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Universidade Católica Portuguesa de Lisboa

Faculdade de Teologia
Licenciatura em Ciências Religiosas

Baseado nos vários apontamentos disponíveis e tendo em conta a seguinte citação


de W. Kasper “Deus é antes de mais a resposta à pergunta oculta em todas as perguntas e
é também a resposta ao problema do Homem e do universo, ou seja, Deus constitui uma
resposta que abarca e transcende todas as outras respostas”1, por isso a Teologia é e deve
ser, antes de tudo o mais, uma palavra (logos) sobre Deus (Theos), como a etimologia da
palavra nos indica. Como tal, a questão de Deus desde logo deve constituir o âmago de
toda a reflexão teológica.
No entanto não há uma descrição comum e consensual sobre da palavra: Deus.
Mas não quer dizer que não tenha ou não exista uma perceção generalizada, comum de
Deus. Porque na realidade os seres humanos são os únicos seres vivos para qual a
realidade não começa e não acaba nos seus próprios sentidos e instintos, isto é, os seres
humanos de todos os tempos desejam acima de tudo “descortinar” o rosto do Mistério
que esta presente nas suas vidas.
E para revelar/patentear a inefabilidade do Mistério de Deus, podemos dizer que
nos coloca num lugar inexcedível no qual a nossa pobre linguagem humana seria incapaz
de descrever aquilo que não acontece senão na profundidade mais íntima do ser humano,
ou seja, na experiência de Deus. E só através da experiência que fazermos de Deus é que
poderemos chegar ao Seu verdadeiro conhecimento, não de uma maneira puramente
teórica, mas sim profunda/sentida no mais íntimo do nosso ser.
Por isso a forma como se responde à questão de Deus depende da forma como se
vê a origem do Homem ou o sentido do seu ser e do seu viver, ou seja, a “teologia” apesar
de ser um discurso propriamente dito sobre Deus, não deixa de tocar na questão do sentido
da existência, isto é, de tocar profundamente naquele que se confronta com ela. Apesar
do homem ser por natureza profundamente religioso, nem sempre Deus foi uma pura
evidencia para todos. Dai surgir o ateísmo como forma de negação/recusa, apesar de ser
um fenómeno tipicamente moderno, ele é mais um efeito de um longo e complexo
processo de uma progressiva autonomização das realidades terrestres face à sua referência
transcendente.
Como tal a questão de Deus deve ser sempre colocada num dado momento
histórico e é esse o elemento que não pode ser totalmente alheio à maneira como se olha
Deus e como se fala Dele, porque Deus é um ser intemporal em relação aqueles que
colocam Deus e a sua existência em questão.
Conclui que hoje em dia é comum ouvir falar do regresso do Sagrado, isto é, não
do regresso de Deus e muito menos de uma conceção cristã de Deus. Este regresso
contraria uma certa visão da secularização da sociedade em que vivemos, ou seja, estamos
inseridos no mundo onde a religião muitas vezes desempenha mais um papel de cultura e
força civilizadora, alimentada por uma certa teoria do progresso que com o
desenvolvimento reduz o espaço social da religião, do que propriamente de credo e de
adesão que configura a vida.

David Fernandes Ganilo, Nº 110217505

1
W. Kasper, El Dios de Jesucristo, Salamanca 2001, 15-16.

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