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Autor:
Paulo Bilynskyj
Aula 04
12 de Abril de 2020
Sumário
1 – Noções de asfixiologia ............................................................................................................................. 4
3.4 – A ESGANADURA.............................................................................................................................. 21
6 – Afogamento ......................................................................................................................................... 25
1. Em água doce.............................................................................................................................................................. 30
C. Gases vesicantes.................................................................................................................................................... 33
Resumo....................................................................................................................................................... 38
A Asfixiologia é o ramo da Medicina Forense que se preocupa com o estudo das asfixias.
Em termos médicos asfixia é a supressão da respiração, assim, podemos concluir que a morte, seja qual for
sua modalidade, sempre será uma asfixia. Do ponto de vista fisiopatológico, uma vez cessadas as trocas
orgânicas por influência patológica ou por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa,
ocorrerá a morte por parada respiratória, antecedendo, na maioria das vezes, a parada cardíaca.
Curiosidade! Embora utilizada com frequência, a palavra asfixia mostra-se inadequada já que significa “não
pulsar” (a + sphyxis).
Para tanto é necessário que a respiração se processe. Em condições normais o ambiente externo precisa
ser gasoso, com um teor de oxigênio de aproximadamente 21%, azoto 78% e gás carbônico 0,03%, ou seja,
praticamente livre de gases tóxicos. Além disso, é necessário que haja permeabilidade das vias
respiratórias, movimentação toracodiafragmática, expansibilidade pulmonar, circulação sanguínea e
volemia em condições suficientes para o transporte de oxigênio aos tecidos garantindo-se a regularidade
da hematose (transformação do sangue venoso em arterial, por meio de oxigenação nos pulmões).
Temos que ter em mente que nem todo o oxigênio do ar inspirado alcançará os alvéolos pulmonares. Cerca
de 4% (quatro por cento) do oxigênio fica retido pelas vias aéreas superiores; assim, a proporção de
oxigênio do ar alveolar é de 17% e não 21%.
O homem precisa dessa taxa de oxigênio para viver e, em razão disso, o percentual de 7% de oxigênio no ar
atmosférico ocasiona perturbações orgânicas relativamente graves, e o percentual de 3%, provoca
exitus por exaustão de oxigênio pulmonar e hipercapneia (aumento do gás carbônico no sangue arterial).
É por meio dos alvéolos pulmonares que ocorre a hematose, ou seja, a transformação, por osmose, do
sangue venoso em arterial, pela perda de gás carbônico e entrada de oxigênio.
A tensão do gás carbônico é mais elevada no sangue do que no ar alveolar. Já a tensão do oxigênio é maior
nos alvéolos pulmonares do que nos capilares pulmonares. É essa diferença de pressão entre os gases do
ar alveolar e os do sangue que permite as trocas de gás carbônico por oxigênio na hematose pulmonar.
Ar complementar é o nome que se dá ao maior volume de ar introduzido nos pulmões, numa inspiração
forçada.
Já ar residual é nome dado ao volume de ar que sempre permanece nos pulmões, por mais forçada que
seja a expiração.
A frequência dos movimentos respiratórios, em geral, é de 16 por minuto, no adulto normal, em repouso.
Nas mulheres, em repouso, admite-se 18-22 movimentos por minuto.
Ortopneia: é uma dispneia muito intensa que obriga o indivíduo a parar qualquer atividade para dar inteira
liberdade de ação aos músculos auxiliares da respiração.
O processo asfíxico divide-se em duas fases e cada fase divide-se em dois períodos:
1. Fase de irritação.
2. Fase de esgotamento.
Dispneia
Período de
respiratória
Fase de Irritação
Dispneia
expiratória
Inicial, apneico, ou
Período
de morte aparente
Fase de
esgotamento
Terminal
A) Fase de irritação
Na fase de irritação estão abrangidos os períodos de dispneia inspiratória (de cerca de um minuto de
duração), em que a pessoa, sem perder a consciência, absorve desordenadamente em grandes
inspirações o ar; e o período de dispneia expiratória (de cerca de 3 minutos de duração), em que há
inconsciência e, algumas vezes, convulsões tônico-clônicas devidas à ação excitadora do gás carbônico.
Obs.: Convulsões tônico-clônicas envolvem duas fases: na fase tônica há perda de consciência, o paciente
cai e o corpo se contrai e enrijece enquanto que na fase clônica o paciente contrai e contorce as
extremidades do corpo, perdendo a consciência que é recobrada gradativamente após a crise.
B) Fase de esgotamento
Na fase de esgotamento teremos o período inicial, de pausa ou de morte aparente, em que há parada da
respiração durante algum tempo, e o período terminal, em que os últimos movimentos respiratórios que
precedem a morte ocorrem. O tempo de duração da fase de esgotamento é de aproximadamente 3 (três)
minutos.
Vale destacar que a depender da modalidade de processo asfíxico, da idade da vítima, da higidez e dos
hábitos respiratórios, as fases de irritação e de esgotamento podem não obedecer à sequência acima
descrita, assim como seus períodos; sendo certo que em alguns não será possível identificar um limite de
separação entre as fases que poderão se interpor ou se mesclar.
Atenção! Caso não haja morte após o estado asfíxico avançado, poderão haver
perturbações psíquicas (amnésia) ou neurológicas (convulsões).
Dispnéia
Dispnéia Últimos
expiratória
Fases da inspiratória Parada movimentos
(dificuladade
asfixia (dificuldade respiratória respiratórios
para expelir o
de puxar o ar) e morte
ar)
Quando, presente nos tecidos orgânicos, através dos capilares e líquidos intersticiais, a oxiemoglobina
perde parte de seu oxigênio e o sangue recebe ácido carbônico proveniente das combustões intracelulares,
formando carboxiemoglobina, e esta atinge o limiar da cianose (5g%), acima do qual surge a cor azul ou, se
intensa, a cor violeta, como borra de vinho.
Com um aspecto semelhante a um cogumelo podem surgir na boca e/ou no nariz uma espuma. Com
frequência ocorre nos casos de submersão, podendo não estar presente em outros tipos de asfixia.
O cogumelo de espuma somente se forma se houver entrada de líquido nas vias aéreas e em razão da
expulsão de ar e muco nos indivíduos que tentaram evitar a morte e tiveram os corpos retirados
precocemente da água.
Presente tanto no enforcamento como no estrangulamento. A língua escurecida é projetada além das
arcadas dentárias (para fora). Pode ser vista, raramente nos casos de afogamento no início da putrefação.
Decorrentes do extravasamento e infiltração do sangue que se coagula nas malhas dos tecidos, em razão
da ruptura dos capilares.
Arredondadas e pequenas, localizam-se na pele das pálpebras, pescoço, face e tórax, e nas mucosas
exteriores das conjuntivas, dos lábios e, menos comumente, das asas do nariz, formando, muitas vezes,
verdadeiras sufusões sanguíneas.
Aparece precocemente. É rosado na submersão, devido às modificações do sangue, vermelho vivo quando
o agente é o óxido de carbono, e escuro nas asfixias mecânicas em geral.
Nas mortes por asfixia, em regra, o sangue é fluido e de cor negra; porém nos casos de asfixia por
monóxido de carbono, o sangue se apresentará vermelho vivo e nos afogados que ingeriram grande
quantidade de líquido, terá cor do sangue rosada.
2. Equimoses viscerais
São encontradas em quase todos os tipos de asfixia, aparecem geralmente na região subpleural e
supepicárdica (abaixo das membranas que recobrem o pulmão e o coração).
Ocorrem como decorrência da fluidez do sangue nas vítimas de asfixia e especialmente em razão da
ruptura dos capilares pelo aumento da pressão arterial advinda da excitação dos centros nervosos
bulbares pelo gás carbônico.
Obs.: As manchas de Paltauf são equimoses viscerais nos pulmões dos afogados.
3. Congestão polivisceral
Quase todos os órgãos são passíveis de congestão (aumento do volume de sangue) nos diferentes tipos de
asfixia. O mesentério, o fígado e os rins, notadamente no afogamento, são os que se mostram com maior
aumento de sangue, sendo por isso chamados de “fígado e rins asfíxicos” de Etienne Martin.
Já o baço, devido ao fato de contrair-se intensamente durante as fases da asfixia, mostra-se com o sangue
esvaído (sinal de Etienne Martin).
Confinamento;
Asfixia por monóxido de carbono;
Asfixias por outros vícios de ambiente.
Sufocação direta (obstrução da boca e das narinas pelas mãos ou das vias aéreas
mais inferiores);
Sufocação indireta (compressão do tórax);
Transformação do meio gasoso em meio líquido (afogamento);
Transformação do meio gasoso em meio sólido (soterramento).
-Modificações qualitativas:
-Nas vias aéreas, por constrição externa, devido ao laço acionado pelo peso da própria vítima:
enforcamento.
-Nas vias aéreas, por constrição externa, devida a laço acionado pela força muscular ou
equivalente: estrangulamento.
-Nas vias aéreas, por constrição externa, devida à ação da mão: esganadura.
3.1 – ENFORCAMENTO
O enforcamento é a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço por um laço
cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio peso do indivíduo como força ativa.
O laço em regra é constituído pelo nó (mas pode acontecer de ele não existir) e pela alça. Esse nó poderá
ser fixo ou não (corredio). A alça que promoverá a constrição mecânica do pescoço fazendo com que se
interrompa a livre circulação do ar atmosférico nas vias respiratórias por compressão da traqueia e pelo
rechaço da base da língua contra a parede posterior da faringe.
O nó comumente aparece na região posterior (nuca), algumas vezes na lateral (mastoide) e, raramente,
na frente do pescoço.
Já o laço é colocado em torno do pescoço, normalmente uma única volta, mas há casos de várias voltas.
O ponto de suspensão resistente serve para fixar o laço e é variável: galhos de árvores, bandeira de portas,
traves de futebol, espaldar de camas, armadores de rede, maçanetas de portas, cravo de dormentes,
grades de prisões, cano de chuveiro, etc.
- Típica ou completa: o corpo permanece completamente suspenso, apoiado apenas pelo laço; e
- Atípica ou incompleta: alguma parte do corpo (geralmente, pés, joelhos, braços ou abdome) toca o
solo.
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morte por enforcamento se dá entre cinco (5) e dez (10) minutos, a depender da intensidade da
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constrição.
Os livores cadavéricos: começam a surgir a partir da 3ª hora do enforcamento. Após 6 horas já são intensos
e fixam-se.
Curiosidade! Antigamente considerava-se, por lei, o enforcamento atípico, por suspensão incompleta, uma
simulação. Após 1830, com o suicídio do príncipe de Condé, passou-se a dar-lhe validade jurídica.
Como dissemos acima a morte por enforcamento pode ser rápida em razão da inibição reflexa devido ao
choque laríngeo e à irritação dos seios corotídeos, ou em até 10 (dez) minutos,
dependendo da intensidade da constrição ou das lesões locais ou à distância (danos
medulobulbares).
2. Fenômenos de sobrevivência
Há situações em que o indivíduo sobrevive ao enforcamento e, após retirado do laço, vem a falecer, sem
ter recobrado a consciência, em razão da lesão degenerativa das células cerebrais, pela anoxia.
Há quem venha a óbito alguns dias depois, inclusive após ter recobrado a consciência.
- Dor.
- Afonia.
- Disfagia.
- Confusão mental.
- Depressão.
- Amnésia.
- Estado comatoso.
B) Aspecto do cadáver
Nos enforcados brancos a face é pálida e lívida em razão do completo impedimento da circulação por
oclusão total das carótidas e das veias jugulares, interrompendo o fluxo sanguíneo para a cabeça.
Já nos enforcados azuis temos uma constrição que compromete intensamente as artérias do pescoço e
mais completamente as jugulares, estabelecendo-se a estase venosa (comprime a circulação e impede a
eliminação do gás carbônico), que confere ao rosto tonalidade azulada e aspecto vultoso (aumentado) e,
raramente, pequenas equimoses palpebrais e conjuntivais.
Obs.: O oxigênio deixa o sangue com cor vermelha viva e o gás carbônico deixa o sangue com cor
arroxeada, azulada.
A cabeça do enforcado pende para o lado oposto ao nó, fletida para diante, como se o queixo tocasse o
tórax.
A depender da altura e da colocação do laço poderá ocorrer projeção da língua cianosada para o exterior e
espuma sanguinolenta na boca e narinas.
Pode ocorrer a exoftalmia (projeção do globo ocular para fora de sua órbita) mas este não é um sinal
constante.
Pela ação da gravidade, as hipóstases e as equimoses post mortem se localizam na metade inferior do
corpo e, mais intensamente, na extremidade dos membros inferiores.
No enforcamento ocorre putrefação seca na metade superior do corpo e úmida na parte restante.
Na suspensão completa, devido à perda de tonicidade e eventual repleção das vesículas seminais, poderá
ocorrer ejaculação post mortem e engurgitamento hipostático dos corpos cavernosos penianos.
C) Sinais externos
No enforcamento completo o sulco é na parte mais alta do pescoço, entre o hioide e a laringe. Geralmente
é único, mas pode ser duplo, triplo ou múltiplo, de acordo com o número de voltas em torno do pescoço. A
A largura e a profundidade do sulco vão depender da espessura do laço, da sua consistência e do tempo de
constrição.
Os sulcos produzidos por laços moles são de tonalidade clara ou azulada, e os determinados por laços
duros são pergaminhados, firmes e pardo-escuros (linha argêntica), devido à desidratação do tecido
conjuntivo subcutâneo.
No enforcamento incompleto o sulco pode não estar entre o hioide e a laringe e pode se apresentar
horizontalizado ou oblíquo descendente.
a) Sinal de Ponsold: localizado nas bordas dos sulcos, são livores cadavéricos que se
apresentam em placas, interna e externamente.
b) Sinal de Azevedo Neves: localizados por baixo e por cima das margens do sulco, são
livores puntiformes.
c) Sinal de Thoinot: localiza-se nas margens do sulco formando uma zona violácea.
Ao se realizar o exame histológico do sulco poderão ser observadas estas sufusões hemorrágicas que são
um indício para se diferenciar o enforcamento verdadeiro da simulação de enforcamento.
D) Sinais internos
São os sinais locais, os sinais dos planos profundos do pescoço e os sinais à distância.
2) Sinais dos planos profundos do pescoço — Existem muitos, mas esses são os mais
importantes para a Medicina Legal:
l) Lesão de Orsòs: gotas de gordura emulsionadas pelo líquido tissular na tela adiposa
subcutânea.
Obs.: os sinais à distância já foram descritos quando falamos das asfixias em geral.
E) A morte no enforcamento
O rechaço da base da língua contra a parede posterior da faringe, contra a qual se associa a ação do laço,
obstrui as vias respiratórias, comprometendo a oxigenação e favorecendo a hipercapneia e
consequentemente a morte.
A obstrução das artérias carótidas comuns e vertebrais ocasiona perturbações cerebrais e a morte.
A constrição exercida pelo laço lesa os nervos vagos e os seios carotídeos, ocasionando a morte.
