ribeira

nova vida a antigos espaços

 UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS EXATAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO CONSTRUÍDO

PROFº JESONIAS OLIVEIRA

AMARCELLY BRANDÃO
CAMILA TORRES
JOÃO VICTOR MENEZES
JULYANNE SILVEIRA
MARCELO LEAL

NATAL
2016
 SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..........................................04
DIAGNÓSTICO DA ÁREA...............................05
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................07
REFERÊNCIAS............................................08
APRESENTAÇÃO
o antigo bairro da ribeira
A história do bairro da Ribeira se confunde com a história de
Natal, que, por sua vez, já nasceu cidade, em 1599, sem nunca
ter sido vila ou povoado. Durante os três primeiros séculos a
cidade pouco se desenvolveu, e foi somente nas úl mas décadas do
século XVIII que começou a consolidação de dois núcleos urbanos,
um na porção elevada da cidade (Cidade Alta) e outro na parte baixa
(Ribeira) às margens do Rio Potengi.
Ao longo dos anos construções foram surgindo e, no ano de
1869, a Ribeira passou a abrigar a sede administra va da Província,
onde permaneceu até o ano de 1912. No início do século XX,
edificações imponentes foram construídas, como o Teatro Alberto
Maranhão e o prédio da Junta Comercial do Estado.
Apesar do caráter comercial, desde seu povoamento, o uso
residência também cons tui parte significa va das edificações da
área. Com a implantação do Plano “Cidade Nova” no início século XX,
surgem dois novos bairros residenciais (Petrópolis e Tirol) e o
comércio tende a se concentrar na Cidade Alta. A Ribeira passa por
sua primeira crise.
O bairro vive seu apogeu durante a II Grande Guerra Mundial,
quando, em função da posição geográfica privilegiada, foi instalada
na cidade de Natal uma base aérea norte americana, sendo intenso o
fluxo de soldados e de dólares. Em consequência deste processo,
surgiram hotéis, cinemas, clubes de lazer noturno, novos pontos de
comércio e a Ribeira transformou-se em palco de importantes
eventos.
04/08
Com o fim da Guerra tanto Natal quanto a Ribeira sofrem um
choque. Houve uma re rada repen na de capital e de população, o
bairro então entrou em um longo e con nuo processo de
decadência, o que se intensificou, ainda mais, com o deslocamento
do comércio atacadista para o bairro do Alecrim e do varejo para a
Cidade Alta, e nos fins dos anos 70, com a transferência do terminal
rodoviário para a Cidade da Esperança; além do próprio crescimento
da cidade, com o surgimento de novos bairros, conjuntos
habitacionais e centros comerciais, que passaram a concorrer com o
tradicional comércio da Ribeira. Nos anos 80 e 90, a área resiste
através de um comércio cada vez mais enfraquecido, e de
estabelecimentos de prestação de serviços.
É apenas no início dos anos 90 que tem início a revitalização da
Ribeira, visando a preservação do patrimônio histórico e a
recuperação dos espaços públicos. Por parte do poder público
podemos destacar, entre outras inicia vas, o Projeto Viva Ribeira, o
Projeto Fachadas da Rua Chile, a reformulação da Praça Augusto
Severo com o Largo do Teatro Alberto Maranhão e o Projeto do Canto
do Mangue. Já nos anos 2000, houve a implantação de programas
voltados para o es mulo ao uso habitacional com o programa
REHABITAR, além do Plano de Reabilitação de Áreas Centrais – PRAC-
RIBEIRA, com o obje vo de elevação da autoes ma dos moradores
do bairro através da reabilitação, recuperação ou melhoria dos
espaços públicos existentes.
DIAGNÓSTICO DA ÁREA
mapas de dados urbanísticos
05/08

ELEMENTOS DO ESPAÇO URBANO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO VALOR HISTÓRICO

DIAGNÓSTICO DA ÁREA
mapas de dados urbanísticos
06/08

TRÁFEGO GABARITO
 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
remanejamento da comunidade do maruim
07/08

A COMUNIDADE DO MARUIM
Q

A PROPOSTA
uanto à proposta direcionada à área de intervenção, esta segue o conceito da

