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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)

PROFESSOR TERROR

Português para Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região


(teoria e questões comentadas)

Aula 2.1

Pontuação (parte 1)

Olá, pessoal!

Gostaria de fazer uma consideração inicial:

Nosso curso tem um público bem heterogêneo. Há alunos que já vêm


estudando a Língua Portuguesa para concursos há tempos e quer basicamente
os macetes, os “pulos do gato” da FCC. Há outros que começaram a
caminhada agora para reconhecer a forma como a FCC cobra na prova.

Este curso tenta abordar as duas coisas: ser direto, pontual, na resposta
e acumular bastantes questões resolvidas, mas não podemos deixar de
comentar minuciosamente as questões que possam gerar dúvidas futuras, ok.

Assim, seja você de um grupo ou de outro, terá o necessário para a


prova, ok!

Outra coisa importante:

Costumo dizer que estudar para um concurso é como correr uma


maratona. A vontade, a dedicação e a persistência fazem toda a diferença.
Digo isso porque não podemos sair correndo muito rápido neste tipo de
corrida, deve-se sentir se o corpo está bem adaptado, se estamos bem
disciplinarmente, se estamos focando na distância e no objetivo.

Assim também é o concurso. Estamos ainda no início da nossa corrida.


Estamos nos adaptando ao volume de matérias, tipo de questões, didática do
professor. Tudo isso é adaptação.

Dessa forma, se você estuda em ambiente onde algumas pessoas


transitam e tiram sua atenção, você não está bem adaptado para a nossa
“maratona”. Ajeite-se em local sem trânsito, evite a dispersão, principalmente
na hora da realização das questões. Local barulhento ou que possua pessoas
que, de vez em quando, querem conversar atrapalha seu desenvolvimento. Por
isso, procure um local claro, silencioso e, de preferência, que as pessoas o/a
esqueçam lá.

Agora, chega de papo, porque o assunto agora é a sintaxe. Vamos


arregaçar as mangas, porque temos muito a praticar!!!!!

Veja que o edital não especificou a sintaxe da oração ou do período;


porém ela é a base do entendimento da pontuação, concordância, regência e
crase.

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Assim, o conteúdo desta e da próxima aula é muito importante e é a
base de tudo que veremos nas aulas posteriores.

O que é sintaxe?

A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração.


Basicamente uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se
flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o
predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade.

Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na
estrutura SVO (sujeito→verbo→complemento).

1. O candidato realizou a prova.


2. duvidou do gabarito.
3. enviou recursos à banca examinadora.
4. tem certeza de sua aprovação.
5. viajou.
6. estava tranquilo.

sujeito predicado
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no
verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer
aqui que você decore todos os termos da oração, basta entendê-los, pois a
Fundação Carlos Chagas tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova.

Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular.


Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O
candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já
que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso
de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em
qualquer gramática por aí.

Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo?

Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo,


para saber flexionar o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância
verbal, para esta banca.

Concordância verbal

1. O candidato realizou a prova.


2. duvidou do gabarito.
3. enviou recursos à banca examinadora.
4. tem certeza de sua aprovação.
5. viajou.
6. estava tranquilo.

sujeito predicado
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Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de
concordância verbal. Na aula 3, aprofundaremos nisso.
Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas
frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam
dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou
o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê?
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para
terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o
complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não
consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa
forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora”
e “certeza” completam o sentido destes verbos.
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um
obstáculo. Havendo uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a
preposição, o trânsito é livre, direto.
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o
termo que vem em seguida é seu complemento verbal direto. Já o
complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está dificultado
(indireto) tendo em vista a preposição “de”.
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é
chamado de transitivo direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida
pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo indireto (VTI) e seu
complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo
verbo: um(direto) e outro(indireto).
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o
complemento verbal direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal
indireto é o objeto indireto(OI).
Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo
de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um verbo que exige,
é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo nas gramáticas que
trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo),
a qual veremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a
estrutura abaixo.
Veja:
Regência Verbal

1. O candidato realizou a prova.


VTD + OD
2. duvidou do gabarito.
VTI + OI
3. enviou recursos à banca examinadora.
VTDI + OD + OI

sujeito predicado

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Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter
transitividade. Nomes como “certeza”, obediência, dúvida, longe, perto, fiel,
etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para
terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a
alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é
fiel a algo ou a alguém.

Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual


é chamado de complemento nominal (CN).

Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito


na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante,
podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome “longe” deixou de ser
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o
nome exige complemento, mas tudo depende do contexto.
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência
Nominal.
Veja a frase 4:
Regência Nominal

4. O candidato tem certeza de sua aprovação.


VTD + OD + CN

sujeito predicado

Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A


expressão “de sua aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o
nome “certeza”: certeza de sua aprovação.
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal.
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4
(VTD + OD + CN).
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas
há mais e veremos adiante. Então veja como ficaria:

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O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho.

sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv Adj Adv Adj Adv
tempo modo causa

O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode


aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos
inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o
adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”.

Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e


sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais,
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado,
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura:

Predicado verbal = VTD + OD


VTI + OI
VTDI + OD + OI
VI

Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e


complemento nominal em todos eles.

Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação.


Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo.
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se
flexiona de acordo com ele. O verbo “estava” serve para ligar esta
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo.
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se
flexiona com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo
seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo em relação ao sujeito damos
o nome de Concordância Nominal. Nas gramáticas, há um capítulo só para a
concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um
dos pontos principais, mas isso veremos em outra aula.
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu
predicado é chamado de Predicado Nominal, com a seguinte estrutura:
Predicado Nominal = VL + predicativo

O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também


pode fazer parte do predicado verbo-nominal; mas isso é assunto para ser
visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte estrutura:

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Concordância verbal
Regência verbal
1. O candidato realizou a prova.
VTD + OD
2. duvidou do gabarito.
VTI + OI
3. enviou recursos à banca examinadora. Predicado
VTDI + OD + OI Verbal
Regência nominal
4. tem certeza de sua aprovação.
VTD + OD + CN
5. viajou.
VI
6. estava tranquilo. Predicado
VL + predicativo Nominal

Concordância nominal

sujeito predicado

Pronto, reconhecemos os tipos de verbos, agora fica mais fácil


trabalharmos o sujeito.
O sujeito é um termo da oração do qual se declara alguma coisa, ele
possui um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente algumas
palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. Veja a oração
abaixo.
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes.

sujeito Predicado nominal

O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se


no plural porque o substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por
ser a palavra principal dentro do sujeito e não ser antecedido de preposição,
possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a
concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também
(concordância nominal). Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem
para caracterizá-lo: “As”, “primeiras” e “de Joaquim”. Essas palavras têm o
nome de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se flexionar
de acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito,
apenas a expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma
locução; assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. Veja as
funções sintáticas:
Concordância nominal

As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes.


Adj Adn Adj Adn núcleo Adj Adn verbo de predicativo
ligação

sujeito Predicado nominal

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Com base no que vimos até agora, percebemos a estrutura básica dos
predicados verbal (VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI) e nominal (VL +
predicativo). Portanto, podemos observar que não pode haver vírgula
entre sujeito, verbo e complementos. Observe as orações anteriores. Elas
não possuem vírgula, justamente porque são constituídas de termos básicos
da oração.
Questão 1: TRE 3ªR 2009 Analista
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:
Fazem parte da LRF, as instruções que definem os limites para as despesas de
pessoal, e as regras para a criação de dívidas.
Comentário: Perceba que “as instruções” é sujeito de “fazem parte da LRF”;
por isso a vírgula deve ser retirada. Veja que a conjunção “e” liga os núcleos
do objeto direto composto “limites” e “regras”; por isso a segunda vírgula
também deve ser retirada. Veja a estrutura na ordem natural e já corrigida
sem as vírgulas:
“As instruções (...) fazem parte da LRF...”
“...definem os limites (...) e as regras...”
Gabarito: E

Questão 2: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário


... das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços.
O segmento grifado exerce na frase acima a função de
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) objeto indireto.
(D) adjunto adverbial.
(E) adjunto adnominal.
Comentário: O termo “colchas, toalhas bordadas e outros adereços” é o
sujeito, o verbo “pendiam” é intransitivo e a expressão “das varandas” é o
adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: A

Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para


entendermos melhor a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo
intransitivo.
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal. Veja:
Adoeci.
Fui à praia.
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar
predicado verbal

Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos.


O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que
complemente seu sentido, como “Adoeci.”; “Juvenal morreu.”; “Um vendaval
ocorreu.”. Esses verbos não necessitam de termo que os complete. Esse tipo
de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido
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necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir
mais clareza ou ser mais pontual no sentido, por exemplo: “Adoeci por causa
do mal tempo.”; “Juvenal morreu anteontem.” e “Um vendaval ocorreu
aqui.”.
Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que
produza sentido. Se alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum
lugar. Se alguém diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de
onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a
transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que
completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente
circunstâncias de lugar ou modo. Veja:
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem.
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite
valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados
nos vocábulos “a São Paulo”, “de Manaus” e “bem”. Quando se quer saber se
há circunstância de lugar ou modo, faz-se a pergunta “Onde?”, “Como?”,
respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as
quais serão enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto
adverbial em dois tipos:
Adjunto adverbial solto: não há exigência do verbo, apenas foi inserido
para ampliar o sentido. Veja:
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado.
Adjunto adverbial preso: o verbo intransitivo o exige. Veja:
Eu estou bem.
Eu estou em São Paulo.
Eu vim de São Paulo.
Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é
cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a
pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos
adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial
solto, é natural podermos inserir a vírgula.
Pontuação com adjunto adverbial “solto”
É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois
este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da
oração. Essa mobilidade é percebida nos termos soltos, os quais não são
exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso
é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções
adverbiais:
O custo de vida é bem alto em Brasília. Esta locução adverbial de
lugar não é exigida pelo
Em Brasília, o custo de vida é bem alto. verbo, por isso se considera
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. um termo solto, o qual pode
receber vírgula. Compare
O custo de vida é bem alto, em Brasília. com a seguinte.

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Esta locução adverbial de
Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. lugar é exigida pelo verbo,
por isso não se considera
A Brasília prefeitos de várias cidades foram. termo solto, ela pode se
mover na oração, mas não
Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. recebe vírgula.

Naturalmente, você já percebeu o problema. Esses advérbios referem-


se a toda a oração.
Sim, eu sei.

Quando a locução adverbial solta (adjunto adverbial) for de grande


extensão e estiver antecipada da oração ou no meio dela, a vírgula será
obrigatória. Se estiver no final, a vírgula será facultativa.
Antes da última rodada, o time já se dizia campeão.
O time, antes da última rodada, já se dizia campeão.
O time já se dizia, antes da última rodada, campeão.
O time já se dizia campeão, antes da última rodada.
O time já se dizia campeão antes da última rodada.

Adjunto adverbial: É o termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o


advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer.
A seguir, listei para você o nome da palavra (morfologia) e a função que
esta palavra desempenha na oração (sintaxe).
morfologia artigo + substantivo verbo advérbio de
intensidade

Os atletas correram muito.


adj adn + núcleo verbo intransitivo adjunto
adverbial de
sintaxe intensidade
sujeito predicado verbal
período simples

morfologia pronome + substantivo verbo + advérbio adjetivo


de intensidade

Seu projeto é muito interessante.


adj adn + núcleo VL + adj adverbial Predicativo do sujeito
de intensidade
sintaxe
sujeito predicado nominal
período simples

morfologia artigo + substantivo verbo + advérbio de advérbio


intensidade

O time jogou muito mal.


adj adn + núcleo VI + adj adverbial adjunto
de intensidade adverbial de
sintaxe modo
sujeito predicado verbal
período simples

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Observações:
a) O adjunto adverbial pode ser representado por um advérbio, uma
locução adverbial ou um pronome relativo (que será visto nas próximas aulas).
Deixei o embrulho aqui. (advérbio)
À noite conversaremos. (locução adverbial)
A empresa onde trabalhei faliu. (pronome relativo)
b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de
tempo e modo:
Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite)
Domingo ela estará aqui. (No domingo)
Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (De ouvidos atentos)

Principais valores das locuções adverbiais, a depender da preposição e


das locuções prepositivas nocionais:

1. assunto:
sobre: conversar sobre política; falar sobre futebol.
quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente.
2. causa:
a: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido
dos amigos.
ante: Ante os protestos, recuou da decisão. (Perceba que não há preposição
“a” após “ante”. Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.)
com: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação.
de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade.
devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforço.
diante de: Diante de tais ofertas, não pude deixar de comprar.
em consequência de: Em consequência de seu estudo eficaz, passou
em primeiro lugar.
em virtude de: Em virtude de muitas vaias, o show foi interrompido.
em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma.
(em virtude de)
graças a: Graças ao estudo, passou no concurso.
por: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem
Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer pela
pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. Assim, não deixa de possuir
valor causal.
3. companhia:
com: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos.
4. concessão (contraste, oposição)
apesar de: Foi à praia apesar do temporal.
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai,
normalmente, à praia em dia de temporal.
com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro.
malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio.

