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O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

Definições de Comunicação, Linguagem e Fala

1. Comunicação: é um comportamento de partilha que se estabelece entre


duas ou mais pessoas – o comportamento de uma das pessoas produz efeito
sobre a outra. O comportamento do emissor consiste na intenção de
transmitir algo ao outro, com a consciência de que esse comportamento vai
influenciar a outra pessoa e que ela irá devolver de alguma forma. A fala e a
linguagem são as mais comuns formas de comunicação, embora haja
outros factores que potenciam ou distorcem a comunicação: factores
paralinguisticos ( entoação, ritmo, acentuação, etc.); pistas não linguisticas
(gestos, expressão facial) que podem tornar-se, em determinados
momentos da interacção, como a única forma de comunicação.

2. Fala: constitui um dos modos de comunicação. É o modo oral/verbal de


transmissão de mensagens e envolve a coordenação precisa dos
movimentos neuromusculares orais, de modo a produzir sons e unidades
linguísticas. À partida este o modo mais comum de comunicar, mas em
certos casos de deficiência não o podemos colocar como objectivo, sendo
necessário encontrar outra forma de comunicação.

3. Linguagem: é um código partilhado socialmente, um sistema convencional


que representa ideias através do uso de símbolos e de regras que organizam
as combinações de símbolos A linguagem engloba regras complexas que
estruturam os sons, palavras e frases, o significado e o uso.

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COMUNICAÇÃO Não verbal – olhar, gestos, expressão facial, movimentos
corporais
Verbal – palavras usadas na linguagem oral, escrita, pictográfica
e gestual
LINGUAGEM Comunicação verbal
Pragmática, Semântica, Morfo-sintaxe e Fonologia
FALA Produção motora de palavras; articulação de sons
Estrutura e funcionamento do aparelho fonador
O desenvolvimento do aparelho fonológico- fonético está dependente do

desenvolvimento neurofisiológico: para uma boa articulação e produção dos sons


da língua é necessário que o sistema fonatório e respiratório estejam intactos. Os
sons são produzidos através da variação de posicionamentos de língua, lábios e
mandibulas, à medida que o ar passa pela laringe, faringe, boca e nariz. Qualquer
alteração a estes níveis pode provocar alterações.

Pré-requisitos necessários à aquisição da linguagem


1. bases biológicas: refere-se à maturação neurológica das áreas ligadas à
linguagem e à fala. O desenvolvimento dos 5 sentidos também influencia
esta aquisição.
2. bases sociais: refere-se à influência exercida pelas diferentes redes sociais
– família, escola, adultos, pares...
3. bases cognitivas: refere-se essencialmente às capacidades de atenção e
memória. Se estas áreas estiverem afectadas, será mais difícil a criança
aprender a linguagem.

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Etapas do Desenvolvimento da Linguagem

Período pré-linguistico: dos 0 anos até ao aparecimento da 1ª


palavra

Dos 0 aos 6 meses


- reage aos sons: dirige a cabeça para o local de onde vem o som;
- chora de forma diferenciada, conforme as necessidades sentidas (o adulto
dá-lhe um significado);
- palra, ou brinca com os sons: assim, consegue organizar a articulação e a
respiração, treinar os órgãos e moldar o ápice da língua (biquinho).
- Começa a usar a sua capacidade vocal para a intenção (vez à vez)
- Produz sons como “p” e “m” quando está sozinho ou em interacção.

Dos 4 aos 6 meses


- comportamentos vocal e motor em sintonia;
- período expiratório mais longo – produção de sons da língua.

