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ABRIL • 2ª QUINZENA ANO 88º • 2020 • Nº 8

4,70 euros (IVA incl.)

Diretor-adjunto: Diretor:
Miguel Peixoto de Sousa Peixoto de Sousa DE00592017CE Contrato nº 594655

Esclarecimentos da Autoridade Tributária

Declaração Modelo 3 de IRS


Considerando as alterações legislativas introduzidas da Declaração Modelo 3 e de grande parte dos seus
ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas anexos e respetivas instruções de preenchimento.
Singulares (Código do IRS), decorrentes da Lei n.º Assim, para cumprimento da obrigação declarativa
71/2018, de 31 de dezembro, da Lei n.º 3/2019, de 9 estabelecida no n.º 1 do artigo 57.º do Código do IRS,
de janeiro, e da Lei n.º 119/2019, de 18 de setembro, a Portaria n.º 370/2019, de 14 de outubro, veio aprovar
bem como do regime fiscal respeitante ao Programa do os novos modelos de impressos da Declaração Modelo
Arrendamento Acessível previsto no Decreto-Lei n.º 3 – Rosto e Anexos A, B, C, E, F, G, H, J e L, bem
68/2019, de 22 de maio, e ainda a necessidade de outros como as respetivas instruções de preenchimento, que
ajustamentos de melhoria, procedeu-se à reformulação devem ser utilizados, a partir de 2020, para declarar
rendimentos dos anos de 2015 e seguintes.
Esta Portaria manteve em vigor:
SUMÁRIO a) O modelo de impresso relativo ao anexo D, apro-
Legislação
vado pela Portaria n.º 34/2019, de 28 de janeiro;
Lei nº 2/2020, de 6.4 (Orçamento do Estado
para 2020 - alterações aos códigos fiscais).............. Supl. b) O modelo de impresso e respetivas instruções
Lei nº 4-C/2020, de 6.4 e Port. nº 91/2020, de 14.4 de preenchimento relativamente ao anexo G1,
(Arrendamento Urbano - regime excecional para aprovado pela Portaria n.º 34/2019, de 28 de
as situações de mora no pagamento das rendas,
no âmbito da pandemia COVID-19) ....................... 301 janeiro; bem como
(Continua na página 283)
Port. nº 78/2020, de 20.3 (IRS e IRC - rendimentos
pagos a não residentes - novas instruções
de preenchimento - declaração modelo 30) ............. 299
Port. nº 89/2020, de 7.4 (Impostos Especiais
de Consumo - epidemia COVID-19 - medidas NESTE NÚMERO
excecionais relativas às formalidades aplicáveis
à produção, armazenagem e comercialização de • Regime de moratória no pagamento
álcool em regime de suspensão do imposto) ........... 297
Obrigações fiscais do mês e Inf. diversas ........... 275 a 282
das rendas
Resoluções administrativas (Lei nº 4-C/2020, de 6 de abril
IRS: declaração modelo 3 de IRS em vigor a partir e Portaria 91/2020, de 14 de abril)
de janeiro de 2020 - esclarecimento ........................ 283
IVA: orçamento do Estado para 2020 - alterações • Trabalhadores independentes com acesso
ao Código do IVA e legislação complementar ........ 294 a apoios financeiros
Trabalho e Segurança Social
Informações diversas e regulamentação
• Lei do Orçamento do Estado 2020 e altera-
do trabalho ........................................................ 305 a 309 ções aos códigos fiscais - Suplemento
Sumários do Diário da República.............................. 312
274 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

BREVEMENTE DISPONÍVEL

DIREITO A obra mais completa.

TRIBUTÁRIO 2020 Edição atualizada com as


alterações introduzidas pela Lei
23ª EDIÇÃO
do Orçamento do Estado de 2020

TODOS OS CÓDIGOS FISCAIS *

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

UMA OBRA DE REFERÊNCIA REVISTA


E ATUALIZADA COM AS NOVAS ALTERAÇÕES
DO ORÇAMENTO PARA 2020

A 23ª edição contém:


• Anotações;
• Legislação Complementar;
• Remissões revistas;
• Índices, incorporados no início de cada código
e no final um Índice Geral Remissivo de todos
os códigos e legislação complementar.

* Não integra os Códigos do CIEC e CISV.

IMEDIATO

Autor: Joaquim Ricardo


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Solicito o envio do livro DIREITO TRIBUTÁRIO - 23º EDIÇÃO
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4000-263 PORTO politica-de-privacidade.
Boletim do Contribuinte 275
ABRIL 2020 - Nº 8

- Entrega do imposto liquidado no 1º trimestre de 2020


PAGAMENTOS pelos contribuintes de periodicidade trimestral do regime
normal. (Até ao dia 20 de maio)*
EM MAIO Pagamento fracionado do IVA (regime trimestral) nos
termos do art. 2º do DL nº 10-F/2020, de 26.3
• Pagamento fracionado em 3 meses
abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
I R S (Até ao dia 20 de maio)
– Entrega do imposto retido no mês de abril sobre rendi-
1/3 1/3 1/3
mentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na 1ºtrim 1ºtrim 1ºtrim
2ºtrim 3ºtrim

realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido


pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS. • Pagamento fracionado em 6 meses
– Entrega do imposto retido no mês de abril sobre as remu- abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

nerações do trabalho dependente, independente e pensões – com


exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respetivamente). 1/6
1ºtrim
1/6
1ºtrim
1/6
1ºtrim
2ºtrm+
1/6 1ºtrim
1/6
1ºtrm
1/6
1ºtrim
3ºtrim

Pagamento fracionado das retenções na fonte, nos termos


do art. 2º do DL nº 10-F/2020, de 26.3 - Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do imposto
subsequentes. (regime excecional e temporário, no âmbito da pandemia da doença COVID19)

• Pagamento fracionado em 3 meses apurado relativo ao 1º trimestre de 2020 (Até ao dia 20 de


abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez. maio).* A obrigação de envio da declaração periódica do IVA
subsiste caso, no período em referência, não haja operações
1/3 abril+ julho+
1/3 abril+ agosto+
1/3 abril
1/3 maio
1/3 maio+
1/3 junho
1/3 maio+
1/3junho
1/3junho
set
set. out
out. nov
nov. dez
dez. tributáveis. (art. 67º, nº 1, do Código do IVA)
IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS
• Pagamento fracionado em 6 meses - IMI
abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
- Pagamento da totalidade do IMI referente a 2019 se igual
julho+ agosto+ set.+
1/6 abril
1/6 abril+
1/6 maio
1/6 abril+
1/6 maio+
1/6 abril+
1/6 maio+
1/6aril+
1/6maio+
1/6 abril+
1/6 maio+
out.+
1/6 maio+
dov.+
1/6 junho
dez.
ou inferior a 100€ ou da primeira prestação se superior.
1/6 junho 1/6 junho
1/6 junho 1/6junho 1/6 junho

SEGURANÇA SOCIAL (De 10 a 20 de maio)


I R C (Até ao dia 20 de maio) - Pagamento de contribuições e quotizações referentes
– Entrega das importâncias retidas no mês de abril por ao mês de abril de 2020.
retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 94º do CIRC.
IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até
Pagamento fracionado das retenções na fonte, nos termos
do art. 2º do DL nº 10-F/2020, de 26.3 – ver quadro anterior. ao dia 31 de maio)
– Entrega da declaração periódica de rendimentos Modelo - Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pagamen-
22, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades su- to do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos
jeitas a IRC cujo período de tributação seja coincidente com cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de maio.
o ano civil. (Até ao dia 31 de julho)
IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de maio)
– Pagamento final do IRC, devido pelas entidades sujeitas
a este imposto, com período de tributação coincidente com o - Entrega do Imposto do Selo retido no mês de abril
ano civil. (Até ao dia 31 de julho) mediante Documento de Cobrança.
I VA
- Pagamento do imposto apurado na declaração respeitante
a março, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade
mensal do regime normal. (Até ao dia 15 de maio) IMI
Pagamento fracionado do IVA (regime mensal), nos termos
do art. 2º do DL nº 10-F/2020, de 26.3
Pagamento em prestações
Os prazos para efetuar o pagamento do IMI 2020 são os
• Pagamento fracionado em 3 meses
abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
seguintes (nº 1 do artigo 120º do Código do IMI):
• Até € 100: prestação única, paga em maio;
1/3 abril+ julho+
1/3abril+ agosto+
1/3 abril 1/3maio+ 1/3 maio+ set
set. out
out. nov
nov. dez
dez.
1/3maio
1/3junho 1/3junho
1/3 junho
• Mais de € 100 e menos de € 500: duas prestações,
pagas em maio e novembro;
• Pagamento fracionado em 6 meses • A partir de € 500: três prestações, pagas em maio,
abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
agosto e novembro.
julho+ agosto+ setembr+
1/6 abril
1/6abril+
1/6 maio
1/6abril+
1/6 maio+
1/6abril+
1/6maio+
1/6abril+
1/6maio+
1/6abril+
1/6 maio+
outubro+
1/6maio+
novembr+
1/6junho
dez.
O atraso no pagamento do IMI implica o pagamento de
1/6 junho 1/6 junho
1/6junho 1/6junho 1/6junho
juros de mora (art. 121º do CIMI), estando ainda sujeito
ao pagamento de uma multa, uma vez que a falta ou atraso
Notas: 1 - O Dec.-Lei nº 10-F/2020, de 26.3, foi publicado no último nú- de declarações fiscais é considerada uma infração fiscal
mero, pág. 212. 2 - As tabelas relativas ao pagamento financiado encontram-se
reproduzidas na pág. 229 a 235 acompanhadas com esclarecimentos práticos.
(art. 116º RGIT).
276 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal


OBRIGAÇÕES mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias
de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros,
EM MAIO no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas
nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos
do regime normal trimestral quando o total das transmissões
intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no
trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido
IRS o montante de € 50 000.
Entidades emitentes de vales de refeição • Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão
eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do
Entrega da declaração Modelo 18, até ao dia 31 de maio, art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros
por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades emitentes Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações
de vales de refeição. sejam aí localizadas, nos termos do art.º 6.º do CIVA.

Declaração Mensal de Remunerações


Comunicação de faturas emitidas
Comunicação, até ao dia 12 de maio, por transmissão
Entrega, até ao dia 11 de maio, da Declaração Mensal de eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no
Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham
entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território
sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.
encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º,
2.º-A e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles
rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções Pedido de restituição de imposto
efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para Entrega, até ao dia 31 de maio, por transmissão eletrónica
regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e de dados, do pedido de restituição de IVA pelos sujeitos passivos
a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior. (Cfr. Port. cujo imposto suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano,
nº 88-A/2020, de 6.4, diploma que procedeu à aprovação das instruções de
noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte
preenchimento da DMR, bem como o Oficio Circulado nº 20221, de 8.4).
de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400
e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se em
IRC período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano
Comunicação da identificação da entidade civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a € 50,
tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto.
declarante – declaração financeira e fiscal por país
Declaração modelo 54 Guia Modelo P2 ou da Declaração
Envio, durante este mês, da Declaração Modelo 54, por
Modelo 1074
transmissão eletrónica de dados, por qualquer entidade residen-
Entrega, até ao dia 20 de maio, da Guia Modelo P2 ou da
te ou com estabelecimento estável em território português1 que
Declaração Modelo 1074, pelos retalhistas sujeitos ao regime
integre um grupo no qual alguma das entidades esteja sujeita
de tributação previsto no artigo 60.º do CIVA, consoante haja
à apresentação de uma declaração de informação financeira e
ou não imposto a pagar, relativo ao 1.º trimestre.
fiscal por país ou por jurisdição fiscal.

IVA Notários
Declaração periódica – regime mensal Declaração modelo 11
Envio, até ao dia 11 de maio, da Declaração Periódica, Envio, até 15 de maio, da Declaração Modelo 11, por
por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros fun-
que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal cionários ou entidades que desempenhem funções notariais,
mensal, relativa às operações efetuadas em março. bem como as entidades ou profissionais com competência
para autenticar documentos particulares que titulem atos ou
contratos sujeitos a imposto sobre o rendimento ou património,
Declaração periódica – regime trimestral das relações dos atos praticados no mês anterior.
Entrega, até ao dia 15 de maio, da Declaração Periódica, Imposto do Selo
por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos
que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal Entrega da Declaração Mensal
trimestral, relativa às operações efetuadas no 1.º trimestre.
Envio, até ao dia 20, da declaração mensal de Imposto do
Declaração recapitulativa até 20 de maio Selo, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos
referidos no n.º 1 do Art.º 2.º do Imposto do Selo que realizaram ope-
• Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão rações sujeitas a imposto, ainda que delas isentas no mês anterior.
Boletim do Contribuinte 277
ABRIL 2020 - Nº 8

Ainda no que diz respeito aos benefícios fiscais dados pelo


INFORMAÇÕES programa Regressar, que deixam metade dos rendimentos
isentos de imposto, é criado um novo campo (4E do anexo J)
DIVERSAS para identificar o ano em que se retoma a residência fiscal em
Portugal (vale para o regresso em 2019 e 2020 e nos casos de
quem emigrou só a partir de 2015).
Também na declaração deste ano são alargadas deduções
com despesas de educação e formação nas famílias com estu-
IRS dantes deslocados no interior do país ou nas regiões autónomas.
Entrega da declaração modelo 3 Este tipo de encargos passa a ser declarado no quadro 7 do
anexo H, relativos aos benefícios fiscais.
de 1 de abril a 30 de junho
À medida que os contribuintes entregam as declarações
IVA
modelo 3 do IRS e sejam efetuadas as respetivas liquidações, Preenchimento das declarações
a Autoridade Tributária procederá à devolução do IRS, que
poderá ser uma ajuda para muitas famílias que enfrentarem
de IVA e o justo impedimento
perdas de rendimentos devido à pandemia. dos contabilistas
O volume de reembolsos de IRS tem vindo a crescer ao
longo dos últimos anos. Em 2019, a Autoridade Tributária O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, através do
devolveu um total de 3003,1 milhões aos contribuintes por- Despacho n.º 129/2020-XXII, de 27 de março, esclareceu
tugueses, mais 14% que no ano anterior. Mais de um terço o enquadramento do justo impedimento dos contabilistas e
deste valor foi reembolsado logo no primeiro mês de início apresentou algumas medidas de simplificação das regras de
de entrega da declaração, em abril, com o valor médio das preenchimento das declarações periódicas do IVA, atendendo
transferências para as famílias a superar os mil euros. ao período excecional em que o país se encontra.
Os reembolsos do IRS são mais rápidos para os contri- Assim, no que diz respeito aos contabilistas certificados,
buintes que estão abrangidos pela declaração automática, e, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais veio confirmar
sobretudo, os que a entregam nos primeiros dias do prazo que a aplicação do regime do justo impedimento do contabilista
corre até ao final de junho. Se a data final para reembolsos certificado às situações em que o contabilista certificado e/
é 31 de julho, o processamento após a entrega das declara- ou o seu cliente não puderam(em) cumprir as obrigações de-
ções tem vindo a ter prazos cada vez mais curtos. A meta da clarativas que estão a seu cargo nas circunstâncias de infeção
Autoridade Tributária aponta um período de espera médio pela COVID-19 ou isolamento profilático determinado por
pela transferência de entre 15 e 25 dias. Autoridade de Saúde ou nas situações de fixação de cerco
Mas, se muitos serão beneficiados com reembolsos, ha- sanitário que interdite as deslocações do contribuinte ou do
verá, ainda assim, casos em que as famílias terão de pagar contabilista certificado de e para as zonas abrangidas.
efetivamente imposto. Até à data não há indicações para Atendendo às dificuldades do contabilista certificado
adiar a obrigação. Os pagamentos terão de ser feitos até 31 de em aceder aos documentos contabilísticos dos seus clientes
agosto – ou em prestações, caso o pedido do contribuinte junto por força do confinamento decorrente do atual estado de
da AT seja deferido. emergência, permite-se também que as declarações fiscais do
IVA referentes ao mês de fevereiro de 2020 sejam calculadas
O que muda na declaração tendo por base os dados constantes do E-Fatura.
Esta declaração poderá ser substituída e o eventual
A declaração que irá ser entregue referente aos rendimentos
adicional de imposto pago, sem quaisquer acréscimos ou
auferidos em 2019 (cfr. Port. nº 370/2019, de 14.10, Bol. do
penalidades, em julho de 2020.
Contribuinte, 2019, pág. 780) contém algumas alterações.
Determina-se ainda que, durante os meses de abril, maio
Uma das mudanças diz respeito à isenção para rendimentos
e junho, devem ser aceites faturas em PDF, as quais são con-
prediais de quem tem imóveis no programa de arrendamento
sideradas faturas eletrónicas para efeitos fiscais.
acessível, conforme refere o Ofício Circulado n.º 20220/2020,
Estas medidas de simplificação só são aplicáveis aos
de 26.3.
sujeitos passivos que:
Ainda sobre a entrega da Declaração Modelo 3, ver os
- Apresentem um volume de negócios, nos termos do art.º
esclarecimentos publicados no último número do Boletim do
42.º do Código do IVA, referente ao ano de 2019, até
Contribuinte, pág. 236 e seguintes. No Boletim do Contribuin-
€ 10.000.000;
te, 2020, pág. 161 e seguintes, são publicadas as deduções à
- Tenham iniciado a atividade em ou após 1 de janeiro
coleta e outros benefícios e isenções aplicáveis aos rendimen-
de 2020;
tos auferidos em 2019.
- Tenha reiniciado a atividade em ou após 1 de janeiro
No anexo F, relativo aos rendimentos prediais, há novos
de 2020 e não tenham obtido volume de negócios em
quadros (6D e 6E) para identificar imóveis e contratos cele-
2019 [se obtiveram volume de negócios em 2019, é
brados e renovados após 1 de julho no âmbito deste programa.
aplicável a alínea a) supra].
Outra alteração importante diz respeito a pensões ou in-
Estas medidas têm caráter excecional, permitindo, desta
demnizações recebidas de uma só vez com atraso em 2019,
forma, cumprir as obrigações declarativas relativas ao IVA.
para que sejam reportadas a anos de liquidação anteriores e
não haja agravamento de imposto. Os valores a corrigir devem (O Despacho nº 129/2020-XXII, de 27.3, foi publicado no
ser declarados no quadro 8B. último número do Bol. do Contribuinte, pág. 262))
278 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

o período de estado de emergência, nos termos do artigo 9.º do


INFORMAÇÕES Decreto nº 2.º-B/2020, de 2 de Abril”.
O diploma estabelece ainda que “o valor do PPR reembol-
DIVERSAS sado deve corresponder ao valor da unidade de participação à
data do requerimento de reembolso”. E que “não é aplicável o
disposto no n.º 4 do artigo 21.º do Estatuto dos Benefícios Fis-
cais, ou seja, devolução de benefícios fiscais, desde que tenham
sido subscritos até 31 de Março de 2020”.
COVID-19 O que diz a Lei:
Resgate de PPR sem penalização Artigo 7.º ( Lei nº 7/2020, de 10.4)
Resgate de Plano de Poupança Reforma
Os detentores de Planos Poupança Reforma (PPR) que se 1 - Sem prejuízo do disposto nos nºs 1 a 4 do artigo 4.º do
encontrem em situações específicas por causa da COVID-19 Decreto-Lei n.º 158/2002, de 2 de julho, enquanto vigorar o estado
já podem levantar fundos dessa aplicação sem penalização de emergência, o valor dos Planos de Poupança Reforma (PPR)
fiscal. A medida, que alarga as situações em que estes produtos pode ser reembolsado nos termos do n.º 3, até ao limite mensal do
podem ser mobilizados antecipadamente, encontra-se prevista indexante dos apoios sociais, pelos participantes desses planos e
na Lei nº 7/2020, de 10.4, e vigorará apenas durante o estado desde que um dos membros do seu agregado familiar esteja em
de emergência. situação de isolamento profilático ou de doença ou prestem assis-
De acordo com a lei supra mencionada (designadamento no tência a filhos ou netos, conforme estabelecido no Decreto-Lei n.º
seu artigo 7º), “o valor dos Planos de Poupança Reforma pode 10-A/2020, de 13 de março, ou que tenha sido colocado em redução
ser reembolsado, nos termos do n.º 3, até ao limite mensal do do período normal de trabalho ou em suspensão do contrato de tra-
indexante dos apoios sociais (438,81 euros), pelos participantes balho, em virtude de crise empresarial, em situação de desemprego
desses planos e desde que um dos membros do seu agregado registado no Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P.,
familiar esteja em situação de isolamento profilático ou de bem como seja elegível para o apoio extraordinário à redução da
doença ou prestem assistência a filhos ou netos, conforme atividade económica de trabalhador independente, nos termos do
estabelecido no Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de Março, artigo 26.º do referido decreto-lei, ou seja trabalhador de entidades
na sua redação atual”. cujo estabelecimento ou atividade tenha sido objeto de encerra-
São ainda consideradas as situações em que um dos mem- mento determinado durante o período de estado de emergência,
bros do agregado familiar “tenha sido colocado em redução nos termos do artigo 9.º do Decreto n.º 2-B/2020, de 2 de abril.
do período normal de trabalho ou em suspensão do contrato 2 - O valor do PPR reembolsado deve corresponder ao valor
de trabalho, em virtude de crise empresarial, em situação de da unidade de participação à data do requerimento de reembolso.
desemprego registado no Instituto do Emprego e Formação 3 - Para efeitos do presente artigo, não é aplicável o disposto
Profissional, I. P., bem como seja elegível para o apoio ex- no n.º 4 do artigo 21.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, desde
traordinário à redução da atividade económica de trabalhador que tenham sido subscritos até 31 de março de 2020.
independente, nos termos do artigo 26.º do referido decreto-lei,
ou seja trabalhador de entidades cujo estabelecimento ou ativi- COVID-19
dade tenha sido objeto de encerramento determinado durante
Manutenção dos postos de trabalho – “lay-off”
Revogação da Portaria nº 71-A/2020

Notários O Decreto-Lei nº 10-G/2020, de 26.3, veio alargar as


medidas previstas na Portaria nº 71-A/2020, de 15.3, que re-
Testamentos e escrituras urgentes gulamentou os termos e as condições de atribuição dos apoios
de compra e venda imediatos de caráter extraordinário, destinados aos trabalhado-
res e empregadores afetados pela COVID-19, tendo em vista
A Ordem dos Notários garante que os notários vão a manutenção dos postos de trabalho e mitigar situações de
assegurar os atos essenciais para “evitar o estrangulamento crise empresarial.
financeiro dos empresários e das famílias”. O novo diploma, que procedeu à revogação da Portaria nº
Embora haja limite nas horas de atendimento ao público 71-A/2020 (Bol. do Contribuinte, 2020, pág. 219), clarificou
ou restrição do acesso de cidadãos, os cartórios notariais vão o conceito de crise empresarial para efeitos das medidas ex-
permanecer de portas abertas para assegurar e dar prioridade a cecionais e temporárias.
atos como testamentos e escrituras de compra e venda urgentes, O mesmo decreto-lei estabeleceu um regime simplificado
desde que estejam asseguradas todas as regras de segurança. da redução temporária do período normal de trabalho ou
Os notários estão a assegurar que os atos legais es- suspensão de contrato de trabalho melhor definido, previsto
senciais, como contratos de empréstimo e hipotecas, se nos arts 298º e seguintes do Código do Trabalho (“lay-off”
realizem, para evitar o estrangulamento financeiro dos simplificado), tendo regulamentado os apoios financeiros
empresários e das famílias. aos trabalhadores e às empresas abrangidos pelos referidos
A Ordem dos Notários encontra-se a trabalhar com o regimes, tendo em vista a manutenção dos postos de trabalho
Governo, no sentido de poderem trabalhar com as media- e a atenuação de situações de crise empresarial.
(Cfr. DL nº 10-G/2020, de 26.3, na pág. 257 do último número do Bol.
doras imobiliárias e com os bancos para desbloquear os ne- do Contribuinte e na pág. 265 informação prática quanto ao âmbito e efeitos
gócios pendentes e realizar as escrituras de compra e venda. da aplicação do “lay-off” simplificado)
Boletim do Contribuinte 279
ABRIL 2020 - Nº 8

pensão de prazos para a prática de atos processuais, Porém,


INFORMAÇÕES se ocorrer uma das exceções acima enunciadas, e só nesse
preciso quadro, não há suspensão de prazos para a prática
DIVERSAS de atos processuais nos processos urgentes.

Cessação do regime excecional


Este regime excecional cessa na data que assim for de-
COVID-19 finida por diploma.
Medidas excecionais adotadas na área
Prazos de prescrição e de caducidade
da justiça Esta situação excecional determina ainda a suspensão de
prazos de prescrição e de caducidade relativamente a todos
Em face da pandemia COVID-19, o Governo viu-se
os tipos de processos e procedimentos, o que protege todos
obrigado a aprovar uma série de medidas extraordinárias
quantos forem titulares de direitos, sendo que esta suspen-
em todas as áreas do País, sendo que passamos a destacar as
são de prazos de prescrição e caducidade prevalece sobre
aplicadas na área da justiça.
quaisquer regimes que fixem prazos máximos imperativos,
A Lei nº 1-A/2020, de 19 de Março, consagra as principais
sendo tais regimes alargados pelo período de tempo em que
medidas excecionais e temporárias de resposta à situação
vigorar a situação excecional.
epidemiológica pela COVID-19.
O âmbito de aplicação desta lei estende-se, ainda:
No que se refere a prazos e diligências, a regra é a de que,
- aos procedimentos que corram em cartórios notariais
até que seja determinada pela autoridade nacional de saúde
e em conservatórias;
pública a cessação da situação excecional, ficam submetidos
- aos procedimentos contraordenacionais, sancionatórios
ao regime das férias judiciais os atos processuais e procedi-
e disciplinares, incluindo respetivos atos e diligências,
mentais que corram termos:
que corram termos em serviços da administração
- nos tribunais (judiciais, administrativos e fiscais, Cons-
(direta, indireta, regional e autárquica) e nas demais
titucional, de Contas) e demais órgãos jurisdicionais;
entidades administrativas, nomeadamente entidades
- nos tribunais arbitrais;
administrativas independentes, incluindo o Banco de
- no Ministério Público;
Portugal e a CMVM;
- nos julgados de paz;
- a prazos administrativos e tributários que corram a favor
- nas entidades de resolução alternativa de litígios;
de particulares (concretamente, atos de interposição
- nos órgãos de execução fiscal.
de impugnação judicial, reclamação graciosa, recur-
Assim, enquanto durar a situação excecional:
so hierárquico, ou outros procedimentos de idêntica
- não se praticam quaisquer atos processuais nos pro-
natureza), bem como aos prazos para a prática de atos
cessos e procedimentos que corram nas indicadas
no âmbito dos mesmos procedimentos tributários.
jurisdições;
- e os prazos processuais estarão suspensos enquanto
Procedimentos cautelares
durar esta situação excecional.
Quanto aos procedimentos cautelares, embora sejam pro-
Esta suspensão também se aplica aos prazos relativos a
cessos urgentes, não só os respetivos prazos ficam suspensos
atos a praticar em processos urgentes.
como não serão praticados quaisquer atos, salvo se a preten-
Contudo, relativamente aos processos urgentes, a suspen-
são cautelar puder ser enquadrada no quadro da salvaguarda
são dos prazos tem as seguintes exceções:
de direitos fundamentais.
- a hipótese da prática de atos processuais e procedimentos
através de meios de comunicação à distância adequa-
Processos de insolvência
dos, designadamente por teleconferência ou video-
Nos processos de insolvência, embora considerados
chamada, sempre que isso seja tecnicamente viável;
urgentes (art. 9º do CIRE), os prazos estarão suspensos e
- a exclusiva prática presencial de atos e diligências
não serão praticados quaisquer atos, salvo se for tida como
urgentes em que estejam em causa direitos funda-
invocável a previsão da salvaguarda de direitos fundamentais.
mentais, nomeadamente quanto a menores em risco
ou a processos tutelares educativos de natureza ur-
Ações de despejo
gente, diligências e julgamentos de arguidos presos,
Fica determinada a suspensão das ações de despejo, dos
desde que a sua realização não implique a presença
procedimentos especiais de despejo e os processos para
de um número de pessoas superior ao previsto pelas
entrega de coisa imóvel arrendada, quando a decisão a pro-
recomendações das autoridades de saúde e de acordo
ferir nesses autos tenha por efeito colocar o arrendatário em
com as orientações fixadas pelos conselhos superiores
situação de fragilidade por falta de habitação própria, o que
competentes.
significará, portanto, que esta suspensão não opera sem mais,
Em conclusão:
dependendo da verificação dessa condição.
Nos processos urgentes, em todos eles, a regra é a da sus- (Continua na pág. seguinte)
280 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

de um período de isolamento por eventual risco de contágio


INFORMAÇÕES da COVID-19.
Esta medida aplica-se aos tribunais judiciais, tribunais
DIVERSAS administrativos e fiscais, tribunais arbitrais, Ministério Pú-
blico, julgados de paz, entidades de resolução alternativa de
litígios, cartórios notariais, conservatórias.
Aplica-se ainda aos serviços e entidades administrativas,
(Continuação da pág. anterior)
no âmbito de procedimentos contraordenacionais e no âmbito
Proteção aos arrendatários de procedimentos, atos e diligências administrativos, regula-
Esta lei aprovou um regime extraordinário e transitório de dos pelo Código do Procedimento Administrativo e demais
proteção dos arrendatários, que se traduz no seguinte: legislação administrativa.
- fica suspensa a produção de efeitos das denúncias de Destacamos, ainda, as medidas implementadas nas áreas
contratos de arrendamento habitacional e não habita- dos Registos, dos Tribunais e da Reinserção e Serviços Pri-
cional efetuadas pelo senhorio, assim como sionais, onde os atendimentos presenciais ficam limitados a
- a execução de hipoteca sobre imóvel que constitua alguns serviços urgentes.
habitação própria e permanente do executado, até à
data da cessação das medidas de prevenção, contenção, - Registos – IRN
mitigação e tratamento da infeção epidemiológica e O atendimento presencial nestes serviços está limitado
doença COVID-19. aos atos urgentes, tais como:
- casamentos civis e urgentes (na iminência de morte);
Encerramento de instalações e estabelecimentos – pro- - testamentos urgentes (na iminência de morte).
teção dos arrendatários Contudo, podem ser assegurados, mediante pré-agen-
De realçar que o Decreto n.º 2-A/2020, de 20.3, deter- damento, outros serviços considerados mínimos, se houver
minou o encerramento de instalações e estabelecimentos. condições para tal. Para esses casos, o atendimento tem de
Acontece que esse encerramento não pode ser invocado ser previamente agendado através dos contactos locais dos
como fundamento de resolução, denúncia ou outra forma de Registos.
extinção de contratos de arrendamento não habitacional ou Esses serviços mínimos são os seguintes:
de outras formas contratuais de exploração de imóveis, nem
- registos de óbito;
como fundamento de obrigação de desocupação de imóveis
- registos de nascimento que sejam urgentes face às cir-
em que os mesmos se encontrem instalados.
cunstâncias do caso concreto;
- levantamento do Cartão de Cidadão que foi pedido como
Férias judiciais
urgente ou extremamente urgente;
Os períodos das férias judicias a vigorar neste ano de
- pedido e levantamento do Cartão de Cidadão provisório;
2020 serão revistos oportunamente em face deste regime
- pedido urgente ou extremamente urgente de primeiro
excecional.
Cartão de Cidadão;
Produção de efeitos:
Esta lei produz efeitos retroativos a 12.03.2020, data - pedido urgente ou extremamente urgente da renovação do
da produção dos efeitos do DL nº 10-A/2020, de 13.3 (que Cartão de Cidadão de cidadãos com menos de 25 anos;
estabelece medidas excecionais e temporárias relativas à - atribuição de novos PIN, em situações de urgência,
situação epidemiológica do COVID-19, decreto-lei este que designadamente para profissionais de saúde;
foi transcrito na pág. 213 do Boletim do Contribuinte da 2ª - alterações de prioridade para extremamente urgente,
quizena de março 2020). em alternativa ao pedido e levantamento de Cartão de
De referir, ainda, que o citado DL nº 10-A/2020, de 13.3, Cidadão provisório.
determinou o seguinte em matéria de justo impedimento,
justificação de faltas e adiamento de diligências por força - Serviços de Reinserção e Prisionais – DGRSP
da COVID-19: Relativamente aos estabelecimentos prisionais e de rein-
O risco de contágio por COVID-19 é fundamento para serção, foram adotadas as seguintes medidas:
a alegação do justo impedimento, justificação de não com- - suspensão provisória das visitas em todos os estabeleci-
parecimento ou adiamento da prática de atos processuais e mentos prisionais e centros educativos;
procedimentais de carácter presencial. - suspensão das transferências de reclusos entre estabele-
Estão abrangidos por esta medida os sujeitos proces- cimentos prisionais;
suais, partes e seus representantes ou mandatários e outros - suspensão do regime aberto para o exterior em zonas
intervenientes processuais ou procedimentais, ainda que identificadas como de risco (Porto, Felgueiras e
meramente incidentais, como, por exemplo, testemunhas Lousada).
ou peritos.
Para comprovar o justo impedimento, basta uma declara- - Direitos de Propriedade Industrial – INPI
ção emitida por autoridade de saúde que ateste a necessidade Tendo nesta área sido encerrados os serviços de aten-
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 281
ABRIL 2020 - Nº 8

Este regime é baseado na citada Lei nº 1-A/2020, que


INFORMAÇÕES aplica o regime das férias judiciais aos processos dos tribunais
judiciais, tribunais administrativos e fiscais, julgados de paz,
DIVERSAS centros de arbitragem e demais tribunais arbitrais.

Validade dos documentos oficiais


Os documentos oficiais, tais como Cartão de Cidadão,
dimento presencial, os interessados poderão, no entanto, Carta de Condução, Registo Criminal, Certidões e Vistos de
continuar a praticar os atos através dos serviços online do Permanência, cuja validade termine a partir de 24 de fevereiro
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, bem permanecem válidos até 30 de junho.
como por correio postal. Desta forma, esses documentos não precisam de ser re-
As alterações implementadas são as seguintes: novados até 30 de junho e deverão ser aceites como válidos
- a assinatura digital deixou de ser obrigatória em vários para todos os efeitos legais.
atos relacionados com os Direitos de Propriedade In-
dustrial, com vista a simplificar o acesso aos serviços
online do INPI;
- os prazos processuais e procedimentais do INPI foram sus-
pensos, por aplicação da citada Lei nº 1-A/2020, de 19.3; Advogados
- os prazos de prescrição e de caducidade relativos a todos
os tipos de processos e procedimentos também ficam Obrigações fiscais durante a presente crise
suspensos, por força da referida lei. epidémica causada pela COVID-19

- Tribunais – DGAJ O Secretário de Estados dos Assuntos Fiscais


A Direção-Geral da Administração da Justiça definiu um transmitiu ao Bastonário da Ordem dos Advogados o
conjunto de orientações para evitar a propagação da CO- seguinte:
VID-19, aconselhando o seguinte: Relativamente ao IVA, ficou decidido que, quer no
- as deslocações aos tribunais devem limitar-se às pessoas regime mensal, quer no regime trimestral, durante este
que foram convocadas para diligências processuais ou período, o IVA pode ser pago na totalidade ou efetuado
que tenham motivo absolutamente inadiável, e que o seu pagamento em três prestações. No regime trimes-
não possam tratar pelo telefone ou informaticamente; tral, vencendo-se a próxima obrigação em 15 de maio,
- os cidadãos convocados para diligências processuais poderá ser pago 1/3 nessa altura, 1/3 no mês de junho e
e que, nas duas semanas anteriores, tenham estado 1/3 no mês de julho. Esses pagamentos trimestrais não
em zonas de risco da doença COVID-19 – quer no serão sujeitos a quaisquer juros.
estrangeiro, quer dentro do país – devem informar Será ainda possível optar pelo pagamento do IVA
previamente o tribunal por email ou por telefone; em seis prestações, vencendo-se 1/6 na altura devida e
- o certificado do registo criminal deve ser obtido online 1/6 em cada um dos meses subsequentes. Nesse caso,
e sem deslocação ao tribunal. será efetuada a cobrança de juros apenas a partir do
Relativamente à Cooperação Judiciária Internacional e quarto mês.
no âmbito do Plano de Contingência da DGAJ, foi também Relativamente às retenções na fonte de IRS que os
temporariamente suspenso o atendimento presencial ao ci- advogados efetuem aos seus colaboradores, será tam-
dadão nas instalações da Divisão de Cooperação Judiciária bém aplicado este regime.
Internacional (DCJI), na Avenida D. João II, n.º 1.08.01, Ver, no último número, as tabelas com os quadros
Edf. H, Piso 14, em Lisboa, a partir do dia 16 de março, por exemplificativos dos pagamentos em prestações, nos
período a determinar. termos do estabelecido no Decreto-Lei nº 10-F/2020, de
26.3 (transcrito na pág. 212 do último número).
- Meios de Resolução Alternativa de Litígios – DGPJ Será dispensada para a aplicação deste diferimento
As sessões de mediação e pré-mediação presenciais já de prazos a prestação de garantias.
agendadas foram canceladas. Relativamente aos pagamentos por conta do IRS,
O seu reagendamento assim como os novos procedimentos vencendo-se o primeiro a 20 de julho deste ano, e uma
vez que os mesmos tomam por base o rendimento
de mediação são possíveis, mas apenas com recurso a pla-
anteriormente obtido pelos advogados, os seus valores
taformas digitais de conversação, com transmissão de voz e
seguramente não terão qualquer correspondência com
imagem em tempo real, como são exemplo o Skype, Zoom,
o rendimento que estes efetivamente terão em 2020,
WhatsApp e Messenger, entre outros.
mas em virtude da grave crise que atravessamos, ainda
Ficam suspensos todos os prazos processuais e proce-
nada foi decidido, sendo certo que esta questão não
dimentais relativos a processos não urgentes, bem como
deixará de ser equacionada no âmbito das medidas que
os prazos de prescrição e de caducidade igualmente em
se aprovarão em relação ao terceiro trimestre de 2020.
curso.
282 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

até 10 milhões de euros em 2018, ou com início de atividade em


INFORMAÇÕES ou após 1 de janeiro de 2019, no segundo trimestre de 2020, ou
cuja atividade se enquadre nos setores encerrados nos termos do
DIVERSAS art.º 7.º do Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março; sujeitos passi-
vos que tenham reiniciado atividade em ou após 1 de janeiro de
2019, quando não tenham obtido volume de negócios em 2018.”
Art.º 2.º, nº (Sujeito a certificação ROC/CC) “Sujeitos pas-
sivos que declarem e demonstrem uma diminuição da faturação
IRS, IRC e IVA comunicada através do E-fatura de, pelo menos, 20% na média
Flexibilização de pagamentos a cumprir dos três meses anteriores ao mês em que exista esta obrigação
face ao período homólogo do ano anterior.”
no segundo trimestre de 2020 Art.º 2.º, nº 10 (Sujeito a certificação ROC/CC) “Sujeitos
passivos que declarem e demonstrem uma diminuição de volu-
No âmbito da Pandemia COVID-19, foram aprovadas
me de negócios de, pelo menos, 20% na média dos três meses
várias medidas na dilação dos prazos de cumprimento voluntário
anteriores ao mês em que exista esta obrigação face ao período
das obrigações fiscais.
homólogo do ano anterior.”
O DL n.º 10-F/2020, de 26.3, determinou a fl exibilização dos
Exemplo:
pagamentos relativos a IRS, IRC e IVA a cumprir no segundo
Regime Mensal de IVA - Pagamento fracionado em 3 meses.
trimestre de 2020.
Em abril é pago 1/3 do montante respeitante a esse mês.
Para usufruírem desta medida os contribuintes ou contabi-
Em maio é paga a primeira prestação de 1/3 relativa ao IVA
listas certificados podem submeter o pedido de fl exibilização
devido em maio e a segunda prestação de 1/3 do IVA que era
de pagamentos mediante autenticação até ao termo do prazo de
devido em abril.
pagamento voluntário no Portal das Finanças (Pagamentos >
Em junho é pago 1/3 do IVA devido em junho (primeira pres-
Flexibilização de Pagamentos > Aderir).
tação); 1/3 do IVA que era devido em maio (segunda prestação); e
A fl exibilização permite entregar de forma fracionada os
a última prestação correspondente a 1/3 do IVA devido em abril.
seguintes pagamentos:
A entrega que resulte da declaração periódica de IVA referente
- de retenções na fonte de IRS e IRC cujo prazo de pagamento
ao período de fevereiro de 2020 pode ser efetuada até 20 de abril,
ocorria em abril, maio e junho de 2020. Atendendo a que
sem quaisquer acréscimos ou penalidades.
para um mesmo período de imposto podem existir várias
O pagamento pode ser efetuado através de débito direto.
guias de retenção na fonte, deverá ser sempre efetuado um
O IBAN a incluir na Adesão ao Débito Direto é o registado no
pedido para cada uma das guias;
cadastro da Autoridade Tributária e Aduaneira.
- do IVA do regime mensal (devidos em abril, maio e junho)
Em alternativa, pague através de Homebanking ou MBWay
e a 1.ª prestação do regime trimestral (devida em maio). As
(disponível no Portal das Finanças e na nossa APP móvel desig-
obrigações podem ser cumpridas em três ou seis prestações
nada “Situação Fiscal – Pagamentos”).
mensais, sem juros, vencendo-se a primeira prestação na
Deve ser evitada a utilização de numerário e cheque para
data de cumprimento da obrigação de pagamento em causa
pagamento de impostos, sempre que existam alternativas de
e as restantes na mesma data dos meses subsequentes.
pagamento por meios eletrónicos.
Estes pagamentos em prestações estão dispensados de apre-
sentação de garantia. (Cfr. DL n.º 10-F/2020, de 26.3 e informação e quadros explicativos
A quem se aplica: quanto à fl exibilização do pagamento de impostos e contribuições sociais
Art.º 2.º, nº 1 e nº 3 “Sujeitos passivos com volume de negócios na página 229 e seguintes do último número do Boletim do Contribuinte)