3.2 – ESTRANGULAMENTO
É a asfixia mecânica por constrição do pescoço por laço tracionado por qualquer força que não seja
o peso da própria vítima.
c) Compressão dos nervos do pescoço: atinge os nervos vagos (confirmado pelo sinal de Dotto) promove a
morte por inibição do sistema nervoso central.
Esses sintomas dependem do modo que se deu o estrangulamento, se lento, violento ou contínuo, mas em
regra a vítima passa por três períodos:
a) Resistência;
Se não houver sucesso no estrangulamento é possível que a vítima apresente: amnésia, confusão mental,
agitação, angústia, convulsões, dificuldade na fala, rouquidão, edema e equimose de coloração
vermelho-violácea na região periorbitária direita e esquerda, hemorragia conjuntival e petéquias na
pálpebra inferior de ambos os olhos; escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração
avermelhada, localizada abaixo da tireoide, dor cervical, dispneia e disfagia, espuma sanguinolenta bucal
e relaxamento dos esfíncteres.
O sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo ou múltiplo, contínuo e de
profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e leito deprimido pergaminhado, é tipicamente
horizontalizado, podendo, porém excepcionalmente, ser ascendente quando o laço foi tracionado pelo
agente por detrás e para cima.
Não raramente o elemento surpresa facilita a prática criminosa, como no chamado “golpe do pai
Francisco”, que consiste na aplicação traiçoeira da alça em volta do pescoço da vítima e, num movimento
rápido, o autor sai encurvado com a vítima carregada nas costas, presa pelo laço.
b) No estrangulamento é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireóidea,
mais profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do
nó, e pergaminhado.
Estrangulamento Estrangulamento
sulco é horizontal e, nos raros casos de Sulco é único, oblíquo ascendente, de
suicídio, descendente ou ascendente, situação alta, por cima da cartilagem
múltiplo, contínuo e uniforme, em toda tireóidea, mais profundo na parte central
a periferia do pescoço, e pergaminhado; da alça, descontínuo por interrupção ao
nível do nó, e pergaminhado.
Forma homicida de asfixia, exige, para sua execução, superioridade de forças, ou que
a vítima não possa, por qualquer motivo, opor resistência.
Caso a esganadura não leve à morte, pode causar disfagia (dificuldade para engolir), disfonia, tumefação
cervical e miocontratura do pescoço.
Nos casos de infanticídio, além destes sinais haverá fratura da coluna cervical.
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óbvio, esses sinais escoriativos pericervicais podem não estar presentes se entre a mão e o pescoço
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for colocado corpo mole, ou se o agressor usava luvas.
Nos casos de esganadura também podemos notar os sinais locais profundos, quais sejam:
a) Infiltrações hemorrágicas difusas nas partes moles do pescoço (constantes e mais acentuadas que no
estrangulamento);
b) Fraturas dos pequenos e grandes cornos do osso hioide e das cartilagens tireoide e cricóide (mais
frequentes que no estrangulamento);
c) Lesões dos vasos do pescoço, tanto das carótidas como das jugulares (raras).
Os sinais locais profundos podem não ocorrer se a morte se der por inibição reflexa dos seios carotídeos.
a) Direta ou ativa
-Soterramento
-Confinamento
b) Indireta ou passiva
Por meio do emprego da mão ou de corpos moles, pressupõe acentuada desproporção de forças entre o
agressor e a vítima.
Pode ser acidental, como por exemplo nos recém-nascidos, em pessoas em crise de epilepsia, pessoas
embriagadas, que podem apoiar a face em travesseiros ou algo que se assemelhe obstruindo narinas e
boca.
O cadáver pode apresentar alguns sinais como equimoses nos lábios, sinais de dentes na mucosa labial
interna e marcas ungueais nas proximidades da boca e das fossas nasais, nos casos de sufocação manual,
sendo estas ausentes quando o agente emprega corpos moles (travesseiros, panos), e provável fratura
de dentes e hemorragias puntiformes oriundas da introdução forçada do corpo estranho dentro da boca.
c) Soterramento
Resulta da obstrução direta das vias respiratórias quando a vítima se encontra mergulhada num meio
sólido ou empoeirado.
d) Confinamento
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asfixia se dá em razão do enclausuramento do indivíduo em espaço restrito ou fechado, sem
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renovação do ar atmosférico, o que implica no esgotamento do oxigênio e aumento gradativo do gás
carbônico, aumento da temperatura, alterações químicas e saturação do ambiente por vapores de água
causando intermação (impede a perda de calor pelo organismo).
Obs.: To Burk processo em que os criminosos sentavam sobre o tórax da vítima até matá-la.
É possível que em caso de sufocação indireta não se tenham sinais de asfixia, porém quando presentes,
geralmente podemos notar a máscara equimótica de Morestin ou cianose cérvico-facial,de Le Dentut,
ocasionada pela estase venosa da veia cava superior consequente à compressão torácica.
Ao se analisar o cadáver poderão ser encontradas fraturas do gradil torácico, distensão e congestão dos
pulmões (sinal de Valentin), com sufusões sanguíneas subpleurais, além dos sinais inerentes às asfixias em
geral.
Entre os pulmões e o tórax há um espaço de pressão negativa, que os mantém aderidos, permitindo que os
movimentos das costelas expandindo ou reduzindo o tórax, puxem ou comprimam os pulmões
possibilitando a entrada e a saída do ar.
Quando há fratura das costelas, o tórax não se expande quando o indivíduo puxa o ar o que impede a
entrada de ar, causando um assincronismo entre os movimentos respiratórios e os movimentos do tórax
(respiração paradoxal).
- Paralisia espástica (músculos para em contração, uma espécie de cãimbra). Comum nos casos de
eletroplessão e de drogas que causem contração muscular.
- Paralisia flácida (músculos sem contração). Comum quando a vítima faz uso de drogas relaxantes
musculares.
A Asfixia poderá ainda ocorrer em ambientes líquidos ou gasosos. Nesse caso, são as consequências de
cada ambiente:
a. Líquido: afogamento
b. De gases irrespiráveis: asfixia por gases
Assinale a alternativa que contém sinais mais comumente encontrados nas vítimas de
afogamento.
6 – AFOGAMENTO
Modalidade de asfixia mecânica que ocorre em decorrência da penetração de líquidos nas vias
respiratórias, por permanência da vítima imersa (totalmente ou não) em meio líquido.
O indivíduo pode vir a afogar-se no próprio sangue (afogamento interno), como no esgorjamento; ou pelo
conteúdo estomacal regurgitado.
Nos meses mais quentes há um considerável aumento na frequência dos afogamentos acidentais de
pessoas imprudentes que se afastam da praia ou entram em lagos, rios e represas, muitas vezes em estado
de embriaguez.
O afogamento suicida e o afogamento homicida são menos frequente mas são possíveis.
É possível que o examinador traga o conceito de Vibert, que diferencia duas modalidades de asfixia por
afogamento: submersão-inibição e submersão-asfixia.
Há quem entenda que a submersão-inibição não pode ser considerada afogamento, já que o indivíduo
embora imerso, não ingere grande quantidade de líquido, ou seja, não se afoga, sucumbindo rapidamente,
por inibição do sistema nervoso central. Nesses casos não há no cadáver (chamado afogado branco de
Parrot) sinais característicos das asfixias.
- afogados branco: quando não há líquido nos pulmões, uma vez que a morte se deu por
parada cardíaca reflexa (morte por inibição).
- afogados azul: a morte se deu pela entrada de líquido nos pulmões, ou seja por asfixia.
1ª Fase: De luta: a vítima tenta não se afogar, sobe e afunda várias vezes, tenta se agarrar em
pedras, plantas, engole muita água e geralmente se machuca.
É durante a fase de dispneia que, em razão dos movimentos inspiratórios reflexos, a água penetra no
sistema respiratório (bronquíolos e alvéolos) originando enfisema hidroaéreo pulmonar e espuma
sanguinolenta intrabrônquica pela agitação em borbulhas do ar e pelo refluxo do sangue da cavidade
aurículo-ventricular direita e do sistema porta. O líquido ingerido no afogamento invade o aparelho
gastrintestinal.
1. Sinais Externos
Dividem-se em sinais atípicos (variam de acordo com o tempo de permanência do cadáver no meio
líquido) e sinais típicos (fenômenos vitais ocorridos durante o afogamento, indicadores de que a vítima
estava viva dentro da água).
São aqueles que se manifestam em outras formas de morte que não o afogamento, em que o cadáver
permanece por qualquer motivo submerso por algum período de tempo. São eles:
a. Pele anserina ou “pele de galinha”: ocorre como decorrência da saliência dos folículos pilosos pela
contração dos músculos eretores cutâneos. São frequentemente encontradas nos ombros, na
região lateral das coxas e dos antebraços, constituindo o sinal de Bernt.
b. Retração dos mamilos: ocorre pelo mesmo motivo da pele anserina.
c. Retração dos testículos e do pênis: decorre do desequilíbrio térmico inicial entre o corpo e a massa
líquida, por estímulo cremastérico.
d. Temperatura baixa da pele.
e. Maceração epidérmica: decorre da embebição da pele, se apresenta mais acentuada nas mãos e
nos pés, destacando-se por grandes retalhos, ou quando nas mãos, em dedos de luva junto com as
unhas.
f. Rigidez cadavérica precoce.
g. Cor da face: lívida ou azulada nos afogados brancos de Parrot e cianosada nos mortos por
submersão-asfixia.
h. Queda fácil dos pelos (daqueles que permaneceram durante algum tempo submersos).
a. “Cabeça de negro”: característica dos afogados por submersão em estado de putrefação; a pele da
cabeça adquire cor verde e bronzeada.
b. Tonalidade vermelho-clara dos livores cadavéricos: em razão das alterações do sangue na asfixia-
submersão (fluidez, falta de coagulação), localiza-se comumente nas regiões mais declives do corpo
(cabeça, pescoço, metade superior do tronco, mãos e pés), podendo, ser generalizada.
c. Cogumelo de espumas: é consequência do arejamento do muco misturado à água na traqueia e nos
brônquios, somente se forma nos indivíduos que reagiram energicamente dentro d’água e
aparecem sobre a boca e narinas dos que foram retirados da água cedo.
d. Putrefação: enquanto a vítima está submersa é lenta, porém se desenvolve rapidamente se o corpo
é posto em contato com o meio exterior. Inicia-se pela parte superior do tórax, face e depois cabeça
e progride em direção descendente comprometendo todo o corpo, que assume forma gigantesca,
lembrando balão inflado. Há distensão exagerada do aparelho genital masculino fazendo com que o
pênis e as bolsas escrotais tenham dimensões descomunais.
Obs.: a mancha verde que marca o início da putrefação nos afogados aparece no tórax.
2. Sinais Internos
Nos trazem as lesões provocadas pelo líquido no interior da árvore respiratória, no aparelho digestivo e no
ouvido médio, e os sinais gerais de asfixia.
Obs.: É possível que ocorra penetração de líquido e de plâncton em cadáveres lançados no meio líquido,
porém será em quantidade bem menor em relação à submersão-asfixia.
g) Lesões dos pulmões: caracterizadas pelo aumento de volume, menor elasticidade e distensão
acentuada dos pulmões (sinal de Valentin), e pela presença de enfisema aquoso, de rupturas dos
órgãos e das paredes alveolares e dos capilares sanguíneos, originando as equimoses subpleurais (e
até sufusões) ou manchas de Paltauf.
Obs.: O enfisema aquoso subpleural é explicado por Paltauf como sendo provocado pela penetração do
líquido aspirado nos alvéolos e tecidos intersticiais, através da via linfática.
a) Congestão polivisceral dos rins e especialmente do fígado (fígado asfíxico de Etienne Martin):
provocada pela hipertensão da pequena circulação e da veia cava superior.
b) Equimoses nos músculos do pescoço e do tórax: originadas pelo esforço violento do indivíduo
evitando se afogar ou pelas convulsões manifestadas na fase final do afogamento.
É muito difícil dizer ao certo quanto tempo a vítima permaneceu dentro d’água. Esse tempo é variável
conforme as estações e o tipo do meio líquido.
Assim sendo, é praticamente impossível dizer, com precisão, a data da morte no afogamento.
Essa será feita por aproximação considerando os antecedentes e uma série de observações médico-legais,
como a maceração da pele, a queda das unhas, a fase de putrefação e de adipocera etc.
Na água doce, o cadáver flutua habitualmente após 24 horas da morte e por até 5 dias, graças aos gases de
putrefação. No mar flutua mais cedo devido ao maior peso específico da água salina.
Assim, por exemplo, no verão, a maceração destaca a pele das mãos e dos pés em dedos de luva, a
putrefação é acentuada e confere ao cadáver o aspecto gigantesco, no terceiro dia. Isso sem falar na
rapidez com que a putrefação se desenvolve no afogado retirado da água no verão. A “cabeça de negro”,
no verão, se forma comumente no segundo dia.
1. Em água doce
Por ser menos concentrada que o sangue ela passa dos alvéolos para os vasos e dilui o sangue, causando
aumento de volume do sangue e falência cardíaca já que o coração não consegue bombear esse grande
volume.
Além disso a água penetra nos glóbulos vermelhos fazendo com que estourem e liberem potássio o que
causa arritmia cardíaca. Assim a morte se dá por parada cardíaca e não por asfixia.
2. Em água salgada
Essa água desloca a água do sangue para o interior dos alvéolos que ficam encharcados tanto pela água
aspirada como pela água do sangue, levando à asfixia. Esse é o verdadeiro afogamento.
A pressão da água rompe os alvéolos e os vasos e o sangue extravasa formando equimoses dentro dos
pulmões, as chamadas manchas de Paltauf, as quais são típicas de afogamento.
a) Lacrimogêneos
-Bromureto de benzila
- Iodureto de benzila
- Bromacetona
- Metil-etil-acetona
b) Estemutatórios
- Etil-dicloroarsina
- Difenil-cloroarsina
- Cianureto de difenil-arsina
c) Vesicantes
d) Sufocantes
- Oxicloreto de carbono
- Cloro
- Cloropiarsina
- Cloroformiato de metila
a) Vegetais
- Ácido cianídrico
b) Das habitações
- Monóxido de carbono
a) Vapores nitrosos
a) Clorofórmio
b) Éter
c) Cloreto de etila
d) Protóxido de nitrogênio
A. Gases lacrimogênios
Em contato com os olhos, não se diluem nas secreções que banham o globo ocular, porém penetram
rapidamente no epitélio corneano e conjuntival, causando, inicialmente, leve sensação de formigamento
reflexo nas pálpebras e, dentro do primeiro minuto após a explosão, intenso lacrimejamento acompanhado
de cefaleia, fadiga, vertigens e irritação das vias aéreas superiores e da pele.
Eram usados pela polícia para dispersar multidões ou para desabrigar marginais homiziados dentro das
casas.
B. Gases esternutatórios
Constituídos de agentes que contêm arsênico; causam irritação das vias aéreas superiores, efeitos sobre as
terminações nervosas e sintomas de intoxicação arsenical.
O mais letal gás esternutatório é o etildicloroarsina, poderoso irritante tóxico dos pulmões, que gera
vesicação da pele após uma exposição de cerca de 5 minutos e leva à morte quando inalado na
concentração de 0,5mg por litro de ar durante 10 minutos.
