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DE COMUNICAÇÕES
AULA 4
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frequência) da onda portadora. A única característica que atende aos princípios
da linearidade é a modulação em amplitude.
A informação a ser transmitida (sinal modulante) também é chamada de
sinal em banda base, isto é, um sinal que parte de 0 Hz até alguma frequência.
Para a transmissão de sinal de voz, a banda base é de 20 Hz a 4 kHz. Um
sistema de comunicação via rádio opera com frequências acima de 30 kHz,
portanto, não é possível transmitir um sinal em banda base diretamente nas
radiofrequências. Para isto, é necessário efetuar uma operação chamada
modulação.
Na Figura 2 é possível ver dois efeitos da onda modulante sobre uma onda
portadora. Na parte da esquerda, a onda portadora sofre uma alteração
proporcional ao sinal, mas de pequena amplitude. Na figura da direita, a variação
da amplitude assume valores máximos, o que significa que a portadora tem
amplitude zero. Sinais modulantes suficientemente grandes produzirão na onda
portadora, no ponto de zero, a inversão da fase da portadora, o que é chamado
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de sobremodulação. Este efeito não é desejado porque produz distorção do sinal
modulado.
Assume-se também que o sinal m(t) é modificado por um fator ka. Este
fator ka é chamado de sensibilidade à amplitude do modulador. De forma que a
equação passa a:
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Figura 3 – Sinal modulado sob o efeito da sobremodulação do sinal em AM
𝑓𝑓𝑐𝑐 ≫ 𝑊𝑊
Lembrando que:
𝑓𝑓𝑐𝑐 ≫ 𝑊𝑊
𝐵𝐵𝑇𝑇 = 2𝑊𝑊
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Figura 5 – Modulador de chaveamento
𝐴𝐴𝑐𝑐 4
�1 + 𝑚𝑚(𝑡𝑡)� . cos 2𝜋𝜋𝑓𝑓𝑐𝑐 𝑡𝑡
2 𝜋𝜋𝐴𝐴𝑐𝑐
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Em que a sensibilidade do modulador é a fração que está multiplicando
m(t). A segunda componente são as funções:
𝛿𝛿 = 0, 𝛿𝛿 = ±2𝑓𝑓𝑐𝑐 ; 𝛿𝛿 = ±4𝑓𝑓𝑐𝑐 ; ….
3.2 Demulador
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O dispositivo que realiza esta tarefa é bastante simples. Existem algumas
condições a serem respeitadas: a) a onda modulada deve ser de banda estreita,
o que nos leva à ideia de um filtro; b) a frequência da onda portadora deve ser
muito maior do que a frequência do sinal modulante, reforçando a ideia do uso
de um filtro; c) o sinal modulado não deve conter a sobremodulação, pois
complicaria a recuperação do sinal original. Um circuito capaz de realizar esta
tarefa é apresentado a seguir:
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Figura 9 – Sinal modulado mostrando a simetria da envoltória em relação ao eixo
das frequências
Para resolver este problema, o diodo elimina uma das envoltórias. Resta
agora o circuito RC. O papel deste circuito é filtrar a componente de alta
frequência. O capacitor se carrega rapidamente no pico da onda modulada e, no
semiciclo negativo (eliminado pelo diodo), descarrega-se lentamente sobre o
resistor. No próximo semiciclo positivo, o capacitor se carrega novamente e o
ciclo se repete. Desta forma, o sinal após o diodo é representado na figura:
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em paralelo com o capacitor, será chamado por rl (load – carga). Portanto, a
constante de tempo do circuito é dada por:
1
�𝑟𝑟𝑓𝑓 + 𝑅𝑅𝑠𝑠 �. 𝐶𝐶 ≪
𝑓𝑓𝑐𝑐
1 1
≪ 𝑟𝑟𝑙𝑙 . 𝐶𝐶 ≪
𝑓𝑓𝑐𝑐 𝑊𝑊
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sobre a chamada transmissão AM fica melhor definido se ela for chamada de
AM-DSB (Double Side Band – duas bandas laterais).
A primeira alternativa de aprimoramento é AM-DSB-SC (Double Side
Band with Supressed Carrier, ou: “dupla banda lateral com portadora
suprimida”). Nela, a onda portadora é suprimida na transmissão, economizando
potência. O problema do uso duplo da banda (2W) persiste.
