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RELATÓRIO
1. Trata-se de Recurso Especial, interposto por VANDERLEI
MARTINS DE MEDEIROS, com fundamento nas alíneas a e c, do inciso III do art.
105 da Constituição Federal, objetivando a reforma do acórdão proferido pelo
Tribunal Regional Federal da 4a. Região, assim ementado:
6. É o relatório.
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL AFETADO AO RITO
DOS REPETITIVOS. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. REVISÃO DE
BENEFÍCIO. SOBREPOSIÇÃO DE NORMAS. APLICAÇÃO DA REGRA
DEFINITIVA PREVISTA NO ART. 29, I E II DA LEI 8.213/1991, NA APURAÇÃO DO
SALÁRIO DE BENEFÍCIO, QUANDO MAIS FAVORÁVEL DO QUE A REGRA DE
TRANSIÇÃO CONTIDA NO ART. 3o. DA LEI 9.876/1999, AOS SEGURADOS
QUE INGRESSARAM NO SISTEMA ANTES DE 26.11.1999 (DATA DE EDIÇÃO
DA DA LEI 9.876/1999). CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO AO MELHOR
BENEFÍCIO. PARECER DO MPF PELO DESPROVIMENTO DO FEITO.
RECURSO ESPECIAL DO SEGURADO PROVIDO.
VOTO
1. O art. 29 da Lei 8.213/1991, em sua redação original,
consignava que o salário de benefício seria calculado a partir da média aritmética
simples de todos os últimos salários de contribuição dos meses anteriores ao do
afastamento do Segurado da atividade ou da data da entrada do requerimento
administrativo, até o máximo de 36 meses, verbis:
² ² ²
² ² ²
16. Aliás, essa lição já foi afirmada pelo Supremo Tribunal Federal,
reconhecendo que a existência de estrita vinculação causal entre contribuição e
Não parece haver motivo para que alguém que ainda hoje
ingresse na previdência seja mais bem tratado do que quem nela já
estava em 1999, quando surpreendido pela Lei 9.876. Em vão
procurei um só motivo para – por meio da interpretação – inverter-se o
sentido de qualquer regra transitória, de modo a prejudicar as
pessoas que tinham legítimas expectativas hauridas do direito
revogado, em relação às pessoas que nunca tiveram nenhuma
expectativa, porque a lei já era outra quando ingressaram no RGPS. E
quando ainda hoje o fazem.