C. Gases vesicantes
O mais famoso gás vesicante é a iperita ou gás mostarda. Chamado “rei dos gases de batalha”, é o vapor do
sulfureto de etila biclorado; altamente tóxico, é o elemento mais destruidor da guerra química.
O gás mostarda atua sobre a pele, olhos e aparelho respiratório. Na pele exposta duas a dez horas ao gás
mostarda surge eritema, às vezes acompanhado de erupção puntiforme, e, posteriormente, flictenas
contendo líquido seroso claro que, rompendo-se, deixam entrever tecido subjacente vermelho e
hemorrágico. As lesões dérmicas, assentam-se na face, no ânus e nas bolsas escrotais, onde o epitélio é
mais espesso. Os olhos lacrimejam, as pálpebras edemaciam, as conjuntivas inflamam e o corpo ciliar e a
íris hiperemiam. A córnea opacifica-se e a superfície do globo ocular adquire aparência rugosa. A
orofaringe e a laringe tornam-se edemaciadas e granulosas. Além disso provoca cefaleia, sede intensa, mal-
estar, vertigens, tonturas, vômitos e diarreias, arritmia cardíaca, podendo a morte sobrevir por
broncopneumonia. A exposição a uma concentração de 0,15mg por litro de ar, durante 10 minutos leva à
morte.
A Convenção de Genebra condenou seu uso. Foram utilizados, pela primeira vez, em julho de 1917, na
Primeira Grande Guerra Mundial, causando quatrocentas mil mortes.
D. Gases sufocantes
O mais importante é o cloro. A intoxicação por cloro causa dor intensa, espasmo laríngeo e da musculatura
brônquica, dispneia, hipotensão arterial, hepatização dos pulmões, engurgitamento venoso geral, grave
acidose, cianose, náuseas, vômitos, síncope, inconsciência, falência do ventrículo esquerdo e morte por
edema agudo do pulmão.
No cadáver observa-se:
Uma parte de cloro por mil partes de ar leva à morte após cinco minutos de exposição.
A) Ácido cianídrico
A inalação de vapores de ácido cianídrico ou ácido prússico acarreta a morte dentro de poucos minutos até
3 horas. A vítima sente vertigens, hiperpneia, cefaleia, taquicardia, cianose, inconsciência, convulsões e
morte por asfixia.
B) Monóxido de carbono
O monóxido de carbono quando inalado é absorvido pelos alvéolos e reage quimicamente com a
hemoglobina do sangue formando a carboxiemoglobina (HbCO), que impede o processamento normal da
hematose, causando anoxia e não envenenamento, pois esse gás não é, em si mesmo, tóxico para as
células.
A vítima apresenta edema cerebral, cefaleia intensa, vasodilatação cutânea, zumbidos, tosse, batimentos
dolorosos nas têmporas, escotomas, náuseas, vômitos, síncope, taquisfigmia, taquipneia, debilidade
muscular e paralisia dos membros inferiores que impede a vítima de deixar o local, respiração de Cheyne-
Stokes, convulsões intermitentes, coma, podendo chegar à morte.
Supondo que a vítima seja retirada com vida, a concentração sanguínea de carboxiemoglobina, por ser
dissociável, diminui rapidamente e, se as trocas respiratórias forem satisfatórias, em algumas horas ela
será eliminada por completo do sangue da vítima.
O oxigênio puro expele todo o monóxido de carbono do organismo entre 30 e 90 minutos; ao ar livre são
necessárias cerca de 2 ou mais horas, com as trocas respiratórias processando-se normalmente.
Existe uma forma super aguda de asfixia pelo monóxido de carbono, pela inalação brusca e violenta desse
gás, nesse caso imediatamente surgem tremores, vertigens, perda da consciência, às vezes, convulsões
intermitentes, síncope respiratória e morte por parada respiratória.
Caso a vítima sobreviva, apresentará sequelas psíquicas e neurológicas, amaurose, xantopsia, pneumonia
de regurgitamento, sintomas cardiovasculares, edema cerebral, entre outros.
Curiosidade! Há uma forma crônica de asfixia oxicarbonada, que decorre dos efeitos cumulativos de uma
agressão repetida aos tecidos, causada pela exposição intermitente ao monóxido de carbono, que se
manifesta por sintomatologia psíquica proteiforme e neurológica, hemática e cardiocirculatória,
especialmente, nos foguistas, nos cozinheiros e churrasqueiros profissionais, nos que trabalham em usinas
de álcool ou de pinga.
O Aula 04
tratamento do indivíduo intoxicado pelo monóxido de carbono consiste em retirar a vítima
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imediatamente do local e colocá-la ao ar livre; oxigenoterapia; cuidados gerais; exanguíneo-transfusão, se
necessário; respiração artificial com trações da língua, se o ofendido estiver apneico.
a) Rigidez precoce;
b) Face carminada;
g) Edema cerebral;
i) Petéquias e infiltração perivascular, com necrose focal, no coração, no cérebro e em outros órgãos; e
j) Putrefação tardia.
Obs.: Utiliza-se a espectroscopia e outras reações químicas para pesquisa da presença de monóxido de
carbono no sangue, colhido no interior das cavidades cardíacas, dos grandes vasos ou de vísceras maciças,
para evitar possíveis erros por invasão hemática post mortem do monóxido de carbono.
Espectroscopia, de acordo com Dalton Croce, é o método que permite analisar determinadas substâncias
(hemoglobina, oxiemoglobina, carboxiemoglobina, metemoglobina, hemocromogênio, hematoporfirina),
caracterizando-as, de acordo com o seu espectro de emissão ou de absorção. Esse exame é feito com
espectroscópios, que evidenciam, no espectro solar visível, riscas escuras, verticais e fixas, na seguinte
posição: A e B no vermelho, C no alaranjado, D no alaranjado e no amarelo, E no amarelo e no verde, F no
verde, G no anil, H e K no violeta, chamadas raias de Fraunhofer. Essas raias indicam que certas irradiações
sofrem absorção quando atravessam a lente e o prisma dos aparelhos. O exame espectroscópico do
monóxido de carbono se faz diluindo-se algumas gotas de sangue em água destilada, as quais, observadas
noAula 04
aparelho, mostram duas faixas no espectro de absorção, entre as estrias “D” e “E” de Fraunhofer,
1503976
correspondendo, respectivamente, à carboxiemoglobina (mais escura e estreita no amarelo) e à
oxiemoglobina (mais larga e mais clara no verde), quando o título da solução desta última oscila de 1 a 6
por mil. Se o seu grau de diluição for superior a 1 para 10 mil, visualiza-se uma terceira faixa entre as
estrias “H” e “K”. Adicionando-se, a seguir, sulfidrato de amônia, sulfureto de amônia ou hidrossulfito de
sódio, que são agentes redutores, ao líquido examinando, supondo exista carboxiemoglobina, as duas
faixas não se unem, permanecem isoladas, não formando, pois, a faixa única de Stokes inerente à presença
de oxiemoglobina. Vale deixar consignado que toda a oxiemoglobina é reduzida a hemoglobina, no máximo
duas horas após o óbito.
O espectro de absorção da carboxiemoglobina está formado por duas faixas entre as raias D e E, sendo,
desse modo, muito assemelhado ao espectro de absorção da oxiemoglobina. É o modo de comportar-se da
carboxiemoglobina e da oxiemoglobina com os agentes redutores que permite diferenciar facilmente estas
duas substâncias.
a) Reação de Solkowski: o sangue normal tratado por uma solução aquosa de hidrogênio sulfurado torna-
se esverdeado pela formação de sulfemetemoglobina; em contrapartida, o sangue oxicarbonado não se
altera.
b) Reação de Katayama: o sangue oxicarbonado, diluído a 1/50, adicionado de algumas gotas de sulfeto de
amônio e de ácido acético a 30%, toma coloração vermelho-clara; o sangue normal, por essa forma
tratado, adquire tonalidade vermelho-esverdeada, suja.
c) Reação de Stockis: uma solução aquosa de cloreto de zinco a 25% gera um precipitado de cor
achocolatada, no sangue normal, e de tonalidade vermelho-cereja clara, com ou sem precipitação,
conforme seja o número de gotas empregado no sangue oxicarbonado.
d) Reação de Kunkel e Weltzel: o sangue suspeito, diluído em partes iguais com solução de tanino a 1,5%
ou com o ácido acético, forma coágulo rosado, se houver monóxido de carbono, e, nos casos negativos,
anegrado, que, por seu peso, irá se depositar no fundo do tubo de ensaio.
Além destes métodos há ainda um método bastante simples para distinguir as soluções de oxiemoglobina e
de carboxiemoglobina. Mencionado método consiste na diluição separada de ambas, com água, até
debilitar ao máximo as suas cores: o líquido que contém oxiemoglobina, nestas condições, mostra
tonalidade amarela esmaecida, enquanto o de carboxiemoglobina, vermelho-azulada.
Provocam dispneia, irritação intensa da laringe, da traqueia, dos brônquios e dos pulmões.
Cumpre esclarecer que o acidente respiratório, durante uma anestesia geral, não é fato imprevisível, pelo
contrário, deve sempre ser cogitado pelos cirurgiões. Assim, não se pode alegar caso fortuito ou força
maior.
Por fim, não custa lembrar que a morte de paciente em razão da anestesia, ocorrida em centro médico
desprovido da aparelhagem indicada, ou de qualquer forma eficaz de segurança para os pacientes, é
considerada, do ponto de vista penal, circunstância agravante, vez que configura inobservância de regra de
ofício, arte ou profissão.
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o
crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a
defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que poda resultar
perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou
com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; (grifo nosso)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003)
Assim, caberá ao perito, após realizar perícia, esclarecer se a causa da morte foi acidental ou decorrente
de negligência do profissional.
Após essa aula tão rica, é importante fixarmos todo o conteúdo estudado hoje e a melhor forma é através
da resolução de questões.
RESUMO
Energia físico-química
Trauma é a atuação de uma energia externa sobre o indivíduo, com intensidade suficiente para causar
desvio suficiente da normalidade ou alterar o funcionamento do organismo.
Quanto à lesão, dissemos que é uma alteração estrutural oriunda de uma agressão ao organismo. Assim,
uma lesão será considerada violenta quando causada por traumatismo.
Físico-Química: asfixias.
As energias chamadas de físico-químicas dizem respeito às ações físicas (mecânicas) que ocasionam
alterações da química do organismo.
Assim, podemos dizer que se enquadram como energias físico-químicas as asfixias mecânicas já que a ação
física que obstrui a respiração causa no sangue arterial:
Também, como forma de deixar o seu material o mais completo possível, analisaremos as energias
bioquímica, biodinâmica e mista, que possuem pouca incidência nas provas mas merecem atenção.
Asfixiologia forense
DoAula 04
ponto de vista fisiopatológico, uma vez cessadas as trocas orgânicas por influência patológica ou por
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impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa, ocorre a morte.
Asfixiologia em geral
Sabemos que todos os seres vivos respiram. É por meio dos alvéolos pulmonares que ocorre a hematose,
ou seja, a transformação, por osmose, do sangue venoso em arterial, pela perda de gás carbônico e
entrada de oxigênio.
Ortopneia: é uma dispneia muito intensa que obriga o indivíduo a parar qualquer atividade para dar inteira
liberdade de ação aos músculos auxiliares da respiração; e
O processo asfíxico
Um processo asfíxico típico dura cerca de 7 (sete) minutos. Obviamente existem exceções; na submersão
leva cerca de 4 (quatro) a 5 (cinco) minutos; no enforcamento, quando a morte não ocorre por inibição dos
centros nervosos e depende da intensidade de constrição leva cerca de 10 (dez) minutos.
O processo asfíxico divide-se em duas fases e cada fase divide-se em dois períodos:
Dispneia
Período de
respiratória
Fase de Irritação
Dispneia
expiratória
Inicial, apneico, ou
Período
de morte aparente
Fase de
esgotamento
Terminal
Fase da irritação
Na fase de irritação estão abrangidos os períodos de dispneia inspiratória (de cerca de um minuto de
duração), em que a pessoa, sem perder a consciência, absorve desordenadamente em grandes inspirações
o ar; e o período de dispneia expiratória (de cerca de 3 minutos de duração), em que há inconsciência e,
algumas vezes, convulsões tônico-clônicas devidas à ação excitadora do gás carbônico.
Fase de esgotamento
Na fase de esgotamento teremos o período inicial, de pausa ou de morte aparente, em que há parada da
respiração durante algum tempo, e o período terminal, em que os últimos movimentos respiratórios que
precedem a morte ocorrem. O tempo de duração da fase de esgotamento é de aproximadamente 3 (três)
minutos.
Dispnéia
Dispnéia Últimos
expiratória
Fases da inspiratória Parada movimentos
(dificuladade
asfixia (dificuldade respiratória respiratórios e
para expelir o
de puxar o ar) morte
ar)
Nas asfixias mecânicas em geral não há sinais patognomônicos (sintoma específico). Os que se tem são
sinais característicos, inconstantes, de valor relativo, que, quando associados a outros elementos,
permitem o diagnóstico.
Sinais externos:
- Cogumelo de espuma
Sinais internos
Obs.: As manchas de Paltauf são equimoses viscerais nos pulmões dos afogados.
- Congestão polivisceral
Enforcamento
Estrangulamento
Esganadura
Direta ou ativa
-Soterramento
-Confinamento
Indireta ou passiva
-Compressão do tórax
Indivíduo em ambiente
Líquido: afogamento
DeAula 04
gases irrespiráveis: asfixia por gases
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Enforcamento
O enforcamento é a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço por um laço
cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio peso do indivíduo como força viva.
O laço em regra é constituído pelo nó e pela alça. Esse nó poderá ser fixo ou não (corredio). A alça
promoverá a constrição mecânica do pescoço fazendo com que se interrompa a livre circulação do ar
atmosférico nas vias respiratórias por compressão da traqueia e pelo rechaço da base da língua contra a
parede posterior da faringe.
O nó comumente aparece na região posterior (nuca), algumas vezes na lateral (mastoide) e, raramente, na
frente do pescoço.
Já o laço é colocado em torno do pescoço, normalmente uma única volta, mas há casos de várias voltas.
O ponto de suspensão resistente serve para fixar o laço e é variável: galhos de árvores, bandeira de portas,
traves de futebol, espaldar de camas, armadores de rede, maçanetas de portas, cravo de dormentes,
grades de prisões, cano de chuveiro, etc.
Típica ou completa: o corpo permanece completamente suspenso, apoiado apenas pelo laço; e
Atípica ou incompleta: alguma parte do corpo (geralmente, pés, joelhos, braços ou abdome) toca o solo.
A morte por enforcamento se dá entre cinco (5) e dez (10) minutos, a depender da intensidade da
constrição.
Os livores cadavéricos: começam a surgir a partir da 3ª hora do enforcamento. Após 6 horas já são intensos
e fixam-se.