A segunda alternativa é chamada de transmissão em amplitude modulada
com banda vestigial – AM-VSB. Neste caso, as duas bandas são transmitidas,
uma completa e a outra parcial. Aqui se consegue a supressão da portadora e
um espectro com largura menor do que 2W. Sua aplicação é para sinais com
banda larga, como nos sinais de televisão. A portadora é transmitida, mas com
o intuito de se obter um equipamento de recepção de menor custo.
A AM-SSB (Single Side Band – “banda lateral única”) economiza espectro
e provoca um aproveitamento da potência irradiada, uma vez que não é preciso
transmitir a outra banda. Isto pode ser facilmente implementado no sistema de
transmissão por se tratar apenas da adição de um filtro, mas requer no receptor
maior complexidade de circuitos. Este receptor é mais caro que o receptor AM-
DSB. Na transmissão de sinais de voz, é possível observar momentos de pausa
(respiração), o que representa a chamada potência nula do sinal, permitindo um
sensível aproveitamento da potência de saída do transmissor.
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Θ𝑖𝑖 (𝑡𝑡 − Δ𝑡𝑡) − Θ𝑖𝑖 (𝑡𝑡)
𝑓𝑓Δ𝑡𝑡 (𝑡𝑡) =
2𝜋𝜋Δ𝑡𝑡
No qual o ângulo é dado pela soma das duas partes da equação. O termo
kp representa a sensibilidade à fase do modulador. O sinal modulado é dado por:
𝑡𝑡
Θ𝑖𝑖 (𝑡𝑡) = 2𝜋𝜋𝜋𝜋𝑐𝑐 𝑡𝑡 + 2𝜋𝜋𝜋𝜋𝑓𝑓 � 𝑚𝑚(𝜏𝜏)𝑑𝑑𝑑𝑑
0
𝑡𝑡
𝑠𝑠(𝑡𝑡) = 𝐴𝐴𝑐𝑐 . cos[2𝜋𝜋𝜋𝜋𝑐𝑐 𝑡𝑡 + 2𝜋𝜋𝜋𝜋𝑓𝑓 � 𝑚𝑚(𝜏𝜏)𝑑𝑑𝑑𝑑]
0
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Figura 12 – Figura comparativa entre a modulação em amplitude, em fase e em
frequência
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• Irregularidades no cruzamento em zero: é sabido que o sinal modulante
(informação) terá componentes positivos e negativos. Ao cruzar o eixo
zero, isto alterará tanto a frequência instantânea quanto o ângulo
instantâneo, devido às não linearidades da modulação.
• Visualização da forma de onda modulada: como as modulações em fase
e em frequência alteram a portadora, sua verificação e sincronização são
difíceis de visualizar.
• Melhora da relação sinal-ruído: ruídos alteram menos a fase do sinal
modulado que na modulação em amplitude. O custo deste benefício é o
aumento da largura do espectro irradiado.
E a frequência instantânea:
𝑡𝑡
Δ𝑓𝑓
Θ𝑖𝑖 (𝑡𝑡) = 2𝜋𝜋 � 𝑓𝑓𝑖𝑖 (𝑡𝑡)𝑑𝑑𝑑𝑑 = 2𝜋𝜋𝑓𝑓𝑐𝑐 𝑡𝑡 + . 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 (2𝜋𝜋𝑓𝑓𝑚𝑚 𝑡𝑡)
0 𝑓𝑓𝑚𝑚
Δ𝑓𝑓
𝛽𝛽 =
𝑓𝑓𝑚𝑚
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Pode-se concluir que beta é o desvio de fase do sinal modulante, o que
tem duas implicações: a chamada FM de banda estreita (narrowband) tem beta
< que 1 radiano, e a FM banda larga (wideband) tem beta > que 1 radiano.
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sentido contrário. O indutor mais uma vez terá o valor de seu campo magnético
ao atingir o máximo e o capacitor se descarregará.
Um exemplo bastante comum é chamado de oscilador Hartley. Este tipo
de oscilador é formado por duas bobinas em série, ou uma bobina com center
tape (derivação central).
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Figura 16 – Capacitor variável
Crédito: SeDmi/Shutterstock.