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5. condição:
Sem: Sem o empréstimo, não construiremos a casa.
6. conformidade:
a: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe.
conforme: Agiu conforme a situação.
por: tocar pela partitura; copiar pelo original.
7. lugar:
a: (destino - em correlação com a preposição de): de Santos a
Guarujá; daqui a Salvador.
Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na
página 28 do jornal. Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às
páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal.
ante: A verdade está ante nossos olhos;
até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da
preposição a:
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou
Caminharam até à entrada do estacionamento.
de: (relação de origem): vir de Madri.
desde: dormir desde lá até cá.
em: (estático): ficar em casa; o jantar está na mesa.
Observação:
O uso da preposição “em” com verbos ou expressões de
movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma
culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as
crianças na praia, dar um pulo na farmácia, etc. O correto é: chegar a
casa; ir ao supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à
farmácia.
defronte: Ela mora defronte à igreja.
em frente a: Em frente à escola estava ele.
entre: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os
aprovados.
para: ir para Madri; apontar o dedo para o céu.
perante: (posição em frente); perante o juiz, negou o crime. [Não use
preposição “a” após “perante”: “perante a Deus”, “perante à juíza”. O correto é “perante
Deus”, “perante a juíza”, “perante a menina”(a=artigo)]
por: ir por Bauru, morar por aqui.
sob: (posição inferior): ficar sob o viaduto.
sobre: (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz;
flutuar sobre as ondas; (direção): ir sobre o adversário.
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente;
atua, sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para
trás” e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva
“por trás de” (ficar por trás do muro).
8. modo:
a: bife à milanesa; jogar à Telê Santana.
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com: andar com cuidado; tratar com carinho.
de: olhar alguém de frente, ficar de pé.
em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês.
por: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por
alto o que aconteceu.
sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar sem
dinheiro;
sob: sair sob pretexto não convincente.
9. tempo:
com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados, o Hino
Nacional; com o tempo os frutos amadurecem.
de: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite; de
pequenino é que se torce o pepino.
desde: desde ontem estou assim.
em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em
minutos, no ano 2000.
entre: ela virá entre dez e onze horas.
para: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá
para o final de dezembro viajaremos.
por: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela
manhã.
sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II.

Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por
outra, sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis
alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em
frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto
a/com/de.
Questão 3: TJ RJ 2012 Analista Judiciário – Analista de Sistemas
A despeito do sucesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da
atividade como jornalista, articulista e cronista.
O elemento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração
do sentido original, por
(A) Em razão do (B) Conquanto o (C) Em que pese o
(D) Em vista do (E) A partir do
Comentário: A locução prepositiva “A despeito do” tem valor adverbial
concessivo, é o mesmo que “apesar de”. Assim, a expressão “A despeito do
sucesso” é o adjunto adverbial de concessão.
Os conectivos “Em razão do” e “Em vista do” têm valor adverbial causal;
“Conquanto” é uma conjunção subordinativa adverbial concessiva e só pode
iniciar uma oração, e não apenas um adjunto adverbial.
A locução prepositiva “A partir do” normalmente tem valor adverbial
temporal, mas neste contexto tem valor adverbial causal, marcando a origem.
Assim, resta como correta a alternativa (C), pois o conectivo “Em que
pese o” tem valor adverbial concessivo e inicia o adjunto adverbial.
Gabarito: C

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Questão 4: TRT 2ªR 2008 Técnico
... que vivem em áreas urbanas ...
O mesmo tipo de regência que caracteriza o verbo grifado acima está na
oração:
(A) ... ultrapassará o de moradores do campo.
(B) ... todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades ...
(C) ... porque elas atraem diferentes tipos de moradores ...
(D) ... e dependem de normas comuns de comportamento.
(E) ... a criar os filhos sob um controle extenuante.
Comentário: A questão está cobrando a regência verbal, isto é, devemos
descobrir qual alternativa possui verbo com a mesma regência (transitividade)
do verbo “vivem”.
O verbo “vivem” é intransitivo, por isso “em áreas urbanas” é o adjunto
adverbial de lugar.
Na alternativa (A), o verbo “ultrapassará” é transitivo direto e “o” é o
objeto direto.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “ocorrerá” é intransitivo e
“nas cidades” é adjunto adverbial de lugar.
Na alternativa (C), o verbo “atraem” é transitivo direto e “diferentes
tipos de moradores” é objeto direto.
Na alternativa (D), o verbo “dependem” é transitivo indireto e “de
normas comuns de comportamento” é objeto indireto.
Na alternativa (E), o verbo “criar” é transitivo direto e “os filhos” é
objeto direto.
Gabarito: B

Questão 5: BB Escriturário 2010


Identifica-se noção de causa no segmento:
(A) ... sobre as condições de vida humana na Terra e o futuro das novas
gerações.
(B) ... capaz de reconhecer para a natureza um direito próprio.
(C) ... em virtude das forças econômicas e de outra índole ...
(D) ... para que um "basta" derradeiro não seja imposto pela catástrofe ...
(E) ... comprometidos com o futuro das próximas gerações.
Comentário: Nem foi necessário inserir o fragmento do texto para esta
questão, pois vimos que a locução “em virtude de” transmite valor semântico
de causa; assim, “em virtude das forças econômicas e de outra índole” é um
adjunto adverbial de causa.
Gabarito: C

Questão 6: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto:
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um
aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se
esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai
passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se há algo
imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a
experiência passada, o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e
a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
Considere as alterações feitas nos segmentos abaixo grifados.
I. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Dá trabalho, e a conclusão não pode ser clara.
II. Nesse processo, depara-se com armadilhas.
Depara-se com armadilhas nesse processo.
III. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre
criança.
Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a criança
pobre.
Com as modificações feitas na 2ª frase, altera-se o sentido do que foi
afirmado na 1ª frase em
(A) II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.
Comentário: Na estrutura I, muda-se o sentido, pois o advérbio “não”
modifica o verbo “ser” na primeira frase e o verbo “pode” na segunda.
Na estrutura II, não se muda o sentido, pois o adjunto adverbial de
pequena extensão “Nesse processo” encontra-se antecipado. O autor do texto
modificou a frase colocando-o no final do período. Portanto, não há mudança
de sentido, pois é normal haver mobilidade de posição do adjunto adverbial
solto (como falamos, essa classificação é apenas didática).
Na estrutura III, muda-se o sentido; pois no texto o adjetivo antecipado
transmite valor de uma criança digna de pena, triste (na visão do autor). Já
na posposição deste adjetivo o sentido passa a ser de uma criança de família
sem recursos financeiros.
Gabarito: D

Questão 7: SEC SP 2011 Superior


Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
(Manuel Bandeira, Belo Belo, 1948)
No poema, os verbos beijar e falar são empregados como
(A) intransitivos. (B) transitivos diretos. (C) transitivos indiretos.
(D) bitransitivos. (E) verbos de ligação.
Comentário: Observe que os verbos “beijar” e “falar” possuem diversas
transitividades, mas neste contexto não há o objeto direto ou indireto. Assim,
é considerado verbo intransitivo. As expressões “pouco” e “menos ainda” são
adjuntos adverbiais de intensidade.
Note que verbo “bitransitivo”, expresso na alternativa (D), é o mesmo
que verbo transitivo direto e indireto.
Gabarito: A

Questão 8: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto: Arte para o futebol jamais é adjetivo; é a sua essência.
A beleza intrínseca do movimento e da harmonia é meio ideal de cultura para
a alegria e a criatividade. E quem, neste mundo, apresenta com tanta clareza
tais qualidades? Um povo historicamente esmagado pela colonização (que
insiste em se fazer viva), explorado e excluído em sua imensa maioria e que
permanece com os queixos elevados e com a esperança intocável, é de se
admirar. E só conseguiu atingir essa capacidade de sobrevivência por suas
incomparáveis características. Quando qualquer de nós se aproxima de
alguma forma de expressão artística é que podemos perceber a sensibilidade
que exala de cada poro.
Como podemos explicar que cá por estas bandas surgissem tantas
genialidades sem que, em sua maioria, tenham tido quaisquer facilidades para
seus ofícios? Em tantas áreas poderíamos desfilar um sem número de figuras
excepcionais que se destacaram por suas criações e capacidades. No esporte
não é diferente.
Como podemos explicar que cá por estas bandas surgissem tantas
genialidades ... (2° parágrafo)
A expressão grifada acima pode ser corretamente substituída, sem alteração
do sentido original, por:
(A) aqui entre nós.
(B) além dos campos de futebol.
(C) nos demais esportes.
(D) em áreas não esportivas.
(E) em todos os lugares.
Comentário: A expressão “cá por estas bandas” é coloquial que significa um
lugar próximo do locutor, aquele que emite a informação. Textual e
sintaticamente, podemos entendê-la como um adjunto adverbial de lugar, que
tem o sentido de “aqui entre nós”.
Gabarito: A

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
Aprofundamos um pouco no verbo intransitivo e percebemos os valores
dos adjuntos adverbiais. Agora, vamos aprofundar um pouquinho mais nos
complementos verbais (OD e OI), mais precisamente, em algumas formas
como aparecem na oração.
Objeto direto
1) Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase,
antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o repetimos
através de um pronome oblíquo átono. A esse objeto repetido damos o nome
de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo,
como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua
postura diante do fato:
- O que você acha desta roupa?
- Essa roupa, ninguém a quer.

Esses “rabiscos”, foi o genial pintor que os pintou e vale muito.


Note a vírgula separando esses objetos diretos. Apesar de ser
obrigatória, alguns autores renomados usam esta estrutura sem vírgula.
2) Objeto direto preposicionado: Aquele cuja preposição não é exigência do
verbo, que é transitivo direto, mas ocorre por ênfase, por necessidade do
próprio complemento e para se evitar ambiguidade.
Amo a Deus. (ênfase)
Cumpri com a minha palavra. (ênfase)
Ele puxou da espada. (ênfase)
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade)
Ninguém entende a mim. (é o pronome “mim” que exige a preposição “a”)
Perceba que os verbos amar, caçar, puxar e entender não exigem
preposição: são transitivos diretos.
Perceba, também, que, se a expressão “Aos mais desfavorecidos” não
tivesse a preposição, não haveria erro gramatical, mas ficaríamos na dúvida
sobre quem seria o sujeito, pois as expressões estão no plural e o verbo
também. Assim, o leitor ficaria na dúvida: foram as medidas que atingiram os
desfavorecidos ou foram os desfavorecidos que atingiram as medidas? O
objeto direto preposicionado retira esta dúvida.

3) Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são “me,
te, se, o, a, nos, vos, os, as”:
Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
Respeite-me, garoto. Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
Atente muito às questões a seguir, pois são típicas da FCC e certas de
caírem na sua prova!!!!
Questão 9: TRE-CE 2012 Analista Judiciário
... aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está
em:

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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(A) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.
(B) ... a adoção de uma atitude que nos impede de...
(C) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida
moderna...
(D) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera...
(E) ... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico...
Comentário: O verbo “maximiza” é transitivo direto (alguém maximiza o
quê?). Então, o termo “a utilidade de cada hora do dia” é o objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “proporciona” é transitivo direto e indireto, o
termo “a melhor relação” é o objeto direto e o pronome “lhe” é o objeto
indireto (proporcionar o quê? a quem?). Note que o termo “entre custos e
benefícios” é um adjunto adverbial.
Na alternativa (B), o verbo “impede” é transitivo direto e indireto, o
pronome “nos” é o objeto direto e a preposição “de” inicia o objeto indireto
(impede quem? de quê?).
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “investigou” é transitivo
direto, e o termo “a realidade dessa questão” é o objeto direto (investigou o
quê?). Note que o termo “nas condições da vida moderna” é um adjunto
adverbial.
Na alternativa (D), o verbo “delibera” é intransitivo, pois não há
complemento.
Na alternativa (E), a estrutura verbal “se presta” é transitiva indireta, e
o termo “à aplicação do cálculo econômico” é o objeto indireto. Veremos em
outras aulas que este pronome integra o verbo. O que importa agora é que
este termo preposicionado não é o objeto direto, ok!!!!
Gabarito: C

Questão 10: Banese 2012 Técnico Bancário (nível superior)


