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23/09/2019

TEO2 – MÓDULO: HISTÓRIA DOS


CRISTIANISMOS ANTIGOS E
TRINDADE E CRISTOLOGIA

TEMA: Introdução aos


Estudos de História dos
Cristianismos 2

Prof. Douglas
Nassif Cardoso

OBJETIVOS

1) A Questão das Fontes.

2) A Historiografia da Grécia Antiga ao


Século 19.

3) A Revolução na Historiografia – A
Escola dos Annales.

1ª PARTE – EXAMINANDO A QUESTÃO


DAS FONTES

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A QUESTÃO DAS FONTES

- As fontes históricas são as marcas, os


vestígios deixados pelos seres humanos
durante sua vida.
- A partir desta definição abre-se inúmeras
possibilidades de aproximação destas
marcas.

A QUESTÃO DAS FONTES

- Não somente documentos oficiais,


produzidos pelos que detinham o poder, mas
elementos do cotidiano.
- Neste sentido a Arqueologia resgata fontes
históricas de culturas e costumes a partir de
materiais escavados.

A QUESTÃO DAS FONTES

- A História adquiriu o reconhecimento como


ciência autônoma na passagem do final do
século 18 para o século 19.
- A princípio, no desenrolar do século 19, a
história restringia suas fontes à
documentação oficial – tipo provas forense.

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A QUESTÃO DAS FONTES

- Acreditava-se, no século 19, que a análise


dos documentos oficiais permitiria reconstituir
a história.
- Uma história somente seria possível quando
realizada a partir de fontes dos arquivos
oficiais.

A QUESTÃO DAS FONTES

“Basta deixar-se de algum modo levar pelos


documentos, lidos um após o outro, tal como
se nos oferecem, para ver a corrente dos fatos
se reconstituir quase automaticamente”.
(Louis Halphen – 1880/1950)

A QUESTÃO DAS FONTES

- No final da segunda década do século


20, a partir de estudos da Escola dos
Annales (França), publicados na Revista
dos Annales, a concepção de História
realizada somente a partir de documentos
oficiais é fortemente criticada.

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A QUESTÃO DAS FONTES

“A história se faz com documentos escritos, quando


existem. Mas ela pode e deve ser feita com toda a
engenhosidade do historiador... Em uma palavra, com
tudo aquilo que, pertencendo ao homem, depende do
homem, serve ao homem, exprime o homem, significa
a presença, a atividade, os gostos e a maneira de ser do
homem”. (Lucien Febvre – 1858/1956)

A QUESTÃO DAS FONTES

- A questão fundamental no choque entre as


historiografias dos séculos 19 e 20 pode ser
sintetizada em duas correntes de pensamento:
“Sem documentos, não há História”
(Charles Seignobos - 1854/1942)
“Sem problema, não há História”
(Lucien Febvre – 1858/1956)

A QUESTÃO DAS FONTES

O resultado desta tensão teórica


possibilita uma melhor definição desta
questão:
“Sem o encontro entre o problema e
suas fontes possíveis não há
História”.

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A QUESTÃO DAS FONTES

- A historiografia contemporânea se beneficiou


das mudanças ocorridas a partir dos estudos da
Escola dos Annales, ampliando sobremodo o
conceito de fonte histórica.
- A busca do problema histórico, seguindo o
pensamento de Lucien Febvre, permite escolher
fontes diversificadas.

A QUESTÃO DAS FONTES

- As fontes podem ser classificadas como primária


ou direta, e secundária ou indireta.
- As fontes primária ou direta independem de
intermediações, nos aproximando do objeto a ser
estudado.
- As fontes secundárias ou indiretas passam
necessariamente por intermediações.

A QUESTÃO DAS FONTES

- Quando realizamos nossas pesquisas


devemos priorizar as fontes primárias ou
diretas. Não se justifica, por exemplo, fazer
uma citação secundária ou indireta quando
temos acesso ao texto original (“apud”).

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Introdução aos Estudos de


História dos Cristianismos 2

2ª PARTE - A HISTORIOGRAFIA - DA
GRÉCIA ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.

- Os gêneros de História produzidos por


historiadores desde a Grécia Antiga até o
século 18 privilegiava a memória dos
grandes feitos políticos e militares,
colocando em destaque os grandes
homens (reis e generais).

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A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
- Apresentamos a seguir alguns
historiadores que se destacaram em seus
períodos:

Historiadores greco-romano:

1) Heródoto (485-425 a.C.): Historiador grego


denominado o “Pai da História”, escreveu sobre
guerras entre persas e gregos.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
2) Tucídides (460-400 a.C.): Historiador grego que
escreveu a História da Guerra do Peloponeso, entre
Esparta e Atenas ocorrida no século V a.C.

3) Xenofonte (431-354 a.C.): Historiador, filósofo


e general grego. Discípulo de Sócrates seus
textos podem ser divididos em três categorias:
as históricas, as socráticas e as menores.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
4) Tito Lívio (59 a. C.- 17 d.C.): Historiador
romano, autor da principal história de Roma
(Ab Urbe Condita – “desde a fundação da
Cidade”), exaltando os líderes romanos.

5) Tácito (56-117 a.C.): Historiador romano,


suas principais obras foram os Anais,
as Histórias e Germania.