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Boletim do Contribuinte 283
ABRIL 2020 - Nº 8

estável em território português, e que sejam domiciliados em


RESOLUÇÕES país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente
mais favorável, ajustou-se a designação do campo 06 para
ADMINISTRATIVAS “país de residência”.
Foram desenvolvidas e clarificadas as instruções de
preenchimento no que respeita à faculdade concedida aos não
residentes de optarem pela tributação às taxas gerais do artigo
IRS 68.º do Código do IRS ou pelas regras de tributação que seriam
aplicáveis caso fossem residentes.
Declaração modelo 3 de irs em vigor 1.2 - Quadro 13 – Prazos especiais
a partir de janeiro de 2020
“Campo 06 – Rendimentos de anos anteriores”
Esclarecimento O regime regra de tributação de rendimentos que são pagos
ou colocados à disposição num determinado ano, mas que se
Continuação da pág. 274); referem comprovadamente a anos anteriores, consta do n.º 1
c) As instruções de preenchimento relativas ao anexo do artigo 74.º do Código do IRS. Esta norma prevê a faculdade
I, aprovadas pela Portaria n.º 385-H/2017, de 29 de de o contribuinte indicar o número de anos, ou fração, a que os
dezembro. rendimentos respeitam para efeitos de determinação da taxa a
Das alterações introduzidas pelos diplomas acima indica- aplicar, por forma a diminuir o impacto da progressividade das
dos, salientam-se: taxas do IRS. Assim, caso o contribuinte o assinale na declaração
(i) regime das mais-valias e do reinvestimento dos modelo 3, o respetivo valor dos rendimentos de anos anteriores é
valores de realização relativamente a imóveis que dividido pela soma do número de anos ou fração a que respeitem,
tenham beneficiado nos últimos 10 anos de apoio incluindo o ano do recebimento, aplicando-se à globalidade dos
público não reembolsável (artigos 10.º, 43.º e 51.º rendimentos a taxa correspondente à soma daquele quociente
do Código do IRS); com os rendimentos produzidos no próprio ano.
(ii) alargamento do regime do reinvestimento dos valores A Lei n.º 119/2019, de 18/09, veio proceder a uma alte-
de realização da alienação de imóveis que constituíam ração ao artigo 74.º do Código do IRS, cujo n. º 3, determina
a habitação própria e permanente (artigo 10.º do o seguinte:
Código do IRS); “Sempre que seja possível imputar os rendimentos a que
(iii) Regime de exclusão de tributação de rendimentos se refere o n.º 1 a anos anteriores em concreto, pode o sujeito
dos “ex-residentes” (artigo 12.º do Código do IRS e passivo, em alternativa, proceder à entrega de declarações de
artigos 259.º e 260.º da lei do OE/2019); substituição relativamente aos anos em causa, com o limite
(iv) Regime de benefícios fiscais de dedução à coleta em do quinto ano imediatamente anterior ao do pagamento ou
IRS relativamente a situações verificadas no território colocação à disposição dos rendimentos, sem prejuízo da
do interior do País e nas Regiões Autónomas (artigo aplicação do disposto naquele número quanto aos restantes
41.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) e rendimentos, sendo caso disso.”
artigo 78.º do Código do IRS); Com a presente alteração a lei veio consagrar uma outra
(v) Regime de taxas especiais para os rendimentos pre- possibilidade, em alternativa àquele regime regra, no sentido
diais obtidos no âmbito de contratos de arrendamento de permitir que relativamente a rendimentos imputáveis a
para habitação permanente de longa duração (artigo anos anteriores e que respeitem, até ao 5.º ano anterior ao do
72.º do Código do IRS); pagamento ou da colocação à disposição, os contribuintes
(vi) Regime de isenção dos rendimentos prediais obtidos optem por declarar esses rendimentos na modelo 3 do ano
no âmbito do “Programa do Arrendamento Acessível” a que respeitam, através da entrega de uma declaração de
(artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22 de maio, substituição, e, assim, ser-lhes aplicada a taxa geral de IRS
e lei n.º 2/2019, de 9 de janeiro); que lhes corresponde em cada um dos anos em causa. Caso os
(vii) Regime dos rendimentos dos anos anteriores (artigo rendimentos respeitem a um ano ou mais anos antecedentes
74.º do Código do IRS). ao 5.º ano anterior ao do pagamento, então aplica-se a esses
Em face do que antecede, identificam-se, de seguida, as rendimentos o regime regra acima indicado (conforme n.ºs 3
principais alterações introduzidas em cada um dos novos mo- e seguintes do artigo 74.º do Código do IRS).
delos de impresso ou instruções de preenchimento: O novo regime é aplicável aos rendimentos pagos ou co-
locados à disposição a partir do ano civil da entrada em vigor
DECLARAÇÃO MODELO 3 DE IRS deste regime, ou seja, a partir de 2019, desde que, comprova-
damente, digam respeito a anos anteriores ao do pagamento
1 – ROSTO
ou colocação à disposição.
1.1 - Quadro 8B – Residência fiscal – Não residentes Para efeitos de prazo de entrega de declarações de substi-
Considerando o aditamento da alínea d) do nº 16 do artigo tuição relativas aos anos anteriores, entende-se ser de aplicar
72.º do Código do IRS, pela Lei nº 71/2018, de 31 de dezembro, a regra prevista no n.º 2 do artigo 60.º do Código do IRS, ou
que determina o agravamento da taxa de tributação aplicável às seja, até 30 dias imediatos à ocorrência de qualquer facto que
mais-valias auferidas por não residentes, sem estabelecimento (Continua na pág. seguinte)
284 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

Os dois novos códigos de rendimentos são os seguintes:


RESOLUÇÕES - “Código 410 - Rendimentos do trabalho dependente,
compreendendo subsídios de férias e de Natal, incluindo
ADMINISTRATIVAS os rendimentos excluídos de tributação – Regime fiscal
aplicável a ex-residentes – anos de 2019 a 2024”;
- “Código 411 - Gratificações não atribuídas pela entidade
patronal, incluindo os montantes excluídos de tributa-
(Continuação da pág. anterior) ção – Regime fiscal aplicável a ex-residentes – anos
determine a alteração dos rendimentos ou implique, relativa- de 2019 a 2024”.
mente a anos anteriores a obrigação de os declarar. Alerta-se que devem ser declarados pela totalidade os
Considerando que este novo regime de tributação de ren- rendimentos que sejam indicados com estes códigos, incluindo
dimentos referentes a anos anteriores não é o regime regra, os montantes excluídos de tributação.
mas sim um regime facultativo, os contribuintes que reúnam O antigo “código 409 - (…) Rendimentos em espécie”
os respetivos pressupostos devem indicar a sua opção por foi desdobrado em cinco códigos diferentes para uma melhor
esse regime na declaração de rendimentos (modelo 3) do ano identificação do tipo de rendimentos de trabalho dependente
em que os rendimentos em causa foram pagos ou colocados à pagos em espécie e que, embora sujeitos a tributação, não estão
disposição, assinalando os quadros respetivos dos anexos da sujeitos a retenção na fonte de acordo com o disposto na alínea
modelo 3, com identificação, designadamente, dos rendimentos a) do n.º 1 do artigo 99.º do Código do IRS.
e dos anos a que os mesmos respeitam. Assim, este código 409 passa a ser utilizado para a de-
Esta opção pode ser exercida, sem quaisquer ónus, no prazo claração de rendimentos em espécie respeitantes aos anos de
geral de entrega da respetiva declaração modelo 3, ou seja, até 2018 e anteriores.
final de junho do ano seguinte àquele em que se verificou o paga- Os cinco novos códigos de rendimentos em espécie são
mento dos rendimentos ou colocação à disposição dos mesmos. os seguintes:
Por sua vez, o prazo especial de entrega da declaração de - “Código 412 - Rendimentos do trabalho dependente -
substituição de anos anteriores, ou seja, o prazo de 30 dias Utilização de casa de habitação fornecida pela entidade
previsto no n.º 2 do artigo 60.º do Código do IRS, deve ser patronal – anos de 2019 e seguintes”;
contado a partir do termo do prazo a que se refere o n.º 1 do - “Código 413 - Rendimentos do trabalho dependente -
artigo 60.º do Código do IRS (30 de junho). Resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de
Assim, para efeitos de entrega das declarações de substitui- juro inferior à de referência para o tipo de operação
ção relativas aos anos anteriores, nos termos do n.º 3 do artigo em causa, concedidos ou suportados pela entidade
74.º do Código do IRS, conjugado com o n.º 2 do artigo 60.º do patronal – anos de 2019 e seguintes”;
mesmo Código, deve ser assinalado, no Rosto da declaração, - “Código 414 - Rendimentos do trabalho dependente -
no Quadro 13, o campo 06 “Rendimentos de anos anteriores Ganhos derivados de planos de opções, de subscrição,
(n.º 3 do art.º 74.º do CIRS)”. de atribuição ou outros de efeito equivalente, sobre
valores mobiliários ou direitos equiparados, criados
1.3 - Quadro 14 – Reservado aos serviços
em benefício de trabalhadores ou membros de órgãos
Foi criado o campo 08 “Número processo JT (SICAT)”,
sociais – anos de 2019 e seguintes”;
de modo a permitir a associação da declaração ao número do
- “Código 415 - Rendimentos do trabalho dependente -
Processo de contencioso administrativo - reclamação graciosa,
Resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador ou
sendo caso disso.
membro de órgão social de viatura automóvel que gere
2 – ANEXO A – RENDIMENTOS DO TRABALHO encargos para a entidade patronal, quando exista acordo
DEPENDENTE E DE PENSÕES escrito entre o trabalhador ou membro do órgão social
e a entidade patronal sobre a imputação àquele da re-
2.1 - Quadro 4A – Rendimentos do trabalho dependente
ferida viatura automóvel – anos de 2019 e seguintes”;
e/ou pensões obtidos em território português – Rendimen-
- “Código 416 - Rendimentos do trabalho dependente -
tos/Retenções/Contribuições obrigatórias/Quotizações
Aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão social,
sindicais
por preço inferior ao valor de mercado, de qualquer
Foram criados dois novos códigos de rendimento, identifi-
viatura que tenha originado encargos para a entidade
cados e descritos nas respetivas Instruções de Preenchimento, patronal – anos de 2019 e seguintes”.
considerando o novo regime fiscal aplicável aos rendimentos
auferidos por ex-residentes, introduzido pela Lei n.º 71/2018, 2.2 - Quadro 4E – Regime fiscal aplicável a ex-residentes
de 31 de dezembro, que aditou o artigo 12.º-A ao Código do (artigo 12.º-A do CIRS)
IRS, e cujo regime é complementado pelo artigo 259.º daquela Considerando que o regime do novo artigo 12.º-A do Código
lei (Lei do OE/2019). do IRS, conjugado com as normas complementares previstas no
No âmbito da categoria A, o regime fiscal consubstancia-se artigo 259.º da Lei do OE/2019, determinam que este regime
na exclusão de tributação de 50 % dos rendimentos do trabalho só é aplicável a sujeitos passivos que, entre outras condições,
dependente no primeiro ano em que o sujeito passivo reúna se tornem fiscalmente residentes em 2019 ou em 2020, sendo
os respetivos requisitos, previstos no nº 1 do artigo 12.º-A, e este regime aplicável nesse primeiro ano e nos quatro anos
nos quatro anos seguintes. seguintes, o que significa que se trata de um benefício fiscal
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 285
ABRIL 2020 - Nº 8

temporário e cujos pressupostos são temporalmente determi- (2019 ou 2020), tendo sido criado o quadro 3C “Regime fiscal
nados, verifica-se a necessidade de identificar neste anexo o aplicável a ex-residentes (artigo 12.º- A do CIRS)”, e efetuadas
respetivo titular do rendimento, bem como o ano em que se em conformidade as respetivas instruções de preenchimento.
tornou fiscalmente residente em Portugal (2019 ou 2020).
Para o efeito, foi criado o quadro 4E “Regime fiscal apli- 3.2 - Quadro 7A – Encargos em caso de opção pela apli-
cável a ex-residentes (artigo 12.º- A do CIRS)”, e efetuadas cação das regras da categoria A ou em caso de ato isolado
em conformidade as respetivas instruções de preenchimento. de valor superior a € 200.000
Em consequência da alteração verificada com a Lei do
2.3 - Quadro 5B – Rendimentos de anos anteriores OE/2019 ao artigo 31.º do Código do IRS, verificou-se a ne-
incluídos no Quadro 4 – Rendimentos de anos anteriores cessidade de melhorar a forma de declarar os gastos previstos
– Opção pelo regime do n.º 3 do artigo 74.º do CIRS no artigo 41.º daquele Código, para efeitos do apuramento
Como anteriormente já referido, na sequência das altera- do rendimento predial líquido obtido no âmbito da categoria
ções introduzidas ao n.º 3 do artigo 74.º do Código do IRS, B – regime simplificado ou ato isolado.
passou a ser permitido que relativamente aos rendimentos Assim, destinando-se este Quadro a identificar os encar-
pagos ou colocados à disposição num ano mas imputáveis a gos incorridos no âmbito de ato isolado de valor superior a €
anos anteriores e que respeitem até ao 5.º ano anterior ao do 200.000, ou em caso de opção pelas regras da categoria A, foi
pagamento ou da colocação à disposição, os contribuintes optem criado, neste mesmo anexo, outro Quadro, o Quadro 13D, para
por declarar esses rendimentos nas modelo 3 dos anos a que a “Identificação dos prédios com gastos previstos no art.º 41.º
respeitam, mediante a entrega de declarações de substituição do CIRS”, em que se autonomiza a identificação dos gastos
desses mesmos anos, não sendo os mesmos tributados no ano com imóveis previstos no artigo 41.º do Código do IRS no
em que foram pagos ou colocados à disposição. âmbito do regime simplificado, que não seja no âmbito de ato
Para o efeito, devem os contribuintes declarar o total dos isolado de valor superior a € 200 mil, ou em caso de opção
rendimentos dos anos anteriores, na declaração do ano em
pelas regras da categoria A. Em consequência, foi ajustada a
que os rendimentos foram pagos ou colocados à disposição,
designação dos campos 713 e 714 do Quadro 7A, limitando
quer no Quadro 4, quer no Quadro 5, o qual foi desdobrado
o seu preenchimento aos anos de 2015 a 2017.
em dois Quadros, o “Q.5A – Rendimentos de anos anteriores
incluídos no Quadro 4” (antigo Q.5) e o novo “Q.5B – Ren- 3.3 - Quadro 7D – Identificação dos prédios com gastos
dimentos de anos anteriores - Opção pelo Regime do n.º 3 do previstos no art.º 41.º do CIRS (anos 2015 a 2017)
art.º 74.º do CIRS”. Na sequência da melhoria introduzida em termos de declara-
Assim, caso o contribuinte pretenda exercer a sua opção ção dos gastos com imóveis previstos no artigo 41.º do Código
pelo regime previsto no n.º 3 do artigo 74.º do Código do IRS, do IRS, e, assim, do ajustamento efetuado nos campos 713 e
deve formalizar essa opção preenchendo o Q.5B da declaração 714 do Quadro 7A, foi também ajustado o Quadro 7D, que
do ano em que os rendimentos foram pagos ou colocados á identifica os imóveis cujos encargos foram indicados no quadro
disposição, devendo os rendimentos ser declarados por ano a 7A, limitando o seu preenchimento aos anos de 2015 a 2017.
que respeitam (uma linha por cada ano), com o respetivo có-
digo de rendimento, com a identificação do NIF das entidades 3.4 - Quadro 8 - Alienação/Desafetação e/ou afetação
pagadoras, o titular dos mesmos e as correspondentes retenções de direitos reais sobre bens imóveis
na fonte, contribuições e quotizações sindicais. Dada a necessidade de identificar a origem dos imóveis
O preenchimento em simultâneo dos quadros 5A e 5B só alienados no âmbito de uma atividade empresarial/profissional,
pode verificar-se quando, no ano a que respeita a declaração, foi criado um novo código para a obtenção de uma informação
forem pagos ou colocados à disposição rendimentos respeitantes mais completa:
até ao quinto ano imediatamente anterior (os quais podem ser - “Código 06 - Alienação onerosa de imóvel adquirido
declarados no quadro 5B) e rendimentos respeitantes a anos para o património particular e posteriormente afeto a
anteriores a esse ou rendimentos litigiosos, neste último caso atividade empresarial ou profissional”.
independentemente do período/ano a que respeitem (os quais 3.5 - Quadro 13C.2 – Informações complementares -
só podem ser declarados no quadro 5A). Rendimentos de anos anteriores – Opção pelo regime do
3 - ANEXO B – RENDIMENTOS EMPRESARIAIS E n.º 3 do artigo 74.º do CIRS
PROFISSIONAIS AUFERIDOS POR SUJEITOS PASSI- Na sequência das alterações introduzidas ao n.º 3 do artigo
VOS ABRANGIDOS PELO REGIME SIMPLIFICADO 74.º do Código do IRS, passou a ser permitido que relativamente
OU QUE TENHAM PRATICADO ATOS ISOLADOS aos rendimentos pagos ou colocados à disposição num ano mas
imputáveis a anos anteriores e que respeitem até ao 5.º ano anterior
3.1 - Quadro 3C – Regime fiscal aplicável a ex-residentes ao do pagamento ou da colocação à disposição, os contribuintes
(artigo 12.º-A do CIRS) optem por declarar esses rendimentos nas modelo 3 dos anos a
Na sequência do aditamento do artigo 12.º-A ao Código do que respeitam, mediante a entrega de declarações de substituição
IRS, pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, cujo regime é desses mesmos anos, não sendo os mesmos tributados no ano
também aplicável aos rendimentos empresariais e profissionais em que foram pagos ou colocados à disposição.
auferidos por ex-residentes no primeiro ano em que o sujeito Para o efeito, devem os contribuintes declarar o total dos
passivo reúna os requisitos previstos no seu nº 1 e nos quatro anos rendimentos dos anos anteriores, na declaração do ano em que
seguintes, há a necessidade de identificar neste anexo o ano em os rendimentos foram pagos ou colocados à disposição, quer
que o respetivo titular se tornou fiscalmente residente em Portugal (Continua na pág. seguinte)
286 Boletim do Contribuinte
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4 – ANEXO C – RENDIMENTOS EMPRESARIAIS E


RESOLUÇÕES PROFISSIONAIS AUFERIDOS POR SUJEITOS PASSI-
VOS TRIBUTADOS COM BASE NA CONTABILIDADE
ADMINISTRATIVAS ORGANIZADA
4.1 - Quadro 3C – Regime fiscal aplicável a ex-residentes
(artigo 12.º-A do CIRS)
À semelhança do que se verificou no anexo B, também neste
(Continuação da pág. anterior) anexo houve a necessidade de identificar o ano em que o titular
no Quadro 4 quer no Quadro 13.C, o qual foi desdobrado em dos rendimentos empresariais e profissionais se tornou fiscalmente
dois Quadros, o “Q.13.C.1 – Rendimentos de anos anteriores residente em Portugal, 2019 ou 2020, para efeitos de aplicação
incluídos no Quadro 4” e o novo “Q.13.C.2 – Rendimentos do regime fiscal dos ex-residentes previsto no artigo 12.º-A do
de anos anteriores - Opção pelo Regime do n.º 3 do art.º 74.º Código do IRS. Assim, foi criado o Quadro 3C “Regime fiscal
do CIRS”. aplicável a ex-residentes (artigo 12.º- A do CIRS)” e efetuadas
Assim, caso o contribuinte pretenda exercer a sua opção pelo em conformidade as respetivas instruções de preenchimento.
regime previsto no n.º 3 do artigo 74.º do Código do IRS, deve
4.2 - Quadro 4 – Apuramento do lucro tributável (Obtido
formalizar essa opção preenchendo o Q.13.C.2 da declaração
em Território Português)
do ano em que os rendimentos foram pagos ou colocados à
Considerando o disposto nos n.ºs 12 e 13 do artigo 59.º-D
disposição, devendo os rendimentos serem declarados por ano
do Estatuto dos Benefícios Fiscais, que concede uma majoração
a que respeitam (uma linha por cada ano), com o respetivo có-
(com o limite de 8/1000 do volume de negócios), na considera-
digo de rendimento, com a identificação do NIF das entidades
ção como gastos do exercício, às contribuições financeiras dos
pagadoras, o titular dos mesmos e as correspondentes retenções
proprietários e produtores fl orestais, bem como aos encargos
na fonte, contribuições e quotizações sindicais.
suportados com despesas com operações de defesa da fl oresta,
O preenchimento em simultâneo dos quadros 13.C.1 e
em determinadas condições previstas naqueles normativos,
13.C.2 só pode verificar-se quando, no ano a que respeita a
foram introduzidos dois novos campos, nos quais devem ser
declaração, forem pagos ou colocados à disposição rendimentos
declarados apenas os valores relativos às majorações:
respeitantes até ao quinto ano imediatamente anterior (os quais
- “Campo 475 – Gasto suportado por proprietários e produ-
podem ser declarados no Q. 13.C.2) e rendimentos respeitantes
tores fl orestais aderentes a zona de intervenção fl orestal
a anos anteriores a esse ou rendimentos litigiosos, neste último com contribuições financeiras destinadas ao fundo co-
caso independentemente do período/ano a que respeitem (os
mum (majoração – artigo 59.º-D, n.ºs 12 e 13 do EBF)”;
quais só podem ser declarados no Q. 13.C.1).
- “Campo 476 – Gasto suportado por proprietários e produ-
3.6 - Quadro 13D – Informações complementares – tores fl orestais aderentes a zona de intervenção fl orestal
Identificação dos prédios com gastos previstos no art.º com operações de defesa da fl oresta (majoração – artigo
41.º do CIRS 59.º-D, n.ºs 12 do EBF)”.
Face aos ajustamentos efetuados no Q.7A e no Q.7B (apli- Por outro lado, na sequência do aditamento do artigo 59.º-J
cáveis apenas para os anos de 2015 a 2017), foi necessário criar, do Estatuto dos Benefícios Fiscais, pela Lei n.º 71/2018, de 31
para as restantes situações, este novo Quadro que se destina à de dezembro, que atribui uma majoração aos gastos e perdas
identificação dos prédios e dos gastos incorridos relativamente do período de tributação relativos a depreciações fiscalmente
aos quais foi apurado “resultado líquido positivo de rendimentos aceites de elementos do ativo fixo tangível correspondentes
prediais” no campo 410 do quadro 4A, tendo sido elaboradas a embarcações eletrossolares ou exclusivamente elétricas,
as instruções de preenchimento em conformidade. procedeu-se também à introdução de um novo campo, no
qual deve ser declarado apenas o valor relativo à majoração:
3.7 - Quadro 13E – Informações complementares -
Contribuições financeiras dos proprietários e produtores - “Campo 477 - Gastos e perdas do período relativos a
fl orestais aderentes a uma zona de intervenção fl orestal e depreciações de elementos do ativo fixo tangível cor-
encargos suportados com operações de defesa da fl oresta respondentes a embarcações eletrossolares ou exclu-
Considerando a alteração introduzida ao n.º 14 do artigo sivamente solares (majoração - art.º 59.º- J do EBF)”.
59.º-D, do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), pela Lei 4.3 - Quadro 7 – Alienação/Desafetação e/ou afetação
n.º 71/2018, de 31 de dezembro, que atribui aos sujeitos pas- de direitos reais sobre bens imóveis
sivos de IRS, abrangidos pelas regras decorrentes do regime Dada a necessidade de identificar a origem dos imóveis alienados
simplificado, o direito à dedução ao rendimento tributável no âmbito de uma atividade empresarial/profissional, foi criado um
obtido após a aplicação dos respetivos coeficientes e até à novo código para a obtenção de uma informação mais completa:
sua concorrência, de um montante equivalente à majoração - “Código 06 - Alienação onerosa de imóvel adquirido
prevista no n.º 12 do mesmo artigo relativamente às contri- para o património particular e posteriormente afeto a
buições e aos encargos aí referidos, foi criado o Quadro 13E atividade empresarial ou profissional”.
para identificar essas contribuições e encargos e indicar os
respetivos montantes. 5 - ANEXO D – IMPUTAÇÃO DE RENDIMENTOS
Este quadro só deve ser preenchido por titulares de rendi- DE ENTIDADES SUJEITAS AO REGIME DE TRANS-
mentos que reúnam as condições previstas no n.º 15 do artigo PARÊNCIA FISCAL E DE HERANÇAS INDIVISAS
59.º-D, do Estatuto dos Benefícios Fiscais. 5.1 - Quadro 5 – Discriminação por atividades
(Continua na pag. seguinte)
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Foram clarificadas as instruções de preenchimento no sentido tes até ao quinto ano imediatamente anterior (os quais podem
de salientar, designadamente, que este Quadro deve ser sempre ser declarados no Q.5B) e rendimentos respeitantes a anos
preenchido, discriminando os valores obtidos por tipo de atividades anteriores a esse ou rendimentos litigiosos, neste último caso
desenvolvidas, ainda que no Quadro 1 tenha sido assinalado um independentemente do período/ano a que respeitem (os quais
dos campos identificando apenas um tipo de atividade. só podem ser declarados no Q. 5A).
6 – ANEXO E – RENDIMENTOS DE CAPITAIS 7 - ANEXO F – RENDIMENTOS PREDIAIS
6.1 – Quadro 4A - Rendimentos obtidos em território 7.1 – Rendimentos Obtidos e Gastos Suportados e Pagos
português – Rendimentos sujeitos a taxas especiais (art.º A Lei n.º 3/2019, de 9 de janeiro, veio alterar o artigo 72.º do
72.º do CIRS) Código do IRS, n.º s 2 a 5, estabelecendo a redução da taxa de
Considerando as alterações introduzidas ao nº 2 do artigo tributação especial aplicável aos rendimentos prediais, redução
24.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, pela Lei n.º 71/2018, essa tanto maior quanto maior for a duração do contrato de
de 31 de dezembro, em que os rendimentos obtidos em par- arrendamento para habitação ou suas renovações. Este artigo
ticipações sociais em sociedades de investimento imobiliário foi objeto de ajustamentos com o DL n.º 119/2019, de 18/09,
previstos no n.º 1 do mesmo artigo são tributados à taxa de tendo sido aditados os números 18 e 19 ao artigo. A regula-
10%, foi necessário proceder à atualização das instruções de mentação deste regime foi complementada com a Portaria n.º
preenchimento com o ajustamento da designação do código E32: 110/2019, de 12 de abril.
- “Código E32- (…) Face à necessidade de associar a identificação destes ren-
- Rendimentos distribuídos das unidades de participação em dimentos prediais, bem como os correspondentes encargos
fundos de investimento imobiliário ou de participações dedutíveis, aos respetivos contratos para efeitos de determi-
sociais em sociedades de investimento imobiliário a nação da taxa legal aplicável, desdobrou-se o Quadro 4 em
que se aplique o n.º 1 do artigo 24.º do EBF) - recursos dois Quadros:
fl orestais - (n.º 2 do artigo 24.º do EBF). - O Quadro 4.1 – “Contratos de Arrendamento que NÃO
- (…). Beneficiam do Regime de Redução de Taxa previsto
Em consequência do aditamento do n.º 13 e da renumeração no Art.º 72.º do CIRS”, (o qual corresponde, grosso
dos n.ºs seguintes do artigo 59.º-G, do Estatuto dos Benefícios modo, aos antigos Q.4, Q.5A e Q.5B), e,
Fiscais, pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, procedeu-se - O Quadro 4.2 – “Contratos de Arrendamento que Benefi-
ao ajustamento do descritivo do código E34. ciam do Regime de Redução de Taxa previsto no Art.º
6.2 - Quadro 5B – Rendimentos de anos anteriores – 72.º do CIRS”, o qual é idêntico ao Quadro anterior
(Q.4.1), acrescendo apenas a informação relativa ao
Opção pelo regime do n.º 3 do artigo 74.º do CIRS
Número do Contrato.
Na sequência das alterações introduzidas ao n.º 3 do artigo
Verifica-se, assim, que se progrediu, em ambos os Quadros,
74.º do Código do IRS, passou a ser permitido que relativamente
no sentido de reunir a informação referente aos rendimentos
aos rendimentos pagos ou colocados à disposição num ano mas
e aos encargos de cada imóvel/contrato apenas numa só linha
imputáveis a anos anteriores e que respeitem até ao 5.º ano anterior
do mesmo Quadro, facto que determinou que a primeira parte
ao do pagamento ou da colocação à disposição, os contribuintes do formulário do anexo F não esteja orientado na vertical.
optem por declarar esses rendimentos nas modelo 3 dos anos a
que respeitam, mediante a entrega de declarações de substituição 7.2 – Quadro 4.1 – Rendimentos obtidos e gastos su-
desses mesmos anos, não sendo os mesmos tributados no ano portados e pagos - Contratos de arrendamento que NÃO
em que foram pagos ou colocados à disposição. beneficiam do regime de redução de taxa previsto no art.º
Para o efeito, devem os contribuintes declarar o total dos 72.º do CIRS
rendimentos dos anos anteriores, na declaração do ano em que Neste Quadro devem ser identificados os contratos de
os rendimentos foram pagos ou colocados à disposição, quer nos arrendamento que NÃO beneficiam do regime de redução de
Q.4A e Q.4B quer no Quadro 5, o qual foi desdobrado em dois taxa previsto nos n.ºs 2 a 5 do artigo 72.º do Código do IRS,
sendo declarados, na mesma linha, os rendimentos e os gastos
Quadros, o “Q.5A – Rendimentos de anos anteriores incluídos
suportados e pagos em cada prédio, respetiva identificação
nos Quadros 4A e 4B” e o novo “Q.5B – Rendimentos de anos
matricial do imóvel, aglutinando-se neste Quadro a informa-
anteriores - Opção pelo Regime do n.º 3 do art.º 74.º do CIRS”.
ção anteriormente declarada nos antigos Q.4 (rendimentos) e
Assim, caso o contribuinte pretenda exercer a sua opção
Q.5A e Q.5B (gastos).
pelo regime previsto no n.º 3 do artigo 74.º do Código do IRS,
deve formalizar essa opção preenchendo o Q.5B da declaração 7.3 - Quadro 4.2 – Contratos de arrendamento para ha-
do ano em que os rendimentos foram pagos ou colocados à bitação permanente que beneficiam do regime de redução de
disposição, devendo os rendimentos serem declarados por ano taxa previsto no art.º 72.º do CIRS - Anos de 2019 e seguintes
a que respeitam (uma linha por cada ano), com o respetivo có- Neste Quadro devem ser identificados os contratos de
digo de rendimento, com a identificação do NIF das entidades arrendamento que beneficiam do regime de redução de taxa
pagadoras, o titular dos mesmos e as correspondentes retenções previsto nos n.ºs 2 a 5 do artigo 72.º do Código do IRS, sendo
na fonte, contribuições e quotizações sindicais. declarados, na mesma linha, os rendimentos e os gastos supor-
O preenchimento em simultâneo dos Quadros 5A e 5B só tados e pagos em cada prédio, respetiva identificação matricial
pode verificar-se quando, no ano a que respeita a declaração, do imóvel, de forma semelhante à que se verifica no Quadro
forem pagos ou colocados à disposição rendimentos respeitan- (Continua na pág. seguinte)
288 Boletim do Contribuinte
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integrou o anterior Q.5:


RESOLUÇÕES - A informação relativa a rendimentos referentes a subloca-
ção de imóvel passa agora a constar do Quadro 5 (em
ADMINISTRATIVAS vez do anterior Quadro 6);
- A informação complementar passa a constar agora do
Quadro 6 (em vez do anterior Quadro 7).
O Quadro 6 integra o Q.7 do anterior anexo F, tendo sido
(Continuação da pág. anterior) aditados dois novos subquadros, o Q.6.D e o Q.6E, e correspon-
dendo o Q.6F – “Opção pelo englobamento”, com ajustamento
que o antecede (Q.4.1), acrescendo a informação relativa ao de texto, ao Q.7D do anterior anexo F.
Número do Contrato que dá origem aos rendimentos e gastos Com efeito, os atuais Quadro 6A, Quadro 6B e Quadro 6C,
declarados na respetiva linha. correspondem aos Q.7A, Q.7.B e Q.7.C do anterior anexo F,
Nota-se que, face ao estabelecido no artigo 5.º da Lei n.º não tendo sido objeto de outras alterações.
3/2019, de 9 de janeiro, na Portaria n.º 110/2019, de 12 de
abril, e no Decreto-Lei n.º 119/19, de 18 de setembro, apenas 7.6 - Quadro 6D – Informação complementar - Iden-
beneficiam do regime de redução de taxa os rendimentos obtidos tificação dos contratos de arrendamento enquadrados no
no âmbito de contratos de arrendamento para habitação perma- programa de arrendamento acessível - Anos 2019 e seguintes
nente, celebrados a partir de 1 de janeiro de 2019, bem como os Considerando o n.º 1 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º
obtidos no âmbito de renovações de contratos de arrendamento 68/2019, de 22 de maio, que isenta de tributação em IRS os
para habitação permanente verificadas a partir da mesma data. rendimentos prediais resultantes de contratos de arrendamen-
O preenchimento deste Quadro obriga ao preenchimento to habitacional enquadrados no Programa de Arrendamento
do quadro 4.2A “Informações complementares – Contratos Acessível, foi criado este Quadro para permitir a identificação
inscritos no quadro 4.2”. dos imóveis e dos respetivos contratos no âmbito dos quais
os rendimentos podem beneficiar de isenção se observarem
7.4 - Quadro 4.2A – Informações complementares – todos os pressupostos legais.
Contratos inscritos no quadro 4.2 Note-se que este regime é aplicável aos contratos de ar-
De acordo com o definido na Portaria n.º 110/19, de 12 de rendamento celebrados, nos termos da respetiva legislação, a
abril, o direito à redução de taxa previsto nos n.ºs 2, 3, 4 e 5 partir de 1 de julho de 2019 e respetivas renovações.
do artigo 72.º do Código do IRS depende da verificação dos Assim, neste Quadro 6D deve ser indicado o campo do Q.4.1
respetivos pressupostos, nomeadamente a comunicação à AT que apresenta a identificação do imóvel, os rendimentos e os
da identificação do contrato de arrendamento, da data de início gastos em causa, bem como deve ser identificado o número
e respetiva duração, bem como a comunicação das renovações do contrato de arrendamento que lhe está subjacente, o qual
contratuais subsequentes e respetiva duração. Esta comunicação corresponde ao n.º de contrato atribuído quando da entrega da
é, nos termos da lei, efetuada no Portal das Finanças, até 15 declaração modelo 2 do Imposto do Selo.
de fevereiro do ano seguinte ao da obtenção dos rendimentos.
Porém, não tendo sido disponibilizada a funcionalidade 7.7 - Quadro 6E – Informação complementar - Identifi-
para esta comunicação, os contribuintes que tenham direito a cação dos contratos de subarrendamento enquadrados no
este benefício por terem obtido no ano de 2019 rendimentos programa de arrendamento acessível - Anos 2019 e seguintes
prediais decorrentes de contratos de arrendamento de longa Considerando que o benefício fiscal no âmbito do Programa
duração, que reúnam as demais condições legais, devem declarar de Arrendamento Acessível é igualmente aplicável às situa-
os referidos rendimentos no Q4.2 do anexo F. ções de sublocação, foi necessário criar este Quadro, para a
Assim, para além de no Q.4.2 dever ser indicado o número identificação dos imóveis e do respetivo número de contrato,
do contrato ao abrigo do qual são obtidos os rendimentos que o qual corresponde ao n.º de contrato atribuído quando da en-
beneficiam das reduções de taxa, deverão ser ainda indicadas, trega da declaração modelo 2 do Imposto do Selo, bem como
obrigatoriamente, no Quadro 4.2A, as informações comple- para indicar o respetivo campo do Q.5 que identifica as rendas
mentares relativamente a esses contratos, ou seja, as datas de recebidas do subarrendamento abrangido por este programa.
início e termo dos contratos e respetivas renovações, as quais
são indispensáveis para concretização do direito à respetiva 7.8 - Quadro 6F – Opção pelo englobamento
redução de taxa de tributação. Atendendo ao “rearranjo” do anexo F, em particular a
Com efeito, no processamento da liquidação da declaração junção num só Quadro (Q.4.1) de informação antes repartida
modelo 3, a AT, com base na informação indicada no Q4.2 e por 3 Quadros, bem como o novo regime dos rendimentos
Q4.2A, do anexo F, irá ter em conta a duração de cada con- prediais dos contratos de longa duração a constar do novo
trato para efeitos de determinação da redução da taxa de IRS Q.4.2, e a renumeração de alguns Quadros, como o relativo
a aplicar aos respetivos rendimentos. à Sublocação (Q.5), foi necessário ajustar o texto do Quadro
Alerta-se que relativamente aos rendimentos obtidos em relativo à opção pelo englobamento, o qual tem também uma
2019, a coluna “Comunicação” não deverá ser preenchida. nova numeração, passando a ser o Q.6F.

7.5 – Quadro 5 – Sublocação 7.9 – Quadro 7 – Rendimentos de UP’s em fundos de


investimento imobiliário e de participações sociais em so-
Quadro 6 – Informação complementar
ciedades de investimento imobiliário – regime aplicável a
Em virtude das alterações introduzidas no Quadro 4, que partir de 1 de julho de 2015 – opção englobamento
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 289
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Quadro 8 - Rendimentos de anos anteriores incluídos duração dos mesmos ou das suas renovações, por motivo
nos quadros 4.1, 4.2 e 5 imputável ao senhorio, se extingue o direito às reduções da
Quadro 9 - Dedução à coleta – adicional ao Imposto taxa ali previstas, com efeitos desde o início do contrato ou
Municipal sobre Imóveis [alínea l) do n.º 1 do art.º 78.º renovação, devendo os titulares dos rendimentos, no ano da
do CIRS] cessação do contrato, proceder à declaração desse facto para
Em virtude das alterações introduzidas no Quadro 4, que efeitos de regularização da diferença entre o montante do
integrou o quadro 5 do anterior anexo F, os anteriores quadros imposto que foi pago em cada ano e aquele que deveria ter
8, 9 e 10 foram renumerados, no atual anexo F, para Quadros sido pago, acrescido de juros compensatórios, suspendendo-
7, 8 e 9. -se, entretanto, o prazo de caducidade do direito à liquidação.
Por outro lado, o nº 4 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º
7.10 - Quadro 8B – Rendimentos de anos anteriores – 68/2019, de 22 de maio, diploma que aprovou o Programa de
Opção pelo regime do n.º 3 do artigo 74.º do CIRS Arrendamento Acessível, determina que a cessação do contrato de
Na sequência das alterações introduzidas ao n.º 3 do artigo arrendamento abrangido por aquele Programa pela ocorrência de
74.º do Código do IRS, passou a ser permitido que relativa- qualquer das situações previstas no n.º 1 do artigo 22.º imputável
mente aos rendimentos pagos ou colocados à disposição num ao prestador (entenda-se, locador ou sublocador), tem por efeito
ano mas imputáveis a anos anteriores e que respeitem até ao a cessação do enquadramento do contrato naquele Programa,
5.º ano anterior ao do pagamento ou da colocação à disposição, com a perda total dos benefícios fiscais concedidos desde a
os contribuintes optem por declarar esses rendimentos nas data da respetiva usufruição, com a consequente obrigação de
modelo 3 dos anos a que respeitam, mediante a entrega de proceder à declaração desse facto para efeitos de regularização
declarações de substituição desses mesmos anos, não sendo os da diferença entre o montante do imposto que foi pago em cada
mesmos tributados no ano em que foram pagos ou colocados ano e aquele que deveria ter sido pago.
à disposição. Para efeitos do cumprimento das normas antes referidas,
Para o efeito, devem os contribuintes declarar o total dos foi criado um Quadro para identificação:
rendimentos dos anos anteriores, na declaração do ano em que a) Dos contratos de longa duração, bem como dos contratos
os rendimentos foram pagos ou colocados à disposição, quer de arrendamento acessível:
nos Q.4.1, Q.4.2 e Q.5 quer no Quadro 8, o qual foi desdobrado (i) Contratos de arrendamento para habitação permanente
em dois Quadros, o “Q.8A – Rendimentos de anos anteriores que tenham cessado os seus efeitos e os respetivos
incluídos nos Quadros 4.1, 4.2 e 5” e o novo “Q.8B – Rendi- rendimentos que tenham usufruído de redução da
taxa especial, prevista nos n.ºs 2, 3, 4 e 5 do artigo
mentos de anos anteriores - Opção pelo Regime do n.º 3 do
72.º do Código do IRS;
art.º 74.º do CIRS”.
(ii) Contratos de arrendamento/subarrendamento cujo
Assim, caso o contribuinte pretenda exercer a sua opção
enquadramento no Programa de Arrendamento
pelo regime previsto no n.º 3 do artigo 74.º do Código do IRS, Acessível tenha cessado e os respetivos rendimentos
deve formalizar essa opção preenchendo o Q.8B da declaração que tenham usufruído da isenção, prevista do n.º 1
do ano em que os rendimentos foram pagos ou colocados à do artigo 20.º do DL n.º 68/2019, de 22 de maio.
disposição, devendo os rendimentos serem declarados por ano b) Do regime fiscal aplicável aos rendimentos de cada
a que respeitam (uma linha por cada ano), com o respetivo có- contrato, tendo sido criados novos códigos para o
digo de rendimento, com a identificação do NIF das entidades efeito, a saber:
pagadoras, o titular dos mesmos e as correspondentes retenções - “Código 01 - Artigo 72º, n.º 2, do Código de IRS”;
na fonte, contribuições e quotizações sindicais. - “Código 02 - Artigo 72º, n.º 3, do Código de IRS”;
O preenchimento em simultâneo dos Quadros 8A e 8B só - “Código 03 - Artigo 72º, n.º 4, do Código de IRS”;
pode verificar-se quando, no ano a que respeita a declaração, - “Código 04 - Artigo 72º, n.º 5, do Código de IRS”;
forem pagos ou colocados à disposição rendimentos respeitan- - “Código 05 - Arrendamento Acessível”;
tes até ao quinto ano imediatamente anterior (os quais podem - “Código 06 - Subarrendamento Acessível”.
ser declarados no Q.8B) e rendimentos respeitantes a anos c) Data da cessação de cada contrato;
anteriores a esse ou rendimentos litigiosos, neste último caso d) Dos motivos para a cessão de cada contrato, a saber:
independentemente do período/ano a que respeitem (os quais - “Código 01 - Cessação do contrato de arrendamento
só podem ser declarados no Q. 8A). antes de decorridos os prazos de duração dos mes-
mos ou das suas renovações por motivo imputável
7.11 - Quadro 10 – Contratos cessados que beneficiaram ao senhorio/locador (número 18 do artigo 72.º do
das reduções de taxa previstas no art.º 72 do CIRS ou ces- Código do IRS)”;
sação do enquadramento no programa de arrendamento - “Código 02 - Cessação do contrato de arrendamento
acessível (PAA) (n.º 4 do art.º 20º do DL nº 68/2019, de 22 antes de decorridos os prazos de duração dos mes-
de maio) - Anos de 2019 e seguintes mos ou das suas renovações por motivo imputável
Relativamente aos rendimentos prediais decorrentes con- ao inquilino/locatário”;
tratos de arrendamento de longa duração e abrangidos pelo - “Código 03 - Cessação do contrato de arrendamento
regime previsto nos n.ºs 2 a 5 do artigo 72.º do Código do IRS, no final dos prazos de duração dos mesmos ou das
o n.º 18 deste artigo determina que nos casos em que ocorre suas renovações”;
a cessação destes contratos antes de decorridos os prazos de (Continua na pág. seguinte)
290 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