Criou vitrines, miniaturas, painéis, estandartes...
O segmento em destaque exerce na oração acima a mesma função sintática
que o elemento grifado exerce em:
(A) ... quase tudo ao seu redor se transformava em material para criação
plástica...
(B) ... havia sido adotado pela Virgem Maria...
(C) ... “o artista vê na sua própria obra somente uma promessa de
felicidade”...
(D) Era um artesão aficionado...
(E) ... ou que adquiria no mercado negro do hospício.
Comentário: O verbo “Criou” possui um sujeito que não se encontra
determinado neste trecho. Fatalmente, se lêssemos todo o texto do qual faz
parte esta frase, certamente perceberíamos a referência ao sujeito. Tal verbo
é transitivo direto e o termo “vitrines, miniaturas, painéis, estandartes” é o
objeto direto composto.
Na alternativa (A), o termo grifado “quase tudo ao seu redor” é o
sujeito.
Na alternativa (B), o termo grifado “pela Virgem Maria” é o agente da
passiva. Tal termo será visto adiante.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “vê” é transitivo direto e o
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termo grifado “somente uma promessa de felicidade” é o objeto direto. Note
que a expressão “na sua própria obra” é o adjunto adverbial de lugar.
Na alternativa (D), o sujeito está implícito possivelmente em alguma
informação anterior do texto. O verbo “Era” é de ligação e o termo “um
artesão aficionado” é o predicativo do sujeito.
Na alternativa (E), o verbo “adquiria”, neste contexto, é intransitivo,
pois não há referência a um objeto direto. O termo grifado “no mercado negro
do hospício” é o adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: C

Questão 11: TJ RJ 2012 Analista Judiciário – Comissário de Justiça


A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais
é:
(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas
opiniões em contrário.
(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho
cronista, leitor amigo.
(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres
num cemitério.
(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando
desce a um porão...
(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou
evocação mágica numa casa moderna.
Comentário: Os complementos verbais são o objeto direto ou o objeto
indireto.
A alternativa (A) é a correta, pois o pronome “vos” é o objeto indireto do
verbo transitivo direto e indireto “confesso” (confessar a alguém alguma
coisa); e o termo “de arquitetura” é também objeto indireto, porém do verbo
transitivo indireto “entendo” (entender de alguma coisa).
Na alternativa (B), o pronome “Ninguém” é o sujeito, e o advérbio
“tanto” é o adjunto adverbial de intensidade.
Na alternativa (C), o termo “sob os pés da família” é o adjunto adverbial
de lugar, e o termo “os cadáveres” é o sujeito do verbo intransitivo “jazem”.
Na alternativa (D), o termo “as gravatas manchadas” é o sujeito do
verbo “exercem”; o termo “a um porão” é o adjunto adverbial de lugar
referente ao verbo “desce”.
Na alternativa (E), o verbo “fazem” e transitivo direto, o pronome “se” é
apassivador, e o termo “porões” é o sujeito paciente (Essa estrutura será
estudada na aula de concordância). O termo grifado “numa casa moderna” é o
adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: A

Questão 12: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas


Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés
representava.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
As expressões “não só” e “como” introduzem os complementos verbais
exigidos por ser preferível.
Comentário: Lembre-se de que complemento verbal é o objeto direto ou
objeto indireto. Percebemos que a expressão “não só a liberdade como a vida”
é o objeto direto do verbo “perder”, o qual é transitivo direto (perder o quê?).
Assim, esse complemento verbal não tem relação com a expressão “ser
preferível”.
Gabarito: E

Questão 13: TRT 16ªR 2009 Técnico


Na indústria da saúde destacamos uma extensa e diversificada cadeia de
fornecedores ...
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima
é:
(A) ... melhor atender a suas especificidades ...
(B) ... são também importantes os estímulos ...
(C) Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central ...
(D) ... a influir sobre as decisões de compra.
(E) ... a despertar o interesse de pesquisadores ...
Comentário: O verbo “destacamos” é transitivo direto e “uma extensa e
diversificada cadeia de fornecedores” é objeto direto. Assim, devemos
procurar, dentre as alternativas, aquela que apresenta verbo transitivo direto.
Na alternativa (A), o verbo “atender” é, neste caso, transitivo indireto e
“a suas especificidades” é objeto indireto.
Na alternativa (B), “são” é verbo de ligação e “importantes” é
predicativo.
Na alternativa (C), “remetem” é transitivo indireto e “a uma ideia
central” é objeto indireto.
Na alternativa (D), o verbo “influir” é transitivo indireto e “sobre as
decisões de compra” é objeto indireto.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “despertar” é transitivo direto
e “o interesse de pesquisadores” é o objeto direto.
Gabarito: E

Questão 14: BB 2011 Escriturário


A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos
tecnológicos também mudam a cara do Nordeste...
O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase:
(A) ... que mexeram com a renda ...
(B) ... que mais crescem na região.
(C) ... que movimentam milhões de reais ...
(D) A outra face do "novo Nordeste" está no campo.
(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis ...
Comentário: O verbo “mudam” é transitivo direto e “a cara do Nordeste” é o
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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objeto direto. A alternativa correta é a (C), pois o verbo “movimentam” é
também transitivo direto, com isso o objeto direto é “milhões de reais”.
Na alternativa (A), o verbo “mexeram” é VTI e “com a renda” é OI.
Na alternativa (B), o verbo “crescem” é VI e “na região” é adjunto
adverbial de lugar. (crescem onde?)
Na alternativa (D), o verbo “está” é VI e “no campo” é adjunto adverbial
de lugar. (está onde?)
Na alternativa (E), o verbo “são” é VL e “menos favoráveis” é
predicativo do sujeito.
Gabarito: C

Questão 15: TRT 12ªR 2010 Técnico


O projeto rendeu frutos.
A mesma relação entre verbo e complemento, ambos grifados acima, se
reproduz na frase:
(A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4%
ao ano.
(B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia nacional.
(C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias.
(D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu
tecido urbano.
(E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas ...
Comentário: O verbo “rendeu” é transitivo direto e “frutos” é o objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “cresceu” é intransitivo e “a uma taxa de 4%
ao ano” é o adjunto adverbial de modo. (cresceu como?)
Na alternativa (B), o verbo “responderam” é transitivo indireto e “por
28% da economia nacional” é o objeto indireto.
Na alternativa (C), o verbo “vive” é intransitivo e “em cidades médias” é
adjunto adverbial de lugar. (vive onde?)
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “obtiveram” é transitivo direto
e “melhores resultados” é o objeto direto.
Na alternativa (E), o verbo “depararam” é transitivo indireto e “com
capitais estranguladas” é objeto indireto. É natural esse verbo ser seguido do
pronome “se” (deparar-se com), mas o uso sem pronome também é aceito na
norma culta.
Gabarito: D

Questão 16: TCE SP – 2009 – Agente Fiscalização


... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ...
O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:
(A) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ...
(B) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos
vem em ótima hora...
(C) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de
refino.
(D) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha.
(E) ... para gerar produtos de alto valor ambiental.
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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Comentário: O verbo “consomem” é transitivo direto, e o termo “46% de
toda a gasolina do planeta” é o objeto direto. Note que o núcleo do objeto
direto é o numeral “46%” e a expressão “de toda a gasolina do planeta”
caracteriza este numeral, por isso é um adjunto adnominal.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “sofre” é transitivo indireto e
o termo “com a falta de capacidade de refino moderno” é o objeto indireto.
A alternativa (B) está errada, pois o “vem” é intransitivo e o termo “em
ótima hora” é o adjunto adverbial de tempo.
Uma observação importante: o ideal é que o termo “outros adjacentes”
recebesse a preposição “de”, para que deixasse claro que o núcleo do sujeito é
apenas o substantivo “delimitação”. Assim, temos certeza de que o verbo deve
se flexionar no singular. Veja:
“A delimitação do Campo de Tupi e de outros adjacentes na Bacia de Santos
vem em ótima hora”.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “reside” é transitivo indireto e
o termo “em investimentos maciços” é o objeto indireto e “em capacidade de
refino” é o complemento nominal.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “é” é de ligação, e a locução
verbal “vem espalhando” possui o sujeito “que” e a estrutura adverbial de
comparação “como fogo em palha”.
O pronome “se” é chamado de apassivador, o qual será visto em outra
aula.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “gerar” é transitivo direto e o
termo “produtos de alto valor ambiental” é o objeto direto, cujo núcleo é
“produtos” e “de alto valor ambiental” é o adjunto adnominal.
Gabarito: E

Questão 17: Secretaria Seg – BA 2010 - Agente Penitenciário


... que a natureza tinha seus próprios ritmos, alguns regulares e outros
irregulares.
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima
é:
(A) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos
atrás ...
(B) ... que grandes migrações da África em direção à Eurásia e à Oceania
ocorriam já há 70 mil anos.
(C) Os perigos eram muitos ...
(D) ... se gotas caíam ritmicamente das folhas ...
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais ...
Comentário: O verbo “tinha” é transitivo direto e o termo “seus próprios
ritmos” é o objeto direto.
O mesmo complemento (objeto direto) ocorre na alternativa (E), pois o
verbo “mostram” é transitivo direto e “uma enorme variedade de animais” é o
objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo “apareceu” é intransitivo e “em torno de 200
mil anos atrás” é o adjunto adverbial de tempo.
Na alternativa (B), o verbo “ocorriam” é intransitivo e o verbo “há”
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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compõe termo de sentido de tempo decorrido (“há 70 mil anos”). Veremos
esse emprego na concordância verbal.
Na alternativa (C), o verbo “eram” é de ligação, e a expressão “muitos”
é o predicativo do sujeito.
Na alternativa (D), o verbo “caíam” é intransitivo, e o termo “das folhas”
é o adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: E
Objeto indireto
O objeto indireto pode também ser pleonástico: repetição, por meio de
um pronome oblíquo, do objeto indireto.
Ao amigo, não lhe peça tal coisa.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são
“me, te, lhe, nos, vos, lhes”:
Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci.

Questão 18: TCE AP 2012 Técnico de Controle Externo


Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos...
A regência verbal assinalada acima está reproduzida em:
(A) ... mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos
desencadearam fortes altas nos preços.
(B) ... esses gigantes não importam muitos alimentos.
(C) ... o que torna mais fácil a tarefa ...
(D) Mas eles também impõem custos aos consumidores ...
(E) ... quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro
anos ...
Comentário: O verbo “proporcionam” é transitivo direto e indireto
(proporcionam a alguém alguma coisa). Então, a expressão “aos agricultores”
é o objeto indireto e “incentivos” é o objeto direto.
Assim, há regência verbal direta e indireta, sendo que o objeto indireto
é iniciado pela preposição “a”. O mesmo tipo de regência é encontrado na
alternativa (D), pois o verbo “impõem” é transitivo direto e indireto (impõem
alguma coisa a alguém), e exige o objeto direto “custos” e o objeto indireto
“aos consumidores”, iniciado pela preposição “a”.
Na alternativa (A), o verbo “desencadearam” é também transitivo direto
e indireto, sendo o termo “fortes altas” o objeto direto e “nos preços” o objeto
indireto. Porém, veja que o verbo do pedido da questão exige preposição “a”,
e este exige preposição “em”. Isso confirma a alternativa (D) como correta.
Uma outra observação: o termo “nos preços” não pode ser confundido
como adjunto adverbial de lugar, pois “preço” não é lugar, concorda?
Na alternativa (B), o verbo “importam” é transitivo direto (importam o
quê?). Assim, o termo “muitos alimentos” é o objeto direto.
Na alternativa (C), o verbo “tornar” é transitivo direto, o termo “a
tarefa” é o objeto direto e “mais fácil” é o predicativo do objeto direto. Temos
aí um predicado verbo-nominal (que será visto a seguir).
Na alternativa (E), o verbo “dobrar” é transitivo direto (dobrar o quê?).
Assim, “os preços mundiais dos alimentos” é o objeto direto. Note que a
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expressão “duas vezes em quatro anos” é o adjunto adverbial de tempo.
Gabarito: D

Questão 19: BB 2011 Escriturário


O segmento grifado que está sendo substituído de modo INCORRETO por um
pronome, com as necessárias adaptações, é:
(A) um recenseamento revelou a situação inédita = revelou-a
(B) milhares de pessoas trocavam as cidades do interior = trocavam-nas
(C) A tendência (...) definiu o Brasil do século XXI = lhe definiu
(D) era a que levava famílias inteiras do Nordeste = as levava
(E) que tem criado empregos = que os tem criado
Comentário: Perceba que os pronomes “o”, “a”, “os”, “as” podem substituir
apenas objetos diretos e que o pronome “lhe” substitui objeto indireto.
Devemos notar que os verbos “revelou”, “trocavam”, “definiu”, “levava”
e “tem criado” são transitivos diretos. Assim, os termos “a situação inédita”,
“as cidades do interior”, “o Brasil do século XXI”, “famílias inteiras do
Nordeste” e “empregos” são os objetos diretos.
Por esse motivo, não pode haver o pronome “lhe” na alternativa (C).
Gabarito: C

Questão 20: TRT 18ªR 2008 Técnico


Pensam em novas formas de suprimento de energia ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na
frase:
(A) Durante milênios convivemos com a convicção...
(B) Há outros ângulos do problema ...
(C) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ...
(D) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ...
(E) ... se haverá um limite para a internet ...
Comentário: O verbo “Pensam” é transitivo indireto “em novas formas de
suprimento de energia” é objeto indireto. (pensam em quê?)
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “convivemos” também é
transitivo indireto e “com a convicção” é objeto indireto.
Na alternativa (B), o verbo “há” é transitivo direto e “outros ângulos do
problema” é objeto direto.
Na alternativa (C), o verbo “entopem” é transitivo direto e “as caixas de
recepção” é objeto direto.
Na alternativa (D), o verbo “criou” é transitivo direto e “diretrizes
mundiais” é objeto direto.
Na alternativa (E), o verbo “haverá” é transitivo direto e “um limite” é
objeto direto.
Gabarito: A

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
Adjunto adnominal
Vimos no início da aula que o termo sintático da oração necessita de um
núcleo, constituído de um substantivo ou palavra de valor substantivo. Esse
núcleo pode ser caracterizado, determinado, modificado, especificado por um
termo, chamado de adjunto adnominal. Esse termo pode ser representado por:
1) um artigo: O carro parou.
2) um pronome adjetivo: Encontrei meu relógio.
3) um numeral adjetivo: Recebi a segunda parcela.
4) um adjetivo: Tive ali grandes amigos.
5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa de pedra.