Obs.: Há casos em que a morte é instantânea em razão da parada cardíaca por reflexo nervoso e não em
razão da asfixia, é a chamada morte por inibição.
a) Período inicial — sensação de calor, zumbidos e perda rápida da consciência em razão da constrição do
feixe vásculo-nervoso do pescoço o qual compromete a vascularização cerebral;
2. Fenômenos de sobrevivência
Frustrado o enforcamento, conforme a fase em que a vítima é socorrida, podem advir perturbações locais
ou gerais.
- Dor.
- Afonia.
- Disfagia.
- Confusão mental.
- Depressão.
- Amnésia.
- Estado comatoso.
3. Aspecto do cadáver
Primeiramente, com base na coloração da face distinguem-se os enforcados azuis e os enforcados brancos.
NosAula 04
enforcados brancos a face é pálida e lívida em razão do completo impedimento da circulação por
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oclusão total das carótidas e das veias jugulares, interrompendo o fluxo sanguíneo para a cabeça.
Já nos enforcados azuis temos uma constrição que compromete intensamente as artérias do pescoço e
mais completamente as jugulares, estabelecendo-se a estase venosa (comprime a circulação e impede a
eliminação do gás carbônico), que confere ao rosto tonalidade azulada e aspecto vultoso (aumentado) e,
raramente, pequenas equimoses palpebrais e conjuntivais.
Obs.: O oxigênio deixa o sangue com cor vermelha viva e o gás carbônico deixa o sangue com cor
arroxeada, azulada.
A cabeça do enforcado pende para o lado oposto ao nó, fletida para diante, como se o queixo tocasse o
tórax.
Pela ação da gravidade, as hipóstases e as equimoses post mortem se localizam na metade inferior do
corpo e, mais intensamente, na extremidade dos membros inferiores.
No enforcamento ocorre putrefação seca na metade superior do corpo e úmida na parte restante.
4. Sinais externos
No enforcamento completo o sulco é na parte mais alta do pescoço, entre o hioide e a laringe. Geralmente
é único, mas pode ser duplo, triplo ou múltiplo, de acordo com o número de voltas em torno do pescoço. A
direção é oblíqua ascendente bilateral anteroposterior e, o sulco normalmente é descontínuo,
interrompendo-se nos pontos correspondentes à interposição de corpos moles e especialmente nas
proximidades do nó. Será contínuo, quando produzido por laço muito apertado. Pode não haver sulco se
forem empregados laços moles, ou quando é interposto um corpo mole entre o laço e o pescoço; ou ainda
se a constrição não foi muito demorada.
No enforcamento incompleto o sulco pode não estar entre o hioide e a laringe e pode se apresentar
horizontalizado ou oblíquo descendente.
5. Sinais internos
São os sinais locais, os sinais dos planos profundos do pescoço e os sinais a distância.
2) Sinais dos planos profundos do pescoço — Existem muitos mas esses são os mais importantes para a
medicina legal:
l) Lesão de Orsòs: gotas de gordura emulsionadas pelo líquido tissular na tela adiposa subcutânea.
6. A morte no enforcamento
Estrangulamento
É a asfixia mecânica por constrição do pescoço por laço tracionado por qualquer força que não seja
o peso da própria vítima.
a) Asfixia
Resistência;
Inconsciência e convulsões; e
Se não houver sucesso no estrangulamento é possível que a vítima apresente: amnésia, confusão mental,
agitação, angústia, convulsões, dificuldade na fala, rouquidão, edema e equimose de coloração
vermelho-violácea na região periorbitária direita e esquerda, hemor ragia conjuntival e petéquias na
pálpebra inferior de ambos os olhos; escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração
avermelhada, localizada abaixo da tireoide, dor cervical, dispneia e disfagia, espuma sanguinolenta bucal
e relaxamento dos esfíncteres.
Hemorragias puntiformes nas conjuntivas, na face, no pescoço e na região torácica anterior produzidas a
distância do ponto de aplicação da força, pela asfixia;
Ocorrência de espuma sanguinolenta recobrindo a boca e as narinas (é provável mas não está sempre
presente); e
O sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo ou múltiplo, contínuo e de
profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e leito deprimido pergaminhado, é
tipicamente horizontalizado, podendo, porém, excepcionalmente, ser ascendente quando o laço foi
tracionado pelo agente por detrás e para cima.
b) No enforcamento é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireóidea, mais
profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do nó, e pergaminhado.
Esganadura
Caso a esganadura não leve à morte, pode causar disfagia (dificuldade para engolir), disfonia, tumefação
cervical e miocontratura do pescoço.
a) Cianose ou palidez da face (varia de acordo com o grau de constrição do pescoço e da desproporção das
forças de modo a interromper totalmente ou não a circulação de sangue para a cabeça);
c) Congestão conjuntival;
e) Otorragia, principalmente se houver ruptura do tímpano (é possível, mas pode não ocorrer);
f) Ocorrência de procidência da língua e de espuma sanguinolenta nas narinas (é possível, mas pode não
ocorrer);
Nos casos de esganadura também podemos notar os sinais locais profundos, quais sejam:
a) Infiltrações hemorrágicas difusas nas partes moles do pescoço (constantes e mais acentuadas que no
estrangulamento);
b) Fraturas dos pequenos e grandes cornos do osso hioide e das cartilagens tireoide e cricoide (mais
frequentes que no estrangulamento);
c) Lesões dos vasos do pescoço, tanto das carótidas como das jugulares (raras).
Os sinais locais profundos podem não ocorrer se a morte se der por inibição reflexa dos seios carotídeos.
Sufocação
Consiste na asfixia mecânica provocada pelo impedimento direto ou indireto à entrada do ar atmosférico
nas vias respiratórias ou por permanência forçada em espaço fechado.
1. Sufocação direta
Consiste na asfixia causada pelo impedimento da entrada de ar por obstáculo nos orifícios externos (nariz e
boca) ou nas vias aéreas superiores (antes de chegar ao pulmão). Existem quatro modalidades de
sufocação direta:
c) Soterramento
2. Sufocação indireta
É possível que em caso de sufocação indireta não se tenham sinais de asfixia, porém quando presentes,
geralmente podemos notar a máscara equimótica de Morestin ou cianose cérvico-facial, de Le Dentut,
ocasionada pela estase venosa da veia cava superior consequente à compressão torácica.
Ao se analisar o cadáver poderão ser encontradas fraturas do gradil torácico, distensão e congestão dos
pulmões (sinal de Valentin), com sufusões sanguíneas subpleurais, além dos sinais inerentes às asfixias em
geral.
Quando há fratura das costelas, o tórax não se expande quando o indivíduo puxa o ar o que impede a
entrada de ar, causando um assincronismo entre os movimentos respiratórios e os movimentos do tórax
(respiração paradoxal).
- Paralisia espástica (músculos para em contração, uma espécie de cãimbra). Comum nos casos de
eletroplessão e de drogas que causem contração muscular.
- Paralisia flácida (músculos sem contração). Comum quando a vítima faz uso de drogas relaxantes
musculares.
Afogamento
Modalidade de asfixia mecânica que ocorre em decorrência da penetração de líquidos nas vias
respiratórias, por permanência da vítima imersa (totalmente ou não) em meio líquido.
Há quem entenda que a submersão-inibição não pode ser considerada afogamento, já que o indivíduo
embora imerso, não ingere grande quantidade de líquido, ou seja, não se afoga, sucumbindo rapidamente,
por inibição do sistema nervoso central. Nesses casos não há no cadáver (chamado afogado branco de
Parrot) sinais característicos das asfixias.
- Afogados branco: quando não há líquido nos pulmões, uma vez que a morte se deu por parada cardíaca
reflexa (morte por inibição).
- Afogados azul: a morte se deu pela entrada de líquido nos pulmões, ou seja por asfixia.
1. Fases do afogamento
1ª Fase: De luta: a vítima tenta não se afogar, sobre e afunda várias vezes, tenta se agarrar em pedras,
plantas, engole muita água e geralmente se machuca.
2ª Fase - De resistência: caracterizada pela apneia voluntária, durante a qual, a vítima conserva-se lúcida e
com os movimentos reflexos.
3ª Fase - De exaustão ou da inspiração: caracterizada por dispneia com inspirações profundas e expirações
curtas, desencadeada pelo estímulo dos centros nervosos bulbares pela hipercapneia.
4ª Fase - De asfixia: caracterizada pela parada respiratória, perda da consciência, insensibilidade, algumas
vezes com convulsões e morte.
São aqueles que se manifestam em outras formas de morte que não o afogamento, em que o cadáver
permanece por qualquer motivo submerso por algum período de tempo. São eles:
e) Maceração epidérmica.
g) Cor da face: lívida ou azulada nos afogados brancos de Parrot e cianosada nos mortos por submersão-
asfixia.
i) Destruição por animais da fauna aquática, como peixes, siris e outros crustáceos das partes moles e
cartilaginosas.
l) Presença de erosões das polpas digitais e entre os dedos; sob as unhas presença de lama ou grãos de
areia e, nos lábios presença de corpos estranhos inerentes à massa líquida onde ocorreu a submersão.
a) “Cabeça de negro”: característica dos afogados por submersão em estado de putrefação; a pele da
cabeça adquire cor verde e bronzeada.
b) Tonalidade vermelho-clara dos livores cadavéricos: em razão das alterações do sangue na asfixia-
submersão (fluidez, falta de coagulação), localiza-se comumente nas regiões mais declives do corpo
(cabeça, pescoço, metade superior do tronco, mãos e pés), podendo, ser generalizada.
d) Putrefação: enquanto a vítima está submersa é lenta, porém se desenvolve rapidamente se o corpo é
posto em contato com o meio exterior. Inicia-se pela parte superior do tórax, face e depois cabeça e
progride em direção descendente comprometendo todo o corpo, que assume forma gigantesca,
lembrando balão inflado. Há distensão exagerada do aparelho genital masculino fazendo com que o pênis e
as bolsas escrotais tenham dimensões descomunais.
Obs.: a mancha verde que marca o início da putrfação nos afogados aparece no tórax.
Sinais internos
Nos trazem as lesões provocadas pelo líquido no interior da árvore respiratória, no aparelho digestivo e no
ouvido médio, e os sinais gerais de asfixia.
e) Diluição do sangue.
a) Congestão polivisceral dos rins e especialmente do fígado (fígado asfíxico de Etienne Martin):
provocada pela hipertensão da pequena circulação e da veia cava superior
b) Equimoses nos músculos do pescoço e do tórax: originadas pelo esforço violento do indivíduo evitando
se afogar ou pelas convulsões manifestadas na fase final do afogamento.
3. Tempo de submersão
É muito difícil dizer ao certo quanto tempo a vítima permaneceu dentro d’água. Esse tempo é variável
conforme as estações e o tipo do meio líquido.
Na água doce, o cadáver flutua habitualmente após 24 horas da morte e por até 5 dias, graças aos gases de
putrefação. No mar flutua mais cedo devido ao maior peso específico da água salina.
A. Em água doce
A água que chegará aos alvéolos pulmonares estará livre de eletrólitos. Por ser menos concentrada que o
sangue ela passa dos alvéolos para os vasos e dilui o sangue, causando aumento de volume do sangue e
falência cardíaca já que o coração não consegue bombear esse grande volume. Além disso a água penetra
nos glóbulos vermelhos fazendo com que estourem e liberem potássio o que causa arritmia cardíaca. Assim
a morte se dá por parada cardíaca e não por asfixia.
B. Em água salgada
a) Lacrimogêneos
-Bromureto de benzila
- Iodureto de benzila
- Bromacetona
- Metil-etil-acetona
b) Estemutatórios
- Etil-dicloroarsina
- Difenil-cloroarsina
- Cianureto de difenil-arsina
c) Vesicantes
d) Sufocantes
- Oxicloreto de carbono
- Cloro
- Cloropiarsina
- Cloroformiato de metila
a) Vegetais
- Ácido cianídrico
b) Das habitações
a) Vapores nitrosos
a) Clorofórmio
b) Éter
c) Cloreto de etila
d) Protóxido de nitrogênio
A) ÁCIDO CIANÍDRICO
A inalação de vapores de ácido cianídrico ou ácido prússico acarreta a morte dentro de poucos minutos até
3 horas. A vítima sente vertigens, hiperpneia, cefaleia, taquicardia, cianose, inconsciência, convulsões e
morte por asfixia.
B) MONÓXIDO DE CARBONO
O monóxido de carbono quando inalado é absorvido pelos alvéolos e reage quimicamente com a
hemoglobina do sangue formando a carboxiemoglobina (HbCO), que impede o processamento normal da
hematose, causando anoxia e não envenenamento, pois esse gás não é, em si mesmo, tóxico para as
células.
A vítima apresenta edema cerebral, cefaleia intensa, vasodilatação cutânea, zumbidos, tosse, batimentos
dolorosos nas têmporas, escotomas, náuseas, vômitos, síncope, taquisfigmia, taquipneia, debilidade
muscular e paralisia dos membros inferiores que impede a vítima de deixar o local, respiração de Cheyne-
Stokes, convulsões intermitentes, coma, podendo chegar à morte.
Caso a vítima sobreviva, apresentará sequelas psíquicas e neurológicas, amaurose, xantopsia, pneumonia
de regurgitamento, sintomas cardiovasculares, edema cerebral, entre outros.
a) Rigidez precoce;
g) Edema cerebral;
i) Petéquias e infiltração perivascular, com necrose focal, no coração, no cérebro e em outros órgãos; e
j) Putrefação tardia.
Energia bioquímica
Inaninção
A inanição crônica corresponde a uma fome orgânica celular. Em seu maior grau leva a caquexia, em que
há o completo desaparecimento do panículo adiposo e, o corpo assume a aparência de pele e osso
provocada pela privação alimentar completa, espontânea ou involuntária, anorexia nervosa, doenças
consuntivas, defeitos de absorção, hemorragias crônicas.
A inanição reduz o turgor (elasticidade da pele). O tono muscular reduz-se ou aumenta. Ocorrem
alterações nas funções motoras, há surgimento de halitose precoce, lentidão dos movimentos, gengiva
inchada, língua saburrosa, boca seca. Surgem vertigens e perturbações psíquicas como apatia, sonolência,
delírios, convulsões, estado comatoso e morte.
- Caquexia;
- Atrofia muscular generalizada, com adelgaçamento dos membros contrastando com o aparente aumento
dos cotovelos e joelhos, dando a impressão de tumores ao nível dessas articulações;
Energia biodinâmica
Choque
É uma síndrome que se caracteriza pela impossibilidade precoce ou tardia, temporária ou definitiva do
organismo de recuperar o equilíbrio rompido por falta de adaptação, seja em razão da amplitude da
agressão, seja em razão da deficiência da resposta à agressão.
Diz-se que o choque é primário quando a síndrome se manifesta imediatamente e secundário quando se
manifesta após algum tempo da agressão.
- Dilatação, em geral fugaz, da microcirculação capilar, com consequente diminuição da resistência vascular
periférica, retardamento do retorno venoso ao coração, queda do ritmo cardíaco e da pressão arterial,
desencadeando o choque primário, que pode ser fatal.
Classificação do choque:
- Cardiogênico;
- Obstrutivo;
- Hipovolêmico; e
- Periférico.
