enforcamento.
e. O sulco do estrangulamento geralmente está situado acima da cartilagem tireoide.

52. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) No que tange à sufocação, assinale a
opção correta.
a. A congestão cefalocervical é rara na sufocação por compressão torácica, sendo encontrada
tipicamente nos afogamentos.
b. A sufocação direta ocorre quando a asfixia é intencional; a indireta, quando acidental.
c. Na sufocação por impedimento à penetração do ar nas vias respiratórias, o obstáculo é situado
invariavelmente nos orifícios naturais — boca e narinas.
d. Nas compressões do tórax, suficientes para causar sufocação, há impedimento também da
movimentação abdominal, podendo ser encontradas lesões no esqueleto torácico e nas vísceras
torácicas e abdominais.
e. A sufocação difere da asfixia por aspiração: nesta última, o impedimento à penetração do ar nas
vias respiratórias é causado por objetos ou pelo vômito.

53. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Durante um episódio de chuva intensa, o
volume de água no leito de um rio aumentou subitamente, levando uma embarcação a virar, e
seus três ocupantes caíram na água. Após três horas de buscas, foram encontrados os corpos de
dois desses indivíduos. O terceiro foi encontrado logo depois, ainda com vida, porém faleceu
cerca de dezoito horas depois, no hospital.
Considerando essa situação hipotética e os afogamentos em geral, assinale a opção correta.
a. Nos afogamentos brancos ou secos, a morte ocorre devido à asfixia consequente do espasmo
laríngeo desencadeado pela aspiração de água pela vítima.
b. Nos afogados em água doce, a hemoconcentração associada à asfixia provoca hemólise, liberação
do potássio intracelular e parada cardíaca em fibrilação ventricular.
c. O cadáver retirado da água sofre um retardamento dos fenômenos putrefativos com a exposição ao
ar atmosférico.

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d. O indivíduo encontrado com vida pode ter falecido posteriormente devido à síndrome da angústia
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respiratória do adulto, decorrente do colapso de parte dos alvéolos por causa da perda do
surfactante.
e. No afogamento, a aspiração de líquido pela vítima é precedida de apneia involuntária, com duração
variável.

54. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Nas asfixias mecânicas, é comum:
a. a tonalidade rósea da face.
b. o aparecimento de manchas de hipóstase de surgimento tardio.
c. surgirem petéquias disseminadas pelo corpo, sobretudo nos membros inferiores.
d. o aumento da viscosidade sanguínea.
e. a congestão polivisceral.

==16f2e8==

55. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) A respeito da asfixia por esganadura,
assinale a opção correta.
a. Quando os estigmas ungueais predominam em um dos lados do pescoço, é possível determinar se o
agressor é destro ou canhoto.
b. Esganadura é uma asfixia mecânica que consiste em um mecanismo misto de ação: a ação das mãos
na obstrução da boca e das narinas e constrição do pescoço.
c. Na esganadura, as infiltrações hemorrágicas nas estruturas profundas do pescoço são mais
acentuadas e constantes do que no estrangulamento.
d. Marcas ou estigmas ungueais, escoriações produzidas pelas unhas do agressor, estão sempre
presentes nessa modalidade de asfixia.
e. As lesões das artérias carótidas são mais frequentes do que as da laringe.

56. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Acerca do enforcamento, assinale a


opção correta.
a. O enforcamento caracteriza-se pela interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias,
decorrendo essa suspensão de ar da constrição do pescoço por um laço fixo ou móvel. Atua nessa
situação o peso da vítima como uma força passiva.
b. O fenômeno da rigidez cadavérica é observado mais precocemente no enforcamento do que nas
mortes naturais.
c. O sulco do enforcamento está sempre presente no cadáver, até mesmo nas suspensões de curta
duração e nos laços de consistência amolecida.
d. A presença de nó no laço é imprescindível para caracterizar o enforcamento, podendo situar-se em
qualquer posição no pescoço.
e. O leito do sulco produzido por laços duros é de consistência apergaminhada, endurecida e de
tonalidade pardo-escura, devido à desidratação da pele escoriada nos fenômenos post mortem.