As nossas primeiras experiências científicas fracassaram.


artigo pronome numeral substantivo adjetivo verbo intransitivo
adjuntos adnominais núcleo adj adnominal
sujeito predicado

Predicativo
Também vimos no início da aula o termo predicativo. Esse termo se liga
ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É
representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo,
numeral e pronome.
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal,
respectivamente. Nestes exemplos, note que o grupo à esquerda é
constituído de verbos de ligação mais os predicativos. É fácil perceber o
predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, para que o predicativo
também se flexione, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há
predicação verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam
por causa do sujeito, pois são complementos verbais ou adjuntos adverbiais:

O candidato está tranquilo. O candidato está na sala.


Os candidatos estão tranquilos. Os candidatos estão na sala.
Bom filho torna-se bom pai. Bom filho torna a casa.
Bons filhos tornam-se bons pais. Bons filhos tornam a casa.
A aula permanece difícil. A aula permanecerá no feriado.
As aulas permanecem difíceis. As aulas permanecerão no feriado.
Ela ficou triste. Ela ficou na praia.
Elas ficaram tristes. Elas ficaram na praia.
O paciente acha-se acamado. O estudante achou o local de prova.
Os pacientes acham-se acamados. Os estudantes acharam o local de prova.

Predicados nominais Predicados verbais

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Aqui cabe observarmos os tipos de predicativo e também inserirmos um


outro tipo de predicado: o predicado verbo-nominal. Isso é importante porque
o predicativo só pode fazer parte de dois tipos de predicado: do predicado
nominal ou do predicado verbo-nominal, que será explicado a seguir.

I - Predicativo do sujeito (pode ocorrer num predicado nominal ou verbo-


nominal). A estrutura do predicado nominal é: verbo de ligação mais
predicativo. Assim,
Ele continua enfermo.
Eu sou feliz.
Minha vida é maravilhosa.
sujeito Verbo de ligação predicativo do sujeito
predicado nominal

A estrutura do predicado verbo-nominal é: verbo transitivo direto ou


transitivo indireto mais objeto direto ou objeto indireto, além do predicativo.
Este predicativo é constituído de adjetivo restritivo, que acumula característica
transitória, pois depende da ação verbal para produzir o sentido desejado.
Veja:
Ela confirmou temerosa o crime.
sujeito VTD predicativo do objeto direto
sujeito
predicado verbo-nominal

Durante ou após o ato de confirmar, ela ficou temerosa. Esse predicativo


é a característica transitória do sujeito. (O valor transitório será explicado
adiante.)
Esta característica pode se deslocar na oração, desde que se separe por
vírgula para não se confundir com o adjunto adnominal:
Ela, temerosa, confirmou o crime.
Temerosa, ela confirmou o crime.
Ela confirmou o crime temerosa.
Sabendo-se que o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor
restritivo que está junto ao núcleo, note que a vírgula foi necessária nos dois
primeiros exemplos para não se confundir predicativo com adjunto adnominal,
pois o adjetivo “temerosa” está próximo ao núcleo do sujeito “ela”. No último
exemplo, a vírgula não foi usada justamente porque não se confunde o
predicativo do sujeito com o adjunto adnominal, haja vista que o adjetivo
“temerosa” está distante do núcleo do sujeito.

II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-


nominal)
Carlos deixou Ana zangada.
sujeito VTD OD predicativo do OD
predicado verbo-nominal

Da mesma forma, a característica “zangada” ocorre após o ato de deixar.


Por isso é transitória.

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III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-
nominal)
Gosto de meu filho sempre limpo
VTI OI adjunto predicativo
adverbial do OI
de tempo
predicado verbo-nominal

Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição:


Chamei-o de louco.
Questão 21: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário – Área Administrativa
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta.
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função
de
(A) adjunto adverbial.
(B) objeto direto.
(C) complemento nominal.
(D) predicativo.
(E) objeto indireto.
Comentário: Os termos “Este conceito” e “a sua contribuição maior” são os
sujeitos; “é” e “foi” são verbos de ligação; e os termos “relativo” e “a
liberdade de criação e expressão” são os predicativos.
Gabarito: D

Questão 22: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas


Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés
representava.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Em perder não só a liberdade, o elemento destacado tem o mesmo valor e
função dos notados na frase "Estava só, mas bastante tranquilo".
Comentário: O vocábulo “só”, na expressão “não só a liberdade” é um
advérbio, o qual é uma redução do advérbio “somente”.
Já o vocábulo “só”, na oração “Estava só, mas bastante tranquilo", é um
adjetivo, por ser uma forma reduzida do adjetivo “sozinho”.
Assim, os valores são diferentes.
Gabarito: E

Complemento nominal
A transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que
determinados substantivos, adjetivos e advérbios se fazem acompanhar de

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complementos. Esses complementos são chamados complementos nominais e
são sempre introduzidos por preposição:
1) complemento nominal de um substantivo:
Você fez uma boa leitura do texto.
sujeito VTD objeto direto complemento nominal
Predicado verbal

Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”. Como é


natural o verbo ser transitivo, o substantivo também fica transitivo.
Observe:
Você leu o texto.
sujeito VTD objeto
direto
Predicado verbal

Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto)


Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal)
2) complemento nominal de um adjetivo:

Você precisa ser fiel aos seus ideais.


sujeito locução verbal adjetivo na complemento nominal
de ligação função de
predicativo
Predicado nominal

Quem é fiel é fiel a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” é transitivo, ou seja,
necessita de complemento.

3) Complemento nominal de advérbio:


Você mora perto de Maria.
sujeito verbo intransitivo advérbio na função de complemento
adjunto adverbial de lugar nominal
Predicado verbal

Note que o advérbio “perto” necessita de um complemento: perto de


algo ou de alguém. Podemos dizer que o complemento nominal é mais uma
função substantiva da oração: nos casos citados anteriormente, o núcleo dos
complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). Pronomes e numerais
substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem
desempenhar essa função. Observe o pronome “lhe” atuando como
complemento nominal na oração seguinte:
Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa.
(fiel a alguém)
Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com
o verbo da oração, e sim com um nome que pode desempenhar as mais
diversas funções.
A realização do projeto é necessária à população carente.
Adj. núcleo complemento VL predicativo do complemento nominal
Adn nominal sujeito
sujeito predicado nominal

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Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser
confundido com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida,
pois, segundo o que foi visto, o adjunto adnominal é constituído de vocábulo
de valor restritivo que caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o
complemento nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida
quando os dois termos são preposicionados. Por exemplo:
A leitura do livro é instigante.
A leitura do aluno foi boa.
Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios:
1º critério:
Adjunto adnominal: Complemento nominal:
O termo preposicionado caracteriza o O termo preposicionado complementa
substantivo. um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de
você.”, logo no primeiro critério já saberíamos que “de problemas” e “de você”
são complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “cheio” e
do advérbio “perto”, respectivamente.

2º critério:
O substantivo caracterizado pode ser O substantivo complementado deve ser
concreto ou abstrato. abstrato.

Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de


uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que
o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos
visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a
casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais,
pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”,
respectivamente.
3º critério:
O termo preposicionado é agente. O termo preposicionado é paciente.

Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo


sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se
pacientes, serão complementos nominais. Veja:
Adjuntos adnominais:
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama)
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou)
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu)
Complementos nominais:
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada)
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado)
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido)
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Questão 23: TRT 2ªR 2008 Técnico
Para observadores atentos, é uma forte ameaça à democracia...
O mesmo tipo de complemento grifado acima SÓ NÃO se repete na expressão
também grifada em:
(A) ... é o desmonte do conceito de segurança alimentar ...
(B) ... alimentos indispensáveis ao sustento da população...
(C) ... que muitos países da África e da América Latina desenvolvessem sua
agricultura...
(D) ... na busca da garantia do abastecimento interno.
(E) ... associado a políticas demográficas e ambientais.
Comentário: A expressão “à democracia” é um complemento nominal, pois
esse termo preposicionado foi exigido por regência nominal pelo substantivo
abstrato “ameaça”. (ameaçar a democracia → ameaça à democracia).
Agora, devemos observar dentre as alternativas aquela que não possui o
complemento nominal.
(A): o substantivo abstrato “desmonte” exige o complemento “do conceito de
segurança alimentar” (desmontar o conceito → desmonte do conceito)
(B): “indispensável” é um adjetivo que exige complemento: “indispensável ao
sustento da população”.
(C): O substantivo concreto “países” não é gerado a partir de um verbo, não é
o nome de uma ação; por isso não exige complemento, conforme o 2° critério
visto anteriormente. Na realidade, o termo “da África e da América Latina” é o
adjunto adnominal, pois apenas caracteriza, restringe o substantivo anterior.
Por isso, esta é a alternativa a ser marcada.
(D): O substantivo “garantia” é abstrato e por isso exige o complemento “do
abastecimento interno”.
(E): O adjetivo “associado” exige o complemento “a políticas demográficas e
ambientais”.
Gabarito: C

Questão 24: TRE – RN 2011 – Técnico Judiciário


O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a
pecuária.
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento
também grifado em:
(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias,
falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo...
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo
na economia estadual.
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.
(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a
imaginação do homem.
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do
sertão potiguar ...
Comentário: Primeiro, é bom lembrar o que é a regência nominal: é o
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio que exigem um complemento
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nominal.
Podemos normalmente fazer uma associação com a regência verbal, em
que um verbo exige o complemento verbal. Vou inventar um exemplo!!!
A expressão “leitura do livro” possui o termo paciente “do livro” por ser
complemento nominal do substantivo abstrato “leitura”. Veja:
ler o livro leitura do livro
VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente)
(regência verbal) (regência nominal)

Agora, compare com a estrutura “leitura do aluno”.


O termo “do aluno” é apenas o adjunto adnominal, pois é um termo
agente. Veja:
O aluno lê leitura do aluno
sujeito + VTD nome + adjunto adnominal
(termo agente) (termo agente)

Vale lembrar que, quando há adjetivo ou advérbio, não há necessidade


de verificação se o termo preposicionado é agente ou paciente, pois não pode
haver adjunto adnominal dessas palavras.
Agora, vamos à questão:
No segmento “favorável ao cultivo da cana”, há dois complementos
nominais: o adjetivo “favorável” exigiu o complemento nominal “ao cultivo”, e
o substantivo abstrato “cultivo” exigiu o complemento nominal “da cana”. Veja
que o substantivo abstrato é gerado do verbo “cultivar” (cultivar a cana).
Como “a cana” é o complemento verbal de “cultivar”, na transformação desse
verbo em substantivo abstrato, esse complemento passa a ser nominal:
cultivo da cana. Veja:
cultivar a cana cultivo da cana
VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente)
(regência verbal) (regência nominal)

A alternativa (C) é a correta, pois a expressão “fundação do Forte dos


Reis Magos e da Vila de Natal” possui o termo paciente “do Forte dos Reis
Magos e da Vila de Natal” por ser complemento nominal do substantivo
abstrato “fundação”. Veja:
fundar Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência verbal)
VTD + objeto direto (termo paciente)

fundação Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência nominal)


nome + complemento nominal (termo paciente)

Na alternativa (A), o substantivo “Polo” está sendo determinado pelo


aposto especificativo “Costa das Dunas”. Este aposto é utilizado para dar
nome às coisas. Assim, não há regência nominal.
Na alternativa (B), o termo “de praias” é o adjunto adnominal do
substantivo “quilômetros”, pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Na alternativa (D), o termo “do homem” é o adjunto adnominal do
substantivo “imagem”, pois o restringe. Assim, também não há regência
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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nominal.
Na alternativa (E), o termo “do sertão potiguar” é o adjunto adnominal
do substantivo “beleza”, pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Gabarito: C

Agente da passiva: Este termo será explorado na aula de concordância.


