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INSTITUTO DE PSICANÁLISE E HIPNOSE APLICADA

Jônatas Alex Araujo Freitas

TEORIA PSICANALITICA E PROCESSO TERAPÊUTICO

Santaluz-BA
2019
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo neurologista austríaco
Sigmund Freud (1856-1939) e está intimamente relacionada a sua prática
psicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia dos
transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade,
além de explicar a motivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud
desenvolveu um tipo de psicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a prática
psicoterapêutica nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de
psicanálise.

O ser humano, não se dá conta de todo esse processo de geração e


liberação de energia. Para explicar esse fato, Freud descreve três níveis de
consciência: O consciente que abarca todos os fenômenos que em
determinado momento podem ser percebidos de maneira consciente pelo
indivíduo. O pré-consciente, refere-se aos fenômenos que não estão
conscientes em determinado momento, mas podem tornar-se, se o indivíduo
desejar se ocupar com eles. O inconsciente (que diz respeito aos fenômenos e
conteúdos que não são conscientes e somente sob circunstâncias muito
especiais podem ser evidenciados.
Através da compreensão do conceito de inconsciente torna-se clara a
compreensão da motivação na psicanálise clássica: muitos desejos,
sentimentos e motivos são inconscientes, por serem muito dolorosos para se
tornarem conscientes. No entanto esse conteúdo inconsciente influencia a
experiência consciente da pessoa, por exemplo, através de atos falhos,
comportamentos aparentemente irracionais, emoções inexplicáveis, medo,
depressão, sentimento de culpa. Assim, os sentimentos, sonhos, desejos e
motivos inconscientes influenciam e guiam o comportamento consciente.

A primeira fase do desenvolvimento é a fase oral, que se estende desde


o nascimento até aproximadamente dois anos de vida. Nessa fase a criança
vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustração) de pulsões orais, ou
seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome,
mas inicialmente por ela. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer,
morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à
alimentação.
A segunda fase, segundo Freud, é a fase anal, que vai
aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida. Nessa fase a satisfação
das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. Nessa fase a
criança tem de aprender o controle dos esfíncteres sobre o ato de defecar e,
dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer
suas necessidades imediatamente.
Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma fase mais
tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase a libido é desinvestida
das fantasias e da sexualidade, tornando-as secundárias, mas reinvestida em
outros meios como o desenvolvimento cognitivo, aprendizado, a assimilação de
valores e normas sociais que se tornam as atividades principais da criança,
continuando o desenvolvimento do ego e do superego.
A última fase do desenvolvimento psicossocial é a fase genital, que se
dá durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa
fase de latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se
novamente, mas desta vez se dirigem a uma pessoa do sexo oposto, ou não
(onde entra a questão da homossexualidade). Como se depreende da
explanação anterior, a escolha do parceiro não se dá independente dos
processos de desenvolvimento anteriores, mas é influenciada pela vivência nas
fases anteriores. Além disso, apesar de continuarem agindo durante toda a
vida do indivíduo, os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem na
fase genital uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do
ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.

Os transtornos mentais caracterizam uma faixa que vai desde formas


neuróticas leves até a loucura, na plenitude do seu termo. "Normal" seria
aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter um
relacionamento duradouro e emocionalmente satisfatório com outras pessoas,
trabalhar produtivamente, repousar e divertir-se, ser capaz de mensurar, julgar
e lidar com base realista suas qualidades e imperfeições, aceitando-as como
são.

O processo terapêutico psicanalítico consiste em descortinar conflitos


originados, na maioria das vezes, no passado do paciente e submersos em seu
inconsciente causando-lhe sofrimento em sua vida atual. Esse processo
permite ao paciente, compreender seus conflitos e a razão da repetição de seu
sintoma.

Para isso deve haver o estabelecimento de um contrato entre terapeuta


e paciente que, envolvidos na busca de um acordo consensual, promovam
condições para que a terapêutica possa se desenvolver. Esse acordo e a
evolução do tratamento irão depender de ambas as partes, tendo em vista de
que o que se busca no setting terapêutico (relação contratual) é o enfoque nos
aspectos inconsciente do sujeito, cujas representações só poderão ser
compreendidas por meio do comprometimento do paciente e da disposição do
terapeuta, em tentar descobrir quais os significantes inconscientes envolvidos
causaram no paciente essa situação atual.

Por ser o inconsciente atemporal, desejos insatisfeitos e experiências


traumáticas recalcadas pelo sujeito, e que não estão acessíveis à consciência,
tem um significado simbólico atual e presente causando-lhe sofrimento.
Segundo Freud, esse recalque acontece pela tendência do ser humano em
buscar o prazer e renunciar ao desprazer.

O terapeuta irá interpretar aquilo que ele dispuser com relação à fala,
aos sonhos, aos atos falhos e ao próprio sintoma do paciente. Tendo o
terapeuta "descoberto" o material inconsciente, seu próximo passo será como
propõe Freud, a eliminação do recalque efetuando-se em seguida a
substituição do que está inconsciente pelo que é consciente.
o terapeuta deve se abster de conselhos ou orientações deixando que o
paciente venha tomar decisões por si mesmo e tentar propiciar ao paciente a
possibilidade de vir a se apropriar, dando forma e sentido, daquilo que por estar
silenciado, inacessível e confuso lhe causa sofrimento.

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