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57. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE AUXILIAR DE LEGISTA – 2016) O tipo de asfixia mecânica que
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ocorre devido à constrição do pescoço por laço e na qual a força atuante é o próprio peso da
vítima denomina-se:
a. estrangulamento.
b. sufocação direta.
c. enforcamento.
d. sufocação indireta.
e. esganadura.

58. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE AUXILIAR DE PERITO – 2016) O principal sinal observado em


vítimas de soterramento é a presença de
a. bolhas de espuma, denominadas cogumelo de espuma, nas vias aéreas superiores da vítima.
b. sinais de maceração da epiderme.
c. sinais de embebição cadavérica.
d. sinais de rotura de vísceras ocas.
e. substâncias pulverulentas no interior das vias respiratórias da vítima.

59. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE AUXILIAR DE PERITO – 2016) A modalidade de asfixia mecânica


que impede a passagem do ar atmosférico pelas vias aéreas, devido à constrição anterolateral do
pescoço, promovida diretamente pela mão de um agente, denomina-se:
a. estrangulamento.
b. sufocação direta.
c. sufocação indireta.
d. esganadura.
e. enforcamento.

60. (FUNIVERSA/POLÍCIA CIENTÍFICA-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) Acerca das asfixias, assinale a
alternativa correta.
a. Na caracterização de um afogamento incompleto, não há necessidade de que todo o corpo da
vítima esteja submerso, bastando os orifícios naturais (respiratórios).
b. As chamadas “les es gerais das asfixias” compreendem a presença de cianose, petéquias,
congestão polivisceral, fluidez do sangue e “espuma” nas vias aéreas (edema pulmonar), porém elas
só podem ser identificadas nos casos de asfixias naturais.
c. A ocorrência de equimose retrofaríngea de Brouardel, sinal de Amussat e sinal de Friedberg
confirmam uma morte por asfixia com sufocação direta.
d. No soterramento, a presença de asfixia ocorre em função da falta de renovação do ar.
e. A presença de líquidos nas vias aéreas inferiores de uma vítima de afogamento branco é um achado
necroscópico frequente.

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61. (FUNIVERSA/POLÍCIA CIENTÍFICA-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) No soterramento, pode-se
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encontrar a associação de outro tipo de asfixia denominado
a. confinamento.
b. sufocação direta.
c. sufocação indireta.
d. síndrome de imersão.
e. edema agudo de pulmão.

62. (FUNIVERSA/POLÍCIA CIENTÍFICA-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) A asfixia realizada pela constrição
cervical com o uso das mãos é denominada
a. esganadura.
b. sufocação direta
c. sufocação indireta.
d. estrangulamento.
e. enforcamento.

63. (FUNIVERSA/POLÍCIA CIENTÍFICA-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) Ao exame pericial, a presença de


um sulco horizontal, de profundidade uniforme, completo na maioria das vezes e localizado
externamente na região cervical, associado à presença de sinais externos de asfixia, sugere:
a. sufocação indireta.
b. estrangulamento.
c. esganadura.
d. sufocação direta.
e. enforcamento.

64. (FUNCAB/AC PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) O mecanismo de morte mais importante nos casos
de esganadura é:
a. excitação dos seios carotídeos.
b. compressão das artérias carótidas.
c. compressão da glote.
d. compressão da traqueia.
e. excitação do nervo laríngeo superior.

65. (FUNCAB/AC PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) A alternativa que contém somente elementos
constantes do afogamento em água doce é:
a. fibrilação ventricular, hipopotassemia, hemoconcentração.
b. fibrilação ventricular, edema pulmonar e hemoconcentração.
c. fibrilação ventricular, hiperpotassemia e hemólise.
d. edema pulmonar, hemodiluição e hipervolemia.
e. edema pulmonar, hiperpotassemia e hipervolemia.

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66. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) Com relação às características e peculiaridades
das lesões e dos estados patológicos resultantes de ações sobre o corpo humano, produzidas
pelos diversos instrumentos e meios vulnerantes, julgue o item seguinte.