Cabe aqui apenas entender que ele é quem pratica a ação verbal quando o
verbo está na voz passiva analítica; é introduzido pelas preposições por (e
suas contrações) ou, mais raramente, de:
A grama foi aparada pelo jardineiro. (voz passiva)
O jardineiro aparou a grama. (voz ativa)
Vocativo: O nome vocativo nos faz pensar em várias palavras ligadas à
ideia de “chamar”, “atrair a atenção”: evocar, convocar, evocação, vocação.
Vocativo é justamente o nome do termo sintático que serve para nomear um
interlocutor a que se dirige a palavra. É um termo independente: não faz parte
do sujeito nem do predicado, de valor exclamativo, muitas vezes confundido
com o aposto, pois exige vírgulas. Pode aparecer em posições variadas na
frase.
Márcia, pegue o seu exemplar.
Veja, menina, aquela árvore.
Estamos aqui, papai.
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam
o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.
Aposto: Funciona na oração como uma ampliação, explicação,
desenvolvimento ou resumo da ideia do termo anterior:
Este país, o Brasil, tem procurado desenvolver políticas econômicas
aliando produção e sustentabilidade.
Nessa oração, “Este país” é o sujeito, e “o Brasil” é aposto desse sujeito,
pois explica o conteúdo do termo a que se refere.
O aposto pode ser classificado em:
I – explicativo: muito cobrado nas provas da FCC quanto à pontuação,
pois pode ser separado por vírgulas, dois-pontos, travessões e até por
parênteses. Ele também pode vir antecipado de palavras denotativas de
explicação do tipo: a saber, isto é, quer dizer etc.
Raquel, contadora da empresa, está viajando.
Só queria algo: apoio.
Um trabalho – tua monografia – foi premiado.
A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) foi criada em 1999.

II - enumerativo ou distributivo: é uma sequência de elementos, a qual


chamamos de enumeração, usada para desenvolver uma ideia anterior. É
separado por dois-pontos, e cada um dos elementos enumerados é separado

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por vírgula. Se houver apenas dois elementos enumerados, eles podem ser
separados também pela conjunção “e”. Veja:
Ganhei dois presentes: um tênis e uma camisa.
As reivindicações dos funcionários incluíam muitas coisas: melhor
salário, melhores condições de trabalho, assistência médica
extensiva a familiares.
III - resumitivo ou recapitulativo: é usado para condensar a ideia de
termos anteriores, geralmente, por meio de um pronome indefinido.
“Grana, poder, sucesso, nada sobrevive à marcha inexorável do tempo.”
O sujeito composto “Grana, poder, sucesso” é resumido pelo pronome
indefinido nada, por isso o verbo concorda com o aposto e se flexiona no
singular. Note que este tipo de aposto é separado por vírgula do termo
anterior.
IV - especificativo ou apelativo: indica o nome de alguém ou de algo dito
anteriormente. Note que não é separado por sinais de pontuação.
O compositor Chico Buarque é também um excelente escritor.
O estado é cortado pelo rio São Francisco.
Observação: O aposto também pode se referir a uma oração:
Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos.
Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma oração. Nestes
casos, obrigatoriamente haverá separação por vírgula.

Questão 25: BB 2010 Escriturário


Fragmento do texto: A multiplicação de desastres naturais vitimando
populações inteiras é inquietante: tsunamis, terremotos, secas e inundações
devastadoras, destruição da camada de ozônio, degelo das calotas polares,
aumento dos oceanos, aquecimento do planeta, envenenamento de
mananciais, desmatamentos, ocupação irresponsável do solo,
impermeabilização abusiva nas grandes cidades. Alguns desses fenômenos
não estão diretamente vinculados à conduta humana. Outros, porém, são uma
consequência direta de nossas maneiras de sentir, pensar e agir.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Os dois-pontos introduzem enumeração de fatos que exemplificam desastres
naturais.
Comentário: A expressão “tsunamis, terremotos, secas e inundações
devastadoras, destruição da camada de ozônio, degelo das calotas polares,
aumento dos oceanos, aquecimento do planeta, envenenamento de
mananciais, desmatamentos, ocupação irresponsável do solo,
impermeabilização abusiva nas grandes cidades” é o aposto enumerativo, o
qual tem a função de elencar elementos após os dois-pontos e esses
elementos , contextualmente, exemplificam “desastres naturais”. Por isso, a
afirmativa está correta.
Gabarito: C

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Questão 26: TRT 16ªR 2009 Técnico
... eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a
devastação das matas.
O emprego dos dois-pontos assinala, no contexto,
(A) reforço no sentido da afirmativa anterior.
(B) introdução de comentário repetitivo.
(C) especificação da expressão anterior a eles.
(D) transcrição exata da fala dos especialistas.
(E) segmento que apresenta sequência de fatos.
Comentário: Esta é uma questão típica desta banca. Os dois-pontos estão
sinalizando que na sequência virá um elemento explicativo (“a devastação das
matas”), chamado aposto explicativo. Perceba que a banca não inseriu nas
alternativas a palavra “explicação ou explicativo”. Mas basta entender que o
elemento explicativo reforça, ratifica, corrobora, especifica um dado expresso
anteriormente (“um dos mais atuais e globalizados temas”); por isso a
alternativa C é a correta.
Gabarito: C

Questão 27: TRT 18ªR 2008 Técnico


Fragmento do texto: E ainda há o problema do lixo tecnológico (peças e
pedaços de computadores, pilhas, baterias), já tão grave que a própria ONU
criou diretrizes mundiais que apontam caminhos para ampliar a vida dos
componentes e promover a reciclagem.
(peças e pedaços de computadores, pilhas, baterias)
Considere as observações a respeito do segmento do parágrafo transcrito
acima:
I. Trata-se de um segmento enumerativo, intercalado no contexto.
II. Os parênteses podem ser corretamente substituídos por travessões, sem
alteração do sentido original.
III. A ausência do segmento colocado entre parênteses não alteraria a
sequência lógica nem a clareza do período.
Está correto o que se afirma em
(A) III, somente.
(B) I e II, somente.
(C) II e III, somente.
(D) I e III, somente.
(E) I, II e III.
Comentário: A frase I está correta, pois o aposto explicativo, quando recebe
mais de um termo, é considerado enumerativo e continua explicando o termo
anterior.
A frase II está correta. Veja que, se o termo está intercalado, então
pode ser separado por duplo travessão, dupla vírgula, parênteses.
A frase III está correta. Como o segmento é explicativo, sua retirada
mantém a sequência lógica e a coerência do texto. Para entender isso, basta
retirar o termo e ler novamente.
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Por isso, todas as frases estão corretas.
Gabarito: E

Questão 28: TRT 3ªR 2009 Analista


Fragmento do texto:
A consciência de pertencer a determinada comunidade camponesa, ou família
tradicional e poderosa, ou confraria, ou cidade, ficou esmagada pelo conceito
de cidadania que homogeneíza todos os indivíduos. Novos recortes surgiram –
partido político, condição econômica, seita religiosa etc. – mas tão maleáveis
e mutáveis que não substituíram todas as funções sociais e psicológicas do
velho sentimento grupal.
− partido político, condição econômica, seita religiosa etc. −
O segmento isolado pelos travessões denota, no texto,
(A) ressalva importante, de sentido explicativo, ao desenvolvimento anterior.
(B) transcrição exata de informações obtidas em outros autores.
(C) redundância intencional, para valorizar a descaracterização grupal.
(D) enumeração esclarecedora de uma expressão anterior.
(E) realce de uma ideia central, com a pausa maior inserida no contexto.
Comentário: Como vimos, o aposto explicativo pode ser separado por
travessões, vírgulas e parênteses. Neste caso, ele possui mais de um núcleo,
assim pode ser considerado também um aposto enumerativo, que tem a
função de explicar (esclarecer) termo anterior (“recortes”). Por isso, a
alternativa (D) é a correta.
A alternativa (A) está errada porque “ressalva” significa contraste,
oposição.
A alternativa (B) está errada, pois não há transcrição exata de
informações.
A alternativa (C) está errada, pois não há redundância (repetição viciosa
de ideias).
A alternativa (E) está errada, porque não há intenção de realçar, mas de
explicar.
Gabarito: D

O termo explicativo não é expresso apenas pelo aposto explicativo. Veja


outras possibilidades!!!
O comentário do autor: orações intercaladas:
Também são estruturas explicativas as orações intercaladas. São
inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser
separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também
chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite, além
do valor explicativo, outros valores semânticos:
a) abertura de citação: a expressão abre a palavra para os dizeres de
alguém:
Dê-me água, pediu-me o rapaz.
Quem é ele? – interrompeu a jovem.

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As estruturas acima são apenas variações do discurso direto padrão.
Veja:
O rapaz me pediu:
– Dê-me água.
A pontuação pode ainda sofrer mais alterações:
Dê-me, o rapaz me pediu, água.
Dê-me – o rapaz me pediu – água.
b) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um
dos meus melhores amigos.
c) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a
brincadeira da garotada.
“Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas
doces.” (Machado de Assis)
d) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom
ou mau:
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.
“É bem feiozinho, benza-o Deus, o tal teu amigo!” (Aluísio Azevedo)
e) escusa: o falante se desculpa:
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por
que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa
frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis)
f) permissão: o falante solicita algo:
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu
espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)
g) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um
enunciado:
“Daqui a um crime distava apenas um breve espaço e ela transpôs, ao
que parece.” (Alexandre Herculano)
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo
repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco)
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.
h) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:
“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos
outros homens.” (Machado de Assis)
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen)
Por estar em final de período, é antecedida de dois-pontos, mas também
pode receber vírgula ou travessão:
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“Sua metodologia é simples – por meio de conversas frequentes com a
família, o voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança morra
por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, a administração do
soro caseiro e a adoção da farinha de multimistura...” (Jornal do Commercio 2010)
Questão 29: BB 2011 Escriturário
Fragmento do texto: Embora não queira apresentar receitas prontas, o
Relatório de 2010 traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da
ação pública na regulação da economia para proteger grupos mais
vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar pobreza,
crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento
e negligencia a sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas, no final do parágrafo, indica que se trata de
(A) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
(B) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
(C) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
(D) transcrição exata do que consta no texto do Relatório de 2010.
(E) resumo do assunto principal constante do Relatório de 2010.
Comentário: O trecho colocado entre aspas segue a estrutura que vimos na
letra “a” do conceito das orações intercaladas. Esse trecho é o recorte do que
está escrito no relatório, e a expressão “informa o texto” é antecipada de
vírgula por representar uma suposta voz do narrador, dentro da estrutura do
discurso direto.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 30: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto: Poucas pessoas classificariam o bico do tucano como
uma "monstruosidade". Mas foi assim que Buffon, um famoso naturalista
francês, o descreveu no século XVIII. Até hoje, o tamanho "monstruoso" do
bico do tucano – o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo − é algo
que clama por explicação.
– o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo −
A frase isolada pelos travessões constitui, no texto,
(A) contestação do que foi afirmado anteriormente.
(B) descrição exata da ave pelo naturalista francês.
(C) justificativa para o tamanho do bico do tucano.
(D) restrição feita à classificação usual do bico do tucano.
(E) observação feita pelo autor, de sentido explicativo.
Comentário: A alternativa (E) é a correta, pois esse enunciado apenas insere
um comentário do autor, que mostra uma explicação.
Perceba que não houve contestação (alternativa A), nem descrição
exata (alternativa B), tampouco restrição (alternativa D). Além disso, não
houve justificativa para o tamanho do bico do tucano (alternativa C).
Gabarito: E

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
Questão 31: BB 2010 Escriturário
Fragmento do texto: Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade.
A obra mostra que as éticas tradicionais – antropocêntricas e baseadas numa
concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das
consequências danosas do progresso tecnológico sobre as condições de vida
humana na Terra e o futuro das novas gerações.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Os travessões isolam um comentário explicativo da expressão imediatamente
anterior a esse segmento.
Comentário: Perceba que o trecho entre travessões é uma inserção do autor
para explicar “éticas tradicionais”. Naturalmente, você pode ter se perguntado
se este trecho entre travessões também não pode ser um aposto explicativo.
Pode, sim! Para a banca não importa o nome, mas a natureza explicativa.
Gabarito: C

