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1) O documento discute a natureza da teologia e como a questão de Deus deve estar no centro de toda reflexão teológica.
2) A percepção humana comum de Deus não é consensual, mas os seres humanos buscam revelar o mistério de Deus através da experiência mais íntima.
3) A resposta à questão de Deus depende da visão sobre o sentido da existência humana, embora nem sempre Deus tenha sido uma evidência para todos, levando a algumas formas de ateísmo.
Descrizione originale:
Titolo originale
Trabalho 1- para a disciplina Deus na Tradição Bíblica e Cristã.pdf
1) O documento discute a natureza da teologia e como a questão de Deus deve estar no centro de toda reflexão teológica.
2) A percepção humana comum de Deus não é consensual, mas os seres humanos buscam revelar o mistério de Deus através da experiência mais íntima.
3) A resposta à questão de Deus depende da visão sobre o sentido da existência humana, embora nem sempre Deus tenha sido uma evidência para todos, levando a algumas formas de ateísmo.
1) O documento discute a natureza da teologia e como a questão de Deus deve estar no centro de toda reflexão teológica.
2) A percepção humana comum de Deus não é consensual, mas os seres humanos buscam revelar o mistério de Deus através da experiência mais íntima.
3) A resposta à questão de Deus depende da visão sobre o sentido da existência humana, embora nem sempre Deus tenha sido uma evidência para todos, levando a algumas formas de ateísmo.
Faculdade de Teologia Licenciatura em Ciências Religiosas
Baseado nos vários apontamentos disponíveis e tendo em conta a seguinte citação
de W. Kasper “Deus é antes de mais a resposta à pergunta oculta em todas as perguntas e é também a resposta ao problema do Homem e do universo, ou seja, Deus constitui uma resposta que abarca e transcende todas as outras respostas”1, por isso a Teologia é e deve ser, antes de tudo o mais, uma palavra (logos) sobre Deus (Theos), como a etimologia da palavra nos indica. Como tal, a questão de Deus desde logo deve constituir o âmago de toda a reflexão teológica. No entanto não há uma descrição comum e consensual sobre da palavra: Deus. Mas não quer dizer que não tenha ou não exista uma perceção generalizada, comum de Deus. Porque na realidade os seres humanos são os únicos seres vivos para qual a realidade não começa e não acaba nos seus próprios sentidos e instintos, isto é, os seres humanos de todos os tempos desejam acima de tudo “descortinar” o rosto do Mistério que esta presente nas suas vidas. E para revelar/patentear a inefabilidade do Mistério de Deus, podemos dizer que nos coloca num lugar inexcedível no qual a nossa pobre linguagem humana seria incapaz de descrever aquilo que não acontece senão na profundidade mais íntima do ser humano, ou seja, na experiência de Deus. E só através da experiência que fazermos de Deus é que poderemos chegar ao Seu verdadeiro conhecimento, não de uma maneira puramente teórica, mas sim profunda/sentida no mais íntimo do nosso ser. Por isso a forma como se responde à questão de Deus depende da forma como se vê a origem do Homem ou o sentido do seu ser e do seu viver, ou seja, a “teologia” apesar de ser um discurso propriamente dito sobre Deus, não deixa de tocar na questão do sentido da existência, isto é, de tocar profundamente naquele que se confronta com ela. Apesar do homem ser por natureza profundamente religioso, nem sempre Deus foi uma pura evidencia para todos. Dai surgir o ateísmo como forma de negação/recusa, apesar de ser um fenómeno tipicamente moderno, ele é mais um efeito de um longo e complexo processo de uma progressiva autonomização das realidades terrestres face à sua referência transcendente. Como tal a questão de Deus deve ser sempre colocada num dado momento histórico e é esse o elemento que não pode ser totalmente alheio à maneira como se olha Deus e como se fala Dele, porque Deus é um ser intemporal em relação aqueles que colocam Deus e a sua existência em questão. Conclui que hoje em dia é comum ouvir falar do regresso do Sagrado, isto é, não do regresso de Deus e muito menos de uma conceção cristã de Deus. Este regresso contraria uma certa visão da secularização da sociedade em que vivemos, ou seja, estamos inseridos no mundo onde a religião muitas vezes desempenha mais um papel de cultura e força civilizadora, alimentada por uma certa teoria do progresso que com o desenvolvimento reduz o espaço social da religião, do que propriamente de credo e de adesão que configura a vida.
David Fernandes Ganilo, Nº 110217505
1 W. Kasper, El Dios de Jesucristo, Salamanca 2001, 15-16.