Dos 6 aos 9 meses


- é capaz de dirigir o olhar para um objecto nomeado (reconhecimento);
- começa a interessar-se por imagens;
- produz sequências de sons com melodia básica (percebe a entoação
melódica do que o adulto lhe diz);
- começa a imitar os movimentos de boca dos adultos. Esta capacidade de
imitação vai fazer com que a criança comece a organizar e memorizar coisas
importantes para a organização lexical;
- faz sons onomatopeicos
- executa gestos comunicativos com objectos: dar. Apanhar, mostrar, apontar

9 aos 12 meses
- palra vigorosamente, usando quase todos os sons da lingua
- surge a ecolália
- compreende palavras no contexto

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A importância do gesto
- interacção social
- regulação de comportamento
- atenção conjunta
- forma de comunicação precoce
- primeiros sinais de intencionalidade
- a ausência de gesto indica alterações na comunicação
- serve de pista para a intervenção.

Período linguistico: desde a 1ª palavra até...


Modelos do desenvolvimento da linguagem

Pragmática Uso
Semântica Conteúdo
Fonologia Forma
morfosintaxe

1. Pragmática: uso da linguagem em intenções comunicativas


Intenções comunicativas: usamos a linguagem para atingir finalidades
diferentes como pedir, cumprimentar, fazer perguntas, dar informações...
Adaptamos a linguagem de acordo com o ouvinte ou o contexto. Fazemos
pressuposições sobre a informação necessária a dar para que o ouvinte nos perceba
e adaptamos a estrutura da linguagem de acordo com o ouvinte.

Regras da conversação: conversar implica conhecer e respeitar regras, como o


esperar a vez, manter o tópico ou clarificar, quando necessário. estes
comportamentos podem ser verbais ou não verbais: ex. para introduzir um tópico
pode-se chamar a atenção de forma verbal (chamar a mãe) ou não verbal (apontar
para um boneco para chamar a atenção da mãe).

Pressuposições: capacidade do falante em julgar as capacidades linguisticas, a


experiência e a consciência da informação relevante do ouvinte. O ajuste da

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mensagem ao ouvinte mostra a capacidade de pressuposição. Para isso é
necessário fazer a adequação:
- linguistica: ajustar a linguagem ao interlocutor;
- cognitiva: ajustar o conteúdo para facilitar a compreensão (desenvolve-se
por volta dos 5 anos) – a criança começa a inferir sobre os sentimentos,
intenções e processos de pensamento ou raciocino dos outros. É mais
sensível ao nível de linguagem e à perspectiva do outro e, sobretudo,
apercebem-se de pistas subtis dos traços de personalidade e educacionais
dos outros.

Desenvolvimento das intenções comunicativas


1 – 2 anos - usa gestos, palavras e combinações de palavras para indicar
intenções;
- começa a perceber que é preciso chamar a atenção (olha
para a pessoa e chama pelo nome)
- começa a modificar o tom de voz quando fala com as
bonecas, com os bebés...
2 – 3 anos - começa a perceber que os outros têm conhecimentos e
sentimentos;
- forma de pedir mais educada (“se faz favor” ou “podes...”) em vez
de dizer apenas “dá-me”.

- Chama uma pessoa pelo nome e espera por uma resposta


- Começa a perceber a tomada de vez na conversa
- Mantém uma pequena conversa de 2 ou 3 turnos
- Ouve o que os outros dizem e é capaz de fazer correcções
(“isso não é uma escova é um pincel”)
3 – 4 anos - é capaz de fazer pressuposições, ou seja, dá informação
suficiente para que o ouvinte o perceba
- narrativas em desenvolvimento: descrevem acontecimentos
que vividos descrevem as rotinas. Já têm um guião mental
organizador de forma a contar com lógica e sequência
pequenas histórias
4 – 5 anos - usa estruturas mais formais quando necessário (“pode abrir-
me a porta, se faz favor”)
- apreende formas delicadas, de persuasão, justificação e
explicação (“eu estou bem agasalhado e tenho um cachecol
quente. Posso ir brincar lá para fora?”)
6 – 7 anos - pressuposições dominadas
- pedidos indirectos elaborados

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- inicio de inferências, desenvolvimento do humor, sarcasmo

2. Semântica
Nos primeiros 18 meses as palavras referem-se a pessoas (mamã, papá),

objectos (papa, bota), acções (caiu, pa cima), atributos (feio), itens pessoais e sociais
(mim, obrigado), negação (não).