Sinais gerais de asfixia, sinais externos locais de constrição cervical e fratura da apófise odontoide da
segunda vértebra cervical são elementos do diagnóstico de enforcamento.

a. Certo
b. Errado

67. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante amplo e
controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de hipoxia e
hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.

A participação do mecanismo nervoso de morte é mais importante no enforcamento que na esganadura.

a. Certo
b. Errado

68. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante amplo e
controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de hipoxia e
hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.

Cianose, petéquias, congestão polivisceral, fluidez do sangue e espuma no sistema respiratório são sinais
de alta sensibilidade e alta especificidade para asfixias criminosas.

a. Certo
b. Errado

69. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante amplo e
controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de hipoxia e
hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.

O soterramento pode ser definido de modo estrito ou genérico. De modo genérico, soterramento
corresponde à ocorrência de asfixia por mecanismos como compressão torácica, sufocação direta,
confinamento em locais de escombros, sem renovação aérea, onde pode haver lesões por material
desmoronado. A asfixia por penetração de substância pulverulenta como terra e areia nas vias respiratórias
corresponde a um mecanismo de soterramento estrito.

a. Certo
b. Errado

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70. (FUNCAB/RO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2014) Um indivíduo civil pulou o muro de um quartel
do Exército por volta das 2h00min razão por que foi detido para averiguações. Durante a troca
matutina da guarda, às 7h00min do mesmo dia, ele foi encontrado morto, no interior da cela,
parcialmente suspenso pelo pescoço, na grade da porta, por uma tira de lona retirada do colchão,
amarrada com nó fixo em volta única. Instaurou-se, então, um inquérito Policial Militar para
apurar a causa e as circunstâncias dessa morte. A necropsia constatou livores de hipóstase da
cintura para baixo, sulco único cervical, de disposição oblíqua e ascendente, com fundo
pergaminhado, de profundidade desigual e interrupção ao nível da nuca, associado à ausência de
lesões internas no pescoço e sinais gerais de asfixia. Com base na prova técnica elaborada pelo
perito legista, assinale a opção que apresenta a melhor hipótese para o caso acima descrito.
a. Estrangulamento típico.
b. Enforcamento completo atípico.
c. Enforcamento incompleto típico.
d. Sufocação por esganadura.
e. Estrangulamento atípico.

71. (FUNIVERSA/DF PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) A asfixia causada por uma constrição cervical
que se valha de um laço com nó atípico e deslizante é chamada de:
a. esganadura.
b. estrangulamento.
c. sufocação direta.
d. sufocação indireta.
e. enforcamento.

72. (FUNIVERSA/DF PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) Quanto às asfixias de causa violenta, assinale a
alternativa que apresenta uma síndrome de imersão ou hidrocussão que se relaciona a um tipo
de asfixia causado por modificação do meio ambiente.
a. afogamento incompleto.
b. afogamento branco.
c. afogamento úmido.
d. afogamento secundário.
e. confinamento.

73. (FUNIVERSA/SPTC-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) Acerca das asfixias, assinale a alternativa correta.
a. Na caracterização de um afogamento incompleto, não há necessidade de que todo o corpo da
vítima esteja submerso, bastando os orifícios naturais (respiratórios).
b. As chamadas “les es gerais das asfixias” compreendem a presença de cianose, petéquias,
congestão polivisceral, fluidez do sangue e “espuma” nas vias aéreas (edema pulmonar), porém elas
só podem ser identificadas nos casos de asfixias naturais.

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c. A ocorrência de equimose retrofaríngea de Brouardel, sinal de Amussat e sinal de Friedberg
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confirmam uma morte por asfixia com sufocação direta.
d. No soterramento, a presença de asfixia ocorre em função da falta de renovação do ar.
e. A presença de líquidos nas vias aéreas inferiores de uma vítima de afogamento branco é um achado
necroscópico frequente.

74. (VUNESP/CE DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2015) Adolescente de 15 anos é avaliado em uma
perícia. Ele apresentava: (a) dificuldade na fala, rouquidão e relatava dor na região cervical e na
face; (b) edema e equimose de coloração vermelho-violácea na região periorbitária direita e
esquerda; (c) hemorragia conjuntival e petéquias na pálpebra inferior de ambos os olhos; (d)
escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração avermelhada, medindo 0,4 cm de largura,
localizada abaixo da tireoide, estendendo-se pela circunferência do pescoço e interrompendo-se
em sua região lateral esquerda.