Questão 32: BB 2010 Escriturário


Fragmento do texto: O paradoxo consiste em que o progresso converte o
sonho de felicidade em pesadelo apocalíptico – profecia macabra que tem hoje
a figura da catástrofe ecológica. [...]
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O travessão único, no final do fragmento, pode ser corretamente substituído
por uma vírgula, sem alteração do sentido original.
Comentário: Esse termo antecedido do travessão pode ser interpretado tanto
como aposto explicativo quanto comentário do autor; por isso, ao final do
período, ele pode ser iniciado por travessão, vírgula ou dois-pontos.
Gabarito: C

Questão 33: Metrô 2010 Técnico


Fragmento do texto: O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos,
que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se
165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano,
que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse
ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas
décadas, implantar o metrô em toda a cidade.
E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no
transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de
30% − o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por
automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô.
E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são
transportadas por caminhões − quando o transporte ferroviário, cada vez mais
sucateado, é algumas vezes mais barato − que, em média, têm 20 anos de
uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de
20 a 30 horas seguidas.
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados
no 2° parágrafo:
I. As aspas na palavra "útil" denotam um sentido diferente do habitual para
seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.
II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
a afirmativa imediatamente anterior.
III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões,
deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte
rodoviário em São Paulo.
Está correto o que consta em
(A) II, somente.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
Comentário: A frase I está correta, pois a palavra “útil” significa literalmente
aquilo que pode ter algum uso ou serventia. As aspas mostram que o
vocábulo “útil” tem um valor estendido ao tempo de produção, trabalho de
uma pessoa. Naturalmente não é só trabalho que é útil, concorda??!!! Assim,
está correta a afirmação de que o sentido da palavra é diferente do habitual e
que se está chamando a atenção para o tempo perdido no trânsito.
A frase II está correta, porque o segmento “93% das cargas no Estado
de São Paulo são transportadas por caminhões (...) que, em média, têm 20
anos de uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que
trabalham de 20 a 30 horas seguidas” explica porque se afirmou que o tempo
consumido nos deslocamentos em São Paulo não é o único desperdício.
A frase III está correta, pois o comentário do autor com a expressão
entre travessões realmente critica a predominância do transporte rodoviário
em São Paulo. Isso é facilmente percebido na leitura das expressões que
caracterizam o transporte ferroviário em São Paulo: “cada vez mais
sucateado” e “algumas vezes mais barato”.
Gabarito: E

Veremos, agora, algumas palavras que não fazem parte da função


sintática exatamente, mas ajudam (e muito) na interpretação de texto e na
pontuação. São as chamadas palavras denotativas. As gramáticas
normalmente as elencam junto aos advérbios, por possuírem valores
semânticos peculiares. Trabalhamos estas palavras nesta aula para que você
possa perceber principalmente os termos de valor explicativo, exemplificativo e
retificativo, os quais recebem vírgula.

Palavras denotativas
Há palavras semelhantes aos advérbios, mas que não constituem
circunstâncias. São as chamadas palavras denotativas. Veja algumas
importantes.
1. Designação: eis.
Eis o homem!
Esta construção admite que o substantivo posterior seja substituído pelo
pronome oblíquo átono o, na forma Ei-lo!

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
2. Exclusão: exceto, senão, salvo, menos, tirante, exclusive, ou melhor
etc.
Voltaram todos, menos André.
Roubaram tudo, salvo o telefone.
3. Limitação: só, apenas, somente, unicamente:
Só Deus é imortal. Apenas um livro foi vendido.
A possibilidade de cobrança em prova é na interpretação de texto.
Quando se inserem as palavras só, somente, apenas; há o recurso textual
chamado palavra categórica. Ele transmite uma ideia veemente do autor, que
não abre caminhos para outra possibilidade. Isso dirige a interpretação de
texto. Veja:
Só o rico ganha. O dinheiro chega apenas à classe nobre.
Compare com as estruturas sem essas palavras categóricas:
O rico ganha. O dinheiro chega à classe nobre.
Naturalmente você observou que o sentido mudou significativamente. Na
prova normalmente o texto sugere algo de maneira geral, com a segunda
construção. Já, na interpretação de texto, a banca inclui a palavra categórica
para o candidato perceber o erro.
4. Explicação, explanação ou exemplificação: a saber, por exemplo,
isto é, como, ou melhor etc.
Eram três irmãos, a saber, Pedro, Antônio e Gilberto.
Lá, no inverno, usa-se roupa pesada, como sobretudo e poncho.
Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra, fogo, água e
ar.
Esses valores são normalmente separados por vírgula ou dois-pontos.
Pode-se ter em mente que, quando se explica, quer-se ratificar, confirmar
argumentos; então isso pode ser cobrado numa interpretação de texto ou no
uso da pontuação.
5. Inclusão: mesmo, além disso, ademais, até, também, inclusive,
ainda, sobretudo etc.
Até o professor riu-se. Ninguém veio, mesmo o irmão.
I - Costumam-se ficar entre vírgulas as estruturas além disso,
também, inclusive, ainda. Normalmente a banca insere apenas uma das
vírgulas e isso torna o texto errado.
Ele disse, inclusive que não viria hoje. (errado)
Ele disse, inclusive, que não viria hoje. (certo)
II – Cumpre lembrar que não se pode confundir o valor de mesmo
(inclusão), mesmo (pronome demonstrativo de valor adjetivo) e advérbio de
afirmação/certeza. O primeiro não se flexiona e pode ser substituído por até,
inclusive:
Mesmo ela realizou as atividades.

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
O segundo flexiona-se e diz respeito a um reforço reflexivo, equivalendo
a sozinha:
Ela mesma realizou as atividades.
O terceiro não se flexiona e serve para ratificar, confirmar uma ação,
equivalendo-se a sim, com certeza:
Ela realizou mesmo as atividades.
6. Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes etc.
Comprei cinco, aliás, seis livros. Correu, isto é, voou até nossa casa.
Para a banca é importante notar a ideia de correção ao que foi dito
anteriormente e por isso a expressão deve ficar separada por vírgula(s). Note
que a expressão “isto é” também foi vista como explicação (ratificação), por
isso deve-se ter muito cuidado com o contexto.
7. Situação: mas, então, pois, afinal, agora, etc.
Mas que felicidade. Então duvida que se falasse latim?
Pois não é que ele veio. Afinal, quem tem razão?
Posso mostrar-lhes o sítio; agora, vender eu não vendo.
A banca pergunta se os vocábulos “Mas”, “Então” e “Pois”, nestes casos,
possuem valor de oposição, conclusão e explicação, respectivamente. Pode-se
notar claramente que não; estes vocábulos apenas motivam o início do
discurso, como ocorre com o coloquialismo “Hum...”, “senão vejamos”, etc.
8. Expletivo e realce: é que; lá, cá, só, ora, que, mesmo, embora.
Nós é que somos brasileiros. Eu sei lá!
Eu cá me arranjo. Vejam só que coisa!
Ora, decidamos logo o negócio. Oh! Que saudades que tenho!
É isso mesmo. Vá embora!
Normalmente as palavras expletivas ocorrem por motivo de ênfase e
estilo; mas o vocábulo “ora” geralmente inicia uma consideração do autor,
uma avaliação que pode também ser entendida como conclusão.
9. Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem:
Felizmente não me machuquei.
Ainda bem que o orador foi breve!

Questão 34: BB 2006 Escriturário


Fragmento do texto: “O folhetinista é originário da França [...] De lá
espalhou-se pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções tomava
o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal.” E Machado tenta “definir
a nova entidade literária”, procura esmiuçar a “organização do novo animal”.
Mas dessa nova entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra folhetim
designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na França, há que ir ver o que
o termo recobre lá na matriz. De início, ou seja, começos do século XIX, “le
feuilleton” designa um lugar preciso do jornal: “o rez-de-chaussée” — résdo-
chão, rodapé —, geralmente o da primeira página.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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A expressão “ou seja” (linha 8) foi empregada para introduzir uma retificação:
em busca da precisão, anula-se o valor da expressão anteriormente utilizada
(De início).
Comentário: Não há retificação (correção) da expressão “De início”, o que
houve foi uma explicação, por meio da expressão denotativa de explicação “ou
seja”.
Gabarito: E

Questão 35: TRT 12ªR 2010 Técnico


Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim ...
O emprego da expressão grifada acima assinala uma
(A) contradição involuntária.
(B) repetição para realçar a ideia.
(C) retificação do que havia sido dito.
(D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.
(E) condição básica de um fato evidente.
Comentário: A expressão “ou melhor” é chamada de palavra denotativa de
retificação, por isso a alternativa C é a correta.
Gabarito: C

Questão 36: Metrô 2008 Técnico


As estradas – basicamente construídas no Estado de São Paulo – viviam em
constantes dificuldades financeiras, com exceção das ferrovias cafeeiras.
Considere as afirmativas a respeito do emprego de sinais de pontuação:
I. Os travessões podem ser substituídos por vírgulas, sem alteração do
sentido original.
II. O segmento assinalado pelos travessões pode vir isolado também por
parênteses.
III. Após a expressão dificuldades financeiras podem ser colocados dois-
pontos substituindo a vírgula, sem interrupção do sentido lógico da frase.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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Comentário: As afirmativas I e II estão corretas, porque a estrutura
“basicamente construídas no Estado de São Paulo” encontra-se entre
travessões por ser uma inserção explicativa do autor (expressão
intercalada/parentética), por isso também pode ficar entre vírgulas e entre
travessões, sem alterar o sentido.
A afirmativa III está incorreta, porque a expressão “com exceção das
ferrovias cafeeiras” é denotativa de exclusão, a qual não admite dois-pontos,
para não ser confundida com explicação.
Gabarito: C

Questão 37: BB 2011 Escriturário


Fragmento de texto:
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é
pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas
do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que
equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de
boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se,
em busca de uma resposta.
(...)
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo.
Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes.
Ora, felicidade é coisa grandiosa. (último parágrafo)
Com a palavra grifada, o autor
(A) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
(B) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
(C) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
(D) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes
considerada.
(E) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se
afirma.
Comentário: Leia o texto atentamente. Perceba que, para o autor, a
felicidade é algo difícil de ser atingido. Compreendendo isso, percebemos que
a expressão “O que espero...é que sejam felizes” não é a opinião do autor,
mas a resposta comum, a qual é criticada pelo autor. Com isso, a frase “Ora,
felicidade é coisa grandiosa.” É uma forma de o autor se colocar em reserva,
em crítica à postura da opinião expressa anteriormente. Assim, a alternativa
correta é a (B). Veja as demais:
A alternativa (A) está errada, pois não há retomada de mesma
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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afirmação anterior.
A alternativa (C) está errada, pois não houve uma alternativa ao que foi
dito, não se abriu nova possibilidade.
A alternativa (D) está errada, pois não houve realização de algo dito
anteriormente.
A alternativa (E) está errada, pois não há estabelecimento de condições.
Gabarito: B

Questão 38: TCE SP 2005 Agente de Fiscalização Financeira


Fragmento do texto: O leitor de Maquiavel acaba encontrando nesse texto
admirável uma série de análises e revelações que permitem desmascarar os
habituais embustes das ideologias mais abstratas, dessas que se apegam a
supostos princípios de validade universal para melhor encobrirem práticas de
proveito particular. Ou seja: além de ser útil aos “príncipes”, essa obra
continua sendo valiosa para todo aquele que queira se inteirar da lógica que
comanda as ações de quem deseja alcançar o poder e nele se manter.
No contexto do último período do texto, o sentido da expressão além de ser
útil é equivalente ao da expressão
(A) ainda que fosse útil.
(B) a fim de ser útil.
(C) uma vez sendo útil.
(D) à medida que é útil.
(E))ademais de ser útil.
Comentário: A expressão “além de” faz parte das palavras denotativas de
inclusão. Assim, esta expressão pode ser substituída pelo vocábulo de igual
valor semântico “ademais”.
Você verá nas aulas posteriores que “ainda que” tem valor adverbial
concessivo (contrastante), “a fim de” tem valor adverbial de finalidade, “uma
vez” tem valor adverbial de condição ou causa, “à medida que” tem valor
adverbial de proporção.
Gabarito: E

Questão 39: Prefeitura São Paulo 2007 Técnico


Fragmento do texto: Quem visita São Paulo tem uma nova opção que
merece ser conhecida. É o Parque da Juventude, ao lado da Marginal do Tietê,
próximo à Rodoviária, que reurbanizou toda a área ocupada pela antiga
Penitenciária do Carandiru. Ele apresenta uma novidade única em parques
urbanos paulistas: o arvorismo, ou seja, andar por caminhos suspensos
construídos entre as árvores para melhor observar a fauna e a flora.
... o arvorismo, ou seja, andar por caminhos suspensos...
A expressão grifada acima pode ser corretamente substituída, sem alteração
do sentido original, por
(A) a não ser.
(B) assim.
(C) senão.
(D) além disso.
(E) isto é.
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
Comentário: A expressão “ou seja” é uma expressão denotativa explicativa.
A expressão “isto é” também tem valor explicativo, por isso a alternativa (E) é
a correta.
Gabarito: E