Exame cadavérico
NoAula 04
exame cadavérico será observado pelo médico legista:
1503976
2) Congestão pulmonar;
7) Poliesteatose visceral mais acentuada no fígado e no miocárdio, que se inicia 18 horas após a agressão e
aumenta durante 96 horas, entrando depois em declínio;
Fadiga
De acordo com a definição de Legrange consiste na diminuição do poder funcional dos órgãos, provocada
por um excesso de trabalho, acompanhada por uma sensação característica de mal estar.
Na pessoa morta em decorrência da fadiga superaguda ocorre rigidez cadavérica e putrefação rápida. O
sangue negro dissemina-se em sufusões nas mucosas e víceras.
Causas da asfixia
-Por sufocação
- Livores cadavéricos: começam a surgir a partir da 3ª hora do enforcamento. Após 6 horas já são intensos
e fixam-se.
DIRETA SUFOCAMENTO
CONFINAMENTO
SUFOCAÇÃO
OCLUSÃO DA
LARINGE E
FARINGE
COMPRESSÃO DO
INDIRETA (MÁSCARA EQUIMÓTICA TÓRAX IMPEDINDO
DE MORESTIN) OS MOVIMENTOS
DE RESPIRAÇÃO
Confinamento
Afogamento
- Água no estômago.
- Cogumelo de espuma.
DESTAQUE A LEGISLAÇÃO
↳ Art. 61, do Código Penal: Circunstâncias agravantes
São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia
resultar perigo comum;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº
10.741, de 2003)
O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de
1957 , regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958 , e pela Lei nº 11.000, de 15 de
dezembro de 2004 , e
Considerando que é dever do médico guardar absoluto respeito pela vida humana, não podendo, em
nenhuma circunstância, praticar atos que a afetem ou concorram para prejudicá-la;
Considerando que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual
deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional;
Considerando que o médico deve aprimorar e atualizar continuamente seus conhecimentos e usar o
melhor do progresso científico em benefício do paciente;
Considerando que não é permitido ao médico deixar de ministrar tratamento ou assistência ao paciente,
salvo nas condições previstas pelo Código de Ética Médica;
Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 , que dispõe
sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos
de estabelecimentos assistenciais de saúde, em especial, salas de indução e recuperação pós-anestésica;
Considerando a RDC nº 36/2013, da Anvisa, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de
saúde, regulamenta e coloca pontos básicos para a segurança do paciente, como Núcleos de Segurança do
Paciente, a obrigatoriedade da Notificação dos eventos adversos e a elaboração do Plano de Segurança do
Paciente;
Considerando a Resolução CFM nº 2.147/2016 , que determina que a responsabilidade pelas condições
mínimas de segurança e pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor é do diretor
técnico;
Resolve:
a) Para os procedimentos eletivos, recomenda-se que a consulta pré-anestésica do paciente seja realizada
em consultório médico, antes da admissão na unidade hospitalar, sendo que nesta ocasião o médico
anestesista poderá solicitar exames complementares e/ou avaliação por outros especialistas, desde que
baseado na condição clínica do paciente e no procedimento proposto.
b) Não sendo possível a realização da consulta préanestésica, o médico anestesista deve proceder à
avaliação préanestésica do paciente, antes da sua admissão no centro cirúrgico, podendo nesta ocasião
solicitar exames complementares e/ou avaliação por outros especialistas, desde que baseado na condição
clínica do paciente e no procedimento proposto.
c) O médico anestesista que realizar a consulta préanestésica ou a avaliação pré-anestésica poderá não ser
o mesmo que administrará a anestesia.
II - Para conduzir as anestesias gerais ou regionais com segurança, o médico anestesista deve permanecer
dentro da sala do procedimento, mantendo vigilância permanente, assistindo o paciente até o término do
ato anestésico.
III - A documentação mínima dos procedimentos anestésicos deverá incluir obrigatoriamente informações
relativas à avaliação e prescrição pré-anestésicas, evolução clínica e tratamento intra e pósanestésico
(ANEXOS I, II, III e IV).
V - Para a prática da anestesia, deve o médico anestesista responsável avaliar e definir previamente, na
forma prevista no artigo 2º, o risco do procedimento cirúrgico, o risco do paciente e as condições de
segurança do ambiente cirúrgico e da sala de recuperação pós-anestésica, sendo sua incumbência
certificar-se da existência das condições mínimas de segurança antes da realização do ato anestésico,
comunicando qualquer irregularidade ao diretor técnico da instituição e, quando necessário, à Comissão de
Ética Médica ou ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
VI - Caso o médico anestesista responsável verifique não existirem as condições mínimas de segurança para
a prática do ato anestésico, pode ele suspender a realização do procedimento até que tais inconformidades
sejam sanadas, salvo em casos de urgência ou emergência nos quais o atraso no procedimento acarretará
em maiores riscos ao paciente do que a realização do ato anestésico em condições não satisfatórias. Em
Art. 2º É responsabilidade do diretor técnico da instituição, nos termos da Resolução CFM nº 2.147/2016 ,
assegurar as condições mínimas para a realização da anestesia com segurança, as quais devem ser
definidas previamente entre: o médico anestesista responsável, o serviço de anestesia e o diretor técnico
da instituição hospitalar, com observância das exigências previstas no artigo 3º da presente Resolução
Art. 3º Entende-se por condições mínimas de segurança para a prática da anestesia a disponibilidade de:
III - Monitorização contínua da ventilação, incluindo os teores de gás carbônico exalados, monitorados por
capnógrafo, nas seguintes situações: anestesia sob via aérea artificial (como intubação traqueal, brônquica
ou dispositivo supraglótico) e/ou ventilação artificial e/ou exposição a agentes capazes de desencadear
hipertermia maligna; e
IV - Equipamentos obrigatórios (ANEXO VI), instrumental e materiais (ANEXO VIII) e fármacos (ANEXO IX)
que permitam a realização de qualquer ato anestésico com segurança, assim como a realização de
procedimentos técnicos da equipe voltados à reanimação cardiorrespiratória.
a) da monitorização do bloqueio neuromuscular, para pacientes submetidos a anestesia geral, com uso de
bloqueadores neuromusculares;
c) da monitorização hemodinâmica avançada (pressão arterial invasiva, pressão venosa central e/ou
monitorização do débito cardíaco) para pacientes de alto risco em procedimentos cirúrgicos de grande
porte, e para pacientes de risco intermediário (conforme definido no ANEXO V) em procedimentos
cirúrgicos e/ou intervencionistas de grande e médio porte;
d) do uso de monitores dos gases anestésicos (ar comprimido, óxido nitroso e agentes halogenados);
b) os hospitais garantam aos médicos anestesistas carga horária compatível com as exigências legais
vigentes, bem como profissionais anestesistas suficientes para o atendimento da integralidade dos
pacientes dos centros cirúrgicos e áreas remotas ao centro cirúrgico;
c) os hospitais mantenham um médico anestesista nas salas de recuperação pós-anestésica para cuidado e
supervisão dos pacientes;
d) o Registro dos Eventos Adversos em Anestesia, alinhado com o Programa Nacional de Segurança do
Paciente, estruturado nos Comitês de Segurança institucionais, seja implementado junto com a Análise
Periódica dos Eventos Adversos, na forma determinada pela RDC nº 36/2013, da Anvisa;
f) nas instituições de saúde onde se realizem procedimentos sob cuidados anestésicos, a implementação de
um sistema de checagem de situações de risco para a anestesia; e
g) a organização e treinamento de situações críticas em anestesia, com ênfase na via aérea difícil e em
eventos graves e de alto risco.
Art. 6º Após a anestesia, o paciente deverá ser removido para a sala de recuperação pós-anestésica (SRPA)
ou para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), conforme o caso, sendo necessário um médico responsável
para cada um dos setores (a presença de médico anestesista na SRPA).
Art. 7º Nos casos em que o paciente for encaminhado para a SRPA, o médico anestesista responsável pelo
procedimento anestésico deverá acompanhar o transporte.
§ 1º Existindo médico plantonista responsável pelo atendimento dos pacientes em recuperação na SRPA, o
médico anestesista responsável pelo procedimento anestésico transferirá ao plantonista a
responsabilidade pelo atendimento e continuidade dos cuidados até a plena recuperação anestésica do
paciente.
§ 2º Não existindo médico plantonista na SRPA, caberá ao médico anestesista responsável pelo
procedimento anestésico o pronto atendimento ao paciente.
§ 3º Enquanto aguarda a remoção, o paciente deverá permanecer no local onde foi realizado o
procedimento anestésico, sob a atenção do médico anestesista responsável pelo procedimento.
a) à circulação, incluindo aferição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e determinação contínua
do ritmo cardíaco por meio da cardioscopia;
c) ao estado de consciência;
d) à intensidade da dor;
Art. 8º Nos casos em que o paciente for removido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), o médico
anestesista responsável pelo procedimento anestésico deverá acompanhar o transporte do paciente até o
CTI, transferindo-o aos cuidados do médico plantonista.
§ 2º Enquanto aguarda a remoção, o paciente deverá permanecer no local onde foi realizado o
procedimento anestésico, sob a atenção do médico anestesista responsável.
Art. 10. Revogam-se todas as disposições em contrário, em especial a Resolução CFM nº 1.802 publicada
em 1º de novembro de 2006 .
Secretário-Geral
O médico anestesista deve obter o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido específico para a
anestesia, contendo informações e esclarecimentos acerca das técnicas de anestesia, vantagens e
desvantagens e riscos associados, fazendo-o em linguagem clara e acessível aos pacientes. Deverão existir
no Termo de Consentimento campos específicos para assinatura do paciente ou responsável, data do
consentimento, assinatura e nome legível do médico anestesista.
ANEXO II
2. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, podendo não fazer parte da documentação em situações
de urgência/emergência.
3. Ficha de consulta e/ou avaliação pré-anestésica, que deverá compreender as seguintes informações:
f) exame físico, incluindo avaliação das vias aéreas (abertura de boca e mandíbula, classificação de
Mallampati, mobilidade atlanto-occipital, distância tireomentoniana, condições dentárias, prótese
dentária, circunferência cervical);
h) sinais vitais, incluindo: pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura, frequência respiratória, escala
de dor (adultos de 0 - 10; e crianças - faces de dor).
k) Aula 04
história clínica de alergias/história familiar de efeitos adversos em anestesia (ênfase em alergia a
1503976
fármacos e látex) e hipertemia;
n) estado físico - avaliação dos sistemas: cardiovascular, respiratório e outros sistemas com alterações
clinicas relevantes; e
ANEXO III
A documentação da anestesia no intraoperatório deve incluir, mas não se limitar à ficha de anestesia com
as seguintes informações:
b) identificação do paciente;
e) indicação dos equipamentos de monitorização utilizados e anotação dos resultados aferidos pela
monitorização;
1. 10 (dez) minutos: da saturação da hemoglobina, gás carbônico expirado final (nas situações onde foi
utilizado), pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura e monitorização da profundidade anestésica
com monitores de atividade elétrica do sistema nervoso central; e
2. 15 (quinze) minutos: da monitorização invasiva (pressão arterial média - PAM, pressão venosa central -
PVC, índice cardíaco - IC, volume sistólico - VS, parâmetros dinâmicos de responsividade a volume (variação
do volume sistólico - VVS, delta de variação da pressão do pulso - DeltaPP) ou outros dados
hemodinâmicos.
h) descrição sucinta de intercorrências e eventos adversos associados ou não à anestesia e das condutas
implementadas para solucioná-los.
ANEXO IV
A documentação da anestesia no pós-operatório deve incluir, mas não se limitar à ficha de recuperação
pós-anestésica, que deverá conter as seguintes informações:
a) Aula 04
identificação do(s) anestesiologista(s) responsável(is) e, se for o caso, registro do momento de
1503976
transferência de responsabilidade na admissão do paciente na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA);
b) identificação do paciente;
g) soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e dose), sob prescrição do médico
anestesista; e
ANEXO V
A identificação do risco cirúrgico do paciente tem, entre outros, o objetivo de estabelecer um adequado
planejamento do cuidado anestésico e cirúrgico com o objetivo de redução de morbimortalidade.
Estratificação dos procedimentos cirúrgicos em categorias de pequeno, médio e grande porte - exemplos
de situações cirúrgicas.
Baixo risco ( < 1%) Risco intermedirio (1 - 5%) Alto risco ( > 5%)
Dental Carótida Intestino grosso - urgência ou emergência, grandes cirurgia do aparelho digestivo*
Reconstrutiva Ortop dicas - principalmente (quadril e coluna vertebral) Revisões complexas de quadril ou
joelho
Transplante de fígado
# Risco de infarto do miocárdio e/ou morte dentro de 30 dias após a cirurgia *ou com condições clínicas
descompensadas J. Renner et al./Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology 30 (2016) 201e216
Importante ressaltar que os transplantes de alta complexidade devem ser estratificados como de alto risco.
Critérios maiores:
5. Previsão ou estimativa de grandes perdas sanguíneas (maior que 20% da volemia ou maior de 1000 ml
no adulto; e maior que 7 ml.kg-1 ou maior que 10% da volemia na criança).
7. Insuficiência respiratória.
ANEXO VI
1. Cada sala onde se administra anestesia deverá conter equipamentos para monitorização mínima:
determinação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, determinação contínua do ritmo cardíaco
por meio de cardioscopia, monitorização contínua da saturação da hemoglobina por meio de oximetria de
pulso e monitorização contínua da ventilação, incluindo os teores de gás carbônico exalados, monitorados
por capnógrafo nas situações em que for realizada anestesia geral sob via aérea artificial
- seção de fluxo contínuo de gases, sistema respiratório e ventilatório completo (aparelho de anestesia) e
sistema de aspiração.
5. Para as situações de via aérea difícil previstas é obrigatória a disponibilidade de máscara laríngea, guia
bougie e atomizador para anestesia tópica.
ANEXO VII
1. Para a realização de acesso venoso central e arterial e de anestesia regional, recomenda-se o uso de
equipamentos de ultrassonografia.
2. Nas situações de via aérea difícil, o recurso do fibroscópio para intubação traqueal e videolaringoscópio.
3. Aula
Nos 04
casos com uso de bloqueador neuromuscular, é recomendada a utilização de equipamentos que
1503976
permitam a monitorização da junção neuromuscular.
ANEXO VIII
Instrumentos e materiais
1. Máscaras faciais.
2. Cânulas orofaríngeas.
10. Seringas, agulhas e catéteres descartáveis, específicos para os diversos bloqueios anestésicos
neuroaxiais e periféricos.
ANEXO IX
Fármacos
1. Fármacos usados em anestesia (incluindo, mas não se limitandoa): anestésicos locais, hipnoindutores,
bloqueadores neuromusculares e seus antagonistas (por competição e específicos), anestésicos inalatórios
e dantrolene sódico, opioides e seus antagonistas, antieméticos, analgésicos não opioides e adjuvantes,
corticosteroides, inibidores H2, sulfato de efedrina/fenilefrina e metaraminol, vasopressina,
broncodilatadores, gluconato/cloreto de cálcio.