construção, reconstrução ou realização de obras de conser-


RESOLUÇÕES vação dos mesmos.
Neste Quadro 4D devem ser indicados os campos relevantes
ADMINISTRATIVAS do Q.4, bem como:
- A data da atribuição do apoio não reembolsável,
- O valor do apoio não reembolsável,
- A finalidade deste apoio, identificada mediante a utilização
(Continuação da pág. anterior) dos seguintes códigos:
o “01 – Aquisição de imóvel”
- “Código 04 - Cessação do enquadramento no Programa
o “02 – Construção ou reconstrução de imóvel”
de Arrendamento Acessível por motivos imputáveis
o “03 – Realização de obras de conservação de imóvel”
ao prestador (senhorio/locador)”;
- O valor patrimonial tributário do imóvel à data:
- “Código 05 - Cessação do enquadramento no Programa
o Da aquisição do imóvel;
de Arrendamento Acessível por motivos imputáveis
o Da assinatura da declaração comprovativa da receção
ao candidato (inquilino/locatário)”.
da obra, ou,
8 - ANEXO G – MAIS-VALIAS E OUTROS INCRE- o De pagamento da última despesa.
MENTOS PATRIMONIAIS
8.4 - Quadro 5A – Reinvestimento do valor de realização
8.1 – Quadro 4 – Alienação onerosa de direitos reais de imóvel destinado a habitação própria e permanente -
sobre bens imóveis (art.º 10.º, n.º 1, al. a) do CIRS)
Aquisição da propriedade de outro imóvel, de terreno para
Foram melhoradas as instruções de preenchimento no que
construção de imóvel e/ou respetiva construção, ou ampliação
respeita à tributação das mais-valias obtidas por não residentes
ou melhoramento de outro imóvel e ou aquisição de um contrato
em território português, mas residentes noutro Estado membro
de seguro, adesão individual a um fundo de pensões aberto
da união Europeia ou do Espaço Económico Europeu, e da
ou contribuição para o regime público de capitalização (art.º
faculdade que os mesmos dispõem de optarem pela tributação
10.º, n.ºs 5, 6, 7 e 9 do CIRS)
às taxas gerais do artigo 68.º do Código do IRS, e, em conse-
Na sequência das alterações introduzidas aos n.ºs 7 a 9
quência, lhes ser aplicável o regime previsto no artigo 43.º do
do artigo 10.º do Código do IRS, pela Lei n.º 71/2018 de
Código do IRS que tributa em apenas 50% o saldo das mais
31 de dezembro, os ganhos provenientes da transmissão
e menos valias imobiliárias.
onerosa de imóveis destinados a habitação própria e perma-
8.2 - Quadro 4C – Alienação onerosa de direitos reais nente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar ficam
sobre bens imóveis (art.º 10.º, n.º 1, al. a) do CIRS) – Alie- também excluídos de tributação (para além das situações
nação onerosa de imóveis rústicos a EGF – Entidades de de reinvestimento do valor de realização previstas no n.º
gestão fl orestal e a UGF – Unidades de gestão fl orestal 5 do mesmo artigo), caso o valor de realização, deduzido
Aperfeiçoou-se este Quadro através da a criação da coluna da amortização de eventual empréstimo contraído para a
“NIF da EGF/UGF”, de modo a permitir que seja identificada aquisição do imóvel e, se aplicável, do reinvestimento pre-
a entidade gestora. visto na alínea a) do n.º 5, for utilizado para a aquisição de
8.3 - Quadro 4D – Alienação onerosa de imóveis des- um contrato de seguro ou de uma adesão individual a um
tinados à habitação própria e permanente que tenham fundo de pensões aberto, ou ainda para contribuição para
beneficiado de apoio não reembolsável concedido pelo o regime público de capitalização.
Estado ou outras entidades públicas Em face deste novo regime, procedeu-se ao ajustamento
A Lei 71/2018, de 31 de dezembro, aditou a alínea d) ao nº da designação do Quadro 5A e foram criados campos para
6 do artigo 10.º do Código do IRS, a qual veio determinar que identificar a intenção deste reinvestimento, a saber:
não beneficiam do regime de exclusão tributária os ganhos de - “Campos 5012/5036 – Valor de realização que pretende
mais-valias que resultem da alienação onerosa de imóveis desti- reinvestir na aquisição de um contrato de seguro ou de
nados a habitação própria e permanente que tenham beneficiado uma adesão individual a um fundo de pensões aberto, ou
de apoio não reembolsável concedido pelo Estado ou outras ainda para contribuição para o regime da capitalização”.
entidades públicas para a aquisição, construção, reconstrução Por outro lado, verificou-se a necessidade de desdobrar o
ou realização de obras de conservação de valor superior a 30 % subquadro referente ao “Reinvestimento” em função do objeto
do valor patrimonial tributário do imóvel para efeitos de IMI, do reinvestimento.
que sejam vendidos antes de decorridos 10 anos sobre a data Assim:
da sua aquisição, da assinatura da declaração comprovativa da a) manteve-se o atual Quadro do “Reinvestimento efetuado”
receção da obra ou do pagamento da última despesa relativa para o reinvestimento na aquisição da propriedade de
ao apoio público não reembolsável que, nos termos legais outro imóvel, de terreno para construção de imóvel e/ou
ou regulamentares, não estejam sujeitos a ónus ou regimes respetiva construção, ou ampliação ou melhoramento
especiais que limitem ou condicionem a respetiva alienação. de outro imóvel; e
Em consequência, foi criado este Quadro (Q. 4D) para b) criou-se um novo subquadro do “Reinvestimento
indicação dos imóveis alienados (declarados no Q.4), e que efetuado” para o reinvestimento na aquisição de um
tenham beneficiado de apoio não reembolsável concedido contrato de seguro, adesão individual a um fundo de
pelo Estado ou outras entidades públicas para a aquisição, pensões aberto ou contribuição para o regime público
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 291
ABRIL 2020 - Nº 8

de capitalização. Para este efeito, foram criados os 8.8 - Quadro 14A.2 – Rendimentos de anos anteriores
seguintes campos: incluídos no Quadro 4 – Rendimentos de anos anteriores
- “Campos 5013/5037 – Valor de realização reinvestido, – Opção pelo regime do n.º 3 do artigo 74.º do CIRS
no prazo de 6 meses, no ano da declaração após a Na sequência das alterações introduzidas ao n.º 3 do artigo
data de alienação”; 74.º do Código do IRS, passou a ser permitido que relativamente
- “Campos 5014/5038 – Valor de realização reinvestido, aos rendimentos pagos ou colocados à disposição num ano mas
no prazo de 6 meses, no ano seguinte após a data de imputáveis a anos anteriores e que respeitem até ao 5.º ano anterior
alienação”. ao do pagamento ou da colocação à disposição, os contribuintes
optem por declarar esses rendimentos nas modelo 3 dos anos a
8.5 - Quadro 5A1 - Reinvestimento do valor de realização
que respeitam, mediante a entrega de declarações de substituição
de imóvel destinado a habitação própria e permanente –
desses mesmos anos, não sendo os mesmos tributados no ano
Identificação matricial do imóvel objeto de reinvestimento
em que foram pagos ou colocados à disposição.
(no território nacional)
Para o efeito, devem os contribuintes declarar o total dos
Em consequência das alterações ao Quadro anterior, foi
rendimentos dos anos anteriores, na declaração do ano em que
criado este Quadro, autonomizando-se a identificação dos
os rendimentos foram pagos ou colocados à disposição, no
imóveis em que foi concretizado o reinvestimento, quando
Quadro 14.A, o qual está desdobrado em dois, o “Q.14.A.1 –
efetivado em território português.
Incrementos Patrimoniais de anos anteriores (n.º 1 do artigo 74.º
A Tabela com a enunciação dos Estados membros da União
do CIRS)” e o “Q.14.A.2 – Incrementos Patrimoniais de anos
Europeia ou do EEE constam agora das instruções do Rosto
anteriores - Opção pelo Regime do n.º 3 do art.º 74.º do CIRS”.
da Declaração modelo 3.
Assim, caso o contribuinte pretenda exercer a sua opção pelo
8.6 - Quadro 5A2 – Reinvestimento do valor de realiza- regime previsto no n.º 3 do artigo 74.º do Código do IRS, deve
ção de imóvel destinado a habitação própria e permanente formalizar essa opção preenchendo o Q.14.A.2 da declaração
– Informação relativa à aquisição de um contrato de seguro, do ano em que os rendimentos foram pagos ou colocados à
de uma adesão individual a um fundo e pensões aberto ou a disposição, devendo os rendimentos serem declarados por ano
contribuição para o regime público de capitalização a que respeitam (uma linha por cada ano), com o respetivo có-
Na sequência das alterações ao n.º 7 do artigo 10.º do digo de rendimento, com a identificação do NIF das entidades
Código do IRS, introduzidas pela Lei n.º 71/2018, de 31 de pagadoras, o titular dos mesmos e as correspondentes retenções
dezembro, tornou-se ainda necessário obter informação relativa na fonte, contribuições e quotizações sindicais.
aos produtos financeiros em que foi concretizado o reinvesti- O preenchimento em simultâneo dos Quadros 14.A.1 e
mento, tendo sido criado, para o efeito, o Quadro 5A2, bem 14.A.2 só pode verificar-se quando, no ano a que respeita a
como 3 códigos para identificar o tipo de contrato em que se declaração, forem pagos ou colocados à disposição rendimentos
concretizou o reinvestimento, a saber: respeitantes até ao quinto ano imediatamente anterior (os quais
- “Código 01 – Aquisição de um contrato de seguro”; podem ser declarados no Q.14.A.2) e rendimentos respeitantes
- “Código 02 – Adesão individual a um fundo de pensões a anos anteriores a esse ou rendimentos litigiosos, neste último
aberto”; caso independentemente do período/ano a que respeitem (os
- “Código 03 – Contribuição para o regime público de quais só podem ser declarados no Q. 14.A.1).
capitalização”.
Neste Quadro deve ser indicado o campo do Quadro 5A 9 – ANEXO H – BENEFÍCIOS FISCAIS E DEDUÇÕES
onde foi declarado o valor reinvestido (campos 5013/5037 e 9.1 - Quadro 6B – Benefícios fiscais e despesas relativas
5014/5038), bem como o(s) respetivo(s) titular(es) do direito a pessoas com deficiência
ao reinvestimento, que são os titulares do bem imóvel alienado Nos termos do artigo 294.º da Lei n.º 71/2018, de 31 de
e do correspondente rendimento, na respetiva parte. dezembro, os donativos atribuídos por pessoas singulares a
Para além da identificação do tipo de contrato celebrado favor da Estrutura de Missão para as Comemorações do V
com os códigos supraidentificados, deve ainda declarar-se a Centenário da Circum-Navegação comandada pelo navegador
data do contrato e respetivos valores, o NIF da entidade, ou português Fernão de Magalhães (2019-2022), beneficiam do
o Código de País e Número de Identificação Fiscal da UE ou regime previsto no artigo 62.º-B do Estatuto dos Benefícios
EEE, onde foram aplicados os valores para concretização do Fiscais. De modo a permitir a identificação destes donativos
reinvestimento. Deve também ser identificado o beneficiário foram criados 2 novos códigos:
do contrato de seguro ou da adesão individual a um fundo de - “Código 632 - Comemorações do V Centenário da Cir-
pensões aberto, ou ainda da contribuição para o regime público cum-Navegação – Donativos concedidos à Estrutura
de capitalização, devendo, para o efeito, utilizar-se os códigos de Missão das referidas comemorações (artigo 294.º da
definidos para o Q.4. Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro – OE para 2019)
8.7 - Quadro 9D – Alienação onerosa de partes sociais – Anos de 2019-2022”;
e outros valores mobiliários [art.º 10.º, n.º 1, al. b), do - “Código 633 - Comemorações do V Centenário da
CIRS] – Incentivos à recapitalização das empresas (art.º Circum-Navegação – contratos plurianuais – Dona-
43.º-B, do EBF) tivos concedidos à Estrutura de Missão das referidas
Aperfeiçoou-se o Quadro com a criação da coluna “% comemorações (artigo 294.º da Lei n.º 71/2018, de 31
de part.” para indicação da percentagem de participação na de dezembro – OE para 2019) – Anos de 2019-2022”.
sociedade. (Continua na pág. seguinte)
292 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

celebrados ao abrigo do Regime do Arrendamento


RESOLUÇÕES Urbano, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 321-B/90, de
15 de outubro, ou do Novo Regime do Arrendamento
ADMINISTRATIVAS Urbano, aprovado pela Lei n.º 6/2006, de 27 de fe-
vereiro – resultantes da transferência da residência
permanente para território do interior - alínea a) do
n.º 1 do artigo 78.º-E do Código do IRS e n.º 8 e
(Continuação da pág. anterior) alínea a) do n.º 9 do artigo 41.º-B do Estatuto dos
9.2 - Quadro 6C – Despesas de saúde, formação e Benefícios Fiscais”.
educação, encargos com imóveis e com lares Sempre que no Quadro 6C sejam inscritas despesas com
os códigos 660, 661, 662 e 663, deve ser, obrigatoriamente,
O aditamento introduzido ao n.º 7 do artigo 41.º-B do
preenchido o Quadro 7.
Estatuto dos Benefícios Fiscais, pela Lei n.º 71/2018, de
Alerta-se que os contribuintes que sejam titulares de
31 de dezembro, veio majorar para efeitos ficais os valores
despesas com os códigos 660 a 663, devem declarar as suas
suportados a título de despesas de educação e formação, a
despesas relativas a saúde, formação e educação, imóveis e
que se refere o n.º 1 do artigo 78.º-D do Código do IRS, e
lares no quadro 6C em alternativa aos valores conhecidos
elevar o limite global de dedução destas despesas, no caso
da AT, para poderem beneficiar das majorações relativas às
de estudantes que frequentem estabelecimentos de ensino
despesas associadas àqueles códigos.
situados em Território do Interior, conforme identificação
efetuada pela Portaria nº 208/2017, de 13 de julho, ou em 9.3 - Quadro 7 – Informação relativa a despesas
estabelecimentos de ensino situados nas Regiões Autónomas. e encargos com imóveis para habitação permanente,
Por outro lado, o aditamento introduzido ao n.º 8 do arrendamento de estudante deslocado e despesas de
mesmo artigo, veio alargar o limite de dedução de encargos formação e educação (Território do Interior ou Regiões
com rendas, no caso de os encargos previstos na alínea a) Autónomas)
do n.º 1 do artigo 78.º-E do Código do IRS, resultarem da Na sequência do aditamento introduzido aos n.ºs 7 e 8 do
transferência da residência permanente para um Território artigo 41.º-B do EBF pela Lei nº 71/2018, de 31 de dezembro,
do Interior, conforme identificação efetuada pela Portaria nº procedeu-se ao ajustamento da designação deste Quadro,
208/2017, de 13 de julho, durante três anos, sendo o primeiro tendo sido criada, também, uma coluna para indicar o código
o da celebração do contrato de arrendamento. do Território do Interior ou o código de Região Autónoma,
Em consequência, foram criados novos códigos para a qual deve ser preenchida de acordo com a codificação que
identificar as despesas de formação e educação relativas ao se encontra disponível no Portal das Finanças.
regime da interioridade e das Regiões Autónomas (códigos Na sequência da dedutibilidade das despesas relativas ao
660 a 662) e os encargos com imóveis relativos ao regime regime da interioridade e/ou das Regiões Autónomas, foram
da interioridade (código 663), a saber: neste quadro 7 criados quatro novos códigos para identificação
- “Código 660 - Despesas de formação e educação – re- da natureza dos encargos inscritos no quadro 6C:
feições escolares – estudante que frequenta estabe- - “Código 08 - Encargos com rendas de prédio destinado
lecimento de ensino em território do interior ou nas à habitação permanente – resultantes da transferência
Regiões Autónomas - artigo 78.º-D do Código do da residência permanente para território do interior -
IRS e n.º 7 e alínea a) do n.º 9 do artigo 41.º-B do alínea a) do n.º 1 do artigo 78.º-E do Código do IRS e
Estatuto dos Benefícios Fiscais”; n.º 8 e alínea a) do n.º 9 do artigo 41.º-B do Estatuto
- “Código 661 - Despesas de formação e educação – dos Benefícios Fiscais (código 663, do quadro 6C)”;
arrendamento de imóvel ou parte de imóvel por - “Código 09 - Despesas de formação e educação – re-
estudante deslocado, que frequenta estabelecimento feições escolares – estudante que frequenta estabe-
de ensino em território do interior ou nas Regiões lecimento de ensino em território do interior ou nas
Autónomas – alínea d) do n.º 1 do artigo 78.º-D do Regiões Autónomas - artigo 78.º-D do Código do IRS
Código do IRS e n.º 7 e alínea a) do n.º 9 do artigo e n.º 7 e alínea a) do n.º 9 do artigo 41.º-B do Estatuto
41.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais”; dos Benefícios Fiscais (código 660, do quadro 6C)”;
- “Código 662 - Outras despesas de formação e educação - “Código 10 - Despesas de formação e educação – arren-
isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida - estudante damento de imóvel ou parte de imóvel por estudante
que frequenta estabelecimento de ensino em território deslocado, que frequenta estabelecimento de ensino
do interior ou nas Regiões Autónomas - artigo 78.º-D em território do interior ou nas Regiões Autónomas –
do Código do IRS e n.º 7 e alínea a) do n.º 9 do artigo alínea d) do n.º 1 do artigo 78.º-D do Código do IRS e
41.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais”; n.º 7 e alínea a) do n.º 9 do artigo 41.º-B do Estatuto
- “Código 663 - Importâncias, líquidas de subsídios ou dos Benefícios Fiscais (código 661, do quadro 6C)”;
comparticipações oficiais, suportadas a título de rendas - “Código 11 - Despesas de formação e educação - es-
pagas pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua tudante que frequenta estabelecimento de ensino em
fração autónoma para fins de habitação permanen- território do interior ou nas Regiões Autónomas - artigo
te, quando referentes a contratos de arrendamento 78.º-D do Código do IRS e n.º 7 e alínea a) do n.º 9
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 293
ABRIL 2020 - Nº 8

do artigo 41.º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais até ao 5.º ano anterior ao do pagamento ou da colocação à
(código 662, do quadro 6C)”. disposição, os contribuintes optem por declarar esses rendi-
Também decorrente da necessidade de indicação do país mentos nas declsrações modelo 3 dos anos a que respeitam,
da UE ou do EEE onde se situa o imóvel destinado à habi- mediante a entrega de declarações de substituição desses
tação permanente, aperfeiçoou-se este Quadro criando-se mesmos anos, não sendo os mesmos tributados no ano em
uma coluna para indicar o “código do país” e eliminando o que foram pagos ou colocados à disposição.
anterior campo na parte final do quadro 7. Para o efeito, devem os contribuintes declarar o total
10 – ANEXO I – RENDIMENTOS DE HERANÇA dos rendimentos dos anos anteriores na declaração do ano
INDIVISA em que os rendimentos foram pagos ou colocados à dispo-
sição, quer nos Quadros 4A, 5A, 6A, 7A, 8A ou 9.1B quer
10.1 – Regime simplificado – anexo B no Quadro 10, o qual foi desdobrado em dois subquadros,
Corrigiu-se no impresso a gralha ortográfica na desig- o “Q.10.A – Rendimentos de anos anteriores incluídos nos
nação do campo 513. Quadros 4, 5, 6, 7, 8 ou 9.1B” e o novo “Q.10.B – Rendi-
mentos de anos anteriores – Opção pelo Regime do n.º 3 do
11 – ANEXO J – RENDIMENTOS OBTIDOS NO art.º 74.º do CIRS”.
ESTRANGEIRO Assim, caso o contribuinte pretenda exercer a sua opção
11.1 Quadro 4D – Regime aplicável a ex-residentes pelo regime previsto no n.º 3 do artigo 74.º do Código do
(art.º 12.º-A do CIRS) IRS, deve formalizar essa opção preenchendo o Q.10.B da
Na sequência do aditamento do artigo 12.º-A ao Código declaração do ano em que os rendimentos foram pagos ou
do IRS, pela Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, aplicá- colocados à disposição, devendo os rendimentos ser decla-
vel aos rendimentos de trabalho dependente auferidos por rados por ano a que respeitam (uma linha por cada ano),
ex-residentes no primeiro ano em que o sujeito passivo indicando o campo de rendimento e respetivo Quadro deste
reúna os requisitos previstos no seu nº 1 e nos quatro anos anexo, com a identificação do NIF das entidades pagadoras,
seguintes, há a necessidade de identificar o ano em que o as correspondentes retenções na fonte e contribuições para
titular dos rendimentos se tornou residente em Portugal regimes de proteção social e imposto pago no estrangeiro.
(2019 ou 2020), tendo, para o efeito, sido criado o quadro O preenchimento em simultâneo dos Quadros 10.A e 10.B
4D “Regime fiscal aplicável a ex-residentes (artigo 12.º- A só pode verificar-se quando, no ano a que respeita a decla-
do CIRS)”, e elaboradas em conformidade as instruções de ração, forem pagos ou colocados à disposição rendimentos
preenchimento. respeitantes até ao quinto ano imediatamente anterior (os
quais podem ser declarados no Q.10.B) e rendimentos res-
11.2 Quadro 6B – Informações complementares para peitantes a anos anteriores a esse ou rendimentos litigiosos,
a categoria B neste último caso independentemente do período/ano a que
Com o desdobramento do código “B08 - Rendimentos respeitem (os quais só podem ser declarados no Q.10.A).
de artistas e desportistas”, ocorrida no ano passado, nos
códigos B10 e B11, procedeu-se ao correspondente ajusta- 12 – ANEXO L – RESIDENTES NÃO HABITUAIS
mento no código B03 no que se refere ao “tipo/natureza do
12.1 Quadro 5 – Rendimentos obtidos no estrangeiro
rendimento” e ao “descritivo”, eliminando-se a referência
(anexo J)
ao código B08, o qual apenas é aplicável para os anos de
2017 e anteriores, sendo essa referência substituída pelos Neste Quadro, procedeu-se ao ajustamento da primeira
atuais códigos B10 e B11 a serem utilizados nos anos de coluna para possibilitar a inserção da identificação completa,
rendimentos de 2018 e seguintes. quer do campo, quer do Quadro do anexo J, a que se reporta
a respetiva informação deste Quadro 5 do anexo L, devendo,
11.3 Quadro 8A – Rendimentos de capitais (categoria assim, indicar-se o(s) quadro(s) 4A e/ou 6A e o respetivo
E) campo do anexo J, no qual foi declarado o rendimento ob-
Em virtude da renumeração de grande parte dos números tido no estrangeiro correspondente à atividade de elevado
do artigo 72.º do Código do IRS, introduzida pela Lei nº valor acrescentado.
3/2019, de 9 de janeiro, em consequência do novo regime
aplicável aos rendimentos prediais decorrentes de contratos (Ofício Circulado nº 20220/2020, de 26.3.2020, Gabinete da
de longa duração, procedeu-se ao ajustamento dos descritivos Subdiretora-Geral do IR e das Relações Internacionais, da AT)
dos códigos E21, E22 e E99.
11.4 - Quadro 10B – Rendimentos de anos anteriores N.R. 1 - Chamamos a atenção dos interessados para informações
incluídos nos Quadros 4, 5, 6, 7, 8 ou 9.1B – Rendimen- que temos vindo a publicar nos últimos números do Boletim do Con-
tribuinte, nomeadamente quanto à entrega das declarações modelo 3,
tos de anos anteriores – Opção pelo regime do n.º 3 do
bem como quanto a deduções e outros benefícios ou isenções aplicá-
artigo 74.º do CIRS veis aos rendimentos auferidos em 2019 (Boletim do Contribuinte,
Na sequência das alterações introduzidas ao n.º 3 do artigo 2020, págs. 161 a 163 e 236 a 243).
74.º do Código do IRS, passou a ser permitido que, relati- 2 - Com o próximo número do Boletim do Contribuinte serão
vamente aos rendimentos pagos ou colocados à disposição publicados mais esclarecimentos práticos relativamente à declaração
num ano mas imputáveis a anos anteriores e que respeitem modelo 3 do IRS.
294 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8
natural e biocombustíveis é totalmente dedutível:”
RESOLUÇÕES Esta alteração vem permitir a dedução do imposto su-
portado na aquisição de gasolina para consumo nos veículos
ADMINISTRATIVAS ou máquinas referidos nas subalíneas da alínea b) citada, em
concreto nos seguintes:
i) Veículos pesados de passageiros;
ii) Veículos licenciados para transportes públicos, exce-
IVA tuando-se os rent-a-car;
iii) (…) máquinas que possuam matrícula atribuída pelas
Orçamento do Estado para 2020 autoridades competentes, desde que, em qualquer dos
casos, não sejam veículos matriculados2;
Alterações ao Código do IVA iv) Tratores com emprego exclusivo ou predominante na
e legislação complementar realização de operações culturais inerentes à atividade
agrícola;
Foi publicada no Diário da República, I.ª Série, n.º 64, v) Veículos de transporte de mercadorias com peso superior
de 31 de março, a Lei n.º 2/2020 que aprova o Orçamento do a 3500 kg.
Estado para 2020 (OE2020), introduzindo alterações ao Código Continua, portanto, a não ser dedutível o imposto suportado
do IVA, à lista I que lhe é anexa e à legislação complementar. na aquisição de gasolina para consumo de outros veículos ou
Tendo em vista a clarificação das alterações mais signi- máquinas, designadamente as viaturas de turismo3 que não
ficativas, procede-se à divulgação das presentes instruções. sejam licenciadas para transportes públicos.
PARTE I – CÓDIGO DO IVA E LISTA I ANEXA 2.2 É aditada a alínea h) ao n.º 2 do artigo 21.º, com a
A - Alterações ao Código do IVA seguinte redação:
“h) Despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas
1. Artigo 9.º elétricas ou híbridas plug-in.”
1.1 A alínea 1) do artigo 9.º passa a ter a seguinte redação: Passa a ser dedutível o imposto suportado na aquisição de
“1) As prestações de serviços efetuadas no exercício das eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-
profissões de médico, odontologista, psicólogo, parteiro, en- -in, ainda que as mesmas sejam classificadas como viaturas
fermeiro e outras profissões paramédicas;” de turismo4, quando utilizadas no exercício de uma atividade
Com a alteração aqui preconizada, a alínea 1) do artigo tributada.
9.º passa a abranger as prestações de serviços efetuadas no
exercício da profissão de psicólogo vertendo, assim, na letra 3. Artigo 53.º
da lei o entendimento que vem sendo propugnado pela Auto- O n.º 1 do artigo 53.º passa a ter a seguinte redação:
ridade Tributária e Aduaneira desde o início da vigência do “1 – Beneficiam da isenção do imposto os sujeitos passivos
Código do IVA1. que, não possuindo nem sendo obrigados a possuir contabili-
São, assim, isentas do imposto as prestações de serviços dade organizada para efeitos do IRS ou IRC, nem praticando
efetuadas por psicólogos no âmbito da psicologia clínica, sendo operações de importação, exportação ou atividades conexas,
excluídos os atos ligados ao ensino, seleção e recrutamento nem exercendo atividade que consista na transmissão dos
de pessoal, testes psicotécnicos ou funções relacionadas com bens ou prestação dos serviços mencionados no anexo E do
a organização do trabalho. presente Código, não tenham atingido, no ano civil anterior,
1.2 É aditada a alínea 38) ao artigo 9.º, com a seguinte um volume de negócios superior a 12 500 €.”
redação: Não obstante, o n.º 2 do artigo 337.º da Lei do OE2020
“38) As prestações de serviços efetuadas por intérprete de determina que, em 2020, o montante previsto no n.º 1 do artigo
língua gestual portuguesa.”, passando a abranger as prestações 53.º é de € 11.000.
de serviços de interpretação da língua gestual portuguesa. Considerando que, por força do disposto na alínea a) do
n.º 2 do artigo 58.ºdo Código do IVA, a alteração de enqua-
2. Artigo 21.º dramento dos sujeitos passivos que em 2019 ultrapassaram o
2.1 A alínea b) do n.º 1 do artigo 21.º passa a ter a seguinte limiar previsto no artigo 53.º ocorreu durante o mês de janeiro
redação: de 2020 e que a Lei do OE2020 só veio a entrar em vigor no
“b) Despesas respeitantes a combustíveis normalmente dia 1 de abril, não prevendo um dispositivo que afaste ou
utilizáveis em viaturas automóveis, com exceção das substitua os efeitos daquele prazo neste ano, a norma prevista
aquisições de gasóleo, de gases de petróleo liquefeitos no n.º 2 do artigo 337.º da Lei do OE2020 não tem aplicação
(GPL), gás natural e biocombustíveis, cujo imposto é
dedutível na proporção de 50%, a menos que se trate
dos bens a seguir indicados, caso em que o imposto 2. Ver, na parte aplicável, o Ofício-Circulado n.º 30142/2013, de 21
de fevereiro, da Direção de Serviços do IVA.
relativo aos consumos de gasóleo, gasolina, GPL, gás
3. De acordo com a definição prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo
21.º do Código do IVA.
1. Cf. Ofício-Circulado n.º 904/85, de 29 de maio, da então Direção 4. De acordo com a definição prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo
de Serviços de Conceção e Administração do IVA. 21.º do Código do IVA.
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 295
ABRIL 2020 - Nº 8

prática a esses sujeitos passivos. e Aduaneira no prazo máximo de quatro meses, findo o qual
Com efeito, os sujeitos passivos que em 2019 obtiveram se considera indeferido.”
um volume de negócios superior a € 10.000 procederam, ou É, assim, reduzido de oito para quatro meses o prazo con-
deveriam ter procedido, à necessária alteração do enquadra- cedido à Autoridade Tributária e Aduaneira para apreciar os
mento para o regime normal em janeiro, face às disposições pedidos de autorização prévia apresentados nos termos do n.º 1
legais em vigor à altura, encontrando-se a liquidar IVA nas do artigo 78.º-B, relativos a créditos considerados de cobrança
operações ativas que lhes confere o direito à dedução do im- duvidosa a que se refere a alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A.
posto suportado nas operações passivas, que realizam desde Findo este prazo sem que tenham sido apreciados, os
1 de fevereiro. pedidos de autorização prévia consideram-se:
Assim, são válidos os enquadramentos no regime normal – Indeferidos – se de montante igual ou superior a € 150.000,
do imposto decorrentes da obrigação de apresentação de uma IVA incluído, por fatura;
declaração de alterações durante o mês de janeiro de 2020 pelos – Deferidos – se de montante inferior a € 150.000, IVA
sujeitos passivos que em 2019 se encontravam enquadrados no incluído, por fatura5.
regime especial de isenção previsto no artigo 53.º e obtiveram
6. Artigo 78.º-D, n.ºs 1, 2 e 3
um volume de negócios superior a € 10.000.
Os n.ºs 1, 2 e 3 do artigo 78.º-D passam a ter a seguinte
Afigura-se, também, que aos sujeitos passivos que tenham
redação:
iniciado a sua atividade entre 1 de janeiro e 31 de março de 2020
“1 – A identificação da fatura relativa a cada crédito de
e que, nos termos do n.º 3 do artigo 53.º, tenham estimado um
cobrança duvidosa, a identificação do adquirente, o valor da
volume de negócios superior a € 10.000, ficando enquadrados
fatura e o imposto liquidado, a realização de diligências de
no regime normal de tributação, não é possível a aplicação da
cobrança por parte do credor e o insucesso, total ou parcial, de
norma prevista no n.º 2 do artigo 337.º da Lei do OE2020, uma
tais diligências, bem como outros elementos que evidenciem
vez que, à data da sua entrada em vigor, realizam já operações
a realização das operações em causa, devem encontrar-se do-
ativas tributadas, conferindo o direito à dedução do imposto
cumentalmente comprovados e ser certificados nos seguintes
suportado nas suas operações passivas.
termos:
Deve, assim, concluir-se que o montante de € 11.000 previsto
a) Por revisor oficial de contas ou contabilista certificado
no n.º 2 do artigo 337.º da Lei do OE2020 se aplica apenas
independente, nas situações em que a regularização de
aos sujeitos passivos que iniciem a sua atividade a partir de
imposto não exceda 10 000 € por declaração periódica;
1 de abril de 2020, observando o disposto no n.º 3 do artigo
b) Exclusivamente por revisor oficial de contas, nas res-
53.º do Código do IVA.
tantes situações.
O limiar de € 12.500 será aplicável no ano 2021, com
2 – A certificação por revisor oficial de contas ou por con-
referência ao volume de negócios atingido em 2020.
tabilista certificado independente prevista no número anterior
4. Artigo 78.º-A é efetuada para cada um dos documentos e períodos a que
A alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A passa ter a seguinte se refere a regularização e até à entrega do correspondente
redação: pedido, sob pena de o pedido de autorização prévia não se
“a) O crédito esteja em mora há mais de 12 meses desde considerar apresentado, devendo a certificação ser feita, no
a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de caso da regularização dos créditos não depender de pedido de
imparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seu autorização prévia, até ao termo do prazo estabelecido para
recebimento;” a entrega da declaração periódica ou até à data de entrega da
É, assim, reduzido para 12 meses o período findo o qual, mesma, quando esta ocorra fora do prazo.
de acordo com o disposto na norma, os créditos podem ser 3 – O revisor oficial de contas ou o contabilista certificado
considerados de cobrança duvidosa. independente devem, ainda, certificar que se encontram verifi-
Os créditos que, à data da entrada em vigor da Lei do cados os requisitos legais para a dedução do imposto respeitante
OE2020, se encontravam em mora há menos de 24 meses, a créditos considerados incobráveis, atento o disposto no n.º
mas há mais de 12 meses contados desde o momento em que 4 do artigo 78.º-A.”
se verificou o respetivo vencimento, passam, naquela data (1 A comprovação e certificação dos elementos e diligências
de abril), a ser considerados créditos de cobrança duvidosa, respeitantes a cada crédito de cobrança duvidosa e, bem assim,
verificados que sejam os restantes requisitos para o efeito. a certificação de que se encontram verificados os requisitos
Atendendo a que o n.º 1 do artigo 78.º-B estabelece o prazo legais para a dedução do imposto respeitante a créditos consi-
de seis meses, contados a partir da data em que os créditos derados incobráveis abrangidos pelo n.º 4 do artigo 78.º-A, até
sejam considerados de cobrança duvidosa, para apresentação de aqui asseguradas em exclusivo por revisor oficial de contas,
pedido de autorização prévia com vista à dedução do imposto passam a poder ser também efetuadas por contabilista certifi-
a eles associado, deve considerar-se que, no caso previsto no cado independente, desde que, relativamente aos créditos de
parágrafo anterior, este prazo se inicia na data da entrada em cobrança duvidosa, a correspondente regularização do imposto
vigor da Lei do OE2020, ou seja, no dia 1 de abril. não exceda € 10.000 por declaração periódica.
5. Artigo 78.º-B
O n.º 2 do artigo 78.º-B passa a ter a seguinte redação:
“2 – Sem prejuízo do disposto no n.º 4, o pedido de auto- 5. Neste caso, a Autoridade Tributária e Aduaneira tem a faculdade
rização prévia deve ser apreciado pela Autoridade Tributária de controlar a legalidade da pretensão do sujeito passivo.
(Continua na pag. seguinte)
296 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8
O âmbito de aplicação da verba é alargado às entradas em
RESOLUÇÕES exposições, jardins zoológicos, botânicos e aquários públicos,
que não beneficiem da isenção prevista na alínea 13) do artigo
ADMINISTRATIVAS 9.º do Código do IVA.
A verba deixa de ter no seu âmbito de aplicação os espetá-
culos de tauromaquia, os quais passam a estar sujeitos à taxa
normal do imposto.
(Continuação da pág. anterior) C – Aditamento à lista I anexa ao Código do IVA
B - Alteração à lista I anexa ao Código do IVA São aditadas à lista I anexa ao Código as verbas 2.34 e
As verbas 2.10, 2.28 e 2.32 da lista I anexa ao Código do 2.35, com as seguintes redações:
IVA passam a ter a seguinte redação: “2.34 – As prestações de serviços que consistam em
“2.10 – Utensílios e outros equipamentos exclusiva ou proporcionar a visita, guiada ou não, a edifícios classifica-
principalmente destinados a operações de socorro e salvamento dos de interesse nacional, público ou municipal e a museus
adquiridos por associações humanitárias e corpos de bombei- que cumpram os requisitos previstos no artigo 3.º da Lei n.º
ros, bem como pelo Instituto de Socorros a Náufragos, pelo 47/2004, de 19 de agosto, com exclusão dos fins lucrativos,
SANAS – Corpo Voluntário de Salvadores Náuticos e pelo e que não beneficiem da isenção prevista no n.º 13 do artigo
Instituto Nacional de Emergência Médica, IP.” 9.º do Código do IVA.
A alteração a esta verba reside na substituição da expres- Esta verba vem estabelecer a aplicação da taxa reduzida do
são “corporações de bombeiros” pelo conceito de “corpo de imposto a visitas a edifícios classificados de interesse público,
bombeiros” previsto no Decreto-Lei n.º 241/2007, de 21 de nacional ou municipal, bem como a museus que cumpram os
junho6, visando esclarecer que a taxa reduzida do imposto é requisitos previstos no artigo 3.º da Lei n.º 47/2004, de 19 de
aplicável às aquisições efetuadas por corpos de bombeiros, agosto, que não beneficiem da isenção prevista na alínea 13)
independentemente de os mesmos serem detidos por entidade do artigo 9.º do Código do IVA e, ainda, a instituições similares
pública ou privada, designadamente por um município ou por com fins lucrativos, desde que reúnam os demais requisitos
uma associação humanitária de bombeiros. previstos no artigo 3.º da citada lei.
“2.28 – As prestações de serviços de assistência domiciliária “2.35 – Águas residuais tratadas.”
a crianças, idosos, toxicodependentes, doentes ou deficientes, Passa a aplicar-se a taxa reduzida do imposto às águas
bem como as prestações de serviços de teleassistência a idosos residuais tratadas.
e a doentes crónicos, prestados ao utente final ou a entidades PARTE II – LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
públicas ou privadas.” Decreto-Lei n.º 84/2017 – regula o benefício a conceder a
A taxa reduzida passa a ser aplicada às prestações de certas entidades de interesse público através da restituição total
serviços de teleassistência a idosos e a doentes crónicos, inde- ou parcial do montante equivalente ao imposto sobre o valor
pendentemente da entidade a quem as mesmas são faturadas. acrescentado (IVA) suportado em determinadas aquisições de
“2.32 – Entradas em espetáculos de canto, dança, música, bens e serviços.
teatro, cinema, circo, entradas em exposições, entradas em São alterados os artigos 1.º, 2.º, 3.º e 6.º do Decreto-Lei, no
jardins zoológicos, botânicos e aquários públicos, desde que sentido de incluir no seu âmbito as entidades sem fins lucrativos
não beneficiem da isenção prevista no n.º 13 do artigo 9.º do do sistema nacional de ciência e tecnologia e o Instituto da
Código do IVA, excetuando-se as entradas em espetáculos de Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. .
caráter pornográfico ou obsceno, como tal considerados na (Ofício Circulado nº 30219/2020, de 2.4.2020, da Área de Gestão
legislação sobre a matéria.” Tributária - IVA, da AT)
N.R. 1 - A Lei nº 2/2020, de 31 de março, é publicada em Suple-
mento ao presente número do Boletim do Contribuinte.
6. Define o regime jurídico aplicável aos bombeiros portugueses 2 - Sobre as diversas alterações fiscais provocadas pela Lei do OE
no território nacional, sem prejuízo das competências dos órgãos de para 2020, os interessados podem consultar a informação publicada
governo próprio das regiões autónomas. no último número, pág. 244 e seguintes.

A caducidade do direito de liquidação do imposto


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Boletim do Contribuinte 297
ABRIL 2020 - Nº 8

ARTIGO 1.º
Objeto
LEGISLAÇÃO A presente portaria adota medidas excecionais, decorrentes
da epidemia COVID-19, relativas às formalidades aplicáveis
à produção, armazenagem e comercialização, com isenção do
imposto, de álcool destinado aos fins previstos no n.º 3 do artigo
67.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC).
Impostos Especiais de Consumo
ARTIGO 2.º
Epidemia COVID-19 Procedimento excecional de produção, armazenagem e
comercialização de álcool
Isenção do imposto de álcool
1 - A título excecional, as operações de produção e arma-
Medidas excecionais relativas às formalidades zenagem de álcool, em regime de suspensão do imposto, bem
aplicáveis à produção, armazenagem como as operações de desnaturação, podem ter lugar fora de
um entreposto fiscal, desde que autorizado previamente pela
e comercialização de álcool em regime estância aduaneira competente.
de suspensão do imposto 2 - Para efeitos do número anterior, as operações nele refe-
(nº 3 do artigo 67º do Código dos Impostos ridas devem ser precedidas da apresentação de uma declaração
Especiais de Consumo) junto da estância aduaneira competente, com indicação do
local onde se irá realizar a operação, a espécie e o volume de
Portaria n.º 89/2020 álcool a produzir ou desnaturar e, quando aplicável, a espécie
de 7 de abril e quantidade de desnaturante a utilizar.
3 - A título excecional, os depositários autorizados ou
(in DR nº 69/2020, I Série, de 07.04.2020) destinatários registados autorizados a produzir, transformar,
deter, receber ou expedir, consoante o caso, outros produtos
Na sequência da emergência de saúde pública ocasionada pela sujeitos a impostos especiais de consumo diversos do álcool,
epidemia da doença COVID-19, foi decretado, no dia 18 de março podem efetuar as referidas operações com álcool, desde que
de 2020, o estado de emergência em Portugal, através do Decreto do previamente autorizado pela estância aduaneira competente.
Presidente da República n.º 14-A/2020, de 18 de março, cuja execução 4 - O disposto no número anterior é aplicável, com as
foi regulamentada pelo Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março de 2020. devidas adaptações, aos operadores económicos com estatuto
A declaração do estado de emergência foi, no passado dia 2 de de utilizadores isentos.
abril de 2020, renovada pelo Decreto do Presidente da República n.º 5 - Excecionalmente, podem ainda ser ajustadas, em função
17-A/2020, de 2 de abril, cuja execução foi regulamentada pelo Decreto das necessidades, as regras relativas à embalagem, rotulagem
n.º 2-B/2020, de 2 de abril. e comercialização de álcool, desde que garantida a rotulagem
A situação excecional exige a aplicação de medidas extraordinárias
adequada, em função dos riscos do produto, designadamente
e urgentes com vista a prevenir a transmissão do vírus e proteger a saúde
físico-químicos, toxicológicos e ambientais.
pública. Neste contexto, torna-se imperioso assegurar a produção e forneci-
6 - Para efeitos do presente artigo, as estâncias aduaneiras
mento de álcool, designadamente para fins industriais ou fins terapêuticos
e sanitários, bem como a disponibilização no mercado, nesta fase crítica,
devem proceder ao registo das respetivas autorizações e comu-
de produtos essenciais, como o álcool gel e outros antisséticos. nicar de imediato as mesmas ao interessado, por via expedita.
O Código dos Impostos Especiais de Consumo, aprovado pelo De-
creto-Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, prevê a isenção do imposto para ARTIGO 3.º
o álcool utilizado em determinados fins, designadamente industriais, Procedimento excecional de desnaturação
destinado a consumo próprio dos hospitais e demais estabelecimentos 1 - O álcool destinado aos fins previstos no n.º 3 do artigo
de saúde, ou destinado a fins terapêuticos e sanitários. 67.º do CIEC pode a título excecional ser objeto de desnatura-
Para efeitos de isenção do imposto, o álcool utilizado em fins ção através de procedimento diverso do previsto nos termos da
industriais deve ser objeto de desnaturação, através dos desnaturantes legislação nacional aplicável, desde que previamente autorizado
previstos na Portaria n.º 1/93, de 2 de janeiro, ou, em se tratando de pela estância aduaneira competente.
fins terapêuticos e sanitários, dos desnaturantes previstos na Portaria 2 - Em derrogação do disposto no número anterior, o álcool
n.º 968/98, de 16 de novembro.
pode excecionalmente não ser desnaturado, em caso de rotura
Em face da situação de exceção, e tendo em vista salvaguardar a
de mercado, ou quando esta se revele iminente, desde que des-
saúde pública, importa agilizar os procedimentos e regras em vigor,
tinado a um dos fins previstos no n.º 3 do artigo 67.º do CIEC,
assegurando que o benefício da isenção do imposto se aplica à produção
e comercialização do álcool sempre que utilizado nos termos do n.º
mediante prévia autorização da estância aduaneira competente.
3 do artigo 67.º do Código, sem prejuízo do controlo e prevenção da 3 - Para efeitos do presente artigo, a autorização a emitir pelas
fraude fiscal e aduaneira. estâncias aduaneiras fica dependente de parecer favorável da
É conferido carácter temporário às medidas constantes da presente Direção-Geral da Saúde ou da Direção-Geral da Alimentação e
portaria. Veterinária, em função do tipo de produto e dos fins a que se destina.
Assim: ARTIGO 4.º
Manda o Governo, pelos Secretários de Estado Adjunto e da Eco- Utilização de álcoois
nomia, dos Assuntos Fiscais e da Saúde, ao abrigo do n.º 3 do artigo
67.º e dos nºs 1, 4 e 5 do artigo 68.º do Código dos Impostos Especiais A utilização de álcoois, com exceção de álcool etílico, em
de Consumo, o seguinte: fins terapêuticos ou sanitários, nomeadamente para produção
(Continua na pág. seguinte)
298 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

ARTIGO 5.º
Vigência
LEGISLAÇÃO
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da
sua publicação e vigora até terminar o estado de emergência.

(Continuação da pág. anterior) ARTIGO 6.º


de produtos biocidas desinfetantes, está sujeita ao prévio Produção de efeitos
parecer da Direção-Geral da Saúde ou da Direção-Geral da
Alimentação e Veterinária, em função do tipo de produto e A presente portaria produz efeitos desde 20 de março de
dos fins a que se destina. 2020.

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que se encontrava dispersa.