Questões cumulativas de revisão

Questão 40: TRT 12ª R 2010 Técnico


Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ...
O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em que se encontra o
grifado acima está em:
(A) ... explicava ela ...
(B) Novelas vivem de conflitos.
(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...
(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –
(E) Mas eles são bons só na vida privada.
Comentário: O verbo “dizia” possui a desinência modo-temporal “-ia”
(segunda conjugação), a qual indica o tempo pretérito imperfeito do
indicativo.
A alternativa (A) é a correta, pois “explicava” também se encontra no
tempo pretérito imperfeito do indicativo. Perceba que a desinência modo-
temporal de 1ª conjugação é “-va”; já a da segunda e da terceira é “-ia”.
Na alternativa (B), o verbo “vivem” encontra-se no presente do
indicativo.
Na alternativa (C), o verbo “empolgue” encontra-se no presente do
subjuntivo.
Na alternativa (D), o verbo “deveriam” encontra-se no futuro do
pretérito do indicativo.
Na alternativa (E), o verbo “são” encontra-se no presente do indicativo.
Gabarito: A

Questão 41: TRE PE 2011 Técnico


Nos meses de verão, saíamos para um arrabalde mais afastado do bulício da
Cidade, quase sempre Monteiro ou Caxangá.
A frase em que ambos os verbos grifados estão flexionados nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado acima é:
(A) No dia seguinte, soubemos que tínhamos saído a tempo.
(B) Atrás de casa, na funda ribanceira, corria o rio, à cuja beira se especava o
banheiro de palha.
(C) Talvez tivéssemos que voltar para o Recife, as águas tinham subido muito
durante a noite ...
(D) Enquanto esperávamos o trem na Estação de Caxangá, fomos dar uma
espiada ao rio à entrada da ponte.
(E) ... que o riozinho manso onde eu me banhava sem medo todos os dias se
pudesse converter naquele caudal furioso de águas sujas.
Comentário: O verbo “saíamos” encontra-se no pretérito imperfeito do
indicativo. Note a desinência modo-temporal “ia”.
Na alternativa (A), o verbo “soubemos” está flexionado no pretérito
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
perfeito do indicativo e “tínhamos saído” está no pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo.
A alternativa (B) é a correta, pois os verbos “corria” e “especava” estão
no pretérito imperfeito do indicativo. Note as desinências modo-temporais
“ia”, da segunda conjugação, e “va”, da primeira, respectivamente.
Na alternativa (C), o verbo “tivéssemos” encontra-se no pretérito
imperfeito do subjuntivo, e “tinham subido”, no pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo.
Na alternativa (D), o verbo “esperávamos” está no pretérito imperfeito
do indicativo, e “fomos”, no pretérito perfeito do indicativo.
Na alternativa (E), “banhava” está no pretérito imperfeito do indicativo e
“pudesse”, no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Gabarito: B

Questão 42: Ag Pen BA 2010 Médio


Se o vento assobiava ao passar por frestas e galhos ...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
acima está na frase:
(A) A Terra tem uma idade aproximada de 4,5 bilhões de anos.
(B) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos atrás,
na África.
(C) Evidências fósseis e genéticas indicam ...
(D) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas e planícies
eurasiáticas ...
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais e também de cenas de
caçadas e de rituais.
Comentário: O verbo “assobiava” encontra-se no pretérito imperfeito do
indicativo.
Alternativa (A): “tem” (presente do indicativo)
Alternativa (B): “apareceu” (pretérito perfeito do indicativo)
Alternativa (C): “indicam” (presente do indicativo)
Alternativa (D): “corriam” (pretérito imperfeito do indicativo)
Alternativa (E): “mostram” (presente do indicativo)
Gabarito: D
O que devo tomar nota como mais importante?
• Observar que entre sujeito, verbo e complementos não há vírgula.
• O adjunto adverbial solto admite a vírgula no final do período. Quando
antecipado ou intercalado e de grande extensão, a vírgula é obrigatória.
• Quando a questão pede mesmo tipo de complemento, é só lembrar da
estrutura:
PV= VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI
PN= VL + predicativo

• Atentar para o complemento nominal:


Adjetivo que exige complemento nominal: fiel a ela.
Advérbio que exige complemento: perto de você.
Substantivo abstrato que exige complemento: construção do prédio.
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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• O aposto explicativo e os comentários do autor (expressão parentética)
podem ser separados por vírgulas, travessões e parênteses:
Xxxxxxx, explicação, xxxxxxx.
Xxxxxxx− explicação − xxxxxxx.
Xxxxxxx(explicação) xxxxxxx.
Quando em final de período, a vírgula, o travessão e os parênteses
podem substituídos por dois-pontos.
Xxxxxxx, explicação.
Xxxxxxx− explicação.
Xxxxxxx(explicação).
Xxxxxxx: explicação.

Lembre-se de que todas as questões comentadas são da banca Fundação


Carlos Chagas.
Grande abraço!!!
Professor Terror

Lista de questões
Questão 1: TRE 3ªR 2009 Analista
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:
Fazem parte da LRF, as instruções que definem os limites para as despesas de
pessoal, e as regras para a criação de dívidas.

Questão 2: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário


... das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços.
O segmento grifado exerce na frase acima a função de
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) objeto indireto.
(D) adjunto adverbial.
(E) adjunto adnominal.

Questão 3: TJ RJ 2012 Analista Judiciário – Analista de Sistemas


A despeito do sucesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da
atividade como jornalista, articulista e cronista.
O elemento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração
do sentido original, por
(A) Em razão do (B) Conquanto o (C) Em que pese o
(D) Em vista do (E) A partir do

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR TERROR
Questão 4: TRT 2ªR 2008 Técnico
... que vivem em áreas urbanas ...
O mesmo tipo de regência que caracteriza o verbo grifado acima está na
oração:
(A) ... ultrapassará o de moradores do campo.
(B) ... todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades ...
(C) ... porque elas atraem diferentes tipos de moradores ...
(D) ... e dependem de normas comuns de comportamento.
(E) ... a criar os filhos sob um controle extenuante.

Questão 5: BB Escriturário 2010


Identifica-se noção de causa no segmento:
(A) ... sobre as condições de vida humana na Terra e o futuro das novas
gerações.
(B) ... capaz de reconhecer para a natureza um direito próprio.
(C) ... em virtude das forças econômicas e de outra índole ...
(D) ... para que um "basta" derradeiro não seja imposto pela catástrofe ...
(E) ... comprometidos com o futuro das próximas gerações.

Questão 6: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto:
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um
aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se
esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai
passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se há algo
imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de
permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a
experiência passada, o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e
a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
Considere as alterações feitas nos segmentos abaixo grifados.
I. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Dá trabalho, e a conclusão não pode ser clara.
II. Nesse processo, depara-se com armadilhas.
Depara-se com armadilhas nesse processo.
III. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre
criança.
Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a criança
pobre.
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Com as modificações feitas na 2ª frase, altera-se o sentido do que foi
afirmado na 1ª frase em
(A) II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.

Questão 7: SEC SP 2011 Superior


Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
(Manuel Bandeira, Belo Belo, 1948)
No poema, os verbos beijar e falar são empregados como
(A) intransitivos. (B) transitivos diretos. (C) transitivos indiretos.
(D) bitransitivos. (E) verbos de ligação.

Questão 8: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto: Arte para o futebol jamais é adjetivo; é a sua essência.
A beleza intrínseca do movimento e da harmonia é meio ideal de cultura para
a alegria e a criatividade. E quem, neste mundo, apresenta com tanta clareza
tais qualidades? Um povo historicamente esmagado pela colonização (que
insiste em se fazer viva), explorado e excluído em sua imensa maioria e que
permanece com os queixos elevados e com a esperança intocável, é de se
admirar. E só conseguiu atingir essa capacidade de sobrevivência por suas
incomparáveis características. Quando qualquer de nós se aproxima de
alguma forma de expressão artística é que podemos perceber a sensibilidade
que exala de cada poro.
Como podemos explicar que cá por estas bandas surgissem tantas
genialidades sem que, em sua maioria, tenham tido quaisquer facilidades para
seus ofícios? Em tantas áreas poderíamos desfilar um sem número de figuras
excepcionais que se destacaram por suas criações e capacidades. No esporte
não é diferente.
Como podemos explicar que cá por estas bandas surgissem tantas
genialidades ... (2° parágrafo)
A expressão grifada acima pode ser corretamente substituída, sem alteração
do sentido original, por:
(A) aqui entre nós.
(B) além dos campos de futebol.
(C) nos demais esportes.
(D) em áreas não esportivas.
(E) em todos os lugares.
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Questão 9: TRE-CE 2012 Analista Judiciário


... aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está
em:
(A) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.
(B) ... a adoção de uma atitude que nos impede de...
(C) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida
moderna...
(D) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera...
(E) ... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico...

Questão 10: Banese 2012 Técnico Bancário (nível superior)


Criou vitrines, miniaturas, painéis, estandartes...
O segmento em destaque exerce na oração acima a mesma função sintática
que o elemento grifado exerce em:
(A) ... quase tudo ao seu redor se transformava em material para criação
plástica...
(B) ... havia sido adotado pela Virgem Maria...
(C) ... “o artista vê na sua própria obra somente uma promessa de
felicidade”...
(D) Era um artesão aficionado...
(E) ... ou que adquiria no mercado negro do hospício.

Questão 11: TJ RJ 2012 Analista Judiciário – Comissário de Justiça


A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais
é:
(A) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas
opiniões em contrário.
(B) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho
cronista, leitor amigo.
(C) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres
num cemitério.
(D) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando
desce a um porão...
(E) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou
evocação mágica numa casa moderna.

Questão 12: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas


Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés
representava.

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Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
As expressões “não só” e “como” introduzem os complementos verbais
exigidos por ser preferível.

Questão 13: TRT 16ªR 2009 Técnico


Na indústria da saúde destacamos uma extensa e diversificada cadeia de
fornecedores ...
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima
é:
(A) ... melhor atender a suas especificidades ...
(B) ... são também importantes os estímulos ...
(C) Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central ...
(D) ... a influir sobre as decisões de compra.
(E) ... a despertar o interesse de pesquisadores ...

Questão 14: BB 2011 Escriturário


A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos
tecnológicos também mudam a cara do Nordeste...
O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase:
(A) ... que mexeram com a renda ...
(B) ... que mais crescem na região.
(C) ... que movimentam milhões de reais ...
(D) A outra face do "novo Nordeste" está no campo.
(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis ...

Questão 15: TRT 12ªR 2010 Técnico


O projeto rendeu frutos.
A mesma relação entre verbo e complemento, ambos grifados acima, se
reproduz na frase:
(A) ... entre 2002 e 2007 o produto interno bruto cresceu a uma taxa de 4%
ao ano.
(B) ... elas respondem, agora, por 28% da economia nacional.
(C) Hoje, um em cada quatro brasileiros vive em cidades médias.
(D) ... esses municípios obtiveram melhores resultados na preservação de seu
tecido urbano.
(E) ... os investidores depararam com capitais estranguladas ...

Questão 16: TCE SP – 2009 – Agente Fiscalização


... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ...
O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:
(A) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ...
(B) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos
vem em ótima hora...
(C) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de
refino.
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(D) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha.
(E) ... para gerar produtos de alto valor ambiental.

Questão 17: Secretaria Seg – BA 2010 - Agente Penitenciário


... que a natureza tinha seus próprios ritmos, alguns regulares e outros
irregulares.
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima
é:
(A) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos
atrás ...
(B) ... que grandes migrações da África em direção à Eurásia e à Oceania
ocorriam já há 70 mil anos.
(C) Os perigos eram muitos ...
(D) ... se gotas caíam ritmicamente das folhas ...
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais ...

Questão 18: TCE AP 2012 Técnico de Controle Externo


Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos...
A regência verbal assinalada acima está reproduzida em:
(A) ... mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos
desencadearam fortes altas nos preços.
(B) ... esses gigantes não importam muitos alimentos.
(C) ... o que torna mais fácil a tarefa ...
(D) Mas eles também impõem custos aos consumidores ...
(E) ... quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro
anos ...

Questão 19: BB 2011 Escriturário


O segmento grifado que está sendo substituído de modo INCORRETO por um
pronome, com as necessárias adaptações, é:
(A) um recenseamento revelou a situação inédita = revelou-a
(B) milhares de pessoas trocavam as cidades do interior = trocavam-nas
(C) A tendência (...) definiu o Brasil do século XXI = lhe definiu
(D) era a que levava famílias inteiras do Nordeste = as levava
(E) que tem criado empregos = que os tem criado

Questão 20: TRT 18ªR 2008 Técnico


Pensam em novas formas de suprimento de energia ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na
frase:
(A) Durante milênios convivemos com a convicção...
(B) Há outros ângulos do problema ...
(C) ... que entopem as caixas de recepção de mensagens no mundo ...
(D) ... que a própria ONU criou diretrizes mundiais ...
(E) ... se haverá um limite para a internet ...