18
Figura 18 – Circuito modulador para FM com varicap
1
𝑓𝑓𝑖𝑖 (𝑡𝑡) =
2𝜋𝜋�(𝐿𝐿1 + 𝐿𝐿2 ). 𝐶𝐶𝑡𝑡
Substituindo:
Δ𝐶𝐶 −1
𝑓𝑓𝑖𝑖 (𝑡𝑡) = 𝑓𝑓0 [ 1 + cos 2𝜋𝜋𝑓𝑓𝑚𝑚 𝑡𝑡] 2
𝐶𝐶0
Sendo:
1
𝑓𝑓0 =
2𝜋𝜋�𝐶𝐶0 (𝐿𝐿1 + 𝐿𝐿2 )
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Considerando que a variação da capacitância é pequena em relação a C0,
pode-se aproximar para:
Δ𝐶𝐶
𝑓𝑓𝑖𝑖 (𝑡𝑡) ≅ 𝑓𝑓0 [ 1 − cos(2𝜋𝜋𝑓𝑓𝑚𝑚 𝑡𝑡)]
2𝐶𝐶0
Se:
Δ𝐶𝐶 Δ𝑓𝑓
= −
2𝐶𝐶0 𝑓𝑓0
Então:
𝑓𝑓𝑖𝑖 (𝑡𝑡) ≅ 𝑓𝑓0 Δ𝑓𝑓 cos(2𝜋𝜋𝑓𝑓𝑚𝑚 𝑡𝑡)]
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Figura 23 – Figura da resposta de saída do circuito
𝑡𝑡
𝑠𝑠̃ (𝑡𝑡) = 𝐴𝐴𝑐𝑐 . 𝑒𝑒 [𝑗𝑗2𝜋𝜋𝑘𝑘𝑓𝑓 ∫0 𝑚𝑚(𝜏𝜏)𝑑𝑑𝑑𝑑]
𝐵𝐵𝑇𝑇 𝐵𝐵 𝐵𝐵
1 𝑗𝑗2𝜋𝜋𝜋𝜋 �𝑓𝑓 + � ̃𝑓𝑓 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 − 𝑇𝑇 ≤ 𝑓𝑓 ≤ + 𝑇𝑇
𝑆𝑆
𝑆𝑆̃1 (𝑓𝑓) = � ̃
𝐻𝐻 (𝑓𝑓). 𝑆𝑆(𝑓𝑓) 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 � 2 2 2
2 1
0, 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐á𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
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𝑑𝑑𝑠𝑠̃ (𝑡𝑡)
𝑠𝑠�1 (𝑡𝑡) = 𝑎𝑎[ + 𝑗𝑗𝑗𝑗𝐵𝐵𝑇𝑇 𝑠𝑠̃ (𝑡𝑡)
𝑑𝑑𝑑𝑑
O que leva a:
E que:
2𝑘𝑘𝑓𝑓
� . 𝑚𝑚(𝑡𝑡)� < 1 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑡𝑡
𝐵𝐵𝑇𝑇
2𝑘𝑘𝑓𝑓
|𝑠𝑠�1 (𝑡𝑡)| = 𝜋𝜋𝐵𝐵𝑇𝑇 𝑎𝑎𝐴𝐴𝑐𝑐 �1 + . 𝑚𝑚(𝑡𝑡)�
𝐵𝐵𝑇𝑇
Restando ainda uma polarização no sinal dada pelo termo 𝜋𝜋𝐵𝐵𝑇𝑇 𝑎𝑎𝐴𝐴𝑐𝑐 , para
resolver esta questão é repetido o mesmo circuito:
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Figura 25 – Circuito discriminador de frequências balanceado
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5.3 Espectro de sinais FM
Por fim, se o fator beta é aumentado mais ainda, fica claro que ocorre
maior espalhamento de frequências no espectro:
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É importante destacar que à medida que beta cresce, o espalhamento do
espectro e a largura da banda também aumentam. Considerando que o espectro
é ocupado por outras emissoras de FM, na medida em que o espectro cresce
pode ocorrer a sobreposição dos sinais com os de outras emissoras. Isto é
regulado pela Anatel, e empresas que desrespeitam tal ordenamento podem
sofrer sanções legais. Este efeito á bastante perceptível. Basta assistir a um
canal de televisão e observar o aumento do volume quando os comerciais
entram no ar, o que corresponde à sobremodulação do fator beta, aumentando
a largura da banda FM. A legislação determina que um canal FM ocupe até
180kHz de variação sobre a frequência portadora.
1
𝐵𝐵𝑇𝑇 ≅ 2Δ𝑓𝑓 + 2𝑓𝑓𝑚𝑚 = 2Δ𝑓𝑓 �1 + �
𝛽𝛽
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𝐵𝐵𝑇𝑇 ≅ 2. (15 + 75) = 180𝐾𝐾ℎ𝑧𝑧
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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