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Boletim do Contribuinte 299
ABRIL 2020 - Nº 8
cais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de
novembro, o seguinte:
LEGISLAÇÃO ARTIGO 1.º
Objeto

São aprovadas as instruções de preenchimento da decla-


ração modelo 30, aprovada pela Portaria n.º 372/2013, de 27
de dezembro, que se publicam em anexo à presente portaria,
IRS e IRC dela fazendo parte integrante.
Rendimentos pagos a não residentes
ARTIGO 2.º
Novas instruções de preenchimento Produção de efeitos
Declaração modelo 30
A presente portaria produz efeitos a partir de 1 de maio
Portaria n.º 78/2020 de 2020, devendo as instruções agora aprovadas ser utilizadas
de 20 de março no preenchimento da declaração modelo 30 a entregar nesse
mês e seguintes.
(in DR nº 57/2020, I Série, de 20.03.2020)

ARTIGO 3.º
A declaração modelo 30 destina-se a dar cumprimento à obriga- Entrada em vigor
ção declarativa a que se refere a alínea a) do n.º 7 do artigo 119.º do
Código do IRS e o artigo 128.º do Código do IRC. A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da
Para que se possa dar cabal cumprimento aos compromissos sua publicação.
internacionais assumidos por Portugal em matéria de cooperação
administrativa no domínio da fiscalidade, mostra-se necessário in-
troduzir alterações nas instruções de preenchimento da declaração ARTIGO 4.º
modelo 30, aprovadas pela Portaria n.º 332-A/2015*, de 5 de outubro, Norma revogatória
designadamente no que se refere à Tabela I referente aos códigos dos
regimes de tributação, introduzindo-se, deste modo, um novo código São revogadas as instruções de preenchimento da decla-
respeitante a rendimentos de fundos de poupança-reforma, planos de ração modelo 30 aprovadas pela Portaria n.º 332-A/2015, de
poupança reforma ou pagamentos efetuados no âmbito do regime 5 de outubro.
público de capitalização.
Assim: N.R. * A Portaria nº 332-A/2015, de 5.10, agora revogado, foi
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fis- transcrito no Bol. do Contribuinte, 2015, pág. 776.

MODELO 30
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

OBSERVAÇÕES PRÉVIAS Quadro 4


Indicar o código do Serviço de Finanças da sede ou domicílio fiscal da
A declaração modelo 30 destina-se a dar cumprimento à obrigação
entidade declarante.
acessória prevista no n.º 7 do artigo 119.º do Código do IRS e no artigo
128.º do Código do IRC e deve ser entregue pelas entidades devedoras Quadro 5
ou pagadoras de rendimentos a sujeitos passivos não residentes em Assinalar se se trata da primeira declaração ou de declaração de substi-
território português, até ao final do segundo mês seguinte àquele em tuição, sendo que esta substitui toda a informação da primeira.
que ocorrer o ato do pagamento, do vencimento, ainda que presumido,
Quadro 6
da colocação à disposição, da liquidação ou do apuramento do respetivo
Nos campos 06 a 14, 16, 40 e 41 deste quadro deve ser inscrito o valor
quantitativo, consoante os casos.
total do imposto retido durante o mês, por natureza dos rendimentos,
Os originais dos formulários e outros documentos de prova que jus-
tendo por referência a tabela II e observando-se ainda o seguinte:
tifiquem a não aplicação de qualquer taxa de imposto, a utilização de
- O valor a inscrever no campo 09 é o resultante do somatório
taxas reduzidas ou outras situações, deverão ser conservados na posse
das retenções na fonte efetuadas sobre os rendimentos dos tipos
da entidade declarante pelo prazo de dez anos, devendo ser exibidos
15 (trabalho dependente) e 16 (Percentagens de membros de
à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) sempre que esta os solicite.
órgãos sociais);
Quadro 1 - O valor a inscrever no campo 10 é o resultante do somatório
Indicar o número de identificação fiscal (NIF) da entidade declarante, ou das retenções na fonte efetuadas sobre os rendimentos dos tipos
seja, da entidade devedora ou pagadora dos rendimentos. 14 (trabalho independente) e 17 (Rendimentos de artistas ou
desportistas);
Quadro 2
- O valor a inscrever no campo 16 é o resultante do somatório
Indicar o NIF do técnico oficial de contas, sempre que a entidade decla-
das retenções na fonte efetuadas sobre os rendimentos dos tipos
rante possua ou deva possuir contabilidade organizada.
20 (Subsídios pagos a estudantes e estagiários) e 21 (Outros
Quadro 3 rendimentos).
Nos campos 03 e 03A indicar, respetivamente, o ano e o mês em que O campo 17 corresponde ao somatório dos valores inscritos nos campos
ocorreu qualquer um dos atos referidos na alínea a) do n.º 7 do artigo 06 a 14, 16, 40 e 41 e deve coincidir com o valor apurado para os campos
119 do Código do IRS. 30 do quadro 7 e 38 do quadro 8.
(Continua na pág. seguinte)
300 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

Fundos de Investimento (Art.º 22.º do EBF) – Regime em


05
vigor até 30 de junho de 2015
LEGISLAÇÃO 06 Aplicações a Prazo (Art.º 25.º do EBF)
Empréstimos externos e rendas de locação de equipa-
07
mentos importados (Art.º 28.º do EBF)
Swaps e empréstimos de instituições financeiras não resi-
(Continuação da pág. anterior) 08
dentes (Art.º 30.º do EBF)
Quadro 7
Indicar o(s) número(s) da(s) guia(s) de pagamento utilizada(s) e o res- Depósitos de instituições de crédito não residentes (Art.º
09
petivo valor total. O campo 30 corresponde ao valor total da(s) guia(s) 31.º do EBF)
e deve coincidir com o valor total do imposto retido na fonte a não Isenção de juros e royalties ao abrigo do art.º 14.º, nº12
residentes (campo 17 do quadro 6 e campo 38 do quadro 8) no mês a 17
e 16, do CIRC
que respeita a declaração.
Regime Especial de Tributação dos Rendimentos de Va-
Quadro 8 18 lores Mobiliários Representativos de Dívida (D.L. n.º
No campo 31 deve indicar-se o NIF português das entidades não resi- 193/2005, de 7 de novembro)
dentes beneficiárias dos rendimentos, o qual, no caso de entidades que 19 Fundos de capital de risco (Art.º 23.º do EBF)
apenas obtenham em território português rendimentos sujeitos a tribu-
tação por retenção na fonte a título definitivo, corresponde ao NIF que Fundos de investimento imobiliário em recursos florestais
20
tiver sido atribuído nos termos do n.º 4 do artigo 7.º e da alínea a) do n.º (Art.º 24.º do EBF)
2 do artigo 11.º, ambos do Decreto-Lei n.º 14/2013, de 28 de janeiro. Rendimentos de unidades de participação em fundos de
No campo 32 deve ser inscrito NIF que as entidades não residentes investimento imobiliário e de participações sociais em so-
possuem no respetivo país de residência. 21
ciedades de investimento imobiliário (Art.º 22.º-A, n.º 1,
No campo 33 deve indicar-se o código do país de residência, de acordo alínea c) do EBF)
com a norma ISO (parte numérica), disponível em www.portaldasfinancas.
gov.pt, em Links Úteis/Ajuda para serviços/Questões frequentes (FAQ). Rendimentos de unidades de participação em fundos de
investimento mobiliário e de participações sociais em so-
No campo 34 e sempre que aplicável, deve indicar-se, na coluna D, a 22
ciedades de investimento mobiliário (Art.º 22.º-A, n.º 1,
percentagem de participação que o sujeito passivo não residente detém
alínea d) do EBF)
no capital social da declarante e, na coluna S, a percentagem que a de-
clarante detém no capital social do sujeito passivo. Tributação nos termos de outras normas de direito inter-
15
O campo 35 destina-se a inscrever o valor bruto do rendimento e a nacional aplicáveis
identificação do respetivo tipo, de acordo com a tabela II. Tributação nos termos de outros regimes jurídicos de di-
Tratando-se de remunerações (rendimentos do trabalho dependente): (i), 16
reito interno aplicáveis
deverá assinalar-se o código 22 (Remunerações públicas) sempre que os
rendimentos respeitem a salários, vencimentos e outras remunerações Fundos de poupança-reforma e planos de poupança re-
similares pagas pelo Estado Português ou por uma sua subdivisão política 23 forma (Art.º 21º, n.º 3 do EBF) e Regime público de capi-
ou autarquia local em consequência de serviços prestados ao Estado talização (Art.º 17º, n.º 2 do EBF).
(administração central, regional ou local); (ii) nos restantes casos deve
indicar-se o código 15. TABELA II
No caso de pagamento de pensões: (i), deverá indicar-se o código 23 TIPO DE RENDIMENTOS DE ACORDO COM A CONVENÇÃO
(Pensões públicas) quando estejam em causa pensões e outras remune- MODELO DA OCDE
rações similares pagas pelo Estado Português ou por uma sua subdivisão (CAMPO 35 DO QUADRO 8)
política ou autarquia local, quer diretamente, quer através de fundos por
eles constituídos, em consequência de serviços prestados a esse Estado
(administração central, regional ou local); (ii) nos restantes casos deve TIPO RENDIMENTOS
indicar-se o código 18.
06 Prediais
No campo 36 deve ser indicada a taxa de tributação utilizada e identificado
o regime de tributação aplicado, utilizando, para este efeito, os códigos 07 Prestações de serviços
constantes da tabela I.
08 Comissões
No campo 37 deve indicar-se o montante do imposto retido sobre os
rendimentos inscritos no campo 35. 10 Dividendos
O campo 38 corresponde ao total das importâncias retidas no mês, valor
11 Juros ou rendimentos de aplicações de capitais
este que deve ser igual ao dos campos
17 do quadro 6 e 30 do quadro 7. 12 Royalties
No campo 39 deve indicar-se o NIF da entidade emitente quando se
13 Mais-Valias - Resgate de unidades de participação ou
trate de rendimentos em que a obrigação de efetuar a retenção na fonte
pertence às entidades registadoras ou depositárias de valores mobiliários.
liquidação de FII e FIM e liquidação de SII e SIM
14 Trabalho independente
TABELA I
15 Trabalho dependente
CÓDIGOS DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
16 Percentagens de membros de órgãos sociais
(CAMPO 36 DO QUADRO 8)
17 Rendimentos de artistas ou desportistas
CÓDIGO REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 18 Pensões
01 Tributação nos termos dos Códigos do IRS e/ou IRC 22 Remunerações públicas
Tributação nos termos de uma convenção para evitar a 20 Subsídios pagos a estudantes ou estagiários
02
dupla tributação
21 Outros rendimentos
Isenção de lucros e reservas ao abrigo do art.º 14.º, nos 3
03 23 Pensões públicas
e 8 do CIRC (lucros e reservas)
Boletim do Contribuinte 301
ABRIL 2020 - Nº 8

Arrendamento Urbano desse período, em prestações mensais não inferiores a um duodéci-


mo do montante total, pagas juntamente com a renda de cada mês.
Regime excecional para as situações de mora
no pagamento das rendas, no âmbito ARTIGO 5.º
Apoio financeiro
da pandemia COVID-19
1 - Os arrendatários habitacionais, bem como, no caso dos
Lei n.º 4-C/2020 estudantes que não aufiram rendimentos do trabalho, os respetivos
de 6 de abril fiadores, que tenham, comprovadamente a quebra referida no artigo
3.º, e se vejam incapacitados de pagar a renda das habitações que
(in DR nº 68/2020, I Série, 3º Supl., de 06.04.2020)
constituem a sua residência permanente ou, no caso de estudantes,
que constituem residência por frequência de estabelecimentos de
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do ensino localizado a uma distância superior a 50 km da residência
artigo 161.º da Constituição, o seguinte: permanente do agregado familiar, podem solicitar ao Instituto da
Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P. (IHRU, I. P.), a concessão
CAPÍTULO I de um empréstimo sem juros para suportar a diferença entre o
Disposições gerais valor da renda mensal devida e o valor resultante da aplicação ao
rendimento do agregado familiar de uma taxa de esforço máxima
ARTIGO 1.º de 35 %, de forma a permitir o pagamento da renda devida, não
Objeto podendo o rendimento disponível restante do agregado ser inferior
1 - A presente lei estabelece um regime excecional para as situa- ao indexante dos apoios sociais (IAS).
ções de mora no pagamento da renda devida nos termos de contratos 2 - O disposto no número anterior não é aplicável aos arren-
de arrendamento urbano habitacional e não habitacional, atendendo datários habitacionais, cuja quebra de rendimentos determine a
à situação epidemiológica provocada pela doença COVID-19. redução do valor das rendas por eles devidas, nos termos esta-
2 - O disposto na presente lei é ainda aplicável, com as ne- belecidos em regimes especiais de arrendamento ou de renda,
cessárias adaptações, a outras formas contratuais de exploração como o arrendamento apoiado, a renda apoiada e a renda social.
de imóveis. 3 - Os senhorios habitacionais que tenham, comprovadamente,
a quebra de rendimentos referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º,
ARTIGO 2.º cujos arrendatários não recorram a empréstimo do IHRU, I. P., nos
Âmbito territorial termos dos números anteriores, podem solicitar ao IHRU, I. P., a
A presente lei é aplicável em todo o território nacional. concessão de um empréstimo sem juros para compensar o valor
da renda mensal, devida e não paga, sempre que o rendimento
CAPÍTULO II disponível restante do agregado desça, por tal razão, abaixo do IAS.
Arrendamento habitacional 4 - Os empréstimos a que se referem os nºs 1 e 3 são concedidos
pelo IHRU, I. P., ao abrigo das suas atribuições, em particular da
ARTIGO 3.º competência prevista na alínea k) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-
Quebra de rendimentos dos arrendatários e senhorios -Lei n.º 175/2012, de 2 de agosto, na sua redação atual, e têm,
habitacionais como primeiras fontes de financiamento, as verbas inscritas no seu
1 - No caso de arrendamentos habitacionais, a presente lei é orçamento para 2020 provenientes da consignação de receita de
aplicável quando se verifique: impostos sobre o rendimento e, se necessário, das verbas a transferir
a) Uma quebra superior a 20 % dos rendimentos do agregado para o IHRU, I. P., pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças no
familiar do arrendatário face aos rendimentos do mês âmbito de políticas de promoção de habitação, financiadas por
anterior ou do período homólogo do ano anterior; e receitas de impostos inscritas no capítulo 60, ambas nos termos
b) A taxa de esforço do agregado familiar do arrendatário, previstos no Orçamento do Estado para 2020, aprovado pela Lei
calculada como percentagem dos rendimentos de todos n.º 2/2020, de 31 de março, bem como nos saldos transitados do
os membros daquele agregado destinada ao pagamento Programa SOLARH, criado pelo Decreto-Lei n.º 39/2001, de 9
da renda, seja ou se torne superior a 35 %; ou de fevereiro, na sua redação atual.
c) Uma quebra superior a 20 % dos rendimentos do agregado 5 - O regulamento a ser elaborado pelo IHRU, I. P., com as
familiar do senhorio face aos rendimentos do mês anterior condições de concessão dos empréstimos referidos nos números
ou do período homólogo do ano anterior; e anteriores, atendendo à urgência e ao seu especial fim, produz
d) Essa percentagem da quebra de rendimentos seja provo- todos os seus efeitos a contar da data da sua divulgação no Portal
cada pelo não pagamento de rendas pelos arrendatários da Habitação, na sequência de aprovação pelo conselho diretivo
ao abrigo do disposto na presente lei. do IHRU, I. P., sujeita a homologação do membro do Governo
2 - A demonstração da quebra de rendimentos é efetuada nos responsável pela área da habitação.
termos de portaria a aprovar pelo membro do Governo responsável ARTIGO 6.º
pela área da habitação. Deveres de informação
ARTIGO 4.º
Mora do arrendatário habitacional 1 - Os arrendatários que se vejam impossibilitados do paga-
mento da renda têm o dever de informar o senhorio, por escrito,
Nas situações previstas no artigo anterior, o senhorio só tem até cinco dias antes do vencimento da primeira renda em que
direito à resolução do contrato de arrendamento, por falta de paga- pretendem beneficiar do regime previsto no presente capítulo,
mento das rendas vencidas nos meses em que vigore o estado de juntando a documentação comprovativa da situação, nos termos
emergência e no primeiro mês subsequente, se o arrendatário não da portaria a que se refere o n.º 2 do artigo 3.º
efetuar o seu pagamento, no prazo de 12 meses contados do termo (Continua na pág. seguinte)
302 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

adaptações, a outras formas contratuais de exploração de imóveis


para fins comerciais.
LEGISLAÇÃO
CAPÍTULO IV
Entidades públicas

ARTIGO 11.º
(Continuação da pág. anterior)
Suspensão, redução ou isenção de renda devidas a entida-
2 - O disposto no número anterior não se aplica às rendas que des públicas
se vençam na data prevista no artigo 14.º, podendo em tal caso a
1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores, as en-
notificação ser feita até 20 dias após a data de entrada em vigor
tidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos sob outra
da presente lei.
forma contratual podem, durante o período de vigência da presente
CAPÍTULO III lei, reduzir as rendas aos arrendatários que tenham, comprova-
Arrendamento não habitacional damente, uma quebra de rendimentos superior a 20 % face aos
ARTIGO 7.º rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do ano
Quebra de rendimentos dos arrendatários não habitacionais anterior, quando da mesma resulte uma taxa de esforço superior
a 35 % relativamente à renda.
O presente capítulo aplica-se: 2 - O disposto no número anterior não se aplica àqueles que
a) Aos estabelecimentos abertos ao público destinados a ati- sejam beneficiários de regimes especiais de arrendamento ha-
vidades de comércio a retalho e de prestação de serviços bitacional ou de renda, como o arrendamento apoiado, a renda
encerrados ou que tenham as respetivas atividades suspen- apoiada e a renda social.
sas ao abrigo do Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março, ou 3 - As entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos
por determinação legislativa ou administrativa, nos termos sob outra forma contratual podem isentar do pagamento de ren-
previstos no Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de março, na da os seus arrendatários que comprovem ter deixado de auferir
sua redação atual, ou ao abrigo da Lei de Bases da Proteção quaisquer rendimentos após 1 de março de 2020.
Civil, aprovada pela Lei n.º 27/2006, de 3 de julho, na sua 4 - As entidades públicas com imóveis arrendados ou cedidos
redação atual, da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei sob outra forma contratual podem estabelecer moratórias aos
n.º 95/2019, de 4 de setembro, ou de outras disposições seus arrendatários.
destinadas à execução do estado de emergência, incluindo
nos casos em que estes mantenham a prestação de ativida- CAPÍTULO V
des de comércio eletrónico, ou de prestação de serviços à Disposições complementares
distância ou através de plataforma eletrónica;
b) Aos estabelecimentos de restauração e similares, incluindo ARTIGO 12.º
nos casos em que estes mantenham atividade para efeitos Indemnização
exclusivos de confeção destinada a consumo fora do esta-
belecimento ou entrega no domicílio, nos termos previstos 1 - A indemnização prevista no n.º 1 do artigo 1041.º do Có-
no Decreto n.º 2-A/2020, de 20 de março, ou em qualquer digo Civil, por atraso no pagamento de rendas que se vençam nos
outra disposição que o permita. meses em que vigore o estado de emergência e no primeiro mês
subsequente, não é exigível sempre que se verifique o disposto
ARTIGO 8.º nos artigos 4.º e 7.º da presente lei.
Diferimento de rendas de contratos de arrendamento não 2 - O disposto no n.º 3 do artigo 1041.º do Código Civil não
habitacionais é aplicável durante o período de aplicação da presente lei.
O arrendatário que preencha o disposto no artigo anterior pode
diferir o pagamento das rendas vencidas nos meses em que vigore ARTIGO 13.º
o estado de emergência e no primeiro mês subsequente, para os Vencimento imediato
12 meses posteriores ao término desse período, em prestações A cessação do contrato por iniciativa do arrendatário torna
mensais não inferiores a um duodécimo do montante total, pagas exigível, a partir da data da cessação, o pagamento imediato das
juntamente com a renda do mês em causa. rendas vencidas e não pagas, nos termos da presente lei.
ARTIGO 9.º
Cessação do contrato ou outras penalidades CAPÍTULO VI
Disposições finais e transitórias
1 - A falta de pagamento das rendas que se vençam nos meses
em que vigore o estado de emergência e no primeiro mês sub- ARTIGO 14.º
sequente, nos termos do artigo anterior, não pode ser invocada Aplicação da lei no tempo
como fundamento de resolução, denúncia ou outra forma de
extinção de contratos, nem como fundamento de obrigação de A presente lei é aplicável às rendas que se vençam a partir do
desocupação de imóveis. dia 1 de abril de 2020.
2 - Aos arrendatários abrangidos pelo artigo 7.º não é exigível ARTIGO 15.º
o pagamento de quaisquer outras penalidades que tenham por Entrada em vigor
base a mora no pagamento de rendas que se vençam nos termos
do número anterior. A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua pu-
blicação.
ARTIGO 10.º N.R. * A Portaria a que se refere o nº 2 do artigo 3º para
Cessação do contrato ou outras penalidades efeitos da demonstração da quebra de rendimentos foi entretanto
O disposto no presente capítulo aplica-se, com as necessárias publicada. Ver a Portaria nº 91/2020, de 14 de abril.
Boletim do Contribuinte 303
ABRIL 2020 - Nº 8

Arrendamento da vigência do estado de emergência.

Regime excecional para as situações de mora ARTIGO 2.º


no pagamento das rendas Objeto

Demonstração da quebra de rendimentos 1 - A presente portaria tem por objeto as situações em que,
Portaria n.º 91/2020 em resultado da atual situação excecional provocada pela
doença COVID-19, se verifique uma quebra de rendimentos
de 14 de abril
superior a 20 % dos rendimentos de:
(in DR nº 73/2020, I Série, de 14.04.2020) a) Arrendatário de habitação, que constitua a sua residência
permanente, quando a parte percentual do total dos
A limitação imposta pela situação excecional de emergência rendimentos mensais dos membros do seu agregado
de saúde pública ocasionada pela epidemia da doença COVID-19, familiar que é destinada ao pagamento da renda mensal
que determinou que, no dia 18 de março de 2020, fosse decretado o da habitação seja superior a 35 %;
estado de emergência em Portugal, através do Decreto do Presidente
b) Estudante com contrato de arrendamento para habitação
da República n.º 14-A/2020, de 18 de março, exigiu a aplicação de
situada a uma distância superior a 50 km da residência
medidas extraordinárias e de caráter urgente de restrição de direitos
e liberdades, em especial no que respeita aos direitos de circulação permanente do seu agregado familiar, para frequência
e às liberdades económicas. de estabelecimento de ensino, quando a parte percentual
A Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril, em reconhecimento de que esse do total dos rendimentos mensais dos membros do seu
contexto afeta de forma particular muitas famílias, cujos rendimentos agregado familiar que é destinada ao pagamento da
poderão diminuir durante este período, prevê a fl exibilização no pa- renda mensal da habitação seja superior a 35 %;
gamento das rendas aos arrendatários habitacionais que tenham, com- c) Fiador de arrendatário habitacional que seja estudante
provadamente, uma quebra de rendimentos como consequência direta e não aufira rendimentos do trabalho, quando a parte
das limitações que, em nome da saúde púbica, foi necessário decretar. percentual do total dos rendimentos mensais dos
Adicionalmente, permite que o Instituto da Habitação e da membros do agregado familiar do fiador destinada ao
Reabilitação Urbana, I. P., conceda empréstimos para pagamento
pagamento da renda mensal da habitação do estudante
de renda a estes arrendatários, estendendo semelhante apoio aos
seja superior a 35 %; ou
senhorios que fiquem em situação de carência económica devido à
falta de pagamento de rendas pelos seus arrendatários ao abrigo da
d) Senhorio de arrendatários habitacionais, quando a
Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril. Prevê ainda que as entidades públicas quebra no rendimento mensal dos membros do seu
com fogos arrendados possam, durante o período de vigência da lei, agregado familiar decorra do não pagamento de rendas
suspender, reduzir ou isentar do pagamento de renda os arrendatários pelos seus arrendatários ao abrigo do regime excecional
que tenham, comprovadamente, uma quebra de rendimentos. da Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril, e o rendimento dis-
Para o efeito, o artigo 3.º da Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril, ponível restante desse agregado desça abaixo do valor
estabelece que, no caso de arrendamentos habitacionais, a redução do indexante dos apoios sociais (IAS).
de rendimentos relevante para efeito de aplicação das medidas ex-
cecionais nela previstas corresponde a uma quebra superior a 20 % ARTIGO 3.º
dos rendimentos do agregado familiar do arrendatário ou do senhorio Conceitos
face aos rendimentos do mês anterior ou do período homólogo do
ano anterior, sendo a demonstração dessa quebra de rendimentos
efetuada nos termos de portaria a aprovar pelo membro do Governo
1 - É considerado como agregado familiar do arrendatário,
responsável pela área da habitação. do estudante, do fiador ou do senhorio o conjunto de pessoas
Assim, definido nos termos do artigo 13.º, n.os 4 e 5 do CIRS, na sua
Manda o Governo, pelo Ministro das Infraestruturas e da Habita- redação atual.
ção, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 4-C/2020, 2 - Para efeito de aplicação do disposto na presente portaria
de 6 de abril, e nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 199.º da presume-se constituir residência permanente do arrendatário e
Constituição, o seguinte: do estudante a habitação correspondente à sua morada fiscal.

ARTIGO 1.º ARTIGO 4.º


Âmbito Demonstração da quebra de rendimentos

A presente portaria define, em execução do disposto no n.º 1 - A quebra de rendimentos a que se refere o artigo anterior
2 do artigo 3.º da Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril, que estabelece corresponde à diminuição dos rendimentos em mais de 20 %
um regime excecional para as situações de mora no pagamento decorrente de facto relacionado com a situação epidemiológica
das rendas atendendo à situação epidemiológica provocada pelo provocada pela doença COVID-19, demonstrada:
coronavírus SARS-CoV-2 e doença COVID-19, os termos em a) No caso das alíneas a), b) e c) do artigo 2.º, pela com-
que é efetuada a demonstração da quebra de rendimentos para paração entre a soma dos rendimentos dos membros
efeito de aplicação daquele regime excecional a situações de do agregado familiar no mês em que ocorre a causa
incapacidade de pagamento das rendas habitacionais devidas a
partir de 1 de abril de 2020 e até ao mês subsequente ao termo (Continua na pág. seguinte)
304 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

3 - Os rendimentos referidos nas alíneas c) a g) do artigo


anterior são comprovados por documentos emitidos pelas
LEGISLAÇÃO entidades pagadoras ou por outros documentos que eviden-
ciem o respetivo recebimento, nomeadamente obtidos dos
portais da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança
Social ou ainda pela declaração sob compromisso de honra
do beneficiário, quando não seja possível a obtenção daquela
(Continuação da pág. anterior) declaração, atenta a natureza da prestação.
determinante da alteração de rendimentos com os rendi- 4 - No caso da alínea d) do artigo 2.º, o não pagamento de
mentos auferidos pelos mesmos membros do agregado rendas ao senhorio em virtude do regime excecional da Lei
no mês anterior ou, nos casos a que se refere o número n.º 4-C/2020, de 6 de abril, é demonstrado por este através da
seguinte, no período homólogo do ano anterior; correspondente comunicação do arrendatário.
b) No caso dos senhorios, pela comparação entre a soma
dos rendimentos dos membros do respetivo agregado ARTIGO 7.º
familiar no mês em que se verifica o não pagamento das Declaração sob compromisso de honra
rendas devidas pelos seus arrendatários com os rendi-
mentos auferidos pelos mesmos membros do agregado 1 - Sempre que não seja possível a obtenção dos compro-
no mês anterior ou, nos casos a que se refere o número vativos do valor dos rendimentos referidos nas alíneas b) a f)
seguinte, no período homólogo do ano anterior. do artigo 5.º, os rendimentos podem ser atestados mediante
2 - No caso de membros do agregado habitacional em que a declaração do próprio, sob compromisso de honra, ou do con-
maior parte dos seus rendimentos derive de trabalho empresarial tabilista certificado no caso de trabalhadores independentes no
ou profissional da categoria B do CIRS, quando a faturação do regime de contabilidade organizada.
mês anterior à ocorrência da quebra de rendimentos não seja 2 - Os comprovativos dos rendimentos objeto das declara-
representativa, estes podem optar por efetuar a demonstração ções referidas no número anterior devem ser entregues no prazo
da diminuição dos rendimentos com referência aos rendimentos máximo de 30 dias após a data de comunicação ao senhorio
do período homólogo do ano anterior, mantendo-se o disposto ou do requerimento apresentado ao Instituto da Habitação e da
no número anterior para os restantes membros do agregado. Reabilitação Urbana, I. P. (IHRU, I. P.), consoante for o caso,
salvo se a obtenção do comprovativo ainda depender, à data,
ARTIGO 5.º de emissão por entidade competente para o efeito, caso em que
Rendimentos esse facto deve ser comunicado ao senhorio ou ao IHRU, I.
P., consoante for o caso, com indicação da data prevista para
São considerados relevantes para efeito da demonstração a respetiva obtenção.
da quebra de rendimentos a que se refere o artigo anterior:
a) No caso de rendimentos de trabalho dependente, o ARTIGO 8.º
respetivo valor mensal bruto; Comunicações
b) No caso dos rendimentos empresariais ou profissionais
da categoria B do CIRS, o valor antes de IVA; As comunicações entre os arrendatários e os senhorios e, se
c) No caso de rendimento de pensões, o respetivo valor for o caso, para o IHRU, I. P., são preferencialmente realizadas
mensal bruto; por correio eletrónico.
d) No caso de rendimentos prediais, o valor das rendas
recebidas; ARTIGO 9.º
e) O valor mensal de prestações sociais recebidas de forma Falsas declarações
regular;
f) O valor mensal de apoios à habitação recebidos de As pessoas que, para efeito de demonstração da quebra de
forma regular; rendimentos nos termos da presente portaria, como requisito
g) Os valores de outros rendimentos recebidos de forma para acesso às medidas excecionais de apoio previstas na
regular ou periódica. Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril, entregarem ou subscreverem
documentos que constituam ou contenham falsas declarações,
ARTIGO 6.º são responsáveis pelos danos que venham a ocorrer, bem como
Comprovativos pelos custos incorridos com a aplicação das referidas medidas
excecionais, sem prejuízo de outro tipo de responsabilidade
1 - Os rendimentos de trabalho dependente são compro- gerada pela conduta, nomeadamente criminal.
vados pelos correspondentes recibos de vencimento ou por
declaração da entidade patronal. ARTIGO 10.º
2 - Os rendimentos empresariais ou profissionais a que se Entrada em vigor
refere a alínea b) do artigo anterior são comprovados pelos
correspondentes recibos, ou, nos casos em que não seja obri- A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da
gatória a sua emissão, pelas faturas emitidas nos termos legais. sua publicação.
Boletim do Contribuinte 305
ABRIL 2020 - Nº 8

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL


TRABALHADORES INDEPENDENTES • a dois terços do valor da remune-
ração registada como base de inci-
Alterações ao regime de apoio extraordinário dência contributiva, com o limite
máximo do valor do salário mínimo
à redução da atividade económica (€635), nas situações em que o valor
da remuneração registada é superior
O Decreto-Lei nº 12-A/2020, de 6.4, Social, com referência à média ou igual a 1,5 IAS (€658,20).
veio facilitar o acesso dos trabalhadores mensal dos dois meses anteriores O apoio financeiro é pago a partir
independentes ao apoio extraordinário à a esse período, ou face ao perío- do mês seguinte ao da apresentação do
redução da atividade económica. do homólogo do ano anterior ou, requerimento.
Assim, de acordo com o novo di- ainda, para quem tenha iniciado Refira-se que, enquanto se mantiver
ploma, que alterou o Decreto-Lei nº 10- a atividade há menos de 12 me- o pagamento do apoio extraordinário, o
A/2020, de 13.3, o apoio extraordinário à ses, à média desse período. trabalhador independente mantém a obri-
redução da atividade económica reveste a Importa ter presente que a paragem gação da declaração trimestral quando
forma de um apoio financeiro aos traba- total da atividade do trabalhador inde- sujeito a esta obrigação.
lhadores abrangidos exclusivamente pelo pendente ou da atividade do setor são Nota: este apoio não confere o direito
regime dos trabalhadores independentes atestadas por meio de declaração do à isenção do pagamento de contribuições
e que não sejam pensionistas, sujeitos ao próprio, sob compromisso de honra, ou à Segurança Social.
cumprimento da obrigação contributiva de contabilista certificado no caso de Sócios-gerentes estão abrangidos
em pelo menos 3 meses seguidos ou seis trabalhadores independentes no regime O novo diploma veio conferir o
meses interpolados (critério novo) há de contabilidade organizada. direito ao apoio aos sócios-gerentes de
pelo menos 12 meses: Apoio financeiro sociedades, bem como aos membros de
Î em situação comprovada de pa- Durante o período de aplicação desta órgãos estatutários de fundações, asso-
ragem total da sua atividade ou medida, o trabalhador independente ciações ou cooperativas com funções
da atividade do respetivo setor, tem direito a um apoio financeiro com equivalentes àqueles, sem trabalhadores
em consequência da pandemia duração de um mês, prorrogável men- por conta de outrem, que estejam exclu-
da doença COVID-19; ou salmente, até um máximo de seis meses, sivamente abrangidos pelos regimes de
Î através de declaração do próprio correspondente: segurança social nessa qualidade e que,
conjuntamente com certidão • ao valor da remuneração registada no ano anterior, tenham tido faturação
de contabilista certificado que como base de incidência contribu- comunicada através do E-fatura inferior
o ateste em situação de quebra tiva, com o limite máximo do valor a 60 mil euros.
abrupta e acentuada de, pelo de um IAS (€438,81), nas situações
menos, 40 % da faturação no (Ver a síntese das medidas extraordiná-
em que o valor da remuneração re- rias de proteção social já adotadas no âmbito
período de 30 dias anterior ao gistada como base de incidência é da pandemia Covid-19, nas págs. 263 e 264
do pedido junto da Segurança inferior a 1,5 IAS (€658,20); do último número do Bol. do Contribuinte)

MINUTAS PARA CONTABILISTAS


CERTIFICADOS
2ª edição - revista, atualizada e aumentada
Edição revista, atualizada e aumentada que tem em conta as alterações decor-
rentes da recente publicação dos regulamentos da Ordem dos Contabilistas
Certificados.
Nesta 2ª edição, foi introduzida uma parte relativa à jurisprudência com evi-
dente enfoque nas questões estatuárias e deontológicas e o leque de minutas
foi revisto e ampliado, procurando ir ao encontro das necessidades manifestadas
pelos Contabilistas Certificados na sua envolvência com os clientes, com a Or-
dem dos Contabilistas Certificados e com a Autoridade Tributária.

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ou encomendas@vidaeconomica.pt
Autor Marco Vieira Nunes
Páginas 128 PVP €11.40
306 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL


ELABORAÇÃO DO MAPA DE FÉRIAS trabalho ser inferior a seis meses, o tra-
balhador tem direito a dois dias úteis de
Covid-19 férias por cada mês completo de duração
do contrato, contando-se para o efeito
Prorrogação do prazo no âmbito do estado todos os dias seguidos ou interpolados
de emergência de prestação de trabalho.
Ano do gozo das férias
Na sequência da renovação do estado de emergência pelo Decreto do Pre- As férias são gozadas no ano civil
sidente da República nº 17-A/2020, de 2.4, em virtude dos efeitos da pandemia, em que se vencem, ressalvadas as se-
o Decreto-Lei nº 12-A/2020, de 6.4, veio alterar a data para a elaboração do guintes situações:
mapa de férias. Assim, o empregador pode proceder à elaboração e afixação do - as férias podem ser gozadas até
mapa de férias dos respetivos trabalhadores até 10 dias após o termo do estado 30 de Abril do ano civil seguinte,
de emergência. em cumulação ou não com férias
Assim, tendo em conta que o estado de emergência foi novamente renovado vencidas no início deste, por acor-
até ao próximo dia 1 de maio, o prazo para a fixação do mapa de férias deverá do entre empregador e trabalhador
ter como data-limite o próximo dia 11 de maio. ou sempre que este as pretenda
Refira-se que o Código do Trabalho estabelece como data-limite para a ela- gozar com familiar residente no
boração do mapa de férias o dia 15 de abril. estrangeiro;
- pode ainda ser cumulado o gozo de
metade do período de férias venci-
Regras da marcação do período de turismo, na falta de acordo, a entidade do no ano anterior com o vencido
férias patronal está obrigada a marcar 25% do no ano em causa, através de acordo
período de férias a que os trabalhadores entre empregador e trabalhador.
O período de férias deve ser mar- têm direito, ou percentagem superior
cado por acordo entre empregador e Encerramento da empresa
que resulte de instrumento de regula-
trabalhador. mentação coletiva, entre 1 de maio e 31 Sempre que seja compatível com
Na falta de acordo, cabe ao empre- de outubro, que será gozado de forma a natureza da atividade, o empregador
gador a marcação das férias, que não consecutiva. pode encerrar a empresa ou o estabe-
podem ter início em dia de descanso Nas situações de cessação do con- lecimento, total ou parcialmente, para
semanal do trabalhador, ouvindo para o trato de trabalho sujeita a aviso prévio, férias dos trabalhadores:
efeito a comissão de trabalhadores ou, o empregador pode decidir que o gozo • até 15 dias consecutivos entre 1 de
na sua falta, a comissão intersindical das férias ocorra imediatamente antes maio e 31 de outubro;
ou a comissão sindical que representa da cessação. • por período superior a 15 dias con-
o trabalhador em causa. secutivos ou fora daquele período,
Em pequena, média ou grande em- Duração do período de férias quando assim for estipulado em
presa, o empregador só pode marcar o instrumento de regulamentação co-
período de férias entre 1 de maio e 31 O período anual de férias tem a letiva ou mediante parecer favorá-
de outubro, salvo se o instrumento de duração de 22 dias úteis. No entanto, vel da comissão de trabalhadores;
regulamentação coletiva de trabalho estabelece a lei que, no ano da admis- • por período superior a 15 dias
aplicável ou o parecer dos representan- são, o trabalhador tem direito a dois dias consecutivos, entre 1 de maio e 31
tes dos trabalhadores permitir época úteis de férias por cada mês de duração de outubro, quando a natureza da
diferente. do contrato, até 20 dias, cujo gozo pode atividade assim o exigir.
Os cônjuges e as pessoas que vivam ocorrer após seis meses completos de O empregador pode encerrar a em-
em união de facto ou economia comum, execução do contrato de trabalho. presa ou o estabelecimento, total ou par-
que trabalham na mesma empresa ou Se o ano civil terminar antes de de- cialmente, para férias dos trabalhadores:
estabelecimento, têm direito a gozar corrido o prazo anteriormente referido, - durante 5 dias úteis consecutivos na
férias no mesmo período, salvo previsão as férias são gozadas até 30 de junho do época de férias escolares do Natal;
de existência de prejuízo grave para a ano seguinte. - um dia que esteja entre um feriado
empresa. Da aplicação destas regras não pode que ocorra à terça-feira ou quinta-
O gozo do período de férias pode ser resultar o gozo, no mesmo ano civil, -feira e um dia de descanso sema-
interpolado, por acordo entre as partes, de mais de 30 dias úteis de férias, sem nal (as designadas “pontes”), desde
desde que sejam gozados, no mínimo, prejuízo do fixado em instrumento de que a empresa tenha informado os
10 dias úteis consecutivos. regulamentação coletiva de trabalho. trabalhadores até 15 de dezembro
Tratando-se de atividade ligada ao No caso de a duração do contrato de do ano anterior.
Boletim do Contribuinte 307
ABRIL 2020 - Nº 8

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO


Medidas no âmbito da legislação laboral e de segurança social

Pensões regularizada à Segurança Social (de- Medidas de transparência


claração de não dívida) quando estiver
Atualização extraordinária em causa a atribuição de subsídio ou de contributiva
qualquer pagamento a beneficiário de Comunicações entre a
A atualização extraordinária das pen- montante superior a €3000, em vez dos
sões, a aplicar a partir do próximo mês anteriores €5000.
Segurança Social e a AT
de maio, será efetuada do seguinte modo: Importa ainda referir que aquela
A Segurança Social e a Caixa Geral
¾ €10 por pensionista cujo mon- declaração é dispensada sempre que
de Aposentações (CGA) devem enviar à
tante global de pensões seja igual o contribuinte preste consentimento à
Autoridade Tributária (AT), até ao final
ou inferior a 1,5 vezes o valor do entidade pagadora para consultar a sua
do mês de fevereiro de cada ano, os valo-
Indexante dos Apoios Sociais situação contributiva perante a Seguran- res de todas as prestações sociais pagas,
(€658,20); ça Social, no portal da Segurança Social incluindo pensões, bolsas de estudo e de
¾ €6 euros aos pensionistas que Direta (www.seg-social.pt). formação, subsídios de renda de casa e
recebam, pelo menos, uma pen- Resultando da declaração de situação outros apoios públicos à habitação, por
são cujo montante fixado tenha contributiva ou da referida consulta a beneficiário, relativas ao ano anterior,
sido atualizado no período entre existência de dívida à Segurança Social, quando os dados sejam detidos pelo Sis-
2011 e 2015. é retido o montante em débito, nunca tema de Informação da Segurança Social
Para efeitos de cálculo, o valor da podendo a retenção total exceder o limite ou da CGA, por meio de modelo oficial.
atualização (regular) anual efetuada em de 25% do valor do pagamento a efetuar. Por seu lado, a AT envia à Segurança
janeiro de 2020 (cfr. Port. nº 28/2020, de Social e à CGA os valores dos rendimen-
31.1) é incorporado no valor da atuali- Trabalhadores tos apresentados nos anexos A, B, C,
zação extraordinária, totalizando €10 ou D, J e SS à declaração de rendimentos
€6, consoante o caso. independentes mod. 3 do IRS, relativos ao ano anterior,
São abrangidas pela atualização as e beneficiários do Seguro por contribuinte abrangido pelo regime
pensões de invalidez, velhice e sobrevi- contributivo da segurança social ou pelo
vência atribuídas pela Segurança Social
Social Voluntário regime de proteção social convergente,
e as pensões de aposentação, reforma e até 60 dias após o prazo de entrega da
Para efeitos do pagamento das presta- referida declaração, e sempre que existir
sobrevivência do regime de proteção so-
ções da Segurança Social aos trabalhado- qualquer alteração, por via eletrónica,
cial convergente concedidas pela Caixa
res independentes e aos beneficiários do até ao final do segundo mês seguinte a
Geral de Aposentações.
seguro social voluntário, passa a ser ape- essa alteração, através de modelo oficial.
nas necessário que os mesmos tenham a Relativamente às entidades con-
Alterações sua situação contributiva regularizada tratantes (trabalhadores independentes
ao Código Contributivo na data em que é reconhecido o direito economicamente dependentes), a AT
à prestação (data de emissão da decisão procederá ao envio à Segurança Social da
(arts. 198º e 217º) de concessão). informação e dos valores dos rendimen-
Maior exigência na concessão Nos termos da regra anteriormente tos das vendas de mercadorias e produtos
em vigor, constituía condição geral do e das prestações de serviços relevantes
de subsídios pagamento das prestações aos trabalha- para o apuramento da obrigação contri-
dores independentes e aos beneficiários butiva das entidades contratantes, nos
É reduzido de €5000 para €3000 o do seguro social voluntário que os termos do Código Contributivo.
montante de subsídio ou de pagamento mesmos tivessem a sua situação con- A AT e os serviços do Ministério do
a efetuar pelo Estado, outras pessoas tributiva regularizada até ao fim do 3º Trabalho, Solidariedade e Segurança
coletivas de direito público, bem como mês imediatamente anterior ao do facto Social podem tomar posições concer-
entidades de capitais exclusiva ou maio- determinante da atribuição da prestação. tadas visando a cobrança de dívidas de
ritariamente públicos, a partir do qual Em conformidade com o disposto empresas, sujeitos passivos de IRC, em
se exige a apresentação de declaração no Código Contributivo, a situação de dificuldades económicas.
comprovativa da situação contributiva incumprimento do beneficiário perante a Neste âmbito, a AT e aqueles serviços
dos respetivos beneficiários perante a Segurança Social tem por consequência a do Governo procedem à troca das infor-
Segurança Social. suspensão do pagamento das prestações mações referentes àquelas empresas que
Assim, é necessária a apresentação a partir da data em que as mesmas sejam sejam necessárias à tomada de posição
de declaração de situação contributiva devidas. concertada.
(Continua na pag. seguinte)
308 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL

LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO


Medidas no âmbito da legislação laboral e de segurança social

Subsídio social subsídio de desemprego e do subsídio por - que se encontrem a receber subsí-
cessação de atividade, calculado de acor- dio de desemprego ou subsídio por
de desemprego do com as normas em vigor – Decreto-Lei cessação de atividade a 1 de abril
subsequente nº 220/2006, de 3.11, e Decreto-Lei nº de 2020;
65/2012, de 15.3, respetivamente –, é ma- - cujos requerimentos para concessão
Condição de acesso do subsídio de desemprego ou do
jorado em 10 % nas situações seguintes:
subsídio por cessação de atividade
Para acesso ao subsídio social de ¾ quando, no mesmo agregado
estejam pendentes de decisão por
desemprego subsequente à atribuição familiar, ambos os cônjuges ou
pessoas que vivam em união de parte dos serviços competentes a 1
do subsídio de desemprego, será con-
facto sejam titulares do subsídio de abril do corrente ano;
siderado o referencial da condição de
de desemprego ou do subsídio - que apresentem o requerimento para
recursos que determina que os rendi-
por cessação de atividade e atribuição do subsídio de desem-
mentos mensais do agregado familiar
tenham filhos ou equiparados prego ou do subsídio por cessação
do requerente não podem ultrapassar
a cargo. A majoração é de 10% de atividade durante o período de
80% do valor do indexante dos apoios
para cada um dos beneficiários; vigência da Lei do Orçamento do
sociais (IAS), acrescido de 25%, para
¾ quando, no agregado monopa- Estado.
efeitos de condição de recursos, para os
rental, o parente único seja titu-
beneficiários isolados ou por pessoa para lar do subsídio de desemprego
os beneficiários com agregado familiar ou do subsídio por cessação de Administração Pública
que, cumulativamente, reúnam as seguin- atividade.
tes condições:
Alterações ao Estatuto da
Sempre que um dos cônjuges ou
- à data do desemprego inicial, tives- uma das pessoas que vivem em união
Aposentação – Decreto-Lei
sem 52 ou mais anos; de facto deixe de ser titular do subsídio nº 498/72, de 9.12
- preencham as condições de aces- por cessação de atividade ou do subsídio
so ao regime de antecipação da de desemprego e, neste último caso, lhe A Lei do Orçamento do Estado de-
pensão de velhice nas situações de seja atribuído subsídio social de desem- termina que, no caso de ter sido feito
desemprego involuntário de longa prego subsequente ou, permanecendo o pagamento de valores de pensão de
duração, previsto no art. 57º do em situação de desemprego, não rece- aposentação, reforma, invalidez, sobre-
Decreto-Lei nº 220/2006, de 3.11. ba qualquer prestação social por essa vivência ou outra pensão ou prestação
Refira-se que, nestas situações, é situação, mantém-se a majoração do pecuniária por transferência bancária em
necessário o cumprimento dos restantes subsídio de desemprego ou do subsídio
data posterior ao mês da morte do bene-
por cessação de atividade em relação ao
requisitos legalmente previstos para efei- ficiário, a Caixa Geral de Aposentações
outro beneficiário.
tos da verificação da condição de recursos. (CGA) procede à sua recuperação através
Aquela majoração de 10% depende
de requerimento e da prova das condi- de débito daqueles valores na conta onde
Majoração do subsídio ções de atribuição. efetuou o crédito.
de desemprego Beneficiários abrangidos - a majo- Esta operação de estorno apenas pode
ração daqueles subsídios será aplicada ocorrer nos 3 meses seguintes ao mês da
No ano corrente, o montante diário do aos beneficiários: morte do beneficiário.

