Sei sulla pagina 1di 21

Unidades de conservação – valorizando o

patrimônio natural brasileiro

Fábio França Silva Araújo


Departamento de Áreas Protegidas
Ministério do Meio Ambiente
Unidades de conservação:

Espaços territoriais e seus recursos ambientais,


com características naturais relevantes, legalmente
instituídos pelo Poder Público, com objetivos de
conservação e limites definidos, sob regime
especial de administração, aos quais se aplicam
garantias adequadas de proteção.
Unidades de conservação:
Marco Legal:

A Lei 9985/2000 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de


Conservação (SNUC), e consolidou a base legal sobre
unidades de conservação nos três nivels de governo (Federal,
Estadual, Municipal).

Esta lei define 12 categorias de áreas protegidas, associadas


a tipos de uso compatíveis com a conservação.
Unidades de conservação:
O SNUC hoje:

Unidades de Conservação

310 Federais. (76 milhões ha)


374Estaduais. (71 milhões ha)

(dados oficiais do CNUC - cadastro nacional de unidades de


conservação)

Estima-se ainda que existam mais 300 ucs estaduais ainda


Não oficialmente cadastradas (aprox. 2 milhões de ha); mais de 600
unidades de conservação municipais, abrangendo cerca de 10
milhões de hectares, além de 973 unidades particulares (RPPNs),
com área total de 0,6 milhões de hectares.
O SNUC:
Sistema novo e em crescimento:

Área das UC Federais e Estaduais


180.000.000

160.000.000

140.000.000

120.000.000

100.000.000
Ha

80.000.000

60.000.000

40.000.000

20.000.000

0
antes 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
O SNUC:

O SNUC cresceu 80% nos últimos 10 anos.

O Brasil foi responsável sozinho por mais de 70% do


esforço mundial de criação de novas áreas protegidas
desde a aprovação do Programa de trabalho de áreas
protegidas da CDB (2004).

A meta de criação de áreas protegidas no GBO3 foi uma


das poucas onde houve avanço, graças a este esforço
brasileiro.

Esta iniciativa de destinar parcelas significativas do


território nacional para a conservação teve impacto direto
na contenção do desmatamento.
No entanto…..

O orçamento para as Unidades de conservação no Brasil


é praticamente o mesmo desde 2000 (na ordem de US$
150 milhões ao ano, para as UCs federais).

O MMA acompanha desde 2007 o déficit de financiamento


para o SNUC.

Se não ocorrerem esforços imediatos para a


consolidação das unidades recém criadas, pode ocorrer
uma reversão nos avanços obtidos até agora na proteção
dos biomas Brasileiros.
Investimentos na manutenção de sistemas de
UCs
USD
Investimentos na manutenção de sistemas de
UCs
Pessoal alocado nas UCs
Porque persiste este déficit financeiro no
SNUC?
Porque a sociedade brasileira, e em especial aqueles que tomam
as decisões estratégicas para o país não tem clareza do valor do
patrimônio natural protegido nas unidades de conservação, nem
dos serviços que estas prestam à nação.

O relatório “TEEB” D1, para formuladores de políticas públicas,


indica em suas conclusões que:
“A falta de valores de mercado para o serviços ecossistemicos
provoca que os benefícios originados destes (geralmente de
natureza pública) são negligenciados ou subvalorados nos
processos de tomada de decisão”.
Porque persiste este déficit financeiro no
SNUC?
É muito difundida a concepção de que as unidades de
conservação são espaços “intocáveis”, à margem dos processos
de desenvolvimento econômico e social.

Até que ponto isto é verdade?

O estudo conjunto MMA/IPEA (2009) sobre o assunto traz


resultados interessantes...
Unidades de conservação e potencial de uso:
Principais tipos de uso,
Classe Categoria de manejo
contemplados na Lei no 9.985/2000
Classe 1 – Pesquisa científica e Desenvolvimento de pesquisa científica e Reserva biológica; estação
educação ambiental de educação ambiental ecológica
Parques nacionais e estaduais;
Classe 2 – Pesquisa científica,
Turismo em contato com a natureza reserva particular do patrimônio
educação ambiental e visitação
natural
Classe 3 – Produção florestal,
Produção florestal Florestas nacionais e estaduais
pesquisa científica e visitação
Classe 4 – Extrativismo, pesquisa
Extrativismo por populações tradicionais Resex
científica e visitação
Classe 5 – Agricultura de baixo
Áreas públicas e privadas onde a Reserva de desenvolvimento
impacto, pesquisa científica,
produção agrícola e pecuária é sustentável; refúgio de vida
visitação, produção florestal e
compatibilizada com os objetivos da UC silvestre; monumento natural
extrativismo
Classe 6 – Agropecuária, atividade Terras públicas e particulares com Área de proteção ambiental;
industrial, núcleo populacional possibilidade de usos variados visando a área de relevante interesse
urbano e rural um ordamento territorial sustentável ecológico
Unidades de conservação e potencial de uso:
% áreas de unidades
Tipo de potencial uso % área território
de conservação

Classe 1 – Pesquisa científica e educação


11,67 1,99
ambiental
Classe 2 – Pesquisa científica, educação
23,93 4,08
ambiental e visitação
Classe 3 – Produção florestal, pesquisa
20,45 3,49
científica e visitação

Classe 4 – Extrativismo, pesquisa científica e


9,26 1,58
visitação

Classe 5 – Agricultura de baixo impacto,


pesquisa científica, visitação, produção 7,99 1,36
florestal e extrativismo

Classe 6 – Agropecuária, atividade industrial,


26,70 4,56
núcleo populacional urbano e rural
Contribuição do SNUC à economia nacional
O MMA, em parceria com o PNUMA, UFRJ e GTZ, está realizando
um estudo sobre o potencial econômico das UCs Brasileiras.

Estudos semelhantes já foram realizado em outros países. Por


exemplo:

O turismo nos parques nacionais americanos promove um


aporte de mais de 15 bilhões de dólares anuais à economia
americana, e geram mais de 250.000 empregos, (NPS, 2009).

Um estudo semelhante realizado no Peru (Leon, Fernando. 2007)


indica um retorno de 10 bilhões de dólares em 10 anos, caso o
sistema de ucs do Peru seja adequadamente mantido.
Contribuição do SNUC à economia nacional
O Resultados preliminares do estudo brasileiro serão divulgados
na COP 10 da CBD em Nagoya, e os resultados finais serão
publicados no Brasil em dezembro.
O estudo incluirá a valoração dos serviços prestados pelo SNUC
relacionados a:
Produção sustentável de produtos florestais madeireiros e não
madeireiros,
Turismo em áreas naturais,
Estoques de carbono e redução de emissões,
Uso de recursos hídricos para abastecimento e geração de
energia.
Conclusões
O entendimento de que áreas protegidas são espaços isolados e
desvinculados dos processos econômicos está ultrapassado;
As unidades de conservação devem ser entendidas como uma
estratégia de ordenamento territorial, com o objetivo também de
promover atividades econômicas associadas à proteção da
biodiversidade;
É preciso que a sociedade brasileira e formuladores de políticas
públicas percebam o valor das unidades de conservação;

Só com investimentos suficientes nas áreas protegidas é que o


potencial de retorno destas ucs à economia poderá ser
concretizado.
Obrigado!
Para maiores informações,

www.mma.gov.br/areasprotegidas

fabio-franca.araujo@mma.gov.br

55 61 3105 2059
Obrigado!
Para maiores informações,

www.mma.gov.br/areasprotegidas

fabio-franca.araujo@mma.gov.br

55 61 3105 2059

Potrebbero piacerti anche