A perícia descrita mais provavelmente sugere

a. estrangulamento por tentativa de homicídio.


b. edema e equimose observados na região periorbitária, como consequências da asfixia.
c. enforcamento por tentativa de suicídio.
d. que o evento ou dano ocorreu muito recentemente, provavelmente, em menos de 2 horas.
e. graves consequências clínicas secundárias à asfixia por inalante, por exemplo, monóxido de carbono
ou cianeto.

75. (MPDFT/MPDFT PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2009)

Analise os itens e assinale a quantidade de itens errados.

I - O esfumaçamento verificado na pele do cadáver que foi vítima de disparo de arma de fogo permite
concluir, por regra, a existência de tiro encostado

II - O fenômeno psicol gico indicador do estado puerperal, recebe a designação de “sinal de Benassi”, em
homenagem ao seu descobridor.

III - A instalação e desinstalação da rigidez cadavérica são fenômenos que auxiliam na determinação do
tempo da morte.

IV - A prova de galeno, quando positiva, permite negar o nascimento com vida.

V - A esganadura configura uma das espécies de enforcamento.

a. Um.
b. Dois.
c. Três.
d. Quatro.
e. Cinco.

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76. (CESPE/DPE-DF PROCURADOR – 2006) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes,
julgue os itens a seguir.

O resultado morte caracterizado por uma asfixia mecânica, assim comprovada pelo laudo de exame de
corpo de delito (laudo cadavérico), provocada por hemorragia interna, será suficiente para configurar o
crime de homicídio qualificado.

a. Certo
b. Errado

77. (COPS-UEL/PR DELEGADO DE POLÍCIA – 2013) As asfixias são modalidades de morte derivadas de
energias físico-químicas. Entre elas são frequentes as modalidades de constrição do pescoço. Em
relação às diferenças entre enforcamento, esganadura e estrangulamento, considere as
afirmativas a seguir.

I. A esganadura ocorre por laço tracionado ou por parte do corpo que atua de forma similar a um laço
(gravata, chave de braço, golpes de jiu jitsu), desde que a força empregada não seja o peso da vítima.

II. O estrangulamento ocorre através da interrupção da passagem do ar atmosférico pelas vias aéreas e é
causado diretamente pela mão do agente, não havendo forma homicida ou incidental da mesma.

III. É possível do ponto de vista pericial em medicina legal a distinção entre estrangulamento e
enforcamento, através da análise das características dos sulcos imprimidos no pescoço da vítima.

IV. O enforcamento ocorre por um laço cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio
peso do indivíduo como força viva.

Assinale a alternativa correta.

a. Somente as afirmativas I e II são corretas.


b. Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c. Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d. Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

78. (UEG/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2013) Com relação às asfixias, tem-se o seguinte:
a. esganadura tem origem homicida, sendo rara sua forma acidental.
b. o sulco comumente encontrado nos enforcados e estrangulados é produzido por um instrumento
corto- contundente.
c. soterramento é um tipo de asfixia em que ocorre a substituição do meio aéreo por terra.
d. estrangulamento braquial é forma comum de asfixia em suicídios e requer desproporção de forças.

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79. (FGV/MA DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) Na sufocação indireta por compressão torácica, a vítima
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asfixia-se pela restrição aos movimentos de inspiração e expiração.

O achado de necropsia típico desta modalidade de asfixia caracteriza-se por:

a. rotura das camadas interna e externa das artérias carótidas.


b. fratura do osso hioide.
c. petéquias subpleurais e subepicárdicas.
d. máscara equimótica ou equimose cérvico-facial.
e. cogumelo de espuma eliminado pelos orifícios da face.