Art.Aula
51 04
- Alimentar compulsoriamente qualquer pessoa em greve de fome que for considerada capaz, física
1503976
e mentalmente, de fazer juízo perfeito das possíveis conseq ncias de sua atitude. Em tais casos, deve o
médico faz -la ciente das prováveis complicaç es do jejum prolongado e, na hip tese de perigo de vida
iminente, tratá-la.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Guerreiros,
Espero que você esteja se situando na disciplina de Medicina Legal. A assimilação de conteúdo e
familiarização com os temas são de grande relevância para o seu concurso, por isso, não deixe de revisão e
resolver as questões sempre que puder.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso,
por e-mail e, inclusive, pelo Instagram.
Paulo Bilynskyj
E-mail: pbilynskyj@gmail.com
Instagram: @paulobilynskyj
Youtube: Projeto Policial
Facebook: Paulo Bilynskyj
QUESTÕES COMENTADAS
1. ( VUNESP – MÉDICO LEGISTA – PC/SP – 2014) São características do sulco cervical nas asfixias
por enforcamento e estrangulamento, respectivamente:
Comentários
Gabarito: Alternativa A
2. (VUNESP – MÉDICO LEGISTA – PC/SP – 2014) Além do osso hioide, outras estruturas comumente
passíveis de lesão nas asfixias por constrição do pescoço são:
Comentários
Existem muitas lesões mas as mais comuns são: infiltrações sanguíneas dos músculos cervicais; fratura do
osso hioide; fraturas das apófises superiores da cartilagem tireoide; fratura do corpo da cartilagem
tireoide; fratura do corpo da cartilagem cricoide; seção transversal da túnica íntima da carótida comum,
próxima à sua bifurcação; sufusão hemorrágica da túnica adventícia; ruptura da bainha mielínica do vago;
luxação da segunda vértebra cervical; equimoses retrofaringeanas e gotas de gordura emulsionadas pelo
líquido tissular na tela adiposa subcutânea comprometimento intenso das artérias do pescoço e mais
completamente as jugulares.
Gabarito: Alternativa C
a. Estrangulamento típico.
b. Enforcamento completo atípico.
c. Enforcamento incompleto típico.
d. Sufocação por esganadura.
e. Estrangulamento atípico.
Comentários
A asfixia por enforcamento com suspensão atípica ou incompleta caracteriza-se por uma constrição no
pescoço por um laço que tem a extremidade fixa em um ponto que é acionado pelo peso do corpo. Nesses
casos o corpo fica parcialmente suspenso, tocando o chão com alguma de suas partes.
Gabarito: Alternativa C
4. (FUNCAB – PERITO MÉDICO LEGAL – POLITEC/MT – 2013) Assinale a opção que apresenta uma
característica típica do sulco no pescoço em casos de estrangulamento.
Comentários
No estrangulamento o sulco está localizado geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo e, mais
frequentemente, múltiplo, contínuo e de profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e
leito deprimido pergaminhado, é tipicamente horizontalizado, podendo, porém, excepcionalmente, ser
ascendente quando o laço foi tracionado pelo agente por detrás e para cima.
Gabarito: Alternativa D
Comentários
Se não houver sucesso no estrangulamento é possível que a vítima apresente amnésia, confusão mental,
agitação, angústia, convulsões, dificuldade na fala, rouquidão, edema e equimose de coloração
vermelho-violácea na região periorbitária direita e esquerda, hemorragia conjuntival e petéqu ias na
pálpebra inferior de ambos os olhos; escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração
avermelhada, localizada abaixo da tireoide, dor cervical, dispneia e disfagia, espuma sanguinolenta bucal
e relaxamento dos esfíncteres.
Gabarito: Alternativa A
6. (UEG – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/GO – 2013) Com relação às asfixias, tem-se o seguinte:
Comentários
Gabarito: Alternativa A
Cadáver encontrado no interior de uma cela de um presídio, suspenso em uma corda, apresentando no
pescoço um sulco de profundidade desigual, interrompido na região occipital, oblíquo e ascendente. A
inspeção interna demonstra lesões internas em artérias carótidas, com infiltrado sangüíneo em planos
musculares do pescoço, sem outros sinais significativos no exame das cavidades, afora os achados de
asfixia mecânica
Comentários
No enforcamento o sulco é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireóidea,
mais profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do nó, e pergaminhado.
Gabarito: Alternativa D
Comentários
Gabarito: Alternativa A
9. (FGV – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/MA – 2012) Na sufocação indireta por compressão torácica, a
vítima asfixia-se pela restrição aos movimentos de inspiração e expiração.
Comentários
É possível que em caso de sufocação indireta não se tenham sinais de asfixia, porém quando presentes,
podemos notar a máscara equimótica de Morestin ou cianose cérvico-facial de Le Dentut, ocasionada pela
estase venosa da veia cava superior consequente à compressão torácica.
Gabarito: Alternativa D
10. CESPE – PERITO MÉDICO LEGAL – SEGESP/AL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.
Considerando-se que, durante uma perícia médico-legal, tenha sido verificado, no corpo de uma mulher
morta, sulco único com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do pescoço, é correto afirmar que
a vítima sofreu asfixia por estrangulamento.
a. Certo
b. errado
Comentários
Para responder à essa questão temos que ter em mente as diferenças entre os sulcos do estrangulamento
e do enforcamento:
b) no enforcamento é único, oblíquo ascendente, de situação alta, por cima da cartilagem tireoidea, mais
profundo na parte central da alça, descontínuo por interrupção ao nível do nó, e pergaminhado.
Assim no presente caso a alternativa está errada já que a descrição refere-se a uma vítima de
enforcamento.
2. (INSTITUTO AOCP/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) Em relação às asfixias, é correto afirmar que
a. são causadas por energias de ordem mecânica.
b. o enforcamento é causado por força constritiva ativa.
c. o estrangulamento é causado por força constritiva passiva.
d. a esganadura é causada por sufocação.
e. a sufocação indireta é causada pela compressão do tórax.
3. (MPE/PR PROMOTOR SUBSTITUTO – 2019) Relativamente à morte causada por asfixia, suas
modalidades e sinais cadavéricos, analise as assertivas abaixo e assinale a correta:
a. São sinais internos observados em todas as necropsias: sangue fluído de cor escura, congestão
polivisceral, equimoses viscerais com forma de petéquias, mais frequentes nas regiões subpleural,
subcárdica e subepicárdia.
b. Estrangulamento é a contrição cervical realizada diretamente por qualquer parte do corpo do
agressor, como mãos, pernas, braços.
c. Esganadura caracteriza-se pela constrição do pescoço por laço acionado por força mecânica ativa,
como o garrote.
d. A presença de sulco horizontalizado, contínuo, com profundidade uniforme pode indicar
enforcamento.
e. A presença de sulco único, oblíquo e ascendente, com profundidade desigual pode indicar
enforcamento.
Caso uma pessoa seja encontrada morta, pendurada por uma corda envolta em seu pescoço, mas com os
joelhos semifletidos e os pés tocando o chão, deve-se excluir a hipótese de suicídio por enforcamento.
a. Certo
b. Errado
6. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2018) No que se refere à medicina legal,
julgue o item que segue.
O sinal de Amussat, que corresponde a lesão na túnica íntima da artéria carótida, é mais comum no
enforcamento do que na esganadura.
a. Certo
b. Errado
7. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2018) Com referência à classificação dos
agentes vulnerantes, julgue o item a seguir.
Uma lesão com secção da artéria carótida comum esquerda, em alguns casos, pode ser denominada de
esgorjamento, independentemente de ter sido produzida por ação cortante ou cortocontundente.
a. Certo
b. Errado
11. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGISTA – 2018) Ao examinar os pulmões de um cadáver, a perícia
observa aspecto macroscópico de hiperinsuflação. Histologicamente, há descamação epitelial,
membrana basal espessada, infiltrado inflamatório misto, onde observam-se alguns eosinófilos,
submucosa edemaciada, músculo liso hipertrofiado e grande quantidade de secreção na luz dos
brônquios, com encontro de alguns espirais de Curschmann. Qual o diagnóstico provável?
a. Asma.
b. Enfisema Pulmonar.
c. Tuberculose miliar.
d. Fibrose Cìstica.
e. Hipertensão Pulmonar.
12. (FUNDATEC/RS DELEGADO DE POLÍCIA – 2018) Em relação às asfixias por constrição cervical,
analise as afirmações abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O enforcamento, de acordo com sua definição médico-legal, quando diagnosticado indica a ocorrência
de suicídio.
( ) O enforcamento, de acordo com sua definição médico-legal, necessita que o peso do corpo da vítima
acione o laço. Desta forma, os casos descritos como enforcamento, mas nos quais a vítima não estava
completamente suspensa (pés não tocando o solo) devem ser classificados como “montagem” (tentativa
de ocultação de homicídio).
( ) O enforcamento, de acordo com sua definição médico-legal, não necessita do peso do corpo da vítima
para ocorrer.
a. V – V – F – F.
b. V – F – V – V.
c. F – V – F – F.
d. F – F – V – V.
e. F – F – F – F.
13. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN AGENTE DE NECRÓPSIA – 2018) Com base na seguinte situação
hipotética, responda a questão.
Durante um levantamento de local de homicídio, o cadáver de uma mulher foi encontrado em uma
varanda ao lado de uma mesa. A morte, aparentemente, ocorreu por asfixia por constrição do pescoço na
modalidade esganadura. Sobre a mesa havia uma garrafa de vinho parcialmente consumida e duas taças,
uma das quais estava com manchas de batom.
Considerando a modalidade de asfixia apresentada, o responsável pelo levantamento do local deve buscar:
a. a corda ou o objeto que pudesse ter sido utilizado como laço na constrição do pescoço da vítima.
b. a região em que a corda ou instrumento constritor foi amarrada para que o peso da própria vítima
tracionasse o laço.
c. marcas ungueais ao redor do pescoço da vítima, corroborando a hipótese de esganadura.
d. sulco oblíquo, ascendente e interrompido ao nível do nó, ao redor do pescoço da vítima.
e. vultosas manchas de sangue no local, uma vez que esganaduras tendem a se caracterizar pela
intensa hemorragia pelas vias aéreas superiores.
14. (INSTITUTO AOCP/ITEP-RN PERITO CRIMINAL – 2018) Sulco cervical oblíquo, de profundidade
desigual e com área de interrupção, com fundo escoriado, comumente está presente em morte
por:
a. estrangulamento.
b. enforcamento.
c. sufocação direta.
d. sufocação indireta.
e. esganadura.
15. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGAL – 2012) Um cadáver é encontrado flutuando nas águas do rio
Parnaíba, apresentando pele anserina, perda de substância nos pavilhões auriculares, nos lábios e
nas pálpebras e ausência de lesões externas produzidas por agressão. Ao exame interno, não
foram encontrados sinais de afogamento nem de patologias que tenham levado à morte. Os
exames de laboratório não evidenciaram substâncias tóxicas e o histopatológico não revelou
anormalidades. Pode-se, então, supor que a morte ocorreu por:
16. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGAL – 2012) No exame do corpo de uma criança foram
encontradas as seguintes lesões: escoriações crostosas, equimoses esverdeadas, luxação do
ombro direito, fratura de elementos dentários e marcas ungueais em torno da boca e do nariz.
Neste caso, o tipo de instrumento utilizado na agressão do menor e a causa da sua morte foram,
respectivamente:
a. perfurante e estrangulamento.
b. contundente e sufocação direta.
c. cortante e enforcamento.
d. contundente e sufocação indireta.
e. cortocontundente e esganadura.
17. (CESPE/MA ODONTOLEGISTA – 2018) Em relação às asfixias por obstrução das vias aéreas por
constrição cervical, julgue os itens seguintes.
I Em casos de enforcamento, a cabeça fica voltada para o lado do nó, e formam-se manchas hipostáticas na
parte superior do corpo.
II Nas situações de estrangulamento, o sulco no pescoço é horizontal e fica situado abaixo da cartilagem
tireoide, podendo haver vários sulcos.
18. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) No que se refere aos achados externos e internos post
mortem relacionados a asfixias por afogamento, assinale a opção correta:
a. Nos afogamentos e outros tipos de asfixia, as equimoses das mucosas são encontradas na
conjuntiva palpebral e ocular, nos lábios, e, comumente, na mucosa nasal.
b. O cogumelo de espuma que se forma quando a água entra no interior das vias respiratórias é um
sinal patognomônico dos afogados e surge principalmente nas pessoas que reagiram ao
afogamento na massa líquida.
19. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Existem casos em que a morte ocorre pela constrição do
pescoço por um laço que exerce força ativa, ao passo que o corpo da vítima atua de forma
passiva. Nesses casos, também é possível que haja obstrução da passagem do ar para os pulmões,
compressão dos nervos cervicais e interrupção sanguínea para o encéfalo. Essas informações
estão relacionadas à asfixia por:
a. estrangulamento
b. enforcamento com suspensão típica ou completa.
c. enforcamento com suspensão atípica ou incompleta.
d. sufocação indireta.
e. esganadura.
20. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Sob o ponto de vista didático, a medicina legal está dividida
em medicina geral e medicina especial. A respeito da medicina legal especial, assinale a opção
correta.
a. A antropologia forense é o estudo da identidade e da identificação, seus métodos, processos e
técnicas.
b. A infortunística trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justificação das
infrações penais.
c. A tanatologia versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos mentais, a periculosidade do alienado, as
socioneuropatias em face de problemas judiciários, a simulação e a dissimulação.
d. A vitimologia estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica dos crimes.
e. A asfixiologia forense é o estudo dos cáusticos e dos envenenamentos.
21. (IESES/IGP-SC PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Um trabalhador de 39 anos cai acidentalmente
dentro de um cilo de açúcar sendo encoberto por grande quantidade do produto. É encontrado
morto duas horas depois, apresentando externamente sinais gerais de asfixia. No exame interno,
são reiterados os sinais gerais de asfixia, além da presença de grande quantidade de açúcar em
vias aéreas superiores, traqueia, brônquios e esôfago. Qual o tipo específico de asfixia mecânica
ocorreu nesse caso?
a. Sufocação direta.
b. Confinamento.
c. Sufocação indireta.
d. Soterramento.
22. (IESES/IGP-SC PERITO CRIMINAL GERAL – 2017) Assinale a alternativa em que todas as
características estão presentes nos sulcos dos enforcados, segundo a classificação de Bonnet:
a. Sulco oblíquo ascendente, interrompido ao nível do nó, por baixo da cartilagem tireoide e
profundidade desigual.
b. Sulco horizontal, contínuo, profundidade uniforme e por baixo da cartilagem tireoide.
c. Sulco oblíquo ascendente, interrompido ao nível do nó, por cima da cartilagem tireoide e com
profundidade desigual.
d. Sulco horizontal, interrompido ao nível do nó, por baixo da cartilagem tireoide e profundidade
desigual.
24. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Sobre afogamento, assinale a alternativa
INCORRETA.
a. Nos afogados em água doce, a hemodiluição associada à asfixia causa hemólise, liberação do
potássio intracelular e parada cardíaca em fibrilação ventricular.
b. O ponto de congelação do sangue através da análise crioscópica estará mais distante de 0ºC nos
afogados em água salgada devido à hemoconcentração.
c. No afogamento branco, não há aspiração de líquido para o interior da via aérea quando a vítima
tem contato com a água.
d. O cogumelo de espuma tem valor limitado para o diagnóstico de afogamento.
e. A identificação de um cadáver vítima de afogamento encontrado 48 horas após o desaparecimento
não pode ser feita através do levantamento dactiloscópico, devendo-se utilizar a análise da arcada
dentária ou identificação através de DNA.
25. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) A respeito de asfixias por constrição cervical,
assinale a alternativa correta.
26. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Em locais de suicídio por enforcamento, é
comum que, em tentativas de socorro, familiares e/ou equipes de assistência médica removam a
vítima do objeto usado como elemento constritor. Notando que houve alteração anterior a sua
chegada, o Perito Criminal deve:
a. Realizar o exame do local, registrar no Laudo a alteração notada e fazer considerações pertinentes
quanto às consequências dela na dinâmica dos fatos.
b. Informar à polícia que o exame pericial não será realizado uma vez que o local foi alterado.
c. Realizar apenas o registro fotográfico do local e encaminhar as fotos via ofício à polícia sem
constatações técnicas.
d. Determinar apenas a remoção imediata do cadáver.
e. Coletar o provável instrumento utilizado pela vítima e encaminhar via ofício à polícia, apenas.
27. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) São exemplos de morte por asfixia:
a. Soterramento e hanseníase.
b. Afogamento e enforcamento.
c. Eletroplessão e esganadura.
d. Choque hipovolêmico e sufocamento.
e. Estrangulamento e litíase de vias biliares.
29. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) Existem diversas modalidades de mortes por
asfixia. Associe os vestígios extrínsecos descritos em cadáveres com a modalidade correta de
morte por asfixia.
Coluna 1
Coluna 2
( ) Enforcamento.
( ) Esganadura.
( ) Estrangulamento.
( ) Afogamento.
a. 4 – 2 – 3 – 1.
b. 3 – 1 – 2 – 4.
c. 4 – 3 – 2 – 1.
d. 3 – 2 – 4 – 1.
e. 1 – 3 – 4 – 2.
30. (FUNDATEC/IGP-RS PERITO CRIMINAL – 2017) A respeito de asfixias por constrição cervical,
assinale a alternativa correta.
a. O sulco pode estar ausente em certas modalidades de estrangulamento.
b. A causa jurídica do enforcamento é homicida na maioria das vezes.
c. Fratura do osso hioide deve estar presente para caracterização do enforcamento.
d. A esganadura é a forma de constrição cervical que menos apresenta fraturas da laringe e do osso
hioide.
e. O sulco oblíquo descendente em região cervical é incompatível com enforcamento.
31. (IBADE/AC DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2017) Diante de notícia sobre a ocorrência de crime de
homicídio, policiais civis foram ao local para investigar o fato. Ao chegarem, foi possível observar
que a vítima estava com o corpo totalmente em contato com o solo, em decúbito ventral, com as
mãos amarradas para trás. Na região do pescoço, foi possível observar que havia um fio que
circulava a região por três vezes. A perícia no material revelou que nas duas pontas do fio havia
um pedaço de madeira amarrado, o que possibilitava o tracionamento para lados opostos. O
sulco provocado pelo fio era contínuo, com profundidade uniforme e em sentido horizontal,
tendo lesionado a região inferior ao osso hioide. Diante das informações apresentadas acima,
pode-se afirmar que houve:
a. soterramento.
b. enforcamento.
c. esganadura.
32. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante
amplo e controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de
hipoxia e hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.
a. Certo
b. Errado
33. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante
amplo e controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de
hipoxia e hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.
Cianose, petéquias, congestão polivisceral, fluidez do sangue e espuma no sistema respiratório são sinais
de alta sensibilidade e alta especificidade para asfixias criminosas.
a. Certo
b. Errado
34. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL- PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante
amplo e controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de
hipoxia e hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.
O soterramento pode ser definido de modo estrito ou genérico. De modo genérico, soterramento
corresponde à ocorrência de asfixia por mecanismos como compressão torácica, sufocação direta,
confinamento em locais de escombros, sem renovação aérea, onde pode haver lesões por material
desmoronado. A asfixia por penetração de substância pulverulenta como terra e areia nas vias respiratórias
corresponde a um mecanismo de soterramento estrito.
a. Certo
b. Errado
35. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) Uma das modalidades de asfixia mecânica
é o estrangulamento. Marque a alternativa em que todas as características do sulco se referem ao
estrangulamento:
a. Oblíquo ascendente; por cima da cartilagem tireóidea; interrompido ao nível do nó, de
profundidade desigual
b. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; por cima da cartilagem tireóidea, de profundidade
uniforme.
36. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) Uma das modalidades de asfixia mecânica
é o enforcamento. Marque a alternativa em que todas as características do sulco se referem ao
enforcamento:
a. Oblíquo ascendente; variável segundo a zona do pescoço; interrompido ao nível do nó, de
profundidade desigual
b. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; interrompido ao nível do nó, de profundidade
desigual
c. Horizontal; uniforme em toda a periferia do pescoço; interrompido ao nível do nó, de profundidade
uniforme
d. Horizontal; variável segundo a zona do pescoço; contínuo, de profundidade uniforme
e. Oblíquo ascendente; uniforme em toda a periferia do pescoço; contínuo, de profundidade desigual
37. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR MÉDICO LEGISTA – 2017) Na medicina legal, segundo a classificação
de asfixias de Afrânio Peixoto, temos os grupos das asfixias puras, asfixias complexas e asfixias
mistas. A respeito do assunto, analise as afirmativas abaixo.
I. No enforcamento, sempre há a suspensão completa do indivíduo, sendo que o corpo fica totalmente sem
tocar em qualquer ponto de apoio.
II. O período inicial da evolução do enforcamento caracteriza-se por convulsões e excitação do corpo
proveniente dos fenômenos respiratórios.
III. O sulco do enforcamento é proporcional à consistência do laço, mas, mesmo sendo um laço mole, o
sulco permanece, não desaparecendo posteriormente.
a. I, apenas
b. I e II, apenas
c. I e III, apenas
d. II e III, apenas
e. I, II e III
I. São sinais externos da asfixia mecânica: cianose de face, cogumelo de espuma e equimose das mucosas.
II. Aula 04
Sufocação direta é a modalidade de asfixia que ocorre por oclusão da boca e das fossas nasais ou por
1503976
compressão do tórax e abdome, impedindo os movimentos respiratórios.
III. São sinais cadavéricos frequentes no afogamento: Manchas de Tardieu e diluição do sangue.
Constrição do pescoço pelas mãos obstruindo a passagem de ar atmosférico pelas vias respiratórias até os
pulmões.
a. Esganadura
b. Estrangulamento indireto
c. Asfxia pura
d. Sufocação indireta
e. Estrangulamento direto
I. São sinais internos da asfixia mecânica: cianose de face, cogumelo de espuma e equimose das mucosas.
II. Sufocação indireta é a modalidade de asfixia que ocorre por compressão do tórax e abdome e impede os
movimentos respiratórios.
III. São sinais cadavéricos frequentes no afogamento: manchas de Tardieu e tonalidade vermelha dos
livores cadavéricos.
42. (CESPE/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2017) Em relação às asfixias, assinale a opção correta.
a. A projeção da língua e a exoftalmia são achados suficientes para concluir que houve morte não
natural.
b. As equimoses das conjuntivas somente são encontradas nos casos de afogamento.
c. Nas asfixias, as ocorrências de manchas de hipóstase são raras.
d. Na sufocação por compressão do tórax, observam-se pulmões congestos e com hemorragias.
e. O cogumelo de espuma é uma característica exclusiva do afogamento.
43. (FUNCAB/PA DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2016) De acordo com a classificação de Afrânio
Peixoto, as asfixias podem ser definidas como puras, complexas e mistas. Acerca desta
classificação, é um exemplo de asfixia pura a(o):
a. esganadura.
b. enforcamento.
c. confinamento.
d. empalamento.
e. estrangulamento.
45. (FUNCAB/PA INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – 2016) De acordo com os conceitos médico-legais,
enforcamento incompleto é aquele no qual:
a. mãos e pés da vítima estão amarrados com a mesma corda.
b. o nó do laço está localizado na parte da frente do corpo da vítima.
c. o nó do laço está localizado na parte de trás do corpo da vítima.
d. parte do corpo da vitima toca em algum ponto de apoio ou encosta no solo.
47. (FUNCAB/PA ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL – 2016) De acordo com os conceitos médico-legais,
enforcamento incompleto é aquele no qual:
a. parte do corpo da vítima toca em algum ponto de apoio ou encosta no solo.
b. mãos e pés da vítima estão amarrados com a mesma corda.
c. o nó do laço está localizado na parte da frente do corpo da vítima.
d. o no do laço está localizado na parte de trás do corpo da vítima.
e. o corpo da vítima não encosta solo, nem toca em qualquer ponto de apoio.
48. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) A respeito das causas jurídicas de morte,
assinale a opção correta.
a. A esganadura é comumente identificada nos casos de suicídio.
b. O afogamento por submersão é uma forma de homicídio rara, porém frequente nos acidentes.
c. Os enforcamentos constituem uma forma comum de prática de homicídio e suicídio.
d. O estrangulamento é frequente nos homicídios e suicídios, mas de baixa ocorrência em acidentes.
e. Os acidentes de trânsito são frequentes como forma de homicídio; no entanto, ocorrem raramente
em casos de suicídios.
49. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) A substância que bloqueia o sistema
citocromoxidase, impedindo a respiração celular (asfixia histotóxica) é denominada:
a. barbitúrico.
b. cianeto.
c. monóxido de carbono.
d. composto organofosforado.
e. amitriptilina.
52. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) No que tange à sufocação, assinale a
opção correta.
a. A congestão cefalocervical é rara na sufocação por compressão torácica, sendo encontrada
tipicamente nos afogamentos.
b. A sufocação direta ocorre quando a asfixia é intencional; a indireta, quando acidental.
c. Na sufocação por impedimento à penetração do ar nas vias respiratórias, o obstáculo é situado
invariavelmente nos orifícios naturais — boca e narinas.
d. Nas compressões do tórax, suficientes para causar sufocação, há impedimento também da
movimentação abdominal, podendo ser encontradas lesões no esqueleto torácico e nas vísceras
torácicas e abdominais.
e. A sufocação difere da asfixia por aspiração: nesta última, o impedimento à penetração do ar nas
vias respiratórias é causado por objetos ou pelo vômito.
53. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Durante um episódio de chuva intensa, o
volume de água no leito de um rio aumentou subitamente, levando uma embarcação a virar, e
seus três ocupantes caíram na água. Após três horas de buscas, foram encontrados os corpos de
dois desses indivíduos. O terceiro foi encontrado logo depois, ainda com vida, porém faleceu
cerca de dezoito horas depois, no hospital.
Considerando essa situação hipotética e os afogamentos em geral, assinale a opção correta.
a. Nos afogamentos brancos ou secos, a morte ocorre devido à asfixia consequente do espasmo
laríngeo desencadeado pela aspiração de água pela vítima.
b. Nos afogados em água doce, a hemoconcentração associada à asfixia provoca hemólise, liberação
do potássio intracelular e parada cardíaca em fibrilação ventricular.
c. O cadáver retirado da água sofre um retardamento dos fenômenos putrefativos com a exposição ao
ar atmosférico.
54. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) Nas asfixias mecânicas, é comum:
a. a tonalidade rósea da face.
b. o aparecimento de manchas de hipóstase de surgimento tardio.
c. surgirem petéquias disseminadas pelo corpo, sobretudo nos membros inferiores.
d. o aumento da viscosidade sanguínea.
e. a congestão polivisceral.
==16f2e8==
55. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE MÉDICO LEGISTA – 2016) A respeito da asfixia por esganadura,
assinale a opção correta.
a. Quando os estigmas ungueais predominam em um dos lados do pescoço, é possível determinar se o
agressor é destro ou canhoto.
b. Esganadura é uma asfixia mecânica que consiste em um mecanismo misto de ação: a ação das mãos
na obstrução da boca e das narinas e constrição do pescoço.
c. Na esganadura, as infiltrações hemorrágicas nas estruturas profundas do pescoço são mais
acentuadas e constantes do que no estrangulamento.
d. Marcas ou estigmas ungueais, escoriações produzidas pelas unhas do agressor, estão sempre
presentes nessa modalidade de asfixia.
e. As lesões das artérias carótidas são mais frequentes do que as da laringe.
60. (FUNIVERSA/POLÍCIA CIENTÍFICA-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) Acerca das asfixias, assinale a
alternativa correta.
a. Na caracterização de um afogamento incompleto, não há necessidade de que todo o corpo da
vítima esteja submerso, bastando os orifícios naturais (respiratórios).
b. As chamadas “les es gerais das asfixias” compreendem a presença de cianose, petéquias,
congestão polivisceral, fluidez do sangue e “espuma” nas vias aéreas (edema pulmonar), porém elas
só podem ser identificadas nos casos de asfixias naturais.
c. A ocorrência de equimose retrofaríngea de Brouardel, sinal de Amussat e sinal de Friedberg
confirmam uma morte por asfixia com sufocação direta.
d. No soterramento, a presença de asfixia ocorre em função da falta de renovação do ar.
e. A presença de líquidos nas vias aéreas inferiores de uma vítima de afogamento branco é um achado
necroscópico frequente.
62. (FUNIVERSA/POLÍCIA CIENTÍFICA-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) A asfixia realizada pela constrição
cervical com o uso das mãos é denominada
a. esganadura.
b. sufocação direta
c. sufocação indireta.
d. estrangulamento.
e. enforcamento.
64. (FUNCAB/AC PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) O mecanismo de morte mais importante nos casos
de esganadura é:
a. excitação dos seios carotídeos.
b. compressão das artérias carótidas.
c. compressão da glote.
d. compressão da traqueia.
e. excitação do nervo laríngeo superior.
65. (FUNCAB/AC PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) A alternativa que contém somente elementos
constantes do afogamento em água doce é:
a. fibrilação ventricular, hipopotassemia, hemoconcentração.
b. fibrilação ventricular, edema pulmonar e hemoconcentração.
c. fibrilação ventricular, hiperpotassemia e hemólise.
d. edema pulmonar, hemodiluição e hipervolemia.
e. edema pulmonar, hiperpotassemia e hipervolemia.
66. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) Com relação às características e peculiaridades
das lesões e dos estados patológicos resultantes de ações sobre o corpo humano, produzidas
pelos diversos instrumentos e meios vulnerantes, julgue o item seguinte.
Sinais gerais de asfixia, sinais externos locais de constrição cervical e fratura da apófise odontoide da
segunda vértebra cervical são elementos do diagnóstico de enforcamento.
a. Certo
b. Errado
67. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante amplo e
controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de hipoxia e
hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.
a. Certo
b. Errado
68. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante amplo e
controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de hipoxia e
hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.