A
comunidade do maruim, assentada
próxima ao canto do mangue, possui
uma área de aproximadamente 14 mil
metros quadrados e as primeiras referências de
ocupação datam de 1940. A área pública
pertence à União e está sendo cogitada para
futura ampliação do porto de Natal.
Em 1994, o Plano Diretor de Natal (Lei
07/94) definiu a área ocupada pela comunidade
do Maruim como Área Especial de Interesse
Social. A discussão da remoção da comunidade
renovação urbana, visando uma reconstrução, no que diz respeito ao uso
habitacional, da comunidade do maruim, comunidade esta que apresenta
deficientes condições de habitabilidade, salubridade, esté ca e segurança.
A ideia é dividir a comunidade em pequenos grupos que serão remanejados pouco
a pouco, a medida que as novas habitações vão sendo erguidas.
Para suprir o déficit de área para habitação, a proposta é de ver calização sob
pilo s, para que com isto possa ser preservado o visual cênico das margens do rio
potengi.
Para a construção inicial, será tomado uma área do Grande Moinho Po guar para a
edificação do primeiro condomínio ver cal e, com isso, a remoção da primeira parte da
comunidade que dará espaço para a demolição e consequentemente nova área
edificante.

PRAÇA

PRAÇA
ENGENHEIRO

ENGENHEIRO
JOSÉ

JOSÉ
GONÇALVES

GONÇALVES
do Maruim vem de várias décadas, estudos

5
RUA DA FLORESTA
apontam como uma área de fragilidade social
preocupante, onde as condições das moradias

RUA
DA
FLORESTA
inadequadas se alinham a vários outros fatores

RUA
DA
FLORESTA
NGI

NGI
que vão desde a falta de esgotamento sanitário
RIO POTE

RIO POTE
até o, uso de drogas, pros tuição, segurança,

MAPA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

MAPA DA ÁREA DE DIAGNÓSTICO
etc.

IS

GÓIS
DE GÓ

O DE
NDO

RAND
RA
DELB

DELB
O HI

O HI
S

S
XIA

XIA
EIR

NHEIR
E

E
DE CA

DE CA
CHIL

CHIL
GENH

ENGE
RUA

RUA
EN

QUE

QUE
IDA

IDA
AV. DU

AV. DU
AVEN

AVEN
O

O
DR

DR
PE

PE
ÃO

ÃO
AS

AS
RU

RU
RUA RUA
DO PO DO PO
RTO RTO

ROCAS ROCAS

.
O novo complexo contaria com a construção de quatro condomínios ver cais sob
pilo s, deixando o térreo livre para a preservação do visual cénico das margens do
potengi, e contaria ainda com espaços de lazer, socialização, esporte e contemplação. A
proposta é atender por volta das 170 famílias que habitam hoje a comunidade do
maruim.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ARAÚJO, Bianca Carla Dantas de; CARAN, Rosana. Análise ambiental:

REFERÊNCIAS
estudo bioclimá co urbano em centro histórico. Disponível em:
<h p://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ext>. Acesso em: 23
a proposta em seus diferentes aspectos abr. 2016.
08/08
LUCENA, Roberto. Comunidade do Maruim. Disponível em:
<h p://tribunadonorte.com.br/no cia/moradores-do-maruim-

O projeto de requalificação da comunidade do maruim se

apresenta de caráter urgente e extremamente necessário
devido as péssimas condições de habitabilidade em que se
encontram os moradores da região. Devido a ocupação pesqueira de
boa parte das famílias que ali habitam e de outras a vidades
aguardam-transferencia/197075>. Acesso em: 23 abr. 2016.

Prefeitura do Natal. Prefeitura consegue incluir remoção do Maruim no

PAC. Disponível em: <h p://www.natal.rn.gov.br/no cia/ntc-
1897.html>. Acesso em: 23 abr. 2016.
realizadas na região, a remoção da comunidade para uma área
distante das margens do rio seria bastante conflituosa, no entanto, SANTOS, Junior. Maruim: Projeto não sai do papel. Disponível em:
existe uma disputa de espaço com o porto e a sua necessidade de <h p://tribunadonorte.com.br/no cia/maruim-projeto-nao-sai-do-
ampliação. papel/233277>. Acesso em: 23 abr. 2016.
Todavia, entendemos que a necessidade de condições de
moradia, o respeito a história e a memória da população é um bem
maior que deve ser preservado e, portanto, a comunidade deve ser
man da em seu local, cabendo uma futura e possível expansão do
porto ser realizada em outra área, como feito em outros projetos de
requalificação de espaços urbanos próximos a zona portuária
realizados em outras cidades, como Aracaju.

RIBEIRA