Um instrumento de trabalho com recurso


a uma linguagem prática e acessível, a esquemas,
exemplos e documentos auxiliares. Autores Filipa Matias Magalhães e
Maria Leitão Pereira
Este manual fornece o enquadramento legal e uma análise prática de cada uma
das matérias que integram o regime do trabalho em funções públicas Páginas 336
facilitando o conhecimento de todos os diplomas que integram este regime
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e respetiva compreensão

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Boletim do Contribuinte 309
ABRIL 2020 - Nº 8

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL


to Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins
(SINAPSA) - Alteração salarial e outras
REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
Serviços de vigilância e limpeza
- Portaria de extensão do contrato coletivo
entre a Associação Portuguesa de Facility Services
Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 10, 11 e 12, de 2020 - APFS e o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços
de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e
Actividades Diversas - STAD e outra
Banca Hospitais (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
- Acordo de empresa entre a Caixa Geral de - Contrato coletivo entre a Associação Por- Trabalhadores marítimos
Depósitos, SA e o Sindicato dos Trabalhadores das tuguesa de Hospitalização Privada - APHP e a - Acordo de empresa entre a Viking Cruises
Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos - FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Portugal, SA e a Federação de Sindicatos dos Tra-
STEC - Revisão global Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Por- balhadores do Mar - FESMAR- Alteração salarial
(Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2020) tugal e outro - Alteração salarial e outra e outras
- Acordo de empresa entre a Caixa Geral (Bol. do TE. nº 11, de 22.3.2020) (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
de Depósitos, SA e a Federação dos Sindicatos - Acordo de empresa entre a SGHL - Socieda- Transportes ferroviários
Independentes da Banca - FSIB - Revisão global de Gestora do Hospital de Loures, SA e o Sindicato - Acordo de empresa entre a CP - Comboios
(Bol. do TE. nº 11, de 22.3.2020) Independente dos Médicos - SIM e outro de Portugal, EPE e o Sindicato Nacional dos
- Acordo de empresa entre a Caixa Geral (Bol. do TE. nº 11, de 22.3.2020) Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses
de Depósitos, SA e o Sindicato dos Bancários do Hotelaria e turismo - SMAQ - Revisão global
Centro e outro - Revisão global - Acordo de empresa entre a Tomaz do Douro (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
(Bol. do TE. nº 11, de 22.3.2020) - Empreendimentos Turísticos, Lda e a Federação - Acordo de empresa entre a ViaPorto, Ope-
- Acordo de empresa entre o Banco BIC de Sindicatos dos Trabalhadores do Mar - FESMAR ração e Manutenção de Transportes, Unipessoal
Português, SA e a Federação dos Sindicatos Inde- - Alteração salarial e outras Lda e a Associação Sindical dos Profissionais do
pendentes da Banca - FSIB – Revisão global (Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2020) Comando e Controlo Ferroviário - APROFER -
(Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020) Metalurgia Integração em níveis de qualificação
- Acordo de empresa entre o Banco BIC Por- - Acordo de empresa entre a SN Maia - Si- (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
tuguês, SA e o Sindicato da Banca, Seguros e Tec- derurgia Nacional, SA e o SINDEL - Sindicato - Acordo de empresa entre a ViaPorto, Ope-
nologias - MAIS Sindicato e outro - Revisão global Nacional da Indústria e da Energia e outros - Re- ração e Manutenção de Transportes, Unipessoal
(Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020) visão global Lda e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos
Campismo (Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2020) Caminhos de Ferro Portugueses - SMAQ - Inte-
- Acordo de empresa entre o Clube de - Acordo de empresa entre a SN Seixal - gração em níveis de qualificação
Campismo de Lisboa - CCL e o Sindicato dos Siderurgia Nacional, SA e o SINDEL - Sindicato Transportes públicos
Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Nacional da Indústria e da Energia e outros - Re- - Contrato coletivo entre a Associação Na-
Restauração e Turismo - SITESE - Alteração salarial/ visão global cional de Transportes de Passageiros – ANTROP
texto consolidado (Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2020) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes
(Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020) Produtos alimentares da Área Metropolitana do Porto - STTAMP - Inte-
Cerâmica, cimento e vidro - Contrato coletivo entre a Associação dos gração em níveis de qualificação
- Contrato coletivo entre a Associação Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA) e (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
Comercial, Industrial e Serviços de Barcelos e outras e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos - Contrato coletivo entre a Associação Nacio-
do Vale do Cávado - ACIBARCELOS e outra e de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - nal de Transportes de Passageiros - ANTROP e o
o Sindicato Independente dos Trabalhadores do SITESE - Alteração salarial e outras Sindicato Nacional dos Motoristas - Integração em
Sector Empresarial da Cerâmica, dos Cimentos, (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020) níveis de qualificação
do Vidro e Atividades Conexas dos Distritos de Seguros (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
Braga, Porto e Viana do Castelo - Integração em - Acordo de empresa entre a Ponto Seguro - - Contrato coletivo entre a Associação Nacio-
níveis de qualificação Mediação de Seguros, Lda e o Sindicato Nacional nal de Transportes de Passageiros - ANTROP e o
(Bol. do TE. nº 11, de 22.3.2020) dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA) STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transpor-
Comércio, Escritórios e Serviços - Alteração salarial e outras tes Rodoviários e Urbanos de Portugal - Integração
- Portaria de extensão das alterações do con- (Bol. do TE. nº 11, de 22.3.2020) em níveis de qualificação
trato coletivo entre a Associação Comercial do - Acordo de empresa entre a Mútua dos (Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)
Distrito de Aveiro (ACA) e o CESP - Sindicato dos Pescadores - Mútua de Seguros, CRL e o Sindica-
Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços
de Portugal e outro
(Bol. do TE, nº 10, de 15.3.2020)
Escolas de condução Feder. - Federação CCT - Contrato Coletivo de Trabalho
- Contrato coletivo entre a ANIECA - Associa-
Siglas Assoc. - Associação ACT - Acordo Coletivo de Trabalho
PRT - Port. de Regulamentação
ção Nacional de Escolas de Condução Automóvel e Sind. - Sindicato
Ind. - Indústria de Trabalho
e a Federação dos Sindicatos de Transportes e
Comunicações - FECTRANS - Revisão global Abreviaturas Dist. - Distrito PE - Port. de Extensão
CT - Comissão Técnica AE - Acordo de Empresas
(Bol. do TE, nº 12, de 29.3.2020)

Esta edição, revista e ampliada, faculta um conjunto de ferramentas que permitem assegurar
de forma mais eficiente a garantia da defesa dos direitos, bem como o cumprimento de
obrigações ou deveres contratuais que decorrem da vida em sociedade.
Edição prática que trata das seguintes áreas:
• Civil • Trabalho • Comercial • Arrendamento • Financeiro e Tributário • Consumo
• Administrativo • Criminal • Contraordenacional
Autor: António Soares Rocha
Págs.: 384 | PVP: € 18,90
310 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - ABRIL/2020

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - ABRIL (De 1 a 15 de abril 2020)

(Continuação da pág. 312) DL n.º 13/2020, de 7.4 - Altera a certifi- Pesca


Port. n.º 91/2020(1), de 14.4 - Define, em cação por via eletrónica de micro, pequena e Port. n.º 88-B/2020, de 6.4 – (Supl.) - De-
execução do disposto no n.º 2 do artigo 3.º da média empresas termina um período de suspensão semanal da ati-
Lei n.º 4-C/2020, de 6 de abril, que estabelece Energia – tarifas de gás e eletricidade vidade da frota que opera em águas interiores não
um regime excecional para as situações de mora Port. n.º 83/2020, de 1.4 - Antecipa os prazos marítimas sob jurisdição das capitanias dos portos
no pagamento das rendas atendendo à situação de prolongamento para a extinção das tarifas tran- do continente e na divisão 9 definida pelo Conselho
epidemiológica provocada pelo coronavírus sitórias aplicáveis aos fornecimentos de eletricidade Internacional para a Exploração do Mar (CIEM)
SARS-CoV-2 e doença COVID-19, os termos em MT e Baixa Tensão Especial (BTE), para 2021 Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2020/A, de 13.4 - Se-
em que é efetuada a demonstração da quebra e 2022, respetivamente, e aos fornecimentos de gunda alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 29/2010/A,
de rendimentos para efeito de aplicação daquele gás natural em BP, para 2022 de 9 de novembro, que aprova o quadro legal da
regime excecional a situações de incapacidade Ensino pesca açoriana
de pagamento das rendas habitacionais devidas DL n.º 11/2020, de 2.4 - Cria os concursos DL n.º 15/2020, de 15.4 - Cria uma linha de
a partir de 1 de abril de 2020 e até ao mês especiais de ingresso no ensino superior para crédito com juros bonificados dirigida aos opera-
subsequente ao termo da vigência do estado titulares dos cursos de dupla certificação do ensino dores do setor da pesca
de emergência secundário e cursos artísticos especializados Saúde – Equipamentos de proteção individual
Res. Cons. Min. n.º 22/2020, de 14.4 - Res. Cons. Min. n.º 21/2020, de 14.4 - Au- DL n.º 14-E/2020, de 13.4 – (2º Supl.) -
Prorroga a reposição, a título excecional e tem- toriza a realização da despesa relativa aos apoios Estabelece um regime excecional e temporário
porário, do controlo de pessoas nas fronteiras, financeiros às cooperativas e associações de ensino para a conceção, o fabrico, a importação, a co-
no âmbito da pandemia da doença COVID-19 especial e a instituições particulares de solidarieda- mercialização nacional e a utilização de dispositivos
Res. Cons. Min. n.º 24/2020, de 14.4 - de social para o ano letivo de 2020/2021 médicos para uso humano e de equipamentos de
Determina a adoção de medidas extraordinárias Execução de penas - COVID-19 proteção individual
de resposta à pandemia da doença COVID-19, Lei n.º 9/2020, de 10.4 - Regime excecional de Saúde e medicamentos
no âmbito da ciência e inovação flexibilização da execução das penas e das medidas de Port. n.º 85/2020, de 3.4 - Procede à primeira
DL n.º 16/2020, de 15.4 - Estabelece graça, no âmbito da pandemia da doença COVID-19 alteração à Port. n.º 390/2019, de 29 de outubro
normas excecionais e temporárias destinadas Faturação eletrónica nos contratos públicos (Procede à quarta alteração à Port. n.º 224/2015,
à prática de atos por meios de comunicação DL n.º 14-A/2020, de 7.4 (Supl.) - Altera o de 27 de julho - estabelece o regime jurídico a que
à distância, no âmbito da pandemia da doença prazo de implementação da faturação eletrónica obedecem as regras de prescrição e dispensa de
COVID-19 nos contratos públicos medicamentos e produtos de saúde e define as
Dec. Pres. Rep. n.º 17-A/2020, de 2.4 Habitação e reabilitação – apoios financeiros obrigações de informação a prestar aos utentes)
– (Supl.) - Renova a declaração de estado de Dec. Regul. Reg. n.º 9/2020/A, de 9.4 - Re- Saúde – taxas moderadoras
emergência, com fundamento na verificação de gulamenta o Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2019/A, de Dec. Regul. Reg. n.º 8/2020/A, de 2.4 - Pri-
uma situação de calamidade pública 24 de maio, que estabelece o regime jurídico da meira alteração ao Dec. Regul. Reg. n.º 16/2011/A,
Resol. da Assembl. da Rep. n.º 22-A/2020, concessão dos apoios financeiros a obras de rea- de 28 de junho, que estabelece o pagamento de
de 2.4 – (Supl.) - Autorização da renovação do bilitação, reparação e beneficiação de edifícios ou taxas moderadoras no acesso às prestações de
estado de emergência de frações, para habitação própria permanente ou saúde no âmbito do Serviço Regional de Saúde
Decreto n.º 2-B/2020, de 2.4 – (2º Supl.) para arrendamento, no âmbito do Programa Casa dos Açores
- Regulamenta a prorrogação do estado de emer- Renovada, Casa Habitada Trabalho e Segurança Social
gência decretado pelo Presidente da República Impostos especiais de consumo Port. n.º 87/2020, de 6.4 - Procede à prorro-
Res. Cons. Min. n.º 18-B/2020, de 2.4 – (2º Port. n.º 89/2020(1), de 7.4 - Adota medidas gação do prazo para apresentação de candidaturas
Sul.) - Res. Cons. Min. que prorroga os efeitos excecionais, decorrentes da epidemia COVID-19, à 5.ª edição do Programa de Estágios Profissionais
da declaração de situação de calamidade no relativas às formalidades aplicáveis à produção, na Administração Central do Estado, específicos
município de Ovar, na sequência da pandemia armazenagem e comercialização, com isenção do para os serviços periféricos externos do Ministério
COVID-19 imposto, de álcool destinado aos fins previstos dos Negócios Estrangeiros (PEPAC-MNE), previs-
Port. n.º 85-A/2020, de 3.4 – (Supl.) - De- no n.º 3 do artigo 67.º do Código dos Impostos to na Port. n.º 70/2020, de 13 de março
fine e regulamenta os termos e as condições de Especiais de Consumo (CIEC) Port. n.º 88-A/2020(2), de 6.4 – (Supl.) -
atribuição dos apoios de caráter extraordinário, Incêndios florestais Aprova as instruções de preenchimento da Decla-
temporário e transitório, destinados ao setor Decl. de Retifi. n.º 16/2020, de 2.4 - Retifi- ração Mensal de Remunerações (DMR), aprovada
social e solidário, em razão da situação epidemio- cação à Resolução da Assembleia da República n.º pela Port. n.º 40/2018, de 31 de janeiro
lógica do novo coronavírus - COVID 19, tendo 18/2020, de 24 de março Port. n.º 88-C/2020, de 6.4 – (2º Supl.)
em vista apoiar as instituições particulares de Inspeção de veículos - Procede ao aumento, para o ano de 2020, da
solidariedade social, cooperativas de solidarie- Port. n.º 90/2020, de 9.4 - Procede à primeira comparticipação financeira da segurança social,
dade social, organizações não-governamentais alteração à Port. n.º 80-A/2020, de 25 de março, no âmbito da aplicação do regime jurídico da
das pessoas com deficiência e equiparadas no que veio estabelecer o regime de prestação de cooperação previsto na Port. n.º 196-A/2015, de
funcionamento das respostas sociais serviços essenciais de inspeção de veículos 1 de julho, na sua redação atual
Port. n.º 86/2020, de 4.4 - Estabelece um Instituições Particulares de Solidariedade DL n.º 14/2020, de 7.4 - Clarifica o regime
conjunto de medidas excecionais e temporárias Social do cálculo da remuneração na reserva
relativas à situação epidemiológica da doença Port. n.º 88-C/2020, de 6.4 – (2º Supl.) DL n.º 14-D/2020, de 13.4 – (Supl.) - Reforça
COVID 19, no âmbito da operação 10.2.1.4, - Procede ao aumento, para o ano de 2020, da a proteção na parentalidade, dos trabalhadores que
«Cadeias curtas e mercados locais», da ação comparticipação financeira da segurança social, exercem funções públicas integrados no regime de
n.º 10.2, «Implementação das estratégias», no âmbito da aplicação do regime jurídico da proteção social convergente
integrada na medida n.º 10, «LEADER», da área cooperação previsto na Port. n.º 196-A/2015, de Transportes
n.º 4, «Desenvolvimento local», do Programa de 1 de julho, na sua redação atual DL n.º 14-C/2020, de 7.4 (Supl.) - Estabelece
Desenvolvimento Rural do Continente Madeira a definição de procedimentos de atribuição de
Dívida Pública Dec. Regul. Reg. n.º 26/2020/M, de 1.4 - financiamento e compensações aos operadores
Res. Cons. Min. n.º 18-A/2020, de 1.4 – Aprova a orgânica da Direção Regional de Pescas de transportes essenciais, no âmbito da pandemia
(Supl.) - Autoriza a emissão de dívida pública, em Militares COVID-19
execução do Orçamento do Estado para 2020 DL n.º 14/2020, de 7.4 - Clarifica o regime 1 - Transcrito neste número.
Empresas - certificação por via eletrónica do cálculo da remuneração na reserva 2 - A publicar no próximo número.
Boletim do Contribuinte 311
ABRIL 2020 - Nº 8

FORM
AÇÃO
ONLIN
E

Manual Prático de Direito do Trabalho


na Gestão Empresarial

PROGRAMA
28 a 30 abril
• Noção e fontes do direito do trabalho
14h00-18h00
• Contrato de Trabalho(noção, contrato trabalho/prestação serviços,
carateristicas, princípio tratamento + favorável)
• Trabalhador (noção, direitos de personalidade; direitos, garantias e
FORMADOR: Mestre João Vilas Boas Sousa deveres, contratação e admissão, parentalidade)
Advogado com Mestrado em Direito do • Empregador (noção; tipos de empresa, poderes e deveres, formação
Trabalho; Gestor de Recursos Humanos profissional)
com Pós-Graduação em Gestão de R.H. e
Formador com CPP • Formação do contrato (dever informação, período experimental,
atividade do trabalhador, trabalhador estrangeiro, trabalhador
estudante)
• Modalidades de contrato de trabalho (contrato a termo, contrato curta
PREÇOS duração, trabalho a tempo parcial, trabalho intermitente, comissão de
serviço, teletrabalho e trabalho temporário)
Assinantes: €175
Público em Geral: €200 • Local de trabalho e transferências
IVA incluído
• Tempo de trabalho (período normal trabalho, horário trabalho, registo
tempo trabalho, adaptabilidade, banco horas, horário concentrado,
isenção horário trabalho, trabalho por turnos, trabalho suplementar,
trabalho nocturno, féria/feraidos/faltas
• Retribuição (noção, retribuição horária, parcelas retributivas, descontos/
penhora, recibo vencimento, declaração de remunerações)
• Vicissitudes na execução do contrato (licença sem retribuição, pré-
reforma, transmissão da empresa ou estabelecimento; redução da
atividade e suspensão do contrato, cedência ocasional do trabalhador
Tendo em conta os condicionalismos que versus cessão de posição contratual)
resultam da prevenção do contágio do
Covid-19, as nossas ações de formação • Segurança, higiene e saúde no trabalho (dever de informação, acidentes
passam a ser feitas on-line, em sala de aula trabalho, exames médicos)
virtual, dando aos formandos a possibilidade
de interagir com o formador e os outros • Processos de cessação do contrato de trabalho (caducidade, revogação
participantes. Para frequentar as ações, os
por acordo, resolução pelo empregador/trabalhador, denúncia,
formandos deverão dispor de computador
com câmara, ou em alternativa, tablet ou processos disciplinares, despedimento coletivo, extinção do posto de
smartphone, e acesso à internet. trabalho, despedimento por inadaptação, abandono)
Todas a ações a partir de agora são on line.
• Contra-ordenações laborais

Informações/Inscrições Ana Bessa (Dep. Formação) | Vida Económica - Editorial SA.


Rua Gonçalo Cristóvão, 14 R/C 4000-263 Porto | 223 399 427/00 | Fax: 222 058 098
Email: anabessa@vidaeconomica.pt
312 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - ABRIL/2020

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - ABRIL (De 1 a 15 de abril 2020)

Açores fine e regulamenta os termos e as condições de e Serviços e outras e o CESMINHO - Sindicato dos
Dec. Legisl. Reg. n.º 9/2020/A, de 1.4 - Pri- atribuição dos apoios de caráter extraordinário, Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços
meira alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 3/2014/A, temporário e transitório, destinados ao setor social do Minho e outro
de 14 de fevereiro, que cria o Programa Regional e solidário, em razão da situação epidemiológica Contratos Públicos
de Apoio às Sociedades Recreativas e Filarmónicas do novo coronavírus - COVID 19, tendo em vista DL n.º 14-A/2020, de 7.4 (Supl.) - Altera o
da Região Autónoma dos Açores apoiar as instituições particulares de solidariedade prazo de implementação da faturação eletrónica
Dec. Legisl. Reg. n.º 10/2020/A, de 8.4 - Pri- social, cooperativas de solidariedade social, orga- nos contratos públicos
meira alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 2/2020/A, nizações não-governamentais das pessoas com COVID-19
de 22 de janeiro, que aprova o Plano Regional deficiência e equiparadas no funcionamento das Lei n.º 4-A/2020, de 6.4 – (3º Supl.) - Pro-
Anual para 2020 respostas sociais cede à primeira alteração à Lei n.º 1-A/2020, de
Dec. Regul. Reg. n.º 9/2020/A, de 9.4 - Re- Arrendamento – mora no pagamento de 19 de março, que aprova medidas excecionais e
gulamenta o Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2019/A, de renda temporárias de resposta à situação epidemiológica
24 de maio, que estabelece o regime jurídico da Lei n.º 4-C/2020(1), de 6.4 – (3º Supl.) - provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e da
concessão dos apoios financeiros a obras de rea- Regime excecional para as situações de mora no doença COVID-19, e à segunda alteração ao DL n.º
bilitação, reparação e beneficiação de edifícios ou pagamento da renda devida nos termos de con- 10-A/2020, de 13 de março, que estabelece medi-
de frações, para habitação própria permanente ou tratos de arrendamento urbano habitacional e não das excecionais e temporárias relativas à situação
para arrendamento, no âmbito do Programa Casa habitacional, no âmbito da pandemia COVID-19 epidemiológica do novo Coronavírus - COVID 19
Renovada, Casa Habitada Port. n.º 91/2020(1), de 14.4 - Define, em DL n.º 12-A/2020, de 6.4 – (3º Supl.) - Esta-
Dec. Legisl. Reg. n.º 11/2020/A, de 13.4 - Se- execução do disposto no n.º 2 do artigo 3.º da Lei belece medidas excecionais e temporárias relativas
gunda alteração ao Dec. Legisl. Reg. n.º 29/2010/A, n.º 4-C/2020, de 6 de abril, que estabelece um à pandemia da doença COVID-19
de 9 de novembro, que aprova o quadro legal da regime excecional para as situações de mora no Port. n.º 88-D/2020, de 6.4 – (3º Supl.) -
pesca açoriana pagamento das rendas atendendo à situação epide- Estabelece um conjunto de medidas excecionais e
Administração pública miológica provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 temporárias relativas à situação epidemiológica do
Port. n.º 87/2020, de 6.4 - Procede à prorro- e doença COVID-19, os termos em que é efetuada novo Coronavírus - COVID-19, no âmbito da ação
gação do prazo para apresentação de candidaturas a demonstração da quebra de rendimentos para 8.1, «Silvicultura Sustentável» da Medida 8 «Pro-
à 5.ª edição do Programa de Estágios Profissionais efeito de aplicação daquele regime excecional a teção e Reabilitação dos Povoamentos Florestais»
na Administração Central do Estado, específicos situações de incapacidade de pagamento das rendas do Programa de Desenvolvimento Rural do Con-
para os serviços periféricos externos do Ministério habitacionais devidas a partir de 1 de abril de 2020 tinente, abreviadamente designado por PDR 2020
dos Negócios Estrangeiros (PEPAC-MNE), previs- e até ao mês subsequente ao termo da vigência do Lei n.º 4-C/2020, de 6.4 – (3º Supl.) - Regime
to na Port. n.º 70/2020, de 13 de março estado de emergência excecional para as situações de mora no pagamento
Agricultura Autarquias locais da renda devida nos termos de contratos de arren-
Port. n.º 86/2020, de 4.4 - Estabelece um con- Lei n.º 4-B/2020, de 6.4 – (3º Supl.) - Esta- damento urbano habitacional e não habitacional, no
junto de medidas excecionais e temporárias relativas belece um regime excecional de cumprimento das âmbito da pandemia COVID-19
à situação epidemiológica da doença COVID 19, medidas previstas nos Programas de Ajustamento DL n.º 14-B/2020, de 7.4 (Supl.) - Estabelece
no âmbito da operação 10.2.1.4, «Cadeias curtas e Municipal e de endividamento das autarquias locais, medidas excecionais e temporárias de resposta à
mercados locais», da ação n.º 10.2, «Implementação no âmbito da pandemia da doença COVID-19, e pandemia COVID-19, no âmbito dos sistemas de
das estratégias», integrada na medida n.º 10, «LEA- procede à segunda alteração à Lei n.º 1-A/2020, titularidade estatal de abastecimento de água e de
DER», da área n.º 4, «Desenvolvimento local», do de 19 de março saneamento de águas residuais
Programa de Desenvolvimento Rural do Continente Autarquias locais Lei n.º 5/2020, de 10.4 - Quarta alteração,
Port. n.º 88-D/2020, de 6.4 – (3º Supl.) - Lei n.º 6/2020, de 10.4 - Regime excecional para por apreciação parlamentar, ao DL n.º 10-A/2020,
Estabelece um conjunto de medidas excecionais e promover a capacidade de resposta das autarquias de 13 de março, que estabelece medidas excecio-
temporárias relativas à situação epidemiológica do locais no âmbito da pandemia da doença COVID-19 nais e temporárias relativas à situação epidemioló-
novo Coronavírus - COVID-19, no âmbito da ação Banca e crédito - medidas excecionais de gica do novo Coronavírus - COVID-19
8.1, «Silvicultura Sustentável» da Medida 8 «Pro- proteção de créditos Lei n.º 6/2020, de 10.4 - Regime excecional
teção e Reabilitação dos Povoamentos Florestais» Lei n.º 8/2020, de 10.4 - Primeira alteração, para promover a capacidade de resposta das au-
do Programa de Desenvolvimento Rural do Con- por apreciação parlamentar, ao DL n.º 10-J/2020, tarquias locais no âmbito da pandemia da doença
tinente, abreviadamente designado por PDR 2020 de 26 de março, que estabelece medidas excecio- COVID-19
Port. n.º 88-E/2020, de 6.4 – (3º Supl.) - nais de proteção dos créditos das famílias, empre- Lei n.º 7/2020, de 10.4 - Estabelece regimes
Estabelece medidas excecionais e temporárias no sas, instituições particulares de solidariedade social excecionais e temporários de resposta à epidemia
âmbito da pandemia COVID-19, aplicáveis aos e demais entidades da economia social, bem como SARS-CoV-2, e procede à primeira alteração ao DL
programas operacionais no setor das frutas e pro- um regime especial de garantias pessoais do Estado, n.º 10-I/2020, de 26 de março, e à quarta alteração
dutos hortícolas e respetiva assistência financeira, no âmbito da pandemia da doença COVID-19 à Lei n.º 27/2007, de 30 de julho
regulamentados, a nível nacional, pela Port. n.º Contratos coletivos de trabalho – Portarias Lei n.º 8/2020, de 10.4 - Primeira alteração,
295-A/2018, de 2 de novembro, alterada pela Port. de extensão por apreciação parlamentar, ao DL n.º 10-J/2020,
n.º 306/2019, de 12 de Setembro Port. n.º 88/2020, de 6.4 - Portaria de exten- de 26 de março, que estabelece medidas excecio-
Ambiente - Gases com efeitos de estufa – são das alterações do contrato coletivo entre a As- nais de proteção dos créditos das famílias, empre-
emissão de licenças sociação Comercial de Braga - Comércio, Turismo sas, instituições particulares de solidariedade social
DL n.º 12/2020, de 6.4 - Estabelece o regime e demais entidades da economia social, bem como
jurídico aplicável ao comércio de licenças e emis- um regime especial de garantias pessoais do Estado,
são de gases com efeito de estufa, transpondo a no âmbito da pandemia da doença COVID-19
Diretiva (UE) 2018/410 Boletim do Contribuinte DL n.º 14-F/2020, de 13.4 – (2º Supl.) - Esta-
Port. n.º 92/2020, de 15.4 - Estabelece os Editor: João Carlos Peixoto de Sousa belece medidas excecionais e temporárias relativas
valores das taxas a cobrar aos operadores sujeitos Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A. à pandemia da doença COVID-19
a registo na plataforma eletrónica a que se refere R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 Porto DL n.º 14-G/2020, de 13.4 – (2º Supl.) -
Telf. 223 399 400 • Fax 222 058 098
o n.º 1 do artigo 30.º do DL n.º 145/2017, de 30 Estabelece as medidas excecionais e temporárias
www.boletimdocontribuinte.pt
de novembro Impressão: Uniarte Gráfica, S.A. na área da educação, no âmbito da pandemia da
Apoios ao Setor social e solidário – Covid-19 Nº de registo na DGCS 100 299 doença COVID-19
Port. n.º 85-A/2020, de 3.4 – (Supl.) - De- Depósito Legal nº 33 444/89 (Continua na pág. 310)
ABRIL - 2ª QUINZENA 2020 • Nº 8 • SUPLEMENTO

Boletim do Contribuinte
SUPLEMENTO AO NÚMERO 8 • 2ª QUINZENA DE ABRIL DE 2020 - NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2020


Alterações aos códigos fiscais
Lei n.º 2/2020, de 31 de março
A Lei do Orçamento do Estado para 2020 mantém em vigor
Neste Suplemento transcreve-se um extrato da lei do OE para a contribuição sobre o setor bancário, a contribuição ex-
o corrente ano, nomeadamente a parte relativa ao sistema fis- traordinária sobre o setor energético e a contribuição sobre a
cal, sendo de destacar as habituais alterações no âmbito da fis- indústria farmacêutica. E é de destacar ainda a aprovação, pelo
calidade. Assim, são diretamente alterados os diversos códigos artigo 375º da presente Lei nº 2/2020, de 30.3, da nova con-
fiscais e alguma legislação complementar avulsa. Em concreto, tribuição especial designada de “Contribuição extraordinária
são introduzidas alterações nos Códigos do IRS, do IRC e sobre os fornecedores da indústria de dispositivos médicos do
do IVA, Código dos Impostos Especiais de Consumo (IEC) e Serviço Nacional de Saúde”.
Código do Imposto Sobre Veículos (ISV) e Código do Imposto Finalmente, damos nota que é um dado adquirido, justi-
Único de Circulação (IUC), mantendo-se em 2020 o adicional ficado pelo estado de emergência que o Governo irá preparar
ao imposto único de circulação. Ao nível da tributação sobre o oportunamente um ou mais orçamentos retificativos para
património, são alterados o Código do Imposto do Selo (CIS e ajustar o quadro orçamental previsto para o corrente ano.
TGIS), o Código do IMT. No âmbito dos benefícios e isenções Os gastos e encargos provocados pela presente pandemia,
fiscais, são de salientar também alterações ao Estatuto dos são ainda incalculáveis mas absolutamente extraordinários
Benefícios Fiscais e ao Código Fiscal do Investimento (CFI). quanto aos montantes envolvidos. Assim sendo, é de admitir
A Lei Geral Tributária (LGT) e o Código de Processo e do desde já que o Governo seja forçado a aumentar a carga
Procedimento Tributário (CPPT) sofrem pequenas alterações fiscal em algumas áreas, seja em 2020 ou certamente no
pontuais assim como o Código Contributivo. próximo ano e seguintes.

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea g) do Artigo 8.º


artigo 161.º da Constituição, o seguinte: [...]
(…) 1 - ...............................................................................................
2 - .............................................................................................. :
TÍTULO II
a) ...............................................................................................
Disposições fiscais
b) ...............................................................................................
CAPÍTULO I c) ...............................................................................................
Impostos diretos d) ...............................................................................................
e) ...............................................................................................
SECÇÃO I f) . ...............................................................................................
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares g) . ...............................................................................................
h) As importâncias relativas aos contratos de direito real de ha-
Artigo 326.º
bitação duradoura.
Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
3 - ...............................................................................................
Singulares
4 - . ..............................................................................................
Os artigos 3.º, 8.º, 10.º, 12.º, 22.º, 31.º, 68.º, 72.º, 78.º-A, 78.º-E, 5 - Os rendimentos decorrentes de contratos de direito real de
78.º-F, 81.º, 99.º-F, 101.º, 102.º e 115.º do Código do Imposto sobre habitação duradoura ficam sujeitos a tributação:
o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei a) Desde o seu recebimento ou colocação à disposição na parte
n.º 442-A/88, de 30 de novembro, na sua redação atual, adiante respeitante ao pagamento da prestação pecuniária mensal;
designado por Código do IARS, passam a ter a seguinte redação: b) Desde o momento em que a prestação pecuniária anual constitua
«Artigo 3.º rendimento ou seja deduzida pelo proprietário em virtude do
[...] não cumprimento pelo morador das suas obrigações nos termos
1 - ............................................................................................... previstos no diploma que cria o direito real de habitação dura-
2 - ............................................................................................... doura, na parte respeitante à caução inicial.
3 - .............................................................................................. . Artigo 10.º
4 - .............................................................................................. . [...]
5 - .............................................................................................. . 1 - . ............................................................................................. .
6 - . ............................................................................................. . 2 - ...............................................................................................
7 - . ............................................................................................. . 3 - ...............................................................................................
8 - . ............................................................................................. . 4 - ...............................................................................................
9 - Para efeitos da alínea c) do n.º 2, não é considerada mais-valia a 5 - ...............................................................................................
transferência para o património particular do empresário de bem imóvel 6 - ...............................................................................................
habitacional que seja imediatamente afeto à obtenção de rendimentos 7 - ...............................................................................................
da categoria F.
(Continua na pág. seguinte)
2 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
6 - ...............................................................................................
ORÇAMENTO DO ESTADO 7 - ...............................................................................................
8 - ...............................................................................................
9 - ...............................................................................................
PARA 2020 10 - .............................................................................................
11 - .............................................................................................
12 - .............................................................................................
13 - .............................................................................................
(Continuação da pág. anterior) 14 - .............................................................................................
8 - ............................................................................................... 15 - .............................................................................................
9 - ...............................................................................................
10 - ............................................................................................. Artigo 68.º
11 - ............................................................................................. [...]
12 - ............................................................................................. 1 - .............................................................................................. :
13 - ............................................................................................. Taxas (percentagem)

14 - ............................................................................................. Rendimento coletável (euros)


Normal (A) Média (B)
15 - Em caso de restituição ao património particular de imóvel
habitacional que seja afeto à obtenção de rendimentos da categoria Até 7112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] [...]
De mais de 7112 até 10 732. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] [...]
F, não há lugar à tributação de qualquer ganho, se em resultado dessa De mais de 10 732 até 20 322 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] [...]
afetação o imóvel gerar rendimentos durante cinco anos consecutivos. De mais de 20 322 até 25 075 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] [...]
De mais de 25 075 até 36 967 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] [...]
Artigo 12.º De mais de 36 967 até 80 882 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] [...]
Superior a 80 882 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...] –
[...]
1 - ............................................................................................... 2 - O quantitativo do rendimento coletável, quando superior a 7112
2 - ............................................................................................... (euro), é dividido em duas partes, nos seguintes termos: uma, igual ao
3 - ............................................................................................... limite do maior dos escalões que nele couber, à qual se aplica a taxa
4 - ............................................................................................... da coluna B correspondente a esse escalão; outra, igual ao excedente, a
5 - ............................................................................................... que se aplica a taxa da coluna A respeitante ao escalão imediatamente
6 - ............................................................................................... superior.
7 - ...............................................................................................
8 - ............................................................................................... Artigo 72.º
9 - São excluídos de tributação, até ao limite anual global de 5 [...]
vezes o valor do IAS, os rendimentos da categoria A provenientes de 1 - .............................................................................................. :
contrato de trabalho e os rendimentos de categoria B provenientes de a) ...............................................................................................
contrato de prestação de serviços, incluindo atos isolados, por estudante b) ...............................................................................................
considerado dependente, nos termos do artigo 13.º, a frequentar esta- c) ...............................................................................................
belecimento de ensino integrado no sistema nacional de educação ou d) . ................................................................................................
reconhecidos como tendo fins análogos pelos ministérios competentes. e) Os rendimentos prediais, incluindo os referidos na alínea b)
10 - Para efeitos do disposto no número anterior, devem os sujeitos do n.º 5 do artigo 8.º
passivos submeter através do Portal das Finanças, até 15 de fevereiro 2 - ...............................................................................................
do ano seguinte àquele a que o imposto respeita, documento comprova- 3 - . ............................................................................................. .
tivo da frequência de estabelecimento de ensino oficial ou autorizado. 4 - . ..............................................................................................
Artigo 22.º 5 - Aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arren-
[...] damento para habitação permanente com duração igual ou superior a
1 - ............................................................................................... vinte anos, bem como aos rendimentos prediais decorrentes de contratos
2 - ............................................................................................... de direito real de habitação duradoura (DHD), na parte respeitante ao
3 - .............................................................................................. : pagamento da prestação pecuniária mensal, é aplicada uma redução de
a) Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos não residentes 18 pontos percentuais da respetiva taxa autónoma.
em território português, sem prejuízo do disposto nos n.os 13 6 - ...............................................................................................
e 14 do artigo 72.º; 7 - ...............................................................................................
b) ... 8 - ...............................................................................................
4 - ............................................................................................... 9 - ...............................................................................................
5 - ............................................................................................... 10 - .............................................................................................
6 - ............................................................................................... 11 - . ............................................................................................
7 - ............................................................................................... 12 - Os residentes não habituais em território português são ainda
8 - ............................................................................................... tributados à taxa de 10 % relativamente aos rendimentos líquidos de
9 - ............................................................................................... pensões, incluindo os da categoria H e os previstos na alínea d) do
n.º 1 e subalíneas 3) e 11) da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º, quando,
Artigo 31.º
pelos critérios previstos no n.º 1 do artigo 18.º, não sejam de considerar
[...]
obtidos em território português, na parte em que os mesmos, quando
1 - .............................................................................................. :
tenham origem em contribuições, não tenham gerado uma dedução
a) ...............................................................................................
para efeitos do n.º 2 do artigo 25.º
b) ............................................................................................... 13 - Os rendimentos previstos nas alíneas c) a e) do n.º 1 e nos
c) ............................................................................................... n.os 2 a 5 e nos n.os 9, 10 e 12 podem ser englobados por opção dos
d) . ............................................................................................... respetivos titulares residentes em território português.
e) ............................................................................................... 14 - (Anterior n.º 13.)
f) . ............................................................................................... 15 - (Anterior n.º 14.)
g) ............................................................................................... 16 - (Anterior n.º 15.)
h) 0,50 aos rendimentos da exploração de estabelecimentos de 17 - (Anterior n.º 16.)
alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento, 18 - (Anterior n.º 17.)
localizados em área de contenção. 19 - Sempre que os contratos de arrendamento previstos nos n.os
2 - ............................................................................................... 2, 3, 4 e 5 cessem os seus efeitos antes de decorridos os prazos de
3 - ............................................................................................... duração dos mesmos ou das suas renovações, por motivo imputável
4 - ............................................................................................... ao senhorio, ou, no caso do direito de habitação duradoura, por acordo
5 - ............................................................................................... das partes, extingue-se o direito às reduções da taxa aí previstas, com
(Continua na pag. seguinte)
Orçamento do Estado para 2020 3
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
efeitos desde o início do contrato ou renovação, devendo os titulares aos restantes rendimentos, com exceção dos previstos nas alíneas c) a
dos rendimentos, no ano da cessação do contrato, proceder à declaração e) do n.º 1, nos n.os 2 a 5 e no n.º 10 do artigo 72.º
desse facto para efeitos de regularização da diferença entre o montante 8 - Os titulares dos rendimentos isentos nos termos dos n.os 4 e 5
do imposto que foi pago em cada ano e aquele que deveria ter sido podem optar pela aplicação do método do crédito de imposto referido
pago, acrescida de juros compensatórios. no n.º 1, sendo neste caso os rendimentos obrigatoriamente englobados
20 - (Anterior n.º 19.) para efeitos da sua tributação, com exceção dos previstos nas alíneas
c) a e) do n.º 1, nos n.os 2 a 5, 7 e 10 do artigo 72.º
Artigo 78.º-A
9 - ...............................................................................................
[...]
10 - Os titulares dos rendimentos obtidos no estrangeiro relativa-
1 - ...............................................................................................
mente aos quais, por força de convenção para eliminar a dupla tributação
2 - ............................................................................................... celebrada por Portugal, seja aplicado o método do crédito de imposto
3 - No caso previsto na alínea a) do número anterior, os montantes no Estado da fonte não beneficiam do direito a crédito de imposto por
são de 300 (euro) e 150 (euro), respetivamente, para o segundo depen- dupla tributação jurídica internacional previsto nos n.os 1 e 8.
dente e seguintes, independentemente da idade do primeiro dependente.
Artigo 99.º-F
Artigo 78.º-E [...]
[...] 1 - ...............................................................................................
1 - .............................................................................................. : 2 - ...............................................................................................
a) Com as importâncias, líquidas de subsídios ou comparticipa- 3 - ...............................................................................................
ções oficiais, suportadas a título de renda pelo arrendatário de 4 - As entidades que procedam à retenção na fonte dos rendimentos
prédio urbano ou da sua fração autónoma para fins de habitação previstos no artigo 2.º-B devem aplicar a taxa de retenção que resul-
permanente, quando referentes a contratos de arrendamento tar do despacho previsto no n.º 1 para a totalidade dos rendimentos,
celebrados ao abrigo do Regime do Arrendamento Urbano, incluindo os isentos, apenas à parte dos rendimentos que não esteja
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 321-B/90, de 15 de outubro, ou isenta, consoante se trate do primeiro, do segundo ou do terceiro ano
do Novo Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pela Lei de rendimentos após a conclusão de um ciclo de estudos.
n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, ou com contratos de direito real 5 - Para efeitos do disposto no número anterior, é aplicável o n.º
de habitação duradoura no ano em que tais importâncias sejam 2 do artigo 99.º, com as necessárias adaptações, devendo os sujeitos
tributáveis como rendimento do proprietário, até ao limite de passivos invocar, junto das entidades devedoras, a possibilidade de
502 (euro); beneficiar do regime previsto no artigo 2.º-B, através da comprovação
b) ............................................................................................... da conclusão de um ciclo de estudos.
c) . ............................................................................................... Artigo 101.º
d) . ............................................................................................... [...]
2 - . .............................................................................................. 1 - ...............................................................................................
3 - ............................................................................................... 2 - .............................................................................................. :
4 - ............................................................................................... a) ...............................................................................................
5 - ............................................................................................... b) ...............................................................................................
6 - ............................................................................................... c) Às entidades gestoras de plataformas de financiamento cola-
7 - ............................................................................................... borativo que paguem ou coloquem à disposição rendimentos
8 - ............................................................................................... referidos no n.º 1 do artigo 71.º e que tenham em território
9 - No caso do direito real de habitação duradoura, a importância português a sua sede ou direção efetiva ou estabelecimento
suportada a título de caução inicial deve ser indicada pelo morador na estável a que deva imputar-se o pagamento.
declaração a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º relativa ao ano em que 3 - ...............................................................................................
seja tributável como rendimento do proprietário nos termos da alínea 4 - ...............................................................................................
b) do n.º 5 do artigo 8.º. 5 - ...............................................................................................
6 - ...............................................................................................
Artigo 78.º-F 7 - . ..............................................................................................
[...] 8 - ...............................................................................................
1 - ............................................................................................... 9 - ...............................................................................................
2 - ............................................................................................... 10 - .............................................................................................
3 - ............................................................................................... 11 - .............................................................................................
4 - ............................................................................................... 12 - .............................................................................................
5 - ............................................................................................... 13 - .............................................................................................
6 - O disposto na alínea e) do n.º 1 inclui a aquisição de medica-
Artigo 102.º
mentos de uso veterinário. [...]
Artigo 81.º 1 - ...............................................................................................
[...] 2 - ...............................................................................................
1 - Os titulares de rendimentos das diferentes categorias obtidos 3 - ...............................................................................................
no estrangeiro, incluindo os previstos no artigo 72.º, têm direito a 4 - ...............................................................................................
um crédito de imposto por dupla tributação jurídica internacional, 5 - .............................................................................................. .
dedutível até ao limite das taxas especiais aplicáveis e, nos casos de 6 - ...............................................................................................
englobamento, até à concorrência da parte da coleta proporcional a esses 7 - ...............................................................................................
rendimentos líquidos, considerados nos termos do n.º 6 do artigo 22.º, 8 - Os titulares de rendimentos, cujas entidades devedoras dos
rendimentos não se encontrem abrangidas pela obrigação de retenção
que corresponde à menor das seguintes importâncias:
na fonte prevista neste código, podem, querendo, efetuar pagamentos
a) Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;
por conta do imposto devido a final, desde que o montante de cada
b) Fração da coleta do IRS, calculada antes da dedução, correspon-
entrega seja igual ou superior a 50 (euro).
dente aos rendimentos que no país em causa possam ser tributa-
dos, líquidos das deduções específicas previstas neste Código. Artigo 115.º
2 - ............................................................................................... [...]
3 - ............................................................................................... 1 - .............................................................................................. .
4 - ............................................................................................... 2 - ...............................................................................................
5 - ............................................................................................... 3 - ...............................................................................................
6 - (Revogado.) 4 - ...............................................................................................
7 - Os rendimentos isentos nos termos dos n.os 4 e 5 são obriga- 5 - .............................................................................................. :
toriamente englobados para efeitos de determinação da taxa a aplicar (Continua na pág. seguinte)
4 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
com origem na dotação provisional e procede à definição de um
ORÇAMENTO DO ESTADO regime de consignação de impostos para o IHRU, I. P., com vista a
dar maior previsibilidade ao financiamento das políticas públicas
de habitação.
PARA 2020 Artigo 329.º
Disposição transitória no âmbito do IRS