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A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.

Historiadores medievais:

1) Gregório de Tours (538-594 d.C.):


Historiador de origem galo-romana foi bispo
de Tours. Escreveu a "História dos Francos”,
principal obra sobre a tradição merovíngia.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.

Historiadores medievais:

2) Beda (673-735 d.C.): Historiador anglo-


saxão escreveu a História Eclesiástica dos
anglos. Produziu textos sobre os seis Concílios
Ecumênicos, destacando suas resoluções
teológicas e heresias condenadas.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
Historiadores medievais:
3) Ibn-Khaldun (1332-1406 d.C.): Historiador
árabe, de grande cultura, desenvolveu trabalhos
como astrônomo, economista, jurista, teólogo,
matemático, filósofo, entre outras áreas. Como
historiador sua obra principal foi al-
Muqaddima (Prolegômenos), sobre a história
universal.

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A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
Historiadores medievais:

4) Fernão Lopes (1418-1459 d.C.): Humanista


e historiador português, maior cronista lusitano.
Entre seus textos principais destacam-se -
Crônica de D. Pedro I, Crônica de D. Fernando,
Crônica de D. João I e Crônica de 1419.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.

Historiadores do período moderno:


1) Voltaire (1694-1778 d.C.): Filósofo e
escritor francês. Grande nome do Iluminismo
na França. Escreveu mais de 70 obras
literárias (peças de teatro, poemas, romances
e ensaios), inúmeras cartas, livros e folhetos.

A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
Historiadores do período moderno:
2) David Hume (1711-1776 d.C.): Historiador,
filósofo e diplomata escocês. Principais obras -
Tratado da Natureza Humana, Investigação sobre
o Entendimento Humano, Investigação sobre o
princípio da moral, Discursos Políticos, Diálogos
sobre a religião natural, História natural da
religião.

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A HISTORIOGRAFIA - DA GRÉCIA
ANTIGA AO SÉCULO 19 d.C.
Historiadores do período moderno:
3) Edward Gibbon (1737-1794 d.C.):
Historiador inglês. Escreveu Declínio e Queda
do Império Romano, sua obra principal, ainda
hoje considerada de importância pelas
informações que contém.

Introdução aos Estudos de


História do Cristianismo 2

3ª PARTE – A REVOLUÇÃO NA
HISTORIOGRAFIA – A ESCOLA DOS
ANNALES

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A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES
- Desde a Grécia Antiga ao século 19 as diversas
formas de escrita – crônicas, tratados, cartas,
biografias, histórias, etc. – apresentavam
memórias dos feitos dos grandes homens.
- A partir do surgimento do Iluminismo inicia-se
processo de preocupação com a “história da
sociedade”, de homens comuns.

A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES

- Nos Estados Unidos, no início do século 20


desejava-se mudanças na historiografia,
conforme expressa James Harvey Robinson:
“História inclui qualquer traço ou vestígio das
coisas que o homem fez ou pensou, desde o
seu surgimento sobre a terra”.

A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES

- O método proposto por Robinson: “A Nova


História deverá deverá utilizar-se de todas
as descobertas sobre a humanidade, que
estão sendo feitas por antropólogos,
economistas, psicólogos e sociólogos”.

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A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES
- Em 15 de janeiro de 1929, surge na França,
uma revista denominada Escola dos Annales,
rompendo paradigmas antigos, segundo Lucien
Febvre: “Pretendemos criar uma revista que
possa exercer, no domínio dos estudos da
história social e econômica, um papel
distintivo”.

A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES
- March Bloch junta-se a Lucien Febvre na
construção da nova revista. Segundo ele era
necessário ler uma “história ao inverso”.
- Os Annales transformou-se numa forma
revolucionária de fazer história. Além disto, sua
difusão de métodos, abordagens e conceitos
influenciou os diversos campos de pesquisa.

A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES
- A Nova História, fruto da Escola dos Annales,
permitiu novas aproximações aos objetos
estudados e a produção, através destes, de
tipos distintos de história.
- O livro de Peter Burke – A Escrita da História:
Novas Perspectivas – apresenta algumas
alternativas que passamos a apresentar.

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A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES
1) A História Vista de Baixo: Propõe ler a
Batalha de Warteloo não do ponto de vista do
Duque de Wellington ou de Napoleão, mas das
cartas de um soldado.
2) História de Mulheres: Joan Scott apresenta
o desenvolvimento deste tipo de história,
necessitando resgatar conceito de “Gênero”.

A REVOLUÇÃO NA HISTORIOGRAFIA
A ESCOLA DOS ANNALES
3) Sobre a Micro-História: Apresenta a
possibilidade de promover uma redução de escala
da observação de um determinado material.
4) História Oral: Utiliza a reminiscência pessoal
para extração dos materiais explicativos da
história contemporânea, passado e presente.

REFERÊNCIAS:
BARROS, José D’Assunção. Fontes históricas: introdução aos
seus usos historiográficos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): A Revolução


Francesa da Historiografia. São Paulo: UNESP, 1997.

BURKE, Peter. A Escrita da História: novas perspectivas. São


Paulo: UNESP, 1992.

Bons Estudos!

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