80. (FUNCAB/RJ DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) Nas necropsias, em casos de morte por asfixias em
geral, na ausência de lesões externas específicas, o perito deverá basear o seu diagnóstico no
achado de um conjunto de sinais internos, que estarão descritos no corpo do laudo cadavérico. A
autoridade policial, ao ler o laudo pericial, irá observar a presença constante de:
a. edema cerebral, petéquias pulmonares e sangue coagulado.
b. fluidez do sangue, congestão e equimoses viscerais.
c. desidratação corporal e hemorragia visceral.
d. edema pulmonar, distensão intestinal e congestão vascular.
e. encontro de espuma e de corpos estranhos nas vias respiratórias.

81. (UEG/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) É impossível que a morte tenha ocorrido em virtude de
suicídio ou acidente, na hipótese de
a. estrangulamento.
b. enforcamento.
c. afogamento.
d. esganadura.

82. (FUMARC/MG DELEGADO DE POLÍCIA – 2011) Constitui um exemplo de asfxia mecânica pura de
interesse médico-legal:
a. Sufocação direta.
b. Estrangulamento típico.
c. Enforcamento completo.
d. Esganadura antebraquial.

83. (FUNIVERSA/SECTEC-GO PERITO CRIMINAL – 2010) Morte violenta produzida por asfixia, em que
o laço é acionado pelo próprio peso da vítima; o sulco produzido pelo laço se apresenta oblíquo,
de baixo para cima, interrompido ao nível do nó e com bordos desiguais, sendo o bordo superior
saliente; a suspensão pode ser completa ou incompleta, e apresenta a vítima cianose facial, com
protusão de língua, trata-se de:

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a. estrangulamento.
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b. esganadura.
c. sufocação.
d. fulminação.
e. enforcamento.

84. (MPE/PB PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2010) Considere as proposições abaixo e, em seguida, indique
a alternativa que contenha o julgamento devido sobre elas:

I - A esganadura é classificada como forma de asfixia mecânica-mista uma vez que se confundem e se
superpõem, em graus variados, os fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos.

II - A falta de uniformidade nas lesões produzidas no sulco do pescoço da vítima é uma das características
do estrangulamento.

III - Nos denominados afogados brancos de Parrot não se encontra fenomenologia imanente às asfixias.

a. Apenas a proposição I está incorreta.


b. Apenas a proposição III está incorreta.
c. Apenas a proposição II está incorreta.
d. Todas as proposições estão incorretas.
e. Todas as proposições estão corretas.

85. (MPE/PB PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2010) O exame no sulco do pescoço da vítima é de capital
valor no diagnóstico do enforcamento, apresentando as características abaixo, exceto:
a. Livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das suas bordas.
b. Infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco.
c. Pele enrugada e escoriada no fundo do sulco.
d. Ser necessariamente apergaminhado.
e. Vesículas sanguinolentas no fundo do sulco.

86. (CESPE/PB DELEGADO DE POLÍCIA – 2009) Um médico legista, ao chegar à sala de necropsia,
deparou-se com três cadáveres cuja causa da morte foi asfixia. O primeiro apresentava elementos
sinaléticos que constavam de sulco único, com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do
pescoço; no segundo, os sulcos eram duplos, de profundidade constante e transversais ao eixo do
pescoço; no terceiro, em vez de sulcos, havia equimoses e escoriações nos dois lados do pescoço.

Na situação acima descrita, os tipos de morte mais prováveis são, respectivamente,

a. enforcamento, estrangulamento e esganadura.


b. esganadura, enforcamento e estrangulamento.
c. estrangulamento, esganadura e enforcamento.
d. esganadura, estrangulamento e enforcamento.
e. enforcamento, esganadura e estrangulamento.

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87. (FUNCAB/RO DELEGADO DE POLÍCIA – 2009) Assinale a afirmativa INCORRETA com respeito às
asfixias.
a. Por constrição do pescoço pelas mãos: estrangulamento.
b. Em ambientes por gases irrespiráveis: confinamento, asfixia por monóxido de carbono e asfixia por
outros vícios de ambiente.
c. Por constrição passiva do pescoço, exercida pelo peso do corpo: enforcamento.
d. Por obstrução dos orifícios ou condutos respiratórios: sufocações diretas ou indiretas.
e. Por transformação do meio gasoso em meio líquido: afogamento.