(Continuação da pág. anterior) 1 - O disposto no artigo 2.º-B do Código do IRS, aditado pela
a) A passar recibo de quitação, em modelo oficial, de todas as presente lei, aplica-se apenas aos sujeitos passivos cujo primeiro
importâncias recebidas dos seus inquilinos, pelo pagamento ano de obtenção de rendimentos após a conclusão de um ciclo de
das rendas referidas nas alíneas a) a e) e h) do n.º 2 do artigo estudos seja o ano de 2020 ou posterior.
8.º, ainda que a título de caução, adiantamento ou reembolso 2 - O disposto nos artigos 22.º, 72.º e 81.º do Código do IRS
de despesas; ou na redação anterior à introduzida pela presente lei continua a ser
b) .............................................................................................» aplicável enquanto não estiver esgotado o período a que se referem
os n.os 9 a 12 do artigo 16.º do Código do IRS, relativamente aos
Artigo 327.º sujeitos passivos que, à data de entrada em vigor da presente lei, já
Aditamento ao Código do Imposto sobre o Rendimento das se encontrem inscritos como residentes não habituais no registo de
Pessoas Singulares contribuintes da Autoridade Tributária e Aduaneira ou cujo pedido
de inscrição já tenha sido submetido e esteja pendente para análise,
É aditado ao Código do IRS o artigo 2.º-B, com a seguinte
bem como aos sujeitos passivos que, à data de entrada em vigor da
redação:
presente lei, sejam considerados residentes para efeitos fiscais e que
«Artigo 2.º-B solicitem a respetiva inscrição como residentes não habituais até
Isenção de rendimentos da categoria A 31 de março de 2020 ou 2021, por reunirem as respetivas condições
1 - Os rendimentos da categoria A, auferidos por sujeito passivo em 2019 ou 2020, respetivamente.
entre os 18 e os 26 anos que não seja considerado dependente, ficam 3 - Os sujeitos passivos que, à data de entrada em vigor da pre-
parcialmente isentos de IRS, nos três primeiros anos de obtenção de sente lei, já se encontrem inscritos como residentes não habituais no
rendimentos do trabalho após o ano da conclusão de ciclo de estudos registo de contribuintes da Autoridade Tributária e Aduaneira ou
igual ou superior ao nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, me- cujo pedido de inscrição já tenha sido submetido e esteja pendente
diante opção na declaração de rendimentos a que se refere o artigo 57.º para análise podem optar pela sua tributação de acordo com a
2 - O disposto no número anterior determina o englobamento dos redação introduzida pela presente lei aos artigos 22.º, 72.º e 81.º do
rendimentos isentos, para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 22.º Código do IRS, desde que não esteja já esgotado o período a que se
3 - A isenção a que se refere o n.º 1 é aplicável a sujeitos passivos referem os n.os 9 a 12 do artigo 16.º do Código do IRS.
que tenham um rendimento coletável, incluindo os rendimentos isentos, 4 - Os sujeitos passivos que, à data de entrada em vigor da
igual ou inferior ao limite superior do quarto escalão do n.º 1 do artigo presente lei, sejam considerados residentes para efeitos fiscais e que
68.º, sendo de 30 % no primeiro ano, de 20 % no segundo ano e de 10 solicitem a respetiva inscrição como residentes não habituais até
% no terceiro ano, com os limites de 7,5 vezes o valor do IAS, 5 vezes 31 de março de 2020 ou 2021, por reunirem as respetivas condições
o valor do IAS e 2,5 vezes o valor do IAS, respetivamente. em 2019 ou 2020, respetivamente, podem igualmente optar pela sua
4 - A isenção prevista nos números anteriores só pode ser utilizada tributação de acordo com a redação introduzida pela presente lei
uma vez pelo mesmo sujeito passivo. aos artigos 22.º, 72.º e 81.º do Código do IRS.
5 - A identificação fiscal dos sujeitos passivos que concluam em 5 - A opção a que se referem os números anteriores deve ser
cada ano um dos níveis de estudos a que se refere o n.º 1 é comunicada exercida pelos sujeitos passivos na declaração de rendimentos
à Autoridade Tributária e Aduaneira nos termos a definir por portaria respeitante ao ano de 2020.
conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças,
do ensino superior e da educação.» Artigo 330.º
Norma interpretativa em sede de IRS
Artigo 328.º
Consignação de receita de Imposto sobre o Rendimento das Considerando que as alterações aos artigos 22.º, 58.º, 72.º, 81.º
Pessoas Singulares ao Instituto da Habitação e da Reabilitação e 119.º do Código do IRS aprovadas pela Lei n.º 119/2019, de 18
Urbana, I. P. de setembro, se destinaram ao aperfeiçoamento do novo regime
introduzido pela Lei n.º 3/2019, de 9 de janeiro, e que este diploma
1 - Constitui receita do IHRU, I. P., a parte proporcional da visou a criação de condições para o arrendamento habitacional
coleta do IRS que corresponder ao agravamento do coeficiente para acessível, têm as mesmas natureza interpretativa.
determinação do rendimento tributável aplicável aos rendimentos
da exploração de estabelecimentos de alojamento local localizados Artigo 331.º
em área de contenção. Medidas transitórias sobre deduções à coleta a aplicar à declara-
2 - A parte da coleta proporcional do IRS referida no número ção de rendimentos de IRS relativa ao ano de 2019
anterior é determinada em função do peso do agravamento de coefi-
1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 78.º-C a 78.º-E e 84.º
ciente aplicável aos rendimentos da exploração de estabelecimentos
do Código do IRS, no que se refere ao apuramento das deduções
de alojamento local localizados em área de contenção, no total de
à coleta pela AT, os sujeitos passivos de IRS podem, na declaração
rendimentos líquidos auferidos pelo sujeito passivo.
de rendimentos respeitante ao ano de 2019, declarar o valor das
3 - Considerando que apenas em 2021 são efetuadas as primeiras
despesas a que se referem aqueles artigos.
liquidações de IRS com agravamento da tributação de rendimentos
2 - O uso da faculdade prevista no número anterior determina,
de alojamento local situados em zonas de contenção, a consigna-
para efeitos do cálculo das deduções à coleta previstas nos artigos
ção prevista no número anterior é efetuada de forma faseada, nos
78.º-C a 78.º-E e 84.º do Código do IRS, a consideração dos valo-
seguintes termos:
a) Em 2020, é transferido para o IHRU, I. P., o valor de 7 000 res declarados pelos sujeitos passivos, os quais substituem os que
000 (euro); tenham sido comunicados à AT nos termos da lei.
b) Em 2021, é transferido para o IHRU, I. P., o valor de 10 3 - O uso da faculdade prevista no n.º 1 não dispensa o cum-
000 000 (euro). primento da obrigação de comprovar os montantes declarados
4 - Em 2022, é transferido para o IHRU, I. P., o valor que re- referentes às despesas referidas nos artigos 78.º-C a 78.º-E e 84.º
sultar do IRS liquidado relativamente aos rendimentos de 2020 e do Código do IRS, relativamente à parte que exceda o valor que
anos seguintes, nos termos previstos nos n.os 1 e 2. foi previamente comunicado à AT, bem como das despesas elegíveis
5 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, durante que dependem de indicação pelos sujeitos passivos no Portal das
o ano de 2020 o Governo transfere adicionalmente 7 000 000 (euro) Finanças, e nos termos gerais do artigo 128.º do Código do IRS.

(Continua na pag. seguinte)


Orçamento do Estado para 2020 5
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
4 - Relativamente ao ano de 2019, o disposto no n.º 7 do artigo 6 - ...............................................................................................
78.º-B não é aplicável às deduções à coleta constantes dos artigos 7 - ...............................................................................................
78.º-C a 78.º-E e 84.º do Código do IRS, sendo substituído pelo 8 - ...............................................................................................
mecanismo previsto nos números anteriores. 9 - ...............................................................................................
10 - .............................................................................................
Artigo 332.º 11 - .............................................................................................
Medidas transitórias sobre despesas e encargos relacionados 12 - .............................................................................................
com a atividade empresarial ou profissional de sujeitos passivos 13 - .............................................................................................
de IRS a aplicar à declaração de rendimentos de IRS relativa ao 14 - .............................................................................................
ano de 2019 15 - Consideram-se incluídos no n.º 1 os gastos suportados com a
1 - Sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 15 do artigo 31.º aquisição de passes sociais em benefício do pessoal do sujeito passivo,
do Código do IRS, no que se refere à afetação à atividade empresa- verificados os requisitos aí exigidos, os quais são considerados, para
rial das despesas e encargos referidos nas alíneas c) e e) do n.º 13 efeitos da determinação do lucro tributável, em valor correspondente
daquele artigo, os sujeitos passivos de IRS podem, na declaração a 130 %.
de rendimentos respeitante ao ano de 2019, declarar o valor das Artigo 50.º-A
despesas e encargos a que se referem aquelas disposições legais. Rendimentos de direitos de autor e de direitos de propriedade
2 - O uso da faculdade prevista no número anterior determina, industrial
para efeitos do cálculo das despesas e encargos referidos nas alíneas
b), c) e e) do n.º 13 do artigo 31.º do Código do IRS, a consideração 1 - Concorrem para a determinação do lucro tributável em apenas
dos valores declarados pelos sujeitos passivos, os quais substituem metade do seu valor os rendimentos provenientes de contratos que
os que tenham sido comunicados à AT e afetos à atividade pelo tenham por objeto a cessão ou a utilização temporária dos seguintes
sujeito passivo nos termos da lei. direitos de autor e direitos de propriedade industrial quando registados:
3 - O uso da faculdade prevista no n.º 1 não dispensa o cumpri- a) ...............................................................................................
mento da obrigação de comprovar os montantes declarados referen- b) ...............................................................................................
tes às despesas e encargos referidos nas alíneas b), c) e e) do artigo c) Direitos de autor sobre programas de computador.
31.º, nos termos gerais do artigo 128.º, ambos do Código do IRS. 2 - O disposto no número anterior é igualmente aplicável aos ren-
4 - Relativamente ao ano de 2019, o disposto no n.º 7 do artigo dimentos decorrentes da violação dos direitos aí referidos.
78.º-B do Código do IRS não é aplicável às deduções ao rendimento 3 - .............................................................................................. :
constantes das alíneas c) e e) do n.º 13 do artigo 31.º do Código a) ...
do IRS, sendo substituído pelo mecanismo previsto nos números b) O cessionário utilize os direitos na prossecução de uma atividade
anteriores. de natureza comercial, industrial ou agrícola;
c) Os resultados da utilização dos direitos pelo cessionário não
Artigo 333.º se materializem na entrega de bens ou prestações de serviços
Autorização legislativa no âmbito do IRS que originem gastos fiscalmente dedutíveis na entidade ceden-
te, ou em sociedade que com esta esteja integrada num grupo
1 - Fica o Governo autorizado a criar deduções ambientais que
de sociedades ao qual se aplique o regime especial previsto
incidam sobre as aquisições de unidades de produção renovável para
no artigo 69.º, sempre que entre uma ou outra e o cessionário
autoconsumo, bem como de bombas de calor com classe energética
existam relações especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.º;
A ou superior, desde que afetas a utilização pessoal, para efeitos
d) ...
de, respetivamente, promoção e disseminação da produção des-
e) O sujeito passivo a cujos rendimentos seja aplicável o disposto no
centralizada de energia a partir de fontes renováveis de energia e
n.º 1 disponha de registos contabilísticos, organizados de modo
comunidades de energia e o fomento de equipamentos mais eficientes.
a que esses rendimentos possam claramente distinguir-se dos
2 - O sentido e a extensão da autorização legislativa prevista
restantes, que permitam identificar os gastos e perdas incorridos
no número anterior consistem em permitir a dedução à coleta do
ou suportados para a realização das atividades de investigação
IRS de cada sujeito passivo, num montante correspondente a uma
e desenvolvimento diretamente imputáveis ao direito objeto de
parte do valor suportado a título daquelas despesas e que constem
cessão ou utilização temporária.
de faturas que titulem aquisições de bens e serviços a entidades
4 - O disposto no presente artigo não se aplica aos rendimentos
com a classificação das atividades económicas apropriada, com o
decorrentes de prestações acessórias de serviços incluídas nos contratos
limite global máximo de 1000 (euro).
referidos no n.º 1, os quais, para o efeito, devem ser autonomizados
3 - A presente autorização legislativa tem a duração do ano
dos rendimentos provenientes da cessão ou da utilização temporária
económico a que respeita a presente lei.
dos respetivos direitos.
Artigo 334.º 5 - ...............................................................................................
Norma revogatória 6 - Para efeitos do presente artigo, considera-se rendimento pro-
veniente de contratos que tenham por objeto a cessão ou a utilização
É revogado o n.º 6 do artigo 81.º do Código do IRS, na sua temporária de direitos o saldo positivo entre os rendimentos e ganhos
redação atual. auferidos no período de tributação em causa e os gastos ou perdas
incorridos ou suportados, nesse mesmo período de tributação, pelo
SECÇÃO II
sujeito passivo para a realização das atividades de investigação e
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
desenvolvimento de que tenha resultado, ou que tenham beneficiado,
Artigo 335.º o direito ao qual é imputável o rendimento.
Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas 7 - O disposto nos n.os 1 e 2 apenas é aplicável à parte do rendi-
Coletivas mento, calculado nos termos do número anterior, que exceda o saldo
negativo acumulado entre os rendimentos e ganhos relativos a cada
1 - Os artigos 43.º, 50.º-A, 86.º-B, 87.º e 88.º do Código do Imposto direito e os gastos e perdas incorridos com a realização das atividades
sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto- de investigação para o respetivo desenvolvimento, registados nos
-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, na sua redação atual, adiante períodos de tributação anteriores.
designado por Código do IRC, passam a ter a seguinte redação: 8 - .............................................................................................. :
«Artigo 43.º DQ / DT x RT x 50 %
[...] em que:
1 - ............................................................................................... DQ = ‘Despesas qualificáveis incorridas para desenvolver o
2 - ............................................................................................... ativo protegido’, as quais correspondem aos gastos e perdas
3 - ............................................................................................... incorridos ou suportados pelo sujeito passivo com atividades de
4 - ............................................................................................... investigação e desenvolvimento por si realizadas de que tenha
5 - ............................................................................................... (Continua na pág. seguinte)
6 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
3 - .............................................................................................. :
ORÇAMENTO DO ESTADO a) 10 % no caso de viaturas com um custo de aquisição inferior
a 27 500 (euro);
b) 27,5 % no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou
PARA 2020 superior a 27 500 (euro) e inferior a 35 000 (euro);
c) ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
5 - ...............................................................................................
(Continuação da pág. anterior) 6 - ...............................................................................................
resultado, ou que tenham beneficiado, o direito em causa, bem 7 - ...............................................................................................
como os relativos à contratação de tais atividades com qualquer 8 - ...............................................................................................
outra entidade com a qual não esteja em situação de relações 9 - ...............................................................................................
especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.º; 10 - .............................................................................................
DT = ‘Despesas totais incorridas para desenvolver o ativo pro- 11 - . ............................................................................................
tegido’, as quais correspondem a todos os gastos ou perdas 12 - . ............................................................................................
incorridos ou suportados pelo sujeito passivo para a realização 13 - .............................................................................................
das atividades de investigação e desenvolvimento de que tenha 14 - . ............................................................................................
resultado, ou que tenham beneficiado, o direito em causa, incluin- 15 - O disposto no número anterior não é aplicável no período de
do os contratados com entidades com as quais esteja em situação tributação de início de atividade e no seguinte.
de relações especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.º, bem 16 - (Anterior n.º 15.)
como, quando aplicável, as despesas com a aquisição do direito;
17 - (Anterior n.º 16.)
RT = ‘Rendimento total derivado do ativo’, o qual corresponde
18 - (Anterior n.º 17.)
ao montante apurado nos termos dos n.os 6 e 7.
19 - No caso de viaturas ligeiras de passageiros movidas a GNV,
9 - .............................................................................................. :
as taxas referidas nas alíneas a), b) e c) do n.º 3 são, respetivamente,
a) ...............................................................................................
de 7,5 %, 15 % e 27,5 %.
b) O montante total das ‘Despesas qualificáveis incorridas para
20 - (Anterior n.º 19.)
desenvolver o ativo protegido’ é majorado em 30 %, tendo
21 - (Anterior n.º 20.)
como limite o montante das ‘Despesas totais incorridas para
22 - (Anterior n.º 21.)»
desenvolver o ativo protegido’.
Artigo 86.º-B 2 - A subsecção VIII-A da secção II do capítulo III do Código
[...] do IRC passa a denominar-se ‘Rendimentos de direitos de autor e
1 - .............................................................................................. : de direitos de propriedade industrial’.
a) ............................................................................................... Artigo 336.º
b) ............................................................................................... Consignação de receita de IRC ao Fundo de Estabilização Finan-
c) ............................................................................................... ceira da Segurança Social
d) ...............................................................................................
e) ............................................................................................... 1 - Constitui receita do FEFSS, integrado no sistema previdencial
f) ............................................................................................... de capitalização da segurança social, o valor correspondente a 2 pon-
g) 0,50 dos rendimentos da exploração de estabelecimentos de tos percentuais das taxas previstas no capítulo IV do Código do IRC.
alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento, 2 - A consignação prevista no número anterior é efetuada de forma
localizados em área de contenção; faseada nos seguintes termos:
h) 0,35 dos rendimentos da exploração de estabelecimentos de a) 1,5 pontos percentuais em 2020;
alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento b) 2 pontos percentuais em 2021 e anos seguintes.
não previstos na alínea anterior. 3 - Em 2020, é transferido para o FEFSS:
2 - ............................................................................................... a) O valor apurado da liquidação de IRC, relativo ao ano de 2019,
3 - ............................................................................................... nos termos do n.º 1 e da alínea a) do n.º 2 do artigo 267.º da
4 - ............................................................................................... Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, deduzido da transferência
5 - ............................................................................................... efetuada naquele ano;
6 - ............................................................................................... b) 50 % da receita de IRC consignada na alínea a) do número
7 - ............................................................................................... anterior, tendo por referência a receita de IRC inscrita no mapa
8 - ............................................................................................... I anexo à presente lei.
9 - ............................................................................................... 4 - Em 2021, é transferido para o FEFSS:
10 - ............................................................................................. a) O valor apurado da liquidação de IRC, relativo ao ano de 2020,
11 - ............................................................................................. nos termos do n.º 1 e da alínea a) do n.º 2, deduzido da trans-
Artigo 87.º ferência efetuada naquele ano;
[...] b) 50 % da receita de IRC consignada na alínea b) do n.º 2, tendo
por referência a receita de IRC inscrita no mapa I anexo à Lei
1 - ...............................................................................................
do Orçamento do Estado para o ano de 2021.
2 - No caso de sujeitos passivos que exerçam, diretamente e a título
5 - Nos anos 2022 e seguintes, as transferências a que se refere o
principal, uma atividade económica de natureza agrícola, comercial ou
presente artigo são realizadas nos termos dos números anteriores, com
industrial, que sejam qualificados como pequena ou média empresa,
as devidas adaptações.
nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de
novembro, a taxa de IRC aplicável aos primeiros 25 000 (euro) de CAPÍTULO II
matéria coletável é de 17 %, aplicando-se a taxa prevista no número Impostos indiretos
anterior ao excedente.
3 - ............................................................................................... SECÇÃO I
4 - ............................................................................................... Imposto sobre o valor acrescentado
5 - ............................................................................................... Artigo 337.º
6 - ............................................................................................... Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
7 - ...............................................................................................
Artigo 88.º 1 - Os artigos 9.º, 21.º, 53.º, 78.º-A, 78.º-B e 78.º-D do Código do
[...] Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
1 - ............................................................................................... 394-B/84, de 26 de dezembro, na sua redação atual, adiante designado
2 - ............................................................................................... por Código do IVA, passam a ter a seguinte redação:
(Continua na pag. seguinte)
Orçamento do Estado para 2020 7
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
«Artigo 9.º 3 - . .............................................................................................. .
[...] Artigo 53.º
.............................................................................................. : [...]
1) As prestações de serviços efetuadas no exercício das profissões
1 - Beneficiam da isenção do imposto os sujeitos passivos que, não
de médico, odontologista, psicólogo, parteiro, enfermeiro e
possuindo nem sendo obrigados a possuir contabilidade organizada
outras profissões paramédicas;
para efeitos do IRS ou IRC, nem praticando operações de importação,
2) ............................................................................................. ;
exportação ou atividades conexas, nem exercendo atividade que consista
3) ............................................................................................. ; na transmissão dos bens ou prestação dos serviços mencionados no
4) ............................................................................................. ; anexo E do presente Código, não tenham atingido, no ano civil anterior,
5) ............................................................................................. ; um volume de negócios superior a 12 500 (euro).
6) ............................................................................................. ; 2 - ...............................................................................................
7) ............................................................................................. ; 3 - ...............................................................................................
8) ............................................................................................. ; 4 - ...............................................................................................
9) ............................................................................................. ; 5 - . ............................................................................................. .
10) ..............................................................................................;
11) ..............................................................................................; Artigo 78.º-A
12) ..............................................................................................; [...]
1 - ...............................................................................................
13) ..............................................................................................;
2 - ...............................................................................................
14) ..............................................................................................;
a) O crédito esteja em mora há mais de 12 meses desde a data do
15) ..............................................................................................:
respetivo vencimento e existam provas objetivas de imparidade
16) ..............................................................................................;
e de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento;
17) ..............................................................................................;
b) ...............................................................................................
18) ..............................................................................................; 3 - ...............................................................................................
19) ..............................................................................................; 4 - ...............................................................................................
20) ..............................................................................................; 5 - ...............................................................................................
21) ...............................................................................................; 6 - ...............................................................................................
22) ..............................................................................................; 7 - ...............................................................................................
23) ..............................................................................................; 8 - ...............................................................................................
24) ..............................................................................................;
25) ..............................................................................................; Artigo 78.º-B
26) ..............................................................................................; [...]
1 - ...............................................................................................
27) ..............................................................................................:
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4, o pedido de autorização
28) ...............................................................................................;
prévia deve ser apreciado pela Autoridade Tributária e Aduaneira no
29) ............................................................................................ :
prazo máximo de quatro meses, findo o qual se considera indeferido.
30) ............................................................................................ ;
3 - ...............................................................................................
31) ............................................................................................ ;
4 - ...............................................................................................
32) ............................................................................................. ; 5 - ...............................................................................................
33) ............................................................................................ ; 6 - ...............................................................................................
34) ............................................................................................ ; 7 - ...............................................................................................
35) ............................................................................................ : 8 - ...............................................................................................
36) ........................................................................................... .; 9 - ...............................................................................................
37) ............................................................................................ ; 10 - .............................................................................................
38) As prestações de serviços efetuadas por intérprete de língua
gestual portuguesa. Artigo 78.º-D
[...]
Artigo 21.º
1 - A identificação da fatura relativa a cada crédito de cobrança
[...]
duvidosa, a identificação do adquirente, o valor da fatura e o imposto
1 - .............................................................................................. :
liquidado, a realização de diligências de cobrança por parte do credor
a)
e o insucesso, total ou parcial, de tais diligências, bem como outros
b) Despesas respeitantes a combustíveis normalmente utilizáveis
elementos que evidenciem a realização das operações em causa, devem
em viaturas automóveis, com exceção das aquisições de gasóleo,
encontrar-se documentalmente comprovados e ser certificados nos
de gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás natural e biocom-
seguintes termos:
bustíveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 50 %, a a) Por revisor oficial de contas ou contabilista certificado inde-
menos que se trate dos bens a seguir indicados, caso em que o pendente, nas situações em que a regularização de imposto não
imposto relativo aos consumos de gasóleo, gasolina, GPL, gás exceda 10 000 (euro) por declaração periódica;
natural e biocombustíveis é totalmente dedutível: b) Exclusivamente por revisor oficial de contas, nas restantes
i) ....................................................................................... situações.
ii) ....................................................................................... 2 - A certificação por revisor oficial de contas ou por contabilista
iii) ....................................................................................... certificado independente prevista no número anterior é efetuada para
iv) ....................................................................................... cada um dos documentos e períodos a que se refere a regularização
v) ....................................................................................... e até à entrega do correspondente pedido, sob pena de o pedido de
c) ............................................................................................... autorização prévia não se considerar apresentado, devendo a certifica-
d) ............................................................................................... ção ser feita, no caso de a regularização dos créditos não depender de
e) ............................................................................................... pedido de autorização prévia, até ao termo do prazo estabelecido para
2 - ............................................................................................... : a entrega da declaração periódica ou até à data de entrega da mesma,
a) ............................................................................................... quando esta ocorra fora do prazo.
b) ............................................................................................... 3 - O revisor oficial de contas ou o contabilista certificado indepen-
c) ............................................................................................... dente devem, ainda, certificar que se encontram verificados os requisitos
d) . ............................................................................................... legais para a dedução do imposto respeitante a créditos considerados
e) . ............................................................................................... incobráveis, atento o disposto no n.º 4 do artigo 78.º-A.»
f) . ...............................................................................................
g) . ............................................................................................... 2 - O montante a que se refere o n.º 1 do artigo 53.º do Código do
h) Despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elé- IVA, na redação dada pela presente lei, é de 11 000 (euro) em 2020.
tricas ou híbridas plug-in. (Continua na pág. seguinte)
8 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
despesas não se encontre excluído do direito à dedução nos
ORÇAMENTO DO ESTADO termos do artigo 21.º do Código do IVA.
2 - ...............................................................................................

PARA 2020 Artigo 3.º


[...]
.............................................................................................. :
a) ...............................................................................................
(Continuação da pág. anterior) b) ...............................................................................................
c) Às entidades e para os bens previstos na alínea d) do n.º 1 do
Artigo 338.º artigo anterior, sem qualquer limite.
Alteração à Lista I anexa ao Código do IVA
Artigo 6.º
As verbas 2.10, 2.28 e 2.32 da Lista I anexa ao Código do IVA [...]
passam a ter a seguinte redação: 1 - .............................................................................................. :
«2.10 - Utensílios e outros equipamentos exclusiva ou principalmente a) ...............................................................................................
destinados a operações de socorro e salvamento adquiridos por b) ...............................................................................................
associações humanitárias e corpos de bombeiros, bem como pelo Instituto c) ...............................................................................................
de Socorros a Náufragos, pelo SANAS - Corpo Voluntário de Salvadores d) ...............................................................................................
Náuticos e pelo Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P. e) Quanto ao ICNF, I. P., pelo presidente do conselho diretivo
2.28 - As prestações de serviços de assistência domiciliária a crian- desta entidade;
ças, idosos, toxicodependentes, doentes ou deficientes, bem como as f) Quanto às entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de
prestações de serviços de teleassistência a idosos e a doentes crónicos, ciência e tecnologia, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia,
prestados ao utente final ou a entidades públicas ou privadas. que deve ser apoiada pela Agência Nacional de Inovação, S. A.,
2.32 - Entradas em espetáculos de canto, dança, música, teatro, relativamente a projetos de I&D da sua competência.
cinema, circo, entradas em exposições, entradas em jardins zoológicos, 2 - ...............................................................................................
botânicos e aquários públicos, desde que não beneficiem da isenção 3 - ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
prevista no n.º 13 do artigo 9.º do Código do IVA, excetuando-se as
5 - ............................................................................................. »
entradas em espetáculos de caráter pornográfico ou obsceno, como tal
considerados na legislação sobre a matéria.» Artigo 341.º
Transferência de IVA para o desenvolvimento do turismo regio-
Artigo 339.º
nal
Aditamento à Lista I anexa ao Código do IVA
1 - A transferência a título de IVA destinada às entidades re-
São aditadas à Lista I anexa ao Código do IVA as verbas 2.34
gionais de turismo é de 16 403 270 (euro).
e 2.35, com a seguinte redação:
2 - O montante referido no número anterior é transferido do
«2.34 - As prestações de serviços que consistam em proporcionar orçamento do subsetor Estado para o Turismo de Portugal, I. P.
a visita, guiada ou não, a edifícios classificados de interesse nacional, 3 - A receita a transferir para as entidades regionais de turismo
público ou municipal e a museus que cumpram os requisitos previstos ao abrigo do número anterior é distribuída com base nos critérios
no artigo 3.º da Lei n.º 47/2004, de 19 de agosto, com exclusão dos definidos na Lei n.º 33/2013, de 16 de maio, que estabelece o regime
fins lucrativos, e que não beneficiem da isenção prevista no n.º 13 do jurídico das áreas regionais de turismo de Portugal continental, a
artigo 9.º do Código do IVA. sua delimitação e características, bem como o regime jurídico da
2.35 - Águas residuais tratadas.» organização e funcionamento das entidades regionais de turismo.
Artigo 340.º Artigo 342.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 84/2017, de 21 de julho Autorização legislativa no âmbito do IVA
Os artigos 1.º, 2.º, 3.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 84/2017, de 21 1 - Fica o Governo autorizado a alterar a verba 3.1 da Lista
de julho, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação: II do Código do IVA, com o sentido de ampliar a sua aplicação a
outras prestações de serviços de bebidas, estendendo-a a bebidas
«Artigo 1.º que se encontram excluídas.
[...] 2 - Nas alterações a introduzir nos termos do número anterior
O presente decreto-lei regula o benefício concedido às Forças Ar- devem ser tidas em conta as conclusões do grupo de trabalho in-
madas, às forças e serviços de segurança, aos bombeiros, à Santa Casa terministerial criado pelo Despacho n.º 8591-C/2016, publicado no
da Misericórdia de Lisboa, às instituições particulares de solidariedade Diário da República, 2.ª série, n.º 125, de 1 de julho.
social, às entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de ciência 3 - Fica igualmente o Governo autorizado a proceder à alteração
e tecnologia e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, das verbas 2.6, 2.8, 2.9 e 2.30 da Lista I anexa ao Código do IVA,
I. P. (ICNF, I. P.), através da restituição total ou parcial do montante relativa a bens e serviços sujeitos a taxa reduzida.
equivalente ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) suportado em 4 - O sentido e extensão das alterações a introduzir no Código
determinadas aquisições de bens e serviços. do IVA, nos termos da autorização legislativa prevista no número
Artigo 2.º anterior, são os seguintes:
[...] a) Alargar o âmbito da verba 2.9 da Lista I anexa ao Código do
1 - .............................................................................................. : IVA, mediante revisão da lista aprovada por despacho dos
a) ............................................................................................... membros do Governo responsáveis pela área das finanças,
b) O ICNF, I. P., as associações humanitárias de bombeiros e os pelas áreas da solidariedade e segurança social e da saúde
municípios, relativamente a corpos de bombeiros, quanto aos para a qual esta remete, nela acolhendo produtos, apare-
lhos e objetos de apoio que constem da lista homologada
bens móveis de equipamento diretamente destinados à pros-
pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P., aprovada
secução dos respetivos fins, incluindo os serviços necessários
nos termos da Norma ISO 9999:2007, cuja utilização seja
à conservação, reparação e manutenção desse equipamento;
exclusiva de pessoas com deficiência e pessoas com incapa-
c) ...............................................................................................
cidade temporária;
d) As entidades sem fins lucrativos do sistema nacional de ciên-
b) Adequar as verbas 2.6, 2.8 e 2.30 à nova redação da verba 2.9.
cia e tecnologia inscritas no Inquérito ao Potencial Científico
5 - Fica ainda o Governo autorizado a criar escalões de consu-
e Tecnológico Nacional (IPTCN), quanto aos instrumentos,
mo de eletricidade baseados na estrutura de potência contratada
equipamentos e reagentes adquiridos no âmbito da sua atividade
existente no mercado elétrico, aplicando aos fornecimentos de
de investigação e desenvolvimento (I&D), desde que o IVA das
(Continua na pag. seguinte)
Orçamento do Estado para 2020 9
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
eletricidade de reduzido valor as taxas previstas nas alíneas a) e bertura de carência de tesouraria, e efetuados por sociedades de
b) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 18.º do Código do IVA. capital de risco (SCR) a favor de sociedades em que detenham
6 - O sentido e extensão da autorização legislativa prevista no participações, bem como os efetuados por outras sociedades a
número anterior são os seguintes: favor de sociedades por elas dominadas ou a sociedades em que
a) Alterar as Listas I e II anexas ao Código do IVA no sentido detenham uma participação de, pelo menos, 10 % do capital com
de criar escalões de consumo, permitindo a tributação à direito de voto ou cujo valor de aquisição não seja inferior a 5
taxa reduzida ou intermédia de IVA dos fornecimentos de 000 000 (euro), de acordo com o último balanço acordado e,
eletricidade relativos a uma potência contratada de baixo bem assim, os efetuados em benefício de sociedade com a qual
consumo; se encontre em relação de domínio ou de grupo;
b) Delimitar a aplicação das taxas previstas na alínea anterior h) Os empréstimos, incluindo os respetivos juros, por prazo não
de modo a reduzir os custos associados ao consumo da ener- superior a um ano, quando concedidos por sociedades, no
gia, protegendo os consumos finais, e mitigando os impactos âmbito de um contrato de gestão centralizada de tesouraria, a
ambientais adversos que decorrem de consumos excessivos favor de sociedades com a qual estejam em relação de domínio
de eletricidade. ou de grupo;
7 - A medida prevista nos n.os 5 e 6 é previamente sujeita ao i) ...............................................................................................
procedimento de consulta do Comité do IVA, nos termos previstos j) ...............................................................................................
no artigo 102.º da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de l) ...............................................................................................
novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o m) ...............................................................................................
valor acrescentado. n) ...............................................................................................
8 - As presentes autorizações legislativas têm a duração do ano o) ...............................................................................................
económico a que respeita a presente lei. p) ...............................................................................................
q) ...............................................................................................
SECÇÃO II
r) ...............................................................................................
Imposto do selo
s) . ...............................................................................................
Artigo 343.º t) . ...............................................................................................
Alteração ao Código do Imposto do Selo u) ...............................................................................................
2 - ............................................................................................... .
Os artigos 5.º, 7.º, 53.º e 70.º-A do Código do Imposto do Selo, 3 - . .............................................................................................. .
aprovado em anexo à Lei n.º 150/99, de 11 de setembro, na sua 4 - . .............................................................................................. .
redação atual, passam a ter a seguinte redação: 5 - ...............................................................................................
«Artigo 5.º 6 - . .............................................................................................. .
[...] 7 - .. .............................................................................................
1 - .............................................................................................. : 8 - Sem prejuízo do estabelecido nos n.os 2 e 3, para efeitos do
a) ............................................................................................... disposto na alínea h) do n.º 1, existe relação de domínio ou grupo,
b) ............................................................................................... quando uma sociedade, dita dominante, detém, há mais de um ano,
c) ............................................................................................... direta ou indiretamente, pelo menos, 75 % do capital de outra ou outras
d) ............................................................................................... sociedades ditas dominadas, desde que tal participação lhe confira mais
e) ............................................................................................... de 50 % dos direitos de voto.
f) ............................................................................................... Artigo 53.º
g) ............................................................................................... [...]
h) Nas operações realizadas por ou com intermediação de insti- 1 - ...............................................................................................
tuições de crédito, sociedades financeiras ou outras entidades a 2 - ...............................................................................................
elas legalmente equiparadas, no momento da cobrança dos juros, 3 - . ............................................................................................. :
prémios, comissões e outras contraprestações, considerando-se a) ...............................................................................................
efetivamente cobrados os juros e comissões debitados em contas b) ...............................................................................................
correntes à ordem de quem a eles tiver direito; c) ...............................................................................................
i) ............................................................................................... d) As alterações efetuadas através da apresentação da declaração
j) ............................................................................................... prevista no n.º 3 do artigo 52.º-A.
l) ............................................................................................... 4 - ...............................................................................................
m) ............................................................................................... 5 - ...............................................................................................
n) ...............................................................................................
o) ............................................................................................... Artigo 70.º-A
p) ............................................................................................... [...]
q) ............................................................................................... Relativamente aos factos tributários ocorridos até 31 de dezembro
r) ............................................................................................... de 2020, as taxas previstas nas verbas 17.2.1 a 17.2.4 são agravadas em
s) ............................................................................................... 50 %, excluindo contratos já celebrados e em execução.»
t) ...............................................................................................
Artigo 344.º
u) ...............................................................................................
Alteração à Tabela Geral do Imposto do Selo
v) ...............................................................................................
w) ............................................................................................... As verbas 17.2.1, 17.2.2, 17.2.3 e 17.2.4 da Tabela Geral do
2 - ............................................................................................... Imposto do Selo, aprovada em anexo à Lei n.º 150/99, de 11 de
Artigo 7.º setembro, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
[...] «17.2.1 - Crédito de prazo inferior a um ano - por cada mês ou
1 - ............................................................................................... : fração - 0,141 %;
a) ............................................................................................... 17.2.2 - Crédito de prazo igual ou superior a um ano - 1,76 %;
b) ............................................................................................... 17.2.3 - Crédito de prazo igual ou superior a cinco anos - 1,76 %;
c) . ............................................................................................... 17.2.4 - Crédito utilizado sob a forma de conta-corrente, descoberto
d) . ............................................................................................... bancário ou qualquer outra forma em que o prazo de utilização não
e) ............................................................................................... seja determinado ou determinável, sobre a média mensal obtida através
f) ............................................................................................... da soma dos saldos em dívida apurados diariamente, durante o mês,
g) Os empréstimos, incluindo os respetivos juros, por prazo não divididos por 30 - 0,141 %.»
superior a um ano, desde que exclusivamente destinados à co- (Continua na pág. seguinte)
10 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
3 - ............................................................................................... :
ORÇAMENTO DO ESTADO a) ...............................................................................................
b)
c) Equipamentos utilizados nas atividades agrícola, florestal,
PARA 2020 aquícola e na pesca com arte-xávega, aprovados por portaria
dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças,
do ambiente, da agricultura e do mar;
d) ...............................................................................................
(Continuação da pág. anterior) e) ...............................................................................................
SECÇÃO III f) ...............................................................................................
Impostos especiais de consumo 4 - ...............................................................................................
5 - ...............................................................................................
Artigo 345.º 6 - ...............................................................................................
Alteração ao Código dos Impostos Especiais de Consumo 7 - ...............................................................................................
Os artigos 78.º, 87.º-C, 92.º-A, 93.º, 103.º, 104.º, 104.º-A, 104.º- 8 - ...............................................................................................
C, 105.º e 105.º-A do Código dos Impostos Especiais de Consumo, 9 - ...............................................................................................
aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, na Artigo 103.º
sua redação atual, adiante designado por Código dos IEC, passam [...]
a ter a seguinte redação: 1 - ...............................................................................................
2 - ...............................................................................................
«Artigo 78.º 3 - ...............................................................................................
[...] 4 - .............................................................................................. :
1 - A taxa do imposto aplicável às bebidas espirituosas declaradas a) Elemento específico - 101 (euro);
para consumo na Região Autónoma da Madeira é de 1241,29 (euro)/ b) Elemento ad valorem - 14 %.
hectolitro. 5 - ...............................................................................................
2 - ............................................................................................... 6 - O imposto mínimo total de referência, para efeitos do número
3 - ............................................................................................... anterior, corresponde a 102 % do somatório dos montantes que re-
4 - ............................................................................................... sultarem da aplicação das taxas do imposto sobre o tabaco previstas
Artigo 87.º-C no n.º 4 e da taxa do imposto sobre o valor acrescentado aos cigarros
[...] pertencentes à classe de preços mais vendida do ano a que corresponda
1 - ............................................................................................... a estampilha especial em vigor.
2 - ............................................................................................... : Artigo 104.º
a) [...]
b) As bebidas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 87.º-A 1 - ...............................................................................................
cujo teor de açúcar seja inferior a 50 gramas por litro e igual 2 - .............................................................................................. :
ou superior a 25 gramas por litro: 6,02 (euro) por hectolitro; a) Charutos - 412,10 (euro) por milheiro;
c) As bebidas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 87.º-A b) Cigarrilhas - 61,81 (euro) por milheiro.
cujo teor de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro e igual 3 - ...............................................................................................
ou superior a 50 gramas por litro: 8,02 (euro) por hectolitro; 4 - .............................................................................................. .
d) As bebidas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 87.º-A 5 - ...............................................................................................
cujo teor de açúcar seja igual ou superior a 80 gramas por litro: 6 - ...............................................................................................
20,06 (euro) por hectolitro; 7 - ...............................................................................................
e) ............................................................................................. :
i) Na forma líquida: 6,02 (euro)/hectolitro, 36,11 (euro)/hec- Artigo 104.º-A
tolitro, 48,14 (euro)/hectolitro e 120,36 (euro)/hectolitro, Tabacos de fumar, rapé e tabaco de mascar
consoante o teor de açúcar seja, respetivamente, inferior a 1 - O imposto incidente sobre o tabaco de corte fino destinado a
25 gramas por litro, inferior a 50 gramas por litro e igual cigarros de enrolar e sobre os restantes tabacos de fumar, o rapé e o
ou superior a 25 gramas por litro, inferior a 80 gramas por tabaco de mascar tem dois elementos: um específico e outro ad valorem.
litro e igual ou superior a 50 gramas por litro, ou igual ou 2 - ...............................................................................................
superior a 80 gramas por litro; 3 - O elemento ad valorem resulta da aplicação de uma percentagem
ii) Apresentados sob a forma de pó, grânulos ou outras formas única aos preços de venda ao público de todos os tipos de tabaco de
sólidas: 10,03 (euro)/hectolitro, 60,18 (euro)/hectolitro, corte fino destinado a cigarros de enrolar e restantes tabacos de fumar,
80,24 (euro)/hectolitro e 200,60 (euro)/hectolitro por 100 de rapé e de tabaco de mascar.
quilogramas de peso líquido, consoante o teor de açúcar 4 - ...............................................................................................
seja, respetivamente, inferior a 25 gramas por litro, inferior 5 - O imposto relativo ao tabaco de corte fino destinado a cigarros
a 50 gramas por litro e igual ou superior a 25 gramas por de enrolar, e restantes tabacos de fumar, ao rapé e ao tabaco de mas-
litro, inferior a 80 gramas por litro e igual ou superior a 50 car, resultante da aplicação do número anterior, não pode ser inferior
gramas por litro, ou igual ou superior a 80 gramas por litro. a 0,175 (euro)/g.
6 - ...............................................................................................
Artigo 92.º-A
Artigo 104.º-C
[...]
[...]
1 - ...............................................................................................
1 - ...............................................................................................
2 - ...............................................................................................
2 - A taxa do imposto é de 0,32 (euro)/ml.
3 - ...............................................................................................
3 - ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
5 - ............................................................................................... Artigo 105.º
6 - Os produtos petrolíferos e energéticos suscetíveis de beneficiar [...]
da isenção prevista na alínea f) do n.º 1 do artigo 89.º do Código dos 1 - ...............................................................................................
IEC que sejam utilizados em instalações abrangidas pelo sistema CELE 2 - Os cigarros ficam sujeitos, no mínimo, a 78 % do montante do
que tenham optado pela exclusão voluntária prevista neste regime estão imposto que resulte da aplicação do disposto no n.º 5 do artigo 103.º
isentos do adicionamento previsto neste artigo. Artigo 105.º-A
Artigo 93.º [...]
[...] 1 - .............................................................................................. :
1 - ............................................................................................... a) Elemento específico - 60,94 (euro);
2 - ............................................................................................... b) Elemento ad valorem - 9 %.
(Continua na pag. seguinte)
Orçamento do Estado para 2020 11
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
2 - Os cigarros ficam sujeitos, no mínimo, a 89 % do montante do de eletricidade, de eletricidade e calor (cogeração), ou de gás de
imposto que resulta da aplicação do disposto no n.º 5 do artigo 103.º cidade, por entidades que desenvolvam essas atividades como sua
3 - .............................................................................................. : atividade principal, são tributados com uma taxa correspondente a
a) Elemento específico - 21,40 (euro); 50 % da taxa de imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos
b) Elemento ad valorem - 9 %.» e com uma taxa correspondente a 50 % do adicionamento sobre
as emissões de CO(índice 2) previstas, respetivamente, nos artigos
Artigo 346.º 92.º e 92.º-A do Código dos IEC.
Aditamento ao Código dos Impostos Especiais de Consumo 2 - O cálculo da taxa prevista na parte final do número anterior
É aditado ao Código dos IEC o artigo 103.º-A, com a seguinte é feito com base num preço que resulta da diferença entre o preço de
redação: referência para o CO(índice 2) estabelecido em 25 (euro)/tCO(índice
«Artigo 103.º-A 2) e o preço resultante da aplicação do n.º 2 do artigo 92.º-A do
Tabaco aquecido Código dos IEC, com o limite máximo de 5 (euro)/tCO(índice 2).
3 - Nos anos subsequentes, as percentagens previstas no n.º 1 são
1 - O imposto incidente sobre o tabaco aquecido tem dois elementos: alteradas a partir de 1 de janeiro de cada ano, nos seguintes termos:
um específico e outro ad valorem. a) 75 % em 2021;
2 - A unidade tributável do elemento específico é o grama. b) 100 % em 2022.
3 - O elemento ad valorem resulta da aplicação de uma percentagem 4 - Durante o ano de 2020, os produtos classificados pelos
única aos preços de venda ao público do tabaco aquecido.
códigos NC 2710 19 61 a 2710 19 69 utilizados na produção de
4 - As taxas dos elementos específico e ad valorem são as seguintes:
eletricidade, com exceção dos usados nas regiões autónomas, e na
a) Elemento específico - 0.0837 (euro)/g;
produção de eletricidade e calor (cogeração), ou de gás de cidade,
b) Elemento ad valorem - 15 %.
são tributados com uma taxa correspondente a 25 % da taxa de
5 - O imposto relativo ao tabaco aquecido resultante da aplicação
imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (ISP) e com uma
do número anterior não pode ser inferior a 0,180 (euro)/g.
6 - Para efeitos de determinação do imposto aplicável, caso o peso taxa correspondente a 25 % da taxa de adicionamento sobre as
das embalagens individuais, expresso em gramas, constitua um número emissões de CO(índice 2), previstas, respetivamente, nos artigos
decimal, esse peso é arredondado: 92.º e 92.º-A do Código dos IEC.
a) Por excesso, para o número inteiro imediatamente superior, 5 - Nos anos subsequentes, as percentagens previstas no número
quando o algarismo da primeira casa decimal for igual ou anterior são alteradas a partir de 1 de janeiro de cada ano, nos
superior a cinco; seguintes termos:
b) Por defeito, para o número inteiro imediatamente inferior, nos a) 50 % em 2021;
restantes casos.» b) 75 % em 2022;
c) 100 % em 2023.
Artigo 347.º 6 - Durante o ano de 2020, os produtos classificados pelos códi-
Consignação da receita ao setor da saúde gos NC 2711, utilizados na produção de eletricidade, com exceção
1 - Nos termos do disposto nos artigos 10.º e 12.º da Lei de En- dos usados nas regiões autónomas, são tributados com uma taxa
quadramento Orçamental, aprovada em anexo à Lei n.º 151/2015, correspondente a 10 % da taxa de ISP e com uma taxa corres-
de 11 de setembro, na sua redação atual, a receita fiscal prevista no pondente a 10 % da taxa de adicionamento sobre as emissões de
presente artigo reverte integralmente para o Orçamento do Estado, CO(índice 2), previstas, respetivamente, nos artigos 92.º e 92.º-A
sem prejuízo da afetação às regiões autónomas das receitas fiscais do Código dos IEC.
nelas cobradas ou geradas. 7 - Nos anos subsequentes, as percentagens previstas no número
2 - A receita obtida com o imposto sobre as bebidas não alcoó- anterior são alteradas a partir de 1 de janeiro de cada ano, nos
licas previsto no artigo 87.º-A do Código dos IEC é consignada à seguintes termos:
sustentabilidade do SNS e dos Serviços Regionais de Saúde das a) 20 % em 2021;
Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, conforme a circuns- b) 30 % em 2022;
crição onde sejam introduzidas no consumo. c) 40 % em 2023.
3 - Para efeitos do n.º 1, a afetação às regiões autónomas das 8 - Aos produtos previstos nos n.os 4 e 6 utilizados em instala-
receitas fiscais nelas cobradas ou geradas efetua-se através do re- ções abrangidas pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão
gime de capitação, aprovado por portaria do membro do Governo (CELE), incluindo as abrangidas pela Exclusão Opcional prevista
responsável pela área das finanças, ouvidos os governos regionais. no CELE, não se aplica a taxa de adicionamento sobre as emissões
4 - Os encargos de liquidação e cobrança incorridos pela AT de CO(índice 2).
são compensados através da retenção de uma percentagem de 3 % 9 - O disposto nos n.os 4 a 7 não é aplicável aos biocombustíveis,
do produto do imposto, a qual constitui receita própria. ao biometano, hidrogénio verde e outros gases renováveis.
10 - A receita decorrente da aplicação dos números anteriores
Artigo 348.º é consignada nos seguintes termos:
Introdução no consumo e comercialização de produtos do tabaco a) 50 % para o Sistema Elétrico Nacional ou para a redução
1 - As embalagens individuais de produtos do tabaco que sejam do défice tarifário do setor elétrico, no mesmo exercício da
introduzidas no consumo, nos termos do artigo 9.º do Código dos sua cobrança, a afetar ao Fundo para a Sustentabilidade
IEC, a partir da data de entrada em vigor da presente lei, devem Sistémica do Setor Energético;
ostentar uma nova estampilha especial, cuja cor e preço são regu- b) 50 % para o Fundo Ambiental.
lados por portaria do membro do Governo responsável pela área 11 - A transferência das receitas previstas na alínea a) do número
das finanças. anterior opera nos termos e condições a estabelecer por despacho
2 - O prazo para a comercialização das embalagens individuais dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e
de produtos do tabaco que tenham aposta a primeira estampilha de do ambiente e da ação climática.
2020 é definido na portaria referida no número anterior. 12 - As receitas previstas na alínea b) do n.º 10 devem ser apli-
3 - O prazo para a introdução no consumo das embalagens cadas em medidas de apoio à ação climática.
individuais de produtos do tabaco que tenham aposta a primeira 13 - Durante o ano de 2020, o Governo estuda a melhor forma
estampilha especial de 2020 pode ser prorrogado, nos termos a de acelerar a progressividade da diminuição da isenção em sede
definir na portaria referida no n.º 1. de ISP e taxa de adicionamento sobre as emissões de CO(índice 2),
por forma a alinhá-los com os estímulos à introdução no consumo
Artigo 349.º
de gases renováveis e assegurar a sua contribuição eficaz para o
Disposição transitória em matéria de produtos petrolíferos e
cumprimento das metas expressas no Roteiro para a Neutralidade
energéticos utilizados na produção de eletricidade, eletricidade e
calor ou gás de cidade Carbónica em 2050, no Plano Nacional Energia e Clima 2030 e os
demais objetivos de ação climática e transição energética.
1 - Durante o ano de 2020, os produtos classificados pelos
códigos NC 2701, 2702 e 2704, que sejam utilizados na produção (Continua na pág. seguinte)
12 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
Veículos a gasóleo