Cianose, petéquias, congestão polivisceral, fluidez do sangue e espuma no sistema respiratório são sinais
de alta sensibilidade e alta especificidade para asfixias criminosas.
a. Certo
b. Errado
69. (CESPE/DPF PERITO CRIMINAL FEDERAL – 2013) O conceito de asfixia é bastante amplo e
controverso, porém, de forma genérica, pode-se conceituar asfixia como um estado de hipoxia e
hipercapnia no sangue arterial. A respeito desse assunto, julgue o item subsecutivo.
O soterramento pode ser definido de modo estrito ou genérico. De modo genérico, soterramento
corresponde à ocorrência de asfixia por mecanismos como compressão torácica, sufocação direta,
confinamento em locais de escombros, sem renovação aérea, onde pode haver lesões por material
desmoronado. A asfixia por penetração de substância pulverulenta como terra e areia nas vias respiratórias
corresponde a um mecanismo de soterramento estrito.
a. Certo
b. Errado
70. (FUNCAB/RO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2014) Um indivíduo civil pulou o muro de um quartel
do Exército por volta das 2h00min razão por que foi detido para averiguações. Durante a troca
matutina da guarda, às 7h00min do mesmo dia, ele foi encontrado morto, no interior da cela,
parcialmente suspenso pelo pescoço, na grade da porta, por uma tira de lona retirada do colchão,
amarrada com nó fixo em volta única. Instaurou-se, então, um inquérito Policial Militar para
apurar a causa e as circunstâncias dessa morte. A necropsia constatou livores de hipóstase da
cintura para baixo, sulco único cervical, de disposição oblíqua e ascendente, com fundo
pergaminhado, de profundidade desigual e interrupção ao nível da nuca, associado à ausência de
lesões internas no pescoço e sinais gerais de asfixia. Com base na prova técnica elaborada pelo
perito legista, assinale a opção que apresenta a melhor hipótese para o caso acima descrito.
a. Estrangulamento típico.
b. Enforcamento completo atípico.
c. Enforcamento incompleto típico.
d. Sufocação por esganadura.
e. Estrangulamento atípico.
71. (FUNIVERSA/DF PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) A asfixia causada por uma constrição cervical
que se valha de um laço com nó atípico e deslizante é chamada de:
a. esganadura.
b. estrangulamento.
c. sufocação direta.
d. sufocação indireta.
e. enforcamento.
72. (FUNIVERSA/DF PERITO MÉDICO LEGISTA – 2015) Quanto às asfixias de causa violenta, assinale a
alternativa que apresenta uma síndrome de imersão ou hidrocussão que se relaciona a um tipo
de asfixia causado por modificação do meio ambiente.
a. afogamento incompleto.
b. afogamento branco.
c. afogamento úmido.
d. afogamento secundário.
e. confinamento.
73. (FUNIVERSA/SPTC-GO MÉDICO LEGISTA – 2015) Acerca das asfixias, assinale a alternativa correta.
a. Na caracterização de um afogamento incompleto, não há necessidade de que todo o corpo da
vítima esteja submerso, bastando os orifícios naturais (respiratórios).
b. As chamadas “les es gerais das asfixias” compreendem a presença de cianose, petéquias,
congestão polivisceral, fluidez do sangue e “espuma” nas vias aéreas (edema pulmonar), porém elas
só podem ser identificadas nos casos de asfixias naturais.
74. (VUNESP/CE DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2015) Adolescente de 15 anos é avaliado em uma
perícia. Ele apresentava: (a) dificuldade na fala, rouquidão e relatava dor na região cervical e na
face; (b) edema e equimose de coloração vermelho-violácea na região periorbitária direita e
esquerda; (c) hemorragia conjuntival e petéquias na pálpebra inferior de ambos os olhos; (d)
escoriação linear, horizontal, uniforme, de coloração avermelhada, medindo 0,4 cm de largura,
localizada abaixo da tireoide, estendendo-se pela circunferência do pescoço e interrompendo-se
em sua região lateral esquerda.
I - O esfumaçamento verificado na pele do cadáver que foi vítima de disparo de arma de fogo permite
concluir, por regra, a existência de tiro encostado
II - O fenômeno psicol gico indicador do estado puerperal, recebe a designação de “sinal de Benassi”, em
homenagem ao seu descobridor.
III - A instalação e desinstalação da rigidez cadavérica são fenômenos que auxiliam na determinação do
tempo da morte.
a. Um.
b. Dois.
c. Três.
d. Quatro.
e. Cinco.
76. (CESPE/DPE-DF PROCURADOR – 2006) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes,
julgue os itens a seguir.
O resultado morte caracterizado por uma asfixia mecânica, assim comprovada pelo laudo de exame de
corpo de delito (laudo cadavérico), provocada por hemorragia interna, será suficiente para configurar o
crime de homicídio qualificado.
a. Certo
b. Errado
77. (COPS-UEL/PR DELEGADO DE POLÍCIA – 2013) As asfixias são modalidades de morte derivadas de
energias físico-químicas. Entre elas são frequentes as modalidades de constrição do pescoço. Em
relação às diferenças entre enforcamento, esganadura e estrangulamento, considere as
afirmativas a seguir.
I. A esganadura ocorre por laço tracionado ou por parte do corpo que atua de forma similar a um laço
(gravata, chave de braço, golpes de jiu jitsu), desde que a força empregada não seja o peso da vítima.
II. O estrangulamento ocorre através da interrupção da passagem do ar atmosférico pelas vias aéreas e é
causado diretamente pela mão do agente, não havendo forma homicida ou incidental da mesma.
III. É possível do ponto de vista pericial em medicina legal a distinção entre estrangulamento e
enforcamento, através da análise das características dos sulcos imprimidos no pescoço da vítima.
IV. O enforcamento ocorre por um laço cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio
peso do indivíduo como força viva.
78. (UEG/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2013) Com relação às asfixias, tem-se o seguinte:
a. esganadura tem origem homicida, sendo rara sua forma acidental.
b. o sulco comumente encontrado nos enforcados e estrangulados é produzido por um instrumento
corto- contundente.
c. soterramento é um tipo de asfixia em que ocorre a substituição do meio aéreo por terra.
d. estrangulamento braquial é forma comum de asfixia em suicídios e requer desproporção de forças.
80. (FUNCAB/RJ DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) Nas necropsias, em casos de morte por asfixias em
geral, na ausência de lesões externas específicas, o perito deverá basear o seu diagnóstico no
achado de um conjunto de sinais internos, que estarão descritos no corpo do laudo cadavérico. A
autoridade policial, ao ler o laudo pericial, irá observar a presença constante de:
a. edema cerebral, petéquias pulmonares e sangue coagulado.
b. fluidez do sangue, congestão e equimoses viscerais.
c. desidratação corporal e hemorragia visceral.
d. edema pulmonar, distensão intestinal e congestão vascular.
e. encontro de espuma e de corpos estranhos nas vias respiratórias.
81. (UEG/GO DELEGADO DE POLÍCIA – 2012) É impossível que a morte tenha ocorrido em virtude de
suicídio ou acidente, na hipótese de
a. estrangulamento.
b. enforcamento.
c. afogamento.
d. esganadura.
82. (FUMARC/MG DELEGADO DE POLÍCIA – 2011) Constitui um exemplo de asfxia mecânica pura de
interesse médico-legal:
a. Sufocação direta.
b. Estrangulamento típico.
c. Enforcamento completo.
d. Esganadura antebraquial.
83. (FUNIVERSA/SECTEC-GO PERITO CRIMINAL – 2010) Morte violenta produzida por asfixia, em que
o laço é acionado pelo próprio peso da vítima; o sulco produzido pelo laço se apresenta oblíquo,
de baixo para cima, interrompido ao nível do nó e com bordos desiguais, sendo o bordo superior
saliente; a suspensão pode ser completa ou incompleta, e apresenta a vítima cianose facial, com
protusão de língua, trata-se de:
84. (MPE/PB PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2010) Considere as proposições abaixo e, em seguida, indique
a alternativa que contenha o julgamento devido sobre elas:
I - A esganadura é classificada como forma de asfixia mecânica-mista uma vez que se confundem e se
superpõem, em graus variados, os fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos.
II - A falta de uniformidade nas lesões produzidas no sulco do pescoço da vítima é uma das características
do estrangulamento.
III - Nos denominados afogados brancos de Parrot não se encontra fenomenologia imanente às asfixias.
85. (MPE/PB PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2010) O exame no sulco do pescoço da vítima é de capital
valor no diagnóstico do enforcamento, apresentando as características abaixo, exceto:
a. Livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das suas bordas.
b. Infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco.
c. Pele enrugada e escoriada no fundo do sulco.
d. Ser necessariamente apergaminhado.
e. Vesículas sanguinolentas no fundo do sulco.
86. (CESPE/PB DELEGADO DE POLÍCIA – 2009) Um médico legista, ao chegar à sala de necropsia,
deparou-se com três cadáveres cuja causa da morte foi asfixia. O primeiro apresentava elementos
sinaléticos que constavam de sulco único, com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do
pescoço; no segundo, os sulcos eram duplos, de profundidade constante e transversais ao eixo do
pescoço; no terceiro, em vez de sulcos, havia equimoses e escoriações nos dois lados do pescoço.
87. (FUNCAB/RO DELEGADO DE POLÍCIA – 2009) Assinale a afirmativa INCORRETA com respeito às
asfixias.
a. Por constrição do pescoço pelas mãos: estrangulamento.
b. Em ambientes por gases irrespiráveis: confinamento, asfixia por monóxido de carbono e asfixia por
outros vícios de ambiente.
c. Por constrição passiva do pescoço, exercida pelo peso do corpo: enforcamento.
d. Por obstrução dos orifícios ou condutos respiratórios: sufocações diretas ou indiretas.
e. Por transformação do meio gasoso em meio líquido: afogamento.
88. (CESPE/ES MÉDICO LEGISTA – 2011) O cadáver de uma pessoa do sexo feminino submetida à
necropsia no IML apresentou erupção de segundos molares, e ausência de erupção dos terceiros
molares. A rigidez cadavérica apresentava-se desfeita e havia mancha verde abdominal e
circulação póstuma. Os livores concentravam-se no ventre. No pescoço, havia sulco horizontal
completo abaixo da cartilagem tireoide. Apresentava equimoses subconjuntivais e
retrofaringianas, com pulmões congestos, escuros e com manchas de Tardieu, principalmente em
pleuras visceral e interlobares. O exame cardíaco referiu ventrículo esquerdo esvaziado e direito
repleto. Exame da genitália mostrou integridade himenal e positividade para PSA em líquido
sanguinolento colhido da cavidade retal; e havia laceração de mucosa anal.
Com base no caso hipotético acima, julgue os itens subsequentes, relacionados a exame em cadáveres.
a. Certo
b. Errado
89. (FUNCAB/RO MÉDICO LEGISTA – 2012) Em relação à morte por afogamento, assinale a alternativa
correta.
a. O exame histológico do pulmão do afogado revela sinais de infarto do tecido pulmonar por
tromboembolismo.
b. O estudo geológico e do plâncton permite determinar a cronologia do afogamento.
c. São sinais cadavéricos encontrados: temperatura da pele baixa, pele anserina, maceração da
epiderme, cogumelo de espuma.
d. Equimoses subpleurais conhecidas como manchas de Tardieu são comumente encontradas no
afogamento.
e. A tonalidade e a densidade do sangue são similares às encontradas nos outros tipos de asfixia, com
sangue escurecido e denso.
90. (FUNCAB/RO MÉDICO LEGISTA – 2012) O sinal de Lichtenberg é uma característica que pode ser
encontrada nas mortes por:
91. (FUNCAB/RO MÉDICO LEGISTA – 2012) Em relação às asfixias provocadas por modificação do
meio ambiente, assinale a alternativa correta.
a. O achado de um corpo boiando na água, invariavelmente, indica afogamento como causa da morte.
b. Na morte por soterramento, a causa de asfixia é o confinamento.
c. São formas desse tipo de asfixia: constrição torácica, afogamento, soterramento.
d. No afogamento branco, é comum ser encontrada grande quantidade de líquido nas vias
respiratórias e nos pulmões.
e. São alterações externas encontradas em indivíduos afogados: cogumelo de espuma, corpos
estranhos nos sulcos ungueais, escoriações e feridas digitais.
92. (FUNCAB/ES MÉDICO LEGISTA – 2013) Uma vítima foi encontrada morta dentro de um local de
incêndio. Surgiu a dúvida se teria falecido no local, ou assassinada e depois transferida para
omesmo.A pesquisa do percentual de carboxiemoglobina foi realizada nas cavidades cardíacas.
Nesse caso, o resultado esperado, que confirma que a vítima morreu de asfixia no local de
incêndio, é um percentual de carboxiemoglobina:
a. entre 10% e 20%.
b. entre 21% e 30%.
c. entre 31% e 40%.
d. entre 41% e 50%.
e. acima de 50%.
93. (CESPE/SEGESP-AL PERITO MÉDICO LEGAL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.
Os sinais de Ponsold, Azevedo Neves e Thoinot são comumente encontrados em vítimas de afogamento.
a. Certo
b. Errado
94. (CESPE/SEGESP-AL PERITO MÉDICO LEGAL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.
O quadro de asfixia mecânica pela ação de meio físico-químico pode ser provocado por acidentes com
soterramento.
95. (CESPE/SEGESP-AL PERITO MÉDICO LEGAL – 2013) A respeito de morte por afogamento e por
asfixia, julgue os itens subsecutivos.
Considere que, a uma temperatura ambiente de 38 ºC, um jovem tenha mergulhado, de forma súbita, em
uma piscina de água fria que havia sido coberta durante a noite e que, apesar de saber nadar, tenha-se
afogado. Considere, ainda, que, durante a necropsia, tenha sido verificada a presença de líquido nas vias
respiratórias da vítima. Nessa situação, configura-se o quadro do afogado branco de Parrot.
a. Certo
b. Errado
96. (VUNESP/SP MÉDICO LEGISTA – 2014) A figura seguinte representa osso hioide fraturado em
vítima de suicídio por enforcamento.
Além do osso hioide, outras estruturas comumente passíveis de lesão nas asfixias por contricção do
pescoço são:
97. (VUNESP/SP MÉDICO LEGISTA – 2014) São características do sulco cervical nas asfixias por
enforcamento e estrangulamento, respectivamente:
a. geralmente único / frequentemente múltiplo.
b. raramente apergaminhado / frequentemente apergaminhado.
c. horizontal / oblíquo.
d. contínuo / descontínuo.
e. abaixo da cartilagem tireoide / acima da cartilagem tireoide.
98. (VUNESP/SP MÉDICO LEGISTA 2014) Assinale a alternativa que contém sinais mais comumente
encontrados nas vítimas de afogamento.
a. Manchas de Tardieu, cogumelo de espuma e máscara equimótica.
b. Manchas de Paltauf, maceração da pele e cogumelo de espuma.
c. Máscara equimótica, manchas de Paltauf, pele anserina.
d. Hipóstases claras, manchas de Tardieu e cianose ungueal.
e. Lesões por animais aquáticos, cianose ungueal e hipóstases escuras.
GABARITO
1. C 8. C 15. B
2. E 9. B 16. B
3. E 10. D 17. D
4. C 11. A 18. C
5. B 12. E 19. A
6. A 13. C 20. A
7. A 14. B 21. D