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Questão 21: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário – Área Administrativa
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta.
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função
de
(A) adjunto adverbial.
(B) objeto direto.
(C) complemento nominal.
(D) predicativo.
(E) objeto indireto.

Questão 22: ISS-SP 2009 Agente-Fiscal de Rendas


Fragmento do texto: Esgotado por sucessivas batalhas, convencido da
inutilidade de seguir lutando e tendo decidido ser preferível capitular a perder
não só a liberdade como a vida, no verão de 1520 o rei asteca Montezuma,
prisioneiro dos espanhóis, concordou em entregar a Hernán Cortés o vasto
tesouro que seu pai, Axayáctl, reunira com tanto esforço, e em jurar lealdade
ao rei da Espanha, aquele monarca distante e invisível cujo poder Cortés
representava.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Em perder não só a liberdade, o elemento destacado tem o mesmo valor e
função dos notados na frase "Estava só, mas bastante tranquilo".

Questão 23: TRT 2ªR 2008 Técnico


Para observadores atentos, é uma forte ameaça à democracia...
O mesmo tipo de complemento grifado acima SÓ NÃO se repete na expressão
também grifada em:
(A) ... é o desmonte do conceito de segurança alimentar ...
(B) ... alimentos indispensáveis ao sustento da população...
(C) ... que muitos países da África e da América Latina desenvolvessem sua
agricultura...
(D) ... na busca da garantia do abastecimento interno.
(E) ... associado a políticas demográficas e ambientais.

Questão 24: TRE – RN 2011 – Técnico Judiciário


O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a
pecuária.
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento
também grifado em:
(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias,
falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo...
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo
na economia estadual.
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a
imaginação do homem.
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do
sertão potiguar ...

Questão 25: BB 2010 Escriturário


Fragmento do texto: A multiplicação de desastres naturais vitimando
populações inteiras é inquietante: tsunamis, terremotos, secas e inundações
devastadoras, destruição da camada de ozônio, degelo das calotas polares,
aumento dos oceanos, aquecimento do planeta, envenenamento de
mananciais, desmatamentos, ocupação irresponsável do solo,
impermeabilização abusiva nas grandes cidades. Alguns desses fenômenos
não estão diretamente vinculados à conduta humana. Outros, porém, são uma
consequência direta de nossas maneiras de sentir, pensar e agir.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Os dois-pontos introduzem enumeração de fatos que exemplificam desastres
naturais.

Questão 26: TRT 16ªR 2009 Técnico


... eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a
devastação das matas.
O emprego dos dois-pontos assinala, no contexto,
(A) reforço no sentido da afirmativa anterior.
(B) introdução de comentário repetitivo.
(C) especificação da expressão anterior a eles.
(D) transcrição exata da fala dos especialistas.
(E) segmento que apresenta sequência de fatos.

Questão 27: TRT 18ªR 2008 Técnico


Fragmento do texto: E ainda há o problema do lixo tecnológico (peças e
pedaços de computadores, pilhas, baterias), já tão grave que a própria ONU
criou diretrizes mundiais que apontam caminhos para ampliar a vida dos
componentes e promover a reciclagem.
(peças e pedaços de computadores, pilhas, baterias)
Considere as observações a respeito do segmento do parágrafo transcrito
acima:
I. Trata-se de um segmento enumerativo, intercalado no contexto.
II. Os parênteses podem ser corretamente substituídos por travessões, sem
alteração do sentido original.
III. A ausência do segmento colocado entre parênteses não alteraria a
sequência lógica nem a clareza do período.
Está correto o que se afirma em
(A) III, somente.
(B) I e II, somente.
(C) II e III, somente.
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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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(D) I e III, somente.
(E) I, II e III.

Questão 28: TRT 3ªR 2009 Analista


Fragmento do texto:
A consciência de pertencer a determinada comunidade camponesa, ou família
tradicional e poderosa, ou confraria, ou cidade, ficou esmagada pelo conceito
de cidadania que homogeneíza todos os indivíduos. Novos recortes surgiram –
partido político, condição econômica, seita religiosa etc. – mas tão maleáveis
e mutáveis que não substituíram todas as funções sociais e psicológicas do
velho sentimento grupal.
− partido político, condição econômica, seita religiosa etc. −
O segmento isolado pelos travessões denota, no texto,
(A) ressalva importante, de sentido explicativo, ao desenvolvimento anterior.
(B) transcrição exata de informações obtidas em outros autores.
(C) redundância intencional, para valorizar a descaracterização grupal.
(D) enumeração esclarecedora de uma expressão anterior.
(E) realce de uma ideia central, com a pausa maior inserida no contexto.

Questão 29: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto: Embora não queira apresentar receitas prontas, o
Relatório de 2010 traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da
ação pública na regulação da economia para proteger grupos mais
vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar pobreza,
crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento
e negligencia a sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas, no final do parágrafo, indica que se trata de
(A) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
(B) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
(C) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
(D) transcrição exata do que consta no texto do Relatório de 2010.
(E) resumo do assunto principal constante do Relatório de 2010.

Questão 30: BB 2011 Escriturário


Fragmento do texto: Poucas pessoas classificariam o bico do tucano como
uma "monstruosidade". Mas foi assim que Buffon, um famoso naturalista
francês, o descreveu no século XVIII. Até hoje, o tamanho "monstruoso" do
bico do tucano – o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo − é algo
que clama por explicação.
– o maior entre as aves, proporcionalmente ao corpo −
A frase isolada pelos travessões constitui, no texto,
(A) contestação do que foi afirmado anteriormente.
(B) descrição exata da ave pelo naturalista francês.
(C) justificativa para o tamanho do bico do tucano.
(D) restrição feita à classificação usual do bico do tucano.
(E) observação feita pelo autor, de sentido explicativo.
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Questão 31: BB 2010 Escriturário
Fragmento do texto: Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade.
A obra mostra que as éticas tradicionais – antropocêntricas e baseadas numa
concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das
consequências danosas do progresso tecnológico sobre as condições de vida
humana na Terra e o futuro das novas gerações.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Os travessões isolam um comentário explicativo da expressão imediatamente
anterior a esse segmento.

Questão 32: BB 2010 Escriturário


Fragmento do texto: O paradoxo consiste em que o progresso converte o
sonho de felicidade em pesadelo apocalíptico – profecia macabra que tem hoje
a figura da catástrofe ecológica. [...]
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O travessão único, no final do fragmento, pode ser corretamente substituído
por uma vírgula, sem alteração do sentido original.

Questão 33: Metrô 2010 Técnico


Fragmento do texto: O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos,
que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se
165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano,
que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse
ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas
décadas, implantar o metrô em toda a cidade.
E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no
transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de
30% − o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por
automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô.
E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são
transportadas por caminhões − quando o transporte ferroviário, cada vez mais
sucateado, é algumas vezes mais barato − que, em média, têm 20 anos de
uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de
20 a 30 horas seguidas.
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados
no 2° parágrafo:
I. As aspas na palavra "útil" denotam um sentido diferente do habitual para
seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.
II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar
a afirmativa imediatamente anterior.
III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões,
deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte
rodoviário em São Paulo.
Está correto o que consta em
(A) II, somente.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.

Questão 34: BB 2006 Escriturário


Fragmento do texto: “O folhetinista é originário da França [...] De lá
espalhou-se pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções tomava
o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal.” E Machado tenta “definir
a nova entidade literária”, procura esmiuçar a “organização do novo animal”.
Mas dessa nova entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra folhetim
designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na França, há que ir ver o que
o termo recobre lá na matriz. De início, ou seja, começos do século XIX, “le
feuilleton” designa um lugar preciso do jornal: “o rez-de-chaussée” — résdo-
chão, rodapé —, geralmente o da primeira página.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A expressão “ou seja” (linha 8) foi empregada para introduzir uma retificação:
em busca da precisão, anula-se o valor da expressão anteriormente utilizada
(De início).

Questão 35: TRT 12ªR 2010 Técnico


Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim ...
O emprego da expressão grifada acima assinala uma
(A) contradição involuntária.
(B) repetição para realçar a ideia.
(C) retificação do que havia sido dito.
(D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.
(E) condição básica de um fato evidente.

Questão 36: Metrô 2008 Técnico


As estradas – basicamente construídas no Estado de São Paulo – viviam em
constantes dificuldades financeiras, com exceção das ferrovias cafeeiras.
Considere as afirmativas a respeito do emprego de sinais de pontuação:
I. Os travessões podem ser substituídos por vírgulas, sem alteração do
sentido original.
II. O segmento assinalado pelos travessões pode vir isolado também por
parênteses.
III. Após a expressão dificuldades financeiras podem ser colocados dois-
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pontos substituindo a vírgula, sem interrupção do sentido lógico da frase.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Questão 37: BB 2011 Escriturário


Fragmento de texto:
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é
pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas
do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que
equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de
boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se,
em busca de uma resposta.
(...)
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo.
Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes.
Ora, felicidade é coisa grandiosa. (último parágrafo)
Com a palavra grifada, o autor
(A) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
(B) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
(C) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
(D) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes
considerada.
(E) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se
afirma.

Questão 38: TCE SP 2005 Agente de Fiscalização Financeira


Fragmento do texto: O leitor de Maquiavel acaba encontrando nesse texto
admirável uma série de análises e revelações que permitem desmascarar os
habituais embustes das ideologias mais abstratas, dessas que se apegam a
supostos princípios de validade universal para melhor encobrirem práticas de
proveito particular. Ou seja: além de ser útil aos “príncipes”, essa obra
continua sendo valiosa para todo aquele que queira se inteirar da lógica que
comanda as ações de quem deseja alcançar o poder e nele se manter.
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No contexto do último período do texto, o sentido da expressão além de ser
útil é equivalente ao da expressão
(A) ainda que fosse útil.
(B) a fim de ser útil.
(C) uma vez sendo útil.
(D) à medida que é útil.
(E))ademais de ser útil.

Questão 39: Prefeitura São Paulo 2007 Técnico


Fragmento do texto: Quem visita São Paulo tem uma nova opção que
merece ser conhecida. É o Parque da Juventude, ao lado da Marginal do Tietê,
próximo à Rodoviária, que reurbanizou toda a área ocupada pela antiga
Penitenciária do Carandiru. Ele apresenta uma novidade única em parques
urbanos paulistas: o arvorismo, ou seja, andar por caminhos suspensos
construídos entre as árvores para melhor observar a fauna e a flora.
... o arvorismo, ou seja, andar por caminhos suspensos...
A expressão grifada acima pode ser corretamente substituída, sem alteração
do sentido original, por
(A) a não ser.
(B) assim.
(C) senão.
(D) além disso.
(E) isto é.

Questão 40: TRT 12ª R 2010 Técnico


Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ...
O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em que se encontra o
grifado acima está em:
(A) ... explicava ela ...
(B) Novelas vivem de conflitos.
(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...
(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –
(E) Mas eles são bons só na vida privada.

Questão 41: TRE PE 2011 Técnico


Nos meses de verão, saíamos para um arrabalde mais afastado do bulício da
Cidade, quase sempre Monteiro ou Caxangá.
A frase em que ambos os verbos grifados estão flexionados nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado acima é:
(A) No dia seguinte, soubemos que tínhamos saído a tempo.
(B) Atrás de casa, na funda ribanceira, corria o rio, à cuja beira se especava o
banheiro de palha.
(C) Talvez tivéssemos que voltar para o Recife, as águas tinham subido muito
durante a noite ...
(D) Enquanto esperávamos o trem na Estação de Caxangá, fomos dar uma

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PORTUGUÊS P/ TRT 9ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
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espiada ao rio à entrada da ponte.
(E) ... que o riozinho manso onde eu me banhava sem medo todos os dias se
pudesse converter naquele caudal furioso de águas sujas.

Questão 42: Ag Pen BA 2010 Médio


Se o vento assobiava ao passar por frestas e galhos ...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado
acima está na frase:
(A) A Terra tem uma idade aproximada de 4,5 bilhões de anos.
(B) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em torno de 200 mil anos atrás,
na África.
(C) Evidências fósseis e genéticas indicam ...
(D) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas e planícies
eurasiáticas ...
(E) ... mostram uma enorme variedade de animais e também de cenas de
caçadas e de rituais.

GABARITO

1E 2A 3C 4B 5C 6D 7A 8A 9C 10 C
11 A 12 E 13 E 14 C 15 D 16 E 17 E 18 D 19 C 20 A
21 D 22 E 23 C 24 C 25 C 26 C 27 E 28 D 29 D 30 E
31 C 32 C 33 E 34 E 35 C 36 C 37 B 38 E 39 E 40 A
41 B 42 D

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