ORÇAMENTO DO ESTADO Escalão de CO2 (em gramas por quilómetro)


Taxas
(em euros)
Parcela a abater
(em euros)

PARA 2020 Até 110 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


De 111 a 120 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
De 121 a 140 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1,56
17,20
58,97
10,43
1 728,32
6 673,96
De 141 a 150 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115,50 14 580,00
De 151 a 160 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145,80 19 200,00
De 161 a 170 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201,00 26 500,00
De 171 a 190 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248,50 33 536,42
(Continuação da pág. anterior) Mais de 190 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256,00 34 700,00

Artigo 350.º 2 - ...............................................................................................


Reavaliação das isenções aos produtos petrolíferos e energéticos
TABELA B
no âmbito do Código dos Impostos Especiais de Consumo
Componente cilindrada
Durante o ano de 2020, o Governo deve proceder à reavaliação
Taxas por centímetros cúbicos Parcela a abater
das isenções atribuídas às instalações incluídas no regime CELE Escalão de cilindrada (em centímetros cúbicos)
(em euros) (em euros)

e no Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia ao Até 1 250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,81 3 020,78
abrigo da alínea f) do n.º 1 do artigo 89.º do Código dos IEC, no Mais de 1 250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11,41 11 005,76

sentido da sua eliminação progressiva.


3 - Os veículos ligeiros, equipados com sistema de propulsão a
SECÇÃO IV gasóleo ficam sujeitos a um agravamento de 500 (euro) no total do
Imposto sobre veículos montante do imposto a pagar, sendo esse valor reduzido para 250 (euro)
relativamente aos veículos ligeiros de mercadorias referidos no n.º 2 do
Artigo 351.º artigo 9.º, com exceção dos veículos que apresentarem nos respetivos
Alteração ao Código do Imposto sobre Veículos certificados de conformidade ou, na sua inexistência, nas homologações
técnicas, um valor de emissão de partículas inferior a 0,001 g/km.
Os artigos 7.º, 8.º, 10.º, 51.º, 52.º, 53.º, 54.º e 57.º-A do Código
4 - ...............................................................................................
do Imposto sobre Veículos, aprovado em anexo à Lei n.º 22-A/2007, 5 - ...............................................................................................
de 29 de junho, na sua redação atual, adiante designado por Código 6 - ...............................................................................................
do ISV, passam a ter a seguinte redação: 7 - ...............................................................................................
«Artigo 7.º 8 - ...............................................................................................
[...] 9 - ...............................................................................................
1 - ............................................................................................... Artigo 8.º
TABELA A [...]
Componente cilindrada 1 - .............................................................................................. :
a) ...............................................................................................
Taxas por centímetros cúbicos Parcela a abater
Escalão de cilindrada (em centímetros cúbicos)
(em euros) (em euros) b) 40 %, aos automóveis ligeiros de utilização mista, com peso
bruto superior a 2500 kg, lotação mínima de sete lugares, in-
Até 1000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,99 769,80
Entre 1001 e 1250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,07 771,31 cluindo o do condutor, e que não apresentem tração às quatro
Mais de 1250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,08 5 616,80 rodas, permanente ou adaptável;
c) 40 %, aos automóveis ligeiros de passageiros que utilizem
Componente ambiental
exclusivamente como combustível gás natural;
Aplicável a veículos com emissões de CO(índice 2) resultantes dos d) ...............................................................................................
testes realizados ao abrigo do Novo Ciclo de Condução Europeu 2 - ...............................................................................................
Normalizado (New European Driving Cycle - NEDC) 3 - ...............................................................................................
Veículos a gasolina Artigo 10.º
Escalão de CO2 (em gramas por quilómetro)
Taxas Parcela a abater [...]
(em euros) (em euros)
.............................................................................................. :
Até 99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
De 100 a 115 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4,19
7,33
387,16
680,91
TABELA C
De 116 a 145 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47,65 5 353,01
De 146 a 175 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55,52 6 473,88 Escalão de cilindrada (em centímetros cúbicos) Valor (em euro
De 176 a 195 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141,42 21 422,47
Mais de 195 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186,47 30 274,29
De 120 até 250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66,90
De 251 até 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83,08
Veículos a gasóleo De 351 até 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111,13
De 501 até 750 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167,24
Escalão de CO2 (em gramas por quilómetro)
Taxas Parcela a abater Mais de 750 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222,27
(em euros) (em euros)

Até 79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,24 398,07 Artigo 51.º


De 80 a 95 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21,26 1 676,08
De 96 a 120 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71,83 6 524,16 [...]
De 121 a 140 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159,33 17 158,92 1 - .............................................................................................. :
De 141 a 160 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177,19 19 694,01
Mais de 160 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243,38 30 326,67 a) Os veículos identificados no Despacho n.º 7316/2016, publicado
no Diário da República, 2.ª série, n.º 107, de 3 de junho, com as
Componente ambiental classes L, M ou S, adquiridos para funções operacionais pela
Aplicável a veículos com emissões de CO(índice 2) resultantes dos Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelo
testes realizados ao abrigo do Procedimento Global de Testes Harmo- Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., ou
nizados de Veículos Ligeiros (Worldwide Harmonized Light Vehicle pelas associações humanitárias ou câmaras municipais para o
Test Procedure - WLTP) conjunto das missões de proteção, socorro, assistência, apoio e
combate aos incêndios, atribuídas aos seus corpos de bombeiros;
Veículos a gasolina
b) ...............................................................................................
Escalão de CO2 (em gramas por quilómetro)
Taxas
(em euros)
Parcela a abater
(em euros)
c) ...............................................................................................
d) ...............................................................................................
Até 110 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40 39,00 e) Os veículos adquiridos para o exercício de funções operacionais
De 111 a 115. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00 105,00
De 116 a 120 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,25 134,00 das equipas de sapadores florestais e da força de sapadores
De 121 a 130 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
De 131 a 145 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4,78
5,79
561,40
691,55
bombeiros florestais pelo Instituto da Conservação da Natureza
De 146 a 175 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37,66 5 276,50 e das Florestas, I. P., bem como os veículos adquiridos pelas
De 176 a 195 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46,58 6 571,10 corporações de bombeiros para o cumprimento das missões
De 196 a 235 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175,00 31 000,00
Mais de 235 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212,00 38 000,00 de proteção civil, nomeadamente socorro, assistência, apoio e
(Continua na pag. seguinte)
Boletim do Contribuinte 13
JANEIRO 2019 - Nº 1 - SUPLEMENTO
combate a incêndios; 3 - ............................................................................................. »
f) ...............................................................................................
2 - ............................................................................................... CAPÍTULO III
3 - ............................................................................................... Impostos locais
Artigo 52.º
[...] SECÇÃO I
Imposto municipal sobre imóveis
1 - Estão isentos do imposto os veículos para transporte coletivo
dos utentes com lotação de nove lugares, incluindo o do condutor, ad- Artigo 352.º
quiridos em estado novo, por instituições particulares de solidariedade Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis
social, cooperativas e associações de e para pessoas com deficiência às
quais tenha sido atribuído o estatuto de organização não governamental Os artigos 3.º, 11.º-A, 46.º, 79.º, 112.º, 112.º-B, 120.º e 129.º do
das pessoas com deficiência (ONGPD), que se destinem ao transporte Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, aprovado em anexo
em atividades de interesse público e que se mostrem adequados à sua ao Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na sua redação
natureza e finalidades, desde que, em qualquer caso, possuam um atual, adiante designado por Código do IMI, passam a ter a se-
nível de emissão de CO(índice 2) NEDC até 180 g/km ou emissão de guinte redação:
CO(índice 2) WLTP até 207 g/km. «Artigo 3.º
2 - ............................................................................................... [...]
3 - ............................................................................................... 1 - ...............................................................................................
a) Estejam afetos ou, na falta de concreta afetação, tenham como
Artigo 53.º
destino normal uma utilização geradora de rendimentos agrícolas,
[...]
silvícolas e pecuários;
1 - Os automóveis ligeiros de passageiros e de utilização mista b) ...
que se destinem ao serviço de aluguer com condutor - táxis, letra ‘A’ e 2 - São também prédios rústicos os terrenos situados dentro de um
letra ‘T’, introduzidos no consumo e que apresentem até quatro anos aglomerado urbano, desde que, por força de disposição legalmente apro-
de uso, contados desde a atribuição da primeira matrícula e respetivos vada, não possam ter utilização geradora de quaisquer rendimentos ou
documentos, e não tenham níveis de emissão de CO(índice 2) NEDC só possam ter utilização geradora de rendimentos agrícolas, silvícolas
superiores a 160 g/km ou níveis de emissão de CO(índice 2) WLTP e pecuários e estejam a ter, de facto, esta afetação.
superiores a 184 g/km, confirmados pelo respetivo certificado de 3 - .............................................................................................. :
conformidade, beneficiam de uma isenção correspondente a 70 % do a) Os edifícios e construções diretamente afetos à produção de
montante do imposto. rendimentos agrícolas, silvícolas e pecuários, quando situados
2 - Os veículos referidos no número anterior que se encontrem nos terrenos referidos nos números anteriores;
equipados com motores preparados para o consumo exclusivo, no seu b) ...............................................................................................
sistema de propulsão, de gás natural ou de energia elétrica, ou com 4 - ...............................................................................................
motores híbridos, preparados para o consumo, no seu sistema de pro- 5 - ...............................................................................................
pulsão, quer de energia elétrica ou solar quer de gasolina ou gasóleo,
Artigo 11.º-A
ficam integralmente isentos de imposto.
[...]
3 - ...............................................................................................
4 - ............................................................................................... 1 - ...............................................................................................
5 - .............................................................................................. : 2 - ...............................................................................................
a) Os veículos devem possuir um nível de emissão de CO(índice 3 - ...............................................................................................
2) NEDC até 120 g/km ou nível de emissão de CO(índice 2) 4 - ...............................................................................................
WLTP até 138 g/km ou, no caso dos veículos previstos no n.º 5 - ...............................................................................................
3 do artigo 9.º, um nível de emissão de CO(índice 2) NEDC 6 - . ..............................................................................................
até 165 g/km ou nível de emissão de CO(índice 2) WLTP até 7 - ...............................................................................................
190 g/km, desde que, em qualquer caso, os níveis de emissões 8 - ...............................................................................................
sejam confirmados pelo respetivo certificado de conformidade; 9 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o sujeito passivo
b) ............................................................................................... que, a 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto, se encontre a
c) ............................................................................................... residir em lar de terceira idade, em instituição de saúde ou no domicílio
d) ............................................................................................... fiscal de parentes e afins em linha reta e em linha colateral, até ao 4.º
6 - ............................................................................................... grau, pode beneficiar da isenção prevista no presente artigo, efetuando
7 - ............................................................................................... até àquela data prova, junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, de
Artigo 54.º que o prédio ou parte de prédio urbano em causa antes constituía a sua
[...] habitação própria e permanente.
1 - ............................................................................................... Artigo 46.º
2 - A isenção é válida apenas para os veículos que possuam nível de [...]
emissão de CO(índice 2) NEDC até 160 g/km ou nível de emissão de 1 - ...............................................................................................
CO(índice 2) WLTP até 184 g/km, não podendo a isenção ultrapassar 2 - ...............................................................................................
o montante de 7800 (euro). 3 - No caso de prédios dotados de autonomia económica nos termos
3 - ............................................................................................... do n.º 1 do artigo 2.º, o terreno a considerar para efeitos da aplicação
4 - O limite relativo ao nível de emissão de CO(índice 2) estabe- do número anterior corresponde apenas à área efetivamente ocupada
lecido no n.º 2 não é aplicável aos veículos especialmente adaptados com a implantação.
ao transporte de pessoas com deficiência que se movam apoiadas em 4 - (Anterior n.º 3.)
cadeira de rodas, tal como estas são definidas pelo artigo seguinte, 5 - (Anterior n.º 4.)
sendo as emissões de CO(índice 2) NEDC aumentadas para 180 g/ Artigo 79.º
km ou para 207 g/km de emissões de CO(índice 2) WLTP quando, por [...]
imposição da declaração de incapacidade, o veículo a adquirir deva
1 - ...............................................................................................
possuir mudanças automáticas.
2 - Se o prédio for rústico ou urbano e não vedado, é inscrito na
Artigo 57.º-A freguesia onde esteja situada a maior área ou o maior número de cons-
[...] truções, respetivamente.
1 - ............................................................................................... 3 - ...............................................................................................
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, só são considera- 4 - ...............................................................................................
dos os automóveis ligeiros de passageiros com emissões específicas
de CO(índice 2) NEDC iguais ou inferiores a 150 g/km ou emissões Artigo 112.º
específicas iguais ou inferiores a 173 g/km de CO(índice 2) WLTP, não [...]
podendo a isenção ultrapassar o montante de 7800 (euro). 1 - ...............................................................................................
(Continua na pág. seguinte)
14 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
«Artigo 11.º
[...]
ORÇAMENTO DO ESTADO 1 - ...............................................................................................
2 - ...............................................................................................
PARA 2020 3 - ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
5 - ...............................................................................................
6 - Deixam de beneficiar de isenção as aquisições a que se refere
o artigo 8.º, se os prédios não forem alienados no prazo de cinco anos
(Continuação da pág. anterior) a contar da data da aquisição ou o adquirente seja uma entidade com
relações especiais, nos termos do n.º 4 do artigo 63.º do Código do IRC.
2 - ............................................................................................... 7 - ...............................................................................................
3 - ............................................................................................... 8 - ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
5 - ............................................................................................... Artigo 12.º
6 - ............................................................................................... [...]
7 - ............................................................................................... 1 - ...............................................................................................
8 - ............................................................................................... 2 - ...............................................................................................
3 - ...............................................................................................
9 - ...............................................................................................
4 - .............................................................................................. :
10 - .............................................................................................
1.ª .............................................................................................. ;
11 - .............................................................................................
2.ª .............................................................................................. ;
12 - .............................................................................................
3.ª .............................................................................................. ;
13 - .............................................................................................
4.ª .............................................................................................. ;
14 - .............................................................................................
5.ª .............................................................................................. ;
15 - ............................................................................................. 6.ª .............................................................................................. ;
16 - A identificação dos prédios ou frações autónomas devolutos, 7.ª .............................................................................................. ;
os prédios em ruínas e os terrenos para construção referidos no artigo 8.ª .............................................................................................. ;
112.º-B deve ser comunicada pelos municípios à Autoridade Tributária 9.ª .............................................................................................. ;
e Aduaneira, por transmissão eletrónica de dados, nos termos e prazos 10.ª ............................................................................................. ;
referidos no n.º 14 e divulgada por estes no respetivo sítio na Internet, 11.ª ............................................................................................ ;
bem como no boletim municipal, quando este exista. 12.ª ............................................................................................ ;
17 - ............................................................................................. 13.ª ............................................................................................ ;
18 - ............................................................................................. 14.ª ............................................................................................ ;
Artigo 112.º-B 15.ª ............................................................................................ ;
[...] 16.ª ............................................................................................ ;
1 - Os prédios urbanos ou frações autónomas que se encontrem 17.ª ............................................................................................ ;
devolutos há mais de dois anos, os prédios em ruínas, bem como os 18.ª ............................................................................................ ;
terrenos para construção inseridos no solo urbano e cuja qualificação 19.ª ............................................................................................ ;
em plano municipal de ordenamento do território atribua aptidão para o 20.ª ............................................................................................ ;
uso habitacional, sempre que se localizem em zonas de pressão urbanís- 21.ª Quando se constituir direito real de habitação duradoura, o
tica, como tal definidas em diploma próprio, estão sujeitos ao seguinte imposto é liquidado sobre o valor da caução.
agravamento, em substituição do previsto no n.º 3 do artigo 112.º: 5 - ...............................................................................................
a) ............................................................................................... Artigo 13.º
b) ............................................................................................... [...]
2 - ............................................................................................... .............................................................................................. :
Artigo 120.º a) O valor da propriedade, separada do usufruto, uso ou habitação
[...] vitalícios, ou direito real de habitação duradoura, obtém-se
1 - ............................................................................................... deduzindo ao valor da propriedade plena as seguintes percenta-
2 - ............................................................................................... gens, de harmonia com a idade da pessoa de cuja vida dependa
3 - ............................................................................................... a duração daqueles direitos ou, havendo várias, da mais velha
4 - ............................................................................................... ou da mais nova, consoante eles devam terminar pela morte de
5 - ............................................................................................... qualquer ou da última que sobreviver:
6 - Os cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens ou Idade Percentagem a deduzir
unidos de facto beneficiam do disposto no n.º 1, relativamente à totalidade
do imposto a liquidar, mesmo no caso de prédios em compropriedade. Menos de 20 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Menos de 25 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
7 - O disposto no número anterior aplica-se a prédios ou parte de Menos de 30 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
prédios urbanos afetos à habitação própria e permanente dos sujeitos Menos de 35 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Menos de 40 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
passivos e nos quais esteja fixado o respetivo domicílio fiscal. Menos de 45 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Menos de 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Artigo 129.º Menos de 55 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
[...] Menos de 60 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Menos de 65 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
1 - ............................................................................................... Menos de 70 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2 - Os prazos de reclamação e de impugnação contam-se a partir Menos de 75 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Menos de 80 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
do termo do prazo para pagamento voluntário da última ou da única Menos de 85 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
85 ou mais anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
prestação do imposto.»
SECÇÃO II Se o usufruto, uso ou habitação forem temporários, deduzem-se
Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis ao valor da propriedade plena 10 % por cada período indivisível
de cinco anos, conforme o tempo por que esses direitos ainda
Artigo 353.º devam durar, não podendo, porém, a dedução exceder a que se
Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre as Transmis- faria no caso de serem vitalícios;
sões Onerosas de Imóveis b) O valor atual do usufruto obtém-se descontando ao valor da
Os artigos 11.º, 12.º, 13.º, 17.º e 49.º do Código do Imposto propriedade plena o valor da propriedade, calculado nos termos
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, aprovado da regra antecedente, sendo o valor atual do uso e habitação igual
em anexo ao Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na sua a esse valor do usufruto, quando os direitos sejam renunciados,
redação atual, adiante designado por Código do IMT, passam a e a esse valor menos 30 %, nos demais casos e no direito real de
ter a seguinte redação: habitação duradoura, o valor atual, no momento da constituição

(Continua na pag. seguinte)


Orçamento do Estado para 2020 15
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
deste direito, corresponde sempre ao valor constante no contrato, «Artigo 5.º
pago pelo morador a título de caução; [...]
c) ............................................................................................... 1 - .............................................................................................. :
d) ............................................................................................... a) ...............................................................................................
e) ............................................................................................... b) ...............................................................................................
f) ............................................................................................... c) Automóveis e motociclos que, tendo mais de 30 anos e cons-
g) ............................................................................................... tituindo peças de museus públicos, só ocasionalmente sejam
h) ............................................................................................... objeto de uso e não efetuem deslocações anuais superiores a
i) ............................................................................................... 500 quilómetros;
j) ............................................................................................... d) Veículos das categorias A, C, D e E que, tendo mais de 30 anos
Artigo 17.º e sendo considerados de interesse histórico pelas entidades com-
[...] petentes, só ocasionalmente sejam objeto de uso e não efetuem
1 - .............................................................................................. : deslocações anuais superiores a 500 quilómetros;
e) [Anterior alínea d).]
a) ............................................................................................. :
f) Veículos da categoria B que possuam um nível de emissão de
Taxas percentuais CO(índice 2) NEDC até 180 g/km ou um nível de emissão de
Valor sobre que incide o IMT (em euros)
Marginal Média (*)
CO(índice 2) WLTP até 205 g/km e veículos da categoria A,
que se destinem ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’)
Até 92 407 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 0 ou ao transporte em táxi;
De mais de 92 407 e até 126 403 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0,537 9 g) [Anterior alínea f).]
De mais de 126 403 e até 172 348 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1,727 4
De mais de 172 348 e até 287 213 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 3,836 1 h) [Anterior alínea g).]
De mais de 287 213 e até 574 323 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 –
Superior a 574 323 e até 1 000 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 (taxa única)
i) [Anterior alínea h).]
Superior a 1 000 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,5 (taxa única) j) [Anterior alínea i).]
2 - .............................................................................................. :
b) ............................................................................................. : a) Pessoas com deficiência cujo grau de incapacidade seja igual
Taxas percentuais ou superior a 60 %, em relação a veículos da categoria B que
Valor sobre que incide o IMT (em euros)
Marginal Média (*)
possuam um nível de emissão de CO(índice 2) NEDC até 180
g/km ou um nível de emissão de CO(índice 2) WLTP até 205 g/
Até 92 407 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 km ou a veículos das categorias A e E, e nas condições previstas
De mais de 92 407 e até 126 403 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1,268 9 nos n.os 5 e 6;
De mais de 126 403 e até 172 348 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2,263 6
De mais de 172 348 e até 287 213 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 4,157 8 b) ...............................................................................................
De mais de 287 213 e até 550 836 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 – 3 - ...............................................................................................
Superior a 550 836 e até 1 000 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 (taxa única)
Superior a 1 000 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7,5 (taxa única) 4 - ...............................................................................................
5 - . ............................................................................................ ..
c) ............................................................................................... 6 - ...............................................................................................
d) ............................................................................................... 7 - ...............................................................................................
2 - À aquisição onerosa de figuras parcelares do direito de pro- 8 - ...............................................................................................
priedade aplica-se a taxa referida no número anterior correspondente à 9 - ...............................................................................................
natureza dos bens sobre que incide o direito adquirido, sendo aplicável Artigo 9.º
a taxa referida na alínea a) do número anterior apenas quando estiver [...]
em causa a transmissão do usufruto, uso e habitação, direito de super- .............................................................................................. :
fície ou direito real de habitação duradoura, que incidam sobre prédio
Imposto anual segundo o ano da matrícula
urbano ou fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente Combustível utilizado
(em euros)
a habitação própria e permanente. Eletricidade voltagem total
Posterior De 1990 De 1981
Gasolina cilindrada (cm3) Outros produtos cilindrada (cm3)
3 - ............................................................................................... a 1995 a 1995 a 1989

4 - ............................................................................................... Até 1 000 . . . . . . . . . . . . . . . Até 1 500 . . . . . . . . . . . . . . Até 100 . . . . . . . . . . 18,42 11,61 8,14
5 - ............................................................................................... Mais de 1 000 até 1 300 . . . . Mais de 1 500 até 2 000 . . . Mais de 100 . . . . . . 36,96 20,77 11,61
Mais de 1 300 até 1 750 . . . . Mais de 2 000 até 3 000 . . . 57,73 32,27 16,19
6 - . .............................................................................................. Mais de 1 750 até 2 600 . . . . Mais de 3 000 . . . . . . . . . . . 146,47 77,25 33,39
7 - . ............................................................................................ » Mais de 2 600 até 3 500 . . . . 265,98 144,83 73,75
Mais de 3 500 . . . . . . . . . . . . 473,9 243,43 111,85
Artigo 49.º
[...] Artigo 10.º
1 - Quando seja devido IMT, os notários e outros funcionários ou [...]
entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades e 1 - .............................................................................................. :
profissionais com competência para autenticar documentos particulares Escalão de CO2 (gramas por quilómetro)
ou reconhecer assinaturas em documentos particulares que titulem atos Escalão de cilindrada
(centímetros cúbicos)
Taxas (euros) Taxas (euros)

ou contratos sujeitos a registo predial, não podem lavrar as escrituras, NEDC WLTP

quaisquer outros instrumentos notariais ou documentos particulares ou


Até 1 250 . . . . . . . . . . . . . . . . 29,39 Até 120 . . . . . . . . . . . . . . . . . . Até 140 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60,28
autenticar documentos particulares que operem transmissões de bens Mais de 1 250 até 1 750 . . . . . 58,97 Mais de 120 até 180 . . . . . . . . Mais de 140 até 205 . . . . . . . . 90,33
imóveis nem proceder ao reconhecimento de assinaturas nos contratos Mais de 1 750 até 2 500 . . . . . 117,82 Mais de 180 até 250 . . . . . . . . Mais de 205 até 260 . . . . . . . . 196,18
Mais de 2 500 . . . . . . . . . . . . . 403,23 Mais de 250 . . . . . . . . . . . . . . Mais de 260 . . . . . . . . . . . . . . 336,07
previstos nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo 2.º, sem que lhes seja
apresentado o extrato da declaração referida no artigo 19.º acompa- 2 - .............................................................................................. :
nhada do correspondente comprovativo da cobrança, que arquivarão,
Escalão de CO2 (gramas por quilómetro)
disso fazendo menção no documento a que respeitam, sempre que a Taxas (euros)
liquidação deva preceder a transmissão. NEDC WLTP

2 - ...............................................................................................
Mais de 180 até 250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mais de 205 até 260 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29,39
3 - ............................................................................................... Mais de 250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mais de 260 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58,97
4 - ...............................................................................................
5 - ............................................................................................... 3 - ...............................................................................................
6 - ............................................................................................. » Artigo 11.º
SECÇÃO III [...]
Imposto único de circulação .............................................................................................. :
Veículos de peso bruto inferior a 12 t
Artigo 354.º Escalões de peso bruto (quilogramas)
Taxas Anuais
(euros)
Alteração ao Código do Imposto Único de Circulação
Até 2 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32,52
Os artigos 5.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º e 15.º do Código do De 2 501 a 3 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53,85
De 3 501 a 7 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129,04
Imposto Único de Circulação, aprovado em anexo à Lei n.º 22- De 7 501 a 11 999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209,31
A/2007, de 29 de junho, na sua redação atual, adiante designado
por Código do IUC, passam a ter a seguinte redação: (Continua na pág. seguinte)
16 Boletim do Contribuinte
JANEIRO 2019 - Nº 1 - SUPLEMENTO
Veículos a motor de peso bruto igual ou superior a 12 t

Ano da 1.ª matrícula

Até 1990 (inclusive) Entre 1991 e 1993 Entre 1994 e 1996 Entre 1997 e 1999 2000 e após

Escalões de peso bruto


Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão
(quilogramas) Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo
pneumática pneumática pneumática pneumática pneumática
de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão
ou equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente

Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros)

2 eixos:
12 000 . . . . . . . . . . . . . . . . 227 235 210 220 199 209 192 199 190 197
De 12 001 a 12 999 . . . . . 322 379 299 350 286 335 275 323 272 321
De 13 000 a 14 999 . . . . . 325 384 301 356 289 339 278 327 276 325
De 15 000 a 17 999 . . . . . 362 403 336 377 322 359 308 344 306 341
>= 18 000 . . . . . . . . . . . . . 459 512 426 474 408 453 393 434 390 429

3 eixos:
< 15 000 . . . . . . . . . . . . . . 227 322 210 298 199 285 191 275 190 272
De 15 000 a 16 999 . . . . . 319 360 296 334 283 321 271 306 269 303
De 17 000 a 17 999 . . . . . 319 368 296 341 283 326 271 313 269 310
De 18 000 a 18 999 . . . . . 414 457 385 424 368 406 351 391 348 387
De 19 000 a 20 999 . . . . . 415 457 387 424 370 410 354 391 350 392
De 21 000 a 22 999 . . . . . 417 463 388 428 373 461 356 394 351 438
>= 23 000 . . . . . . . . . . . . . 466 519 433 483 415 461 397 441 395 438

>= 4 eixos:
< 23 000 . . . . . . . . . . . . . . 320 358 297 332 283 319 272 303 269 301
De 23 000 a 24 999 . . . . . 403 454 377 422 359 403 344 388 341 385
De 25 000 a 25 999 . . . . . 414 457 385 424 368 406 351 391 348 387
De 26 000 a 26 999 . . . . . 759 860 706 801 673 763 647 732 642 725
De 27 000 a 28 999 . . . . . 769 880 715 819 682 782 657 753 651 746
>= 29 000 . . . . . . . . . . . . . 792 893 734 830 702 795 673 762 668 757

Veículos articulados e conjuntos de veículos

Ano da 1.ª matrícula

Até 1990 (inclusive) Entre 1991 e 1993 Entre 1994 e 1996 Entre 1997 e 1999 2000 e após

Escalões de peso bruto


Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão
(quilogramas) Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo
pneumática pneumática ou pneumática pneumática pneumática
de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão
ou equivalente equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente

Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros)

2 + 1 eixos:
12 000 . . . . . . . . . . . . . . . . 226 228 209 211 198 201 191 193 189 192
De 12 001 a 17 999 . . . . . 312 384 293 356 281 338 271 326 269 324
De 18 000 a 24 999 . . . . . 414 487 388 453 373 432 359 416 355 413
De 25 000 a 25 999 . . . . . 447 499 420 465 401 442 388 425 386 422
>= 26 000 . . . . . . . . . . . . . 833 918 782 853 747 814 719 781 715 774

2 + 2 eixos:
< 23 000 . . . . . . . . . . . . . . 308 354 291 329 278 313 268 301 267 299
De 23 000 a 25 999 . . . . . 398 450 376 420 356 401 345 386 343 383
De 26 000 a 30 999 . . . . . 760 866 712 806 678 769 658 739 652 732
De 31 000 a 32 999 . . . . . 821 889 770 827 734 792 711 759 706 753
>= 33 000 . . . . . . . . . . . . . 874 1054 821 982 783 936 759 901 753 891

2 + 3 eixos:
< 36 000 . . . . . . . . . . . . . . 773 871 724 810 693 773 671 744 665 735
De 36 000 a 37 999 . . . . . 854 927 803 868 766 829 740 803 733 797
>= 38 000 . . . . . . . . . . . . . 885 1043 829 979 794 933 767 904 761 896

3 + 2 eixos:
< 36 000 . . . . . . . . . . . . . . 767 847 719 786 688 753 665 720 660 719
De 36 000 a 37 999 . . . . . 786 896 739 833 706 797 679 763 674 762
De 38 000 a 39 999 . . . . . 788 953 740 885 707 846 682 811 675 809
>= 40 000 . . . . . . . . . . . . . 918 1179 861 1097 821 1048 797 1006 789 1005

>= 3 + 3 eixos:
< 36 000 . . . . . . . . . . . . . . 717 850 672 792 643 754 622 723 615 718
De 36 000 a 37 999 . . . . . 846 939 795 873 758 845 732 802 725 795
De 38 000 a 39 999 . . . . . 854 956 802 887 765 849 739 814 732 808
>= 40 000 . . . . . . . . . . . . . 873 970 818 904 782 861 758 827 750 821

Artigo 12.º
[...]
.................................................................................................................................................................................... :
Veículos de peso bruto inferior a 12 t

Escalões de peso bruto (em quilogramas) Taxas anuais (em euros)

Até 2 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,27


De 2 501 a 3 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29,47
De 3 501 a 7 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67,06
De 7 501 a 11 999 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111,76

(Continua na pag. seguinte)


Orçamento do Estado para 2020 17
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
Veículos a motor de peso bruto (maior ou igual que) 12 t
Ano da 1.ª matrícula

Até 1990 (inclusive) Entre 1991 e 1993 Entre 1994 e 1996 Entre 1997 e 1999 2000 e após

Escalões de peso bruto


Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão
(em quilogramas) Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo
pneumática pneumática pneumática pneumática pneumática
de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão
ou equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente

Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros)

2 eixos:
12 000 . . . . . . . . . . . . . . . . 131 135 123 127 115 121 111 114 110 113
De 12 001 a 12 999 . . . . . 152 198 143 186 137 178 133 173 132 172
De 13 000 a 14 999 . . . . . 154 199 145 187 139 179 135 174 134 172
De 15 000 a 17 999 . . . . . 189 275 178 255 171 245 163 237 161 236
>=18 000. . . . . . . . . . . . . . 223 345 208 326 199 311 192 300 190 298

3 eixos:
< 15 000 . . . . . . . . . . . . . . 130 155 122 146 114 140 110 136 109 135
De 15 000 a 16 999 . . . . . 154 201 145 188 139 180 135 175 134 174
De 17 000 a 17 999 . . . . . 154 201 145 188 139 180 135 175 134 174
De 18 000 a 18 999 . . . . . 186 265 176 247 166 237 161 230 159 228
De 19 000 a 20 999 . . . . . 186 265 176 247 166 237 161 230 159 228
De 21 000 a 22 999 . . . . . 188 283 177 266 170 252 162 244 161 242
>= 23 000 . . . . . . . . . . . . . 282 351 265 331 251 317 244 304 242 302
>= 4 eixos:
< 23 000 . . . . . . . . . . . . . . 154 197 145 185 139 135 135 172 134 171
De 23 000 a 24 999 . . . . . 219 262 204 246 194 235 189 228 187 227
De 25 000 a 25 999 . . . . . 248 289 234 271 224 256 217 249 216 247
De 26 000 a 26 999 . . . . . 403 505 379 472 362 453 348 436 345 433
De 27 000 a 28 999 . . . . . 406 506 381 475 363 454 349 437 347 434
>= 29 000 . . . . . . . . . . . . . 457 680 427 640 410 611 395 592 392 585