A compreensão é mais precoce do que a produção: aos 12 meses a criança


já conhece, em média, 10 palavras; aos 14 meses cerca de 50 e aos 17 meses à
volta de 100. em termos de produção, aos 15 meses poderá dizer 10 palavras e aos
19 meses cerca de 50. a diferença entre a produção e a compreensão diminui com
a idade.
Quando a criança atinge um nº crítico de palavras, que varia entre as 30 e
as 60, começa a desenvolver as primeiras frases/ combinações de palavras que
expressam as relações básicas semânticas – surge por volta dos 2 anos.
As primeiras relações semânticas são representadas por combinações de 2
ou 3 palavras lexicais que expressam relações. Por exemplo:
- Agente + acção – mamã dá

- Acção + objecto – dá bolo

- Noção de posse – mola da mamã

Também podem expressar relações de 3 conceitos:


- Agente + acção + objecto – mamã dá bolo

O aumento de vocabulário exige um armazenamento eficiente na memória,


para que as palavras possam ser facilmente evocadas. Assim falamos em redes
semânticas e a forma como as palavras são armazenadas. As palavras
são organizadas na rede semântica por classificações e associações. Estas
relações semânticas são designadas de relações paradigmáticas quando
demonstram as diferentes relações entre palavras. Por exemplo de:
- Antónimos ou opostos – grande/pequeno

- Sinónimos – lindo/bonito

- Hiponimia ou nome subordenado – siamês/ gato

- Hiperminia ou nome sobreordenado – animal/ cão

Temos que considerar, ainda, as relações sintagmáticas, ou seja, aquelas


em que as palavras/ conceitos existem na mesma sequência: pex: a relação faca +
cortar; gato + lindo, dança + lindamente...

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Esta organização do léxico facilita a memorização e evocação de palavras.
Estas são capacidades essenciais para a produção verbal eficiente.

3. Fonologia
- Pré linguagem: balbuciar; variedade de sons
- Aquisição da 1ª palavra: sequência consistente para designar conceito.
- Apenas compreensível no contexto
- O domínio do sistema de sons implica a aquisição de um inventário de sons;
aprender que os fonemas permitem a diferenciação entre 2 palavras
Processos ou erros fonológicos.

4. Sintaxe e morfologia
(ver desenvolvimento na escala)

Exemplos de problemas a nível morfossintático


Frases curtas
Muitas frases simples e reduzido nº de frases complexas
Frases agramaticais: faltam as palavras gramaticais (omite preposições,
conjunções, artigos. Pex: é o cão o pai, ele quer ele vai comigo); faltam
complementos dos verbos, pex: ele vai, ele dá; não faz acordo verbal, pex:
eles lava a cara; não faz acordo nominal: o bonecos
Pouca variedade de estruturas sintáxicas. Usa sempre a mesma estrutura:
pex: o menino está sentado. A mãe está ali. O cão está a comer.
Dificuldade na compreensão de frases. Segue uma ordem simples, mas não
compreende frases mais longas e complexas. É preciso dar a ordem de
forma mais simples.

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Sinais de alerta para possíveis problemas ao nível da Linguagem/ fala

0-6 meses - não reagir ao som


- não sorrir nem estabelecer contacto ocular
6-12 - deixar de produzir sons
meses - não reagir ao seu nome
- não reagir a sons familiares
1-2 anos - não usar palavras isoladas
- não reagir, olhando ou sorrindo quando brincam com ele
- não compreender instruções simples
- ter vocabulário reduzido (4 a 6 palavras)
2-3 anos - não combinar palavras para formar frases
- não prestar atenção a pequenas histórias
- não apontar para imagens ou objectos
4-5 anos - não utilizar um discurso inteligível
- usar mais gestos do que palavras
- não fazer frases de 3 palavras
- não responder a perguntas simples
6 anos - trocar vários sons ou palavras
- não descrever acontecimentos do dia-a-dia
- fazer frases com muitos erros morfosintácticos
- não compreender ordens que impliquem duas acções

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