88. (CESPE/ES MÉDICO LEGISTA – 2011) O cadáver de uma pessoa do sexo feminino submetida à
necropsia no IML apresentou erupção de segundos molares, e ausência de erupção dos terceiros
molares. A rigidez cadavérica apresentava-se desfeita e havia mancha verde abdominal e
circulação póstuma. Os livores concentravam-se no ventre. No pescoço, havia sulco horizontal
completo abaixo da cartilagem tireoide. Apresentava equimoses subconjuntivais e
retrofaringianas, com pulmões congestos, escuros e com manchas de Tardieu, principalmente em
pleuras visceral e interlobares. O exame cardíaco referiu ventrículo esquerdo esvaziado e direito
repleto. Exame da genitália mostrou integridade himenal e positividade para PSA em líquido
sanguinolento colhido da cavidade retal; e havia laceração de mucosa anal.

Com base no caso hipotético acima, julgue os itens subsequentes, relacionados a exame em cadáveres.

Em face do caso acima, é correto afirmar que existe evidência de enforcamento.

a. Certo
b. Errado

89. (FUNCAB/RO MÉDICO LEGISTA – 2012) Em relação à morte por afogamento, assinale a alternativa
correta.
a. O exame histológico do pulmão do afogado revela sinais de infarto do tecido pulmonar por
tromboembolismo.
b. O estudo geológico e do plâncton permite determinar a cronologia do afogamento.
c. São sinais cadavéricos encontrados: temperatura da pele baixa, pele anserina, maceração da
epiderme, cogumelo de espuma.
d. Equimoses subpleurais conhecidas como manchas de Tardieu são comumente encontradas no
afogamento.
e. A tonalidade e a densidade do sangue são similares às encontradas nos outros tipos de asfixia, com
sangue escurecido e denso.

90. (FUNCAB/RO MÉDICO LEGISTA – 2012) O sinal de Lichtenberg é uma característica que pode ser
encontrada nas mortes por:

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a. soterramento.
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b. fulminação.
c. asfixia.
d. afogamento.
e. eletroplessão.

91. (FUNCAB/RO MÉDICO LEGISTA – 2012) Em relação às asfixias provocadas por modificação do
meio ambiente, assinale a alternativa correta.
a. O achado de um corpo boiando na água, invariavelmente, indica afogamento como causa da morte.
b. Na morte por soterramento, a causa de asfixia é o confinamento.
c. São formas desse tipo de asfixia: constrição torácica, afogamento, soterramento.
d. No afogamento branco, é comum ser encontrada grande quantidade de líquido nas vias
respiratórias e nos pulmões.
e. São alterações externas encontradas em indivíduos afogados: cogumelo de espuma, corpos
estranhos nos sulcos ungueais, escoriações e feridas digitais.

92. (FUNCAB/ES MÉDICO LEGISTA – 2013) Uma vítima foi encontrada morta dentro de um local de
incêndio. Surgiu a dúvida se teria falecido no local, ou assassinada e depois transferida para
omesmo.A pesquisa do percentual de carboxiemoglobina foi realizada nas cavidades cardíacas.
Nesse caso, o resultado esperado, que confirma que a vítima morreu de asfixia no local de
incêndio, é um percentual de carboxiemoglobina:
a. entre 10% e 20%.
b. entre 21% e 30%.
c. entre 31% e 40%.
d. entre 41% e 50%.
e. acima de 50%.

93. (CESPE/SEGESP-AL PERITO MÉDICO LEGAL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.

Os sinais de Ponsold, Azevedo Neves e Thoinot são comumente encontrados em vítimas de afogamento.

a. Certo
b. Errado

94. (CESPE/SEGESP-AL PERITO MÉDICO LEGAL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.

O quadro de asfixia mecânica pela ação de meio físico-químico pode ser provocado por acidentes com
soterramento.

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a. Certo
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b. Errado

95. (CESPE/SEGESP-AL PERITO MÉDICO LEGAL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.