Veículos articulados e conjuntos de veículos

Ano da 1.ª matrícula

Até 1990 (inclusive) Entre 1991 e 1993 Entre 1994 e 1996 Entre 1997 e 1999 2000 e após

Escalões de peso bruto


Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão Com suspensão
(em quilogramas) Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo Com outro tipo
pneumática pneumática pneumática pneumática pneumática
de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão de suspensão
ou equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente ou equivalente

Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros) Taxas anuais (euros)

2 + 1 eixos:
12 000 . . . . . . . . . . . . . . . . 129 130 121 121 113 113 110 110 109 109
De 12 001 a 17 999 . . . . . 152 195 143 184 137 176 133 171 132 170
De 18 000 a 24 999 . . . . . 197 257 185 242 172 232 172 225 171 223
De 25 000 a 25 999 . . . . . 248 367 234 343 218 328 218 319 216 316
>= 26 000 . . . . . . . . . . . . . 377 504 351 472 326 450 326 435 324 432

2 + 2 eixos:
< 23 000 . . . . . . . . . . . . . . 152 195 143 184 137 177 133 171 132 170
De 23 000 a 24 999 . . . . . 185 246 175 232 165 222 159 216 158 214
De 25 000 a 25 999 . . . . . 217 260 202 244 193 234 187 227 185 225
De 26 000 a 28 999 . . . . . 311 434 291 408 278 390 269 377 267 375
De 29 000 a 30 999 . . . . . 374 496 348 466 333 444 323 429 321 426
De 31 000 a 32 999 . . . . . 440 583 414 549 395 522 383 505 380 502
>= 33 000 . . . . . . . . . . . . . 587 684 551 643 525 614 508 594 504 590

2 + 3 eixos:
< 36 000 . . . . . . . . . . . . . . 431 495 405 465 386 442 375 428 372 425
De 36 000 a 37 999 . . . . . 462 650 433 610 413 582 400 564 396 559
>= 38 000 . . . . . . . . . . . . . 636 704 598 660 569 630 552 610 548 606

3 + 2 eixos:
< 36 000 . . . . . . . . . . . . . . 366 426 342 401 328 383 318 370 316 367
De 36 000 a 37 999 . . . . . 438 573 412 538 393 514 382 496 379 491
De 38 000 a 39 999 . . . . . 575 674 542 633 516 606 499 585 494 580
>= 40 000 . . . . . . . . . . . . . 797 929 748 871 713 832 691 804 684 798

>= 3 + 3 eixos:
< 36 000 . . . . . . . . . . . . . . 304 396 286 373 273 355 265 342 262 340
De 36 000 a 37 999 . . . . . 400 496 377 466 359 444 345 429 343 426
De 38 000 a 39 999 . . . . . 466 503 437 470 417 449 405 434 401 431
>= 40 000 . . . . . . . . . . . . . 479 678 449 638 428 609 415 590 412 584

(Continua na pag. seguinte)


18 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
ou de prestação de serviços, e que se reorganizem, em resultado de
operações de reestruturação ou acordos de cooperação, são aplicáveis
ORÇAMENTO DO ESTADO os seguintes benefícios:
a) ...............................................................................................
PARA 2020 b) Isenção do imposto do selo, relativamente à transmissão dos
imóveis referidos na alínea anterior ou de estabelecimento
comercial, industrial ou agrícola, necessários às operações de
reestruturação ou aos acordos de cooperação;
c) ...............................................................................................
Artigo 13.º 2 - O regime previsto no presente artigo é aplicável às operações de
[...]
reestruturação ou aos acordos de cooperação que envolvam entidades
.............................................................................................. :
com sede, direção efetiva ou domicílio em território português, noutro
Taxa anual em euros (segundo o ano da matrícula do veículo)
Estado-Membro da União Europeia ou, ainda, no Estado em relação
Escalão de cilindrada (em centímetros cúbicos)
Posterior a 1996 Entre 1992 e 1996 ao qual vigore uma convenção para evitar a dupla tributação sobre
o rendimento e o capital celebrada com Portugal, com exceção das
De 120 até 250 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,73 0
Mais de 250 até 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8,1 5,73 entidades domiciliadas em países, territórios ou regiões com regimes
Mais de 350 até 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,59 11,59
Mais de 500 até 750 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58,86 34,66
de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, constantes de
Mais de 750 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127,82 62,69 lista aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela
área das finanças.
Artigo 14.º
3 - .............................................................................................. :
[...]
a) A fusão de sociedades, empresas públicas, cooperativas ou
A taxa aplicável aos veículos da categoria F é de 2,73 (euro)/kW. outras entidades;
Artigo 15.º b) A incorporação por uma entidade do conjunto ou de um ou mais
[...] ramos de atividade de outra entidade;
c) A cisão de entidade, através da qual:
A taxa aplicável aos veículos da categoria G é de 0,69 (euro)/kg,
i) Uma entidade destaque um ou mais ramos da sua atividade
tendo o imposto o limite de 12 679,93 (euro).»
para com eles constituir outras entidades ou para os fundir
com entidades já existentes, mantendo, pelo menos, um dos
CAPÍTULO IV
ramos de atividade; ou
Benefícios fiscais
ii) Uma entidade se dissolva, dividindo o seu património
Artigo 355.º em duas ou mais partes que constituam, cada uma delas,
Alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais pelo menos, um ramo de atividade, sendo cada uma delas
destinada a constituir uma nova entidade ou a ser fundida
Os artigos 41.º-B, 59.º-A, 60.º e 71.º do Estatuto dos Benefícios com entidades já existentes ou com partes do património de
Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, na outras entidades, separadas por idênticos processos e com
sua redação atual, adiante designado por EBF, passam a ter a igual finalidade.
seguinte redação: 4 - ...............................................................................................
«Artigo 41.º-B 5 - ...............................................................................................
[...] 6 - ...............................................................................................
1 - Às empresas que exerçam, diretamente e a título principal, uma 7 - ...............................................................................................
atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial ou de 8 - ...............................................................................................
prestação de serviços em territórios do interior, que sejam qualificadas 9 - ...............................................................................................
como micro, pequenas ou médias empresas, nos termos previstos no 10 - .............................................................................................
anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, é aplicável a 11 - .............................................................................................
taxa de IRC de 12,5 % aos primeiros 25 000 (euro) de matéria coletável. 12 - .............................................................................................
2 - ............................................................................................... 13 - .............................................................................................
3 - ............................................................................................... 14 - .............................................................................................
4 - ............................................................................................... 15 - .............................................................................................
5 - ...............................................................................................
6 - ............................................................................................... Artigo 71.º
7 - ............................................................................................... Incentivos à reabilitação urbana e ao arrendamento habitacional
8 - . ............................................................................................ .. a custos acessíveis
9 - ............................................................................................... 1 - ...............................................................................................
2 - ...............................................................................................
Artigo 59.º-A
3 - ...............................................................................................
[...]
4 - ...............................................................................................
Os gastos suportados com a aquisição, em território português, 5 - ............................................................................................. ..
de eletricidade e gás natural veicular (GNV) para abastecimento de 6 - ...............................................................................................
veículos são dedutíveis em valor correspondente a 130 %, no caso 7 - ...............................................................................................
de eletricidade, e a 120 %, no caso de GNV, do respetivo montante, 8 - ...............................................................................................
para efeitos da determinação do lucro tributável em sede de IRC e da
9 - ...............................................................................................
categoria B do IRS, neste último caso havendo opção pelo regime da
10 - .............................................................................................
contabilidade organizada, quando se trate de:
11 - .............................................................................................
a) ...............................................................................................
b) ............................................................................................... 12 - .............................................................................................
c) . ................................................................................................ 13 - .............................................................................................
14 - .............................................................................................
Artigo 60.º 15 - .............................................................................................
Reorganização de entidades em resultado de operações de res- 16 - .............................................................................................
truturação ou de acordos de cooperação 17 - .............................................................................................
1 - Às entidades que exerçam, diretamente e a título principal, 18 - .............................................................................................
uma atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial 19 - .............................................................................................

(Continua na pag. seguinte)


Orçamento do Estado para 2020 19
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
20 - .. ........................................................................................... Artigo 358.º
21 - ............................................................................................. Autorização legislativa no âmbito do Estatuto dos Benefícios
22 - ............................................................................................. Fiscais
23 - ............................................................................................ :
1 - Fica o Governo autorizado a criar um regime de benefícios
a) ............................................................................................. : fiscais no âmbito do Programa de Valorização do Interior aplicável
i) ....................................................................................... a sujeitos passivos de IRC em função dos gastos resultantes de
ii) Um nível de conservação mínimo ‘bom’ em resultado de obras criação de postos de trabalho em territórios do interior.
realizadas nos quatro anos anteriores à data do requerimento 2 - O sentido e a extensão da autorização legislativa prevista
para a correspondente avaliação, desde que o custo das obras, no número anterior são os seguintes:
incluindo imposto sobre valor acrescentado, corresponda, pelo a) Consagrar a dedução à coleta, nos termos do n.º 2 do artigo
menos, a 25 % do valor patrimonial tributário do imóvel e 90.º do Código do IRC, correspondente a 20 % dos gastos
este se destine a arrendamento para habitação permanente; do período incorridos, que excederem o valor da retribuição
b) ............................................................................................... mínima nacional garantida, com a criação de postos de tra-
c) ............................................................................................... balho nos territórios do interior, tendo como limite máximo
24 - ............................................................................................. a coleta do período de tributação;
25 - ............................................................................................. b) Prever que os territórios do interior relevantes para aplicação
26 - ............................................................................................. deste benefício sejam definidos por portaria dos membros
27 - Ficam isentos de tributação em IRS e em IRC, pelo período de do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da
duração dos respetivos contratos, os rendimentos prediais obtidos no coesão territorial.
âmbito dos programas municipais de oferta para arrendamento habita- 3 - A autorização legislativa prevista no n.º 1 é concretizada
cional a custos acessíveis, sendo, para efeitos de IRS, os rendimentos pelo Governo após aprovação da União Europeia para alargar o
regime de auxílios de base regional.
isentos obrigatoriamente englobados para efeitos de determinação da
4 - Fica ainda o Governo autorizado a criar um regime de be-
taxa a aplicar aos restantes rendimentos, quando o sujeito passivo opte
nefícios fiscais no âmbito dos Planos de Poupança Florestal (PPF)
pelo englobamento dos rendimentos prediais. que sejam regulamentados ao abrigo do Programa para Estímulo ao
28 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se Financiamento da Floresta a que se refere a Resolução do Conselho
programas municipais de oferta para arrendamento habitacional a custos de Ministros n.º 157-A/2017, de 27 de outubro.
acessíveis os programas de iniciativa municipal que tenham por objeto 5 - O sentido e a extensão da autorização legislativa prevista
contratos de arrendamento e subarrendamento habitacional por um prazo no número anterior são os seguintes:
mínimo de arrendamento não inferior a cinco anos e cujo limite geral a) Aditar ao EBF uma norma que estabeleça uma isenção em
de preço de renda por tipologia não exceda o definido nas tabelas 1 e sede de IRS aplicável aos juros obtidos provenientes de PPF;
2 do anexo I à Portaria n.º 176/2019, de 6 de junho. b) Consagrar uma dedução à coleta, nos termos do artigo 78.º
29 - Em tudo o que não esteja previsto nos n.os 27 e 28 aplica-se do Código do IRS, correspondente a 30 % dos valores em
o regime constante do Decreto-Lei n.º 68/2019, de 22 de maio, com as dinheiro aplicados no respetivo ano por cada sujeito passivo,
necessárias adaptações. mediante entradas em PPF, tendo como limite máximo (euro)
30 - A isenção prevista nos n.os 27 e 28 depende de reconhecimento 450 por sujeito passivo.
pelo membro do Governo responsável pela área das finanças.» 6 - A autorização legislativa prevista no n.º 4 é concretizada
pelo Governo de forma integrada no âmbito da aprovação de le-
Artigo 356.º gislação específica com vista à criação e regulamentação dos PPF
Prorrogação no âmbito do Estatuto dos Benefícios Fiscais previstos na Resolução do Conselho de Ministros n.º 157-A/2017,
de 27 de outubro.
1 - Considerando a avaliação resultante do relatório elaborado 7 - As presentes autorizações legislativas têm a duração do ano
nos termos e para os efeitos do artigo 15.º-A do EBF, a vigência dos económico a que respeita a presente lei.
artigos 20.º, 28.º, 29.º, 30.º, 31.º, 52.º, 53.º, 54.º, 59.º, 59.º-A, 59.º-
B, 59.º-C, 62.º-B, 63.º e 64.º e da alínea b) do artigo 51.º do EBF é CAPÍTULO V
prorrogada até 31 de dezembro de 2020. Código Fiscal do Investimento
2 - Durante o ano de 2020, os benefícios fiscais prorrogados
no número anterior são objeto de nova avaliação de acordo com a Artigo 359.º
metodologia inovatória introduzida pelo referido relatório. Alteração ao Código Fiscal do Investimento

Artigo 357.º Os artigos 29.º, 30.º, 34.º, 35.º, 37.º, 37.º-A, 38.º e 40.º do Códi-
Outras disposições fiscais no âmbito do Estatuto dos Benefícios go Fiscal do Investimento, aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º
Fiscais 162/2014, de 31 de outubro, na sua redação atual, adiante designado
por CFI, passam a ter a seguinte redação:
1 - Durante o mandato da Estrutura de Missão para as Come- «Artigo 29.º
morações do V Centenário da Circum-Navegação comandada pelo [...]
navegador português Fernão de Magalhães (2019-2022), criada pela
1 - Os sujeitos passivos referidos no artigo anterior podem deduzir
Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2017, de 26 de janeiro,
à coleta do IRC, nos períodos de tributação que se iniciem em ou após
os donativos atribuídos por pessoas singulares ou coletivas a favor 1 de janeiro de 2014, até 10 % dos lucros retidos que sejam reinves-
da referida Estrutura de Missão beneficiam do regime previsto no tidos em aplicações relevantes nos termos do artigo 30.º, no prazo de
artigo 62.º-B do EBF. quatro anos contado a partir do final do período de tributação a que
2 - Durante o mandato da Estrutura de Missão para a Presi- correspondam os lucros retidos.
dência Portuguesa do Conselho da União Europeia, criada pela 2 - Para efeitos da dedução prevista no número anterior, o montante
Resolução do Conselho de Ministros n.º 51/2019, de 6 de março, máximo dos lucros retidos e reinvestidos, em cada período de tributação,
os donativos atribuídos por pessoas singulares ou coletivas a favor é de 12 000 000 (euro), por sujeito passivo.
da referida Estrutura de Missão beneficiam do regime previsto no 3 - ...............................................................................................
artigo 62.º do EBF. 4 - ...............................................................................................
3 - Durante os trabalhos de organização da participação por- 5 - ...............................................................................................
tuguesa na Exposição Mundial do Dubai em 2020, aprovada pela 6 - ...............................................................................................
Resolução do Conselho de Ministros n.º 106/2018, de 30 de agosto, Artigo 30.º
os donativos atribuídos por pessoas singulares ou coletivas a favor [...]
da Embaixada de Portugal nos Emirados Árabes Unidos para 1 - ...............................................................................................
efeitos da referida participação beneficiam do regime previsto no 2 - Consideram-se ainda aplicações relevantes, para efeitos do
artigo 62.º do EBF. presente regime, os ativos intangíveis, constituídos por despesas com

(Continua na pag. seguinte)


20 Boletim do Contribuinte
JANEIRO 2019 - Nº 1 - SUPLEMENTO
(Continuação da pág. anterior) 2 - ...............................................................................................
3 - ...............................................................................................
transferência de tecnologia, nomeadamente através da aquisição de
direitos de patentes, licenças, know-how ou conhecimentos técnicos 4 - ...............................................................................................
não protegidos por patente, desde que cumpridos cumulativamente os 5 - ...............................................................................................
seguintes requisitos: 6 - .. ............................................................................................. .
a) Estejam sujeitos a amortizações ou depreciações para efeitos 7 - ...............................................................................................
fiscais; 8 - ...............................................................................................
b) Não sejam adquiridos a entidades com as quais existam relações 9 - (Revogado.)
especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.º do Código do IRC. 10 - (Revogado.)
3 - Considera-se investimento realizado em aplicações relevantes o Artigo 38.º
correspondente às adições, verificadas em cada período de tributação, de [...]
ativos fixos tangíveis ou ativos intangíveis e bem assim o que, tendo a 1 - Os sujeitos passivos de IRC residentes em território português
natureza de ativo fixo tangível e não dizendo respeito a adiantamentos, que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza agrícola,
se traduza em adições aos investimentos em curso. industrial, comercial e de serviços e os não residentes com estabeleci-
4 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, não se con- mento estável nesse território podem deduzir ao montante da coleta do
sideram as adições de ativos que resultem de transferências de inves- IRC apurado nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 90.º do Código
timentos em curso.
do IRC, e até à sua concorrência, o valor correspondente às despesas
5 - No caso de ativos adquiridos em regime de locação financeira,
com investigação e desenvolvimento, na parte que não tenha sido objeto
a dedução a que se refere o n.º 1 do artigo anterior é condicionada ao
de comparticipação financeira do Estado a fundo perdido, realizadas
exercício da opção de compra pelo sujeito passivo no prazo de sete
nos períodos de tributação com início entre 1 de janeiro de 2014 e 31
anos contado da data da aquisição.
de dezembro de 2025, numa dupla percentagem:
6 - (Anterior n.º 5.)
7 - (Anterior n.º 6.) a) ...............................................................................................
Artigo 34.º b) ...............................................................................................
[...] 2 - ...............................................................................................
.............................................................................................. : 3 - ...............................................................................................
a) ............................................................................................... 4 - ...............................................................................................
b) O incumprimento do disposto nos n.os 5, 6 ou 7 do artigo 30.º 5 - ...............................................................................................
implica a devolução do montante de imposto que deixou de 6 - ...............................................................................................
ser liquidado na parte correspondente aos ativos relativamente 7 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3, caso as unidades de parti-
aos quais não seja exercida a opção de compra ou que sejam cipação nos fundos de investimento referidos na alínea f) do n.º 1 do
transmitidos antes de decorrido o prazo de cinco anos, o qual é artigo 37.º sejam alienadas antes de decorrido o prazo de cinco anos,
adicionado ao montante de imposto a pagar relativo ao período ao IRC do período da alienação é adicionado o montante que tenha sido
em que se verifiquem esses factos, acrescido dos correspondentes deduzido à coleta, na proporção correspondente ao período em falta,
juros compensatórios majorados em 15 pontos percentuais; acrescido dos correspondentes juros compensatórios.
c) ............................................................................................... Artigo 40.º
d) ............................................................................................... [...]
Artigo 35.º 1 - ...............................................................................................
[...] 2 - ...............................................................................................
O SIFIDE II, a vigorar nos períodos de tributação de 2014 a 2025, 3 - ...............................................................................................
processa-se nos termos dos artigos seguintes. 4 - ...............................................................................................
5 - ...............................................................................................
Artigo 37.º 6 - ...............................................................................................
[...] 7 - ...............................................................................................
1 - .............................................................................................. : 8 - ...............................................................................................
a) ............................................................................................... 9 - (Revogado.)
b) ...............................................................................................
10 - (Revogado.)
c) ...............................................................................................
11- ..............................................................................................
d) ...............................................................................................
12 - Para efeitos de verificação do investimento realizado, as enti-
e) ...............................................................................................
dades gestoras dos fundos de investimento a que se refere a alínea f) do
f) Participação no capital de instituições de investigação e desenvol-
n.º 1 do artigo 37.º enviam à Agência Nacional de Inovação, S. A., até
vimento e contribuições para fundos de investimento, públicos
ou privados, destinados a financiar empresas dedicadas sobretudo 30 de junho de cada ano, o último relatório anual auditado, bem como
a investigação e desenvolvimento, incluindo o financiamento da documento, seja portefólio ou outro que evidencie os investimentos
valorização dos seus resultados, cuja idoneidade em matéria de realizados pelo fundo, no período anterior, nas entidades previstas
investigação e desenvolvimento seja reconhecida pela Agência naquela disposição.
Nacional de Inovação, S. A., nos termos do n.º 1 do artigo 37.º-A; 13 - As entidades gestoras dos fundos de investimento podem so-
g) ............................................................................................... licitar à Agência Nacional de Inovação, S. A., a emissão de declaração
h) ............................................................................................... de conformidade da política de investimento prevista no regulamento
i) ............................................................................................... de gestão do fundo face ao requisito da destinação do investimento
j) ............................................................................................... referido na alínea f) do n.º 1 do artigo 37.º, não tendo esta declaração
2 - ............................................................................................... caráter vinculativo quanto à elegibilidade futura da despesa a que se
3 - ............................................................................................... refere esta disposição.»
4 - ............................................................................................... Artigo 360.º
5 - ............................................................................................... Norma transitória no âmbito do CFI
6 - ...............................................................................................
7 - ............................................................................................... As alterações dos prazos previstos no n.º 1 do artigo 29.º e no
8 - ............................................................................................... n.º 5 do artigo 30.º do CFI, são aplicáveis aos prazos em curso no
Artigo 37.º-A primeiro dia do período de tributação relativo a 2020.
Reconhecimento da idoneidade e do caráter de investigação e Artigo 361.º
desenvolvimento das entidades Norma revogatória no âmbito do CFI
1 - Cabe à Agência Nacional de Inovação, S. A., o reconhecimento
da idoneidade da entidade em matéria de investigação e desenvolvimento São revogados os n.os 9 e 10 do artigo 37.º-A e os n.os 9 e 10
a que se referem as alíneas e) e f) do n.º 1 do artigo 37.º do artigo 40.º do CFI.
(Continua na pag. seguinte)
Orçamento do Estado para 2020 21
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
Artigo 362.º 2 - ...............................................................................................
Autorização legislativa no âmbito do CFI 3 - ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
1 - Fica o Governo autorizado a alargar o elenco de beneficiários
e as aplicações relevantes do regime de dedução por lucros retidos 5 - ...............................................................................................
e reinvestidos (DLRR). 6 - ...............................................................................................
2 - O sentido e a extensão das alterações a introduzir, nos 7 - ...............................................................................................
termos da autorização legislativa referida no número anterior, 8 - ...............................................................................................
são os seguintes: 9 - ...............................................................................................
a) Alterar o artigo 30.º do CFI no sentido de prever como 10 - .............................................................................................
aplicação relevante do regime da DLRR as aquisições de par- 11 - .............................................................................................
ticipações sociais de sociedades cujo objeto social principal 12 - .............................................................................................
seja substancialmente idêntico ao da sociedade adquirente; 13 - .............................................................................................
b) Condicionar o alargamento das aplicações relevantes à 14 - .............................................................................................
obtenção da maioria do capital com direito de voto e à 15 - .............................................................................................
concretização, num prazo máximo de três anos, de uma 16 - .............................................................................................
operação de concentração empresarial, designadamente de
17 - A deliberação a que se refere o n.º 1 deve ser comunicada por
fusão de sociedades ou entrada de ativos;
c) Aplicar às empresas de pequena-média capitalização (Small via eletrónica pela câmara municipal à AT até ao dia 31 de dezembro
Mid Cap), conforme classificação estabelecida pelo n.º 3 do do respetivo período de tributação por parte dos serviços competentes
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, na do Estado.
sua redação atual, o regime da DLRR nos mesmos termos e 18 - .............................................................................................
condições dos sujeitos passivos referidos no artigo 28.º do CFI. 19 - .............................................................................................
3 - A autorização legislativa referida nos números anteriores 20 - .............................................................................................
é concretizada pelo Governo após aprovação da União Europeia 21 - .............................................................................................
para alargar o regime de auxílios de Estado. 22 - .............................................................................................
4 - A presente autorização legislativa tem a duração do ano 23 - .............................................................................................
económico a que respeita a presente lei. 24 - .............................................................................................
25 - .............................................................................................
CAPÍTULO VI 26 - .............................................................................................
Procedimento e processo tributário
Artigo 51.º
Artigo 363.º [...]
Alteração ao Código de Procedimento e de Processo Tributário 1 - ...............................................................................................
2 - ...............................................................................................
O artigo 104.º do Código de Procedimento e de Processo Tri- 3 - ...............................................................................................
butário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro,
4 - ...............................................................................................
na sua redação atual, adiante designado por CPPT, passa a ter a
5 - ...............................................................................................
seguinte redação:
6 - ...............................................................................................
«Artigo 104.º 7 - Os empréstimos têm um prazo de vencimento adequado à na-
[...]
tureza das operações que visam financiar, não podendo exceder a vida
1- ...............................................................................................
útil do respetivo investimento, nem ultrapassar os seguintes prazos:
2- ...............................................................................................
3- ............................................................................................... a) 20 anos;
4 - Ao processo impugnatório é igualmente aplicável o disposto b) 50 anos, nos casos de empréstimos para construção de habitação
no artigo 57.º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos.» ou intervenções de reabilitação urbana destinadas a arrenda-
mento, bem como para recuperação do parque habitacional
Artigo 364.º degradado da titularidade dos municípios; ou
Aditamento à Lei Geral Tributária c) 30 anos, em operações financiadas pelo Banco Europeu de
É aditado à Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º Investimento (BEI).
398/98, de 17 de dezembro, o artigo 35.º-A, com a seguinte redação: 8 - ...............................................................................................
«Artigo 35.º-A 9 - ...............................................................................................
Acerto de contas 10 - .............................................................................................
O sujeito passivo classificado como micro ou pequena empresa, 11 - .............................................................................................
nos termos do artigo 2.º do anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 12 - .............................................................................................
de novembro, que, aquando do pagamento de obrigações tributárias, 13 - Os empréstimos previstos na alínea a) do n.º 5 do artigo 52.º,
detenha créditos tributários vencidos e não pagos, pode usufruir do quando contratualizados ao abrigo das linhas de financiamento dispo-
respetivo acerto de contas, devendo pagar apenas a diferença entre o nibilizadas pelo BEI e instituições similares, podem ser utilizados para
valor a receber e a pagar.» financiar despesas pagas ou por pagar, desde que as operações não se
encontrem física e financeiramente concluídas à data da submissão do
CAPÍTULO VII pedido de financiamento.»
Outras disposições de caráter fiscal
Artigo 367.º
Artigo 365.º Período de suspensão dos prazos de notificações e das obrigações
Alteração ao Regime Financeiro das Autarquias Locais e das declarativas
Entidades Intermunicipais
Até ao final do segundo trimestre de 2020, o Governo apre-
Os artigos 18.º e 51.º do Regime Financeiro das Autarquias senta um estudo, elaborado em articulação com a Ordem dos
Locais e das Entidades Intermunicipais, aprovado pela Lei n.º Contabilistas Certificados e com associações representativas do
73/2013, de 3 de setembro, na sua redação atual, passam a ter a setor, sobre a possibilidade e condições de criação, no âmbito da
seguinte redação:
organização do calendário fiscal, de um período de suspensão dos
«Artigo 18.º prazos de notificações e das obrigações declarativas, com vista à
[...] sua consagração a partir de 2021.
1 - ............................................................................................... (Continua na pág. seguinte)
22 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
Artigo 374.º
ORÇAMENTO DO ESTADO Contribuição sobre a indústria farmacêutica
Mantém-se em vigor em 2020 a contribuição extraordinária
PARA 2020 sobre a indústria farmacêutica, cujo regime foi aprovado pelo artigo
168.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, na sua redação atual.
Artigo 375.º
Contribuição extraordinária sobre os fornecedores da indústria
de dispositivos médicos do Serviço Nacional de Saúde
(Continuação da pág. anterior)
Artigo 368.º É aprovado o regime que cria a contribuição extraordinária
Cobrança coerciva de dívidas não tributárias pela Autoridade dos fornecedores do SNS de dispositivos médicos, com a seguinte
Tributária e Aduaneira redação:
(…)
Durante o primeiro semestre de 2020, o Governo procede à
revisão global do modo como se desenrola a fase que antecede a Artigo 376.º
instauração dos processos de execução fiscal, nos termos da qual Contribuição extraordinária sobre o setor energético
se inclui a revisão do procedimento contraordenacional para
cobrança de dívidas referentes a taxas de portagem, bem como 1 - Mantém-se em vigor em 2020 a contribuição extraordinária
a análise do atual modelo de cobrança coerciva de dívidas não sobre o setor energético, cujo regime foi aprovado pelo artigo 228.º
tributárias pela Autoridade Tributária e Aduaneira no âmbito do da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, na sua redação atual, com
processo de execução fiscal, tendo em vista a redução do número as seguintes alterações:
de processos existentes. a) Consideram-se feitas ao ano de 2020 todas as referências ao
ano de 2015, com exceção das que constam do n.º 1 do anexo
Artigo 369.º I a que se referem os n.os 6 e 7 do artigo 3.º daquele regime;
Aditamento à Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho b) Considera-se feita ao ano de 2020 a referência ao ano de
É aditado à Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, na sua redação 2017 constante no n.º 4 do artigo 7.º daquele regime.
atual, o artigo 3.º-A, com a seguinte redação: 2 - O artigo 4.º do regime da contribuição extraordinária sobre
«Artigo 3.º-A o setor energético, aprovado pelo artigo 228.º da Lei n.º 83-C/2013,
Obrigações específicas dos locadores de veículos de 31 de dezembro, na sua redação anual, passa a ter a seguinte
redação:
Para efeitos do disposto na parte final do n.º 1 do artigo 3.º, as
entidades que procedam à locação operacional ou ao aluguer de longa «Artigo 4.º
duração de veículos ficam obrigadas a fornecer à Autoridade Tributária [...]
e Aduaneira os dados relativos à identificação fiscal dos utilizadores
1 - (Anterior proémio do corpo do artigo.)
dos veículos locados, no prazo e nas condições a regulamentar por
portaria dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças a) [Anterior alínea a) do corpo do artigo.]
e pela área da modernização do Estado e da Administração Pública.» b) [Anterior alínea b) do corpo do artigo.]
c) [Anterior alínea c) do corpo do artigo.]
Artigo 370.º d) [Anterior alínea d) do corpo do artigo.]
Adicional em sede de imposto único de circulação e) [Anterior alínea e) do corpo do artigo.]
Mantém-se em vigor em 2020 o adicional de IUC previsto no f) [Anterior alínea f) do corpo do artigo.]
artigo 216.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, na sua reda- g) [Anterior alínea g) do corpo do artigo.]
ção atual, aplicável sobre os veículos a gasóleo enquadráveis nas h) [Anterior alínea h) do corpo do artigo.]
categorias A e B previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º i) [Anterior alínea i) do corpo do artigo.]
do Código do IUC. j) [Anterior alínea j) do corpo do artigo.]
k) [Anterior alínea k) do corpo do artigo.]
Artigo 371.º l) [Anterior alínea l) do corpo do artigo.]
Adicional às taxas do imposto sobre os produtos petrolíferos e m) [Anterior alínea m) do corpo do artigo.]
energéticos n) [Anterior alínea n) do corpo do artigo.]
1 - Mantém-se em vigor em 2020 o adicional às taxas do im- o) [Anterior alínea o) do corpo do artigo.]
posto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, no montante p) A produção de eletricidade por intermédio de centros eletropro-
de 0,007 (euro)/l para a gasolina e no montante de 0,0035 (euro)/l dutores que utilizem fontes de energia renováveis, nos termos
para o gasóleo rodoviário e o gasóleo colorido e marcado, que é definidos na alínea f) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 172/2006,
consignado ao fundo financeiro de caráter permanente previsto no de 23 de agosto, com uma potência instalada inferior a 20 MW.
Decreto-Lei n.º 63/2004, de 22 de março, na sua redação atual, até 2 - Para efeitos do disposto na alínea p) do n.º 1, a isenção não
ao limite máximo de 30 000 000 (euro) anuais, devendo esta verba é aplicável aos sujeitos passivos que, no conjunto dos centros eletro-
ser transferida do orçamento do subsetor Estado para aquele fundo. produtores por si detidos que utilizem fontes de energia renováveis,
2 - O adicional a que se refere o número anterior integra os ultrapassem uma potência instalada de 60 MW abrangida por regimes
valores das taxas unitárias fixados nos termos do n.º 1 do artigo de remuneração garantida.»
92.º do Código dos IEC.
3 - Os encargos de liquidação e cobrança incorridos pela AT são Artigo 377.º
compensados através da retenção de 3 % do produto do adicional, Autorização legislativa no âmbito da contribuição extraordiná-
a qual constitui sua receita própria. ria sobre o setor energético
Artigo 372.º 1 - Fica o Governo autorizado a alterar o regime da contribuição
Não atualização da contribuição para o audiovisual extraordinária sobre o setor energético, aprovado pelo artigo 228.º
da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, na redação dada pela
Em 2020, não são atualizados os valores mensais previstos nos
n.os 1 e 2 do artigo 4.º da Lei n.º 30/2003, de 22 de agosto, na sua presente lei, com o objetivo de concretizar o disposto no n.º 3 do
redação atual, que aprova o modelo de financiamento do serviço artigo 313.º da Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, na sua redação
público de radiodifusão e de televisão. atual, alterando as regras de incidência ou reduzindo as respetivas
taxas em função da redução da dívida tarifária do Sistema Elétrico
Artigo 373.º Nacional e correspondente redução da necessidade de financiamento
Contribuição sobre o setor bancário de políticas sociais e ambientais do setor energético.
Mantém-se em vigor em 2020 a contribuição sobre o setor 2 - O sentido e a extensão das alterações a introduzir, nos
bancário, cujo regime foi aprovado pelo artigo 141.º da Lei n.º 55- termos da autorização legislativa referida no número anterior,
A/2010, de 31 de dezembro, na sua redação atual. são os seguintes:
(Continua na pag. seguinte)
Orçamento do Estado para 2020 23
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
a) Reduzir as diversas taxas da contribuição extraordinária d) ...
sobre o setor energético tendo como limite a percentagem 3 - ...
de redução da dívida tarifária prevista na proposta de ta- 4 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o valor atualizado
rifas e preços para a energia elétrica em 2020 da Entidade da renda, no período de 10 anos referido no n.º 1, corresponde ao valor
Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE); da primeira renda devida.
b) Reduzir as diversas taxas da contribuição extraordinária 5 - ...
sobre o setor energético relativas aos setores do petróleo 6 - Findo o prazo de 10 anos referido no n.º 1, o senhorio pode
previstos nas alíneas f), g), h) e i) do artigo 2.º do regime da promover a transição do contrato para o NRAU, aplicando-se, com as
contribuição extraordinária sobre o setor energético tendo necessárias adaptações, o disposto nos artigos 30.º e seguintes, com
como limite a sua eliminação, em função da necessidade as seguintes especificidades:
de financiamento de políticas sociais e ambientais do setor a) ...
energético e da existência de outras medidas substitutivas b)...»
destas receitas; (…)
c) Rever as regras de incidência objetiva relativas ao setor de
Artigo 404.º
comercialização do Sistema Nacional de Gás Natural previsto
Alteração ao Código dos Regimes Contributivos do Sistema
na alínea m) do artigo 2.º do regime da contribuição extraor-
Previdencial de Segurança Social
dinária sobre o setor energético, no sentido de permitir outra
atualização do valor económico equivalente dos contratos Os artigos 198.º e 217.º do Código dos Regimes Contributivos
de aprovisionamento de longo prazo em regime de take-or- do Sistema Previdencial de Segurança Social passam a ter a se-
-pay tendo em conta a informação sobre o seu real valor; guinte redação:
d) Consagrar uma isenção de contribuição extraordinária «Artigo 198.º
sobre o setor energético na produção de eletricidade por [...]
intermédio de centros eletroprodutores que utilize fontes
de energias renováveis, a partir de resíduos urbanos, pelas 1 - O Estado, as outras pessoas coletivas de direito público e as
entidades que prosseguem a atividade de prestação dos entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos só podem
serviços de gestão de resíduos urbanos. conceder algum subsídio ou proceder a pagamentos superiores a 3000
3 - Na concretização da presente autorização legislativa, o Go- (euro), líquido de IVA, a contribuintes da segurança social, mediante
verno procede à audição da ERSE e da Direção-Geral de Energia e a apresentação de declaração comprovativa da situação contributiva
Geologia, nos termos do artigo 72.º do Decreto-Lei n.º 169-B/2019, destes perante a segurança social.
de 3 de dezembro. 2 - ...............................................................................................
4 - A presente autorização legislativa tem a duração de 90 dias. 3 - ...............................................................................................
4 - ...............................................................................................
(…) 5 - ...............................................................................................
Artigo 385.º 6 - ...............................................................................................
Outras disposições de caráter fiscal Artigo 217.º
[...]
É aditado ao Decreto-Lei n.º 473/85, de 11 de novembro, na sua
redação atual, o artigo 2.º-A, com a seguinte redação: 1 - É condição geral do pagamento das prestações aos trabalhadores
independentes e aos beneficiários do seguro social voluntário que os
«Artigo 2.ºA
mesmos tenham a sua situação contributiva regularizada na data em
Aos encargos pagos ao abrigo do artigo 1.º do presente diploma é que é reconhecido o direito à prestação.
aplicável a alínea d) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do Imposto sobre 2 - ...............................................................................................
o Rendimento das Pessoas Singulares, com as necessárias adaptações.» 3 - ............................................................................................. »
Artigo 386.º (…)
Norma revogatória de disposições fiscais
Artigo 406.º
São revogados: Alteração à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
a) A alínea h) do n.º 1 do artigo 6.º da Lei n.º 9/97, de 12 de maio;
b) O n.º 10 do artigo 29.º da Lei n.º 87-B/98, de 31 de dezembro; 1 - O artigo 4.º da LTFP, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014,
c) O artigo 3.º da Lei n.º 49/2013, de 16 de julho; de 20 de junho, na sua redação atual, passa a ter a seguinte redação:
d) O artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 336/89, de 4 de outubro, na «Artigo 4.º
sua redação atual. [...]
1 - ...............................................................................................
TÍTULO III 2 - ...............................................................................................
Alterações legislativas 3 - ...............................................................................................
(…) 4 - ...............................................................................................
5 - O regime do Código do Trabalho e legislação complementar,
Artigo 401.º em matéria de acidentes de trabalho e doenças profissionais, é aplicável
Alteração à Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro aos trabalhadores que exercem funções públicas nas entidades referidas
O artigo 35.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro, que aprova nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 2.º, com exceção do pessoal inte-
o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), passa a ter a grado no Regime de Proteção Social Convergente (RPSC) aos quais é
seguinte redação: aplicável o Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de novembro.
6 - ............................................................................................. »
«Artigo 35.º
[...] 2 - A alteração prevista no número anterior é aplicável a todos
1 - Caso o arrendatário invoque e comprove que o RABC do seu os processos que se encontrem pendentes à data da entrada em
agregado familiar é inferior a cinco RMNA, o contrato só fica subme- vigor da presente lei.
tido ao NRAU mediante acordo entre as partes ou, na falta deste, no (…)
prazo de 10 anos a contar da receção, pelo senhorio, da resposta do
Artigo 420.º
arrendatário nos termos da alínea a) do n.º 4 do artigo 31.º
2 - No período de 10 anos referido no número anterior, a renda Alteração ao Decreto-Lei n.º 213/2012, de 25 de setembro
pode ser atualizada nos seguintes termos: 1 - Os artigos 2.º, 2.º-A, 3.º e 8.º do Decreto-Lei n.º 213/2012, de 25
a) ... de setembro, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
b) ...
c) ... (Continua na pág. seguinte)
24 Boletim do Contribuinte
ABRIL 2020 - Nº 8 - SUPLEMENTO
b) ...............................................................................................
ORÇAMENTO DO ESTADO c) ...............................................................................................
d) . ................................................................................................
e) (Revogada).
PARA 2020 2 - ...............................................................................................
Artigo 10.º
[...]
1 - ...............................................................................................
(Continuação da pág. anterior) 2 - ...............................................................................................
«Artigo 2.º 3 - (Revogado.)
[...] 4 - ............................................................................................. »
1 - ............................................................................................... 2 - São revogados a alínea e) do n.º 1 do artigo 9.º e o n.º 3 do
2 - O ISS, I. P., pode ainda autorizar, através da celebração de acor- artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27 de outubro, na sua
dos, o pagamento diferido de contribuições em dívida dos trabalhadores redação atual.
independentes, quando resultem das seguintes previsões do Código dos
Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social: (…)
a) Do apuramento de contribuições com base em correção à
declaração trimestral efetuada em janeiro prevista no n.º 5 do Artigo 424.º
artigo 151.º-A; Alteração ao Regulamento
b) Da revisão anual da base de incidência contributiva prevista das Custas Processuais
no artigo 164.º-A. Os artigos 4.º e 33.º do Regulamento das Custas Processuais,
3 - ............................................................................................... aprovado em anexo ao Decreto-Lei n.º 34/2008, de 26 de fevereiro, na
Artigo 2.º-A sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
Acordos de regularização voluntária de contribuições «Artigo 4.º
1 - O ISS, I. P., pode, igualmente, através da celebração de acor- [...]
dos de regularização voluntária, autorizar o pagamento diferido das 1 - ...............................................................................................
contribuições apuradas às pessoas coletivas e pessoas singulares com 2 - ............................................................................................... :
atividade empresarial, quando o pagamento em causa resulte de uma a) ...............................................................................................
das seguintes situações: b) ...............................................................................................
a) Do apuramento como entidade contratante; c) ...............................................................................................
b) Do apuramento de contribuição adicional por rotatividade d) ...............................................................................................
excessiva. e) ...............................................................................................
2 - ............................................................................................... f) ...............................................................................................
3 - Os acordos abrangem as contribuições apuradas no processo de g) ...............................................................................................
qualificação das entidades imediatamente anterior ao da data do reque- h) Os processos de acompanhamento de maiores.
rimento, bem como os respetivos juros de mora vencidos e vincendos 3 - ...............................................................................................
até integral pagamento. 4 - ...............................................................................................
Artigo 3.º 5 - ...............................................................................................
[...] 6 - ...............................................................................................
1 - A autorização para a celebração dos acordos previstos no presente 7 - ...............................................................................................
decreto-lei depende de a dívida objeto de acordo não estar participada
para cobrança coerciva. Artigo 33.º
2 - A autorização para a celebração dos acordos previstos no n.º [...]
1 do artigo 2.º e no artigo 2.º-A encontra-se ainda sujeita à condição 1 - Quando o valor a pagar seja igual ou superior a 3 UC, o res-
de o contribuinte não ter dívida de contribuições ou quotizações em ponsável pode requerer, fundamentadamente, o pagamento das custas
cobrança coerciva, judicial ou extrajudicial de conciliação. em prestações, de acordo com as seguintes regras:
3 - Os acordos de regularização voluntária previstos no n.º 1 do a) ...............................................................................................
artigo 2.º só podem ser autorizados pelo ISS, I. P., a cada entidade b) ...............................................................................................
contribuinte, uma vez em cada período de 12 meses, contados a partir 2 - ...............................................................................................
da data em que se tenha verificado o seu termo ou resolução. 3 - ...............................................................................................
4 - (Revogado.) 4 - ............................................................................................. »
Artigo 8.º (…)
[...]
1 - O número de prestações mensais objeto dos acordos celebrados TÍTULO IV
nos termos do artigo anterior não pode exceder os 12 meses. Disposições finais
2 - ...............................................................................................
3 - ............................................................................................. »
(…)
2 - É revogado o n.º 4 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 213/2012,
de 25 de setembro, na sua redação atual. Artigo 430.º
Entrada em vigor
Artigo 421.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27 de outubro A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua pu-
blicação.
1 - Os artigos 9.º e 10.º do Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27 de
outubro, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:
N.R. 1 - O texto integral da presente lei pode ser consultado no
«Artigo 9.º site www.vidaeconomica.pt.
[...] 2 - Aos interessados que o solicitem enviaremos por correio
1 - .............................................................................................. : eletrónico o novo regime da contribuição extraordinária dos for-
a) A violação do disposto no n.º 4 do artigo 4.º, no n.º 1 do artigo necedores do SNS de dispositivos médicos, regime este aprovado
5.º e nos n.os 1 e 3 a 6 do artigo 7.º; pelo artigo 375º da presente lei.

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