Considere que, a uma temperatura ambiente de 38 ºC, um jovem tenha mergulhado, de forma súbita, em
uma piscina de água fria que havia sido coberta durante a noite e que, apesar de saber nadar, tenha-se
afogado. Considere, ainda, que, durante a necropsia, tenha sido verificada a presença de líquido nas vias
respiratórias da vítima. Nessa situação, configura-se o quadro do afogado branco de Parrot.

a. Certo
b. Errado

96. (VUNESP/SP MÉDICO LEGISTA – 2014) A figura seguinte representa osso hioide fraturado em
vítima de suicídio por enforcamento.

Além do osso hioide, outras estruturas comumente passíveis de lesão nas asfixias por contricção do
pescoço são:

a. cartilagem cricoide, artérias carótidas, veias jugulares, artérias vertebrais e mandíbula.


b. cartilagem tireoide, cartilagem cricoide, vértebras cervicais e traqueia.
c. cartilagem tireoide, artérias carótidas, veias jugulares, artérias vertebrais e vértebras cervicais.
d. artérias carótidas, veias jugulares, cartilagem tireoide e mastoide.
e. artérias carótidas, veias jugulares, mandíbula e fúrcula esternal.

97. (VUNESP/SP MÉDICO LEGISTA – 2014) São características do sulco cervical nas asfixias por
enforcamento e estrangulamento, respectivamente:
a. geralmente único / frequentemente múltiplo.
b. raramente apergaminhado / frequentemente apergaminhado.
c. horizontal / oblíquo.
d. contínuo / descontínuo.
e. abaixo da cartilagem tireoide / acima da cartilagem tireoide.

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98. (VUNESP/SP MÉDICO LEGISTA 2014) Assinale a alternativa que contém sinais mais comumente
encontrados nas vítimas de afogamento.
a. Manchas de Tardieu, cogumelo de espuma e máscara equimótica.
b. Manchas de Paltauf, maceração da pele e cogumelo de espuma.
c. Máscara equimótica, manchas de Paltauf, pele anserina.
d. Hipóstases claras, manchas de Tardieu e cianose ungueal.
e. Lesões por animais aquáticos, cianose ungueal e hipóstases escuras.

99. (FUMARC/MG PERITO CRIMINAL – 2013) Considerando as asfixias em espécie, a presença de um


sulco “horizontal, uniforme em toda a periferia da região cervical, contínuo, duplo, inferior à
cartilagem tireoide do esqueleto da laringe e de igual profundidade em toda a sua extensão” é
compatível com:
a. Esganadura.
b. Esgorjamento.
c. Enforcamento.
d. Estrangulamento.

100. (IBFC/MPE-SP ANALISTA DE PROMOTORIA – 2013) As principais características do sulco de


enforcamento típico são, em geral:
a. oblíquo, múltiplo, interrompido em região posterior do pescoço, com profundidade desigual.
b. oblíquo, múltiplo, interrompido em região anterior do pescoço, com profundidade desigual.
c. oblíquo, único, interrompido em região anterior do pescoço, com profundidade uniforme.
d. oblíquo, único, interrompido em região posterior do pescoço, com profundidade desigual.
e. oblíquo, único, interrompido em região posterior do pescoço, com profundidade uniforme

GABARITO
1. C 8. C 15. B
2. E 9. B 16. B
3. E 10. D 17. D
4. C 11. A 18. C
5. B 12. E 19. A
6. A 13. C 20. A
7. A 14. B 21. D

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22. C 57. C 92. E
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23. B 58. E 93. B
24. E 59. D 94. A
25. A 60. A 95. B
26. A 61. C 96. C
27. B 62. A 97. A
28. E 63. B 98. B
29. A 64. A 99. D
30. A 65. C 100. D
31. D 66. A
32. B 67. B
33. B 68. B
34. A 69. A
35. C 70. C
36. A 71. E
37. E 72. B
38. B 73. A
39. A 74. A
40. E 75. D
41. D 76. B
42. D 77. C
43. C 78. A
44. D 79. D
45. D 80. B
46. B 81. D
47. A 82. A
48. B 83. E
49. B 84. C
50. A 85. D
51. C 86. A
52. D 87. A
53. D 88. B
54. E 89. C
55. C 90. B
56. E 91. E

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